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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO • Conjunto de regras e princípios denotativos do Direito Administrativo, responsáveis por colocar a Administração Pública em uma posição privilegiada, vertical em relação aos particulares • Di Pietro: regime jurídico da Administração (art. 173, §1º, II) • Regime jurídico administrativo = prerrogativas (supremacia do interesse público) + sujeições (indisponibilidade do interesse público). São as pedras de toque do regime jurídico administrativo OS PRINCÍPIOS DO ART. 37, CF, APLICAM-SE À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA LEGALIDADE • Legalidade: particular • Estrita legalidade: administração • Para a administração, há o dever também de obediência aos atos normativos secundários (decretos, regulamentos, portarias, etc) IMPESSOALIDADE • Desdobra-se em 5 significados: 1.Finalidade (sentido amplo e sentido estrito) 2.Igualdade/isonomia 3.Vedação da promoção pessoal (art. 37, §1º, CF) 4.Impedimento e suspeição 5.Imputação volitiva • ADI 307/CE: pessoa viva e logradouros públicos 1.Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Advogado (HUJB – UFCG) Um profissional foi irregularmente empossado no cargo público de advogado da Prefeitura de Cajazeiras, tendo praticado diversos atos em nome da administração e no interesse público. Após a constatação da irregularidade, por processo administrativo regular, a Prefeitura Municipal afastou o servidor, mas reconheceu como válido todos os atos praticados por ele, tendo aplicado como justificativa para tal, o princípio da: a) celeridade. b) eficiência. c) presunção da veracidade dos atos. d) moralidade administrativa. e) impessoalidade GABARITO: E JURISPRUDÊNCIA EM TESES STJ EDIÇÃO N. 09: CONCURSOS PÚBLICOS - I 1) A banca examinadora pode exigir conhecimento sobre legislação superveniente à publicação do edital, desde que vinculada às matérias nele previstas. 2) O Poder Judiciário não analisa critérios de formulação e correção de provas em concursos públicos, salvo nos casos de ilegalidade ou inobservância das regras do edital. 13) O candidato não pode ser eliminado de concurso público, na fase de investigação social, em virtude da existência de termo circunstanciado, inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado ou extinta pela prescrição da pretensão punitiva. 14) O entendimento de que o candidato não pode ser eliminado de concurso público, na fase de investigação social, em virtude da existência de termo circunstanciado, inquérito policial ou ação penal sem trânsito em julgado ou extinta pela prescrição da pretensão punitiva não se aplica aos cargos cujos ocupantes agem stricto sensu em nome do Estado, como o de delegado de polícia. 15) O candidato não pode ser eliminado de concurso público, na fase de investigação social, em virtude da existência de registro em órgãos de proteção ao crédito. 16) O candidato pode ser eliminado de concurso público quando omitir informações relevantes na fase de investigação social. JURISPRUDÊNCIA EM TESES STJ EDIÇÃO N. 11: CONCURSOS PÚBLICOS - II 1) O candidato aprovado dentro do número de vagas previsto no edital tem direito subjetivo a ser nomeado no prazo de validade do concurso. 2) A desistência de candidatos convocados, dentro do prazo de validade do concurso, gera direito subjetivo à nomeação para os seguintes, observada a ordem de classificação e a quantidade de vagas disponibilizadas. 3) A abertura de novo concurso, enquanto vigente a validade do certame anterior, confere direito líquido e certo a eventuais candidatos cuja classificação seja alcançada pela divulgação das novas vagas. 4) O candidato aprovado fora do número de vagas previsto no edital possui mera expectativa de direito à nomeação, que se convola em direito subjetivo caso haja preterição na convocação, observada a ordem classificatória. 5) A simples requisição ou a cessão de servidores públicos não é suficiente para transformar a expectativa de direito do candidato aprovado fora do número de vagas em direito subjetivo à nomeação, porquanto imprescindível a comprovação da existência de cargos vagos. 7) Não ocorre preterição na ordem classificatória quando a convocação para próxima fase ou a nomeação de candidatos com posição inferior se dá por força de cumprimento de ordem judicial. 8) A surdez unilateral não autoriza o candidato a concorrer às vagas reservadas às pessoas com deficiência. Súmula 377-STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Súmula 45- AGU: Os benefícios inerentes à Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência devem ser estendidos ao portador de visão monocular, que possui direito de concorrer, em concurso público, à vaga reservada aos deficientes. Surdez unilateral: NÃO é considerada deficiência para fins de concurso público Cegueira unilateral: É considerada deficiência para fins de concurso público. 9) Deverão ser reservadas, no mínimo, 5% das vagas ofertadas em concurso público às pessoas com deficiência e, caso a aplicação do referido percentual resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o primeiro número inteiro subsequente, desde que respeitado o limite máximo de 20% das vagas ofertadas, conforme art. 37, §§ 1º e 2º, do Decreto n. 3.298/99, e art. 5º, §2º, da Lei n. 8.112/90. 11) A nomeação ou a convocação para determinada fase de concurso público após considerável lapso temporal entre uma fase e outra, sem a notificação pessoal do interessado, viola os princípios da publicidade e da razoabilidade, não sendo suficiente a publicação no Diário Oficial. 12) Não se aplica a teoria do fato consumado na hipótese em que o candidato toma posse em virtude de decisão liminar, salvo situações fáticas excepcionais. 14) É legítimo estabelecer no edital de concurso público limite de candidatos que serão convocados para as próximas etapas do certame (Cláusula de Barreira). 15) O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. (Súmula n. 266/STJ) 16) Nos concursos públicos para ingresso na Magistratura ou no Ministério Público a comprovação dos requisitos exigidos deve ser feita na inscrição definitiva e não na posse. ATENÇÃO: Limitação de idade Psicotécnico Teste de aptidão física Não estão no âmbito da discricionariedade administrativa! São exigências que o edital deve prever quando houver previsão legal!! GRAVIDEZ E TAF • STF: não pode haver remarcação • STJ: é possível remarcação MORALIDADE • Moral, bons costumes, boa administração, princípios de justiça, equidade, etc • Exemplo: sanções de improbidade, ação popular para anular atos lesivos à moralidade administrativa • Súmula Vinculante nº 13: a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. • Cargos políticos: inicialmente, mitigou-se a aplicação da súmula. Atualmente, a análise deve ser casuística, caracterizando-se nepotismo quando não houver aptidão técnica ou houver troca de favores (RCL 7.590/PR; RCL 17.102/SP) • Informativo 815, STF, 2016: não haverá nepotismo se a pessoa nomeada possui um parente no órgão, mas sem influência hierárquica sobre a nomeação • O ato imoral independe da intenção, basta o conteúdo• JURISPRUDÊNCIA • Não é devida a devolução de verba paga indevidamente a servidor em decorrência de erro operacional ou na interpretação da lei por parte da Administração Pública, quando se constata que o recebimento pelo beneficiado se deu de boa-fé. • Em suma: valores recebidos pelo servidor em decorrência de errônea interpretação da lei e em virtude de erro operacional estão sujeitos ao mesmo tratamento. Assim, houve boa-fé do servidor, não se restitui; não houve boa-fé, deve- se restituir. • Info 579, STJ: Os herdeiros devem restituir os proventos que, por erro operacional da Administração Pública, continuaram sendo depositados em conta de servidor público após o seu falecimento. • Pelo princípio da saisine, com a morte, houve a transferência imediata da titularidade da conta bancária da falecida aos seus herdeiros e os valores que foram nela depositados (por erro) não tinham mais qualquer destinação alimentar. Logo, por não se estar diante de verbas de natureza alimentar, não é nem mesmo necessário analisar se os herdeiros estavam ou não de boa-fé ao sacar o dinheiro. A boa- fé aqui não importa. Os herdeiros têm o dever de restituir as quantias porque eles não possuem nenhum direito sobre as verbas Fonte: Dizer o Direito PUBLICIDADE • Duplo aspecto: Exigência de publicação em órgãos oficiais como requisito de eficácia (atos de efeitos gerais e externos ou que onerem o patrimônio público) Exigência de transparência na atuação administrativa • Informativo 782, STF, 2015: possibilidade de divulgação de vencimentos dos servidores com relação nominal • Informativo 576, STJ, 2015: possibilidade de monitoração de email corporativo CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PROVA FÍSICA. ALTERAÇÃO NO EDITAL. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PUBLICIDADE. 1. Alterações no edital do concurso para agente penitenciário, na parte que disciplinou o exercício abdominal, para sanar erro material, mediante uma "errata" publicada dias antes da realização da prova física no Diário Oficial do Estado. 2. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande circulação. A divulgação no Diário Oficial é suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. 3. A Administração pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e, no presente caso, garantiu aos candidatos prazo razoável para o conhecimento prévio do exercício a ser realizado. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 390939, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 16/08/2005, DJ 09-09-2005 PP-00059 EMENT VOL- 02204-03 PP-00485 RIP v. 7, n. 33, 2005, p. 123-125 LEXSTF v. 27, n. 322, 2005, p. 310-314 RNDJ v. 6, n. 72, 2005, p. 57-59) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA • Em relação ao modo de atuação do agente (ex: estabilidade e desempenho) • Modo de organização , estruturação e disciplina da administração pública (administração gerencial) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 1. Supremacia do interesse público 2. Indisponibilidade do interesse público 3. Razoabilidade 4. Proporcionalidade 5. Tutela 6. Autotutela 7. Motivação 8. Continuidade do serviço público 9. Contraditório 10. Ampla defesa 11. Especialidade 12. Segurança jurídica 2.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Belo Horizonte – MG Prova: Procurador Municipal Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos órgãos da administração pública. GABARITO: CERTO!! SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO • Presente na elaboração e na execução da lei • Aplicações: Atributos dos atos administrativos Cláusulas exorbitantes Poder de polícia Intervenção da propriedade 3.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Prova: Procurador do Município Acerca do direito administrativo, julgue o item que se segue. A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de energia elétrica sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado bairro, expressa a concepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá prerrogativas à administração para agir em prol da coletividade, ainda que contra os direitos individuais. GABARITO: CERTO • Refere-se às sujeições administrativas • Ex: licitação, concurso público • Está presente em TODAS as atuações do poder público • Poder-dever de agir • Inalienabilidade dos direitos concernentes a interesses públicos (ex: descentralização por delegação) INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO Razoabilidade e proporcionalidade • Limitações à discricionariedade administrativa • Razoabilidade: “homem médio” • Proporcionalidade: equilíbrio entre fins e meios • Essa análise pode ser feita pelo Judiciário, sem implicar invasão do mérito administrativo • São passíveis, pois, de anulação, os atos desproporcionais e desarrazoados Controle finalístico (tutela, supervisão ministerial ou vinculação) • TODAS AS ENTIDADES DA ADM INDIRETA SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA SUPERVISÃO MINISTERIAL Decorre de hierarquia Ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica Não há hierarquia Controle do ministério a que se vincule a entidade de adm indireta Independência de previsão legal Depende de previsão legal Incondicionada Condicionada AUTOTUTELA SÚMULA 473, STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 4.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: CGM de João Pessoa – PB Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2 e 3. Com relação aos princípios aplicáveis à administração pública e ao enriquecimento ilícito por agente público, julgue o item a seguir. Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos ilegais, independentemente de provocação. GABARITO: CERTO 5.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: Escrivão de Polícia. A conduta do agente público que busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor resultado, atende ao princípio da a) eficiência. b) legalidade. c) impessoalidade. d) moralidade. e) publicidade. GABARITO: A 6.Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: Escrivão de Polícia. O preenchimento de cargos públicos mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui expressão do princípio constitucional fundamental: a) federativo. b) da eficiência. c) da separação de poderes. d) do valor social do trabalho. e) republicano. GABARITO: E 7.Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Delegado de Polícia. Com base na jurisprudência majoritária do STF sobre os princípios da administração pública e do regime jurídico-administrativo, assinale a opção correta: a) Se houver repasse de verbas federais a município, a aplicação desses recursos pelo governo municipal não será objeto de fiscalização do órgão controlador federal, dado o princípio da autonomia dos entes federados. b) A alteração, por meio de portaria, das atribuições de cargo público não contraria direito líquido e certo do servidor público investido no cargo, diante da inexistência de direito adquirido a regime jurídico. c) A administração pública não pode, mediante ato próprio, desconsiderar a personalidade jurídica de empresa fiscalizada por tribunal de contas; a esse caso não se aplica a doutrina dos poderes implícitos. d) Segundo o STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios constitucionais explícitos, como os princípios da impessoalidade, da moralidade administrativa e da igualdade, não se exigindoa edição de lei formal para coibir a sua prática. e) De acordo com o princípio da eficiência, a administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos. Também pode anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, hipótese na qual devem ser respeitados os direitos adquiridos. GABARITO: D • Letra A: Incorreta • INFORMATIVO 610/STF. Município: recursos públicos federais e fiscalização pela CGU - 2 • A Controladoria-Geral da União - CGU tem atribuição para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos federais repassados, nos termos dos convênios, aos Municípios. (…). Asseverou-se, de início, que o art. 70 da CF estabelece que a fiscalização dos recursos públicos federais se opera em duas esferas: a do controle externo, pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União - TCU, e a do controle interno, pelo sistema de controle interno de cada Poder. (…). Ressaltou-se que a CGU poderia fiscalizar a aplicação de dinheiro da União onde quer que ele fosse aplicado, possuindo tal fiscalização caráter interno, porque exercida exclusivamente sobre verbas oriundas do orçamento do Executivo destinadas a repasse de entes federados (…). RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.11.2010. (RMS-25943) • Letra B: Incorreta • INFORMATIVO 611/STF. Cargo público: mudança de atribuições e lei formal. • A alteração de atribuições de cargo público somente pode ocorrer por intermédio de lei formal. • Letra C: Incorreta • Informativo 732, STF: No âmbito administrativo, a doutrina e a jurisprudência vêm firmando entendimento de ser viável a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica e a extensão de seus efeitos para afastar a possibilidade de uma empresa que tenha sido suspensa ou impedida de participar de licitação ou contratar com a Administração Pública, ou ainda, declarada inidônea, possa ter seus sócios integrando, direta ou indiretamente, outra pessoa jurídica que participe de licitação com o Poder Público. • Letra D: perfeita! • STF RE 579.951: a vedação do nepotismo não depende de lei formal para coibir a prática. Proibição que decorre diretamente dos princípios constitucionais contidos no art. 37. • Não se esqueçam!! O princípio da IMPESSOALIDADE desdobra-se em 4: 1. Finalidade (sentido amplo e sentido estrito) 2. Igualdade/isonomia 3. Vedação da promoção pessoal (art. 37, §1º, CF) 4. Teoria do órgão • Letra E: Errado! Essa tá mole • O examinador apenas trocou os conceitos • Revogação – atos inconvenientes e/ou inoportunos • Anulação: ilegalidade 8.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: MPE-RR Prova: Promotor de Justiça Substituto De acordo com o entendimento do STF, no que se refere à inscrição de candidatos que possuam tatuagens gravadas na pele, não havendo lei que disponha sobre o tema, os editais de concursos públicos a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas tatuagens violem valores constitucionais. b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e conduta atentatória à moral e aos bons costumes. c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da função pública. d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar. GABARITO: A 9.Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: Câmara de Belo Horizonte – MG Prova: Coordenador do Processo Legislativo. O agente público tem uma relação de subordinação com a Lei, vez que as regras legais caracterizam limitações para a própria Administração Pública. No âmbito da Administração Pública, a ausência de normatização permissiva específica sobre determinada situação importa em um comando negativo, uma proibição do agir. O trecho anterior destacado corresponde ao Princípio da: a) Eficiência. b) Legalidade. c) Publicidade. d) Moralidade. GABARITO: B ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Administração Direta e Indireta INTRODUÇÃO • Hoje falaremos, basicamente, a respeito da administração indireta! • A administração indireta é formada por um conjunto de pessoas jurídicas criadas pela administração indireta com o fito de auxiliar na consecução do interesse público! • Essas pessoas são formadas por um fenômeno denominado descentralização! Correlato a ele, existe também a desconcentração • Então, antes de estudarmos a estrutura da administração indireta, estudaremos esses dois institutos! Centralização e Descentralização • Centralização: o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio de órgãos e agentes administrativos. Exemplo: ministérios, Presidente da República, secretarias, etc Desconcentração: distribuição de competência no âmbito de um mesmo ente – não há outra pessoa jurídica envolvida, mas sim ÓRGÃOS Nenhum órgão possui personalidade jurídica própria, por mais relevantes que sejam as atribuições exercidas “Centralização desconcentrada” • Lembram-se da nossa primeira aula, quando conversamos a respeito do princípio da eficiência, e invocamos o modelo de administração pública gerencial? • Então! A desconcentração é um instituto típico desse modelo administrativo, pois a eficiência depende (dentre muitas outras coisas, é claro) da distribuição de funções para a melhor execução delas! • Tanto as pessoas políticas (administração direta) quanto as pessoas administrativas (administração indireta) podem realizar a desconcentração, criando seus próprios órgãos Mesma pessoa jurídica Órgãos Exercício direto Secretarias, Ministérios Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/10523610/ 10.Ano: 2017 Banca: IDECAN Órgão: SEJUC-RN Prova: Agente Penitenciário. Tendo em vista a organização administrativa da União, analise as disposições a seguir. I. Não possuem personalidade jurídica. II. São resultado da desconcentração administrativa. III. Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram. IV. Integram a estrutura de uma pessoa política, no caso dos órgãos da administração indireta ou de uma pessoa jurídica administrativa, no caso dos órgãos da administração direta. São características dos órgãos públicos apenas as disposições a) I e II. b) I e III. c) I, II e III. d) II, III e IV. • Gabarito: C • Percebam que o erro do item IV foi trocar os conceitos: ora, os órgãos de uma pessoa política integram a administração direta, e os das pessoas administrativas fazem parte da administração indireta! 11.Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE- RJ Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa Quanto aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar que: a) Têm personalidade jurídica e vontade própria. b) Tribunais Judiciários e Juízes Singulares, Ministério Público são órgãos independentes. c) São centros de competências instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. d) Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica. GABARITO: A Ente estatal transfere o exercício (às vezes, também a titularidade) da atividade administrativa Pessoa jurídica DIVERSA do ente político executará a atividade OUTORGA (POR SERVIÇOS, FUNCIONAL OU TÉCNICA) DELEGAÇÃO (POR COLABORAÇÃO) TERRITORIAL 12.CESPE – 2013 – TRE-MS – Técnico Judiciário – Área Administrativa A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional 13.CESPE – 2013 – TJDFT –AnalistaJudiciário – Execução de Mandados Os termos concentração e centralização estão relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro para a periferia, ao passo que desconcentração e descentralização associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro. • A primeira questão está CORRETA! Na centralização, as tarefas ficam concentradas na mesma pessoa jurídica, que as exercem por meio de seus órgãos e agentes • A segunda questão está INCORRETA! Os conceitos estão invertidos! 14.Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRE-RJ Prova: Técnico Judiciário Estudar administração direta e indireta significa tratar da centralização e descentralização, da concentração e desconcentração. Acerca desses temas, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. a) São formas de desconcentração, a criação de Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. b) A descentralização ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. É o que ocorre com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei nº 200/67. A relação aqui existente é hierárquica ou de subordinação. c) Quando uma pessoa jurídica de direito público divide as funções de sua competência entre os seus órgãos, componentes de sua estrutura, dá-se o fenômeno da desconcentração. É o que ocorre com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei nº 200/67. A relação aqui existente entre os diversos órgãos é hierárquica ou de subordinação. d) Na descentralização, a relação é hierárquica, de subordinação. É o que ocorre com a Administração Indireta da União tratada no Art. 4º, II, do Decreto-Lei nº 200/67. Nela, funções de uma pessoa jurídica de direito público são atribuídas a outras pessoas jurídicas. A pessoa jurídica outorgante ou delegatária de competência mantém posição hierarquicamente superior à outorgada/delegada. GABARITO: C PESSOA ADMINISTRATIVA FORMAÇÃO PERSONALIDADE Autarquia Criada por lei específica Direito Público Fundação Pública Criada por lei específica Autorizada por lei específica (CF) Direito Público Direito Privado (CF) Empresa Pública Autorizada por lei específica Direito Privado Sociedade de economia mista Autorizada por lei específica Direito Privado PESSOA ADMINISTRATIVA FINALIDADE Autarquia Executar atividade típica da Administração Fundação Pública Atividades estatais não exclusivas, sem finalidade lucrativa Empresa Pública Explorar atividade econômica ou prestar serviço público Sociedade de economia mista Explorar atividade econômica ou prestar serviço público 15.Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: PC-SC Prova: Escrivão de Polícia Civil A respeito das entidades integrantes da administração pública indireta, as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, sem caráter econômico, para desempenho de funções próprias e típicas de Estado, são denominadas: a) Autarquias. b) Empresas públicas. c) Fundações públicas. d) Organizações sociais. e) Sociedades de economia mista. GABARITO: A CONCEITO: ADMINISTRAÇÃO INDIRETA • Conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva administração direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de forma descentralizada • São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, que visam a realizar atividades estatais de forma descentralizada • Todas as entidades federativas (União, Estados, DF e Municípios) podem ter a sua administração indireta • Art. 37, CF: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...) O art. 37 a CF chancela a possibilidade de existência de entidades da Adm indireta em quaisquer dos Poderes da União (incluindo Legislativo e Judiciário) • Art. 37, XIX, CF: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. • Autonomia administrativa e financeira, mas não política (não legislam) • Patrimônio e personalidade próprios • Princípio da especialidade: são criadas para fins específicos, que não podem ser mudados pela própria entidade • Princípio da reserva legal: Criação e extinção (princípio da simetria) • Criação de pessoas jurídicas subsidiárias (também dispensável lei específica, basta a lei). • É possível autorização legislativa genérica na própria lei que criar ou que autorizar a criação da pessoa administrativa matriz (ADI 1.649/DF) CARACTERÍSTICAS COMUNS EXEMPLO DE SUBSIDIÁRIA A LIQUIGÁS É SUBSDIÁRIA DA PETROBRÁS! • Vedações constitucionais de acumulação de cargos públicos • Ingresso nos quadros: concurso público • Devem ser criadas com finalidade específica (princípio da especialidade) • Responsabilidade objetiva: Pessoas da adm indireta de direito público As de direito privado, quando prestem serviço público • As AUTARQUIAS E FUNDAÇÃO PÚLICAS tem prazo em dobro para contestar e recorrer • Nenhuma está sujeita à falência Controle finalístico (tutela, supervisão ministerial ou vinculação) • TODAS AS ENTIDADES DA ADM INDIRETA SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA SUPERVISÃO MINISTERIAL Decorre de hierarquia Ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica Não há hierarquia Controle do ministério a que se vincule a entidade de adm indireta Independência de previsão legal Depende de previsão legal Incondicionada Condicionada CHEFE DO EXECUTIVO + APROVAÇÃO DO SENADO CHEFE DO EXECUTIVO TODAS AS ENTIDADES DA ADM INDIRETA* AGÊNCIAS REGULADORAS Livre nomeação e exoneração Mandato fixo NOMEAÇÃO DE DIRIGENTES • É constitucional lei estadual que condiciona a nomeação dos dirigentes de autarquias e fundações à prévia aprovação da Assembleia Legislativa (Info 755, STF, 2014) • É inconstitucional exigir aprovação da ALE se os dirigentes forem de Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista. Será constitucional se se tratar de agência reguladora (Info 755, STF, 2014) • É inconstitucional a lei estadual que estabelece que os dirigentes agência reguladora só poderão ser destituídos de seus cargos por decisão exclusiva da ALE, sem qualquer participação do Governador – há violação à separação de poderes (Info 759, STF, 2014) AUTARQUIAS • Pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica e extinta por lei • Finalidade: executar atividades típicas da Administração Pública • Personalidade, patrimônio e receita próprios • Regimejurídico estatutário • Submetem-se às regras de licitação • Autonomia administrativa • Transferem-se a execução e a titularidade do serviço público • Não possuem autonomia política • Autarquias federais – competência para julgamento das causas envolvendo tais entes é da Justiça Federal • Prazo em dobro para recorrer e para contestar • Finalidade: prestação de serviço público específico (princípio da especialidade) • Serviço público tipicamente estatal: Não pode ser prestado por entidades privadas Deve-se obrigatoriamente constituir autarquia • Toda prestação de serviço tipicamente estatal de forma descentralizada é prestada por Autarquia • Nem toda Autarquia, entretanto, presta serviço público típico. Ex: Universidades Federais • Entidades de classe ( CREA, CRM): natureza jurídica de autarquia corporativista OAB: é PJ de direito público com natureza sui generis (entidade privada + autarquia) STF: RE 595332/2016 tratou OAB como autarquia corporativista • ATENÇÃO: Autarquias não podem explorar atividade econômica Imunidade de impostos (sobre o patrimônio, renda ou serviços) vinculados às finalidades essenciais ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS AGÊNCIAS REGULADORAS AUTARQUIAS ESPECIAIS Regulamentação de um serviço público realizado por particular. Ex: ANP, ANATEL Pessoa derivada da formação de um consórcio; é uma autarquia especial Agências reguladoras • Agências reguladoras: privatizações da década de 90 • Poder de polícia • Autarquias em regime especial – mais autonomia e independência • Dirigentes com mandato fixo • Os conselheiros ou diretores das agências só perdem o mandato em caso de: renúncia; condenação judicial transitada em julgado; processo administrativo disciplinar; e outras condições previstas na lei que criar a agência. • QUARENTENA: período de QUATRO MESES em que o ex-dirigente fica impedido de exercer atividade ou prestar serviços no setor regulado pela agência em que trabalhava. • Tal período tem por termo inicial a exoneração ou a perda do mandato • Se o dirigente descumpre a quarentena: incorre no crime de ADVOCACIA ADMINISTRATIVA , conforme dispõe o art. 8º, Lei 9.986/2000 • Recurso hierárquico impróprio: decisão da agência foge das finalidades da entidade ou que esteja inadequada às políticas públicas definidas para o setor AGÊNCIAS EXECUTIVAS • Qualificação/status conferido a uma autarquia ou fundação pública que apresente um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, por meio da celebração de um contrato de gestão com o Poder Público. É um “selo” conferido pelo Poder Público, por decreto presidencial • Finalidade: melhoria da eficiência e redução dos custos • Exemplo: Inmetro PATRIMÔNIO PÚBLICO “dotação patrimonial” Dotado de personalidade jurídica Criado por lei específica Autorizado por lei específica + registro civil de PJ’s FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO FUNDAÇÕES PÚBLICAS 16.Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Assistente em administração No que diz respeito à administração pública federal, sua estrutura, características e descrição, julgue o item. As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta. • A questão está INCORRETA! • Muito cuidado com esse exercício maldoso: as fundações PÚBLICAS pertencem à administração indireta, e elas poderão ter PERSONALIDADE JURÍDICA de direito privado ou de direito público! • As fundações PRIVADAS não pertencem à administração indireta! São entidades pertencentes ao TERCEIRO SETOR: entidades privadas sem finalidades lucrativas! FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO • É criação da doutrina e da jurisprudência! • Impenhorabilidade dos bens • Pagamento dos débitos por precatório • Sem finalidade lucrativa • Imunidade de impostos (sobre o patrimônio, renda ou serviços) vinculados às finalidades essenciais – tanto para as de direito privado, quanto para as de direito público • Realizam atividades de interesse público • Regras de licitação • Supervisão ministerial/controle finalístico • Fundações públicas de direito público: doutrina majoritária classifica como uma espécie do gênero autarquia • Fundações públicas de direito privado: mesmo regime das empresas estatais, a seguir estudadas Também gozam da impenhorabilidade dos bens (STF) Também gozam de imunidade tributária supramencionada (STF + art. 150, §2º, CF) 17.Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Investigador. No que se refere à organização da Administração Publica Direta e Indireta, assinale a alternativa correta. a) Conselhos que controlam as profissões possuem a natureza jurídica de empresas públicas. b) As estatais possuem prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. c) Há um controle pela Administração Direta, nas entidades da Administração Indireta, denominado controle hierárquico. d) Estatal lucrativa não está sujeita ao teto máximo de remuneração dos ministros do STF, ao se manter com os seus próprios recursos, sem orçamento do ente federativo criador. e) Não se concebe à autarquia o mesmo tratamento dos entes da federação em matéria de privilégio fiscal. • A: incorreta. A natureza é de autarquia • B: incorreta. Art. 183, NCPC – o prazo é em DOBRO, tanto para contestar, quanto para recorrer • C: incorreta. O controle não é hierárquico, pois não há subordinação. Trata-se de controle por vinculação • E: incorreta. Há imunidade recíproca sobre os impostos! • D: correta! O teto remuneratório constitucional encontra-se previsto no art. 37, XI, CF. O §9º do mesmo artigo aduz: O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. • Autorizadas por lei específica • Extintas também por lei autorizadora • Pessoas Jurídicas de Direito Privado • Quando exploram atividade econômica, diz-se que há uma atividade do poder público chamada de intervenção. • Princípio da subsidiariedade cabe ao Poder Público, enquanto agente regulador, atuar na ordem econômica apenas de forma subsidiária à iniciativa privada. Assim, a intervenção somente será cabível em casos expressamente previstos na Constituição. Empresas estatais Sociedades de economia mista Empresas públicas • Finalidade Prestação de serviço público não tipicamente estatal (art. 175, CF) Exploração de atividade econômica – indispensável à segurança nacional ou a relevante interesse público (art. 173, CF) Apesar dessa diferenciação, quaisquer que sejam as atividades desenvolvidas, às empresas estatais aplicar-se-ão os ditames da lei 13.303/2016 • CLT – legislação trabalhista • Indispensabilidade de concurso público • Supervisão ministerial • Submetem-se ao controle do TCU (STF, Info 408, 2005) e do Congresso Nacional (art. 49, X, CF) • Aplicam-se as regras de cumulação remunerada de cargos públicos • Devem observar os princípios da Administração Pública (art. 37, CF) CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS EMPRESAS ESTATAIS • As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado (art. 173, §2º, CF) • Falência: as regras da lei 11.101/05 não sem aplicam às empresas estatais • Devem observar as regras de licitação e contratação do poder público • As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica atuam com predomínio das regras de direito privado, porquanto o art. 173, § 1º, II, da CF, estabelece que o estatutodessas entidades se sujeita ao regime jurídico próprio das empresas privadas • Essas entidades só se submetem às regras de direito público quando a Constituição assim o determine, expressa ou implicitamente. Trata- se de um regime híbrido • Quando as empresas estatais prestarem serviço público, haverá a predominância de regras de direito público • Exemplo 1: o Supremo Tribunal Federal vem apresentando entendimento de que a imunidade tributária recíproca aplica-se às empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos • Exemplo 2: Os bens das empresas públicas e sociedades de economia mista são bens privados. Porém, no caso das prestadoras de serviço público, os bens diretamente relacionados à prestação do serviço gozam dos mesmos atributos dos bens públicos (impenhorabilidade e regime de precatórios) • IMPORTANTÍSSIMO: Sociedade de Economia Mista deve ter forma de SOCIEDADE ANÔNIMA (DL 200/67) Empresa Pública: qualquer forma societária • Entidade estatal lucrativa não está sujeita ao teto máximo de remuneração dos ministros do STF, ao se manter com os seus próprios recursos, sem orçamento do ente federativo criador • Quando prestam serviço público, haverá responsabilidade civil objetiva • Se exploram atividade econômica: responsabilidade subjetiva EMPRESAS ESTATAIS: DIFERENÇAS CONFORME A FINALIDADE EXPLORAM ATIVIDADE ECONÔMICA PRESTAM SERVIÇOS PÚBLICOS Bens penhoráveis Bens impenhoráveis Não se submetem aos precatórios Aplica-se o regime de precatórios Não gozam de imunidade tributária recíproca Há o privilégio fiscal da imunidade tributária recíproca Responsabilidade subjetiva Responsabilidade objetiva Regime jurídico parcialmente privado, com derrogações de direito público Regime jurídico administrativo EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Podem adotar qualquer forma permitida pelo direito Só podem adotar a forma de Sociedade Anônima Haverá divisão do capital em ações Capital PÚBLICO Capital PÚBLICO E PRIVADO Capital exclusivo da adm direta – admite participação de outras pessoas jurídicas da administração direta ou indireta – mesmo que pessoas de direito privado, vg: SEM Controle majoritário de entidade da adm direta ou de entidade da Administração Indireta 18.Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: Técnico Judiciário – Área Administrativa Assinale a opção correta no que tange às entidades públicas em espécie e à administração direta e indireta. a) As fundações públicas são entidades integrantes da administração indireta, sendo dotadas exclusivamente de personalidade jurídica de direito público. b) Criada por força de autorização legal como instrumento de ação do Estado, uma empresa pública federal é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica de direito público. c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias sob regime especial criadas com a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades econômicas. d) As sociedades de economia mista são submetidas a regras especiais, sendo constituídas sob a forma de sociedades anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas com direito a voto devem pertencer, em sua maioria, ao ente federativo. e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração direta federal, são instrumentos de ação do Estado, logo, são entidades voltadas à busca de interesse público. GABARITO: C RESUMINDO... • CENTRALIZAÇÃO: exercício das atividades no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. É um movimento centrípeto • DESCENTRALIZAÇÃO: relação entre pessoas jurídicas. É um movimento centrífugo. • Pode ocorrer de três formas: 1. Outorga (descentralização por serviços) 2. Delegação (descentralização por colaboração) 3. Territorial (criação de territórios federais) PESSOA ADMINISTRATIVA FORMAÇÃO PERSONALIDADE Autarquia Criada por lei específica Direito Público Fundação Pública Criada por lei específica Autorizada por lei específica (CF) Direito Público Direito Privado (CF) Empresa Pública Autorizada por lei específica Direito Privado Sociedade de economia mista Autorizada por lei específica Direito Privado PESSOA ADMINISTRATIVA FINALIDADE Autarquia Executar atividade típica da Administração Fundação Pública Atividades estatais não exclusivas, sem finalidade lucrativa Empresa Pública Explorar atividade econômica ou prestar serviço público Sociedade de economia mista Explorar atividade econômica ou prestar serviço público Características da Administração Indireta • Pessoas jurídicas administrativas resultantes de descentralização por outorga (por serviços) • São integrantes da Administração Pública em sentido subjetivo, formal ou orgânico • Todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) podem ter sua administração indireta • Os poderes, em tese, das administração direta também podem ter sua própria administração indireta • Autonomia administrativa e financeira, mas não política (não legislam) • Todas são controladas, mas não há subordinação! • Patrimônio e personalidade próprios • Princípio da reserva legal para criar, extinguir essas entidades, bem como criar subsidiárias (pode haver autorização genérica na própria lei criadora) • Todas devem realizar licitação • Todas devem fazer concurso público • Todas são controladas pelo respectivo Tribunal de Contas AUTARQUIAS • Bens impenhoráveis • Prazo em dobro para contestar e recorrer • Regime dos trabalhadores: estatutário • Não exploram atividade econômica • Prestam serviço público tipicamente estatal (ex: exercício do poder de polícia pelas agências reguladoras) • Tem várias espécies que sempre aparecem em prova Agências reguladoras Conselhos profissionais Agências executivas – essa tb pode ser fundação, não esquece!! Consórcios públicos Universidades federais Territórios federais FUNDAÇÕES • Personalidade jurídica de direito público (fundações autárquicas) ou privado (conforme o texto da CF) • Prazo em dobro para contestar e recorrer • Bens impenhoráveis • Não tem finalidade lucrativa • Executam tarefas de interesse estatal e que não precisam ser executadas diretamente pela administração • Podem ser qualificadas como agências executivas EMPRESAS ESTATAIS • Sociedades de economia mista + empresas públicas • Prestam serviço público não exclusivo do estado • Se exploram atividade econômica, obedecem ao binômio relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional • CLT • Tratamento diferenciado conforme a finalidade (serviço público ou atividade econômica) EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Podem adotar qualquer forma permitida pelo direito Só podem adotar a forma de Sociedade Anônima Capital PÚBLICO Capital PÚBLICO E PRIVADO Capital exclusivo da União – admite participação de outras pessoas jurídicas da administração direta ou indireta – mesmo que pessoas de direito privado, vg: SEM Controle majoritário da União ou de entidade da Administração Indireta
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