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cirurgia pediátrica ESCROTO AGUDO · Dor súbita, seguida de aumento de volume e hiperemia na região escrotal · Geralmente unilateral · Pode haver febre, náuseas, vômitos e dor abdominal · Considerada situação de emergência. Se não houver diagnostico etiológico seguro, o paciente deve ser levado à cirurgia em caráter de urgência · Torção de cordão: ocorre geralmente no período neonatal e inicio da puberdade · Torção de apêndice testicular: maior em pré-púberes · Epididimite: mais comum em adolescentes e adultos jovens · Dor súbita e intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e dor abdominal – sugestiva de torção de testículo. · Febre, sintomas urinários, afecções genitourinárias prévias ou instrumentação urológica – sugestivo de epididimite. · Buscar hérnia encarcerada no cordão espermático e no canal inguinal. · Suspeita maior de epididimite -> coletar urina para análise. · Suspeita de torção do testículo -> exame sonografico com Doppler colorido (alta especificidade e sensibilidade). Pode ser feito de maneira imediata em muitos serviços. Torção do testículo · Pico de ocorrência na fase perinatal e próxima da puberdade. Pico entre 14-16 anos. · Torção pode ser extra ou intravaginal. Extravaginal: mais comum na fase perinatal, quando a fixação do testículo na bolsa ainda não está bem estabelecida. Intravaginal: crianças maiores devido a inserção alta desta membrana. · Sintomas clássicos: dor aguda na região escrotal, geralmente unilateral, aumento de volume, edema e hiperemia na região. Pode haver dor abdominal e vômitos. · 4 a 8 horas de torção podem levar a grave dano isquêmico. Após 12h poucos testículos podem ser salvos. · Diagnóstico de torção não pode ser afastado com segurança – indica-se exploração cirúrgica. · Candidatos à orquiectomia (retirada do testículo) = >8h de torção, sem fluxo na US com Doppler e sem sangramento cerca de 10min após incisionar a membrana vaginal. Se houver algum grau de reperfusão deve-se fixa-lo à bolsa. Testículo contralateral deve ser fixado (orquidopexia) preventivamente com pontos de fio não absorvível às estruturas paratesticulares. Torção de apêndice testicular · O apêndice tesitulcar ou vesiculoso (Hidátide de Morgagni) existe em 90% dos homens. Sua torção é a causa mais comum de escroto agudo. Possui receptores estrogênicos, aumenta por estimulo hormonal na fase pré-pubere tornando sua torção mais frequente no período de 7 a 12 anos. · Sintomatologia menos severa do que a torção de testículo. Edema e hiperemia aparecem de forma mais gradual. Sintomas sistêmicos como febre, náuseas e vômitos raramente estão presentes. · Testículo normal ou levemente aumentado, pouco doloroso, pode haver nódulo na porção superior. Nódulo pode possuir coloração azulada escura na transiluminação = SINAL DO PONTO AZUL = apêndice necrótico. · Há fluxo sanguíneo normal para o testículo. · Pode haver hidrocele reacional. Epididimite e orquite · Processo inflamatório do epidídimo ou de epidídimo e testículo. Pouco frequente em crianças pequenas. Quando ocorre: pensar em anomalias das vias urinárias. · Adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos: pode ocorrer devido migração ascendente de bactérias, como gonococos, clamídia, micoplasma e coliformes. · Quadro clínico: início arrastado. Febre não é incomum. Há dor, eritema, edema no lado afetado. Epidídimo e testículos dolorosos e aumentados de volume devido à inflamação. · Afastado processo isquêmico testicular: tratamento clínico com antibióticos, anti-inflamatorios, analgésicos e repouso. Edema escrotal idiopático · Em crianças menores. · Edema, hiperemia da bolsa, prurido em períneo e região inguinal. · Sem sintomas sistêmicos. Confunde-se com celulite e torção testicular. · Exame de urina e ecografia normais. · Causa desconhecida. Acredita-se ser um fenômeno alérgico, associado a picada de insetos ou infecção na região anal. · Regride em poucos dias e não exige tratamento além de analgesia. Púrpura de Henoch-Schönlein · Vasculite que pode afetar pele, articulações, sistema genitourinário e gastrointestinal. · 1/3 dos pacientes: dor, edema escrotal (mais em crianças < 7 anos). · Sintomas simulam torção testicular. · Ultrassom com testículos normais. · História revela púrpura, dores articulares e hematúria. · Tratamento com corticosteroides. Outras afecções que causam escroto agudo: · Hérnia inguinal encarcerada · Trauma · Abuso sexual · Neoplasia
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