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EBSERH
HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS
Pós-edital
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PACIENTES COM 
ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 
E CIRCULATÓRIA – PARTE I
Livro Eletrônico
BRAZILIAN
CONCURSOS
COMPRA COLETIVA DE MATERIAIS PARA CONCURSO
PARA MAIS INFORMAÇÕES CLIQUE AQUI
https://api.whatsapp.com/send?phone=5596991098132&text=Ol%C3%A1.%20Gostaria%20de%20mais%20informa%C3%A7%C3%B5es%20acerca%20de%20materiais%20para%20concurso%20p%C3%BAblico%3F
NATALE SOUZA
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade 
Estadual de Feira de Santana – em 1999; 
pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – 
Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e 
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atua como Educadora/
Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – 
FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. 
Além disso, é docente em cursos de pós-
graduação e preparatórios para concursos há 16 
anos, ministrando as disciplinas: Legislação do 
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde 
Pública e específicas de Enfermagem.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
Profª. Natale Souza 
Apresentação ............................................................................................4
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I ...........................................................6
1. Revisão Anatomia e Fisiologia Cardíaca ......................................................6
1.1. Exame Físico Cardíaco ..........................................................................7
1.2. Inspeção .............................................................................................7
1.3. Palpação .............................................................................................8
1.4. Ausculta .............................................................................................9
2. Doenças Cardiovasculares ........................................................................9
2.1. Insuficiência Cardíaca ...........................................................................9
2.2. Angina do Peito ..................................................................................20
2.3. Choque Cardiogênico ..........................................................................58
3. Assistência de Enfermagem ....................................................................60
Referências ..............................................................................................61
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
Profª. Natale Souza 
Apresentação 
Sou a professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela UEFS – Univer-
sidade Estadual de Feira de Santana – em 1999, pós-graduada em Saúde Coletiva 
pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário 
pela FIOCRUZ em 2004 e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atuo 
como Educadora / Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Pro-
jeto Caminhos do Cuidado e há 16 anos na docência em cursos de pós-graduação e 
preparatórios de concursos, ministrando as disciplinas: Legislação do SUS, Políticas 
de Saúde, Programas de Saúde Pública e Específicas de Enfermagem.
Autora dos livros: Legislação do SUS para concursos – pela editora Con-
cursos Psicologia, Legislação do SUS – comentada e esquematizada / Po-
líticas de Saúde, Legislação do SUS e Saúde Coletiva 500 questões pela 
editora Sanar. De capítulos nos seguintes livros: 1000 Questões Comentadas 
de Enfermagem – Editora Sanar, 1000 Questões Residências em Enferma-
gem – Editora Sanar e fase de finalização de mais três obras.
Iniciei a minha trajetória em concursos públicos desde que sai da graduação, 
tanto como “concurseira” quanto como docente, sendo aprovada em mais de 12 
concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela docência e hoje dedico meu tem-
po ao estudo dos Conhecimentos específicos de Enfermagem, da Legislação especí-
fica do SUS e aos milhares de profissionais que desejam ingressar em uma carreira 
pública.
O concurso EBSERH NACIONAL 2020 conta com diversas vagas para enfermei-
ros, os aprovados serão lotados nos hospitais que fazem parte da rede EBSERH em 
diversos estados do Brasil.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
Profª. Natale Souza 
A banca escolhida para realização do certame é a IBFC, uma banca tradicional 
no âmbito dos concursos, que já foi responsável por mais de oito certames da rede 
EBSERH.
Nesta aula, teremos diversas questões que já foram cobradas nos concursos 
EBSERH por diversas bancas, questões da IBFC e questões variadas para compor o 
maior número de exercícios possíveis, que possam auxiliar na aprovação.
O tema foi divido em duas aulas e somarão mais de 50 questões.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que após a lei-
tura dessa aula, avalie a mesma.
Abordarei o seguinte tema: Doenças Cardiovasculares e Circulatórias – 
Parte 1 (ICC; Angina; SCA; IAM; Choque Cardiogênico, de forma que você 
saiba o que realmente é cobrado nos certames do conteúdo. Fique atento aos grifos 
e caixas de textos, além dos comentários das questões.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
Profª. Natale Souza 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E PACIENTES COM 
ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 
E CIRCULATÓRIA – PARTE I
1. Revisão Anatomia e Fisiologia Cardíaca
O sistema cardiovascular é muito importante no nosso corpo e é muito cobrado 
nas provas.
Vamos revisar alguns aspectos da anatomia e fisiologia.
O Sistema Cardiovascular é formado pelo coração, o sangue e os vasos 
capilares. Ele é responsável por levar o oxigênio e os nutrientes para o corpo.
É importante frisar que você precisa aprender sobre as estruturas cardíacas tan-
to do lado esquerdo quanto do direito. Além disso, nesse aspecto você deve saber 
as pegadinhas com relação à única artéria (pulmonar) que carreia sangue pobre em 
oxigênio e as únicas veias (pulmonares) que transportam sangue rico em oxigênio, 
pois isso é a maior cobrança nas provas.
Observe a tabela abaixo que esclarece esses aspectos:
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
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Além disso, você precisará saber a sequência obre o ciclo cardíaco, observe o 
esquema abaixo:
Observe que de azul estão os locais onde o sangue estará pobre em oxigênio e 
em vermelho os locais onde o sangue está rico em oxigênio.
1.1. Exame Físico Cardíaco
O exame físico cardíaco consiste em realizar a inspeção, palpação e ausculta.
1.2. Inspeção
Segundo o manual de propedêutica da USP, o exame físico cardiológico não se 
restringe à ausculta da região anterior do tórax.
Ao analisarmos o paciente como um todo é possível perceber diversos sinais 
indicativos de alterações hemodinâmicas, vascular, da função cardíaca e valvar.
Uma inspeção generalizada ao longo da consulta pode revelar presença de fe-
bre, icterícia, cianose, palidez, buscapor uma posição que amenize uma dor to-
rácica, dificuldade para respirar (dispneia) a esforços habituais, dificuldade para 
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respirar em decúbito (deitado – como ortopneia), distensão de veias jugulares ou 
pulso carotídeo visível (sinal das artérias dançantes), edema de membros inferio-
res, ascite, dentre outros. Um dos sinais mais importantes de disfunção cardíaca é 
a turgência da veia jugular interna, também designada estase jugular.
Todos esses sinais são complementares aos achados da ausculta cardíaca e são 
muito importantes para a determinação do diagnóstico.
1.3. Palpação
O mais importante da palpação cardíaca nesse momento é determinar a locali-
zação do íctus cordis (ápice do coração) e a presença dos pulsos.
Atenção ao ictus cordis:
• Ictus Cordis: corresponde à propulsão do VE nas contrações (é a ponta do 
coração que bate na parede torácica). O ápice se encontra geralmente no 5º 
EI, sobre a linha hemiclavicular. Se for palpado mais para baixo ou mais para 
a esquerda, pode ser sugestivo de uma cardiomegalia (aumento do tamanho 
do coração). Observam-se também o diâmetro, amplitude e duração do íctus. 
Em pacientes com mamas grandes, obesidade, parede torácica muito mus-
culosa ou com aumento do diâmetro anteroposterior do tórax, a palpação do 
íctus pode ser difícil;
• Pulsos: Deve ser analisado o pulso carotídeo, o radial, femoral, poplíteo e 
tibial do paciente. É importante observar a simetria dos pulsos (se um lado 
está igual ao outro) intensidade e ritmo (para tal, auscultem o coração segu-
rando o pulso radial).
Alterações de ritmo ou intensidade são indicativos de arritmias e outras compli-
cações cardiológicas graves.
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1.4. Ausculta
Para auscultar o coração é necessário conhecer os focos cardíacos, que são lo-
cais para ausculta:
• Foco aórtico: 2º EI, na borda esternal direita;
• Foco pulmonar: 2º EI, na borda esternal esquerda;
• Foco aórtico acessório: 3º EI na borda esternal esquerda;
• Foco tricúspide: 4º,5º EI na borda esternal esquerda;
• Foco mitral: 5º EI, na linha hemiclavicular.
Fonte: http://medifoco.com.br/ausculta-cardiaca-os-batimentos-cardiacos/
2. Doenças Cardiovasculares
2.1. Insuficiência Cardíaca
Insuficiência cardíaca (IC), algumas vezes designada como IC congestiva, resul-
ta de distúrbios cardíacos estruturais ou funcionais que comprometem a capacida-
de de enchimento ou de ejeção de sangue dos ventrículos.
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A IC é uma síndrome clínica caracterizada por sinais e sintomas de sobrecarga 
hídrica ou de perfusão tissular inadequada.
O mecanismo subjacente da IC envolve o comprometimento das propriedades 
contráteis do coração (disfunção sistólica) ou de seu enchimento (disfunção diastó-
lica), que leva a um débito cardíaco inferior ao normal. O baixo débito cardíaco 
pode levar a mecanismos compensatórios, que causam elevação da carga de 
trabalho sobre o coração e resistência ao enchimento do coração (BRUN-
NER e SUDDART,2016).
Para Brunner e Suddart (2016):
A IC é uma condição progressiva e permanente, cujo manejo consiste em mudanças no 
estilo de vida e uso de medicamentos com o objetivo de evitar episódios de IC descom-
pensada aguda. Esses episódios caracterizam-se por aumento dos sintomas, diminuição 
do débito cardíaco (DC) e baixa perfusão.
Ainda de acordo com os autores supracitados, a IC resulta de uma variedade de 
condições cardiovasculares, incluindo:
• Hipertensão arterial crônica;
• Doença arterial coronariana e
• Doença valvar.
Essas condições podem resultar em insuficiência cardíaca sistólica, insuficiência 
cardíaca diastólica ou ambas. Várias condições sistêmicas (p. ex., insuficiência renal 
progressiva e hipertensão arterial não controlada) podem contribuir para o desen-
volvimento da insuficiência cardíaca e sua gravidade (BRUNNER e SUDDART,2016).
DICA
A insuficiência cardíaca descompensada (ICD) é 
uma das principais causas de internações hos-
pitalares em todo o mundo, sendo responsável por 
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grande parte dos gastos com saúde pública1. Dados 
epidemiológicos indicam que a incidência de insuficiên-
cia cardíaca (IC) está aumentando progressivamente, 
sobretudo em idosos VILAS-BOAS,2006).
Segundo Tavares e cols. (2004), a Organização Mundial de Saúde definiu que 
a insuficiência cardíaca é uma das prioridades entre as enfermidades crônicas que 
necessitam de atenção dos setores de saúde em todo o mundo. Apesar dos pro-
gressos médicos, a prevalência da doença aumentou nas últimas 5 décadas e, ain-
da hoje, a mortalidade pode ultrapassar 50% em 5 anos, a partir do momento do 
seu diagnóstico.
Segundo os dados do Sistema Único de Saúde tivemos cerca de 398 mil internações por 
insuficiência cardíaca no ano de 2000 com 26 mil mortes. Essas internações correspon-
dem a mais de 30% das internações e consumiram 33% dos gastos com doenças do 
aparelho circulatório, tornando-se a primeira causa de internação de pacientes 
> 65 anos no SUS. Estima-se que em 2025 o Brasil possua a sexta maior população de 
idosos do mundo, aproximadamente 30.000.000 pessoas, ou 15% da população total, 
e que a insuficiência cardíaca será a primeira causa de morte por doença cardiovascular 
no mundo (Tavares e cols.,2004).
Vilas-Boas (2006), afirma que existem duas importantes apresentações clínicas 
da ICD, que também precisam ser definidas, uma vez que merecem atenção espe-
cial:
• Edema agudo de pulmão: caracterizado por rápido aumento da pressão 
capilar pulmonar, levando a um aumento de líquido nos espaços intersticiais e 
alveolares dos pulmões, causando dispneia intensa e repentina em repouso;
• Choque cardiogênico: caracterizado por grave hipotensão arterial (pressão 
sistólica < 90 mmHg ou 30% abaixo dos níveis basais) durante pelo menos 
30 minutos, com sinais de hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica (taqui-
cardia, palidez, extremidades frias, confusão mental, oligúria e acidose meta-
bólica) de fundo cardíaco.
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2.1.2. Manifestações Clínicas
Os sinais e os sintomas de IC podem estar relacionados com o ventrículo afe-
tado. A IC esquerda (insuficiência ventricular esquerda) causa manifestações di-
ferentes da IC direita (insuficiência ventricular direita). Na IC crônica, os clientes 
podem apresentar sinais e sintomas de insuficiência ventricular tanto esquerda 
quanto direita.
2.1.3. Insuficiência Cardíaca Esquerda
Precede, mais frequentemente, a insuficiência cardíaca direita.
Congestão pulmonar: dispneia, tosse, estertores pulmonares e baixos níveis de 
saturação de oxigênio; uma bulha cardíaca extra, a B3, ou “galope ventricular” é, 
possivelmente, detectada à ausculta.
Dispneia aos esforços (DE), ortopneia, dispneia paroxística noturna (DPN).
Tosse, inicialmenteseca e não produtiva; pode tornar-se úmida com o pas-
sar do tempo.
Grandes quantidades de escarro espumoso, que algumas vezes é rosado 
(tinto de sangue). 
Estertores bibasilares que progridem para estertores difusos em todos os cam-
pos pulmonares. 
Perfusão tissular inadequada.
Oliguria e nicturia. 
Com a progressão da IC: alteração da digestão; tontura, vertigem, confusão, 
inquietação e ansiedade; a pele é pálida ou acinzentada e fria e pegajosa.
Taquicardia; pulso fraco e filiforme; fadiga. 
2.1.4. Insuficiência Cardíaca Direita
Congestão das vísceras e tecidos periféricos.
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Edema dos membros inferiores (edema dependente), hepatomegalia (aumento 
do fígado), ascite (acúmulo de liquido na cavidade peritoneal), anorexia, náuseas, 
fraqueza e ganho de peso provocados por retenção de liquido.
2.1.5. Insuficiência Cardíaca Descompensada – ICD
Vilas-Boas (2006), afirma que existem duas importantes apresentações clínicas 
da ICD, que também precisam ser definidas, uma vez que merecem atenção espe-
cial:
• Edema agudo de pulmão: caracterizado por rápido aumento da pressão 
capilar pulmonar, levando a um aumento de líquido nos espaços intersticiais e 
alveolares dos pulmões, causando dispneia intensa e repentina em repouso;
• Choque cardiogênico: caracterizado por grave hipotensão arterial (pressão 
sistólica < 90 mmHg ou 30% abaixo dos níveis basais) durante pelo menos 
30 minutos, com sinais de hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica (taqui-
cardia, palidez, extremidades frias, confusão mental, oligúria e acidose meta-
bólica) de fundo cardíaco.
2.1.6. Diagnóstico
Sinais e sintomas de edema pulmonar e periférico.
Avaliação da função ventricular. 
Ecocardiograma, radiografia de tórax, eletrocardiograma (ECG). 
Exames laboratoriais: eletrólitos séricos, ureia, creatinina, hormônio tireoesti-
mulante (TSH), hemograma completo, peptídeo natriurético cerebral (BNP) e exa-
me de urina de rotina.
Prova de esforço, cateterismo cardíaco. 
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Cardiovascular e Circulatória – Parte I
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2.1.7. Tratamento e Manejo Clínico
Para Brunner e Suddart (2016):
As metas globais do manejo da IC consistem em aliviar os sintomas do cliente, melhorar 
o estado funcional e a qualidade de vida, e prolongar a sobrevida. As opções de trata-
mento variam de acordo com a gravidade da condição do cliente e podem incluir me-
dicamentos orais e IV, mudanças importantes no estilo de vida, oxigênio suplementar, 
implante de dispositivos de assistência e abordagens cirúrgicas (incluindo transplante 
cardíaco). As recomendações relativas ao estilo de vida incluem restrição do sódio na 
dieta; evitar o consumo excessivo de líquidos, bebida alcoólica e tabagismo; redução do 
peso, quando indicado; e exercício regular.
Segundo os autores supracitados, a terapia farmacológica, consiste:
• Isoladamente ou em combinação: terapia vasodilatadora (inibidores da enzi-
ma conversora de angiotensina [ECA]), bloqueadores dos receptores de an-
giotensina II (BRA), betabloqueadores selecionados, bloqueadores dos canais 
de cálcio, terapia com diuréticos, glicosídeos cardíacos (digitálicos) e outros 
medicamentos;
• Infusões IV; 
• Medicamentos para disfunção diastólica; 
• Possivelmente anticoagulantes, medicamentos que controlem a hiperlipide-
mia (estatinas). 
2.1.8. Assistência de Enfermagem:
Segundo Brunner e Suddart, o papel do enfermeiro no cuidado ao paciente com 
Insuficiência Cardíaca se baseia em:
• Registrar distúrbios do sono em decorrência de dispneia, bem como o número 
de travesseiros usados para dormir; 
• Atentar para a ocorrência de edemas, sintomas abdominais, alteração do es-
tado mental, atividades da vida diária e atividades que produzem fadiga; 
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• Auscultar os pulmões para detectar estertores e sibilos. Documentar a frequ-
ência e a profundidade das respirações; 
• Auscultar à procura de uma bulha cardíaca B3 (sinal de que o coração está 
começando a falhar); documentar a frequência e o ritmo cardíacos; 
• Avaliar o sensório e o nível de consciência (NC); 
• Examinar as partes dependentes do corpo do cliente quanto à perfusão e 
existência de edema; avaliar o fígado quanto ao refluxo hepatojugular; ava-
liar distensão venosa jugular; 
• Medir o equilíbrio hídrico para detectar a existência de oligúria ou anúria; pe-
sar diariamente o cliente.
Questão 1 (2010/IF-RJ) Estes sinais estão relacionados ao quadro clínico de insu-
ficiência cardíaca esquerda, EXCETO
a) as extremidades frias.
b) a dispneia.
c) o pulso filiforme.
d) a ascite.
e) o edema agudo de pulmão.
Letra d.
A congestão de vísceras é uma das principais características da IC à direita.
Questão 2 (2014/FCC/TRT-16ª REGIÃO) Uma das indicações ao paciente com 
sintomas de insuficiência cardíaca em repouso é colocá-lo na posição
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a) dorsal horizontal.
b) de Fowler.
c) prona.
d) de litotomia.
e) de Kraske.
Letra b.
A Insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade cardíaca de bombear sangue 
suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devi-
do à falência das fibras musculares, que leva a impulsionar menos quantidade de 
sangue, diminuindo o débito cardíaco. O tratamento inclui repouso, controle de 
fatores agravantes, tratamento de arritmias primárias ou secundárias, diuréticos, 
digitálicos, e terapia vasodilatadora. Dessa forma, o paciente deve ser coloca-
do em posição Fowler para contribuir com o retorno venoso e melhora da 
respiração.
Questão 3 (2014/IDECAN/CNEN) Cansaço, falta de ar, edema de membros infe-
riores, hepatomegalia, ascite, palpitação, palidez cutânea, sudorese fria, fadiga, 
fraqueza e dispneia paroxística noturna, são sinais e sintomas da seguinte doença:
a) Asma.
b) Angina.
c) Pneumonia.
d) Trombose venosa profunda.
e) Insuficiência cardíaca congestiva.
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Cardiovascular e Circulatória – Parte I
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Letra e.
A Insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade cardíaca de bombear sangue 
suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, devi-
do à falência das fibras musculares, que leva a impulsionar menos quantidade de 
sangue, diminuindo o débito cardíaco, levando o paciente a apresentar os sintomas 
citados.
Questão 4 (2015/VUNESP/HCFMUSP) A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndro-
me clínica de altíssima complexidade no que tange tanto à sua fisiopatologia quan-
to ao seu tratamento. Sobre essa síndrome, assinale a alternativa correta.
a) Dentre as causas de reinternação nos pacientes com diagnóstico de Insuficiência 
Cardíaca, a maioria destas não pode ser prevenida.
b) Modalidades de tratamento não farmacológico não contribuem para a melhora 
do cuidado ao paciente com IC.
c) Em pacientes com IC e que apresentam função renal normal, não há necessida-
de de controleda ingesta hídrica.
d) A congestão pulmonar é uma das principais complicações desta síndrome, por 
essa razão, os diuréticos fazem parte do tratamento, uma vez que aliviam os sin-
tomas.
e) Os antiarrítmicos de classe I são a primeira opção no tratamento da IC quando 
comparados com os betabloqueadores.
Letra d.
O tratamento da IC inclui eliminação dos fatores de risco nos estágios iniciais (es-
tilo de vida, controle da hipertensão e diabetes), bloqueadores beta adrenérgicos, 
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Cardiovascular e Circulatória – Parte I
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inibidores de ECA (promovem a vasodilatação e diurese) e diuréticos, esses últimos 
aliviam os sintomas da congestão, não só pulmonar.
Questão 5 (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Sabe-se que a educação, na insu-
ficiência cardíaca (IC), que envolve terapia complexa e alterações no estilo de vida, 
traz um impacto importante sobre a qualidade de vida dos seus portadores e de sua 
família. Em relação ao assunto, assinale a alternativa correta.
a) Uma educação bem feita acerca da IC não exige acompanhamento permanente 
por parte da equipe de saúde.
b) A visita domiciliar focada na educação em ambiente extra hospitalar não tem 
mostrado resultados satisfatórios no manejo de pacientes portadores de IC.
c) A monitoração por telefone, também focada na educação em ambiente extra 
hospitalar, não tem demonstrado resultados satisfatórios no manejo de pacientes 
portadores de IC.
d) Do ponto de vista das instituições de saúde, uma intervenção por meio do aten-
dimento em grupo multiplicaria a capacidade de acompanhamento dos pacientes, 
com proporcional aumento dos custos.
e) Os principais pesquisadores na área de IC reconhecem e estimulam a explora-
ção de outros caminhos que melhorem os resultados pretendidos no tratamento 
farmacológico e não farmacológico da IC.
Letra e.
O tratamento da IC envolve, além do cuidado hospitalar e medicamentoso, medi-
das para mudanças de hábitos e apoio familiar.
Segundo Brunner e Suddart (2016):
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As metas globais do manejo da IC consistem em aliviar os sintomas do cliente, me-
lhorar o estado funcional e a qualidade de vida, e prolongar a sobrevida. As opções de 
tratamento variam de acordo com a gravidade da condição do cliente e podem incluir 
medicamentos orais e IV, mudanças importantes no estilo de vida, oxigênio su-
plementar, implante de dispositivos de assistência e abordagens cirúrgicas (incluindo 
transplante cardíaco). As recomendações relativas ao estilo de vida incluem res-
trição do sódio na dieta; evitar o consumo excessivo de líquidos, bebida alcoó-
lica e tabagismo; redução do peso, quando indicado; e exercício regular.
Questão 6 (2017/CONSULPLAN/TRF-2ª REGIÃO) Segundo Smeltzer (2005), 
a insuficiência cardíaca congestiva “é a incapacidade do coração de bombear san-
gue suficiente para satisfazer às necessidades de oxigênio e nutrientes dos teci-
dos”. São cuidados de enfermagem indicados para os indivíduos portadores desta 
doença:
a) Estimular a hidratação, promover ambiente calmo e tranquilo, estimular o re-
pouso prolongado no leito, oferecer dieta livre.
b) Controle hídrico, promover restrição hídrica, promover ambiente calmo e tran-
quilo, estimular a prática de atividade física de maior intensidade
c) Controle hídrico, promover restrição hídrica, pesar o paciente diariamente, ofe-
recer dieta hipossódica, promover ambiente calmo e tranquilo.
d) Estimular a hidratação, promover ambiente calmo e tranquilo, estimular a prá-
tica de atividade física de maior intensidade, observar o aparecimento de sinais e 
sintomas de intoxicação medicamentosa.
Letra c.
Segundo Brunner e Suddart, o papel do enfermeiro no cuidado ao paciente com 
Insuficiência Cardíaca se baseia em:
•	 Registrar distúrbios do sono em decorrência de dispneia, bem como o número 
de travesseiros usados para dormir;
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•	 Atentar para a ocorrência de edemas, sintomas abdominais, alteração do es-
tado mental, atividades da vida diária e atividades que produzem fadiga;
•	 Auscultar os pulmões para detectar estertores e sibilos. Documentar a frequ-
ência e a profundidade das respirações;
•	 Auscultar à procura de uma bulha cardíaca B3 (sinal de que o coração está 
começando a falhar); documentar a frequência e o ritmo cardíacos;
•	 Avaliar o sensório e o nível de consciência (NC);
•	 Examinar as partes dependentes do corpo do cliente quanto à perfusão e 
existência de edema; avaliar o fígado quanto ao refluxo hepatojugular; ava-
liar distensão venosa jugular;
• Medir o equilíbrio hídrico para detectar a existência de oligúria ou anúria; 
pesar diariamente o cliente.
2.2. Angina do Peito
A angina de peito é uma síndrome clínica caracterizada por paroxismos 
de dor ou sensação de pressão na região anterior do tórax. A causa consiste 
em fluxo sanguíneo coronariano insuficiente, resultando em aporte inadequado de 
oxigênio para atender a demanda do miocárdio (BRUNNER e SUDDART,2016).
Segundo os autores supracitados, a fisiopatologia da doença é caracterizada:
Em geral, a angina resulta de doença cardíaca aterosclerótica e está associada a 
obstrução significativa de uma artéria coronária principal. O miocárdio normalmen-
te extrai muito oxigênio da circulação coronariana. Quando há́ bloqueio em uma 
artéria coronária, o fluxo não pode ser aumentado para suprir a maior demanda do 
miocárdio, e a consequente isquemia provoca dor anginosa.
Os fatores que afetam a dor anginosa incluem:
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• esforço físico;
• exposição ao frio;
• ingestão de refeição pesada;
• estresse ou qualquer situação passível de provocar emoção, aumentando a 
pressão arterial, a frequência cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio.
DICA
A angina instável não apresenta associação rigorosa 
com os fatores citados e pode ocorrer em repouso.
2.2.1. Manifestações Clínicas
A dor varia desde a sensação de indigestão leve até sensação de sufocação ou 
de peso na parte superior do tórax; a intensidade pode incluir desde desconforto 
até dor agonizante. O cliente com diabetes mellitus pode não sentir dor intensa 
com a angina.
A dor pode ser acompanhada de apreensão intensa e sensação de morte imi-
nente.
Com frequência, é retroesternal, de localização profunda no tórax, atrás 
do terço superior ou médio do esterno.
O desconforto é mal localizado e pode irradiar-se para o pescoço, a mandíbula, 
os ombros e a face interna dos braços (geralmente no braço esquerdo).
A dor pode ser acompanhada de sensação de fraqueza ou dormência nos bra-
ços, punhos e mãos, bem como dispneia, palidez, sudorese, tontura ou desorienta-
ção e náuseas ou vômitos. Pode ocorrer ansiedade com a angina.
DICA
Uma característica importante da angina é que ela cede 
com a remoção da causa precipitante ou administração 
de nitroglicerina.
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Fatores que desencadeiam episódios de angina:
• esforço físico súbito ou excessivo;
• exposição ao frio;
• tabagismo;
• refeições pesadas;
• peso excessivo;
• alguns medicamentos de venda livre, tais como anorexígenos, descongestio-
nantes nasais ou que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial;
• situações que provocam estresse ou emoção.
2.2.2. Tipos de Angina
Angina Estável
Caracteriza-se por uma isquemia transitória, em pessoas que já têm algum tipo 
de aterosclerose coronariana parcial, e que, em alguns momentos, pode piorar e 
causar sintomas.
Os principais sintomas são:
• Sensação aperto ou queimação na região do peito que dura cerca de 5 a 10 
minutos, e que pode irradiar para o ombro, braço ou pescoço;
• Geralmente os sintomas são desencadeados por esforço ou momentos de 
grande emoção, e melhoram com o descanso ou com medicamentos vasodi-
latadores, para aumentar o fluxo de sangue.
Angina Instável
Considerada mais grave que a angina estável, é causada por uma obstrução 
maior da oxigenação do coração, devido a um rompimento e inflamação da placa 
de aterosclerose e, por isso, provoca sintomas mais intensos e constantes.
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Os principais sintomas são: dor, aperto ou queimação na região do tórax que 
dura mais que 20 minutos, que também irradia para locais próximos e pode estar 
associada a outros sintomas como enjoo, suor e falta de ar.
Angina Prinzmetal
Caracteriza-se pelo espasmo da coronária, mesmo em pessoas sem acúmulo de 
gordura ou outros tipos de estreitamentos, não tendo uma causa esclarecida.
Os principais sintomas são: dor ou aperto de forte intensidade, que ocorrem 
mesmo em repouso e melhoram aos poucos, espontaneamente, após alguns minu-
tos. Também é comum surgir durante o sono ou logo pela manhã.
Diagnóstico
Para Brunner e Suddart (2016), o diagnóstico é realizado através de:
• Avaliação das manifestações clínicas da dor e da história da saúde do cliente;
• Alterações no eletrocardiograma (ECG)de12derivações,prova de esforço exa-
mes de sangue (incluindo biomarcadores cardíacos);
• Ecocardiograma, cintigrafia ou procedimentos invasivos, tais como cateteris-
mo cardíaco e angiocoronariografia.
Tratamento e Manejo Clínico
Os objetivos do manejo clínico da angina consistem em diminuir a demanda de 
oxigênio do miocárdio e em aumentar o aporte de oxigênio. Clinicamente, esses 
objetivos são alcançados por meio de terapia farmacológica e controle dos fatores 
de risco (BRUNNER e SUDDART,2016).
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Em consonância com os autores supracitados, o tratamento farmacológico ba-
seia-se:
• Nitratos, que constituem o tratamento padrão (nitroglicerina);
• Bloqueadores beta-adrenérgicos (metoprolol e atenolol);
• Bloqueadores dos canais de cálcio, antagonistas dos íons cálcio (anlodipino e 
diltiazem);
• Antiplaquetários e anticoagulantes (ácidoacetilsalicílico, clopidogrel, prasu-
grel;
• Heparina não fracionada ou de baixo peso molecular, agentes que atuam na 
glicoproteína [GP] IIb/IIIa [abciximabe, tirofibana, eptifibatida]);
• Oxigenoterapia.
Assistência de Enfermagem
Em consonância com os autores supracitados, a assistência de enfermagem 
deve basear-se em:
• Agir imediatamente caso o cliente se queixe de dor ou sintomas prodrômicos 
sugestivos de isquemia cardíaca, incluindo sensação de indigestão ou náuse-
as, sufocação, peso, fraqueza ou dormência nos membros superiores, disp-
neia ou tontura;
• Orientar o cliente para interromper todas as atividades e sentar-se ou repou-
sar no leito em uma posição de semi-Fowler, para reduzir as necessidades de 
oxigênio do miocárdio isquêmico;
• Medir os sinais vitais e observar a existência de sinais de angústia respirató-
ria;
• Obter um ECG de 12 derivações e colocar o cliente sob monitora- mento car-
díaco contínuo;
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• Administrar nitroglicerina por via sublingual e avaliar a resposta do cliente 
(repetir até três doses);
• Administrar oxigenoterapia se a frequência respiratória do cliente estiver au-
mentada, ou se houver diminuição no nível de saturação de oxigênio;
• Se a dor for significativa e contínua após essas intervenções, avaliar o cliente 
de modo mais minucioso para IAM agudo e, possivelmente, transferi-lo para 
uma unidade de maior complexidade.
Questão 7 (2013/FGV/TJ-AM) A angina de peito é uma síndrome clínica comu-
mente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na região 
anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina, podendo 
ir desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso, possivelmente 
causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
a) angina estável.
b) angina Instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.
Letra d.
Filho e Cols (2008), afirmam: A Angina de Prinzmetal foi descrita em 1959, sendo 
caracterizada por ataques recorrentes de dor precordial ao repouso associados à 
elevação transitória do segmento S-T.
Questão 8 (2011/NOSSO RUMO/PREFEITURA DE MAIRINQUE-SP) Com relação 
à angina de peito, assinale a alternativa correta.
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a) A manifestação principal e mais comum da isquemia miocárdica é o início tardio 
de dor torácica.
b) Os principais fatores de risco compreendem o uso do tabaco, hipertensão, níveis 
de lipídios sanguíneos diminuídos, história familiar de doença cardiovascular tardia 
e sexo masculino.
c) Esforço físico, que pode precipitar uma crise ao aumentar a demanda miocárdica 
de oxigênio é um dos fatores associados à dor anginosa típica.
d) Exposição ao frio pode causar vasodilatação e uma diminuição da pressão ar-
terial, aumentando a demanda de oxigênio e sendo considerado um fator de risco 
para a dor anginosa.
e) A angina de peito refere-se em geral a dor que é produzida pela isquemia mio-
cárdica. Dificilmente está relacionada à aterosclerose coronariana significativa.
Letra c.
Os fatores que afetam a dor anginosa incluem:
• esforço físico;
• exposição ao frio;
• ingestão de refeição pesada;
• estresse ou qualquer situação passível de provocar emoção, aumentando a 
pressão arterial, a frequência cardíaca e a carga de trabalho do miocárdio.
Questão 9 (2016/PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/TBG) Paciente que apre-
senta queixa de dor, queimação ou sensação de pressão na região do tórax indica 
a ocorrência da seguinte doença:
a) edema agudo de pulmão
b) endocardite
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c) angina pectoris
d) miocardite
Letra c.
Segundo Brunner e Suddart (2016): a angina de peito é uma síndrome clínica ca-
racterizada por paroxismos de dor ou sensação de pressão na região anterior do 
tórax.
Questão 10 (2011/COMPERVE/UFRN) A síndrome clínica que, em geral, se carac-teriza por episódios ou paroxismos de dor ou pressão na região anterior do tórax é
a) a insuficiência cardíaca congestiva.
b) o infarto agudo do miocárdio.
c) a angina do peito.
d) o choque cardiogênico.
Letra c.
Segundo Brunner e Suddart (2016): A angina de peito é uma síndrome clínica ca-
racterizada por paroxismos de dor ou sensação de pressão na região anterior do 
tórax.
Questão 11 (2016/CESGRANRIO/UNIRIO) Trata-se de uma obstrução aguda, 
não totalmente oclusiva no sistema coronariano. Antes de obter o acesso venoso, 
administre nitroglicerina sublingual.
Diante dessa prescrição médica, o enfermeiro concluiu que o paciente apresentava 
o seguinte problema de saúde:
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a) varizes esofagianas
b) síndrome de Steve & Johnson
c) reação alérgica grave
d) angina instável
e) tuberculose pulmonar
Letra d.
De acordo com a Diretrizes de doença coronariana crônica angina instável (2014),
Os benefícios terapêuticos dos nitratos estão relacionados com os seus efeitos na circu-
lação periférica e coronária. O seu efeito venodilatador, diminuindo o retorno venoso ao 
coração e o volume diastólico final do VE, reduz o consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
Adicionalmente observam-se efeitos de vasodilatação de artérias coronárias, normais 
ou ateroscleróticas, redirecionamento de fluxo intercoronariano, com aumento da circu-
lação colateral e inibição da agregação plaquetária. Além do efeito sintomático, os ni-
tratos agem reduzindo a congestão pulmonar, principalmente pela redução do retorno 
venoso sistêmico.
Questão 12 (2005/CESPE/TRT-16ª REGIÃO) Os cuidados de enfermagem incluem 
as seguintes orientações a serem prestadas, ainda no ambulatório ou durante a 
alta hospitalar, ao portador de angina pectoris, excluindo-se seus familiares: man-
ter-se em repouso ao início da dor, evitar ingestão excessiva de cafeína, não usar, 
sem prescrição médica, comprimidos para emagrecer, descongestionantes nasais 
ou outros medicamentos, evitar o fumo, reorganizar os hábitos de vida.
Errado.
O cuidado ao paciente portador de angina deve incluir os familiares.
Síndrome Coronariana Aguda e Infarto Agudo do Miocárdio
A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma situação de emergência, carac-
terizada por início agudo de isquemia miocárdica, que resulta em morte do 
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miocárdio (i. e., infarto agudo do miocárdio [IAM]) se intervenções efetivas não 
forem realizadas imediatamente. (Embora os termos oclusão coronariana, ataque 
cardíaco e infarto agudo do miocárdio sejam empregados como sinônimos, a me-
lhor designação é infarto agudo do miocárdio (BRUNNER e SUDDART,2016).
O espectro da SCA abrange:
• a angina instável;
• o IAM sem elevação do segmento T (IMSEST) e;
• o IAM com elevação do segmento T (IMEST).
Fisiopatologia
Na angina instável ocorre redução do fluxo sanguíneo em uma artéria coroná-
ria, frequentemente em decorrência da ruptura de uma placa aterosclerótica. Um 
coágulo começa a se formar, mas a artéria não está totalmente ocluída. Tra-
ta-se de uma situação aguda que pode resultar em dor torácica e outros sintomas, 
sendo, algumas vezes, designada como angina pré- infarto, visto que o cliente, 
provavelmente, sofrerá IAM se não forem efetuadas intervenções imediatas.
No IAM, a ruptura da placa e a formação subsequente de trombo resultam em 
oclusão completa da artéria, levando a isquemia e necrose do miocárdio 
suprido por essa artéria. Outras causas de IAM incluem:
• Vasospasmo (constrição ou estreitamento súbito) de uma artéria coronária;
• Diminuição do suprimento de oxigênio (p. ex., em consequência de perda 
aguda de sangue, anemia ou hipotensão arterial) e;
• Demanda aumentada de oxigênio (p. ex., em decorrência de uma frequência 
cardíaca rápida, tireotoxicose ou ingestão de cocaína).
Em cada um desses casos, existe profundo desequilíbrio entre o aporte e a de-
manda de oxigênio do miocárdio. A área de infarto desenvolve-se no decorrer de 
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poucos minutos a várias horas; a expressão “tempo é músculo” reflete a urgência 
do tratamento apropriado para melhorar o resultado do cliente.
Um IAM pode ser definido pelo tipo, pela localização da lesão na parede ven-
tricular (parede anterior, inferior, posterior ou lateral) ou pelo momento no tempo 
durante o processo do infarto (agudo, em evolução, antigo).
Fonte: Brunner e Suddart (2016)
2.3.1. Manifestações Clínicas da SCA
Segundo o NESCON, a descrição clássica da dor torácica na SCA é de dor, des-
conforto, queimação ou sensação opressiva localizada na região precordial ou re-
troesternal, que irradia para o ombro e/ou braço esquerdo, braço direito, pescoço 
ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, náuseas, vômitos ou 
dispneia.
A dor pode durar alguns minutos e ceder, como nos casos de angina instável, ou 
mais de 30 min, como nos casos de infarto agudo do miocárdio. Por outro lado, 
o paciente pode também apresentar uma queixa atípica, como mal-estar, indiges-
tão, fraqueza ou apenas sudorese, sem dor.
Dor torácica do IAM maior que 30 minutos de duração.
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O IAM pode acontecer sem manifestar a dor típica em idosos, mulheres e portado-
res de diabetes. Veremos isso com mais detalhes.
Consoante com os autores supracitados, os sinais e os sintomas de IAM não 
podem ser diferenciados daqueles da angina instável – daí a evolução do termo 
síndrome coronariana aguda.
• O principal sintoma de apresentação consiste em dor torácica, que surge su-
bitamente e que continua, apesar do repouso e da medicação;
• Alguns clientes apresentam sintomas prodrômicos ou têm diagnóstico prévio 
de doença arterial coronariana (DAC) todavia, cerca de 50% não relatam sin-
tomas prévios;
• O cliente pode apresentar uma combinação de sintomas, incluindo dor torá-
cica, falta de ar, indigestão, náuseas e ansiedade;
• O cliente pode ter pele fria, pálida e úmida; a frequência cardíaca e a fre-
quência respiratória podem ser mais rápidas do que o padrão normal. Esses 
sinais e sintomas, que são causados pela estimulação do sistema nervoso 
simpático, podem estar presentes apenas durante um curto período de tempo 
ou podem persistir.
2.3.2. Conceitos das Síndromes Coronarianas Agudas (SCA)
Síndrome Coronária Aguda (SCA) é um conjunto de sinais e sintomas relaciona-
dos à obstrução de uma artéria coronária, conforme a imagem:
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Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/coracao/doenca-isquemica-do-coracao/
As síndromes coronarianas agudas decorrem principalmente de ruptura da pla-
ca e obstrução de uma das artérias coronarianas: direita e os ramos da esquerda.
Como já foi descrito anteriormente, a Angina é uma dor torácica isquêmica que 
pode se manifestar de várias formas e tempo de duração.Na literatura podemos 
ter a angina estável quando a dor é relacionada com um esforço físico maior ou a 
angina instável e pode ocorrer a qualquer momento, inclusive no repouso. Além 
desses tipos de angina (estável e instável) temos a angina de Prinzmetal que tem 
correlação com a vasoconstricção por vasoespasmo coronariano, o que pode ocor-
rer inclusive com uso de drogas.
Quando ocorre a angina é um sinal de mal perfusão coronariana e o paciente 
precisa passar por uma investigação diagnóstica para evitar a complicação: o IAM. 
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É necessário fazer exames específicos como o cateterismo cardíaco e se necessário 
a angioplastia.
Questão 13 (EBSERH/AOCP/2015) O infarto agudo do miocárdio possui como 
uma de suas principais características
a) o acometimento principalmente de homens com menos de 45 anos.
b) a elevação rapidamente das enzimas hepáticas.
c) a dor leve e com menos de 10 minutos de duração.
d) o fato de a pressão diastólica sempre se elevar a níveis superiores a 180 mmHg.
e) a existência de oclusão de uma artéria ou ramo de coronária.
Letra e.
a) Errada. O fator de risco para IAM é para homens maiores de 45 anos e não 
menores.
b) Errada. As enzimas são cardíacas e não hepáticas.
c) Errada. No Infarto a dor é forte e perdura por mais de 30 min.
d) Errada. A Pressão diastólica que pode apresentar valores maiores que 180 
mmHg e não diastólica, e mesmo assim não é sempre.
2.3.3. Classificação da SCA
Segundo Brunner e Suddart (2016), a SCA, conforme a alteração no eletrocar-
diograma (ECG), é dividida em dois grandes grupos: SCA sem elevação de seg-
mento ST (SCAsSST) e SCA com elevação do segmento ST (SCAcSST).
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A elevação do segmento ST é detectada por meio do exame de ECG. Mas Lem-
bre-se de que o ECG pode estar normal e o paciente apresentar o IAM. Para fechar 
o diagnóstico do IAM além do ECG é necessária avaliação clínica (sinais e sintomas) 
e as enzimas cardíacas (troponinas, CK-MB, mioglobina).
2.3.4 .Fatores de Risco para SCA
Durante o atendimento de emergência é importante identificar os fatores de 
risco para SCA com objetivo de quantificar a possibilidade de ser um IAM. Quanto 
maior o número de fatores de risco maior a chance de a dor precordial ser um IAM.
Confira comigo esses fatores de risco:
Fatores de risco da SCA incluem: idade, diabetes, hipertensão, obesidade, 
tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo e histórico familiar, esses fatores de 
risco devem ser questionados no atendimento a dor torácica (BRUNNER e SUD-
DART 2016).
Questão 14 (FCC/TRF-4ª REGIÃO/2010) As síndromes coronarianas agudas têm 
como fatores predisponentes
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a) a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão e o diabetes.
b) o acidente vascular encefálico, a trombose venosa profunda, a hipertensão e o 
diabetes.
c) o sedentarismo, a taquisfigmia, a idade e o sexo.
d) a obesidade, a taquisfigmia, o tabagismo e a dislipidemia.
e) o acidente vascular encefálico, a dislipidemia, o sedentarismo e a hipertensão 
arterial.
Letra a.
Não são fatores de risco para a SCA: AVC, TVP, taquisfigmia.
Questão 15 (CONSULPLAN/TRF-2ª REGIÃO/2017) “Paciente, 55 anos, chega ao 
serviço com quadro de dor no peito irradiada para o braço esquerdo; relata ter 
HAS, DM e dislipidemia.” Dentre as doenças mais comuns no Brasil e no mundo, 
assinale, a seguir, a doença apresentada pelo paciente e a mais prevalente.
a) Osteocondrite.
b) Broncopneumonia.
c) Aneurisma cerebral.
d) Infarto agudo do miocárdio.
Letra d.
Observe a importância de associar os fatores de risco com o diagnóstico do IAM nas 
emergências.
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2.3.5. Manifestações Clínicas do IAM
O IAM altera vários sistemas do nosso corpo, manifestando sintomas importan-
tes, vamos diferenciá-los por grupos:
• Cardiovasculares: palpitação, o início recente de sopro, distensão venosa ju-
gular e alterações do ECG;
• Respiratórias: dispneia, taquipneia e estertores (se o IAM tiver causado con-
gestão pulmonar);
• Gastrintestinais: náuseas e vômitos;
• Geniturinários: redução do débito urinário;
• Cutâneos: pele fria, pegajosa, sudoreica e pálida (devido à estimulação sim-
pática);
• Neurológicos: ansiedade, inquietação e tonturas.
Questão 16 (UFMA/2016) São sinais e sintomas mais característicos de um infar-
to agudo do miocárdio (IAM):
a) Dor precordial, sudorese, sede e torpor
b) Dor torácica, tontura, sudorese, hipotensão arterial e vômito
c) Hipotensão arterial, anorexia, torpor e sede
d) Dor epigástrica e precordial, tontura, sudorese, náuseas e vômito
e) Hipertensão, vômito, sudorese e torpor.
Letra d.
Observe os sintomas do IAM típico: dor torácica persistente importante, especial-
mente associada a sudorese e dispneia, e instabilidade hemodinâmica. Náuseas e 
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vômito podem estar presentes. Estão errados os seguintes sintomas: sede, torpor, 
anorexia.
Questão 17 (PREFEITURA DO RJ/2016) Dor torácica que ocorre de forma repen-
tina e contínua, acompanhada de dispneia, náuseas, vômitos, sudorese e palidez, 
são manifestações clínicas da seguinte doença:
a) estenose mitral
b) infarto agudo do miocárdio
c) estenose aórtica
d) endocardite infecciosa
Letra b.
Dor torácica contínua, associada a dispneia, náuseas e vômito é sinal de IAM.
Questão 18 (AOCP/2016/EBSERH) Paciente do sexo masculino, 54 anos, chegou 
acompanhado de seu filho, apresentando-se pálido, com sudorese e náuseas. Quei-
xava-se de dor precordial de forte intensidade irradiando para o pescoço, dor epi-
gástrica e dispneia. O paciente possivelmente estava com um quadro de
a) edema pulmonar agudo.
b) trombose venosa profunda.
c) derrame pleural.
d) choque hipovolêmico.
e) infarto agudo do miocárdio.
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Letra e.
Observe que muitas questões estão cobrando os sinais e sintomas do IAM, então 
memorize: dor, desconforto, queimação ou sensação opressiva localizada na região 
precordial ou retroesternal, que irradia para o ombro e/ou braço esquerdo, braço 
direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada frequentemente de diaforese, náuse-
as, vômitos ou dispneia.
Questão 19 (IBFC/EBSERH/2016) São sinais clínicos da Síndrome Coronariana 
Aguda (SCA):
a) Náuseas, vômitos, claudicação intermitente e cianose
b) Febre, dispneia, claudicação intermitente e palidez cutânea
c) Dor precordial, sudorese, claudicação intermitente e queimação epigástrica
d) Dispneia, sudorese, vômitos e febre
e) Dor precordial, sudorese, dispneia e náuseas
Letra e.
Lembre-se de quenão são sinais de SCA a febre, claudicação intermitente e ciano-
se.
2.3.6. Manifestações Atípicas do IAM
É importante destacar que, em alguns casos, as manifestações do IAM podem 
ser atípicas e sem dor, o que ocorre com pacientes idosos e portadores de 
diabetes. A SBC reforça que são características de risco para manifestação atípica 
de IAM:
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• idosos;
• sexo feminino;
• diabetes mellitus;
• insuficiência cardíaca;
• pacientes que usam marcapasso.
Questão 20 (FCC/TRT-20ª REGIÃO/2016) Durante um episódio de Infarto Agudo 
do Miocárdio – IAM em idosos, mulheres e diabéticos a dor torácica pode não estar 
presente. Estes pacientes podem apresentar-se, nesse quadro denominado equi-
valente isquêmico, com
a) paraplegia e hipertermia.
b) taquipneia e disúria.
c) tosse produtiva e paraplegia.
d) dispneia e erisipela periférica.
e) náusea e/ou vômitos e palpitações.
Letra e.
Nas pacientes mulheres, idosos e diabéticos ocorre o infarto de forma atípica, po-
dendo manifestar náusea e/ou vômitos e palpitações.
2.3.7. Diagnóstico de IAM
O diagnóstico do IAM é clínico com a manifestação dos sintomas, associado com 
os fatores de risco e confirmação com a realização das enzimas cardíacas e do ele-
trocardiograma (ECG).
Vamos conhecer as alterações do ECG no paciente com IAM?
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Alterações do Eletrocardiograma (ECG) e o IAM
Dentre as atribuições da equipe de enfermagem está a realização do ECG, e você 
sabe para que serve esse exame e como identificar o IAM por meio dessa análise 
da atividade elétrica cardíaca?
O ECG é o registro da atividade elétrica do coração. A onda P representa a 
atividade elétrica dos átrios, enquanto a onda QRS representa a despolarização 
dos ventrículos e a onda T a repolarização ventricular, conforme imagem 
abaixo:
Fonte: http://www.uff.br/fisio6/aulas/aula_10/topico_09.htm
As isquemias miocárdicas podem ser demostradas por alterações do ECG. Mas 
antes de abordarmos essas alterações, vamos entender as derivações e sua relação 
com os eletrodos. Atenção nesse aspecto.
Para realizar o ECG é necessário conhecer as derivações e onde colocar 
os eletrodos, cada derivação representa uma área do coração e tem corre-
lação com a artéria que nutre aquele segmento cardíaco.
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Observe as derivações periféricas:
•	 DI – braço direito e braço esquerdo;
•	 DII – braço direito e pé;
•	 DIII – braço esquerdo e pé;
•	 aVF – eletrodo explorador do pé;
•	 aVL – eletrodo explorador do braço esquerdo; e
•	 aVR – eletrodo explorador do braço direito.
Essas derivações periféricas são captadas com os eletrodos colocados nos mem-
bros superiores e inferiores:
Fonte: http://enfermeirotoni.blogspot.com.br/2013/05/eletrocardiograma.html
As derivações precordiais são:
• V1 – Quarto espaço intercostal linha para esternal direita;
• V2 – Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda;
• V3 – Entre V2 e V4;
• V4 – Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular;
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• V5 – Quinto espaço intercostal linha axilar anterior;
• V6 – Quinto espaço intercostal, linha axilar média.
Observe na imagem abaixo as derivações percordiais:
Fonte: http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro5/cap/fig01-43.htm
Questão 21 (FCC/TRT-3ª REGIÃO/2015) No eletrocardiograma há três tipos de 
derivações: bipolares, unipolares periféricas e unipolares torácicas. Constitui uma 
derivação unipolar torácica e a respectiva posição do eletrodo.
a) aVF: eletrodo explorador no membro superior esquerdo.
b) DII: eletrodos situados entre o braço direito e a perna esquerda e o eletrodo 
explorador na extremidade da perna esquerda.
c) V1: eletrodo no 2º espaço intercostal esquerdo, próximo ao esterno.
d) V4: eletrodo no 5º espaço intercostal sobre a linha média clavicular esquerda.
e) aVR: eletrodo explorador no membro superior direito.
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Letra d.
a) Errada. aVF é uma derivação unipolar e representa o eletrodo explorador do pé.
b) Errada. DII é bipolar entre o braço direito e o pé
c) Errada. V1 é uma derivação unipolar resultado da colocação do eletrodo no 4º 
espaço intercostal ao lado do externo à direita.
e) Errada. aVR eletrodo explorador do braço direito.
DICA
A letra a de aVR, aVF e aVL significa absoluto, o poten-
cial elétrico é em apenas um ponto – absoluto. A letra 
D da derivação DI, DII e DIII significa “diferença de po-
tencial”, como é diferença logo é bipolar porque precisa 
de dois pontos para fazer a diferença.
Vamos agora entender a correlação entre o ECG e o IAM?
Quando uma derivação está apresentando supra ou infra desnivelamento 
do segmento ST ou inversão de onda T, sabemos que determinada artéria está 
obstruída e que a parte específica do coração está com isquemia tecidual.
Essa correlação poderemos acompanhar por meio do quadro a seguir:
Localização da isquemia Derivações Artérias
Anterior
Anterosseptal V2 e V3
Anterior V2, V3 e V4
Anterior extenso V1 a V6
DA- descendente anterior 
(ramo da coronária E)
Lateral
Lateral V5 e V6
Lateral alto DI e aVL
Cx – Circunflexa 
(ramo da Coronária E)
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Localização da isquemia Derivações Artérias
Posterior V7 e V8 Cx ou CD – coronária direita
Inferior DII, DIII e aVF CD
VD V3R e V4R CD
Fonte: Eliane Cintra- Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo
Para diagnóstico correto da dor torácica é necessária a realização de um ECG, 
que deve ser realizada o mais precoce possível (ideal até 10 minutos) e 
pela técnica de 12 derivações, a interpretação do ECG deve ser feita por mé-
dico ou profissional de saúde treinado, segundo informações do último Guidi-
line,2015 da AHA.
Questão 22 (UFMT/2017) Em relação às Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) 
e à realização do Eletrocardiograma (ECG) pré-hospitalar e sua interpretação, con-
forme as Diretrizes da AHA (2015), assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O ECG pré-hospitalar de 6 derivações deve ser realizado imediatamente em pa-
ciente com suspeita de SCA.
b) Os profissionais treinados não médicos podem fazer a interpretação do ECG 
para determinar se o traçado mostra evidências de Infarto Agudo do Miocárdio com 
Supra ST (IAMST).
c) Pode-se utilizar a interpretação assistida do ECG por computador em conjunto 
com a interpretação de um médico ou profissional treinado para reconhecer o In-
farto Agudo do Miocárdio com Supra ST (IAMST).
d) A notificação do hospital receptor e/ou ativação pré-hospitalar do laboratório de 
hemodinâmica deve ocorrer para todos os pacientescom IAMST que tenham sido 
identificados no ECG pré-hospitalar.
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Letra a.
O ECG é de 12 derivações.
Questão 23 (SESA/IBFC/2016) Paciente DSC, 78 anos, sexo feminino, foi admi-
tido na Unidade de Emergência com dor torácica. Foi realizado eletrocardiograma 
(ECG) da paciente, conforme figura abaixo, que indica:
a) Supradesnivelamento do segmento ST.
b) Infradesnivelamento do segmento ST.
c) Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP).
d) Inversão da Onda T.
Letra b.
As alterações do IAM no ECG podem se manifestar com supra ou infradesnivela-
mento do segmento ST, além disso pode manifestar inversão de onda T.
Questão 24 (IBFC/EBSERH/2016) O infarto agudo do miocárdio e a angina ins-
tável caracterizam a síndrome coronariana aguda. A figura abaixo representa uma 
das alterações eletrocardiográficas encontrada nessa síndrome, denominada.
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a) Supradesnivelamento do segmento ST
b) Infradesnivelamento do segmento ST
c) Fibrilação ventricular
d) Inversão da Onda T
e) Taquicardia ventricular
Letra d.
Dentre as manifestações eletrocardiográficas do IAM encontram-se o supra ou in-
fradesnível de ST e inversão de onda T. Nessa figura a inversão de onda T é nítida 
sendo o gabarito da questão. Mas observe que a onda Q também está presente e 
de grande proporção que indica um infarto antigo associado.
Como vimos, o ECG padrão é formado por 12 derivações, seis do plano frontal (I, 
II, III, aVR, aVL, aVF) e seis do plano horizontal (V1, V2, V3, V4, V5 e V6). Deri-
vações adicionais podem ser empregadas em certas situações, como as precordiais 
direitas (principais: V3R, V4R) e as chamadas derivações posteriores (V7-V9). Es-
sas derivações diferentes servem para avaliar infarto de ventrículo direito e infarto 
de parede posterior.
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2.3.8. Manejo Clínico
Segundo Brunner e Suddart (2016), as metas do manejo clínico consistem em 
minimizar a lesão do miocárdio, preservar a função miocárdica e evitar complica-
ções, como arritmias letais e choque cardiogênico.
• O manejo inicial inclui oferta de oxigênio suplementar, ácido acetilsalicílico, 
nitroglicerina e morfina;
• Reperfusão por meio do uso emergencial de medicamentos trombolíticos ou 
intervenção coronariana percutânea (ICP);
• Reduzir a demanda de oxigênio do miocárdio e aumentar o suprimento de 
oxigênio com o uso de medicamentos, administração de oxigênio e repouso 
no leito;
• Realizar bypass da artéria coronária ou bypass de artéria coronária minima-
mente invasivo (MIDCAB);
• Quando o cliente com IAM cessar os sintomas, deve-se iniciar um programa 
de reabilitação cardíaca de múltiplas fases.
Terapia Farmacológica
Nitratos (nitroglicerina) para aumentar o suprimento de oxigênio por meio de 
vasodilatação.
Anticoagulantes (ácido acetilsalicílico, heparina não fracionada ou de baixo peso 
molecular) para evitar a formação de coágulos.
Agentes analgésicos (sulfatodemorfina)para reduzir a dor e a ansiedade e para 
diminuir a carga de trabalho do coração.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina(ECA)para diminuir a pressão 
arterial e reduzir a demanda de oxigênio do miocárdio ou, se os inibidores da ECA 
não forem apropriados, um bloqueador dos receptores de angiotensina (BRA).
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Betabloqueador, quando necessário, inicialmente para arritmias, ou introduzido 
24 h após a admissão, se não for indicado inicialmente.
Medicamentos trombolíticos (alteplase [t-PA] e reteplase [rPA, TNKase]): de-
vem ser administrados o mais cedo possível após o início dos sintomas, geralmente 
até 30 min após a chegada do cliente; podem ser iniciados quando não se dispõe 
de ICP no momento oportuno.
Intervenção Coronariana Percutânea de Emergência
O cliente com IMEST pode ser levado ao laboratório de cateterismo cardíaco 
para ICP de emergência, geralmente até 60 min após a sua chegada.
A ICP trata a lesão aterosclerótica subjacente por meio de angioplastia com 
balão, colocação de stents, aterectomia ou braquiterapia para abrir o vaso ocluído.
2.3.9. Atendimento da SCA – Diretrizes da SBC
O atendimento do IAM pela SBC inclui os seguintes tópicos:
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Questão 25 (FCC/TJ-PA/2009) O atendimento farmacológico de emergência, atu-
almente preconizado nas Síndromes Coronarianas Agudas, inclui o uso de
a) adenosina, atropina, epinefrina e morfina.
b) oxigênio, epinefrina, atropina e dopamina.
c) epinefrina, atropina, nitroglicerina e adenosina.
d) oxigênio, aspirina, morfina e nitroglicerina.
e) morfina, verapamil, epinefrina e lidocaína.
Letra d.
Observe na imagem acima que o tratamento das SCA inclui: oxigênio, aspirina, ni-
troglicerina, morfina e além disso os betabloqueadores, fibrinolíticos e intervenções 
de desobstruções rápidas como a angioplastia.
Administração de Oxigênio
É indicada sua administração rotineira em pacientes com saturação de oxigênio 
< 94%, congestão pulmonar ou na presença de desconforto respiratório. Quando 
utilizada de forma desnecessária, a administração de oxigênio por tempo 
prolongado pode causar vasoconstrição sistêmica, e aumento da resistên-
cia vascular sistêmica e da pressão arterial, reduzindo o débito cardíaco, sendo, 
portanto, prejudicial.
Uso de O2 no IAM apenas se saturação de O2 < 94%.
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Tratamento da Dor (Morfina)
O uso da morfina endovenosa diminui o consumo de oxigênio pelo miocár-
dio isquêmico, provocado pela ativação do sistema nervoso simpático.
Tratamento da dor e ansiedade no IAM: Morfina ou meperidina (Dolantina® 
como 2ª opção). Ansiedade muito forte pode usar Diazepam (mas não de rotina).
Questão 26 (FCC/TRF-4ª REGIÃO/2010) Um dos medicamentos utilizado nas sín-
dromes coronárias agudas, associado ao correto e respectivo mecanismo de ação, 
corresponde
a) à vasopressina, por causar vasodilatação periférica e coronariana.
b) ao sulfato de morfina, por diminuir a demanda de oxigênio miocárdico.
c) à naloxona, por bloquear os canais de cálcio e magnésio.
d) ao cloreto de potássio, por melhorar a oxigenação tecidual quando não há cir-
culação coronariana.
e) à epinefrina, por ter efeito inotrópico negativo.
Letra b.
O uso da morfina objetiva reduzir a dor, a ansiedade e diminuir a demanda de O2 
pelo miocárdio.
a) Errada. A vasopressina é um vasoconstrictor sistêmico potente e também atua 
na reabsorção renal de água.
c) Errada. A naloxona é um antagonista utilizado na intoxicação por opioides, in-
clusive reverte o efeito da morfina.
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d) Errada. O cloreto de potássio é utilizado para correção de distúrbios hidroele-
trolíticos que causam hipopotassemia.
e) Errada. Para as síndromes coronarianas agudas a epinefrina (adrenalina) pos-
sui efeito inotrópico (força) e cronotrópico (ritmo) positivo, ou seja, aumenta: a 
frequência cardíaca, contratilidade miocárdica, PA, melhora a perfusão coronariana 
e é vasoconstritora. Além disso, possui efeito broncodilador, sendo útil na asma e 
choque anafilático.
Nitratos
Os nitratos são muito utilizados no atendimento da dor torácica. O mais comum 
é o isordil, para reversão de eventual espasmo e/ou para alívio da dor anginosa.
Questão 27 (HU-UFPI/IADES/2013) O manejo correto no atendimento de emer-
gência a pacientes com síndromes coronarianas agudas inclui o uso de oxigênio, 
aspirina, morfina e
a) atropina.
b) nitroglicerina.
c) lidocaína.
d) epinefrina.
Letra b.
A nitroglicerina é um vasodilatador coronariano e ajuda para restabelecer o fluxo 
sanguíneo no miocárdio.
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Questão 28 (IBFC/PREFEITURA DE CAMPINAS/2010) Quanto ao atendimento 
pré-hospitalar de um paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM), é incorreto 
afirmar que
a) se deve iniciar oxigenoterapia a 3L/min.
b) a fibrinólise é alternativa válida, para casos nos quais se prevê retardo na che-
gada ao hospital.
c) não se recomenda, atualmente, o uso rotineiro de nitratos por via sublingual.
d) o ácido acetilsalicílico deve ser empregado em todos os casos.
Letra c.
Cuidado com as questões que querem o item incorreto. Perceba que o nitrato via 
sublingual é indicado.
Vale relembrar que o uso de O2 será indicado apenas se o paciente apresentar Sat 
O2 < 94%.
Ácido Acetilsalicílico
Único antinflamatório indicado rotineiramente para todos os pacientes com 
suspeita de IAM, eventualmente como automedicação, exceto nos casos de con-
traindicação (alergia ou intolerância ao medicamento, sangramento ativo, hemofilia 
e úlcera péptica ativa).
Pacientes com maior risco de doença coronária devem ser instruídos por seus mé-
dicos assistentes a tomar Ácido Acetilsalicílico (AAS) não tamponado em situações 
emergenciais de dor torácica.
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É o antiplaquetário de eleição a ser utilizado no IAM.
A dose recomendada é de 160 mg a 325 mg de forma mastigável quando 
do primeiro atendimento, ainda antes da realização do ECG.
Questão 29 (IBFC/EBSERH/2016) Um homem, 55 anos, estava caminhando na 
praça do centro da cidade e sentiu uma dor torácica, que sugere origem cardíaca. 
O colega que estava próximo correu para socorrê-lo. Como o prestador de primei-
ros socorros observou que o homem estava com sinais e sintomas sugestivos de 
infarto agudo do miocárdio e que relatou não ter alergia ou contraindicação a me-
dicamento, enquanto aguardava o serviço de atendimento médico de urgência:
a) Iniciou a reanimação cardiopulmonar, com compressões torácicas.
b) Incentivou-o a tomar um comprimido de aspirina para adultos.
c) Iniciou a reanimação cardiopulmonar, com ventilações de resgate.
d) Incentivou-o a tomar um comprimido de vitamina C
e) Permaneceu ao lado dele, pois apenas os profissionais de saúde podem tomar 
condutas de primeiros socorros.
Letra b.
A dor torácica deve ser prontamente tratada com AAS até a chegada do serviço 
médico.
2.3.10. Enzimas Cardíacas
Vamos resumir as enzimas cardíacas de forma objetiva? Essas enzimas são li-
beradas na corrente sanguínea quando ocorre a necrose das células cardíacas por 
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rompimento da membrana dessas células e podem ser detectadas pelo exame de 
sangue.
Atualmente são coletadas 4 enzimas (mioglobina, CKMB e troponina I e T).
Diagnóstico de infarto agudo do miocárdio e reinfarto
É importante reconhecer que as troponinas são medidas bioquímicas de necrose 
miocárdica, mas o diagnóstico de SCA é clínico. Os marcadores não devem ser 
utilizados com a finalidade diagnóstica em pacientes com SCACST e não se deve 
aguardar seus resultados para iniciar o tratamento dos pacientes.
Observe o tempo de ação das enzimas cardíacas e dessa forma podemos perce-
ber em que momento elas são mais uteis no diagnóstico do IAM.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/4066851/
Vamos explicar a tabela acima.
Observe que a mioglobina é a primeira enzima a se elevar, porém não é espe-
cífica, ajuda no diagnóstico precoce e como seus níveis reduzem rapidamente ela 
também é boa para detectar reinfartos.
Na sequência ocorre aumento da CK-MB que não é muito específica, mas na 
ausência da troponina deve ser utilizada.
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A troponina (T e I) são as enzimas mais especificas das células cardíacas e 
dessa forma são padrão ouro para o diagnóstico do IAM, porém demoram para re-
duzir os valores e na presença de reinfarto não é útil.
Questão 30 (FCC/TRT-3ª REGIÃO/2015) Marcadores bioquímicos de necrose 
miocárdica são úteis para auxiliar tanto no diagnóstico quanto no prognóstico de 
pacientes com síndrome isquêmica miocárdica instável, e, portanto, o enfermeiro 
deve saber que,
a) as troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado, por-
tanto, após 24 horas do início dos sintomas.
b) os resultados dos marcadores de necrose devem estar disponíveis em 120 mi-
nutos a partir da coleta.
c) caso a primeira dosagem dos marcadores, na admissão do paciente, seja normal 
ou discretamente elevada, indica-se repeti-lo uma vez, preferencialmente, 24 − 36 
horas após o início dos sintomas.
d) a mioglobina é um marcador cardioespecífico e sua vantagem é a detecção tar-
dia do infarto agudo do miocárdio.
e) os casos em que a CK-MB está elevada e a troponina está normal, deve-se ba-
sear a decisão clínica no resultado da CK-MB.
Letra a.
b) Errada. Os resultados das enzimas atualmente são realizados nas emergências 
cardiológicas em 10 minutos, com máquinas que ficam no setor, pois as interven-
ções mais precoces são fundamentais. Porém, de acordo com os manuais em até 
60 minutos os resultados devem estar disponíveis.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Assistência de Enfermagem e Pacientes com Alterações da Função 
Cardiovascular e Circulatória – Parte I
Profª. Natale Souza 
c) Errada. Segundo a SBC, os marcadores devem ser mensurados na admissão 
e repetidos pelo menos uma vez, 6 a 9 horas após (repetir em 9 a 12 horas se 
suspeita clínica forte; o intervalo pode ser de 3 a 6 horas com uso de troponina 
ultrassensível).
d) Errada. Mioglobina é um marcador pouco específico, mas ajuda nos diagnósti-
cos precoces, pois aumenta rapidamente.
Segundo a SBC, para pacientes que chegam precocemente à emergência (antes de 
6 horas do início dos sintomas), mioglobina pode ser considerada para excluir as 
hipóteses

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