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Aula 03 - Carreiras P Avançada - Direito Administrativo - Prof Jéssica Assis - Slides - Noturno

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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
• Conjunto de regras e princípios denotativos do Direito 
Administrativo, responsáveis por colocar a 
Administração Pública em uma posição privilegiada, 
vertical em relação aos particulares 
• Di Pietro: regime jurídico da Administração (art. 173, 
§1º, II) 
• Regime jurídico administrativo = prerrogativas 
(supremacia do interesse público) + sujeições 
(indisponibilidade do interesse público). São as 
pedras de toque do regime jurídico administrativo 
 
OS PRINCÍPIOS DO ART. 37, CF, APLICAM-SE À ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA E INDIRETA 
LEGALIDADE 
• Legalidade: particular 
• Estrita legalidade: administração 
• Para a administração, há o dever também de 
obediência aos atos normativos secundários 
(decretos, regulamentos, portarias, etc) 
 
IMPESSOALIDADE 
• Desdobra-se em 5 significados: 
1.Finalidade (sentido amplo e sentido estrito) 
2.Igualdade/isonomia 
3.Vedação da promoção pessoal (art. 37, §1º, 
CF) 
4.Impedimento e suspeição 
5.Imputação volitiva 
• ADI 307/CE: pessoa viva e logradouros 
públicos 
 
1.Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP 
Órgão: EBSERH Prova: Advogado (HUJB – UFCG) 
Um profissional foi irregularmente empossado no 
cargo público de advogado da Prefeitura de 
Cajazeiras, tendo praticado diversos atos em nome 
da administração e no interesse público. Após a 
constatação da irregularidade, por processo 
administrativo regular, a Prefeitura Municipal 
afastou o servidor, mas reconheceu como válido 
todos os atos praticados por ele, tendo aplicado 
como justificativa para tal, o princípio da: 
a) celeridade. 
b) eficiência. 
c) presunção da veracidade dos atos. 
d) moralidade administrativa. 
e) impessoalidade 
GABARITO: E 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES STJ 
EDIÇÃO N. 09: CONCURSOS PÚBLICOS - I 
1) A banca examinadora pode exigir 
conhecimento sobre legislação superveniente à 
publicação do edital, desde que vinculada às 
matérias nele previstas. 
2) O Poder Judiciário não analisa critérios de 
formulação e correção de provas em concursos 
públicos, salvo nos casos de ilegalidade ou 
inobservância das regras do edital. 
13) O candidato não pode ser eliminado de 
concurso público, na fase de investigação social, 
em virtude da existência de termo circunstanciado, 
inquérito policial ou ação penal sem trânsito em 
julgado ou extinta pela prescrição da pretensão 
punitiva. 
14) O entendimento de que o candidato não pode 
ser eliminado de concurso público, na fase de 
investigação social, em virtude da existência de 
termo circunstanciado, inquérito policial ou ação 
penal sem trânsito em julgado ou extinta pela 
prescrição da pretensão punitiva não se aplica aos 
cargos cujos ocupantes agem stricto sensu em 
nome do Estado, como o de delegado de polícia. 
15) O candidato não pode ser eliminado de 
concurso público, na fase de investigação 
social, em virtude da existência de registro em 
órgãos de proteção ao crédito. 
16) O candidato pode ser eliminado de 
concurso público quando omitir informações 
relevantes na fase de investigação social. 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES STJ 
EDIÇÃO N. 11: CONCURSOS PÚBLICOS - II 
1) O candidato aprovado dentro do número de vagas 
previsto no edital tem direito subjetivo a ser 
nomeado no prazo de validade do concurso. 
2) A desistência de candidatos convocados, dentro 
do prazo de validade do concurso, gera direito 
subjetivo à nomeação para os seguintes, 
observada a ordem de classificação e a 
quantidade de vagas disponibilizadas. 
3) A abertura de novo concurso, enquanto vigente a 
validade do certame anterior, confere direito líquido 
e certo a eventuais candidatos cuja classificação 
seja alcançada pela divulgação das novas vagas. 
4) O candidato aprovado fora do número de vagas 
previsto no edital possui mera expectativa de direito à 
nomeação, que se convola em direito subjetivo caso 
haja preterição na convocação, observada a ordem 
classificatória. 
5) A simples requisição ou a cessão de servidores 
públicos não é suficiente para transformar a 
expectativa de direito do candidato aprovado fora do 
número de vagas em direito subjetivo à nomeação, 
porquanto imprescindível a comprovação da 
existência de cargos vagos. 
7) Não ocorre preterição na ordem classificatória 
quando a convocação para próxima fase ou a 
nomeação de candidatos com posição inferior se dá 
por força de cumprimento de ordem judicial. 
8) A surdez unilateral não autoriza o candidato 
a concorrer às vagas reservadas às pessoas 
com deficiência. 
Súmula 377-STJ: O portador de visão monocular 
tem direito de concorrer, em concurso público, às 
vagas reservadas aos deficientes. Súmula 45-
AGU: Os benefícios inerentes à Política Nacional 
para a Integração da Pessoa Portadora de 
Deficiência devem ser estendidos ao portador de 
visão monocular, que possui direito de concorrer, 
em concurso público, à vaga reservada aos 
deficientes. Surdez unilateral: NÃO é considerada 
deficiência para fins de concurso 
público Cegueira unilateral: É considerada 
deficiência para fins de concurso público. 
9) Deverão ser reservadas, no mínimo, 5% das 
vagas ofertadas em concurso público às pessoas 
com deficiência e, caso a aplicação do referido 
percentual resulte em número fracionado, este 
deverá ser elevado até o primeiro número inteiro 
subsequente, desde que respeitado o limite 
máximo de 20% das vagas ofertadas, conforme 
art. 37, §§ 1º e 2º, do Decreto n. 3.298/99, e art. 
5º, §2º, da Lei n. 8.112/90. 
11) A nomeação ou a convocação para 
determinada fase de concurso público após 
considerável lapso temporal entre uma fase e 
outra, sem a notificação pessoal do interessado, 
viola os princípios da publicidade e da 
razoabilidade, não sendo suficiente a publicação 
no Diário Oficial. 
12) Não se aplica a teoria do fato consumado na 
hipótese em que o candidato toma posse em 
virtude de decisão liminar, salvo situações fáticas 
excepcionais. 
14) É legítimo estabelecer no edital de concurso 
público limite de candidatos que serão 
convocados para as próximas etapas do certame 
(Cláusula de Barreira). 
15) O diploma ou habilitação legal para o 
exercício do cargo deve ser exigido na posse e 
não na inscrição para o concurso público. 
(Súmula n. 266/STJ) 
16) Nos concursos públicos para ingresso na 
Magistratura ou no Ministério Público a 
comprovação dos requisitos exigidos deve ser 
feita na inscrição definitiva e não na posse. 
ATENÇÃO: 
Limitação de idade 
Psicotécnico 
Teste de aptidão física 
Não estão no âmbito da discricionariedade 
administrativa! São exigências que o edital deve 
prever quando houver previsão legal!! 
GRAVIDEZ E TAF 
• STF: não pode haver remarcação 
• STJ: é possível remarcação 
MORALIDADE 
• Moral, bons costumes, boa administração, princípios de justiça, 
equidade, etc 
• Exemplo: sanções de improbidade, ação popular para anular 
atos lesivos à moralidade administrativa 
• Súmula Vinculante nº 13: a nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito 
Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
• Cargos políticos: inicialmente, mitigou-se a 
aplicação da súmula. Atualmente, a análise 
deve ser casuística, caracterizando-se 
nepotismo quando não houver aptidão técnica 
ou houver troca de favores (RCL 7.590/PR; 
RCL 17.102/SP) 
• Informativo 815, STF, 2016: não haverá 
nepotismo se a pessoa nomeada possui um 
parente no órgão, mas sem influência 
hierárquica sobre a nomeação 
• O ato imoral independe da intenção, basta o 
conteúdo• JURISPRUDÊNCIA 
• Não é devida a devolução de verba paga 
indevidamente a servidor em decorrência de erro 
operacional ou na interpretação da lei por parte 
da Administração Pública, quando se constata que 
o recebimento pelo beneficiado se deu de boa-fé. 
• Em suma: valores recebidos pelo servidor em 
decorrência de errônea interpretação da lei e em 
virtude de erro operacional estão sujeitos ao 
mesmo tratamento. Assim, houve boa-fé do 
servidor, não se restitui; não houve boa-fé, deve-
se restituir. 
 
 
• Info 579, STJ: Os herdeiros devem restituir os 
proventos que, por erro operacional da Administração 
Pública, continuaram sendo depositados em conta de 
servidor público após o seu falecimento. 
• Pelo princípio da saisine, com a morte, houve a 
transferência imediata da titularidade da conta 
bancária da falecida aos seus herdeiros e os valores 
que foram nela depositados (por erro) não tinham 
mais qualquer destinação alimentar. Logo, por não se 
estar diante de verbas de natureza alimentar, não é 
nem mesmo necessário analisar se os herdeiros 
estavam ou não de boa-fé ao sacar o dinheiro. A boa-
fé aqui não importa. Os herdeiros têm o dever de 
restituir as quantias porque eles não possuem 
nenhum direito sobre as verbas 
 
Fonte: Dizer o Direito 
PUBLICIDADE 
• Duplo aspecto: 
Exigência de publicação em órgãos oficiais como 
requisito de eficácia (atos de efeitos gerais e 
externos ou que onerem o patrimônio público) 
Exigência de transparência na atuação 
administrativa 
• Informativo 782, STF, 2015: possibilidade de 
divulgação de vencimentos dos servidores com 
relação nominal 
• Informativo 576, STJ, 2015: possibilidade de 
monitoração de email corporativo 
 
 
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO 
PÚBLICO. PROVA FÍSICA. ALTERAÇÃO NO EDITAL. 
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PUBLICIDADE. 1. 
Alterações no edital do concurso para agente penitenciário, 
na parte que disciplinou o exercício abdominal, para sanar 
erro material, mediante uma "errata" publicada dias antes da 
realização da prova física no Diário Oficial do Estado. 
2. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande 
circulação. A divulgação no Diário Oficial é suficiente 
per se para dar publicidade a um ato administrativo. 3. A 
Administração pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e, 
no presente caso, garantiu aos candidatos prazo razoável 
para o conhecimento prévio do exercício a ser realizado. 4. 
Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 390939, 
Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado 
em 16/08/2005, DJ 09-09-2005 PP-00059 EMENT VOL-
02204-03 PP-00485 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 123-125 
LEXSTF v. 27, n. 322, 2005, p. 310-314 RNDJ v. 6, n. 72, 
2005, p. 57-59) 
 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
• Em relação ao modo de atuação do agente (ex: 
estabilidade e desempenho) 
• Modo de organização , estruturação e disciplina 
da administração pública (administração 
gerencial) 
 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 
1. Supremacia do interesse 
público 
2. Indisponibilidade do 
interesse público 
3. Razoabilidade 
4. Proporcionalidade 
5. Tutela 
6. Autotutela 
7. Motivação 
8. Continuidade do serviço 
público 
9. Contraditório 
10. Ampla defesa 
11. Especialidade 
12. Segurança jurídica 
2.Ano: 2017 Banca: CESPE 
Órgão: Prefeitura de Belo Horizonte – MG 
Prova: Procurador Municipal 
Ao princípio da publicidade corresponde, na 
esfera do direito subjetivo dos administrados, 
o direito de petição aos órgãos da 
administração pública. 
GABARITO: CERTO!! 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
• Presente na elaboração e na execução da lei 
• Aplicações: 
Atributos dos atos administrativos 
Cláusulas exorbitantes 
Poder de polícia 
Intervenção da propriedade 
 
3.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de 
Fortaleza – CE Prova: Procurador do Município 
Acerca do direito administrativo, julgue o item que 
se segue. 
A possibilidade de realização de obras para a 
passagem de cabos de energia elétrica sobre uma 
propriedade privada, a fim de beneficiar 
determinado bairro, expressa a concepção do 
regime jurídico-administrativo, o qual dá 
prerrogativas à administração para agir em prol da 
coletividade, ainda que contra os direitos 
individuais. 
GABARITO: CERTO 
• Refere-se às sujeições administrativas 
• Ex: licitação, concurso público 
• Está presente em TODAS as atuações do poder 
público 
• Poder-dever de agir 
• Inalienabilidade dos direitos concernentes a 
interesses públicos (ex: descentralização por 
delegação) 
 
 
INDISPONIBILIDADE DO 
INTERESSE PÚBLICO 
Razoabilidade e proporcionalidade 
• Limitações à discricionariedade administrativa 
• Razoabilidade: “homem médio” 
• Proporcionalidade: equilíbrio entre fins e meios 
• Essa análise pode ser feita pelo Judiciário, sem 
implicar invasão do mérito administrativo 
• São passíveis, pois, de anulação, os atos 
desproporcionais e desarrazoados 
 
Controle finalístico 
(tutela, supervisão ministerial ou vinculação) 
 
• TODAS AS ENTIDADES DA ADM INDIRETA 
SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA SUPERVISÃO MINISTERIAL 
Decorre de hierarquia 
Ocorre no âmbito de uma mesma 
pessoa jurídica 
Não há hierarquia 
Controle do ministério a que se 
vincule a entidade de adm 
indireta 
Independência de previsão legal Depende de previsão legal 
Incondicionada Condicionada 
AUTOTUTELA 
SÚMULA 473, STF: A administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que 
os tornam ilegais, porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial. 
4.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: CGM de 
João Pessoa – PB Prova: Conhecimentos 
Básicos - Cargos: 1, 2 e 3. 
Com relação aos princípios aplicáveis à 
administração pública e ao enriquecimento 
ilícito por agente público, julgue o item a 
seguir. 
Decorre do princípio de autotutela o poder da 
administração pública de rever os seus atos 
ilegais, independentemente de provocação. 
 
GABARITO: CERTO 
5.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA 
Prova: Escrivão de Polícia. 
A conduta do agente público que busca o 
melhor desempenho possível, com a 
finalidade de obter o melhor resultado, atende 
ao princípio da 
a) eficiência. 
b) legalidade. 
c) impessoalidade. 
d) moralidade. 
e) publicidade. 
 
GABARITO: A 
6.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA 
Prova: Escrivão de Polícia. 
O preenchimento de cargos públicos mediante 
concurso público, por privilegiar a isonomia 
entre os concorrentes, constitui expressão do 
princípio constitucional fundamental: 
a) federativo. 
b) da eficiência. 
c) da separação de poderes. 
d) do valor social do trabalho. 
e) republicano. 
GABARITO: E 
7.Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE 
Prova: Delegado de Polícia. 
Com base na jurisprudência majoritária do STF 
sobre os princípios da administração pública e do 
regime jurídico-administrativo, assinale a opção 
correta: 
a) Se houver repasse de verbas federais a município, a 
aplicação desses recursos pelo governo municipal não 
será objeto de fiscalização do órgão controlador federal, 
dado o princípio da autonomia dos entes federados. 
b) A alteração, por meio de portaria, das atribuições de 
cargo público não contraria direito líquido e certo do 
servidor público investido no cargo, diante da 
inexistência de direito adquirido a regime jurídico. 
c) A administração pública não pode, mediante ato 
próprio, desconsiderar a personalidade jurídica de 
empresa fiscalizada por tribunal de contas; a esse caso 
não se aplica a doutrina dos poderes implícitos. 
d) Segundo o STF, a vedação ao nepotismo decorre 
diretamente de princípios constitucionais explícitos, 
como os princípios da impessoalidade, da moralidade 
administrativa e da igualdade, não se exigindoa edição 
de lei formal para coibir a sua prática. 
e) De acordo com o princípio da eficiência, a 
administração pode revogar seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles 
não se originam direitos. Também pode anulá-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, hipótese na 
qual devem ser respeitados os direitos adquiridos. 
GABARITO: D 
• Letra A: Incorreta 
• INFORMATIVO 610/STF. Município: recursos públicos 
federais e fiscalização pela CGU - 2 
• A Controladoria-Geral da União - CGU tem atribuição para 
fiscalizar a aplicação dos recursos públicos federais 
repassados, nos termos dos convênios, aos Municípios. 
(…). Asseverou-se, de início, que o art. 70 da CF 
estabelece que a fiscalização dos recursos públicos 
federais se opera em duas esferas: a do controle externo, 
pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União - TCU, e a do controle interno, pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. (…). 
Ressaltou-se que a CGU poderia fiscalizar a aplicação de 
dinheiro da União onde quer que ele fosse aplicado, 
possuindo tal fiscalização caráter interno, porque exercida 
exclusivamente sobre verbas oriundas do orçamento do 
Executivo destinadas a repasse de entes federados 
(…). RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
24.11.2010. (RMS-25943) 
• Letra B: Incorreta 
• INFORMATIVO 611/STF. Cargo público: mudança de 
atribuições e lei formal. 
• A alteração de atribuições de cargo público somente pode 
ocorrer por intermédio de lei formal. 
• Letra C: Incorreta 
• Informativo 732, STF: No âmbito administrativo, a doutrina 
e a jurisprudência vêm firmando entendimento de ser 
viável a aplicação da teoria da desconsideração da 
personalidade jurídica e a extensão de seus efeitos para 
afastar a possibilidade de uma empresa que tenha sido 
suspensa ou impedida de participar de licitação ou 
contratar com a Administração Pública, ou ainda, 
declarada inidônea, possa ter seus sócios integrando, 
direta ou indiretamente, outra pessoa jurídica que 
participe de licitação com o Poder Público. 
 
• Letra D: perfeita! 
• STF RE 579.951: a vedação do nepotismo não 
depende de lei formal para coibir a prática. Proibição 
que decorre diretamente dos princípios constitucionais 
contidos no art. 37. 
• Não se esqueçam!! O princípio da 
IMPESSOALIDADE desdobra-se em 4: 
1. Finalidade (sentido amplo e sentido estrito) 
2. Igualdade/isonomia 
3. Vedação da promoção pessoal (art. 37, §1º, CF) 
4. Teoria do órgão 
 
• Letra E: Errado! Essa tá mole 
• O examinador apenas trocou os conceitos 
• Revogação – atos inconvenientes e/ou 
inoportunos 
• Anulação: ilegalidade 
8.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR 
Prova: Promotor de Justiça Substituto 
De acordo com o entendimento do STF, no que se refere 
à inscrição de candidatos que possuam tatuagens 
gravadas na pele, não havendo lei que disponha sobre o 
tema, os editais de concursos públicos 
a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos 
em que essas tatuagens violem valores constitucionais. 
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta 
entre tatuagem e conduta atentatória à moral e aos bons 
costumes. 
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e 
livre exercício da função pública. 
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da 
polícia militar. 
GABARITO: A 
9.Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: Câmara 
de Belo Horizonte – MG Prova: Coordenador do 
Processo Legislativo. 
O agente público tem uma relação de subordinação 
com a Lei, vez que as regras legais caracterizam 
limitações para a própria Administração Pública. No 
âmbito da Administração Pública, a ausência de 
normatização permissiva específica sobre 
determinada situação importa em um comando 
negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior 
destacado corresponde ao Princípio da: 
a) Eficiência. 
b) Legalidade. 
c) Publicidade. 
d) Moralidade. 
GABARITO: B 
ORGANIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA 
Administração Direta e 
Indireta 
INTRODUÇÃO 
• Hoje falaremos, basicamente, a respeito da 
administração indireta! 
• A administração indireta é formada por um conjunto 
de pessoas jurídicas criadas pela administração 
indireta com o fito de auxiliar na consecução do 
interesse público! 
• Essas pessoas são formadas por um fenômeno 
denominado descentralização! Correlato a ele, existe 
também a desconcentração 
• Então, antes de estudarmos a estrutura da 
administração indireta, estudaremos esses dois 
institutos! 
Centralização e Descentralização 
• Centralização: o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por meio de órgãos e agentes 
administrativos. 
Exemplo: ministérios, Presidente da República, 
secretarias, etc 
Desconcentração: distribuição de competência no 
âmbito de um mesmo ente – não há outra pessoa 
jurídica envolvida, mas sim ÓRGÃOS 
Nenhum órgão possui personalidade jurídica 
própria, por mais relevantes que sejam as 
atribuições exercidas 
“Centralização desconcentrada” 
• Lembram-se da nossa primeira aula, quando 
conversamos a respeito do princípio da eficiência, e 
invocamos o modelo de administração pública 
gerencial? 
• Então! A desconcentração é um instituto típico desse 
modelo administrativo, pois a eficiência depende 
(dentre muitas outras coisas, é claro) da distribuição 
de funções para a melhor execução delas! 
• Tanto as pessoas políticas (administração direta) 
quanto as pessoas administrativas (administração 
indireta) podem realizar a desconcentração, criando 
seus próprios órgãos 
Mesma 
pessoa 
jurídica 
Órgãos 
Exercício 
direto 
Secretarias, 
Ministérios 
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/10523610/ 
10.Ano: 2017 Banca: IDECAN Órgão: SEJUC-RN 
Prova: Agente Penitenciário. 
Tendo em vista a organização administrativa da União, 
analise as disposições a seguir. 
I. Não possuem personalidade jurídica. 
II. São resultado da desconcentração administrativa. 
III. Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa 
jurídica que integram. 
IV. Integram a estrutura de uma pessoa política, no caso dos 
órgãos da administração indireta ou de uma pessoa jurídica 
administrativa, no caso dos órgãos da administração direta. 
São características dos órgãos públicos apenas as 
disposições 
 a) I e II. 
 b) I e III. 
 c) I, II e III. 
 d) II, III e IV. 
• Gabarito: C 
• Percebam que o erro do item IV foi trocar os 
conceitos: ora, os órgãos de uma pessoa 
política integram a administração direta, e os 
das pessoas administrativas fazem parte da 
administração indireta! 
11.Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-
RJ Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa 
Quanto aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar 
que: 
a) Têm personalidade jurídica e vontade própria. 
b) Tribunais Judiciários e Juízes Singulares, Ministério 
Público são órgãos independentes. 
c) São centros de competências instituídos para o 
desempenho de funções estatais, através de seus 
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem. 
d) Cada órgão, como centro de competência 
governamental ou administrativa, tem necessariamente 
funções, cargos e agentes, mas é distinto desses 
elementos, que podem ser modificados, substituídos ou 
retirados sem supressão da unidade orgânica. 
GABARITO: A 
Ente estatal transfere 
o exercício (às vezes, 
também a titularidade) 
da atividade 
administrativa 
Pessoa jurídica 
DIVERSA do ente 
político executará 
a atividade 
OUTORGA 
(POR SERVIÇOS, 
FUNCIONAL OU 
TÉCNICA) 
DELEGAÇÃO 
(POR COLABORAÇÃO) 
TERRITORIAL 
12.CESPE – 2013 – TRE-MS – Técnico Judiciário – 
Área Administrativa 
A centralização é a situação em que o Estado 
executa suas tarefas diretamente, por intermédio 
dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que 
compõem sua estrutura funcional 
 
13.CESPE – 2013 – TJDFT –AnalistaJudiciário – 
Execução de Mandados 
Os termos concentração e centralização estão 
relacionados à ideia geral de distribuição de 
atribuições do centro para a periferia, ao passo que 
desconcentração e descentralização associam-se à 
transferência de tarefas da periferia para o centro. 
• A primeira questão está CORRETA! Na 
centralização, as tarefas ficam 
concentradas na mesma pessoa jurídica, 
que as exercem por meio de seus órgãos 
e agentes 
 
• A segunda questão está INCORRETA! Os 
conceitos estão invertidos! 
14.Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-RJ 
Prova: Técnico Judiciário Estudar administração direta e indireta 
significa tratar da centralização e descentralização, da 
concentração e desconcentração. Acerca desses temas, analise as 
afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. 
a) São formas de desconcentração, a criação de Autarquias, Empresas 
Públicas e Sociedades de Economia Mista. 
b) A descentralização ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa 
jurídica. É o que ocorre com a Administração Direta da União, tratada 
no Art. 4º, I, do Decreto-Lei nº 200/67. A relação aqui existente é 
hierárquica ou de subordinação. 
c) Quando uma pessoa jurídica de direito público divide as funções de 
sua competência entre os seus órgãos, componentes de sua estrutura, 
dá-se o fenômeno da desconcentração. É o que ocorre com a 
Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei nº 
200/67. A relação aqui existente entre os diversos órgãos é hierárquica 
ou de subordinação. 
d) Na descentralização, a relação é hierárquica, de subordinação. É o 
que ocorre com a Administração Indireta da União tratada no Art. 4º, II, 
do Decreto-Lei nº 200/67. Nela, funções de uma pessoa jurídica de 
direito público são atribuídas a outras pessoas jurídicas. A pessoa 
jurídica outorgante ou delegatária de competência mantém posição 
hierarquicamente superior à outorgada/delegada. 
GABARITO: C 
PESSOA 
ADMINISTRATIVA 
FORMAÇÃO PERSONALIDADE 
Autarquia 
Criada por lei 
específica 
Direito Público 
Fundação Pública 
Criada por lei 
específica 
Autorizada por lei 
específica (CF) 
Direito Público 
Direito Privado 
(CF) 
Empresa Pública 
Autorizada por lei 
específica 
Direito Privado 
Sociedade de 
economia mista 
Autorizada por lei 
específica 
Direito Privado 
PESSOA ADMINISTRATIVA FINALIDADE 
Autarquia 
Executar atividade típica da 
Administração 
Fundação Pública 
Atividades estatais não 
exclusivas, sem finalidade 
lucrativa 
Empresa Pública 
Explorar atividade econômica 
ou prestar serviço público 
Sociedade de economia 
mista 
Explorar atividade econômica 
ou prestar serviço público 
15.Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: PC-SC 
Prova: Escrivão de Polícia Civil 
A respeito das entidades integrantes da 
administração pública indireta, as pessoas jurídicas 
de direito público, criadas por lei, sem caráter 
econômico, para desempenho de funções próprias e 
típicas de Estado, são denominadas: 
a) Autarquias. 
b) Empresas públicas. 
c) Fundações públicas. 
d) Organizações sociais. 
e) Sociedades de economia mista. 
GABARITO: A 
CONCEITO: ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA 
 
• Conjunto de pessoas administrativas que, 
vinculadas à respectiva administração direta, 
têm o objetivo de desempenhar as atividades 
administrativas de forma descentralizada 
• São pessoas jurídicas, de direito público ou 
privado, que visam a realizar atividades 
estatais de forma descentralizada 
• Todas as entidades federativas (União, 
Estados, DF e Municípios) podem ter a sua 
administração indireta 
• Art. 37, CF: A administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência (...) 
O art. 37 a CF chancela a possibilidade de 
existência de entidades da Adm indireta em 
quaisquer dos Poderes da União (incluindo 
Legislativo e Judiciário) 
• Art. 37, XIX, CF: somente por lei específica poderá 
ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista 
e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da 
empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas subsidiárias que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens 
ou de prestação de serviços, dispondo sobre 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários 
 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor 
privado. 
§ 3º A lei regulamentará as relações da 
empresa pública com o Estado e a sociedade. 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma 
da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de 
licitação, a prestação de serviços públicos. 
• Autonomia administrativa e financeira, mas não 
política (não legislam) 
• Patrimônio e personalidade próprios 
• Princípio da especialidade: são criadas para fins 
específicos, que não podem ser mudados pela própria 
entidade 
• Princípio da reserva legal: 
Criação e extinção (princípio da simetria) 
• Criação de pessoas jurídicas subsidiárias 
(também dispensável lei específica, basta a lei). 
• É possível autorização legislativa genérica na 
própria lei que criar ou que autorizar a criação da 
pessoa administrativa matriz (ADI 1.649/DF) 
CARACTERÍSTICAS COMUNS 
EXEMPLO DE SUBSIDIÁRIA 
A LIQUIGÁS É 
SUBSDIÁRIA DA 
PETROBRÁS! 
• Vedações constitucionais de acumulação de cargos 
públicos 
• Ingresso nos quadros: concurso público 
• Devem ser criadas com finalidade específica 
(princípio da especialidade) 
• Responsabilidade objetiva: 
Pessoas da adm indireta de direito público 
As de direito privado, quando prestem serviço 
público 
• As AUTARQUIAS E FUNDAÇÃO PÚLICAS tem prazo 
em dobro para contestar e recorrer 
• Nenhuma está sujeita à falência 
 
Controle finalístico 
(tutela, supervisão ministerial ou vinculação) 
 
• TODAS AS ENTIDADES DA ADM INDIRETA 
SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA SUPERVISÃO MINISTERIAL 
Decorre de hierarquia 
Ocorre no âmbito de uma mesma 
pessoa jurídica 
Não há hierarquia 
Controle do ministério a que se 
vincule a entidade de adm 
indireta 
Independência de previsão legal Depende de previsão legal 
Incondicionada Condicionada 
CHEFE DO EXECUTIVO 
+ 
APROVAÇÃO DO SENADO 
CHEFE DO EXECUTIVO 
TODAS AS ENTIDADES 
DA ADM INDIRETA* 
AGÊNCIAS 
REGULADORAS 
Livre nomeação e 
exoneração 
Mandato fixo 
NOMEAÇÃO DE 
DIRIGENTES 
• É constitucional lei estadual que condiciona a 
nomeação dos dirigentes de autarquias e fundações à 
prévia aprovação da Assembleia Legislativa (Info 755, 
STF, 2014) 
• É inconstitucional exigir aprovação da ALE se os 
dirigentes forem de Empresas Públicas ou Sociedades 
de Economia Mista. Será constitucional se se tratar de 
agência reguladora (Info 755, STF, 2014) 
• É inconstitucional a lei estadual que estabelece que 
os dirigentes agência reguladora só poderão ser 
destituídos de seus cargos por decisão exclusiva da 
ALE, sem qualquer participação do Governador – há 
violação à separação de poderes (Info 759, STF, 2014) 
AUTARQUIAS 
• Pessoa jurídica de direito público, criada por lei 
específica e extinta por lei 
• Finalidade: executar atividades típicas da 
Administração Pública 
• Personalidade, patrimônio e receita próprios 
• Regimejurídico estatutário 
• Submetem-se às regras de licitação 
• Autonomia administrativa 
• Transferem-se a execução e a titularidade do 
serviço público 
• Não possuem autonomia política 
 
 
 
 
• Autarquias federais – competência para julgamento 
das causas envolvendo tais entes é da Justiça 
Federal 
• Prazo em dobro para recorrer e para contestar 
• Finalidade: prestação de serviço público específico 
(princípio da especialidade) 
• Serviço público tipicamente estatal: 
Não pode ser prestado por entidades privadas 
Deve-se obrigatoriamente constituir autarquia 
• Toda prestação de serviço tipicamente estatal de 
forma descentralizada é prestada por Autarquia 
• Nem toda Autarquia, entretanto, presta serviço 
público típico. Ex: Universidades Federais 
 
• Entidades de classe ( CREA, CRM): natureza jurídica de 
autarquia corporativista 
OAB: é PJ de direito público com natureza sui generis 
(entidade privada + autarquia) 
STF: RE 595332/2016 tratou OAB como autarquia 
corporativista 
• ATENÇÃO: 
Autarquias não podem explorar atividade econômica 
Imunidade de impostos (sobre o patrimônio, renda ou 
serviços) vinculados às finalidades essenciais 
ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS 
AGÊNCIAS REGULADORAS 
AUTARQUIAS ESPECIAIS 
Regulamentação de um 
serviço público 
realizado por particular. 
Ex: ANP, ANATEL 
Pessoa derivada da 
formação de um 
consórcio; é uma 
autarquia especial 
Agências reguladoras 
• Agências reguladoras: privatizações da década de 90 
• Poder de polícia 
• Autarquias em regime especial – mais autonomia e 
independência 
• Dirigentes com mandato fixo 
• Os conselheiros ou diretores das agências só 
perdem o mandato em caso de: 
 renúncia; 
 condenação judicial transitada em julgado; 
 processo administrativo disciplinar; e 
 outras condições previstas na lei que criar a 
agência. 
 
 
• QUARENTENA: período de QUATRO MESES em 
que o ex-dirigente fica impedido de exercer atividade 
ou prestar serviços no setor regulado pela agência em 
que trabalhava. 
• Tal período tem por termo inicial a exoneração ou a 
perda do mandato 
• Se o dirigente descumpre a quarentena: incorre no 
crime de ADVOCACIA ADMINISTRATIVA , conforme 
dispõe o art. 8º, Lei 9.986/2000 
• Recurso hierárquico impróprio: decisão da agência 
foge das finalidades da entidade ou que esteja 
inadequada às políticas públicas definidas para o 
setor 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
• Qualificação/status conferido a uma autarquia ou 
fundação pública que apresente um plano 
estratégico de reestruturação e desenvolvimento 
institucional, por meio da celebração de um contrato 
de gestão com o Poder Público. É um “selo” 
conferido pelo Poder Público, por decreto presidencial 
• Finalidade: melhoria da eficiência e redução dos 
custos 
• Exemplo: Inmetro 
PATRIMÔNIO PÚBLICO 
“dotação patrimonial” 
Dotado de personalidade 
jurídica 
Criado por lei 
específica 
Autorizado por lei específica 
+ registro civil de PJ’s 
FUNDAÇÃO PÚBLICA 
DE DIREITO PÚBLICO 
FUNDAÇÃO PÚBLICA 
DE DIREITO PRIVADO 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
16.Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB 
Prova: Assistente em administração 
 
No que diz respeito à administração pública 
federal, sua estrutura, características e 
descrição, julgue o item. 
 
As fundações, públicas e privadas, são 
entidades pertencentes à administração 
indireta. 
• A questão está INCORRETA! 
• Muito cuidado com esse exercício maldoso: as 
fundações PÚBLICAS pertencem à 
administração indireta, e elas poderão ter 
PERSONALIDADE JURÍDICA de direito 
privado ou de direito público! 
• As fundações PRIVADAS não pertencem à 
administração indireta! São entidades 
pertencentes ao TERCEIRO SETOR: entidades 
privadas sem finalidades lucrativas! 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO 
PÚBLICO 
• É criação da doutrina e da jurisprudência! 
• Impenhorabilidade dos bens 
• Pagamento dos débitos por precatório 
• Sem finalidade lucrativa 
• Imunidade de impostos (sobre o patrimônio, 
renda ou serviços) vinculados às finalidades 
essenciais – tanto para as de direito privado, 
quanto para as de direito público 
• Realizam atividades de interesse público 
• Regras de licitação 
• Supervisão ministerial/controle finalístico 
• Fundações públicas de direito público: doutrina 
majoritária classifica como uma espécie do 
gênero autarquia 
• Fundações públicas de direito privado: mesmo 
regime das empresas estatais, a seguir 
estudadas 
 Também gozam da impenhorabilidade dos 
bens (STF) 
 Também gozam de imunidade tributária 
supramencionada (STF + art. 150, §2º, CF) 
17.Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA 
Prova: Investigador. 
No que se refere à organização da Administração 
Publica Direta e Indireta, assinale a alternativa correta. 
a) Conselhos que controlam as profissões possuem a 
natureza jurídica de empresas públicas. 
b) As estatais possuem prazo em quádruplo para contestar e 
em dobro para recorrer. 
c) Há um controle pela Administração Direta, nas entidades 
da Administração Indireta, denominado controle hierárquico. 
d) Estatal lucrativa não está sujeita ao teto máximo de 
remuneração dos ministros do STF, ao se manter com os 
seus próprios recursos, sem orçamento do ente federativo 
criador. 
e) Não se concebe à autarquia o mesmo tratamento dos entes da 
federação em matéria de privilégio fiscal. 
• A: incorreta. A natureza é de autarquia 
• B: incorreta. Art. 183, NCPC – o prazo é em DOBRO, 
tanto para contestar, quanto para recorrer 
• C: incorreta. O controle não é hierárquico, pois não há 
subordinação. Trata-se de controle por vinculação 
• E: incorreta. Há imunidade recíproca sobre os 
impostos! 
• D: correta! O teto remuneratório constitucional 
encontra-se previsto no art. 37, XI, CF. O §9º do 
mesmo artigo aduz: O disposto no inciso XI aplica-se 
às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios para pagamento de despesas de pessoal 
ou de custeio em geral. 
• Autorizadas por lei específica 
• Extintas também por lei autorizadora 
• Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
• Quando exploram atividade econômica, diz-se que há 
uma atividade do poder público chamada de intervenção. 
• Princípio da subsidiariedade cabe ao Poder Público, 
enquanto agente regulador, atuar na ordem 
econômica apenas de forma subsidiária à iniciativa 
privada. Assim, a intervenção somente será cabível em 
casos expressamente previstos na Constituição. 
 
 
Empresas estatais 
Sociedades de 
economia mista 
Empresas 
públicas 
• Finalidade 
Prestação de serviço público não 
tipicamente estatal (art. 175, CF) 
Exploração de atividade econômica – 
indispensável à segurança nacional ou a 
relevante interesse público (art. 173, CF) 
Apesar dessa diferenciação, quaisquer que 
sejam as atividades desenvolvidas, às 
empresas estatais aplicar-se-ão os ditames 
da lei 13.303/2016 
 
• CLT – legislação trabalhista 
• Indispensabilidade de concurso público 
• Supervisão ministerial 
• Submetem-se ao controle do TCU (STF, Info 
408, 2005) e do Congresso Nacional (art. 49, 
X, CF) 
• Aplicam-se as regras de cumulação 
remunerada de cargos públicos 
• Devem observar os princípios da 
Administração Pública (art. 37, CF) 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS 
EMPRESAS ESTATAIS 
• As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor 
privado (art. 173, §2º, CF) 
• Falência: as regras da lei 11.101/05 não sem 
aplicam às empresas estatais 
• Devem observar as regras de licitação e 
contratação do poder público 
 
• As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista que exploram atividade 
econômica atuam com predomínio das regras 
de direito privado, porquanto o art. 173, § 1º, 
II, da CF, estabelece que o estatutodessas 
entidades se sujeita ao regime jurídico próprio 
das empresas privadas 
• Essas entidades só se submetem às regras de 
direito público quando a Constituição assim o 
determine, expressa ou implicitamente. Trata-
se de um regime híbrido 
• Quando as empresas estatais prestarem serviço 
público, haverá a predominância de regras de 
direito público 
• Exemplo 1: o Supremo Tribunal Federal vem 
apresentando entendimento de que a imunidade 
tributária recíproca aplica-se às empresas públicas e 
sociedades de economia mista que prestam serviços 
públicos 
• Exemplo 2: Os bens das empresas públicas e 
sociedades de economia mista são bens privados. 
Porém, no caso das prestadoras de serviço 
público, os bens diretamente relacionados à 
prestação do serviço gozam dos mesmos atributos 
dos bens públicos (impenhorabilidade e regime de 
precatórios) 
• IMPORTANTÍSSIMO: 
Sociedade de Economia Mista deve ter forma de 
SOCIEDADE ANÔNIMA (DL 200/67) 
Empresa Pública: qualquer forma societária 
• Entidade estatal lucrativa não está sujeita ao teto 
máximo de remuneração dos ministros do STF, ao se 
manter com os seus próprios recursos, sem 
orçamento do ente federativo criador 
• Quando prestam serviço público, haverá 
responsabilidade civil objetiva 
• Se exploram atividade econômica: responsabilidade 
subjetiva 
 
EMPRESAS ESTATAIS: DIFERENÇAS CONFORME A FINALIDADE 
EXPLORAM ATIVIDADE 
ECONÔMICA 
PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS 
Bens penhoráveis Bens impenhoráveis 
Não se submetem aos 
precatórios 
Aplica-se o regime de 
precatórios 
Não gozam de imunidade 
tributária recíproca 
Há o privilégio fiscal da 
imunidade tributária recíproca 
Responsabilidade subjetiva Responsabilidade objetiva 
Regime jurídico parcialmente 
privado, com derrogações de 
direito público 
Regime jurídico administrativo 
EMPRESAS PÚBLICAS 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
Podem adotar qualquer forma 
permitida pelo direito 
Só podem adotar a forma de 
Sociedade Anônima 
Haverá divisão do capital em 
ações 
Capital PÚBLICO Capital PÚBLICO E PRIVADO 
Capital exclusivo da adm 
direta – admite participação de 
outras pessoas jurídicas da 
administração direta ou 
indireta – mesmo que pessoas 
de direito privado, vg: SEM 
 
Controle majoritário de 
entidade da adm direta ou de 
entidade da Administração 
Indireta 
 
18.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA 
Prova: Técnico Judiciário – Área Administrativa 
Assinale a opção correta no que tange às entidades 
públicas em espécie e à administração direta e 
indireta. 
a) As fundações públicas são entidades integrantes da 
administração indireta, sendo dotadas exclusivamente 
de personalidade jurídica de direito público. 
b) Criada por força de autorização legal como 
instrumento de ação do Estado, uma empresa pública 
federal é uma pessoa jurídica dotada de personalidade 
jurídica de direito público. 
c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias 
sob regime especial criadas com a finalidade de 
disciplinar e controlar certas atividades econômicas. 
d) As sociedades de economia mista são 
submetidas a regras especiais, sendo 
constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas com 
direito a voto devem pertencer, em sua maioria, 
ao ente federativo. 
e) As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista, integrantes da administração 
direta federal, são instrumentos de ação do 
Estado, logo, são entidades voltadas à busca de 
interesse público. 
 
GABARITO: C 
RESUMINDO... 
• CENTRALIZAÇÃO: exercício das atividades no 
âmbito de uma mesma pessoa jurídica. É um 
movimento centrípeto 
• DESCENTRALIZAÇÃO: relação entre pessoas 
jurídicas. É um movimento centrífugo. 
• Pode ocorrer de três formas: 
1. Outorga (descentralização por serviços) 
2. Delegação (descentralização por 
colaboração) 
3. Territorial (criação de territórios federais) 
PESSOA 
ADMINISTRATIVA 
FORMAÇÃO PERSONALIDADE 
Autarquia 
Criada por lei 
específica 
Direito Público 
Fundação Pública 
Criada por lei 
específica 
Autorizada por lei 
específica (CF) 
Direito Público 
Direito Privado 
(CF) 
Empresa Pública 
Autorizada por lei 
específica 
Direito Privado 
Sociedade de 
economia mista 
Autorizada por lei 
específica 
Direito Privado 
PESSOA 
ADMINISTRATIVA 
FINALIDADE 
Autarquia 
Executar atividade típica da 
Administração 
Fundação Pública 
Atividades estatais não 
exclusivas, sem finalidade 
lucrativa 
Empresa Pública 
Explorar atividade 
econômica ou prestar 
serviço público 
Sociedade de economia 
mista 
Explorar atividade 
econômica ou prestar 
serviço público 
Características da Administração Indireta 
• Pessoas jurídicas administrativas resultantes de 
descentralização por outorga (por serviços) 
• São integrantes da Administração Pública em sentido 
subjetivo, formal ou orgânico 
• Todos os entes federativos (União, Estados, DF e 
Municípios) podem ter sua administração indireta 
• Os poderes, em tese, das administração direta 
também podem ter sua própria administração indireta 
• Autonomia administrativa e financeira, mas não 
política (não legislam) 
• Todas são controladas, mas não há subordinação! 
 
• Patrimônio e personalidade próprios 
• Princípio da reserva legal para criar, extinguir 
essas entidades, bem como criar subsidiárias 
(pode haver autorização genérica na própria lei 
criadora) 
• Todas devem realizar licitação 
• Todas devem fazer concurso público 
• Todas são controladas pelo respectivo Tribunal 
de Contas 
AUTARQUIAS 
• Bens impenhoráveis 
• Prazo em dobro para contestar e recorrer 
• Regime dos trabalhadores: estatutário 
• Não exploram atividade econômica 
• Prestam serviço público tipicamente estatal (ex: exercício 
do poder de polícia pelas agências reguladoras) 
• Tem várias espécies que sempre aparecem em prova 
 Agências reguladoras 
 Conselhos profissionais 
 Agências executivas – essa tb pode ser fundação, não 
esquece!! 
 Consórcios públicos 
 Universidades federais 
 Territórios federais 
FUNDAÇÕES 
• Personalidade jurídica de direito público (fundações 
autárquicas) ou privado (conforme o texto da CF) 
• Prazo em dobro para contestar e recorrer 
• Bens impenhoráveis 
• Não tem finalidade lucrativa 
• Executam tarefas de interesse estatal e que não 
precisam ser executadas diretamente pela 
administração 
• Podem ser qualificadas como agências executivas 
EMPRESAS ESTATAIS 
• Sociedades de economia mista + empresas 
públicas 
• Prestam serviço público não exclusivo do estado 
• Se exploram atividade econômica, obedecem ao 
binômio relevante interesse coletivo ou imperativo 
de segurança nacional 
• CLT 
• Tratamento diferenciado conforme a finalidade 
(serviço público ou atividade econômica) 
 
EMPRESAS PÚBLICAS 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
Podem adotar qualquer forma 
permitida pelo direito 
Só podem adotar a forma de 
Sociedade Anônima 
Capital PÚBLICO Capital PÚBLICO E PRIVADO 
Capital exclusivo da União – 
admite participação de outras 
pessoas jurídicas da 
administração direta ou 
indireta – mesmo que pessoas 
de direito privado, vg: SEM 
 
Controle majoritário da União 
ou de entidade da 
Administração Indireta

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