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O Misterio do Aureo Florescer

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OO MMIISSTTÉÉRRIIOO DDOO 
ÁÁUURREEOO FFLLOORREESSCCEERR 
 
 
SSAAMMAAEELL AAUUNN WWEEOORR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MENSAGEM DE NATAL 1971 – 1972 
PRÓLOGO 
Pelo Mestre Gargha Kuichines 
 
Nesta nova mensagem de Natal “O Mistério 
do Áureo florescer”, Samael Aun Weor nos 
brinda com novíssimos ensinamentos para 
os devotos do sendeiro, para todos 
aqueles que conheceram o natural e agora 
querem mandar o conhecido mediante o 
estudo do sobrenatural. Este 
conhecimento é totalmente sexual. 
 
Fala-nos sobre as forças maravilhosas de 
OD e as descreve de forma patética para 
que aprendamos a conhecê-las e manejá-
las, segundo nossas próprias 
conveniências, nos dá mostras tangíveis 
para o intercâmbio magnético através da 
união amorosa e através dela conseguir a 
desintegração de nossos defeitos ainda 
os mais arraigados. 
 
Quando os devotos do Sendeiro chegam até 
a sabedoria Gnóstica encontram-se tão 
débeis que muitos deles são incapazes de 
acabar com seus próprios hábitos, com 
seus maus costumes, mais tarde através 
da sabedoria da cristificação não 
somente acabam com seus hábitos, mas 
também que são capazes de destruir seus 
próprios defeitos. 
 
Se às pessoas lhes custa trabalho tirar 
um hábito, um mau costume, como será 
para tirar um defeito? Todo este 
ensinamento nos coloca em posição 
privilegiada, mediante a qual dispomos 
de forças que nos permitem destruir 
entidades tenebrosas que formamos com 
nossos defeitos, com nossas baixas 
paixões. 
 
Com a revelação do poder do Mantra Krim 
se não somos capazes de impulsionar o 
poder do amor para nos libertar das 
forças satânicas que provém do erro, 
pelo menos aprenderemos a dar filhos 
superiores aprendendo a modificar nossa 
semente para a procriação. 
 
Três fatores determinam a qualidade 
física, moral e mental de nossa semente, 
quando aprendemos a pensar a respirar e 
a selecionar os alimentos. O semental 
vale pela semente que produz, a 
qualidade dos grãos depende da semente 
que o agricultor usa e para melhorar 
nossa própria obra devemos melhorar 
nossa semente. Se o agricultor somente 
usa uma semente para semear o cafeeiro e 
similares, se o fazendeiro usa a 
inseminação artificial para evitar que 
se percam milhões de sementes, com muito 
mais razão nós através da transmutação 
alquímica aprendemos a fecundação Divina 
que consiste na saída de um só 
espermatozoide para a fecundação, quando 
a mulher está disposta para ser 
fecundada que são os três dias 
transcorridos e contados desde a chegada 
do período até contar quatorze dias, 
esse dia quatorze com os dois seguintes 
são hábeis para a fecundação em uma 
mulher de período normal, para a anormal 
lhes cabe primeiramente buscar a 
normalidade e depois pedir à Mãe 
Bendita, junto com seu marido, lhes 
conceda um filho o qual pode ser homem 
ou mulher. Se a pessoa lhe interessa, 
leia esta mensagem e encontre a fórmula 
que está muito clara. 
 
Permite o Senhor Jeová que é o Chefe da 
Reprodução, que escape um espermatozoide 
forte e vigoroso para estabelecer a 
fecundação, sem perder os milhões que 
desperdiça o fornicário dando-lhe vida a 
seu satã com o restante. 
 
A educação destes filhos da luz é muito 
sagrada. O varão em permanente 
enamoramento por sua fêmea a rodeia de 
mimos e atenções, mais tarde quando ela 
lhe anuncia que se encontra grávida, 
deve retirar-se corporalmente dela, quer 
dizer que não pode praticar o Arcano 
porque a matriz de sua mulher está 
gerando um ser humano e não pode ao 
mesmo tempo gerar dois tipos de 
personalidades tão diferentes como o 
são: um humano e um embrião divino, ou 
seja, o varão que segue o caminho da 
castidade Científica, para começar o 
caminho angelical ou dévico. Durante 
toda a gestação o Gnóstico tornará a 
vida agradável para sua esposa, o fato 
de não usar a união sexual os eleva à 
categoria de noivos, os mantém em 
permanente transe de amor, fortificam a 
vontade, devem usar a magia amorosa de 
solteiro, que é pessoal para cada um 
deles. Ao nascer o filho nasce sem dor 
por ser filho da luz, um bem aventurado. 
 
O casal segue com a mesma magia de 
solteiro até um tempo não menor que 40 
dias depois do filho nascido. 
 
O leite que a mãe lhe proporciona pode 
ser melhorado tanto em qualidade como em 
força espiritual, o que não se pode 
fazer com a que dá ao externo: o leite 
de potes. A mãe ao dar o seio imagina 
seu filho são livre de toda enfermidade, 
lança-lhe amor por todo seu ser e pede 
aos Mestres da Loja Branca que o livrem 
de todo mal. A mãe deve evitar ler 
escritos com feitos de sangue, rixas e 
tudo aquilo que a mortifique porque tudo 
isso vai parar ao ventre do filho de 
suas entranhas. Mais tarde quando volte 
à união com seu esposo deve evitar toda 
emoção passionária, o marido deve dar-
lhe trato de mãe que está dando vida com 
seu próprio sangue. Assim como nenhum 
Pai lhe ocorre maltratar a mamadeira que 
seu pequeno filho toma, muito menos com 
o natural que dá à própria mãe. Quando 
são cumpridos todos estes preceitos, a 
Natureza ajuda a mãe e a coloca em 
condições em que tenha leite em 
abundância, se quiser aumentá-la pode 
tomar muita água de panela, evita tudo 
isto, que seus seios se obstruam e tenha 
que rachá-los e danificar suas Mamárias. 
Pode amamentá-lo cada vez que o filho 
exija, sem esperar as quatro horas que 
são indicadas em todos os textos que 
falam sobre a maternidade, dormir com 
eles os primeiros 40 dias durante os 
quais lhe dá o seio livremente quando o 
filho o pede o qual permite que a 
criança siga alimentando da aura da mãe, 
Força Divina que a envolve e sobretudo 
nesses dias que é Puro Amor para o Ser 
que acaba de chegar a seu lar. 
 
Como se observa a educação destes filhos 
começa a partir dos amores, se mantém 
durante a gestação e seguem ao nascer 
cuidando a mãe de não ler jornais, não 
dando atenção a fofocas, conjecturas nem 
conselhos alheios que somente lhe trazem 
dor. 
 
Se quando perdemos um só dos milhões de 
espermatozoides ocorre isto, o que não 
acontecerá com os milhares que nos 
reservamos para nos dar Luz e Sabedoria 
a nós mesmos? Isto é igual para varões e 
fêmeas, a Mulher mantém sua Força 
Criadora tal como o Varão. 
 
Aproveitem estudantes Gnósticos os 
ensinamentos do “Mistério do Áureo 
Florescer” a quem as Hierarquias Divinas 
vão guiando para que entendam estes 
mistérios porque os de fora somente 
poderão ver as lâminas que sobre Sexo-
Yoga brinda o Mestre através das 
múltiplas lições deste livro. 
 
Se é conveniente aprender a dar vida, 
também é de sumo interesse aprender a 
saber morrer. O Mestre fala claramente 
sobre o Retorno. O que morre na entidade 
Humana? O que perdura ou permanece? 
Desintegram-se: O Corpo físico, o corpo 
Vital, ou seja, o que dá a vida ao 
físico e a personalidade, os três que 
tanto cuidam dos humanos por desconhecer 
o funcionamento da vida. Muitas pessoas 
que se dedicam a invocar defuntos, não 
sabem que quase sempre concorrem ao 
chamado os cascões astrais ou os 
Múltiplos Eus que formam o Satã em nós. 
Hoje se generalizou o mau costume de 
estabelecer contato com os defuntos, com 
as pessoas acreditando que concorrem ao 
chamado das almas destes, quando os que 
concorrem são os Eus Satânicos da pessoa 
chamada; o contato com essas entidades 
sepulcrais permite que algumas delas 
possuam os invocadores produzindo 
enfermidades que psiquiatras, nem 
médicos conhecem e vão parar no 
manicômio, ou seus familiares buscam por 
pessoas que conhecem desse tipo de 
entidades para que as retirem, os Nossos 
devem EVITAR por todos os meios 
concorrer a tais curações de possessos, 
porque muitas vezes trata-se de 
entidades muito perversas que causam 
estragos e danos aos que tratam de 
retirá-los, agora se generalizou usar 
uma placa com letras, e com dor vemos 
que meninas de escola o têm como Jogo, 
não sabendo seus Pais o mal que estão 
ocasionando a seus filhos com semelhante 
esporte... 
 
Os mortos do além-túmulo são frios e 
fantasmagóricos,porque as pessoas 
desconhecem totalmente o aproveitamento 
das energias criadoras para mudar os 
corpos lunares com que nascemos. A 
sabedoria Gnóstica lhe ensinará a gerar 
por si mesmo estes corpos para que não 
somente aprenda a morrer, mas também a 
nascer. 
 
Nesta mensagem o Estudante encontrará 
fórmulas concretas para determinar o 
sexo de seu filho que quer trazer ao 
mundo, como criar filhos belos à 
vontade, como criar filhos inteligentes 
à vontade e muitos outros fatores que 
dão importância a nossa existência. 
 
O Mestre está entregando ao mundo o 
Quinto Evangelho através das Mensagens 
de Natal, falando do que jamais se havia 
escrito. 
 
Muitos estudantes de ocultismo 
assinalaram ao Mestre porque foi um 
BODHISATTVA caído, ele jamais o negou, 
também é verdade que ele se levantou sem 
o auxílio de todos esses tontos, hoje 
está de pé. 
 
Em meio a grandes sacrifícios obteve sua 
levantada e serviu de exemplo a muitos 
para nos levantar, ele foi um grande 
sinal para todos aqueles que seguimos e 
aproveitam seu conhecimento. 
 
Esses atacadores não tiveram o valor que 
teve nosso Mestre ao contar não somente 
seus triunfos e lucros, mas também nos 
confessa suas derrotas e nos mostra o 
Mal por conhecimento próprio, jamais por 
imaginação, pois ele trata por todos os 
meios de ensinar a doutrina, torná-la 
compreensível, colocá-la ao alcance de 
todos os estudantes Gnósticos, este 
valor somente é de Super-homens, pois 
muitos dos detratores tomaram os erros 
confessados para atacá-lo; isto me 
recorda nos primórdios da Gnosis, ali 
pelo ano de 1950 quando lhe escreveu um 
leitor do livro “O Matrimônio Perfeito”, 
onde lhe dizia que em Cáli muitos 
espiritualistas o atacavam por ter 
tomado, por ter bebido, por ter 
pertencido a muitos ismos, por ter 
andado por estradas e caminhos como 
viajantes, por desconhecido, e muitas 
outras asseverações mais, e o Mestre 
respondeu ao amigo de Cáli, que elogiava 
a obra, e lhe dizia: “Esses 
espiritualistas que me atacam são mortos 
vivos, habitantes das velhas tumbas de 
minhas recordações, eles resmungam os 
fatos do meu passado, mas aumentando os 
defeitos que essa velha personalidade 
teve que eu mesmo destruí para formar a 
atual e escrito a obra solene que acaba 
de conhecer”. “Se Luz Bel tivesse 
conhecido a sapiência do pecado jamais 
teria caído”. “As donzelas podem cair, 
mas as “Maria Magdalena” jamais caem 
porque têm uma sapiência do pecado e a 
vertigem do Absoluto. Vivekananda antes 
de despertar foi mulherengo e vagabundo, 
Gandhi o Libertador da Índia, antes de 
despertar foi mulherengo e bêbado, de 
maneira que se não tivéssemos nos 
perdido, estaríamos perdidos. A Obra o é 
todo”. 
 
S. S. S. 
JULIO MEDINA VIZCAÍNO. 
 Capitulo I 
MAGIA SEXUAL 
 
A Magia é, segundo Novalis, a arte de 
influir conscientemente sobre o mundo 
interior. 
 
Está escrito com carvões acessos no 
livro extraordinário da vida, que o amor 
ardente entre Varão e Fêmea, obra 
magicamente. 
Hermes Trimegisto, o três vezes grande 
Deus IBIS DE TOTH, disse em sua Tábua de 
Esmeralda: “Te dou amor no qual está 
contido todo o summum da Sabedoria”. 
 
“Todos temos algo de forças elétricas e 
magnéticas em nós, e exercemos igual a 
um magneto uma força de atração e 
repulsão... Entre os amantes é 
especialmente poderosa essa força 
magnética, e sua ação chega muito 
longe”. 
 
A Magia Sexual (SAHAJA MAITHUNA) entre 
marido e mulher, fundamenta-se nas 
propriedades polares que certamente tem 
seu elemento potencial no sexo. 
 
Não são Hormônios ou Vitaminas de 
patente o que se necessita para a vida, 
mas também autênticos sentimentos do tu 
e eu, e portanto o intercâmbio das mais 
seletas faculdades afetivas, eróticas, 
entre o homem e a mulher. 
A ascética medieval da falecida idade de 
Peixes, rejeitava o sexo qualificando-o 
como Tabu ou Pecado. 
 
A nova ascética revolucionária de 
Aquário fundamenta-se no sexo; é claro 
que nos mistérios do LINGAM-YONI 
encontra-se a chave de todo poder. 
 
 
“A MAGIA SEXUAL” 
 
Da mescla inteligente da ânsia sexual 
com o entusiasmo espiritual, surge como 
por encanto a Consciência Mágica. 
 
Um sábio autor disse: “A Magia Sexual 
conduz à unidade da Alma e a 
sensualidade, ou seja, a sexualidade 
vivificada: o sexual perde o caráter de 
suspeito e menosprezado que somente 
acata-se secretamente e com certa 
vergonha declarada; pelo contrário, é 
posto a serviço de um maravilhoso gozo 
de viver, penetrado por ele e alçado a 
componente da afirmação da existência 
que assegura o felizmente equilíbrio da 
personalidade livre”. 
 
Necessitamos com urgência evadirmos da 
sombra corrente cotidiana do acoplamento 
vulgar comum e corrente e entrar na 
esfera luminosa do equilíbrio magnético 
do “redescobrimento no outro”, de 
“encontrar em ti a senda do fio da 
navalha”, “o caminho Secreto que conduz 
à liberação final”. 
 
“Somente quando conhecemos e empregamos 
as leis do magnetismo entre os corpos e 
as almas, não serão já mais imagens 
fugazes e sem sentido, nevoeiros que se 
desvanecem na luz, todas as palavras 
sobre Amor, Sexo e Sexualidade”. 
 
É ostensivo a tremenda dificuldade que 
apresenta o estudo da Magia Sexual. Não 
é nada fácil querer mostrar como 
“aprendível e visível” a Sexo-Ioga, o 
Maithuna, com seu governo das mais 
delicadas correntes de nervos e as 
múltiplas influências subconscientes, 
infraconscientes e inconscientes sobre o 
ânimo. 
 
Falemos claro e sem rodeios; este tema 
sobre SEXO-IOGA é questão de 
experimentação íntima direta, algo muito 
pessoal. 
 
Renunciar à concupiscência animal no 
altar da espiritualidade é fundamental 
na Magia Sexual, se é que na verdade 
queremos encontrar o fio de Ariadna da 
ascensão, o áureo bramante que há de nos 
conduzir das trevas à luz, da morte à 
imortalidade. 
 
Um grande filósofo cujo nome não 
menciono disse: “Se as forças autênticas 
procriadoras, as anímicas e espirituais, 
encontram-se situadas no fundo de nossa 
consciência, encontramos precisamente 
nele o simpático, com sua rede 
irradiadora de sensíveis malhas de 
gânglios, ao mediador e condutor à 
realidade interior, que não somente 
influi sobre os órgãos da Alma, mas que 
também governa, dirige e controla os 
centros mais importantes no interior do 
corpo; guia, de maneira igualmente 
misteriosa, a maravilha da concepção até 
o nascimento do novo ser, assim como os 
fenômenos do coração, rins, cápsulas 
suprarrenais, glândulas geradoras, etc. 
 
“Em troca, a toda sensibilidade e 
espiritualidade, à vida ritmada, ele 
tenta, como autêntico SPIRITUS CREATOR 
do corpo, e mediante a direção da 
corrente molecular e a cristalização de 
raios cósmicos, balancear o ritmo do 
universo a todos os elementos psíquicos 
e físicos que lhe são subordinados”. 
 
“Este NERVUS SYMPATHICUS, é na realidade 
também um NERVUS IDEOPLASTICUS, deve ser 
compreendido como mediador entre nossa 
vida instintiva inconsciente e a 
moderação da imagem viva impressa em 
nosso Espírito desde as eternidades; é o 
grande equilibrador médio que pode 
apaziguar e reconciliar à perpétua 
polaridade, os amanheceres e crepúsculos 
do sol da Alma, às manifestações de 
negro e branco, amor e ódio, Deus e 
Diabo, exaltação e decadência”. 
 
O Andrógino Divino da primeira raça 
humana, Adam Kadmon, se propagou somente 
pelo poder da vontade da imaginação 
mágica, unidas em vibrante harmonia. 
 
Os antigos sábios da Kabala afirmaram 
que tal potência volitiva e imaginativa 
se perdeu pela queda no pecado, pelo que 
o ser humano foi arrojado do Éden. 
 
Esta magnífica concepção sintética da 
Kabala Hebraica tem por base uma 
tremenda verdade; sendo assim, é 
precisamente função da Magia Sexual 
restabelecer dentro de nós mesmos essa 
unidade original Divina do Andrógino 
Paradisíaco. 
 
Certo sábio disse enfaticamente o 
seguinte: “A Magia Sexual obra 
transfigurando corporalmente e procura 
uma acentuação ideal ao sexual na Alma. 
Por isso são capazes de Magia Sexual 
somente os seresque tratam de superar o 
dilema dualista entre o Mundo Anímico e 
o dos Sentidos, aqueles dotados de 
íntima “vela”, encontram-se 
absolutamente livres de qualquer espécie 
de hipocrisia, moralismo excessivo, 
negação e desvalorização da vida”. 
Capítulo 2 
RASPUTIN 
 
 
“RASPUTIN” 
 
Quero enfatizar a ideia básica que 
devemos formular assim: “Os grandes 
fascinadores da lubricidade e da falta 
de pudor pertencem bem mais ao tipo 
Casanova que ao famoso dom Juan 
Tenório”. 
 
Se o tipo tortuoso Dom Juan reflete 
todas as suas aventuras amorosas no 
espelho egocêntrico de sua fantasia 
refinada, com a abominável intenção de 
rebaixar à mulher, de profaná-la 
vilmente, de violá-la e difamá-la 
perversamente mediante a relação 
passional única e sem repetição no 
“empurrão do pecado”, é incontroverso 
uma especial modalidade de ódio 
masculino contra a fêmea. 
 
Pela lei de contrastes, no tipo Casanova 
predomina o desejo libidinoso de 
fascinação sexual, baseado 
exclusivamente nos impulsos instintivos 
naturais e sentimentais. Infelizmente 
este tipo de sujeitos são insaciáveis, e 
sofrem e fazem sofrer. 
 
O tipo Casanova é uma espécie de “mestre 
enganador” da mulher; parece ter o dom 
da ubiquidade, pois lhe vê por todas as 
partes, aqui, lá e acolá; é como o 
marinheiro que em cada porto tem uma 
noiva; muitas vezes se compromete e jura 
amor eterno... 
 
Em contraposição do sadismo sexual 
refinado do tipo Dom Juan, descobrirmos 
no tipo Casanova ao homúnculo racional 
que quer se afogar em leitos de prazer o 
tédio insuportável de sua própria 
existência. 
 
Outra variedade, felizmente pouco comum 
do fascinador de mulheres, convém que a 
designemos como “tipo diabo”. 
 
Um dos mais genuínos representantes 
deste tipo sinistro foi sem dúvida 
alguma o Monge Gregor Rasputim: Estranho 
asceta apaixonado pelo mais além; 
espécie de hipnotizador rústico em 
hábito religioso. 
 
Sem sombra de dúvidas ressalta com 
inteira clareza meridiana que a 
despótica força mágica do “diabo 
sagrado” Rasputin, se deve 
exclusivamente a sua tremenda potência 
sexual. 
 
O Czar e a Czarina se ajoelhavam ante 
ele; acreditavam ver nesse monge fatal 
um Santo Vivente. 
 
É óbvio que Rasputin encontrou o ânimo 
dos Czares disposto, graças ao Mago 
francês Papus (Dr. Encause), médico de 
cabeceira dos soberanos. 
 
Waldemar disse: “As mais instrutivas são 
as memórias diplomáticas do antigo 
embaixador francês em São Petersburgo, 
Maurício Paléologue, publicadas pela 
Revue des Deux Mondes”. 
 
“O embaixador descreve uma invocação de 
espíritos efetuada pelo ilustre 
ocultista francês Papus (Dr. Encause), e 
certamente, segundo desejo expresso dos 
Czares. A causa da tal sessão foram os 
distúrbios revolucionários de 1905. 
Papus havia de conjurar a revolta 
mediante um grande exorcismo na presença 
do Czar, da Czarina e do ajudante do 
capitão Mandryka”. 
 
“Paléologue, como fiador de Papus, com 
quem tinha relações amistosas, informa”: 
 
“Mediante uma intensa concentração de 
sua vontade e um extraordinário 
acréscimo de seu dinamismo fluido, o 
mago conseguiu evocar a sombra do Czar 
Alejandro III: Sinais indubitáveis 
provaram a presença do espírito 
invisível”... 
 
“Apesar da angustia que lhe oprimia o 
coração, Nicolas II perguntou de toda as 
maneiras a seu pai se devia reagir ou 
não contra a corrente liberal que 
ameaçava varrer a Rússia. O fantasma 
respondeu: Deves extirpar, custe o que 
custar, a incipiente revolução. Mais um 
dia voltará a brotar de novo e será mais 
violenta quanto mais dura for a atual 
repressão. Não importa! Ânimo, meu 
filho! Não pares de lutar!” 
 
Waldemar, o sábio, disse: “O Czar, como 
notório crente nos espíritos, devia, 
pois, prestar grande atenção a um homem 
que, como Rasputin, vinha precedido de 
grande fama como curandeiro milagroso”. 
 
“O Monge camponês procedia também da 
categoria, tão estendida na Rússia da 
época, dos chamados magos da aldeia, 
possuindo um magnetismo vital tão 
extraordinário, devido a sua insólita 
potência sexual, que devia produzir o 
efeito de uma força primitiva irrompendo 
nos círculos da nobreza Petersburguesa, 
em parte já degenerada.” 
 
“Uma de suas primeiras proezas na corte 
foi tratar magneticamente o herdeiro do 
trono, doente com hemofilia, conseguindo 
conter suas hemorragias, coisa que os 
médicos não tinham conseguido”. 
 
O sábio Waldemar continua dizendo: “A 
partir desse instante tremeram ante ele 
grandes Duques, Ministros e toda a 
comitiva da nobreza, pois a 
circunstância de que teve em suas mãos a 
vida do ZAREVITZ lhe garantiu a 
ilimitada confiança do Czar e da 
Czarina. E esta confiança a soube 
utilizar em seu proveito muito 
cabalmente; governou de acordo com sua 
vontade os Czares e, portanto, a 
Rússia”. 
 
“Ao aumentar constantemente seu poderio, 
um grupo de adversários de elevada 
linhagem e posição, e como cabeça 
encontravam-se o príncipe Yussupov e o 
grande Duque Pavlovitsch, decidiu 
suprimir o inoportuno ‘Monge 
milagroso’”. 
 
“E assim, em um jantar no palácio do 
príncipe citado, foram servidos ao monge 
convidado manjares e bebidas envenenadas 
com Cianureto de Potássio, em doses tão 
fortes, que haveria bastado para matar a 
uma vintena de homens ou em alguns 
segundos. Mas Rasputin comeu e bebeu com 
crescente apetite; o veneno não parecia 
surtir efeito algum sobre ele”. 
 
“Os conjurados se inquietaram, mas 
seguiram animando o odiado a que comesse 
e bebesse mais. Nem por essas; o veneno 
não tinha poder nenhum sobre o Monge 
milagroso; pelo contrário, cada vez 
parecia sentir-se mais a vontade o 
maldito”. 
 
“Como consequência, os conjurados 
concordaram que Yussupov lhe matasse com 
uma pistola. disparou, pois, o príncipe, 
caiu de bruços no solo Rasputin, e os 
conjurados lhe consideraram já morto”. 
 
“Yussupov, que tinha atirado no peito do 
Monge, se dispôs a girar sua cabeça, mas 
ante seu espanto, Rasputin deu-lhe um 
empurrão, se pôs de pé e com passos 
pesados tentou escapar da habitação. 
Então o conjurado Purischkjewitsch fez 
quatro disparos contra o Monge, que 
voltou de novo a cair, levantou-se outra 
vez, sendo agora golpeado a pauladas e 
chutes pelo furioso Purischkjewitsch, 
até que pareceu definitivamente 
arrematado. Mas a vitalidade de Rasputin 
era tal que ainda deu sinais de vida 
quando os conjurados meteram seu corpo 
musculoso em um saco, o qual ataram, 
atirando-o logo pela ponte entre os 
icebergs do Neva”. 
 
Este foi o final trágico de um homem que 
poderia ter autorrealizado-se a fundo. 
 
Infelizmente o Monge Gregor Rasputin não 
soube utilizar sabiamente a formidável 
potência sexual que o dotara a natureza 
e desceu ao plano da mais baixa 
sensualidade. 
 
Uma noite qualquer me propus a 
investigar de forma direta o 
desencarnado Rasputin. 
 
Como conheço a fundo todas as funções 
psíquicas do EIDOLON, (Corpo Astral) do 
Homem Autêntico, não me foi difícil 
realizar um desdobramento mágico. 
 
Vestido pois, com esse corpo sideral de 
que tanto falara Felipe Teofastro 
Bombasto de Honheneim (Aureola 
Paracelso), abandonei meu corpo físico 
para mover-me livremente na Quinta 
Dimensão da natureza, no mundo astral. 
 
O que vi com o Sentido Espacial (com o 
Olho de Hórus) foi terrível. Não é 
demais afirmar enfaticamente, que tive 
que penetrar em uma taberna espantosa 
onde somente viam-se barris cheios de 
vinho por entre os quais deslizavam-se 
aqui, ali e acolá, multidão de 
horripilantes criaturas a semelhança de 
homens. 
 
Eu buscava a Rasputin, o Diabo sagrado, 
queria dialogar com esse estranho monge 
ante o qual tremeram tantos príncipes, 
condes, duques e marqueses da nobreza 
russa: Mas eis aqui que em vez de um EU 
via muitos Eus e todos eles constituíam 
o mesmo EGO do monge Gregor Rasputin. 
 
Tinha, pois ante minha vista espiritual, 
em toda presença de meu ser cósmico, a 
um montão de Diabos; a um EU PLURALIZADO 
dentro do qual só existia um elemento 
digno; quero referir-me à Essência. 
 
Não encontrando,pois um sujeito 
responsável me dirigi a uma dessas 
abomináveis criaturas grotescas que 
passou próximo de mim: “Eis aqui o lugar 
aonde vieste a dar, Rasputin. Este foi o 
resultado de tua vida desordenada e de 
tantas orgias e vícios”. 
 
“Te equivocas Samael” - respondeu a 
monstruosa figura, como defendendo-se ou 
justificando sua vida sensual, e logo 
acrescentou: - “faz falta para ti a 
linha da intuição”. 
 
- “A mim não podes enganar Rasputin”, 
foram minhas últimas palavras; logo me 
retirei daquele tenebroso antro situado 
no LIMBO, no ORCO dos clássicos, no 
vestíbulo do Reino Mineral Submerso. 
 
Se Rasputin não tivesse feito em vida 
tantas obras de caridade, a estas horas 
estaria involuindo no tempo dentro dos 
Mundos Submersos, sob a casca da Terra, 
na Morada de Plutão. 
 
Passaram muitos anos e eu continuo 
meditando: os seres humanos ainda não 
têm uma individualidade autêntica; o 
único que continua depois da morte é um 
montão de Diabos. 
 
Que horror! Eus-Diabos… cada um de 
nossos defeitos psicológicos está 
representado por alguma dessas 
abomináveis criaturas dantescas. 
Capítulo 3 
O DIABO PRESTIDIGITADOR 
 
 
“O DIABO PRESTIDIGITADOR” 
 
É clara a existência de um mediador 
plástico extraordinário nesse Homúculo 
intelectual equivocadamente chamado 
“homem”. 
 
De forma estática quero referir-me ao 
PLEXO SOLAR, centro emocional, 
sabiamente colocado pela Natureza na 
região do umbigo. 
 
É inquestionável que este magnífico 
ascendente do bípede tricerebrado ou 
tricentrado satura-se integralmente com 
a essência sexual de nossos órgãos 
criadores. 
 
Foi nos dito que o “Olho Mágico” do 
ventre é frequentemente estimulado pelo 
Hidrogênio Sexual SI-12 que sobe desde 
os órgãos sexuais. 
 
É, pois um axioma inquebrantável da 
filosofia Hermética que na região do 
ventre existe um poderoso acumulador 
energético sexual. 
 
Mediante o Agente Sexual qualquer 
representação pode tomar forma no campo 
magnético do PLEXO SOLAR. 
 
O ideoplástico representativo constitui 
em si mesmo o conteúdo do baixo ventre. 
 
De modo algum exageramos quando 
enfatizamos a ideia básica de que no 
ventre são gerados os Eus que surgem 
mais tarde à existência. Tais entidades 
Psicológicas, ideoplásticas, de nenhuma 
maneira viriam à existência sem o agente 
sexual. 
 
Cada EU é uma viva representação 
psicológica que surge do ventre; o EGO 
pessoal é uma soma de Eus. 
 
O animal intelectual é certamente uma 
máquina controlada por diversos Eus. 
 
Alguns Eus representam a ira com todas 
as suas facetas, outros a cobiça, 
aqueles a luxúria, etc., etc., etc. 
 
Esses são os “Diabos Vermelhos” citados 
pelo “Livro dos Mortos” do antigo Egito. 
 
Em nome da verdade é indispensável dizer 
que o único digno que levamos dentro de 
nós é a “ESSÊNCIA”; desafortunadamente 
esta em si mesma está dispersa aqui, ali 
e acolá, enfrascada entre cada um dos 
diversos Eus. 
 
“O Diabo prestidigitador” toma forma na 
potência sexual; alguns Eus muito fortes 
costumam produzir variados fenômenos 
físicos assombrosos. 
 
Waldemar relata o seguinte caso: “O 
prestigiado síndico da cidade de San 
Miniato ao Tedesco, situada entre 
Florença e Pisa, tinha uma filha de 
quinze anos, sobre a que “veio o 
Demônio” de maneira que causou sensação 
no país”. 
 
“Não era só que a cama em que estava a 
moça se movia de um lado para outro do 
quarto, de maneira que logo estava 
contra uma parede como contra a outra, 
mas também que o Demônio rompeu grande 
quantidade de louças na casa, abria 
portas e gavetas e armava um escândalo 
tão grande, que os moradores passavam a 
noite tremendo e cheios de espanto”. 
 
“Na presença dos pais a filha foi 
atacada de tal modo pelo maligno, que 
apesar das súplicas da moça, a agarrou 
pelos quadris e a elevou no ar”. 
 
“Em vão ela chamou invocando: Santa 
Virgem Maria! Ajude-me a me salvar. (e 
isto ante a presença de centenas de 
habitantes da cidade) foi arrastada pela 
janela, ondulando vários minutos ante a 
casa e sobre a praça do mercado”. 
 
“Não é, pois, de se estranhar que toda a 
cidade correra para lá, homens e 
mulheres, pasmos entre o inaudito e 
espantando-se pela crueldade do Diabo, 
comentando-se entre si a coragem da moça. 
Um relato da época disse: 'Todos 
encontravam-se aterrorizados e comovidos 
profundamente pelo aspecto da mãe e das 
mulheres da família, que com o cabelo 
solto arranhavam com as unhas as 
bochechas, batiam no peito com os punhos 
e enchiam o ar de lamentos e alaridos 
cujo eco ressoava pelas ruas.'” 
 
“A Mãe, sobretudo, gritava, ora para sua 
filha, ora para o Demônio, pedindo a 
este que deixasse sobre ela toda a 
desgraça; logo se dirigiu de novo às 
pessoas, especialmente às mães, para que 
se ajoelhassem com ela implorando ajuda 
a Deus, coisa que todas fizeram no mesmo 
instante”. 
 
- “Oh Deus Santo! Seguidamente se 
precipitou a filha de cima sobre sua 
mãe, e consolou-a meio morta, com 
semblante alegre: “Abandona o temor mãe 
minha! Para de chorar que aqui está tua 
filha; não temas pelo fantasma do Diabo, 
te rogo. Acredites que fui torturada e 
vexada, mas me encontro muito bem 
preenchida por uma deliciosa e indizível 
doçura, pois sempre o amparo de todos os 
desconsolados esteve a meu lado, 
ajudando-me e falando-me para me dar 
ânimo e constância; assim – me dizia – 
se ganha o céu”. 
 
“Estas palavras encheram os presentes de 
alegria e assombro ao mesmo tempo, e se 
foram aliviados dali; mas mal a família 
retornou a sua casa o Diabo irrompeu de 
novo, e lançando-se com toda violência 
sobre a moça, a agarrou pelos cabelos, 
apagou as lâmpadas e velas, derrubou 
caixas e gavetas e todos os objetos de 
mobiliário e quando o pai pode acender 
as luzes de novo, a filha se atirou 
sobre o crucifixo da casa e clamou com 
uma voz de partir o coração: 'Faça com 
que me trague a terra, oh Senhor, antes 
de abandonar-me, sustente-me e libere-
me, lhe imploro encarecidamente'”. 
 
“E falando assim, começou a chorar, o 
qual enfureceu mais o maligno, que lhe 
arrancou primeiro a camisa do corpo, 
logo o vestido de lã e finalmente a 
túnica de seda como as moças costumam 
usar, rasgando-a toda, e quando a pobre 
se encontrava quase desnuda, começou a 
tirar seu cabelo”. 
 
“Ela gritava: ‘Pai Meu, traga-me um 
vestido, cubra minha nudez; Virgem 
Santa, ajude-me!’. Finalmente, e depois 
do demônio fazê-la objeto de mais 
brutalidades, conseguiu liberar a moça 
de seus braços por uma peregrinação e 
uns exorcismos efetuados por um 
sacerdote”. 
 
Até aqui, pois, o interessante relato de 
Waldemar. É ostensível que o Demônio 
sádico que atormentou a essa pobre moça, 
era sem sombra de dúvida, o Diabo 
Prestidigitador, um forte EU Diabo da 
donzela que tomou forma na potência 
sexual dela mesma, isso é tudo. 
 
O caudal de exteriorizações 
ideoplásticas sexuais, que se manifesta 
muito especialmente durante os anos da 
puberdade, costuma ser realmente 
tremendo, então é quando criamos Eus 
terríveis capazes de produzir fenômenos 
sensacionais. 
 
A raiva de não poder amar ou o fato de 
sentir-se mesmo desapontado por alguém, 
é sem sombra de dúvida o verdadeiro 
inferno e provoca aquelas espantosas 
emanações sexuais fluidas capazes de 
converter-se no Diabo Prestidigitador. 
Capítulo 4 
A LANÇA ESOTÉRICA 
 
A lança esotérica crística do Santo 
Graal e o chifre pagão dos pactos 
mágicos, ostentada por Wotan, é uma 
mesma lança bendita tida como sagrada em 
todos os povos desde a mais remota 
antiguidade. 
 
Seja na verdade, por ter um caráter 
fálico e simbólico do poder sexual 
viril, seja por tratar-se da arcaica 
arma de combate que no amanhecer da vida 
pode imaginar o homem, é o certo que o 
Chifre Romano era, como se sabe, algo 
assim como a balança da Justiça, 
presidindo a todas as transações 
jurídicas do direito primitivo 
quiritário da lança (KYRIES), e muito 
especialmente às núpcias, entre os que 
gozavam do direito de cidadania, por 
certo muito precioso. 
 
As matronas Romanas queencontravam-se 
sob a tutela da bendita Deusa JUNO, eram 
chamadas muito sabiamente CURETIS 
(Cauretes ou Kyrias, e daqui WALKIRIAS), 
por causa de CURES ou TORRE, cidade dos 
Sabinos, fundada por Medio Fidio 
Himella, seus deuses inefáveis, e por 
isso aos líderes e demais homens das 
Curias Romanas que se distinguiam como 
heróis na guerra, costumava premiá-los 
com uma pequena lança de ferro, 
denominada HASTAPURA, nome que 
certamente recorda à cidade HASTINAPURA, 
símbolo divino da Jerusalém Celestial. 
 
“Matronae in tutela Junonis Curetis 
essent, quae ita vocabatur ab hasta 
ferenda quae sabinorum lingua curis 
dicebatur”... “Nec tibi, quae cúpidae 
matura videbere matri, comat virgineas 
hasta recurva comas.” (Ovidio, 2 Fast). 
 
“Hasta Pura dicitur, quae fine ferro 
est, et signum est pacis. Haec donabatur 
militibus, qui in bello fortiter 
fecissent” (Suetonio Claudio). 
 
“Translate hastee dicuntur argumenta 
oratória” (Ciceron I. I. Or, c. 57). 
 
“Deos in hastario vectigales habetis 
(Tertuliano, Apologética, c. 13) 
 
“Ponitiur etiam pro auctione ineunda, 
quia auctio cum esset hasta erigebatur” 
(Calepinus, Hasta). 
 
É ostensível e evidente que os troncos 
ou tábuas da Lei, onde o profeta Moisés 
escreveu sabiamente por mandato de Jeová 
os dez Mandamentos, não são na realidade 
nada mais que uma dupla lança as de 
runas, sobre cujo significado fálico 
existe muita documentação. 
 
Não é demais enfatizar a ideia 
transcendental de que existem dois 
mandamentos mais no esoterismo mosaico. 
 
Quero me referir aos mandamentos onze e 
doze, intimamente relacionados com os 
Arcanos XI e XII da Kabala. 
 
O primeiro destes, ou seja, o décimo 
primeiro, tem sua expressão no Sânscrito 
DHARMAN CHARA: “Faça teu dever”. 
 
Recorde irmão leitor que tu tens o dever 
de buscar o Caminho apertado e difícil 
que conduz à luz. 
 
O Arcano XI do Tarot ilumina este dever: 
A força maravilhosa que pode dominar e 
sujeitar aos leões da adversidade é 
essencialmente espiritual. Por esta 
razão é representado por uma bela mulher 
que sem esforço aparente abre com suas 
mãos deliciosas as mandíbulas terríveis 
do Leão, o puma espantoso, o leão 
furioso. 
 
Com o décimo primeiro se relaciona e se 
entrelaça o décimo segundo mandamento da 
Lei de Deus, ilustrado pelo Arcano XII: 
“FAÇA COM QUE TUA LUZ BRILHE!”. 
 
Para que a luz, que constitui a Essência 
engarrafada dentro do Eu, possa 
realmente brilhar, deve liberar-se e 
isto somente é possível mediante a 
Aniquilação Budista, dissolvendo o Ego. 
 
Necessitamos morrer de instante em 
instante, de momento em momento, só com 
a morte do Ego advém o novo. 
 
Assim como a vida representa um processo 
de gradual e sempre mais completa 
exteriorização, ou extroversão, 
igualmente a morte do EU é um processo 
de interiorização gradativa, no que a 
Consciência individual, a Essência, se 
despoja lentamente de suas vestimentas 
inúteis, igual como Ishtar em seu 
simbólico descenso, até ficar 
inteiramente desnuda em si mesma ante a 
grande Realidade da vida livre em seu 
movimento. 
 
A lança, o sexo, o Phalo, joga também 
grande papel em numerosas lendas 
orientais como instrumento maravilhoso 
de salvação e liberação, que brandido 
sabiamente pela Alma anelante, permite-
lhe reduzir a poeira cósmica a todas 
essas entidades cavernosas que em seu 
conjunto pecaminoso constituem o “MIM 
MESMO”. 
 
Na terra sagrada dos Vedas, SHIVA o 
TERCEIRO LOGOS (A ENERGIA SEXUAL), foi 
analisado profundamente em seus aspectos 
criativos e destrutivos... 
 
É evidente, claro e visível, que os 
aspectos subjetivos, SEXUAIS… 
cristalizam fatalmente nessas múltiplas 
entidades cuja soma total constitui isso 
que os Egípcios chamaram de SETH (o 
Ego). 
 
É evidente o poder gerador normal de 
nossas glândulas endócrinas sexuais. 
 
É transcendental o poder objetivo 
criador do Senhor SHIVA, quando trabalha 
criando o Traje de Bodas da Alma, o TO 
SOMA HELIAKON, o corpo de ouro do homem 
solar. 
 
A energia sexual é altamente explosiva e 
maravilhosa. Na verdade vos digo que 
aquele que sabe usar a arma de Eros (a 
lança, o sexo), pode reduzir a poeira 
cósmica o Eu Pluralizado. 
 
Orar é conversar com Deus e deve-se 
aprender a orar durante o coito; nesses 
instantes de suprema dita pedi e se vos 
dará, golpeai e se vos abrirá... 
 
Quem põe coração na súplica e roga a sua 
Mãe Divina Kundalini que empunhe a arma 
de Eros, obterá o melhor dos resultados, 
porque ela então lhe ajudará destruindo 
o Ego. 
 
Mas vos digo que este é um processo 
longo, paciente e muito delicado. É 
inquestionável que o caçador que quer 
caçar dez lebres ao mesmo tempo, não 
caça nenhuma, assim quem quer eliminar 
todos os defeitos psicológicos 
simultaneamente, não elimina nenhum. 
 
Dentro de cada um de nós existem 
milhares de defeitos e todos eles têm 
muita raízes e facetas que se ocultam 
entre as distintas dobras subconscientes 
da mente. 
 
Cada um desses defeitos psicológicos tem 
forma animalesca; dentro de tais 
criaturas submersas concentra-se a 
ESSÊNCIA, a CONSCIÊNCIA. 
 
Condição prévia a toda eliminação é 
compreensão integral do defeito que se 
quer eliminar. 
 
Suplicai se tendes certeza de ter 
compreendido e retirai-vos do coito sem 
ejacular o sêmen. 
 
Fazendo uma síntese transcendental sobre 
muito longos e duros trabalhos, dizemos: 
Primeiro há que liberar a Essência para 
que a luz brilhe em nós; depois fusioná-
la com “ATMAN” (O Ser), para liberar-nos 
da mente; mais tarde entregá-la ao 
“ANCIÃO DOS DIAS” (O Pai que está em 
segredo, a Mônada) para converter-nos em 
Mestres ressurrectos. E por último 
absorvê-la definitivamente em ISHVARA, o 
LOGOS, primeira emanação do Supremo 
PARABRAHMAN (o grande Oceano do Espírito 
Universal da Vida). 
 
Concluiremos agora este capítulo com o 
seguinte relato. Há muito tempo, quando 
eu ainda não tinha reduzido o Ego a 
poeira cósmica, fiz uma invocação mágica 
formidável. 
 
Chamei um certo grande Mestre dizendo: 
“Vem! Vem! Vem! Profeta de RA HOOR KHU. 
¡Vinde até a mim! Quer cumpri-la! Quer 
cumpri-la! Quer cumpri-la! AUM... AUM... 
AUM...” (entoando esta última palavra 
como se deve, abrindo a boca com a “A” 
arredondando-a com o “U” e fechando-a 
com a “M”). 
 
Não é demais esclarecer que o ambiente 
estava saturado de infinita harmonia, 
carregado de “OD”… 
 
O resultado da invocação não se fez 
esperar e o grande profeta veio até mim. 
 
O KABIR assumiu uma figura simbólica 
formidável que pude ver, escutar, tocar 
e apalpar na total presença de meu ser 
cósmico. 
 
O Venerável parecia dividido em duas 
metades: Da cintura para cima 
resplandecia gloriosamente; sua testa 
era alta como os muros invictos da 
Jerusalém Celestial; seus cabelos como a 
lã branca caindo sobre suas costas 
imaculadas; seu nariz reto como o de um 
Deus, seus olhos profundos e 
penetrantes; sua barba preciosa como a 
do Ancião dos Dias, suas mãos como anéis 
de ouro encravado com jacintos; seus 
lábios, como lírios que destilam mirra 
perfumada... 
 
Mas na parte inferior de seu corpo, da 
cintura para baixo, vi algo insólito; 
horripilantes formas bestiais, 
personificando erros, demônios-
vermelhos, dentro dos quais está 
engarrafada a Consciência. 
 
“Chamei a vós para pedir-lhes a 
iluminação”. Tal foi minha súplica! É 
óbvio que em sua forma de apresentação 
estava a resposta. 
O Ancião colocou sua mão direita sobre 
minha cabeça e me disse: “Chama-me cada 
vez que me necessites e eu te darei a 
Iluminação!”... Logo me abençoou e se 
foi. 
 
Com infinita alegria compreendi tudo; 
somente eliminando com a lança essas 
criaturas animalescas que todos levamos 
dentro e entre as quais dorme a 
Consciência, advém a nós a iluminação. 
Capítulo V 
O EU LASCIVO 
 
 
“O EU LASCIVO” 
 
“Brognoli esclarece muito 
instrutivamente até que extremo pode 
chegar a força de formação de Eus-
Diabos, pode–se dizer já IDEOPLÁSTICA, 
ou seja, a representação sexual excitada 
pelo órgão sexual”. 
 
“Tendo me detido em 1694em Veneza, veio 
para me ver o vigário geral de um 
Bispado do continente, a me pedir 
conselho sobre o seguinte caso”. 
 
“Em um convento de monjas havia uma 
muito dada aos jejuns e abstinência 
voluntários. Além deles, era do seu 
agrado e prazer a leitura de livros 
profanos que tratavam de transformações, 
como as efetuadas por Circe e outras 
encantadoras, ou bem pelas antigas 
Divindades, que convertiam os seres em 
animais, aves, serpentes e espíritos”. 
 
“Certa noite apareceu para ela a figura 
de um moço extraordinariamente belo, e 
enquanto o contemplava assombrada, este 
disse-lhe:” 
“Não temas minha querida irmã! Não és tu 
aquela monja que gosta dos jejuns sobre 
qualquer medida? E não te entregaste a 
eles de todo coração? Pois hás de saber 
que sou o Anjo chamado Jejum, e venho a 
ti para dar-te graças e corresponder com 
igual amor ao teu.” 
 
“Antes fui filho de um rei; mas como em 
meus anos juvenis, nos quais também tu 
te encontras, amei e me entreguei também 
por inteiro ao jejum, meu pai se 
aborreceu muito, repreendendo-me.” 
 
“Mas eu, fazendo pouco caso de suas 
admoestações, segui fazendo minha 
vontade até que ele, cheio de cólera, me 
expulsou do palácio. Mas os deuses que 
eu venerava reprovaram tal repúdio, e 
acolhendo-me, me transformaram em Anjo, 
e dando-me o nome de Jejum, me 
outorgaram também a capacidade de adotar 
a forma de um jovem, na que me vê, e o 
dom de não envelhecer nunca.” 
 
“Estou, além disso, dotado de tal 
mobilidade, que em tempo 
indescritivelmente breve posso 
transportar-me de uma a outra parte do 
mundo, indo e vindo invisível, mas 
mostrando-me àqueles que me amam.” 
 
“E assim, tendo os deuses me manifestado 
que me destinaram todo teu amor, venho a 
ti te expressar meu agradecimento, e 
para permanecer contigo e servir-te em 
tudo segundo teu gosto.” 
 
“Por esta causa realizei hoje a grande 
viagem; deixe-me, pois, dormir esta 
noite em teu leito, se te dá prazer. Não 
temas minha companhia, pois sou amigo da 
castidade e do pudor.” 
 
“A monja, extremamente satisfeita e 
seduzida por este discurso, admitiu o 
anjo em seu leito. A primeira noite foi 
tudo bem; ele não se moveu. Mas na 
segunda começou a abraçá-la e beijá-la, 
como mostra de agradecimento e amor, sem 
separar-se dela nem de dia nem de noite, 
admoestando-a para que não contasse o 
segredo jamais a seu confessor nem a 
ninguém.” 
 
“A servia com o maior zelo e diligência 
e a seguia por toda parte. Finalmente, 
em 1664, ao chegar a data do Jubileu, a 
monja foi assaltada pelo arrependimento 
e contou tudo a seu confessor, que lhe 
aconselhou que expusesse o assunto em 
confissão também ao Vigário Geral do 
Bispado, para que este providenciasse o 
adequado a fim de liberá-la do maligno. 
Assim, pois, aquele me acudiu em busca 
de conselho”. 
 
É claro que o espírito lascivo Jejum era 
um Eu projetado tão vividamente pela 
monja, que parecia certamente ser uma 
pessoa diferente. 
 
Tal EU é ostensivo que teve que ser 
gerido no baixo ventre da religiosa 
antes da inusitada projeção. 
 
O “Olho mágico do ventre” carregado de 
substância sexual é um intermediário 
plástico formidável. 
 
Ali tomam forma todas as ânsias sexuais 
reprimidas; todos os desejos 
insatisfeitos. 
Capítulo VI 
EROS 
 
“O Doutor Rouband, disse o seguinte: 
'Logo que o membro viril penetra no 
vestibulum, roça primeiro a Glande do 
Pênis na glândula Clitóris que encontra-
se na entrada do canal do sexo, e que 
mediante sua posição e o ângulo que 
forma, pode ceder e flexionar-se'”. 
 
“Depois dessa primeira excitação de 
ambos os centros sensíveis, desliza-se a 
Glande do Pênis sobre as bordas de ambas 
as vulvas; o collum e o corpus Pênis 
serão envolvidos pelas partes salientes 
da vulva, encontrando-se por contra a 
Glande do Pênis mais avançado em contato 
com a fina e delicada superfície da 
mucosa vaginal, que é elástica ao tecido 
erétil que se encontra entre as 
membranas individuais.” 
 
“Esta elasticidade, que permite à vagina 
adaptar-se ao volume do Pênis aumenta 
ainda mais a tonicidade e, portanto, a 
sensibilidade do Clitóris, enquanto 
conduz a ele e à vulva o sangue que fora 
expelido dos vasos das paredes 
vaginais.” 
 
 
“EROS O DEUS DO AMOR” 
 
“Por outro lado, a tonicidade e a 
sensibilidade da Glande do Pênis são 
aumentadas pela ação compreensiva do 
tecido vaginal, que se torna cada vez 
mais túrgido, e de ambas as vulvas no 
vestíbulo.” 
 
“Além disso, o clitóris é pressionado 
para baixo pela porção anterior do 
MÚSCULO COMPRESSOR e encontra a 
superfície dorsal da Glande e do Corpus 
Pênis, se roça com os mesmos e os roça, 
de maneira que cada movimento influi na 
copulação de ambos os sexos e, 
finalmente, somando-se as sensações 
voluptuosas (do Deus Eros) conduzem a 
aquele grau elevado do orgasmo, que por 
um lado provocam a ejaculação e por 
outro a recepção do licor seminal na 
fenda abertura do colo do útero.” 
 
“Quando se pensa na influência pelo 
temperamento, a constituição, e uma 
série de outras circunstâncias, tanto 
especiais como correntes, têm sobre a 
faculdade sexual, convencemo-nos de que 
não se encontra nem com muito 
solucionada a questão da diferença na 
sensação do prazer entre ambos os sexos, 
e até de que dita questão, envolta entre 
todas as diversas condições, é 
insolúvel; isto é tão certo, que até 
apresenta dificuldade o querer traçar um 
quadro completo das manifestações gerais 
no coito, mas enquanto em uma pessoa a 
sensação do prazer se traduz somente em 
uma vibração apenas perceptível, em 
outra alcança o ponto mais elevado da 
exaltação, tanto moral como física”. 
 
“Entre ambos os extremos há inúmeras 
transições; aceleração da circulação do 
sangue, vivas palpitações das artérias; 
o sangue venoso, que fica retido nos 
vasos pela concentração muscular, 
aumenta a temperatura geral do corpo, e 
esse estancamento do sangue venoso, que 
de maneira ainda mais pronunciada tem 
sua ação no cérebro, pela contração dos 
músculos do pescoço e a inclinação para 
trás da cabeça, causa uma momentânea 
congestão cerebral, durante a qual 
alguns perdem a razão e todas as 
capacidades intelectuais”. 
 
“Os olhos, vermelhos pela injeção da 
conjuntiva, tornam-se fixos e de olhada 
incerta, ou como no caso da maioria das 
vezes, fecham-se convulsivamente, para 
evitar o contato com a luz.” (Isto é 
algo que está integralmente comprovado). 
 
“A respiração, que em uns é ofegante e 
entrecortada, se interrompe em outros 
pela espasmódica contração da laringe, e 
o ar retido por algum tempo, busca 
finalmente um caminho para o exterior, 
misturado com palavras desconexas e 
incompreensíveis.” 
 
“Como assinalei, os centros nervosos 
congestionados produzem somente impulsos 
confusos.” 
 
“O movimento e sensação mostram uma 
desordem indescritível; os membros são 
presa de convulsões, às vezes também de 
cãibras, se movem em todas as direções 
ou bem se contraem e entorpecem como 
barras de ferro; as mandíbulas apertadas 
até ranger os dentes, e certas pessoas 
chegam tão longe em seu delírio erótico, 
que esquecendo-se por completo do 
parceiro, o mordem nesses espasmos de 
prazer no ombro até fazê-lo sangrar”. 
 
“Este estado frenético, esta epilepsia e 
este delírio de Eros, duram 
costumeiramente somente um breve tempo, 
mas o suficientemente longo para esgotar 
por completo a energia do organismo no 
animal intelectual que desconhece a 
Magia Sexual e para quem tal 
hiperexcitação há de concluir com uma 
perda mais ou menos abundante de 
esperma, enquanto que a mulher por mais 
energicamente que possa ter 
coparticipado no ato sexual, somente 
sofre uma passageira lassidão que é 
muito mais reduzida que a do homem, e 
que lhe permite recuperar-se mais 
rapidamente para repetir o coito”. 
 
“'Triste est omne animnal post coitum, 
praeter mulierem gallamque', disse 
Galeno, axioma que no esencial é exato 
quanto ao sexo masculino respeita”. 
 
No Amor, nada importa certamente a dor 
nem a alegria, mas somente issoque se 
chama Amor… 
 
Enquanto o Amor livre ata, a desunião o 
mata, porque Eros é o que realmente une. 
 
O Amor se acende com o Amor, como o Fogo 
com o Fogo… mas, de onde saiu a primeira 
chama? Em ti salta sob a Vara da Dor... 
tu o sabes. 
 
Logo… Oh Deuses!... Quando o fogo 
escondido sai queimando, o de dentro e o 
de fora são uma só coisa, e todas as 
barreiras caem feito cinzas. 
 
O Amor começa com uma centelha de 
simpatia, se substancializa com a força 
do carinho e se sintetiza em adoração. 
 
Um matrimônio perfeito é a união de dois 
seres, um que ama mais e outro que ama 
melhor... 
 
O Amor é a melhor religião acessível. 
Amar? Quão belo é amar! Somente as almas 
simples e puras sabem amar. O Amor se 
alimenta com Amor. Avivai a chama do 
Espírito com a força de EROS. 
 
“Posto que o enlace dos sexos pode 
equivaler a um ato criador, que se adere 
à potência e esplendor do primeiro dia, 
Lutero denomina os órgãos sexuais os 
HONESTISSIMAE ET PRASTANTISSIMAE PARTES 
CORPORIS. Foi pelo pecado onde os 
membros mais úteis e honestos se 
converteram no mais vergonhoso”. 
 
Maomé disse: “O COITO é um ato até 
prazeroso à religião, sempre que for 
realizado com a invocação de Alá e com a 
própria mulher para a reprodução” (ou 
melhor, para a Transmutação Sexual). 
 
O Corão disse: “Vá, tome por mulher uma 
donzela à que acaricies e te acaricie; 
não passes ao coito sem antes ter-se 
excitado pelas carícias”. 
 
O Profeta enfatiza assim: “Vossas 
esposas são para vós uma fazenda. Vá a 
ele como quiser, mas realizai antes 
algum ato de devoção. Temei a Deus e não 
esqueçais que um dia os havereis de 
encontrar em sua presença”. 
 
“O autor de El-Ktah, (escrito 
extraordinariamente e apreciado pelos 
árabes), não se farta na glorificação do 
coito; este é para ele o hino de louvor 
mais magnífico e sagrado, o anelo mais 
nobre do homem e sua companheira depois 
da unidade primitiva e das delícias 
paradisíacas”. 
 
“O famoso teólogo destaca frequentemente 
o caráter sublime e divino do ato 
carnal; mais toma uma posição decisiva 
contra as naturezas profanas e 
grosseiras que satisfazem nele 
unicamente sua voluptuosidade animal”. 
 
“Estes, - disse -, não compreenderam nem 
visto que o amor é o FIAT LUX do Livro 
de Moisés, o mandato Divino, a Lei para 
todos os continentes, mares, mundos e 
espaços”. 
 
“E em suas ulteriores explicações, o 
autor Do EL KTAB revela a primitiva 
ciência esotérica, de que no fundo a 
união física de homem e mulher é um ato 
sobrenatural, uma reminiscência 
paradisíaca, o mais belo de todos os 
hinos de louvor dirigidos pela criatura 
ao Criador, o Alfa e Ômega de toda 
criação”. 
 
“O Sheikh Nefrani coloca na boca de um 
sábio estas palavras: “A mulher é 
semelhante a uma fruta cujo aroma é 
aspirado primeiro pela mão. Se não se 
esquenta, por exemplo, com a mão a erva 
de basilisco, não se nota seu aroma. O 
âmbar emite sua fragrância somente 
quando é esquentado. E isto o sabes bem. 
Assim mesmo ocorre com a mulher: Quando 
quiser passar ao ato amoroso, deves 
primeiro aquecer o coração dela com 
todos os preparativos da arte de amar, 
com beijos, abraços e pequenas 
mordidelas. Se descuidais disto, não 
terá nenhum gozo completo, e todos os 
encantos dos enamorados ficarão ocultos 
para ti”. 
 
Em um tratado muito sábio sobre medicina 
Chinesa li o seguinte: “O taoísmo tem 
outras influências na medicina, como o 
prova a leitura de uma recopilação de 
tratados Taoístas, o Sing-Ming-Kuei-
Chen, do ano 1622 aproximadamente.” 
 
“Distinguem-se três regiões no corpo 
humano. A região superior ou cefálica, é 
a origem dos espíritos que habitam no 
corpo.” 
 
“A almofada de Jade (Yu Chen) encontra-
se na parte posterior inferior da 
cabeça. O chamado osso da almofada é o 
occipício (Chen-Ku)”. 
 
“O palácio do Ni-Huan (termo derivado da 
palavra Sânscrita Nirvana), encontra-se 
no cérebro, chamado também mar da medula 
óssea (Suei-Haí); é a origem das 
substâncias seminais”. 
 
“A região média é a coluna vertebral, 
considerada não como um eixo funcional, 
mas como um canal que une as cavidades 
cerebrais com os órgãos genitais; 
termina em um ponto chamado ‘a coluna 
celeste’ (Tien Chu) situado atrás da 
nuca no ponto onde nasce o cabelo; não 
deve confundir-se este ponto com o da 
acupuntura do mesmo nome”. 
 
“A região inferior compreende o campo de 
sulfeto de mercúrio (Tun Tien), de que 
nos ocuparemos mais adiante, nela 
assenta a atividade genital representada 
pelos dois rins: o fogo do tigre (Yang) 
à esquerda e o fogo do dragão (Ying) à 
direita.” 
 
“A união sexual é simbolizada por um 
casal; um homem jovem conduz o tigre 
branco e uma mulher jovem cavalga sobre 
o dragão verde; o Chumbo (elemento 
masculino) e o Mercúrio (elemento 
feminino) vão se misturar; enquanto 
estiverem unidos, os jovens jogam sua 
essência em um caldeirão de bronze, 
símbolo da atividade sexual. Mas os 
líquidos seminais, em particular o 
esperma (Tsing), não se eliminam e 
perdem, mas que também podem voltar ao 
cérebro pela coluna vertebral, graças a 
qual se recupera o curso da vida”. 
 
“A base destas práticas sexuais Taoístas 
é o COITUS RESERVATUS, no qual o esperma 
que baixou do encéfalo até a região 
prostática (mas que não foi ejaculado) 
volta a sua origem; é o que se denomina 
fazer voltar a substância (Huan-Tsing)”. 
 
“Sejam quais forem as objeções que são 
formuladas frente à realidade deste 
retorno, não é menos certo que os 
Taoístas conceberam um domínio cerebral 
dos instintos elementares que mantinha o 
grau de excitação genésica por baixo do 
umbral da ejaculação; deram ao ato 
sexual um novo estilo e uma finalidade 
distinta da fecundação”. 
 
A esotérica VIPARITAKARANI ensina 
cientificamente como o Iogue Hindu em 
vez de ejacular o sêmen o faz subir 
lentamente mediante concentração, de 
maneira que homem e mulher unidos 
sexualmente possam eliminar o Ego 
animal. 
 
Os antigos gregos conheceram muito 
exatamente o parentesco essencial entre 
a morte e o ato sexual; em Eros 
apresentavam o “Gênio da morte”, 
sustentando em mãos, o Deus, uma tocha 
inclinada para baixo, como portador da 
morte. 
 
Sendo a força sexual a mais profunda e 
primitiva de todas nos homens, é 
considerada pelo Tantra como o Eros 
cosmogônico, a serpente ígnea de nossos 
mágicos poderes. 
 
Muito longe de violentar a nossa 
essência íntima no sentido de 
concupiscência brutal, ou de entorpecer-
se organicamente por um espasmo que dura 
somente poucos segundos, o praticante 
toma, em contraposição, a potência de 
sua Divina Mãe Kundalini particular, 
para fundir-se com ela em uma unidade e 
eliminar tal ou qual Eu, quer dizer, 
este ou aquele defeito psicológico 
previamente compreendido a fundo. 
 
Somente com a morte advém o novo. Assim 
é como Eros com sua tocha inclinada para 
baixo, reduz a poeira cósmica a todos 
esses agregados Psíquicos que em seu 
conjunto constituem o EU. 
 
O Mantram ou palavra mágica que 
simboliza todo o trabalho de Magia 
Sexual é KRIM. 
 
Neste Mantra deve ser empregada uma 
grande imaginação, a qual age 
diretamente sobre Eros, atuando este, de 
sua parte, por sua vez, sobre a 
Imaginação, insuflando-lhe energia e 
transformando-a em força mágica. 
 
Para colocar-se em contato com a 
potência móvel universal, o praticante 
percebe diversas imagens, mais 
especialmente lhe revela sua Divina Mãe 
Adorável com a lança sagrada em sua mão 
direita, lutando furiosa contra aquele 
EU-DIABO que personifica tal ou qual 
erro Psicológico que anelamos destruir. 
 
O praticante cantando seu Mantra KRIM 
fixa logo sua imaginação, seu 
translúcido, no Elemento Fogo de tal 
modo que ele mesmo se sinta como chama 
ardente, como chama única, como fogueira 
terrível que incinera ao EU-DIABO que 
caracteriza o defeito Psicológico que 
queremos aniquilar. 
 
A extrema sensibilidade dos órgãos 
sexuais anuncia sempre a proximidade do 
espasmo; então devemos nos retirar a 
tempo para evitar a ejaculação do sêmen. 
 
Continua-selogo o trabalho, o homem 
deitado no chão em decúbito dorsal (boca 
para cima) e a mulher em sua cama... 
suplica-se à Divina Mãe Kundalini, pede-
se com frases simples saídas do coração 
sincero, elimine com a lança de Eros, 
com a Força Sexual, o EU que personifica 
o erro que realmente compreendemos e que 
ansiamos reduzir a poeira cósmica. 
 
Bendiga-se por último a água contida em 
um vaso de cristal bem limpo, e beba-se 
dando graças à Mãe Divina. 
 
Todo este Ritual do PANCATATTVA libera o 
herói de todo pecado; nenhum tenebroso 
pode resistir-lhe; subordinam-lhe os 
poderes terrestres e supraterrestres e 
caminha pela terra com a consciência 
desperta. 
 
Temido por todos os demônios, vive como 
Senhor da Salvação em completa bem-
aventurança; escapa à lei do 
renascimento, pois através de longos e 
terríveis trabalhos de Magia sexual, 
utilizou o formidável poder elétrico de 
Eros, não para satisfações brutais do 
tipo animal, mas também para reduzir a 
pó o EU PLURALIZADO. 
Capítulo VII 
EUS LUXURIOSOS 
 
Devido que na terminada Era de Peixes, a 
Igreja Católica limitou excessivamente a 
vida moral das pessoas, mediante 
múltiplas proibições, não pode produzir 
assombro que precisamente Satanás, como 
encarnação viva dos apetites mais 
bestiais, ocupa-se de maneira especial a 
fantasia daquelas pessoas que, contidas 
no livre trato com a espécie humana 
acreditam-se obrigadas a uma assinalada 
vida virtuosa. 
 
Assim e segundo a analogia dos 
contrários, foi requerido tanto mais 
intensivamente, precisamente da 
subconsciência, o temido na mente 
cotidiana, quanto mais ou menos ação 
exigiam as energias instintivas ou do 
impulso, eventualmente reprimidas. 
 
Este tremendo desejo à ação soube 
incrementar de tal modo a libido sexual, 
que em muitos lugares chegou ao 
abominável comércio carnal com o 
maligno. 
 
O sábio Waldemar disse textualmente o 
seguinte: 
 
“Em Hessimont as monjas foram visitadas, 
como conta Wyer, o médico de câmara de 
Cleve, por um Demônio que pelas noites 
se precipitava como um redemoinho de 
vento no quarto e, subitamente 
sossegado, tocava a cítara tão 
maravilhosamente que as monjas eram 
tentadas à dança”. 
 
“Logo saltava, em figura de cachorro, ao 
leito de uma delas sobre quem recaíram, 
portanto, as suspeitas de que tivesse 
chamado o maligno” (Milagrosamente não 
ocorreu às religiosas colocar o caso nas 
mãos da Inquisição). 
 
É inquestionável que aquele demônio 
transformado em Cão ardente como o fogo, 
era um EU luxurioso que depois de tocar 
a cítara se perdia no corpo de sua dona 
que jazia no leito. 
 
Pobre monja de paixões sexuais 
ancestrais forçosamente reprimidas; 
quanto teve que sofrer! 
 
O poder sexual daquela infeliz ermitã 
assombra! Em vez de criar demônios no 
Convento, poderia eliminar com a lança 
de Eros às bestas submersas, se tivesse 
seguido o caminho do matrimônio 
perfeito. 
 
O médico de câmara Wyer logo descreve um 
caso que mostra a EROTOMANIA das monjas 
de Nazaret, em Colônia. 
 
“Estas monjas tinham sido assaltadas 
durante muitos anos por todo tipo de 
pragas do Diabo, quando no ano de 1564 
aconteceu entre elas uma cena 
particularmente espantosa. Foram 
atiradas à terra, na mesma postura que 
no ato carnal, mantendo os olhos 
fechados no transcurso do tempo que 
assim permaneceram”. (Os olhos fechados 
indicam aqui irrefutavelmente o ato 
sexual com o Demônio; a autocópula, pois 
se trata de coito com o EU luxurioso 
projetado ao exterior pela 
subconsciência). 
 
“Uma moça de catorze anos, - disse Wyer 
- que estava confinada no claustro foi 
quem deu a primeira indicação a 
respeito”. 
 
“Frequentemente tinha experimentado em 
sua cama raros fenômenos, sendo 
descoberta por suas risadas abafadas, e 
embora tenha se esforçado em afugentar o 
duende com uma estola consagrada, ele 
voltava a cada noite”. 
 
“Tinha combinado que se deitaria com ela 
uma irmã, com a finalidade de ajudá-la a 
defender-se, mas a pobre se aterrorizou 
logo que ouviu o ruído da briga”. 
 
“Finalmente, a jovem ficou possessa 
completamente e lamentavelmente atacada 
por espasmos”. 
 
“Quando tinha um ataque, parecia como se 
se encontrasse privada da vista, e 
embora tivesse traço de estar em seu 
juízo e com bom aspecto, pronunciava 
palavras estranhas e inseguras que 
beiravam o desespero”. 
 
“Investiguei este fenômeno como médico 
no claustro, em 25 de maio de 1565, na 
presença do nobre e discreto H. H. 
Constantino Von Lyskerken, honorável 
conselheiro e o mestre Juan Alternau, 
antigo deão de Cleve”. 
 
“Encontravam-se presentes também o 
mestre Juan Eshst, notável Doutor em 
medicina, e, finalmente, meu filho 
Enrique, também doutor em Farmacologia e 
Filosofia”. 
 
“Li nesta ocasião cartas terríveis que a 
moça tinha escrito para seu galã, mas 
nenhum de nós duvidou nem por um 
instante que foram escritas pela 
possessa em seus ataques”. 
 
“Descobriu-se que a origem estava em 
alguns jovens que jogando bola nas 
imediações entabularam relações amorosas 
com algumas monjas, escalando depois os 
muros para gozar de suas amantes”. 
 
“Descobriu-se a coisa e se fechou o 
caminho. Mas então o Diabo, o 
prestidigitador, tapeou a fantasia das 
pobres tomando a figura de seu amigo 
(convertendo-se em um novo EU luxúria) e 
lhe fez representar a horrível comédia, 
ante os olhos de todo o mundo”. 
 
“Eu enviei cartas ao convento, nas quais 
desvendava toda a questão e prescrevia 
remédios adequados e cristãos, a fim de 
que com os mesmos pudessem resolver o 
desgraçado assunto”. 
 
“O Diabo prestidigitador não é aqui 
senão a potência sexual concreta 
exacerbada, que desde o momento em que 
já não se ocupava mais do comércio com 
os jovens, tomou a figura do amigo na 
fantasia e certamente de maneira tão 
vívida, que a realidade apreciável do 
ato revestia por acaso justamente pelo 
afastamento, formas ainda mais intensas 
com respeito ao outro sexo ansiado; 
formas que tão plasticamente seduziam o 
olho interior do instinto desencadeado, 
que para explicá-las tinha que pagar 
justamente ao Diabo os vidros 
quebrados”. 
Capítulo VIII 
O EU DA BRUXARIA 
 
 
“O EU DA BRUXARIA” 
 
O sábio autor do livro “Specimen of 
British Writers”, Barnett, apresenta um 
caso extraordinário de bruxaria: 
 
“Faz cinquenta anos vivia, em uma aldeia 
do condado de Sommerset, uma velha, que 
era geralmente considerada como Bruxa”. 
 
“Seu corpo era seco, e curvado pela 
idade, andava de muletas. Sua voz era 
cavernosa, de misteriosa, mas 
dissimulada solenidade; de seus olhos 
brotava um brilho penetrante que sobre 
quem o pousava deixava calado de 
espanto”. 
 
“De repente, um jovem são e moço, com 
uns vinte e dois anos, da mesma 
localidade, foi assaltado por um 
pesadelo tão persistente, que sua saúde 
foi afetada e, no prazo de três a quatro 
meses, ficou débil, pálido e fraco, com 
todos os sintomas de uma vida que se 
esgotava”. 
 
“Nem ele, nem ninguém dos seus duvidavam 
da causa, e após a celebração do 
conselho, ele tomou a decisão de esperar 
sem dormir, a bruxa.” 
 
“Assim, na noite seguinte, por volta das 
onze e meia, percebeu uns passos 
cuidadosos e sigilosos na escada.” 
 
“Uma vez que o ser assustador tinha 
chegado ao quarto, foi ao pé da cama, 
subiu logo a ela e se arrastou 
lentamente até o moço”. 
 
“Ele deixou fazer até que ela chegou a 
seus joelhos, e então a agarrou com as 
duas mãos pelo cabelo, tendo-a sujeita 
com convulsiva força, chamando ao mesmo 
tempo sua mãe, que dormia em um quarto 
contíguo, para que trouxesse luz”. 
 
“Enquanto a mãe ia buscá-la, o moço e o 
ser desconhecido lutaram no escuro, 
rolando ambos furiosamente pelo chão, 
até que com o primeiro vislumbre da 
escada, a mulher se safou com força 
sobrenatural do jovem e desapareceu como 
um relâmpago de sua vista”. 
 
“A mãe encontrou seu filho de pé, 
ofegante ainda pelo esforço e com mechas 
de cabelo nas duas mãos”. 
 
“Quando me relatou o fenômeno, — disse 
Barnett - perguntei-lhe com curiosidade 
de ondetinha tirado o cabelo. Ao que 
respondeu: 'Fui lerdo em não ter 
conseguido prendê-la, pois isso tinha 
demonstrado melhor a identidade da 
pessoa'”. 
 
“Mas no redemoinho de minhas sensações a 
fiz cair no chão, e a bruxa a quem 
pertenciam os cabelos, teve muito 
cuidado em não aparecer mais à minha 
vista, nem para os outros vir para 
molestar-me de noite, pois tinha levado 
uma boa surra”. 
 
“É raro, — acrescentou — que enquanto a 
tinha presa e lutava com ela, embora eu 
soubesse quem devia ser, sua respiração 
e todo seu corpo pareciam de uma jovem 
saudável”. 
 
“O homem com quem aconteceu isto ainda 
vive; me contou o episódio mais de uma 
vez e, portanto, posso certificar sobre 
a autenticidade do fato, pensa-se como 
quiser sobre a causa”. 
 
Comentando o caso o sábio Waldemar 
disse: “Este relato contém dois pontos 
de muito peso. Em primeiro lugar, 
constava ao jovem que seu pesadelo tinha 
como causa a bruxa que vivia na 
localidade, e também conhecia esta 
bruxa, de seus encontros fugazes de 
passagem durante o dia, e em suas 
visitas astrais noturnas”. 
 
“Em segundo lugar, a bruxa curvada pela 
idade e sustentada por muletas 
transformou-se ao longo de vários meses, 
durante os quais ele foi debilitando-se 
e consumindo-se, na imagem de uma viçosa 
moça. Onde há de encontrar a causa deste 
evidente rejuvenescimento da velha?” 
 
Para responder a esta pergunta, — 
continua dizendo Waldemar -, devemos ter 
ante a vista o mecanismo do Eidolón, o 
Duplo”. 
 
“Se a aura que envolve e emboça os seres 
representa também um reflexo fiel de seu 
corpo, de maneira em que se encontram 
correspondentemente contidos, com 
exatidão, seus defeitos e debilidades, o 
“corpo duplo” apresenta, por assim 
dizer, uma evidência acrescentada, que, 
por exemplo, se manifesta frequentemente 
em feridas graves, de maneira que pode-
se sentir dores em um membro amputado há 
vários anos, e certamente tão intensos 
como se existisse ainda o mesmo”. 
 
“Esta invulnerável integridade do duplo 
fundamenta-se no “princípio criador” de 
que a forma dada pela Natureza, a 
congênita do Ser, se contém em uma 
espécie de primeiro germe”. 
 
“Neste, assim como na semente, encontra-
se contida a estrutura de toda a árvore, 
encontra-se oculto o ser em sua viva 
imagem”. 
 
“Mediante múltiplas falsas ações e 
extravios, reflete-se no curso da vida o 
tecido vibratório astral que enlaça com 
o corpo primitivo”. 
 
“Sobre os ‘corpos primitivos’ 
desejaríamos assinalar ainda que o 
professor Hans Spemann, da Universidade 
de Friburgo, obteve no ano de 1955 o 
prêmio Nobel de Medicina e Psicologia, 
devido a sua comprovação em estudos 
transcendentais, de que nos estágios 
iniciais do desenvolvimento embrionário 
encontra-se ativo um escultor da vida, 
um ‘ideoplástico químico’ que forma o 
protoplasma segundo uma imagem 
predeterminada”. 
 
“Partindo destes estudos de Spemann, o 
professor Oscar E. Shotté, da 
Universidade de Yale, conseguiu 
comprovar, mediante suas experiências 
com salamandras, que “o escultor da 
vida” não desaparece de modo algum, tal 
como Spemann o tinha suposto após o 
tempo de desenvolvimento embrionário, 
mas que se mantém durante toda a vida do 
indivíduo”. 
 
“Um pequeno pedaço de tecido, procedente 
da ferida costumeira de um homem, 
poderia, segundo o professor Shotté, ao 
enxertar-se em um terreno virgem e vivo, 
reconstruir de maneira inteiramente 
idêntica todo o corpo do homem ferido em 
questão. Se por acaso as experiências 
nos laboratórios de homúnculos 
conduziriam algum dia a reforçar 
praticamente na medida insuspeita as 
teorias do professor Shotté”. 
 
É óbvio que a abominável harpia deste 
relato sangrento, mediante certo “modus 
operandi” desconhecido para o vulgo, 
pode sugar ou vampirizar a vitalidade do 
jovem para transplantá-la a seu próprio 
“corpo primitivo”; somente assim pode 
ser explicado cientificamente o insólito 
rejuvenescimento do corpo da velha. 
 
É inquestionável que o “ideoplástico 
químico” impregnado pela vitalidade do 
moço, pode reconstruir o organismo 
doente da anciã. 
 
Enquanto a vida do mancebo se esgotava 
espantosamente, a velha fatal de 
esquerdos conciliábulos tenebrosos, 
recobrava sua antiga juventude. 
 
É claro que o moço poderia capturá-la se 
não tivesse cometido o erro de agarrá-la 
pelo cabelo; melhor teria sido agarrá-la 
pela cintura ou pelos braços. 
 
Muitas destas hárpias abismais, 
surpreendidas em flagrante, foram 
capturadas com outros procedimentos. 
 
Algumas tradições antigas dizem: “Se 
colocamos no chão umas tesouras de aço 
abertas em forma de cruz e se regamos 
mostarda negra ao redor deste 
instrumento metálico, qualquer bruxa 
pode ser presa”. 
 
Causa assombro o fato que alguns 
ocultistas ilustres ignorem que estas 
bruxas podem evitar a lei da Gravidade 
Universal! 
 
Embora a notícia pareça insólita nós 
enfatizamos a ideia de que isto é 
possível colocando o corpo físico dentro 
da quarta dimensão. 
 
Não é de modo algum estranho que estas 
harpias, metidas com seu corpo físico 
dentro da quarta dimensão desconhecida, 
possam levitar e viajar em poucos 
segundos a qualquer lugar do mundo. 
 
É ostensivo que elas têm fórmulas 
secretas para escapar do mundo 
tridimensional de Euclides. 
 
Em termos estritamente ocultistas 
podemos qualificar bem a essas criaturas 
tenebrosas como ”JINAS”. 
 
O organismo humano certamente oferece 
possibilidades surpreendentes. Recordai 
amados leitores à execrável Celene e 
suas imundas hárpias, monstros com 
cabeça e pescoço de mulher. Horrendos 
passarolos das ilhas Strófadas que 
encontram-se no mar Jônico. 
 
Providas de longas garras, têm sempre no 
rosto a palidez da fome. Fúrias 
terríveis que com seu contato, corrompem 
tudo quanto tocam e que antes foram 
belas donzelas. 
 
A capital principal de todas essas 
abominações está em Salamanca, Espanha. 
Ali fica o famoso Castelo de Klingsor (o 
salão da bruxaria), santuário das trevas 
oportunamente citado por Ricardo Wagner 
em seu Parsifal. 
 
Valha-me Deus e Santa Maria!... Se as 
pessoas soubessem tudo isto, buscariam o 
Castelo de Klingsor por todas essas 
velhas ruas de Salamanca... 
 
Mas, bem sabem os Divinos e os humanos 
que o Castelo do Graal Negro encontra-se 
nas terras de “Jinas”, na Dimensão 
desconhecida. 
 
Às terças e sábados, à meia-noite, ali 
reúnem-se essas aves com seus zangões 
para celebrar suas orgias. 
 
Quando alguma harpia destas foi presa, 
boa surra levou, pois as pobres pessoas 
ainda não sabem devolver bem por mal... 
 
É necessário ser compreensivos e em vez 
de atolar-se no lodo da infâmia, 
avantajar-se a tais águias através do 
amor, abordar com valor o problema e 
admoestar com sabedoria. 
 
“Não julgueis, para que não sejais 
julgados”. “Porque com o juízo com que 
julgais, sereis julgados, e com a medida 
com que medes, sereis medidos”. 
 
“E por que olhas a palha que está no 
olho de teu irmão, e não deixas de ver a 
viga que está em teu próprio olho?”. 
 
“Como dirás a teu irmão: deixe-me tirar 
a palha do seu olho e eis aqui a viga no 
meu olho?” 
 
“Hipócrita! Tire primeiro a viga de teu 
próprio olho, e então verás bem para 
tirar a palha do olho de teu irmão”. 
 
“Aquele que estiver limpo de pecado, que 
atire a primeira pedra”… 
 
Embora pareça incrível é bom saber que 
muitas pessoas honradas e até religiosas 
carregam dentro o EU da bruxaria. 
 
Em outras palavras diremos: pessoas 
honradas e sinceras que em sua presente 
existência nada sabem de ocultismo, 
esoterismo, etc., levam, no entanto, 
dentro o EU da bruxaria. 
 
É óbvio que tal EU costuma viajar 
através do tempo e da distância para 
causar dano aos outros. 
 
Qualquer interesse fugaz pela Bruxaria 
em alguma vida anterior pode ter criado 
tal EU. 
 
Isto significa que no mundo existem 
muitas pessoas que sem sabê-lo praticam 
inconscientemente a bruxaria. 
 
Em verdade os digo que são muitos os 
devotos da senda que também levam dentro 
de si mesmos o EU da bruxaria.Concluiremos o presente capítulo 
dizendo: Todo ser humano, ainda que 
esteja no caminho do fio da navalha, é 
mais ou menos negro enquanto não tiver 
eliminado o EU PLURALIZADO. 
Capítulo 9 
O PAROXISMO SEXUAL 
 
Com o Sahaja Maithuna (Magia Sexual), 
tal como se pratica nas escolas de 
Tantrismo branco, multiplica-se 
infinitamente a potência da vontade 
mediante o desencadeamento e atualização 
onipotente das sutis correntes nervosas. 
 
O Paroxismo delicioso da união sexual 
não é somente um reflexo de Tamas, 
segundo o Tantra; necessitamos inquirir, 
indagar, investigar. 
 
No Paroxismo das ditas, nós devemos 
descobrir de forma direta, a síntese 
cósmica e criadora de SHIVA (o Espírito 
Santo) e de SHAKTI (Sua Divina esposa 
Kundalini). 
 
Enquanto que o animal intelectual comum 
e corrente é vencido fatalmente pela 
abominável concupiscência e raptado 
pelos afetos passionais, numa palavra, 
sofre, no desfrute, para a vil 
consumação do prazer, o Gnóstico 
esoterista em pleno êxtase durante o 
coito sexual, penetra vitorioso na 
região das Mônadas no esplêndido mundo 
do TATTVA ANUPADAKA. 
 
O grau anterior a esse mundo de 
ANUPADAKA é o princípio extraordinário 
da potência que encontra-se no domínio 
do espaço, tempo e causalidade, e é 
denominada AKASHA TATTVA. (A morada de 
ATMAN-BUDDHI-MANAS). 
 
 
“POSIÇÃO TÂNTRICA” 
 
Está escrito com palavras de ouro no 
grande livro de todos os esplendores, 
que o Paroxismo Sexual é PROTO - 
TATTVICO. 
 
Inicia-se o jogo de vibrações 
extraordinárias durante o MAITHUNA com o 
Tattva de ouro, Phrithvi, o Éter 
magnífico da perfumada terra guardando 
concordância exata com nosso corpo 
físico. 
 
Continua a harpa, delícia das vibrações, 
fazendo estremecer a água da vida 
universal (APAS), o ENS SEMINIS. 
 
O alento (Vayú) altera-se ostensivamente 
e na atmosfera sutil do mundo ressoa a 
lira de Orfeu. 
 
Acende-se a Chama Sagrada (Tejas) no 
candelabro misterioso da espinha dorsal. 
 
Agora… Oh Deuses! O Cavalheiro (Manas 
superior) e sua dama (Buddhi), abraçam-
se ardentemente na região do AKASHA 
puro, estremecendo-se com o paroxismo 
sexual. 
 
Mas é claro e manifesto que AKASHA é 
somente uma ponte de maravilhas e 
prodígios entre os TATTWAS Pritvi 
(Terra) e ANUPADA (o mundo dos 
esplendores). 
 
O Paroxismo Sexual atravessa a ponte da 
dita e penetra no mundo de Aziluth, a 
região de ANUPADAKA, a morada de SHIVA e 
SHAKTI, então ELE e ELA resplandecem 
gloriosamente embriagados de amor. 
 
Mulheres escutem-me: A SHAKTI deve ser 
vivida regiamente durante o coito sexual 
como MAYA-SHAKTI (Mulher-Eva-Deusa), 
somente assim pode conseguir-se com 
êxito a consubstancialização do amor no 
realismo psicofisiológico de vossa 
natureza. 
 
O Varão Gnóstico durante o SAHJA 
MAITHUNA (Magia Sexual), deve 
personificar a SHIVA (o Espírito Santo) 
e sentir-se inundado com essa força 
maravilhosa do Terceiro Logos. 
 
Kalyanamalla refere-se repetidas vezes a 
que “o cumprimento do código do amor é 
muito mais difícil do que o profano 
imagina”. 
 
“Os gozos preparatórios já são 
complicados; tem que ser empregada 
exatamente a arte segundo os preceitos, 
para avivar a paixão da mulher da mesma 
maneira que se aviva uma fogueira, e que 
seu YONI torne-se mais suave, elástico e 
idôneo ao ‘ato amoroso’”. 
 
“O ANANGARANGA concede grande 
importância a que ambos os componentes 
do casal não deixem introduzir-se em sua 
vida comum nenhum esfriamento, fastio ou 
saciedade em suas relações, efetuando a 
consumação do amor com recolhimento e 
entrega total. A forma do ato sexual, 
quer dizer, a posição no mesmo, é 
denominada ASANA”. 
 
Para conhecimento de alguns leitores de 
certa idade, transcreveremos no presente 
capítulo a posição denominada TIRYAK. 
 
“A posição TIRYAK tem três subdivisões, 
nas quais jaz sempre a mulher de lado”. 
 
a) “O homem se coloca juntamente 
com a mulher, toma uma das pernas 
dela e a coloca sobre sua cintura. 
Somente com a mulher do todo 
desenvolvida pode satisfazer por 
completo esta postura, a qual deve 
omitir-se com uma jovem”. 
 
b) “Homem e mulher jazem deitados 
de costas, não devendo ela mover-se 
nem minimamente”. 
 
c) “Deitado de costas o homem 
penetra entre os quadris da mulher, 
de maneira que uma coxa encontre-se 
sob ele, enquanto o outra repouse 
sobre sua cintura”. 
 
É conveniente invocar a KAMADEVA durante 
o SAHAJA MAITHUNA na “Forja dos 
Cíclopes”. 
 
“KAMADEVA: O Deus hindu do Amor. 
Literalmente seu nome quer dizer Deus do 
desejo, e passa por filho do céu e da 
ilusão”. 
 
“Rati, a ternura, é sua esposa, e 
Vasanta (a estação do florescimento) sua 
acompanhante, quem leva constantemente 
sua alijava com flores nas pontas das 
flechas”. 
 
“KAMADEVA tinha uma figura visível, mas 
como molestou o Senhor da criação, Hara, 
em suas práticas, este o reduziu a 
cinzas com um olhar; os Deuses o 
ressuscitaram, gotejando néctar nelas, e 
desde então chama-se o “incorpóreo”. 
 
Se lhe representa cavalgando sobre um 
papagaio, sendo seu arco de cana de 
açúcar e sendo a corda formada do mesmo 
de abelhas. 
 
O casal terrestre ADÃO-EVA mediante o 
SAHAJA MAITHUNA (Magia Sexual) encontra, 
sua correspondência igual mais humana e 
mais pura no elevado casal divino SHIVA-
SHAKTI. 
 
“Homero verificou uma descrição igual 
delicada e mágica do abraço amoroso do 
casal divino:” 
 
“Sob eles, a terra germinada 
produzia um verdor florido, 
lótus, trevos suculentos e jacintos 
e açafrão 
que apertados, turgidos e tenros 
saiam do chão, 
e eles jaziam ali e arrastavam 
acima as nuvens 
douradas e cintilantes, e o orvalho 
chispeante caia na terra”. 
 
Embriagados pelo vinho do Amor, 
adornados preciosamente com a túnica da 
espiritualidade transcendente e coroados 
com as flores da dita, devemos 
aproveitar a tremenda vibração do Tattwa 
ANUPADAKA durante o paroxismo sexual 
para suplicar à serpente ígnea de nossos 
mágicos poderes, que elimine de nossa 
natureza inferior o defeito psicológico 
que já compreendemos a fundo em todas as 
regiões do subconsciente. 
 
É assim como vamos morrendo de instante 
a instante, de momento a momento; 
somente com a morte advém o novo. 
 
Capítulo 10 
VISITANTES TENEBROSOS 
 
 
“UM EU SÚCUBO” 
 
 
O sábio Waldemar disse textualmente: “Um 
contemporâneo de Brognoli, o sacerdote 
Coleti, nos conta sobre uma mulher de 
sua paróquia que recorreu a ele com seu 
marido”. 
 
“Ela era devota e de bons costumes, mas 
desde os dez anos era perseguida por um 
tal espírito que de dia e de noite 
sugeria-lhe o desonesto, e até quando 
não dormia procedeu com ela como um 
íncubo, pelo que não era de modo algum 
um sonho do que padecia”. 
 
“Mas não conseguiu obter sua 
conformidade, permanecendo ela firme. 
Assim, o exorcista não teve mais que 
pronunciar o ‘Praeceptum Leviticum’ 
contra o demônio e mais adiante ela se 
viu livre dele”. 
 
“Neste caso, — disse Waldemar, — vemos 
que quando a consciência de um obsesso a 
tal ponto que imaginou-se como 
subterfúgio a violação pelo Demônio, ou 
seja, quase uma tomada de posse contra 
sua vontade, pode superar-se o estado 
mediante o processo de uma expulsão do 
espírito lascivo pelas forças morais 
ainda não tiranizadas”. 
 
“Mas se o demônio (o EU lascivo), a 
imagem luxuriosa criada pela própria 
fantasia, se afirma sem oposição até o 
fim, o próprio indivíduo convertido em 
íncubo executa, dividido em dois seres, 
umaAUTOCOPULAÇÃO. Neste caso, a obsessão 
acaba em geral na demência total”. 
 
“Assim tentou Brognoli, na primavera de 
1643, liberar, em vão, de um íncubo uma 
moça de vinte anos”. 
 
“Fui – disse – com seu confessor a sua 
casa, Mal entramos nela, o Demônio, que 
estava entregue a sua tarefa, escapou. 
Falei então para a moça e ela me contou 
com detalhes e sinais o que o demônio 
fazia com sua pessoa”. 
 
“De seu relato não demorei em 
compreender que, embora ela o negara, 
tinha dado, no entanto, uma autorização 
indireta ao Demônio. Pois quando notava 
sua aproximação pela

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