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Aula 1 - Introdução a Farmácia Magistral 2019

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Introdução a 
Farmacotécnica e 
Farmácia Magistral
MSc. José Vitor Ferreira Alves
Diferencie
• Fármaco
• Droga
• Medicamento
• Remédio
• Placebo
O Medicamento
• Qual a composição do medicamento abaixo?
• 750 mg de Paracetamol
– Algo mais?
• Qual a função disso?
– É isso que iremos estudar em
Farmacotécnica.
Farmacotécnica
• Ramo da farmácia que tem como objeto a
manipulação dos princípios ativos e a preparação
do fármaco para a fabricação de medicamentos.
• Nessa área estuda-se:
– O desenvolvimento de novos produtos e sua relação com o
meio biológico,
– Técnicas de manipulação,
– Doses,
– As formas farmacêuticas,
– As interações físicas e químicas entre os princípios ativos e
entre os princípios ativos e os excipientes e veículos.
HISTÓRICO
Histórico
• Primeiro documento farmacêutico data de 3000 a.C.
• China: 600 a.C – Preparava-se remédios extraídos de
plantas.
• Grécia: 800 a.C. – Utiliza o termo Pharmakon. Origem da
palavra farmácia que conota ao termo veneno, remédio,
cosmético.
• Egito: 400 d.C – Utilizava sais de chumbo, cobre e
unguentos feitos com gordura animal.
Histórico
• Dioscórides (90 d.C): Médico e Botânico. Foi o primeiro a tratar a
botânica como uma ciência aplicada a Farmácia
(Farmacognosia).
• Galeno (Século I): Médico e Farmacêutico. Descreveu diversas
drogas naturais, juntamente com métodos de manipula-las – Pai
da Farmácia Magistral (Farmácia Galênica)
– Formulação mais famosa – “Cold Cream” (Cerato Galênico) Utilizado
até hoje.
• Século X: Surge a figura do Boticário
• A farmácia seguiu atrelada a medicina ate 1240 d.C, quando foi
oficialmente separada.
Histórico
• Surgem as primeiras “Farmacopeias”
– Grego pharmakon (Farmáco) e poiein (fazer).
– Código Farmacêutico Oficial inscrito com a finalidade
de regulamentar e imprimir rigor científico e
uniformidade às práticas farmacêuticas, selecionando
técnicas e métodos que sirvam de normal legal à
preparação, caracterização, ensaio e dosagem das
matérias primas empregadas e dos produtos
acabados.
Histórico - Brasil
• A manipulação no Brasil reduziu-se
consideravelmente, ate seu completo
desaparecimento na década de 30 a 60.
– Surgimento da indústria farmacêutica.
• Na década de 70, ressurgiram os farmacêuticos, que
resgataram a arte de preparar medicamentos
magistrais.
• A farmácia magistral representa hoje um grande
campo de mercado para o profissional farmacêutico.
Farmácia Galênica
• A designação de Farmácia Galênica foi introduzida no
século XVI e o conceito exprimia: “a Farmácia dos
medicamentos complexos”, que se pretendeu opor à
Farmácia Química, que se ocupava da preparação
dos medicamentos contendo substâncias
quimicamente definidas.
• Atualmente, à Farmácia Galênica compete a
transformação de todas as substâncias
medicamentosas em medicamentos, quer aquelas
sejam de natureza complexa, quer constituídas por
produtos químicos naturais ou sintéticos
perfeitamente definidos.
Farmacopéias - Monografias
• 1820 - USP - United States Pharmacopeia
• 1864 - BP - British Pharmacopeia
• 1888 - NF - National Formulary (NF)
• 1843 - HPUS – Homeopathic Pharmacopeia of the United
States
• 1951 - IP – International Pharmacopeia
• Cada pais adota uma farmacopeia ou cria a sua.
– Ex. Farmacopeia Brasileira e a Farmacopeia Mexicana
Todas as farmacopeias possuem versões atualizadas
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Regulamentação e Controle de Medicamentos
• Estados Unidos – FDA (Food and Drug Administration).
• Brasil – ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância
Sanitária)
– Competências:
• Estabelecer políticas e padrões, publicar recomendações e promulgar e
executar as normas regulamentares que regem as industrias e seus
produtos.
• Monitorar a adesão à legislação por meio da solicitação de relatórios,
amostragem e a realização de analises dos produtos e de inspeções.
• Estabelecer as exigências para rotulagem, divulgar informações sobre o
uso e a segurança do produto, publicar precauções quanto ao seu uso e
orientar sobre a nova solicitação de registro
• Agir como guardião do governo para tornar novos medicamentos, ensaios
laboratoriais e dispositivos médicos seguros e efetivos, por meio de um
processo cuidadoso de petição e avaliação. Retirar produtos do mercado
caso apresentem alguma ameaça ou possível ameaça ao consumidor.
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Conceitos e Definições
• Fármaco:
– Substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima
empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou
estados patológicos em benefício da pessoa a qual se administra o
medicamento.
• Medicamento:
– Produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, que contém
um ou mais fármacos juntamente com outras substâncias, com a
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
• Medicamento magistral:
– Medicamento preparado na farmácia cuja prescrição estabelece a
composição, a forma farmacêutica e a posologia.
• Medicamento oficinal:
– Medicamento preparado na farmácia ou industrializado, cuja fórmula
está descrita nos compêndios oficiais (farmacopeias, formulários).
Conceitos e Definições
• Especialidade farmacêutica:
– Registradas no Ministério da Saúde e produzidas em escala industrial.
• Dose:
– Quantidade de fármaco suficiente (mínima) para produzir efeito terapêutico
ideal.
• Posologia:
– Frequência com que uma dose é administrada para manter níveis
plasmáticos terapêuticos.
• Princípio Terapêutico:
– Existem medicamentos alopáticos e homeopáticos e Fitoterápicos.
• Ação:
– Sistêmica ou local.
• Uso:
– Interno ou externo.
FORMAS FARMACÊUTICAS
Formas Farmacêuticas
Fármaco Excipientes
Veículos Adj. Farmacotécnicos
Forma Farmacêutica
Formas Farmacêuticas
• Líquido → Soluções
– Orais, Injetáveis, Cólirios,
Tinturas, Elixires, etc.
• Líquido → Xaropes
Formas Farmacêuticas
• Líquido → Suspensões 
(Sistema Disperso)
• Semissólido → Emulsões 
(Sistema Disperso)
Formas Farmacêuticas
• Semissólidos
– Géis (Sistema Disperso)
• Semissólidos
– Pastas
Formas Farmacêuticas
• Semissólidos
– Pomadas
• Semissólidos
– Supositórios, Óvulos e Velas
Formas Farmacêuticas
• Sólidos
– Cápsula
– Capsula Gelatinosa
• Sólidos
– Drágea
Formas Farmacêuticas
• Sólidos
– Comprimidos
– Comprimidos Sublinguais
– Comprimidos Efervescentes
– Comprimidos Mastigáveis
– Comprimidos de Liberação Modificada
A Necessidade de Formas 
Farmacêuticas
1. Baixa Dosagem (ex. Finasterida 01 mg, Etinilestradiol 0,05mg).
2. Proteção do Fármaco (Oxigênio atmosférico, umidade).
3. Proteção contra o Suco Gástrico.
4. Ocultar sabor amargo, salgado ou repugnante. Ocultar Odor.
5. Obter preparações líquidas de substâncias insolúveis no veículo.
(Suspensões).
6. Obter formas farmacêuticas líquidas límpidas (Xaropes, Soluções).
7. Permitir ação controlada do Fármaco (Sistema de Liberação
Controlada).
8. Proporcionar a ação ótima do fármaco a partir do local de administração
tópica.
9. Proporcionar a inserção do fármaco em um orifício do corpo.
10. Proporcionar a colocação do fármaco diretamente na circulação
sanguínea ou nos tecidos corporais (injetáveis)
11. Proporcionar a ação adequada do fármaco por meio da terapia inalatória
(inalantes e aerosóis)
VIA DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
Absorção de um Fármaco
• Qual a forma farmacêutica com melhor absorção?
– R. Todas, depende do efeito terapêutico e da característica
do fármaco
Absorção de um Fármaco
• A magnitude da resposta terapêutica esta relacionada
à concentração do fármaco que alcança o sítio de
ação.
– Essa concentração depende:
• Da dose administrada
• Da extensão da absorção
• Da distribuição do fármaco
• Da velocidade de extensão
• Da eliminação do fármaco
• A área de estudo que abrange a relação entre Física, química e
biologia e como essas ciências são aplicadas aos fármacos, às
formas farmacêuticas e à atividade farmacológica é chamada debiofarmácia.
Biofarmácia
• Absorção
• Biodisponibilidade
Absoluta
• Biodisponibilidade
Relativa
– Estudos de
Biodisponibilidade (dose
absorvida = efeito
terapêutico)
• Efeito de Primeira
Passagem.
• Farmacodinâmica
• Farmacocinética
– Meia-Vida
– Clearance
Vias de Administração
• Enteral
• Parenteral
• Tópica
• Especiais
Via Enteral (Oral)
• Boca:
– Membrana palatal
– Membrana bucal
– Membrana sublingual
Absorção: sublingual > bucal > palatal
• Estômago
– Somente moléculas com elevada lipofilia e na forma não-
ionizada podem ser absorvidas.
– Devido à pouca superfície relativa (0,1 – 0,2%) o processo de 
absorção estomacal não tem significado.
Via Enteral (Oral)
• Intestino Delgado
– Movimentos Peristálticos: Auxiliam na desintegração de
formas farmacêuticas.
– Microvilosidades auxiliam na absorção.
• Sistema Porta-hepático → Efeito de Primeira Passagem
Via Enteral (Oral)
VANTAGENS:
✓ segura
✓ conveniente
✓ administração
simples
DESVANTAGENS:
✓ início de ação mais
lento
Via Enteral (Sublingual)
• O objetivo é o efeito sistêmico. A absorção é promovida pela
mucosa sublingual, a qual tem pequena área mas é fina e
altamente vascularizada.
• → Formas farmacêuticas: comprimidos de liberação imediata
VANTAGENS:
✓ rápida absorção
✓ maior biodisponibilidade
✓ menor efeito de 1ª passagem
Via Enteral (Retal)
• Classes de medicamentos:
→ ação local → anti-inflamatórios, cicatrizantes;
→ ação sistêmica→ anti-inflamatórios, antipiréticos, antieméticos, hormônios
RAZÕES DE USO:
- Razões patológicas da mucosa gástrica ou por irritação;
- Inativação total ou parcial dos fármacos devido ao suco gástrico;
- Pacientes em coma, total ou parcial;
- Problemas de ingestão do paciente ou cirurgia no trato bucal;
- Medicamentos que provocam náusea ou tem sabor desagradável;
- Pacientes com episódios de vômitos;
- Em pediatria e geriatria.
→ Formas farmacêuticas: supositórios, soluções, pomadas
Via Parenteral
• O fármaco é injetado através da pele em tecidos ou na corrente
sanguínea com auxílio de seringa e agulha.
• Requisito: esterilidade
VANTAGENS:
✓ maior rapidez de absorção
✓ dose exata, uniforme
✓ via nutricional
✓ alternativa para fármacos que não podem passar pelo TGI
DESVANTAGENS:
✓ alto custo (embalagem, esterilidade)
✓ desconforto na administração
✓ risco de acidentes....
Via Parenteral
• Intradérmica (I.D.)
– A administração é feita com agulha curta (0,95cm) e fina, com
injeções de pequenos volumes (0,06 - 0,18mL) na região entre
a derme e a epiderme.
• Classes de medicamentos: produtos para determinações diagnósticas,
dessensibilização ou imunização.
• Subcutânea (S.C.)
– Administrações feitas na região hipodérmica (tecido
subcutâneo). Via utilizada para administração de injetáveis de
ação prolongada. Sob esta via de administração podem ser
injetados pequenos volumes de soluções medicamentosas (0,3
a 1,0mL), ou medicamentos sólidos que podem ser
administrados em preparações denominadas implantes ou
pellets.
• Classes de medicamentos: hormônios, corticóides, vitaminas.
Via Parenteral
• Intravenosa (I.V.) ou Endovenosa (E.V.)
– Absorção imediata do medicamento (100% de
biodisponibilidade). É a via de administração de grandes
volumes (nutrição parenteral), sendo também utilizada para as
transfusões sanguíneas e para a retirada de sangue de
pacientes para fins de diagnóstico.
• Intramuscular (I.M.)
– Injeção nos músculos (glúteo ou deltóide) através de agulhas
compridas (5mL ou 2mL, respectivamente).
– Sob esta via de administração podem ser injetadas:
- soluções aquosas;
- soluções oleosas;
- suspensões (absorção lenta).
Via Tópica
• Ação Epidérmica (Superficial) e Endodérmica (Profunda)
– Efeito local: fármaco permanece retido na superfície da pele
• Formas farmacêuticas: pós, géis, cremes, pomadas.
• Diadérmica:
– Efeito Local e Sistêmico (Fármaco atinge a corrente sanguínea).
• Formas farmacêuticas: Pomadas. Cremes e Adesivos Transdermicos
Via Vaginal
• O efeito é atingido devido à grande
vascularização da mucosa vaginal.
– Formas farmacêuticas: óvulos, comprimidos,
pomadas, cremes, géis, soluções
• Classes de medicamentos: antissépticos, adstringentes,
anti-hemorrágicos, cicatrizantes, queratoplásticos,
antibióticos e antifúngicos.
Via Ocular
• Fármaco instilado no saco
conjuntival, o qual tende a ser
expulso pela lágrima, obrigando sua
aplicação repetida.
– Requisitos: isotonicidade, esterilidade.
– Formas farmacêuticas: soluções,
suspensões, pomadas
– Funcionalidade: glaucoma, inflamações e
infecções da mucosa conjuntiva
Via Auricular
• Formulações, geralmente em frascos
multidoses, para aplicação no ouvido.
– Formas farmacêuticas: soluções, suspensões,
emulsões, pomadas, pós
– Classes de fármacos: agentes de limpeza,
antiinfecciosos, antiinflamatórios, analgésicos,
anestésicos
Via Nasal
• Via de elevada área superficial e abundante
vascularização, o que promove uma rápida absorção
do fármaco, podendo mesmo atingir concentrações
plasmáticas comparáveis àquelas obtidas com a
administração I.V.
– Requisitos: pH 5,5-7,5, isotonicidade, esterilidade
– Formas farmacêuticas: soluções, suspensões, géis ou
geléias, inalantes, spray
– Classes de medicamentos:
• uso tópico → antissépticos, analgésicos locais, vasoconstrictores
ou descongestionantes nasais;
• uso sistêmico → fármacos não absorvidos V.O.
http://www.fisterra.com/material/tecnicas/viaNasal/images/Nasal1.gif
Via Pulmonar
– Formas farmacêuticas:
aerossóis líquidos
(gotículas) ou sólidos
(partículas)
• Funcionalidade: asma,
bronquites, infecções
pulmonares
Formas Farmacêuticas e Vias de 
Administração
Via de Administração Forma Farmacêutica
Via Oral
Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para
reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão.
Via Sublingual Comprimidos sublinguais.
Via Parenteral (Injetável) Soluções e suspensões injetáveis.
Via Cutânea (Pele)
Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel,
adesivos.
Via Nasal Spray e gotas nasais.
Via Oftálmica (Olhos) Colírios e pomadas oftálmicas.
Via Auricular (Ouvidos)
Gotas auriculares ou otológicas e pomadas
auriculares.
Via Pulmonar Aerossol (bombinha).
Via Vaginal Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos.
Via Uretral Velas.
Via Retal Supositórios e enemas.
ESCOLHA DA FORMA FARMACÊUTICA
Por que tantas Formas Farmacêuticas?
• Já observou que existem diferentes formas
farmacêuticas para um mesmo fármaco?
• Qual a razão para isso?
Por que tantas Formas Farmacêuticas?
• Interesse Terapêutico
– Natureza da Doença (Local ou Sistêmica) Ex. Cetoconazol (oral e creme).
• Idade do Paciente
– Crianças: Formas líquidas flavorizadas (Xaropes e Suspensões).
• Conta gotas ou misturados na alimentação.
– Adultos: Comprimidos ou Cápsulas
• Adultos com dificuldade de deglutir: Comprimidos Mastigáveis ou Sublingual.
– Idosos: Formas farmacêuticas Líquidas. Se comprimidos, diversificar cores e
formatos, pois esses pacientes tomam muitas medicações ao mesmo tempo e
se confundem.
• Praticidade: Autoadministração
– Comprimidos e Cápsulas são mais facilmente aceitos pelo consumidor
(Cápsulas ainda mais, pois deslizam e auxiliam na deglutição). Injetáveis são
mais complicados.
• Situação de Emergência: Paciente em Coma.
– Forma Parenteral é a mais adequada.
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
Estabilidade
• O que é Estabilidade de Medicamentos?
– A estabilidade é definida como o tempo durante o qual a
especialidade farmacêutica ou mesmo a matéria prima
considerada isoladamente, mantém dentro dos limites
especificados e durante todo o período de estocagem e uso, as
mesmas condições e características que possuía quando da época
de sua fabricação.
– Pode também ser definida como o período de tempo compreendido
entre o momento no qual o produto está sendo fabricado àquela
que sua potência está reduzida a não mais do que 10%, desde que
os produtos de alteração estejam todos seguramente identificados
e previamente reconhecidosseus efeitos.
• Esses 10% definem o prazo de validade.
Estabilidade
• A estabilidade dos produtos farmacêuticos depende
de fatores ambientais como temperatura, umidade,
luz e de outros fatores relacionados ao próprio
produto como propriedades físicas e químicas, de
substâncias ativas e excipientes farmacêuticos, forma
farmacêutica e sua composição, processo de
fabricação, tipo e propriedades dos materiais de
embalagens.
– Para garantir a estabilidade de uma forma farmacêutica são
realizados estudos de estabilidade e testes de stress.
Estudos de Estabilidade
• Para estudos de Estabilidade em zona Climática tipo IV,
segue-se a RE nº 1/2005 da ANVISA- Guia para a
realização de estudos de estabilidade.
• Devido a variabilidade climática e variação de umidade o mundo foi
divido em zonas climáticas diferentes. (Zona I, temperada; Zona II,
subtropical; Zona III, quente e seca; e Zona IV, quente e úmida.)
• São Realizados Dois Estudos:
– Estudo de Estabilidade Acelerada.
– Estudo de Estabilidade de Longa Duração
São avaliados nas amostras o doseamento, quantidade de 
degradação, dissolução e o pH do medicamento
Estudo de Estabilidade Acelerada
• Submete-se a formulação farmacêutica em condições
extremas de temperatura, umidade, luz, etc.
– Tem duração de 6 meses
– As formas farmacêuticas ficam em câmaras a 40°C e 75%
de umidade
• Se houveram mudanças significativas são feitos novos testes a
30°C e 60% de umidade e estes medicamentos recebem
orientações especiais de estocagem.
• Se não houverem mudanças submete-se a forma farmacêutica à
12 meses de teste.
• Os resultados obtidos determinam o prazo de validade do
medicamento.
Estudo de Estabilidade de Longa 
Duração
• Aprovada a Estabilidade Acelerada testa-se a forma
farmacêutica em condições usuais de transporte e
armazenamento (estabilidade de longa duração).
– Mínimo de 12 meses
– Temperatura: 25°C ± 2ºC
– Umidade: 60°C ± 5%.
• As amostras mantidas sob essas condições podem ser retidas
por cinco anos ou mais, tempo no qual elas são observadas
quanto aos sinais de deterioração física e química.
• Esses estudos determinação mais precisa da estabilidade, do
prazo de validade real.
Outros Testes Realizados
• Comprimidos: Aparência (a presença de quebra, lascas e manchas),
friabilidade (teste de atrito), dureza, cor, odor, teor de umidade,
desintegração e dissolução.
• Cápsulas: umidade, cor, aparência, forma, ressecamento e dissolução.
• Suspensões e soluções orais: aparência, precipitação, pH, cor, odor,
redispersibilidade (suspensões) e limpidez (soluções).
• Cremes, pomadas, loções, soluções e géis tópicos: aparência, cor,
homogeneidade, odor, pH, ressuspensibilidade (loções), consistência,
distribuição do tamanho das partículas.
• Preparações parenteraís: aparência, cor, presença de material
particulado, pH, esterilidade, pirogenicidade e integridade do fechamento.
• Supositórios: faixa de amolecimento, aparência e fusão.
ADJUVANTES FARMACÊUTICOS E 
EXCIPIENTES
O que são?
Definição e Classificação
• Adjuvante Farmacêutico
– Substância adicionada ao medicamento com a
finalidade de prevenir alterações (ou seja, conferir
estabilidade), corrigir e/ou melhorar as características
organolépticas, biofarmacotécnicas e tecnológicas do
medicamento (melhorar absorção, eliminação, diminuir
toxicidade, etc).
• Excipiente
– Substâncias que existem nos medicamentos e que
completam a massa ou volume especificado
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Acidificante:
– É empregado em preparações líquidas para fornecer um meio
ácido, contribuindo para a estabilidade do produto.
• Ac. Cítrico, Ac. Acético, Ac. Clorídrico, Ac. Fumárico.
• Agente de encapsulação
– É empregado para formar invólucros finos com o objetivo de
encerrar um fármaco, facilitando sua administração
• Gelatina e Celulose
• Agente de Polimento de Comprimidos
– É usado para conferir brilho ao revestimento dos comprimidos.
• Cera de Carnaúba, Cera Branca
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Agente de revestimento para comprimidos
– Reveste comprimidos, protegendo-os da ação do oxigênio atmosférico
e da umidade. Mascara sabores e odores desagradáveis. Os
revestimentos podem ser de açúcar, peliculares ou entéricos (proteção
contra o suco gástrico – ex. Etilcelulose).
• Agente de Tonicidade
– É empregado para tomar a solução similar quanto às suas
características osmóticas, aos fluidos biológicos, por exemplo, em
preparações oftálmicas e parenterais, e em fluidos de irrigação.
• Cloreto de Sódio
• Aglutinante para Comprimidos
– É substância usada para promover a adesão das partículas do pó nos
granulados destinados à compressão.
• Carboximetilcelulose, Etilcelulose, Gelatina, Metilceulose, Povidona, Amido
pré-gelatinado, Açúcar compressível (Nu-Tab®)
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Agente Suspensor
– É um agente que aumenta a viscosidade, reduzindo a velocidade de
sedimentação das partículas em um veículo no qual elas não são
solúveis.
• Ágar, Carboximetilcelulose, Hidroxietilcelulose, Hidroximetilcelulose,
Carbopol®, Adragante.
• Alcalinizante
– É utilizado em preparações líquidas para fornecer um meio alcalino
para fins de estabilidade do produto.
• Solução de âmonia, Dietanolamina, Hidróxidos (sódio, potássio), Bicarbonato
de sódio, Trietanolamina.
• Antiaderente para Comprimidos
– Evita a aderência dos componentes da formulação dos comprimidos
nos punções e na matriz durante a produção.
• Estearato de Magnésio
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Antioxidante
– É usado para evitar a deterioração das preparações por
oxidação.
• Ácido Ascórbico, Hidroxibutiltolueno (BHT), Hidroxibutilanisol (BHA),
Bissulfíto de sódio.
• Conservante Antifúngico
– Previne o crescimento de fungos em formas líquidas e
semissólidas
• Nipazol® (Butilparabeno), Nipagim® (Metilparabeno), Benzoato de sódio.
• Conservante Microbiológico
– Previne o crescimento de bactérias em formas líquidas e
semissólidas
• Cloreto de Benzalcônio.
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Corante
– É empregado para conferir cor em preparações sólidas (p. ex.,
comprimidos e cápsulas) e líquidas.
• FD&C Vermelho n°3, FD&C Azul n°2, D&C Laranja n°5
• Desintegrante de comprimidos
– É usado em formas sólidas para promover sua desintegração
em partículas menores, mais facilmente dispersíveis ou
dissolúveis.
• Amido, Glicolato de amido, Alginato de sódio.
• Deslizante para comprimidos
– É empregado em formulações de comprimidos e cápsulas para
melhorar as propriedades de fluxo da mistura dos pós.
• Talco, Amido de Milho, Sílica Coloidal.
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Diluente de cápsulas e comprimidos
– É um material de enchimento inerte usado para produzir
volume, propriedades de fluxo e características de
compressão desejáveis em cápsulas e comprimidos.
• Lactose, Manitol, Celulose Microcristalina, Amido, Sorbitol.
• Doador de Consistência
– É empregado para aumentar a consistência ou a dureza de
uma preparação, geralmente uma pomada.
• Cera de ésteres cetílicos, Parafina, Cera branca, Cera de Abelha.
• Edulcorante
– É usado para conferir sabor doce a uma preparação.
• Aspartame, Dextrose, Manitol, Sacarina, Sacarose, Sorbitol.
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Emulsificante
– É usado para promover e manter a dispersão de partículas
finamente divididas de líquidos em um veículo no qual é imiscíveis.
• Monoestearato de glicerina, Álcool Cetílico, Estearato de polioxietileno.
• Flavorizante
– É utilizado para conferir sabor e odor agradável à preparação.
• Essência de Anis, Mentol, Óleo de Laranja, Óleo de hortelã, Baunilha.
• Indutor de viscosidade
– Retardam a sedimentação das partículas nas suspensões,
aumentar o tempo de contato de preparações oftálmicas (ex.,
metilcelulose), espessar cremes de uso tópico, etc.
• CMC, Povidona, Carbopol®, Metilcelulose, Adragante.
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Lubrificante para Comprimidos
– É utilizado em formulações de comprimidos parareduzir a fricção
durante a compressão.
• Estearato (de cálcio, de magnésio, de zinco), Óleo Mineral.
• Propelente
– É responsável pelo desenvolvimento da pressão dentro do recipiente de
um aerossol e por expelir o produto quando a válvula é aberta.
• Diclorodifluorometano, Dióxido de Carbono.
• Quelante
– É uma substância que forma complexos estáveis solúveis em água
(quelatos) com metais. É usada em alguns líquidos farmacêuticos como
estabilizante para complexar metais pesados que podem promover a
instabilidade. Nessas situações, é também chamada de sequestrante.
• EDTA-Na (Sal Sódico do Ácido Etilenodiaminotretracetico), Ácido Edético.
Adjuvantes Farmacêuticos e 
Excipientes
• Solvente ou Veículo
– É usado para dissolver outra substância na preparação de uma
solução.
• Água, Óleo de algodão, Glicerina, Álcool.
• Tensoativo
– É uma substância que se adsorve nas superfícies ou interfaces
para reduzir a tensão superficial ou interfacial.
• Cloreto de Benzalcônio, Polissorbato 80, Lauril Sulfato de Sódio,
Monopalmitato de sorbitano.
• Umectante
– É usado para evitar o ressecamento das preparações,
particulannente pomadas, geis e cremes.
• Glicerina, Sorbitol, Propilenoglicol.
Fim
Não acredito em destino. 
Porque não gosto da ideia de não poder controlar minha vida.
Exercícios
• O estudo da estabilidade de produtos farmacêuticos
contribui para obter uma série de informações e realizar
várias determinações, EXCETO
a) orientar o desenvolvimento da formulação.
b) determinar o número de lote dos produtos acabados.
c) aperfeiçoar as formulações.
d) estimar o prazo de validade do produto.
Exercícios
• Qual das vias de administração a seguir é adequada
apenas para volumes moderados, veículos oleosos e
algumas substâncias irritantes?
a) Oral
b) Subcutânea
c) Intramuscular
d) Pulmonar
e) Retal
Exercícios
• Sobre estabilidade de produtos farmacêuticos, assinale a alternativa
correta.
a) Estabilidade é a capacidade de uma formulação de manter as
especificações físicas, químicas, microbiológicas, terapêuticas e
toxicológicas durante o seu prazo de validade.
b) Estabilidade de acompanhamento é o estudo projetado para verificar as
características físicas, químicas, biológicas e microbiológicas de um
produto durante o prazo de validade esperado e, opcionalmente, após
seu vencimento.
c) Estabilidade acelerada é o estudo realizado após o início da
comercialização do produto, para verificar a manutenção das
características físicas, químicas, biológicas e microbiológicas, previstas
nos estudos de estabilidade de longa duração.
d) Estabilidade de longa duração é o estudo em que se acelera a
degradação química ou mudanças físicas de um produto em condições
forçadas de armazenamento.
Exercícios
• Um paciente levou à farmácia a seguinte prescrição
médica: Profenid entérico 50 mg, duas vezes ao dia. O
farmacêutico verificou que se tratava de um medicamento
referência com vinte comprimidos revestidos de liberação
prolongada. Em seu estoque o farmacêutico possui
apenas o Profenid 100mg. O farmacêutico pode instruir
seu paciente a fracionar o comprimido ao meio?
Justifique.
Exercícios
• Considere um fármaco susceptível de oxidação, catalisada por
metais pesados e facilmente contaminável por fungos quando
em solução aquosa. O farmacêutico responsável pelo correto
funcionamento de uma farmácia de manipulação hospitalar deve
adicionar quais adjuvantes farmacotécnicos, respectivamente, no
preparo de um medicamento contendo o fármaco com as
características apresentadas, de modo a manter sua integridade
quando em solução aquosa?
1) EDTA, oxidante e conservante.
2) EDTA, antioxidante e flavorizante.
3) Corante, EDTA e propilparabeno.
4) Agente quelante, EDTA e metilparabeno.
5) Antioxidante, agente quelante e conservante.
Exercícios
O xarope dietético (sem açúcar) é indicado como veículo para produtos
líquidos contendo fármacos hidrossolúveis para pacientes diabéticos ou com
sobrepeso. Sua fórmula, no Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira
(2012) é apresentada como segue:
Componentes Quantidades
Carboximetilcelulose 2 g
Metilparabeno 2,5 g
Sacarina sódica 0,5 g
Cloreto de Benzalcônio 50 mg
Água purificada qsp 100 mL
• Qual dos ingredientes acima é considerado um edulcorante?
Exercícios
O xarope dietético (sem açúcar) é indicado como veículo para
produtos líquidos contendo fármacos hidrossolúveis para pacientes
diabéticos ou com sobrepeso. Sua fórmula, no Formulário Nacional
da Farmacopeia Brasileira (2012) é apresentada como segue:
Componentes Quantidades
Carboximetilcelulose 2 g
Metilparabeno 2,5 g
Sacarina sódica 0,5 g
Cloreto de Benzalcônio 50 mg
Água purificada qsp 100 mL
• Qual dos ingredientes acima é considerado um Veículo?
Exercícios
• Os medicamentos geralmente encontram-se nas formas
farmacêuticas sólidas, líquidas ou gasosas. Em relação às
sólidas, pode-se ter as seguintes: comprimidos, cápsulas,
drágeas, pós, óvulos, supositórios e pílulas. O conceito
“formas farmacêuticas cilíndricas ou lenticulares, que
resultam da compressão de um pó cristalino ou de um
granulado” é aplicado a
a) Cápsulas.
b) Drágeas.
c) Pasta
d) Supositórios.
e) Comprimidos.
Exercícios
• Supositórios, pastas, cápsulas gastrorresistentes e
soluções são exemplos, respectivamente, de
formas farmacêuticas:
a) semissólidas, semissólidas, sólidas e líquidas.
b) semissólidas, sólidas, sólidas e líquidas.
c) semissólidas, líquidas, sólidas e líquidas.
d) semissólidas, semissólidas, líquidas e líquidas.
e) sólidas, semissólidas, sólidas e líquidas.
Exercícios
• Assinale a alternativa que apresenta somente
formas farmacêuticas sólidas.
a) Emulsão e creme.
b) Pasta e supositórios.
c) Comprimido e Drágea.
d) Elixir e gel.
e) Suspensão e óleo.
Exercícios
• Assinale a alternativa que apresenta somente
formas farmacêuticas semissólida.
a) Emulsão e creme.
b) Pasta e Suspensão.
c) Comprimido e Drágea.
d) Elixir e gel.
e) Suspensão e Xarope.
Fim
Leitura Complementar
• Cap. 2 – Desenvolvimento e Processo de Aprovação
de Novos Medicamentos
• Cap. 3:
– Boas Práticas de Manipulação (BPM)
• RDC Nº 67, DE 08 DE OUTUBRO DE 2007
• http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08
_10_2007.html
– Boas Práticas de Fabricação (BPF)
• RDC Nº 275, DE 21 DE OUTUBRO DE 2002
• http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0275_21
_10_2002.html

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