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CAPÍTULO 4 COMPETÊNCIA E APOIO À GESTÃO DE PROJETOS A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Identifi car as habilidades necessárias para o gestor de projetos. Conhecer o conceito de competências aplicado em projetos. Analisar os papéis e responsabilidades do gerente de projetos. Conhecer as funções de um Escritório de Projeto. Defi nir as etapas para organizar um Escritório de Projeto. 124 Elaboração de Projetos Empresariais 125 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 CONTEXTUALIZAÇÃO Competência pode ser compreendida como um conjunto de esforços para desenvolver um produto, realizar uma melhoria ou, simplesmente, esforço que uma equipe desenvolve para realizar uma tarefa. Competência também é a capacidade de saber agir diante de uma meta que se deseja alcançar, signifi ca uma aptidão para cumprir uma tarefa ou exercer uma função. A competência é formada por um conjunto de capacidades para tomar decisões e agir conforme a situação que se apresente. Competência: “Saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo” (FLEURY; FLEURY, 2000, p. 4). Neste capítulo você identifi cará as competências aplicadas para a gestão de projetos e as competências individuais que uma equipe de projeto necessita. Você conhecerá os recursos humanos necessários para a execução de um projeto e analisará um modelo integrado de competências em gestão de projetos. Bons estudos! COMPETÊNCIAS NA GESTÃO DE PROJETOS A competência de uma pessoa pode ser compreendida pelas características pessoais, sua experiência e formação profi ssional. Uma pessoa competente é aquela que tem a capacidade de mobilizar recursos no momento em que se faz necessário para alcançar uma meta ou objetivo. Isto signifi ca que este indivíduo tem conhecimento dos recursos necessários e sua localização. Além disso, sabe como identifi car as pessoas que necessita e os conhecimentos e habilidades necessárias, como organizá-las e empregá-las para que o objetivo do projeto seja alcançado. Esta capacidade para reunir e usar os recursos disponíveis para utilizar em uma atividade é compreendida como competência, e, desse modo, 126 Elaboração de Projetos Empresariais compreendemos que a pessoa detentora desta competência está apta a postular inovações na execução de um projeto ao invés de simplesmente seguir regras previamente estabelecidas. Conclui-se, portanto, que sabendo agir desta forma alcançaremos objetivos e os resultados serão visíveis e reconhecidos pelos observadores ou as pessoas com quem desenvolvemos os projetos. Competência individual é usar as habilidades pessoais para realizar as tarefas previstas no projeto. O indivíduo aplica, ao mesmo tempo, todas as habilidades potenciais na realização da atividade prevista no projeto de maneira efi caz. Para Perrenoud (2000), o conceito de competência é a reunião de recursos como saberes, valores, atitudes, inteligência, raciocínio e informações no desenvolvimento de um processo para alcançar uma meta ou objetivo da organização. Já para Rabaglio (2001), as competências são classifi cadas como técnicas, que são as habilidades aprendidas, e demora um certo tempo para o aprendizado; e as habilidades comportamentais, que estão ligadas à personalidade da pessoa. Vieira (2002) completa que a competência tem como base as dimensões: conhecimento, habilidade e atitudes. Estas competências estão diretamente relacionadas às questões exigidas para o desenvolvimento de tarefas. Quadro 8 - Dimensões da competência e seus signifi cados C H A CONHECIMENTO HABILIDADES ATITUDES Escolaridade, conhecimentos técnicos, cursos gerais e especializações. Experiência e prática do saber. Ter ações compatíveis para atingir os objetivos, aplicando os conhecimentos e habilida- des adquiridas. SABER SABER FAZER QUERER FAZER Fonte: Adaptado de Rabaglio (2001). Um Gerente de Projetos precisa desenvolver-se nas três dimensões citadas, de forma equilibrada. Se uma destas dimensões não se desenvolver conforme o desejado, o avanço da equipe de gestão do projeto será prejudicado e o projeto como um todo pode não se concretizar. Um gestor de projeto pode ser considerado competente quando consegue combinar a prática com o conceito estrutural para a realização de uma atividade. 127 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 Esse comportamento gerencial traz a perfeita interação entre o conhecimento (C), habilidade (H) e atitude (A) (CLELAND; IRELAND, 2002). A revista Exame descreve a competência em ação na reportagem “Todo mundo quer contratar gerentes de projeto” (BATTIBUGLI, 2013), no projeto de integração do sistema de negociação da BM&FBovespa com a bolsa de Chicago, onde o gestor do projeto usou sua habilidade em comunicação. O gerente do projeto criou um veículo de comunicação no formato de um jornal, para publicar as etapas e outras informações do projeto. Esta ação manteve todas as pessoas informadas sobre o andamento do projeto. Uma vez informadas da situação atual do projeto, contribuíram para o sucesso do projeto como se desejava. A inteligência emocional é outra competência para que o gerente de projeto seja bem-sucedido na busca dos objetivos e metas nos projetos. O gerente precisa tomar decisões sob pressão constante, então considere que este gerente possui sob comando uma equipe com inúmeras pessoas que aguardam decisões rápidas em função das constantes mudanças ambientais. Estas decisões ou iniciativas incluem a localização das fontes de abastecimento de recursos e prazos de fi nalização do cronograma. Em outras circunstâncias, uma decisão postergada pode causar o uso de recursos fi nanceiros não previstos. Na fi gura a seguir, observamos as três dimensões da competência, segundo Rabaglio (2001): Figura 61 - Base da competência Fonte: Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/1249374/>. Acesso em: 10 abr. 2016. 128 Elaboração de Projetos Empresariais Conforme descrito na Figura 61, destaca-se que a competência individual é produto das experiências que o indivíduo possui ao longo de sua vida, ligado às oportunidades de trabalho que tenha exercido e o grau de formação em uma área específi ca de conhecimento. Partindo desta premissa, Frame (1999) apresenta três competências para o sucesso na gestão de projetos. A competência individual ou capacidade do indivíduo para solucionar problemas, a competência da equipe, como a habilidade relacional da equipe para resolver problemas complexos e multidisciplinares, e, fi nalmente, a competência da empresa para criar um ambiente que permita o envolvimento do indivíduo e da equipe para tocar seus projetos de maneira efi caz. Ele afi rma que a real competência é a soma das três competências citadas. COMPETÊNCIAS DO GERENTE DE PROJETOS O Project Manager Competency Development – PMCD (Desenvolvimento da Competência de Gerente de Projetos) – apresenta a seguinte defi nição de gerenciamento de projetos: “Gerentes de projetos competentes aplicam consistentemente seus conhecimentos em gerenciamento de projetos e comportamentos pessoais para aumentar a probabilidade de entregar projetos que atendam aos requisitos dos ‘stakeholders’”. Além destas competências, o PMCD (Desenvolvimento da Competência de Gerente de Projetos) destaca outras competências pessoais para o gerente de projetos, como Comunicação, Liderança e Profi ssionalismo. Stakeholder signifi ca público estratégico e descreve uma pessoa ou grupo que fez um investimento ou tem ações ou interesse em uma empresa, negócio ou indústria. Em inglês stake signifi ca interesse, participação, risco. Holder signifi ca aquele que possui. O termo stakeholder foi criado por um fi lósofo chamadoRobert Edward Freeman. Ao entender a importância dos stakeholders, o responsável pelo planejamento ou plano consegue ter uma visão mais ampla de todos os envolvidos em um processo ou projeto, e saber de que maneira eles podem contribuir para a otimização deste. Fonte: Disponível em:<https://www.signifi cados.com.br/stakeholder/>. Acesso em: 3 out. 2016. 129 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 Um gerente de projetos é uma pessoa a quem a empresa, ou organização atribui poderes para alcançar os objetivos do projeto. O gerente de projetos é a pessoa designada para se concentrar nos objetivos especifi cados pelo projeto e controlar o uso dos recursos disponíveis e/ou atribuídos ao projeto. Algumas vezes os recursos são limitados e necessitam de aportes adicionais até sua conclusão, e cabe ao gerente buscar novos recursos e suas justifi cativas para viabilizar o projeto original. Alguns projetos não alcançam os objetivos esperados em razão da escassez de recursos, o que pode trazer prejuízo de continuidade aos planos estratégicos de uma organização. RESPONSABILIDADES DO GESTOR DE PROJETOS A responsabilidade de um gestor de projetos é coordenar as atividades que um projeto desenvolve. Ele defi ne e acompanha as diversas etapas do projeto, como delegar tarefas e controlar os recursos planejados. Esta atividade defi ne o sucesso do projeto e, desta maneira, é de alta responsabilidade, exigindo compromisso e foco do profi ssional que ocupa esta posição para que o negócio alcance seu objetivo e as metas da organização. O Project Management Institute (PMI) entende, como papel do gestor de projetos, um gerente que conduz os projetos da organização para atingir os objetivos planejados, ele é o elo entre a estratégia da empresa e a equipe do projeto. Desta forma, o exercício desta função exige conhecimentos de técnicas e boas práticas de gestão de projetos, capacidade para liderar pessoas, comunicação interpessoal e negociação. O gerente de projeto é um profi ssional que realiza o desejo da organização em produtos e serviços de acordo com os desejos de seus idealizadores. Normalmente ele não ocupa a função ou cargo de gerente da organização, é sufi ciente que ocupe a posição de responsável por coordenar o projeto e responder pelos seus resultados à administração da empresa. Quadro 9 - Tipos de organização x Características do projeto TIPO DE ORGANIZAÇÃO Características do projeto Funcional Matricial Fraca Matricial Balanceada Matricial Forte Projeto Autoridade Pequena ou nenhuma Limitado Pouco moderado Muito mode- rado Quase total 130 Elaboração de Projetos Empresariais % pessoal tempo integral no projeto Virtualmente nenhum 0 – 25% 15 – 60% 50 – 95% 85 – 100% Papel do gerente do projeto Parcial Parcial Integral Integral Integral Títulos comuns Coordena- dor/líder do projeto Coordena- dor/líder do projeto Gerente de projeto/ Ofi cial de projeto Gerente de projeto/ Gerente de programa Gerente de projeto/ Gerente de programa Fonte: Adaptado de Vargas (2009). Analisando o Quadro 9 na coluna da estrutura funcional, o gerente de projetos tem pouca autonomia. Esta estrutura se concentra no escalão hierárquico, o desenvolvimento do projeto é realizado através de uma equipe especializada da área técnica da organização. O gerente de projetos é subordinado ao gerente funcional do departamento ou ele mesmo exerce o papel de gerente do projeto. Na estrutura matricial a hierarquia também está presente, mas conta com um coordenador de projetos do departamento, subordinado ao gerente funcional. Vargas (2009) esclarece que nas organizações com estrutura matricial balanceada há uma interação entre o projeto e a hierarquia funcional. Ele completa que em uma estrutura matricial forte, os projetos estão presentes na organização de maneira mais expressiva. O gestor, nessas organizações, tem certa autonomia e coordena uma equipe e ambos se dedicam em tempo integral ao projeto, e passam a ser essenciais para a empresa (VARGAS, 2009). Finalmente, nas estruturas por projetos, a característica fundamental é o domínio das atividades voltadas a projetos na organização. Neste tipo de estrutura o gestor é a única pessoa que tem autoridade e responsabilidade para conduzir a equipe e o projeto (KERZNER, 2006). Atividade de Estudos: 1) Agora que você aprendeu as responsabilidades do gestor de projetos, faça uma lista das atividades que o gestor de sua empresa executa que são responsabilidades de um gestor de projetos. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ 131 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 ____________________________________________________ ____________________________________________________ ___________________________________________________ HABILIDADES DO GESTOR DE PROJETOS O gerente efi caz de projeto será aquele que reúne habilidades para gerenciar as restrições de cronograma, custo e qualidade do produto desejado. Concluímos que para atender estes requisitos no gerenciamento é necessário conhecimento e competências pessoais para gerenciar recursos, pessoas e tempo. Habilidade é o substantivo feminino que indica a qualidade de uma pessoa hábil, que revela capacidade para fazer alguma coisa. O conceito de habilidade está intimamente relacionado com a aptidão para cumprir uma tarefa específi ca com um determinado nível de destreza. Habilidade e competência: de acordo com alguns autores, a competência é a junção de talento e habilidade. Ou seja, é possível exercer uma determinada função apenas com talento ou com habilidade, mas os resultados serão sempre melhores quando as duas características estão presentes no indivíduo em questão. Uma pessoa competente é aquela que tem o talento (aptidão natural ou inata para uma certa atividade) e a habilidade (característica técnica que foi aprendida e melhorada através de uma abordagem teórica e prática). Fonte: Disponível em: <http://www.signifi cados.com.br/ habilidade/>. Acesso em: 5 maio 2016. Kerzner (2006) lista algumas habilidades necessárias ao gerente de projetos, na qual as habilidades pessoais se completam com as competências técnicas em gerenciamento: • construção de equipes; • liderança; • resolução de confl itos; 132 Elaboração de Projetos Empresariais • competência técnica; • planejamento; • organização; • empreendedorismo. As diferentes referências para o gerente de projetos destacam os conteúdos relacionados às habilidades técnicas e pessoais no exercício da função. A quantidade adequada de cada habilidade varia de acordo com a situação e circunstâncias do projeto. As organizações usam como um importante fator para diferenciar o profi ssional de gerenciamento de projetos. E no ambiente cada vez mais competitivo e exigente, onde o mercado busca profi ssionais dinâmicos e empreendedores, o gerente de projetos também precisa: • motivar; • gerar conhecimento; • relacionar-se com pessoas; • criar e inovar. Em resumo, o grande desafi o do gerente de projetos é o de Agregar Valor para os Projetos e para a Organização. E isto pode ser alcançado, entre outros, através da busca da excelência, melhoria contínua, inovação em métodos e processos e disseminação de conhecimento. Quadro 10 - Atitudes, conhecimentos e habilidades de um gestor de projetos Dimensões Competências e Paradigmas inter- disciplinares Descrição com visão interdisciplinar Atitudes Liderança Possuir sabedoria para ouvir, entender, discernir, facilitador, responsável, comunicativo, humilde, com- prometido, infl uente, conhecedor. Desenvolvimento de equipe Trabalha com e principalmente para o time, incentiva o autogerenciamento. Infl uência Despertar o interesse impulsionador. Gestão de lucros Capacidade de incluir, comunicar, inspirar.Gestão de riscos Agilidade de raciocínio. Conhecimentos Conhecimento político e cultural Conhecimento da cultura da equipe, do cliente envol- vido, desenvolvendo técnicas de planejamento que abordem a cultura e a política dos clientes, equipe e comunidade envolvida. Processo decisório Saber negociar, prever, ter experiência. 133 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 Planejamento de projeto Além de possuir conhecimento das técnicas de planejamento e noção de orçamento e fi nanças, é ter a cautela com todos os envolvidos, preparando-se constantemente para as mudanças. Medição de perfor- mance É saber coletar e analisar informações sobre o projeto, comunicando da melhor forma possível aos interessados, cobrando e incentivando a equipe. Habilidades Inteligência emo- cional É ter a capacidade de perceber, integrar, compreen- der e gerir emoções. Visão holística É um conjunto de constructos que dão a visão apu- rada. Efi cácia organiza- cional E ter a compreensão aguçada dos resultados que o projeto pretende auferir. É ter metas bem defi nidas. Negociação Processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo sustentável sobre diferentes ideias e necessidades, o que importa é o bem comum, gerir muitas vezes pela fl exibilidade. Gestão de riscos Ter a visão dos recursos, dos clientes e documenta- ção de avanço dos projetos sempre presente em suas ações. Resolução de pro- blemas Capacidade de observar, detectar e solucionar problemas. Comunicação Fluência, domínio da língua, costumes, credos que estão envolvidos no processo. Gestão de stakehol- ders Capacidade de gerir o equilíbrio entre os interesses. Fonte: Adaptado de Ferenhof et al. (2011). É preciso enfatizar que, para manter suas competências e habilidades, um gestor de projetos deve constantemente atualizar seus conhecimentos, sejam eles sobre tecnologias, processos ou técnicas de liderança e persuasão, pois a competência em uma determinada atividade não garante excelência sempre. Além disso, é importante manter um registro de lições aprendidas de projetos passados, de forma a evitar erros cometidos e repetir os casos de sucesso. Quando um indivíduo consegue transformar na prática suas vontades, aptidões, habilidades e interesses em resultados reais, através de seus conhecimentos e experiências, podemos dizer que ele desempenhou o processo de forma competente. Assim, percebe-se que a competência é a 134 Elaboração de Projetos Empresariais junção de conhecimentos, como formação, treinamento ou experiência, com comportamentos. MECANISMOS DE APOIO À GESTÃO DE PROJETOS As organizações modernas desenvolvem projetos para manter a capacidade competitiva e a participação no mercado. Algumas empresas têm como meta, como é o caso da 3M, faturar um terço das receitas baseadas em novos produtos e/ou produtos inovadores. Esta meta é ousada e para alcançá-la são necessários uma equipe e mecanismos que apoiem a geração de novos produtos e negócios. Alguns projetos garantirão a renovação. A estes denominamos geradores de receitas, Project driven. Os projetos que garantem a sobrevivência são denominados de Process driven. Os dois sistemas exigem mecanismos de apoio e desenvolvimento de seus projetos, que passaremos a chamar, conforme o PMBoK (Project Management Body of Knowledge), de PMO (Project Management Offi ce) ou EP (Escritório de Projetos). Neste capítulo estudaremos alguns dos instrumentos utilizados para desenvolver um Escritório de Projetos. Vamos lá! Bons estudos. ESCRITÓRIO DE PROJETOS As empresas têm necessidade de desenvolver projetos. Esta necessidade é a base da sobrevivência de uma empresa, pois sem projetos as empresas têm difi culdade para inovar e desenvolver novas tecnologias. As organizações, como empresas de construção civil e produtos sob encomenda, dedicam recursos para aperfeiçoar os sistemas e mecanismos necessários para aprimorar seus projetos. Outras empresas, como as de fabricação de manufaturados ou na logística e distribuição de bens de consumo, possuem sistemas de produção com alta performance. Estas empresas são orientadas para processos geradores de receitas. Estes processos de fabricação exigem constante aperfeiçoamento em função da curta vida dos seus produtos, ou seja, os concorrentes rapidamente assimilam 135 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 novas tecnologias de processo, e a exclusividade de receita por novos produtos diminui rapidamente. Estas empresas precisam de novos projetos ou constante desenvolvimento de novos produtos e processos. Desta forma podemos compreender a importância de mecanismos para gerenciar e apoiar novos projetos. Figura 62 - Posições onde podem ser distribuídos os escritórios de projeto Fonte: Moura Menezes (2009, p. 219). Pela Figura 62 percebemos a importância do EP quando se localiza na posição número 1, ligado à alta administração. Contudo, nada impede que este esteja subordinado a diretorias, departamentos ou mesmo a setores da organização. Os projetos estratégicos precisam de acesso direto à alta administração; outros projetos, como o desenvolvimento de processos de fabricação, devem ser gerenciados pelos setores produtivos. Em nenhuma situação diminui a importância do projeto. Escritório de Projetos: um escritório de projetos (Project Management Offi ce, PMO) é um corpo ou entidade organizacional ao qual são atribuídas várias responsabilidades relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos projetos sob seu domínio. As responsabilidades de um PMO podem variar, desde fornecer funções de suporte ao gerenciamento de projetos até ser responsável pelo gerenciamento direto de um projeto. A forma, função e estrutura específi cas de um PMO dependem das necessidades da organização à qual ele dá suporte. Um PMO pode receber uma autoridade delegada para atuar como parte interessada 136 Elaboração de Projetos Empresariais integral e um importante setor deliberativo durante o início de cada projeto, fazer recomendações ou encerrar projetos, ou ainda tomar outras medidas, conforme a necessidade, para manter os objetivos de negócios consistentes. Fonte: Disponível em: <http://projetoseti.com.br/o-que-um-pmo- escritorio-de-projetos-introducao/>. Acesso em: 5 jul. 2016. Algumas organizações têm feito uso dos EP como elemento de sucesso para alcançar suas metas e objetivos. Para elas, essa constatação é óbvia, pois o produto que se propõem a fornecer para seus clientes é , em si, um projeto. Por exemplo: condomínios residenciais, realização de eventos, equipamentos industriais de grande porte, desenvolvimento de softwares, implantação de sistemas de gestão, entre outros. Prado (2000) afi rma que o Escritório de Projeto tem sido utilizado com mais frequência pelos gestores, e desta forma tem ganhado importância maior nas organizações. Sua aplicação mais frequente acontece em empresas que executam, simultaneamente, projetos diversos. O conceito de EP não é novo, no entanto, o seu enfoque foi alterado. No início, sua função era apoiar gerentes de projeto por meio de técnicas computacionais. Hoje, segundo Prado (2000), suas principais funções são: apoiar a alta administração e os gerentes de projetos; auditar projetos; envolver- se com outros setores visando agilizar processos; criar e manter metodologias, regulamentos e padrões; treinar os participantes de projetos; garantir a qualidade dos projetos; dar suporte para elaborar propostas; registrar e divulgar as melhores práticas, fazer relatórios da situação atual e do desempenho, mostrando sua evolução e comunicando-o aos participantes dos projetos. Escritório de Projetos é defi nido como uma unidade da organização formalmente estabelecida para defi nir, uniformizar e manter padrões de desempenho dos processos. Este escritório é responsável por serviços de gerenciamento, treinamento e documentação,redigir relatórios de progresso e acompanhamento, e manter os patrocinadores informados sobre a situação do projeto. A defi nição ou o conceito de projetos tem sido unifi cado nos últimos estudos sobre o assunto, para tornar comum o entendimento nas organizações que trabalham com este tipo de técnica. A seguir, apresentamos tipos de um Escritório de Projetos na visão de seus autores. Casey e Peck (2001) defi nem três tipos, conforme a maturidade da organização: 137 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 • Estação meteorológica: resolve problemas causados pela falta de integração. • Torre de controle: direcionado para auxiliar no treinamento pessoal, em metodologias pouco utilizadas ou executivos com visão equivocada sobre projetos. • Esquadrão de comando: organizações cujo negócio é fazer projetos, necessitam estar permanentemente atentas à capacitação de seu pessoal em gerenciamento de projetos. Verzuh (2000) propõe uma classifi cação em cinco tipos: • Centro de excelência: o propósito principal é o de manter os padrões de gestão de projeto e promover sua utilização em uma organização. • Escritório de apoio a projetos: além de manter e promover os padrões e práticas de gestão de projeto, o escritório de apoio a projetos apoia ativamente a variedade de projetos com o manuseio de tarefas mecânicas, como a criação e atualização do plano e orçamento do projeto. • Escritório de Gestão de Projetos: fornecer apoio de orçamento e cronograma da mesma forma como o escritório de apoio a projetos. • Escritório de Gerenciamento de Programa: fornecer o conhecimento técnico de todo o programa vinculando a todos os projetos juntos. • Escritório Responsável pelo Projeto: carrega toda a qualidade, custo e cronograma do projeto designado a ele (maior espectro de atuação e maior autoridade). Dinsmore (2002) defi ne uma classifi cação em quatro tipos: • Project Support Offi ce (PSO): fornece apoio técnico e administrativo, ferramentas e serviços aos vários gerentes de projetos simultaneamente, auxiliando no planejamento e programação, monitoramento, gestão de contratos, gestão de escopo e no gerenciamento de custos dos projetos. A responsabilidade pelo sucesso do projeto não reside no PSO, mas nos gerentes que utilizam seus serviços. • Project Management Center of Excellence (PMCoE): ponto focal da experiência em gerenciamento de projetos, mas não assume a responsabilidade pelos resultados dos projetos. Mantém abertos os canais 138 Elaboração de Projetos Empresariais de comunicação entre os projetos e a comunidade externa ao gerenciamento de projetos. • Program Management Offi ce (PrgMO): gerencia os gerentes de projetos e é , em última análise, o responsável pelos resultados dos projetos. Compreende as funções do PMCoE e, em alguns casos, as do PSO. • Chief Project Offi cer (CPO): consiste em cuidar e alimentar o portfólio de projetos da organização, desde o estágio de decisão de negócios até a sua implementação fi nal. Um simples escritório de projetos é composto por poucas pessoas que elaboram cronogramas, ou estruturas complexas que realizam atividades de planejamento, controle de informações e acompanhamento de projetos. TIPOS DE ESCRITÓRIO DE PROJETOS Um Escritório de Projetos é um departamento na organização responsável por centralizar o gerenciamento dos projetos, é um referencial para os gerentes ou líderes de projetos de uma empresa que buscam sanar dúvidas de questões relacionadas à gestão. Existem vários tipos de EP, e variam de acordo com a fi nalidade para a qual se organiza um. O EP, além de simplifi car e otimizar a gestão de projetos, reduz os custos para os patamares desejados pela organização. Para as empresas que desenvolvem vários projetos simultâneos, o EP alivia o trabalho dos gerentes de projeto, pois divide a execução das tarefas de planejamento e acompanhamento. Desta forma, os gerentes de projeto encontram o tempo necessário para executar as tarefas intrínsecas para o acompanhamento e desenvolvimento de produto e atendimento aos clientes. Para efeito do estudo, apresentamos os tipos mais comuns de Escritório de Projetos que as organizações utilizam na prática diária. ESCRITÓRIO DE PROJETOS CORPORATIVO Quando uma organização executa um grande número de projetos para uma fi nalidade estratégica da presidência, o EP precisa fi car diretamente ligado à alta administração da empresa. Nestas situações, o gestor precisa de uma capacidade profi ssional com visão empresarial compatível com os profi ssionais com os quais se relaciona. Este modelo é adequado para empresas que desenvolvem projetos 139 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 originados do planejamento estratégico. É interessante para órgãos do governo, que encontram difi culdades para formalizar a função de gestor de projetos. Figura 63 - Escritório de projetos corporativo Fonte: Adaptado de Prado (2000). Uma das metas de um EP corporativo é divulgar o conhecimento de gerenciamento de projetos em toda a organização. Assim, suas principais funções serão de assessor dos outros setores da empresa para aplicar estes conhecimentos. Outro tipo de EP é o Escritório de Projetos Setorial, quando uma diretoria ou departamento da empresa é responsável por muitos projetos, por exemplo, a diretoria de informática, que concentra projetos de equipamentos, sistemas e programas (PRADO, 2000). Menezes (2009) classifi ca os Escritórios de Projetos em quatro tipos, de acordo com sua fi nalidade: • EP para um único projeto; • EP de apoio a projetos; • EP para monitoramento e controle de projetos; • EP para gestão de programas. O escritório de projeto único agrega profi ssionais da Tecnologia de Informações e documentação para planejar e monitorar o projeto. O EP segue as orientações do gestor de projeto para atender as necessidades do projeto. Os recursos orçados para este tipo de EP são aplicados, exclusivamente, no projeto único. O EP de apoio a projetos tem a fi nalidade de garantir suporte a várias equipes de projeto simultaneamente. Alguns projetos exigem o preenchimento 140 Elaboração de Projetos Empresariais de documentos legais, é o caso de produtos alimentares e para a saúde; outros projetos requerem análise de riscos, é o caso de obras de infraestrutura e de impacto ambiental. Por outro lado, alguns projetos requerem ações integradas entre clientes e fornecedores, localizados em países diferentes quanto à língua, cultura e costumes, sendo necessário o uso de sistemas avançados de comunicações. O EP para monitoramento e controle de projetos tem a fi nalidade de controlar todos os projetos da organização. Este Escritório de Projetos faz uso de sistema avançado de comunicação para controlar os projetos quanto ao prazo e uso de recursos, para garantir o cumprimento das metas da organização. Os programas são projetos que se reúnem com uma fi nalidade em comum, como exemplo tem-se as ações de um governo, como o Programa de Combate à Fome, que é um conjunto de projetos com o objetivo de combater a fome. Segundo o PMBoK (2008, p. 9), um programa é defi nido como um grupo de projetos relacionados, gerenciados de modo coordenado para a obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente [...]. Um projeto pode não fazer parte de um programa, mas um programa sempre terá́ projetos.Para Valeriano (2001, p.133), “[...] chama-se programa a um conjunto de projetos e atividades inter-relacionados, constituindo um empreendimento de razoável vulto, geralmente compreendendo um sistema formado por um produto e seus serviços associados”. Assim, verifi ca-se que para a implantação de um processo/plano pode haver vários projetos com a mesma fi nalidade conectados em um programa. Organizações competitivas desenvolvem projetos de vários segmentos de negócio ao mesmo tempo. Essesprojetos são gerenciados na forma de programas, em uma carteira de projetos denominada portfólio de projetos. Para o PMBoK (2008, p. 8), “um portfólio refere-se a um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para facilitar o gerenciamento efi caz desse trabalho”. O EP para a Gestão de Programas avalia a combinação de projetos e investimentos para cada projeto, mantendo um equilíbrio entre os projetos em andamento e as novas iniciativas estratégicas (KEZNER, 2006). Assim, ao agrupar e estruturar os projetos, o processo de avaliá -los e combiná -los para atingir as metas e objetivos da empresa é facilitado. Um Escritório de Projetos é um centro de conhecimentos e trabalha como um intermediário entre o mercado e a empresa. Ele tem conhecimento do 141 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 negócio da empresa e das necessidades de seus projetos. Em sua relação com o mercado, estão inclusos institutos de pesquisa, empresas prestadoras de serviços especializados de consultoria e agências governamentais que fi nanciam projetos e/ou pesquisas. Desta maneira, o EP identifi ca soluções de tecnologia que se aplicam a projetos específi cos da organização. Atividade de Estudos: 1) Você teve a oportunidade de reconhecer um EP. Liste cinco organizações que você conheça e as características de seus escritórios de projetos. ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ____________________________________________________ ___________________________________________________ ORGANIZAR UM EP A forma como as empresas organizam os escritórios de projetos está relacionada com o porte e os interesses de cada uma delas. Os escritórios auxiliam a gerência do projeto ou, simplesmente, executam a gestão de cada projeto, dependendo das circunstâncias e desejo das empresas. Para realizar estas etapas, Menezes (2009) destaca fases como recrutamento, seleção e treinamento dos gestores de projetos, destaca também as etapas de suporte aos gerentes e gestores de projetos para que estes alcancem a efi cácia desejada em cada projeto. Outra etapa é a de controle de projeto. Nela, as funções administrativas são avaliadas quanto ao uso de recursos e cumprimento dos prazos desejados para a conclusão. Para organizar um EP é preciso espaço físico adequado, exclusivo para esta função, com os recursos sufi cientes para o desenvolvimento deste trabalho. Entre estes recursos, destacamos os recursos audiovisuais e comunicações, para bem informar os interessados no seu desenvolvimento. Para montar um Escritório de Projetos, recursos fi nanceiros devem ser alocados por fontes da organização ou agências de fi nanciamento de projetos. 142 Elaboração de Projetos Empresariais Algumas empresas têm difi culdade neste requisito, por não ter contato ou conhecimento das agências especializadas na gestão de projetos de melhorias e/ou desenvolvimentos de produtos e novas tecnologias, visando o aumento da capacidade de competição das organizações. Nesta etapa, o conhecimento de metodologia é um diferencial na organização do projeto. Em alguns setores a metodologia está diluída nos passos padrão de seu desenvolvimento, ou seja, nem sempre a metodologia está pronta, e exige adaptação de métodos e de orientação quanto ao objetivo desejado. É comum que algumas empresas possuam um conjunto de orientações para a conclusão do projeto. Contudo, devido à falta de conhecimento, preferem o desenvolvimento de um novo projeto, sem considerar a documentação técnica que possuam ou etapas já executadas de outros projetos. As etapas de comunicação do progresso do projeto, além das alterações do escopo do projeto, devem ser registradas e comunicadas aos gestores e clientes. Estes fatores infl uenciam nos prazos de fi nalização do projeto e também alteram seus custos. Desta forma, percebemos que os gestores precisam destas informações em tempo real para que a qualidade do projeto seja mantida. Junto a este trabalho está a identifi cação de sistemas e/ou softwares que a empresa possui e que trabalham de forma integrada, ou seja, exigem uma conexão permanente de dados. Outros sistemas exigem adaptação e treinamento de suas novas funções para os integrantes das equipes de projetos. Estas ações exigem investimento, e o cliente deverá aceitar e disponibilizar recursos. O gestor do EP deve adotar uma rotina para identifi car de maneira clara os principais interessados para sua implantação. Esta cautela está relacionada às mudanças que o projeto causará na empresa, pois isso estimula reações de todos os tipos e esforço. Nesta etapa, o gestor identifi ca os aliados que assimilaram a ideia e que apoiam o desenvolvimento do EP. O gestor precisa adotar um plano de comunicação da evolução do EP não apenas para as equipes internas, mas deve se preocupar com todos os envolvidos nas mudanças que o projeto promoverá na organização. A quantidade e a complexidade das tarefas na gestão de projetos estão ligadas ao tamanho do projeto. Quanto maior e mais complexo, o EP precisará de maiores recursos de ordem humana, técnica e fi nanceira. Grandes projetos demandarão estrutura administrativa complexa para lidar com diferentes elementos e manter o monitoramento e o rastreamento das decisões e a evolução dos objetivos traçados. Quanto maior o projeto, maiores serão também os canais de comunicação, em função do número de pessoas envolvidas e que precisam de gerenciamento. 143 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 Assim, os participantes da equipe de projetos despendem muito tempo nas tarefas administrativas e tendem a deixar em segundo plano tarefas também importantes, como reunião com clientes e solução de problemas não previstos. Assim, os profi ssionais da equipe de projetos devem usar o suporte administrativo do EP para se dedicarem às tarefas mais importantes, e as triviais fi cam a cargo da equipe de suporte. A divisão dessas funções fi cará a cargo da empresa. Tarefas mecânicas deverão, de preferência, ser terceirizadas. Menezes (2009, p. 227) elenca algumas tarefas que devem ser apoiadas por terceiros em Escritórios de Projetos: • Manutenção da programação: o EP fornece à equipe informação de “quem” deveria fazer, “o que” e “quando” o trabalho será realizado; • Manutenção dos pontos (horas de trabalho): o EP preenche formulários que mostram como as horas dos membros da equipe de projetos foram alocadas; • Relatórios de produção e sua distribuição: enquanto os projetos são conduzidos, eles geram resultados que precisam ser documentados e distribuídos para todos os que precisam ter conhecimento, inclusive os clientes que querem ser mantidos para o progresso do projeto. Outros são relatórios de status que precisam ser feitos periodicamente. O Escritório de Projetos pode criar e distribuir esses relatórios; • Manutenção de arquivos; • Relatórios de consolidação e sua distribuição: a equipe do projeto gera muitos relatórios, como progresso do projeto, procedimentos de testes, resultados destes testes, pesquisas etc.; • Manutenção dos registros (o workbook) do projeto: este livro de registros monitora quais as ações que foram tomadas ao longo do projeto. Estes workbooks podem estar sempre atualizados pelo Escritório de Projetos; • Operação de software: o emprego e escolha de softwares que auxiliam as equipes do projeto na programação, orçamentos e alocações de recursos podem ser feitos pelo Escritório de Projetos. Assim, nem sempre as funções pretendidas pelo EP são subordinadas a um departamento da empresa. Algumas vezes a empresa opta por uma estrutura mínima, mas que consiga atender às expectativas do projeto. 144 Elaboração de Projetos Empresariais CONSIDERAÇÕES FINAIS As empresas necessitamda função desenvolvimento de projetos. Criar ou não um Escritório de Projetos é uma decisão estratégica na alocação de recursos e pessoas para a empresa alcançar seu objetivo. A criação de um EP agiliza os serviços de melhoria e adoção de novas tecnologias pela empresa, em razão de sua agilidade e concentração de esforços. Contudo, um EP deve ser concebido com critério e seu desenho deve atender às necessidades específi cas de cada organização. Para implantá-lo, deve-se usar mecanismos de comunicação adequados e compatíveis com as necessidades do projeto em si, e que ao mesmo tempo permitam que a empresa utilize o máximo dos recursos que tenha à disposição. E, por fi m, nesta etapa das áreas dos projetos, você compreendeu como é o incremento de uma equipe de projetos; a forma como se deve usar este recurso; e o mais importante, se utilizado de forma adequada pelos gestores, o EP promove a redução de custos e o aumento da capacidade de competir no mercado global. Espero que você tenha apreendido e que possa ser o gestor dos projetos que acontecem na sua organização, ou gerir, como projetos, as suas aspirações pessoais. Até a próxima e bons estudos. REFERÊNCIAS BATTIBUGLI, A. Todo mundo quer contratar gerentes de projeto. Exame.com. 2013. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/178/ noticias/todos-querem-esse-gestor>. Acesso em: 9 jun. 2016. CASEY, W.; PECK, W. Choosing the right PMO setup. PM Network, p. 40-47, 2001. CLELAND, D. I.; IRELAND, L. R. A Cultura do Projeto. In: _______. Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso, 2002. DINSMORE, P.C. Sixteen reason not to implement a project offi ce. PM Network, [S.l.], v.16, n.2, Feb. 2002. 145 COMPETÊNCIA E APOIO A GESTÃO DE PROJETOS Capítulo 4 FERENHOF, H. A.; FERNANDES, R. F.; FORCELLINI, F. A. A Importância Das Competências Interdisciplinares Para Os Gerentes De Projetos: Um Estudo Empregando a Revisão Sistemática. In: 3o.Seminario de Pesquisa Interdisciplinar, 2011, Florianópolis. Anais. Florianópolis: 2011. FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Em busca da competência. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEO/eneo_2000/2000_ENEO24. pdf>. Acesso em: 10 ago. 2016. FRAME, J. D. Project Management Competence: Building Key Skills for Individuals, Teams, and Organizations. Jossey-Bass Publishiers, San Francisco, 1999. KERZNER, H. Gestão de Projetos: As Melhores Práticas. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2006. MENEZES, L. C. de M. Gestão de Projetos. São Paulo: Atlas, 2009. PERRENOUD, P. Novas competências para ensinar. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000. PMI. A guide to the Project management body of knowlege (PMBoK®). 4. ed. Project Management Institute, 2008. PRADO, D. Gerenciamento de Projetos nas Organizações, Belo Horizonte: EDG, 2000. RABAGLIO, M. O. Seleção por Competências. São Paulo: Educator, 2001. VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. São Paulo: Makon Books, 2001. VARGAS, R. V. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 7. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2009. VERZUH, E. MBA Compacto Gestão de Projetos. Rio de Janeiro: Campus, 2000. VIEIRA, F. P. Gestão, baseada nas competências, na ótica dos gestores, funcionários e clientes, na empresa de assistência técnica e extensão rural do estado de Rondônia – Emater, RO. Dissertação de mestrado apresentada na Universidade Federal de Santa Catarina, 2002.
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