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Novo Codigo Processual civil

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - NCPC
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: 30/10/19 - Lei 13.465/17; Lei 13.793/19 (publicada em 04/01/19); Lei 13.894/19 (publicada em 30/10/19)
Última atualização jurisprudencial: 08/12/19 - Inclusão de julgados (ano 2019): Info 642 (art. 941, §3º); Info 934 (art. 966, §4º); Info 643 (art. 61); Info 643 (art. 99, §7º); Info 643 (art. 1015, II); Info 643 (art. 104, §1º); Info 644 (art. 1015, I); Info 938 (art. 988); Info 645 (art. 313, X); Info 645 (art. 85, §8º); Info 645 (art. 966, VII); Info 645 (art. 1015, II); Info 645 (art. 1015, XI); Info 646 (art. 1003, §5º); Info 646 (art. 1028, §3º); Info 646 (art. 921, §5º); Info 647 (art. 272); Info 647 (art. 553); Info 577 (art. 1017, I); Info 648 (art. 860); Infos 643 e 648 (art. 133); Info 649 (art. 942, §3º, II); Info 649 (art. 302, § único); Info 650 (art. 1048, §1º); Info 650 (art. 550, §5º); Info 650 (art. 1035, §5º); Info 652 (art. 523); Info 652 (art. 1000, § único); Info 653 (art. 77, §2º); Info 653 (art. 1.007, §1º); Info 653 (art. 356, §5º); Info 653 (art. 90); Info 655 (art. 1015, I)
Última atualização de Enunciados (FPPC, ENFAM, JDPC, etc.) e Súmulas: 14/04/19 (quadros amarelos) – Até art. 15; arts. 102 a 275 (em construção)
Última atualização questões de concurso: 14/01/2020.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, verbos, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no NCPC).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
3) Obs. nº 01: Questões pendentes no Qconcursos sobre o NCPC: 2016 (fiz todas!); 2017 (200 questões); 2018 (676 questões); 2019 (426 questões)
4) Obs. nº 02: Total de questões realizadas no Qconcursos sobre CPC/2015: 1.889 questões.
5) Obs. nº 03: Alguns artigos estão apenas marcados sem referência a determinado concurso em virtude de sua incidência em bancas desconhecidas ou para evitar o excesso de repetição da mesma informação no material.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.
	
	Código de Processo Civil.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
PARTE GERAL
LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. (MPPR-2016)
	FPPC nº 369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é exaustivo.
FPPC nº 370. (arts. 1º a 12) Norma processual fundamental pode ser regra ou princípio.
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (PGM-Cerquilho/SP-2019)
	(TCEPE-2017-CESPE): Dado o princípio da demanda, o juiz não pode agir sem ser provocado pelo interessado, salvo no caso das exceções previstas em lei. BL: art. 2º, NCPC
OBS: Quanto ao art. 2º do NCPC, denominada de ´princípio dispositivo (ou princípio da demanda), explica a doutrina: "O artigo trata do princípio dispositivo - também denominado de princípio da inércia ou da demanda. O processo não pode ser iniciado de ofício pelo juiz (ne procedat iudex ex officio). Cabe às partes, com exclusividade, a iniciativa para movimentar a máquina judiciária e delimitar o objeto do litígio. (...) Pois bem, constitui direito fundamental do cidadão postular em juízo. Como contrapartida, tem-se o dever do Estado de só prestar jurisdição quando solicitado; esta previsão, aliás, é corolário da impossibilidade de fazer justiça com as próprias mãos. Assim, a partir do momento em que o cidadão socorre-se do Judiciário, compete ao Estado colocar em marcha o processo. O princípio dispositivo é importante para assegurar a imparcialidade do juiz. Se ele pudesse iniciar a ação de ofício, teria que fazer um juízo de valor sobre o caso concreto, tornando-se praticamente coautor desta ação. Situação tal vulneraria o próprio princípio da igualdade, também expressamente previsto no novo Código..." (CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 71/72).
(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2016-VUNESP): O princípio da demanda e impulso oficial tem relação com a imparcialidade do juiz.
OBS: Princípio dispositivo (inércia da jurisdição; da demanda; da ação) / Princípio do impulso oficial.
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. (MPPR-2016) 
	(DPEAP-2018-FCC): “Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”. Esse é o princípio da inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, princípio constitucional e infraconstitucional do processo civil. BL: art. 5º, XXXV da CF/88 e art. 3º, NCPC.
(TJAP-2014-FCC): O princípio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional aplica-se ao processo civil e significa que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito. BL: art. 5º, XXXV da CF/88.
OBS: Vide art. 5º, XXXV da CF/88. Quando o CPC 2015 coloca antes “ameaça”, ao contrário do que consta na CF/88, é em razão do tema da “tutela provisória”.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
	Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
	FPPC nº 573. (arts.3º,§§2ºe3º;334) As Fazendas Públicas devem dar publicidade às hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública estão autorizados a aceitar autocomposição. 
FPPC nº 618. (arts.3º, §§ 2º e 3º, 139, V, 166 e 168; arts. 35 e 47 da Lei nº 11.101/2005; art. 3º, caput, e §§ 1º e 2º, art. 4º, caput e §1º, e art. 16, caput, da Lei nº 13.140/2015). A conciliação e a mediação são compatíveis com o processo de recuperação judicial.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. (Anal. Judic./STJ-2018) (MPPR-2017/2019)
	FPPC nº 371. (arts. 3, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados também nas instâncias recursais.
 
FPPC nº 485. (art. 3º, §§ 2º e 3º; art. 139, V; art. 509; art. 513) É cabível conciliação ou mediação no processo de execução, no cumprimento de sentença e na liquidação de sentença, em que será admissível a apresentação de plano de cumprimento da prestação.
	(Advogado-Prefeitura de Quixadá/CE-2016): A Lei nº 13.105/15, novo CPC, consagra o princípio da promoção pelo Estado da solução por autocomposição, ou seja, uma política pública de solução de litígios, entendimento que já era adotado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, especialmente na Resolução nº 125/2010. BL: art. 3º, §3º, NCPC.
(PGMPOA-2016-FUNDATEC): A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. BL: art. 3º, §3º NCPC.
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.(MPPR-2017) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018)
	FPPC nº 372. (art. 4º) O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a sua correção. 
FPPC nº 373. (arts. 4º e 6º) As partes devem cooperar entre si; devem atuar com ética e lealdade, agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que extingam o processo sem resolução do mérito e cumprindo com deveres mútuos de esclarecimento e transparência.
FPPC nº 574. (arts.4º; 8º) A identificação de vício processual após a entrada em vigor do CPC de 2015 gera para o juiz o dever de oportunizar a regularização do vício, ainda que ele seja anterior.
	(MPPR-2019): sinale a alternativa correta acerca das normas fundamentais do processo civil, de acordo com o CPC/2015: A atividade satisfativa da tutela jurisdicional deve ser prestada com duração razoável. BL: art. 4º, NCPC.
(DPU-2017-CESPE): Um sistema processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que tem cada um dos jurisdicionados, não se harmoniza com as garantias constitucionais de um Estado democrático de direito. Se é ineficiente o sistema processual, todo o ordenamento jurídico passa a carecer de real efetividade. De fato, as normas de direito material se transformam em pura ilusão, sem a garantia de sua correlata realização, no mundo empírico, por meio do processo. Exposição de motivos do Código de Processo Civil/2015, p. 248-53. Vade Mecum Acadêmico de Direito Rideel. 22.ª ed. São Paulo, 2016 (com adaptações). Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir à luz do entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca das normas fundamentais do processo civil. Apesar de o CPC garantir às partes a obtenção, em prazo razoável, da solução integral do mérito, esse direito já existia no ordenamento jurídico brasileiro até mesmo antes da Emenda Constitucional n.º 45/2004.
OBS: 
· Pacto de São Jose da Costa Rica de 1992.
· Lei dos Juizados Estaduais de 1995 (Lei nº 9.099/95).
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. (MPPR-2019)
	FPPC nº 374. (art. 5º) O art. 5º prevê a boa-fé objetiva.
 
FPPC nº 375. (art. 5º) O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-fé objetiva. 
FPPC nº 376. (art. 5º) A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional. 
FPPC nº 377. (art. 5º) A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em processos distintos. 
FPPC nº 378. (arts. 5º, 6º, 322, §2º, e 489, §3º) A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos processuais e veda seus comportamentos contraditórios. 
JDPC nº 1. A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a comprovação do animus do sujeito processual. 
JDPC nº 2. As disposições do Código de Processo Civil aplicam-se supletiva e subsidiariamente às Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009, desde que não sejam incompatíveis com as regras e princípios dessas Leis. 
	(TJMSP-2016-VUNESP): A boa-fé no processo tem a função de estabelecer comportamentos probos e éticos aos diversos personagens do processo e restringir ou proibir a prática de atos atentatórios à dignidade da justiça.
(TJRJ-2016-VUNESP): Em ação declaratória, após a prolação da sentença, as partes, de comum acordo, requereram a suspensão do processo por 90 dias. Houve a homologação desse pedido em 11.9.15, porém, em 2.10.15 a sentença foi publicada. A parte sucumbente ofereceu sua apelação em 18.12.15, sendo certo que todas essas datas correspondem a uma sexta-feira. Considerando os princípios da boa-fé do jurisdicionado, do devido processo legal e da segurança jurídica, assinale a alternativa correta: Ao homologar a suspensão do processo, o juízo criou nos jurisdicionados a legítima expectativa de que o processo só tramitaria ao final do prazo convencionado, devendo ser considerada tempestiva a apelação.
OBS: Antes mesmo de publicada a sentença contra a qual foi interposta a apelação, o juízo de 1° grau já havia homologado requerimento de suspensão do processo pelo prazo de 90 dias. Em havendo suspensão do processo, o art. 314 do NCPC (art. 266 do CPC/1973) veda a prática de qualquer ato processual, com a ressalva dos urgentes a fim de evitar dano irreparável. A lei processual não permite, desse modo, que seja publicada decisão durante a suspensão do feito, não se podendo cogitar, por conseguinte, do início da contagem do prazo recursal enquanto paralisada a marcha do processo. Ao homologar a convenção pela suspensão do processo, o Poder Judiciário criou nos jurisdicionados a legítima expectativa de que o processo só voltaria a tramitar após o prazo convencionado. Por óbvio, não se pode admitir que, logo em seguida, seja praticado ato processual de ofício – publicação de decisão – e, ademais, considerá-lo como termo inicial do prazo recursal. Desse modo, para o STJ, a conduta de publicar a decisão no período de suspensão do processo e de contar o início do prazo recursal caracterizou a prática de ato contraditório por parte do magistrado. Assim agindo, o Poder Judiciário feriu a máxima nemo potest venire contra factum proprium, que é aplicável no âmbito processual (STJ, 2ª Turma. REsp 1.306.463-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 4/9/2012). 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. (TJMSP-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018) (MPPR-2017/2019)
	 FPPC nº 6. (arts. 5º, 6º e 190) O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-fé e à cooperação. 
FPPC nº 619. (arts.6º, 138, 982, II, 983, §1º) O processo coletivo deverá respeitar as técnicas de ampliação do contraditório, como a realização de audiências públicas, a participação de amicus curiae e outros meios de participação
	(TJSC-2019-CESPE): De acordo com os princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil, assinale a opção correta: O paradigma cooperativo adotado pelo novo CPC traz como decorrência os deveres de esclarecimento, de prevenção e de assistência ou auxílio. BL: art. 6º NCPC.
##Atenção: A doutrina elenca 4 deveres de cooperação do juiz:
· PREVENÇÃO: O juiz deve advertir as partes sobre os riscos e deficiências das manifestações e estratégias por elas adotadas, conclamando-as a corrigir os defeitos sempre que possível.
· ESCLARECIMENTO: Cumpre ao juiz esclarecer-se quanto às manifestações das partes: questioná-las quanto a obscuridades em suas petições; pedir que esclareçam ou especifiquem requerimentos feitos em termos mais genéricos e assim por diante.
· DIÁLOGO (ou de CONSULTA): Impõe-se reconhecer o contraditório não apenas como garantia de embate entre as partes, mas também como dever de debate do juiz com as partes.
· AUXÍLIO (ou de ADEQUAÇÃO): o juiz deve ajudar as partes, eliminando obstáculos que lhes dificultem ou impeçam o exercício das faculdades processuais.
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(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2017-VUNESP): Caio ajuizou a competente ação de indenização por danos materiais e morais contra Gaio, em razão de acidente automobilístico. Todavia, o autor deixou de indicar a quantificação dos danos morais sofridos. O juiz da ação determinou que Caio emendasse a inicial, indicando a quantificação dos danos morais sofridos em razão do infortúnio. O caso descrito refere-se ao princípio processual da cooperação. BL: art. 6º c/c art. 321 do CPC.
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa,aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. (MPPR-2016) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018)
	FPPC nº 107. (arts. 7º, 139, I, 218, 437, §2º) O juiz pode, de ofício, dilatar o prazo para a parte se manifestar sobre a prova documental produzida. 
FPPC nº 235. (arts. 7º, 9º e 10, CPC; arts. 6º, 7º e 12 da Lei 12.016/2009) Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os arts. 7º, 9º e 10 do CPC. 
FPPC nº 379. (art. 7º) O exercício dos poderes de direção do processo pelo juiz deve observar a paridade de armas das partes.
	(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Com referência às normas fundamentais do processo civil, julgue o item a seguir: O exercício do direito ao contraditório compete às partes, cabendo ao juiz zelar pela efetividade desse direito. BL: art. 7º, NCPC.
(PGMPOA-2016-FUNDATEC): É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. BL: art. 7º, NCPC.
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. [Dica: Princípios = PLERP.] (TJMSP-2016) (PGMPOA-2016) (Cartórios/TJRO-2017) (TJSC-2019)
	FPPC nº 380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, empregada pelo Código de Processo Civil, contempla os precedentes vinculantes.
FPPC nº 620. (arts.8º, 11, 554, §3º) O ajuizamento e o julgamento de ações coletivas serão objeto da mais ampla e específica divulgação e publicidade.
	(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): No NCPC, proporcionalidade e razoabilidade passaram a ser princípios expressos do direito processual civil, os quais devem ser resguardados e promovidos pelo juiz. BL: art. 8º, NCPC.
##Atenção: ##TJSC-2019: ##CESPE: No art. 8º do NCPC não consta o princípio da moralidade.
(Cartórios/TJMG-2017-Consuplan): Princípio da legalidade encontra adoção expressa no art. 8º, do CPC/2015, ao atribuir ao juiz o dever de “aplicar o ordenamento jurídico”, atendendo aos fins sociais e às exigências do bem comum. BL: art. 8º, NCPC.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. (TJMSP-2016) (Anal. Judic./TRF2-2017)
	FPPC nº 381. (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica: (MPPR-2017) (PGM/AM-2018)
I - à tutela provisória de urgência; (PGMPOA-2016) (MPPR-2016/2017)
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; (Anal. Judic./TRF2-2017)
	Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...)
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
III - à decisão prevista no art. 701. [decisão proferida na ação monitória]
	Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. (TJMSP-2016) (TJRS-2016) (PGMPOA-2016) (MPF-2017) (ABIN-2018) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018) (MPSC-2016/2019) (MPPR-2019)
	FPPC nº 02. (arts. 10 e 927, § 1º) Para a formação do precedente, somente podem ser usados argumentos submetidos ao contraditório.
	(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): O Novo Código de Processo Civil assegura alguns poderes ao juiz da causa, mas também impõe ao mesmo a observância de uma série de deveres e responsabilidades. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. BL: art. 10, NCPC.
(Anal. Judic.-TRE/PE-2017-CESPE): O contraditório substancial tem por escopo propiciar às partes a ciência dos atos processuais, bem como possibilitar que elas influenciem na formação da convicção do julgador. BL: art. 10, NCPC.
(Anal. Judic./TJRS-2017): O Juiz deve submeter ao contraditório, debatendo previamente com as partes, mesmo as matérias passíveis de serem examinadas de ofício. BL: art. 10, NCPC.
(MPPR-2017): Não pode o juiz, em grau algum de jurisdição, decidir com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. BL: art. 10, NCPC.
(TRF2-2017): Caio move ação em face de autarquia federal. O feito é contestado e, depois, o juiz federal verifica, de ofício, que o lapso de tempo prescricional previsto em lei foi ultrapassado, embora nada nos autos loque ou refira o assunto. O Juiz: Deve ser dada às partes oportunidade de manifestação. BL: art. 10, NCPC.
OBS: O juiz somente poderá extinguir os feitos, sem dar oportunidade às partes de manifestar sobre prescrição e decadência nos casos de "improcedência liminar do pedido" (art. 332, NCPC), que por sua vez ocorre sem a citação. É diferente do presente caso em que houve a citação.
Art. 11.  Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. (Cartórios/TJRO-2017)
	(TJMG-2018-Consulplan): São princípios fundamentais do processo civil, EXCETO: Informalidade.
OBS: Dica:
· Informalidade - para os juizados especiais. 
· Formalidade - para o processo civil e penal. 
· Formalidade mitigada - processo administrativo
(PGMPOA-2016-FUNDATEC): Pelo princípio da publicidade, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos. Todavia, tramitam em segredo de justiça os processos em que o exija o interesse público ou social. BL: art. 11 c/c art. 189, I, do NCPC.
Parágrafo único.  Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Art. 12.  Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018)
	FPPC nº 382. (art. 12) No juízo onde houver cumulação de competência de processos dos juizados especiais com outros procedimentos diversos, o juiz poderá organizar duas listas cronológicas autônomas, uma para os processos dos juizados especiais e outra para os demais processos. 
FPPC nº 486. (art. 12; art. 489) A inobservância da ordem cronológica dos julgamentos não implica, por si, a invalidade do ato decisório.
	(PGMPOA-2016-FUNDATEC): O julgamento segundo a ordem cronológica de conclusão pelos juízes e tribunais é de atendimento preferencial. BL: art. 12, NCPC.
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamentode casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
	Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código. (...)
Art. 932. Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
	(PGMBH/MG-2017-CESPE): Os processos sujeitos a sentença terminativa sem resolução de mérito ficam excluídos da regra que determina a ordem cronológica de conclusão para a sentença. BL: art. 12, §2º, IV c/c art. 485, NCPC.
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista.
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que:
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.
	Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: (...)
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
Art. 13.  A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.
Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
	(TCEPE-2017-CESPE): Considerando-se o sistema do isolamento dos atos processuais, a lei processual nova não retroage, aplicando-se imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais já praticados e as situações jurídicas já consolidadas sob a vigência da lei anterior. BL: art. 14, NCPC.
(PGEAM-2016-CESPE): O NCPC aplica-se aos processos que se encontravam em curso na data de início de sua vigência, assim como aos processos iniciados após sua vigência que se referem a fatos pretéritos. BL: art. 14, NCPC.
(DPEBA-2016-FCC): Sobre o direito processual intertemporal, o novo CPC não possui efeito retroativo e se aplica, em regra, aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. BL: art. 14, NCPC.
(TJSE-2015-FCC): O novo Código de Processo Civil dispõe que “na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis" (artigo 219, caput). Considerando-se que esta norma já foi publicada, porém ainda não entrou em vigor, a parte deve valer-se da forma de cômputo estabelecida pelo, Código de Processo Civil atual (Lei nº 5.869/73) enquanto este estiver em vigor, e da estabelecida pelo novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15) apenas para os atos praticados depois do início de sua vigência, tendo em vista o efeito imediato da lei e a proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. BL: art. 14 do NCPC.
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/15, incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/15.
OBS: Os prazos que já estavam em curso quando do início da vigência do NCPC não terão sua contagem modificada. Enunciado nº 267 do FPPC: “Os prazos processuais iniciados antes da vigência do CPC serão integralmente regulados pelo regime revogado”. Enunciado nº 268 do FPPC: “A regra de contagem de prazos em dias úteis só se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código.”
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/73, em processos não sentenciados, por exemplo, a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina processual do CPC/15. BL: art. 14, NCPC (tempus regit actum).
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: A norma processual do CPC/15 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicasconsolidadas sob a vigência do CPC/73. BL: art. 14, NCPC.
Art. 15.  Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. [obs.: função integrativa das normas de direito processual civil] (Anal. Administ./PGEPE-2019)
	JDPC nº 03. As disposições do Código de Processo Civil aplicam-se supletiva e subsidiariamente ao Código de Processo Penal, no que não forem incompatíveis com esta Lei.
LIVRO II
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
Art. 16.  A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.
Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. (TRT4-2016) (MPPR-2016/2019)
	(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O código de processo civil estabelece duas condições para se postular em juízo: o interesse de agir e a legitimidade da parte. BL: art. 17, NCPC.
(Téc. Judic./TRF1-2017-CESPE): A respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir: Integram as condições da ação o interesse de agir e a legitimidade ad causam. BL: art. 17, NCPC.
	OBS: Pelo NCPC, a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser uma condição da ação expressa (o art. 17 ensina que "para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade"). Ademais, a impossibilidade jurídica do pedido não está prevista como hipótese de sentença que não resolve o mérito (ver art. 485 do CPC). (MPPR-2017)
Art. 18.  Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. (MPSC-2016) (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPPR-2019)
Parágrafo único.  Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. (MPSC-2016) (TCEPA-2016) (Anal. Judic./TRF5-2017)
	(DPEES-2016-FCC): De acordo com a atual sistemática processual civil, no caso de substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial e, neste caso, sua atuação não se subordina à atividade do substituto. BL: Art. 18, NCPC.
OBS: "Significa dizer que o art. 122 do NCPC, que determina natureza acessória da assistência, não será aplicado na hipótese da assistência litisconsorcial, considerada autônoma em relação à ação principal." (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Volume Único. Salvador: Ed. Juspodivm, 2016. p. 283).
Art. 19.  O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; (MPPR-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2018)
	(MPPR-2019): Sobre a jurisdição e a ação, assinale a alternativa correta, de acordo com o CPC: 
É cabível ação declaratória do modo de ser da relação jurídica. BL: art. 19, I, NCPC.
(Anal. Judic./TRF1-2017-CESPE): O modo de ser de uma relação jurídica pode ser objeto de ação declaratória. BL: art. 19, I, NCPC.
(MPPR-2016): O interesse do autor pode ser limitar à declaração do modo de ser relação jurídica, ainda que não exista pedido de condenação ou de reparação de dano. BL: art. 19, NCPC.
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPPR-2019)
	OBS: De acordo com o art. 19 do NCPC, como regra as ações declaratórias objetivam revelar (tornar claro ou esclarecer) a existência, a inexistência ou o "modo de ser de um direito (relação jurídica)" (I), como, por exemplo: a propriedade, na ação de usucapião; ou a paternidade na ação de investigação de paternidade. Excepcionalmente, os únicos fatos que pode ser objeto de uma ação declaratória são a autenticidade e a falsidade de um documento (II), embora o STJ admita ação declaratória de tempo de serviço (Súmula 242) e ação declaratória para interpretação de cláusula contratual (Súmula 181). Fonte: Novo CPC para concursos. Rodrigo da Cunha e Maurício F. Cunha.
Art. 20.  É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. (Anal. Judic./TRF5-2017) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2018) (MPPR-2019)
	(Cartórios/TJPA-2016-IESES): O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência ou da inexistência de relação jurídica, bem como da autenticidade ou falsidade de documento, sendo admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. BL: arts. 19 e 20, NCPC.
TÍTULO II
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CAPÍTULO I
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
Art. 21.  Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: [jurisdição concorrente]
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; (MPRS-2016) (Cartórios/TJRO-2017) (Cartórios/TJAM-2018)
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; (Cartórios/TJRO-2017)
	(Procurador-2016-FUMARC): Em relação aos limites da jurisdição nacional prevista no Novo CPC, é CORRETO afirmar que compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que, no Brasil, tiver de ser cumprida a obrigação. BL: art. 21, II, NCPC.
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. (Cartórios/TJRO-2017) (Cartórios/TJAM-2018)
Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: [jurisdição concorrente]
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; (Cartórios/TJAM-2018)
 b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; (Cartórios/TJAM-2018)
	(MPRS-2016): Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil. BL: art. 22, II, NCPC.
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. (TJSP-2017)
Art. 23.  Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: [jurisdição exclusiva]
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; (Anal. Judic./STJ-2018) (TJPR-2019)
	(MPBA-2018): A competência jurisdicional brasileira pode ser exclusiva ou concorrente, o que implica dizer que decisões alienígenas podem ter validade no Brasil, excetuando-se, por exemplo, as que digam respeito a imóveis aqui situados. BL: art. 23, I, NCPC.
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (Cartórios-TJPA-2016)
	(MPSP-2017): Quanto ao inventário, assinale a alternativa correta: Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, proceder ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. BL: art. 23, II, NCPC.
 III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
	OBS: Bens situados no Brasil implicam em competência exclusiva brasileira. Sendo que, caso haja sentença de outro Estado relacionada a bens situados no Brasil, tal sentença não terá aplicação no território nacional, portanto, não se poderá submeter à homologação pelo STJ.
Art. 24.  A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigorno Brasil.
	(TRF2-2017): Na hipótese de idêntica ação ser proposta no Brasil e no exterior, e inexistindo Tratado com o país estrangeiro, marque a opção correta: A ação intentada no estrangeiro não impede que a mesma questão seja submetida a juiz brasileiro, nem produz litispendência. BL: art. 24, NCPC.
(MPRS-2016): A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. BL: art. 24, NCPC.
Parágrafo único.  A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. (PGESE-2017)
Art. 25.  Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
	(TJPR-2017-CESPE): Conforme o CPC, permite-se a exclusão de competência da justiça brasileira, quando esta for concorrente, em razão de cláusula contratual de eleição de foro exclusivo estrangeiro previsto em contrato internacional, desde que haja arguição pelo réu em contestação. BL: art. 25, NCPC.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
	Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
CAPÍTULO II
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 26.  A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; (TJPR-2017)
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. (Anal. Judic./TRF2-2017) (TJAC-2019)
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. (Téc. Judic./TJPE-2017)
	(PGEAC-2017-FMP): Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. BL: art. 26, §3º, NCPC.
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. (TJPR-2017) (TJAC-2019)
	(TRF2-2017): Sobre sentença estrangeira, rogatória e cooperação internacional, assinale a opção correta: Na ausência de designação de outro órgão, pelo tratado ou instrumento de cooperação internacional, o Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central. BL: art. 26, §4º, NCPC.
Art. 27.  A cooperação jurídica internacional terá por objeto: (Téc. Judic./TJPE-2017)
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
	(MPF-2017): São inovações do CPC/2015 em relação ao Código de 1973: A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional. BL: arts. 26 e 27, NCPC (CAPÍTULO II - "DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL". Seção I - "Disposições Gerais")
Seção II
Do Auxílio Direto
Art. 28.  Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. (TJAC-2019)
	(Anal./MPU-2018-CESPE): Na cooperação jurídica internacional, poderá ser prestado auxílio direto caso a medida requerida não decorra diretamente de decisão jurisdicional que, proferida por autoridade estrangeira, será submetida a juízo de delibação no Brasil. BL: art. 28, NCPC.
(PGEAC-2017-FMP): Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. BL: art. 28, NCPC.
Art. 29.  A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. (Téc. Judic./TJPE-2017)
Art. 30.  Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos:
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; (Anal. Judic./TRF2-2017)
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
	(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): O CPC/15 trouxe consideráveis aprofundamentos em relação à cooperação jurídica internacional e aos instrumentos que a viabilizam. Sobre o tema proposto, assinale a alternativa correta: O auxílio direto é via útil ao órgão estrangeiro interessado para requerer quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais não proibidas pela lei brasileira. BL: art. 31, III, NCPC.
Art. 31.  A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
Art. 32.  No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. (TJAC-2019)
Art. 33.  Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
Parágrafo único.  O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.
Art. 34.  Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. (PGEAC-2017) (TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
	(TJAC-2019-VUNESP): A cooperação jurídica internacional pode ser entendida como um modo formal de solicitar a outro país alguma medida judicial, investigativa ou administrativa, necessária para um caso concreto em andamento. Uma das inovações trazidas pelo CPC/15 foi regular a cooperação internacional em seu texto, nos seguinte termos: compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciarpedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. BL: art. 34, NCPC.
##Atenção: ##TRF2-2017: ##Portaria Interministerial nº 501/2012: O art. 1º da referida Portaria assim dispõe: “Art. 1º Esta Portaria define a tramitação de cartas rogatórias e pedidos de auxílio direto, ativos e passivos, em matéria penal e civil, na ausência de acordo de cooperação jurídica internacional bilateral ou multilateral, aplicando-se neste caso apenas subsidiariamente.”
Seção III
Da Carta Rogatória
Art. 35.  (VETADO).
Art. 36.  O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. (TRF2-2017) (Anal. Judic./TJMS-2017) (Anal. Judic./STJ-2018)
	##Atenção: Competência para juízo prévio de Delibação (compatibilidade): STJ: Exequatur à Carta Rogatória e Homologação de Sentença Estrangeira. Desse modo, conclui-se que não cumpre ao juiz federal fazer o exame de compatibilidade com a ordem pública nas sentenças estrangeiras e rogatórias, mas sim ao STJ. É o que dispõe o art. 36 do NCPC e também o art. 105, I, “i” da CF/88: 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
##Atenção: Execução: Juiz Federal, nos termos do art. 34 do NCPC.
§ 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. (PGEAC-2017) (TRF2-2017) (Anal. Judic./TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
	OBS: No Brasil vigora o princípio da contenciosidade limitada, o que significa dizer que o órgão jurisdicional está impedido de examinar o mérito da causa, sendo-lhe permitido apenas apreciar a regularidade formal e legalidade do procedimento.
Seção IV
Disposições Comuns às Seções Anteriores
Art. 37.  O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. (MPPR-2017) (TJAC-2019)
Art. 38.  O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
Art. 39.  O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. (TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
Art. 40.  A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960.
	Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.
§ 1o A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória.
§ 2o A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
Art. 41.  Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização.
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento.
TÍTULO III
DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
	(MPBA-2018): Quando o poder jurisdicional passa de abstrato para concreto, tendo em vista a ocorrência de um litígio, determinada fica a competência para compô-lo. BL: art. 42, NCPC.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. (DPEBA-2016) (Anal. Judic./TJPE-2017) (PGEAC-2017)
	(Advogado/EBSERH-2018-CESPE): Considerando as regras do atual CPC acerca das competências e da formação do processo, julgue o seguinte item: Em regra, as demandas devem ser distribuídas aos órgãos jurisdicionais de acordo com critérios de competência, observando-se os princípios do juiz natural e da perpetuação da jurisdição, os quais compõem o sistema de estabilidade do processo. BL: art. 43, NCPC.
OBS: Nesse momento de registro ou de distribuição, a competência (capacidade de exercer a jurisdição no caso concreto) é atribuída, segundo regras prévias, a determinado magistrado. Com isso, o juízo para qual foi distribuído o feito se perpetua para o julgamento da lide (será competente até o final), havendo estabilização do processo. E é exatamente isso que exige o princípio do juiz natural: que a competência seja apurada de acordo com regras preexistentes. Claro que há exceções, mas elas são previstas em lei (duas delas previstas no próprio art. 43, de incompetência superveniente), de forma que a parte não possa escolher livremente quem julgará seu processo, e que o Estado não possa criar juízos e tribunais excepcionais, preservando, assim, o princípio do juiz natural. (Fonte: GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 8ª Ed. Saraiva, 2017).
(MPGO-2016): A competência determina-se no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. BL: art. 43, NCPC.
Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Art. 45.  Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: (TRF2-2017)
	(TJSC-2017-FCC): Alberto Caeiro foi contratado pelo Conselho Regional de Contabilidade para trabalhar como assistente administrativo naquela entidade, em janeiro de 2016. Em fevereiro do corrente ano, foi dispensado, sem justa causa, da entidade. Alberto ajuizou ação em face da entidade, perante a Justiça Comum Estadual, visando sua reintegração, sob alegação de que se trata de entidade pertencente à Administração Pública e que seria ilegal a despedida imotivada. Ao apreciar a ação proposta, o Juízo Estadual deve reconhecer a incompetência e remeter a ação para a Justiça Federal, haja vista tratar-se de entidade autárquica federal, sendo o vínculo submetido ao regime jurídico único estatuído na Lei n° 8.112/90. BL: art. 45, NCPC.
##Atenção: Cumpre ressaltar que o Conselho Regional de Contabilidade é uma autarquia federal, razão pela qual as ações movidas em face dele - entidade pertencente à Administração indireta da União Federal - deverão ser propostas perante a Justiça Federal. Logo, a justiça estadual é absolutamente incompetente para processar e julgar o processo. Além disso, os ocupantes decargos na administração indireta federal são regidos pela Lei 8.112/90 e não pela CLT, motivo pelo qual as ações decorrentes das funções por eles exercidas devem tramitar na Justiça Comum e não na Justiça do Trabalho. Por fim, destaca-se a Ementa de decisão monocrática proferida pela Min. Rel. Carmen Lucia sobre o tema: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS ENVOLVENDO OS CONSELHOS REGIONAIS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL E SEUS AGENTES. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO." (RE 434297, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 23/04/10).
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; (Anal. Judic./TRT24-2017) (TRF2-2017)
	(Anal. Judic./TRF5-2017-FCC): A ação de falência tramitando na Justiça Estadual não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a União. BL: art. 45, I, NCPC.
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
	##Atenção: ##Dica: EXCETO: (RIFAJJ ou RIFA-JOTA-JOTA)
- Recuperação judicial
- Insolvência civil
- Falência
- Acidente do trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça do Trabalho
##Atenção: ##Dica: O art. 45 do NCPC traz regra semelhante ao que já constava na CF/88, em seu art. 109, inciso I, dispondo que aos juízes federais compete processar e julgar: “I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;”
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. (DPEBA-2016)
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (TJSC-2015) (DPEES-2016) (DPEBA-2016) (MPRO-2017) (PGEAC-2017) (MPPR-2019)
	(Anal. Judic./TJPE-2017-IBFC): Não havendo disposição em sentido contrário, a ação fundada em direito real sobre bens móveis será proposta na comarca do domicílio do réu. BL: art. 46, NCPC.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
	(MPRO-2017-FMP): Acerca das regras de competência dispostas no CPC, pode-se afirmar: Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. BL: art. 46, §2º, NCPC.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. (TJSC-2015)
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. (MPPR-2019)
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. (TCEPR-2016) (PGEMT-2016) (Procurador/BH-2018)
	(PGEAC-2017-FMP): A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. BL: art. 46, §5º, NCPC.
Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. (Anal. Judic./TRF2-2016) (Anal. Judic./TRT24-2017) (DPEES-2016) (MPRO-2017) (TJSP-2017/2018)
	(TJSC-2019-CESPE): Matheus e Isaac — o primeiro residente e domiciliado em São Paulo/SP, e o segundo em Recife/PE — resolveram adquirir, em condomínio, imóvel localizado na praia de Jurerê, em Florianópolis/SC, pertencente a Tarcísio, residente e domiciliado em Recife/PE. Após a celebração da promessa de compra e venda com caráter irrevogável e irretratável e depois do pagamento do preço ajustado, Tarcísio se recusou a lavrar a escritura pública definitiva do imóvel, sob a alegação de que o preço deveria ser reajustado, em razão da recente instalação de dois famosos beach clubs na região. Inconformados, Matheus e Isaac resolveram buscar tutela judicial, a fim de obrigar Tarcísio a cumprir o negócio jurídico. Nessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz das regras do CPC e da jurisprudência majoritária do STJ, que o mecanismo jurídico adequado para a tutela pretendida é a ação de adjudicação compulsória, que independerá de prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada necessariamente em Florianópolis/SC. BL: art. 47, NCPC c/c S. 239 do STJ e jurisprudência do STJ (vide abaixo, na explicação da questão do MPMG-2010).
(MPBA-2018): Nos casos de direito real imobiliário, o foro da situação da coisa é regra de fixação da competência, mas que pode ser transmudada se a ação for de direito pessoal, embora relativas ao imóvel. BL: art. 47, NCPC.
##Atenção: Se a ação for de direito pessoal, embora relativas ao imóvel, a competência pode ser alterada, pois a mera repercussão indireta sobre o direito de propriedade não é suficiente para caracterizar a competência absoluta.
(MPMG-2010): Fulano "A", residente em Belo Horizonte (MG), pretendendo adquirir imóvel para veraneio, interessou-se por uma casa localizada em Escarpas do Lago, Município de Capitólio (MG) (Comarca de Piumhi), pertencente à Construtora "B", sediada no Município de Divinópolis (MG). Acertado o preço para pagamento parcelado, os contratantes celebraram compromisso de compra e venda, contendo cláusula de eleição de foro, Comarca de Divinópolis (MG). Depois de quitado o preço, o promitente vendedor recusou-se a outorgar o domínio e, por isso, o comprador ajuizou ação de adjudicação compulsória no Juízo da Comarca de Belo Horizonte. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a resposta correta: Trata-se de ação real imobiliária e, consequentemente, o foro competente é o da situação do imóvel, devendo o juiz, de ofício, reconhecer a sua incompetência. BL: art. 47 do NCPC e jurisprudência do STJ.
##Atenção: A ação de adjudicação compulsória é fundada em direito pessoal (contrato, compromisso de compra e venda). No entanto, a jurisprudência do STJ tem a considerado fundada em direito real imobiliário e, portanto, inserida na parte final do art. 95, do CPC/73 (atual art. 47, caput, CPC/15), no rol da competência territorial absoluta: “AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA - COMPETÊNCIA - FORUM REI SITAE - PRECEDENTES DO STF E DO STJ - MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA - NECESSIDADE - AGRAVO IMPROVIDO”. (STJ - AgRg no REsp 773.942/SP, Rel. Min. Massami Uyeda, 3ª Turma, j. 19/08/08)
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. (TJSC-2015)
	(MPBA-2018): Não versando o litígio sobre servidão ou vizinhança, o autor pode optar pelo foro do domicílio do réu. BL: art. 47, §1º, NCPC. 
(Advogado-BANPARÁ-2017): O foro em que estiver localizado o imóvel, quando a ação tiver por fundamento pretensão demarcatória, é o competente para a proposição da ação, mesmo quando as partes tiverem outros domicílios.  BL: art. 47, §1º, NCPC.
§ 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. (DPEES-2016) (DPEMT-2016) (DPEBA-2016) (MPRS-2016) (TJPR-2017) (PGEAC-2017)
	(TJPR-2019-CESPE): De acordo com o CPC, no que concerne ao julgamento de ação reivindicatória da propriedade de bem imóvel localizado em território nacional, a competênciainternacional da justiça brasileira e a competência territorial do foro do local do imóvel são consideradas, respectivamente, como exclusiva e absoluta. BL: art. 23, I e art. 47, §§1º e 2º, NCPC.
##Atenção: A competência para o julgamento da ação reivindicatória de bem imóvel localizado no território nacional é exclusiva da jurisdição brasileira por força do art. 23, I, do CPC/15, que dispõe que “compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil”. A competência territorial do foro do local em que está situado o bem imóvel, por outro lado, é absoluta porque assim determina o art. 47, §2º, do CPC/15.
(Anal. Judic./TRT20-2016-FCC): Joana ajuizou ação de reintegração de posse contra Pietra. A ação tem como objeto um imóvel. Tal ação deverá ser proposta no foro da situação do imóvel, cujo juízo tem competência absoluta. BL: art. 47, §2º, NCPC.
##Atenção: Conforme se nota, embora a regra seja a de que a competência territorial é relativa, tratando a ação de direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova, a competência territorial será absoluta. E, ainda, tratando-se de ação possessória imobiliária, como é o caso da ação de reintegração de posse, deverá ela, obrigatoriamente, ser proposta no foro de situação da coisa, haja vista ser essa também uma regra de competência absoluta.
(Anal. MPRJ-2016-FGV): Pedro, proprietário de um bem imóvel situado na Comarca de Niterói, ao saber que o mesmo foi ocupado, sem a sua autorização, por Luiz, intentou ação reivindicatória na Comarca do Rio de Janeiro, onde é domiciliado. De acordo com a sistemática processual vigente, o réu deve alegar o vício de incompetência como preliminar de sua contestação, embora o juiz possa conhecer ex officio da matéria. BL: art. 47, § 2º c/c art. 64, §1º, NCPC.
##Atenção: O réu da respectiva ação possessória pode alegar vício de incompetência absoluta, pois a ação deveria ter sido proposta no foro em que se localiza o imóvel. Conforme o art. 47, § 2º, CPC/15: "A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta". Logo, como se trata de hipótese de incompetência absoluta, esta poderá ser alegada a qualquer tempo e ser declarada de ofício pelo juiz (art. 64, §1º).
Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. (TJSC-2015) (DPEES-2016) 
	(Téc. Judic.-TRT14-2016-FCC): Isael, advogado, viaja para a Espanha para fazer um curso com duração de 6 meses na Universidade de Salamanca. Durante o trâmite do curso, Isael acaba se envolvendo em um acidente automobilístico e vem a óbito no local. Isael tem domicílio na cidade de Guajará-Mirim, Rondônia, onde reside sozinho há mais de dez anos e todos os seus bens imóveis estão situados na cidade de Salvador (Bahia), onde nasceu e foi criado. Os filhos de Isael, únicos herdeiros, residem na cidade de São Paulo, onde cursam universidades. Isael saiu do Brasil rumo à Espanha do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Neste caso, nos termos estabelecidos pelo NCPC, a competência para processamento do inventário será o foro da comarca de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, onde está situado o domicílio do autor da herança. BL: art. 48, NCPC.
(MPDFT-2004): No caso de duplo pedido de abertura de inventário: um perante o juízo cível do local onde o de cujus possuía grande parte dos imóveis e outro no local em que o falecido era funcionário público e vivia em união estável com a companheira e os filhos menores, o foro do domicílio do autor da herança é o competente para apreciar a ação do inventário. BL: art. 48, CPC (art. 96 do CPC/1973).
Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: (DPEES-2016)
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
	(MPBA-2018): Deixando o autor, sem domicílio certo, da herança vários imóveis em diversos foros é competente para o inventário o foro de qualquer um deles. BL: art. 48, § único, II, NCPC.
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
	(Cartórios/TJMA-2016-IESES): Consoante a competência, se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente de forma abrangente: Foro de situação dos bens imóveis; havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.  BL: art. 48, § único, NCPC.
Art. 49.  A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. (MPPR-2019)
Art. 50.  A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente. (TJSP-2018) (MPPR-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##TJSP-2018: “O foro privilegiado do incapaz, nos termos do art. 98 do CPC/73 (art. 50 do NCPC), é de competência relativa (AgRg no AREsp 332.957/GO, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3ª Turma, j. 02/08/2016, DJe 08/08/2016).
##Atenção: O art. 50, NCPC, que estabelece a competência para demandas em que o réu é incapaz, é baseado no critério territorial. E, como se sabe, a competência territorial é, em regra, relativa, nos termos do art. 63 do NCPC: “Art. 63.  As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.” Em casos excepcionais, a competência territorial é considerada absoluta. Ex1: Art. 47, §1º, parte final, e §2º (direito real imobiliário). Ex2: art. 2º, Lei de Ação Civil Pública.
Art. 51.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União. (Anal. Judic./TRT24-2017)
Parágrafo único.  Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52.  É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. 
	(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta, no que diz respeito à matéria de competência, de acordo com o CPC/2015: É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor a União, Estado ou o Distrito Federal. BL: arts. 51 e 52, NCPC.
Parágrafo único.  Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. (TCEPR-2016) (Anal./PGEPE-2019)
	(MPRS-2016): Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. BL: art. 52, § único, NCPC.
Art. 53.  É competente o foro:
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: (DPEMT-2016)
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; (MPRO-2017)
	(MPGO-2016): Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução da união estável, é competente o domicílio do guardião do filho incapaz. BL: art. 53, I, “a”, NCPC.
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; (MPRO-2017) (Anal. Judic./TJPE-2017) (MPPI-2019)
	(Anal./DPESC-2018-FUNDATEC): No caso dos cônjuges manterem domicílio na mesma cidade em que conviviam maritalmente e não havendo filho incapaz, será competente para a ação de divórcio o local do: Último domicílio do casal. BL: art. 53, I, “b”, NCPC.
(DPEES-2016): A respeito da competência, o NCPC dispõe que, comoregra, nas ações de divórcio, é competente o foro do guardião do filho incapaz e, caso não haja filho incapaz, o foro do último domicílio do casal. BL: art. 53, I, “a” e “b”, NCPC.
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; (MPRO-2017) (MPPI-2019)
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); (Incluída pela Lei nº 13.894, de 2019)
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício;
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
a) de reparação de dano;
	(Anal. Judic./TRT12-2017-FGV): Joaquim, que reside em Minas Gerais, pretende ajuizar uma ação postulando a reparação de danos causados por uma empresa construtora, com sede localizada na cidade de São Paulo. Considerando que o ato causador do dano ocorreu na cidade de Florianópolis, para a propositura dessa ação o foro competente é o do lugar do fato ou ato. BL: art. 53, IV, “a”, NCPC.
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. (Anal. Judic./TJPE-2017)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: A competência para julgar ação de reparação de dano sofrido em razão de acidente de veículos é do foro do domicílio do autor ou do local do fato (art. 53, V, do CPC/15). Contudo, essa prerrogativa de escolha do foro não beneficia a pessoa jurídica locadora de frota de veículos, em ação de reparação dos danos advindos de acidente de trânsito com o envolvimento do locatário. STJ. 4ª T. EDcl no AgRg no Ag 1.366.967-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. p/ acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, j. 27/4/17 (Info 604).
Seção II
Da Modificação da Competência
Art. 54.  A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. (Cartórios/TJMA-2016)
Art. 55.  Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. [CUIDADO: OU] (PGEMT-2016) (Cartórios/TJMA-2016) (Anal. Judic./TREPE-2017) (PGM-BH/MG-2018) (MPSC-2019)
	(PGM/POA-2016-FUNDATEC): Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. BL: art. 55, NCPC.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. (MPSP-2017) (Proc.-BH/MG-2018)
§ 2o Aplica-se o disposto no caput:
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; (Anal. Judic./TRT21-2017)
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.
	(Anal. Jurídico/ALGÁS-2017-IESES): A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, desta forma: Reputam-se conexas duas ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir: à execução de título extrajudicial, à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico e às execuções fundadas no mesmo título executivo. BL: art. 55, §2º, I e II, NCPC.
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. (Cartórios/TJMA-2016) (PGM-BH/MG-2018)
	(MPGO-2016): Ainda que não haja conexão entre eles, poderão ser reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias. BL: art. 55, §3º, NCPC.
(PGM/POA-2016-FUNDATEC): Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles. BL: art. 55, §3º, NCPC.
Art. 56.  Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. [CUIDADO: E] (Anal. Judic./TREPE-2017)
	(Anal. Gestão/Advogado-2016-FGV): A continência entre duas ou mais ações ocorre quando há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. BL: art. 56, NCPC.
Art. 57.  Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. (MPRS-2016) (MPF-2017) (TJMT-2018)
	(TJSP-2017-VUNESP): No caso de continência, as demandas devem ser reunidas para julgamento conjunto, salvo se a ação continente preceder (= anteceder) a propositura da ação contida, caso em que essa última terá seu processo extinto sem resolução do mérito. BL: art. 57, NCPC.
DICA:
1) se a ação de pedido maior (continente) for ANTERIOR à ação contida (ação de pedido menor) haverá EXTINÇÃO sem resolução do mérito para a ação menor (contida). O raciocínio é que se ambas coexistirem, haverá LITISPENDÊNCIA PARCIAL entre elas.
 
2) se a ação de pedido menor (contida) for a PRIMEIRA a ser ajuizada, a REUNIÃO das ações será obrigatória.
 
CONCLUSÃO: 
· Na conexão haverá REUNIÃO das ações e ponto! 
· Na continência, a depender do MOMENTO de ajuizamento da ação contida ou continente, poderá haver a REUNIÃO das ações para julgamento conjunto, ou EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO da ação menor (contida).
(PGM/POA-2016-FUNDATEC): Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida, será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas. BL: art. 57, NCPC.
Art. 58.  A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente. (Anal. Judic./TRT21-2017)
Art. 59.  O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. (DPEMT-2016) (TJSP-2017) (TRF2-2017) (Anal. Judic./TJMS-2017) (Anal. Judic./TRT21-2017)
	##Atenção: ##TRF2-2017: Não há que se falar em prevenção de juízo incompetente. Cumpre ressaltar que o instituto da prevenção ocorre nos casos de competência relativa, sendo considerado um critério de determinação da competência com base em um elemento temporal. É o que dispõe o art. 59 do NCPC. Portanto, juízo incompetente não se torna prevento., ou seja, sendo o juiz incompetente, não há como tornar-se competente pela prevenção.
	(Téc. MPRJ-2016-FGV): Diante do descumprimento de obrigação contratual, o credor ajuizou ação de cobrança em face do devedor. A petição inicial foi distribuída à 1ª Vara Cível da Comarca da Capital no dia 22 de março de 2016, com juízo positivo de admissibilidade da demanda em 04 de abril e citação válida do réu em 19 de abril. Por seu turno, o devedor também propôs demanda, pleiteando a declaração de nulidade do mesmo contrato, tendo a sua peça exordial sido distribuída à 9ª Vara Cível da mesma comarca, no dia 24 de março de 2016, com juízo positivo de admissibilidade da ação em 01 de abril e citação válida em 25 de abril. À luz da sistemática processual vigente, os feitos devem ser reunidos, em razão do vínculo da conexão, estando prevento o juízo da 1ª Vara Cível da Comarca da Capital. BL: art. 55, caput, c/c arts. 58 e 59, NCPC.
##Atenção: Considerando-se que a petição inicial do credor foi distribuída à 1ª Vara Cível da Comarca da Capital no dia 22 de março de 2016 e que a do devedor foi distribuída à 9ª Vara Cível da mesma comarca,

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