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Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social - Dimensões Metodológica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
TRABALHO ACADEMICO 
CICLO 2 MÓDULO C FASE II
DISCIPLINAS: Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social - Dimensões Metodológica
Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social - Dimensão Teórica/ Marxista
Bragança, Pará
2018
O DESENVOLVIMENTO SÓCIOHISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL E A INFLUENCIA DE MARX COMO REFERENCIAL TEÓRICO NO CURRICULO 
	Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social - Dimensões Metodológica
	Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social - Dimensão Teórica/ Marxista 
	A profissão do Serviço Social a principio tinha sua intervenção motivada por forte influência da Igreja Católica. Sua origem se deu no contexto histórico do avanço do capitalismo e da ascensão da burguesia ao poder, favorecida pelo Estado.
Não havia uma intenção crítica de questionamento quanto à prática. Destacando nesse período a atuação de São Vicente de Paulo com sua intervenção junto aos pobres.
A formação nas primeiras escolas de Serviço Social era constituída tendo os valores, princípios e objetivos católicos como norteadores dos seus currículos e metodologias. Neste período, a escolha pela profissão era ideada como uma resposta a uma missão dada por Deus.
Nas décadas de 1940 e 1950 inicia-se um período de adoção de referências das escolas norte-americanas, buscando a qualificação da técnica, baseada na orientação filosófica e sociológica da Teoria Positivista, derivando diversas técnicas (Serviço Social de Caso, de grupo e de desenvolvimento de Comunidade). Tais práticas norte-americanas estabelece um período reconhecido como Tecnicista.
Com o avanço da categoria profissional, entre os anos de 1960 a 1980, estes passam a questionar sua prática e seus fundamentos teóricos e metodológicos da profissão, compreendendo o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, resultando em diversas iniciativas e documentos: O Documento de Araxá, Teresópolis, Sumaré e Alto da Boa Vista.
A adoção da Fenomenologia também abrangeu o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, pois passa a desenvolver propostas profissionais respaldadas em teorias marxistas (NETTO, 2015).
A partir da de 1970 a pesquisa vai ganhando mais evidência no Serviço Social, demonstrando-se necessária ao fazer profissional do assistente social. O Serviço Social não é reconhecido como ciência (NETTO, 1999).
A dedicação dos profissionais do Serviço Social à pesquisa contribuiu bastante para o processo de renovação do Serviço Social brasileiro e dentro do Movimento de Reconceituação. Destacando-se as produções teóricas relacionadas à perspectiva da intenção de ruptura. 
Autores que contribuíram à produção do conhecimento em Serviço Social: José Paulo Netto, além de grande autor também é uma referencia quanto ao Serviço Social, em seu livro “Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64” (2015), destaca as produções mais significativas do Serviço Social entre os anos de 1965 e 1985: Leila Lima Santos, Vicente de Paula Faleiros, Marilda Villela Iamamoto. 
O Serviço social possui os Instrumentais técnico-operativos (que são o conjunto de técnica relacionadas à operacionalização cotidiana do trabalho profissional e a instrumentalidade, que está relacionado à habilidade do profissional de imprimir intenção na técnica, proporcionada desde a década de 1980, e com a aprovação dos novos Códigos de Ética Profissional do (a) Assistente Social (1993), Lei de Regulamentação da Profissão (1993) e Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social, pautando-se em um Projeto Ético-político Profissional, exigindo do profissional compromisso com o conhecimento teórico.
A discursão da instrumentalidade no Serviço Social foi fundamental para aliar necessidade de adoção de uma postura crítica, teoricamente fundamentada e posicionada ética e politicamente em favor da classe trabalhadora e a necessidade de qualidade técnica do atendimento aos usuários, fundamentada em sua ética profissional norteada pelo Código de Ética Profissional do Assistente Social, de acordo com os princípios fundamentais presentes no mesmo. 
	Netto (2009) nos faz perceber que a gestação do mundo burguês foi um processo longo e doloroso, caracterizado por uso de violência, uso de controle social. Gerando progresso e generalização da miséria relativa. Estabelece um novo modelo de vida, gerando matrizes culturais, sociais, políticas e econômicas, tendo como eixo a relação capital-trabalho e a luta de classes.
Marx apresenta a sociedade burguesa como uma totalidade, mas com um sistema dinâmico e contraditório de relações articuladas, que se implicam e se explicam estruturalmente.
O modo de produção capitalista trouxe mudanças históricas e transição para o regime social denominado capitalismo, consequentemente oque Marx denomina de relações de classes. No capitalismo, a classe dominante: burguesa/capitalista (detentora dos meios de produção), e a classe dominada: operária/trabalhadora (vende sua força de trabalho para sobreviver)
Segundo Marx há um processo de exploração do trabalhador e que o que dá valor a mercadoria é o trabalho, e não os equipamentos. Desse modo o capitalista apropria-se da mais valia através da utilização do seu capital, ou seja, apesar de receber salário o trabalhador, cria um valor excedente durante o processo de produção. 
A Ditadura Militar no Brasil teve seu inicio no dia 31 de março de 1964, caracterizado por abusos políticos, perseguições e uso de autoritarismo.
O processo de redemocratização no Brasil teve se inicio com o colapso da Ditadura Militar e de seus governos, a partir da pressão e insatisfação de diferentes setores da sociedade brasileira. 
Um grande movimento em favor da redemocratização começou a se consolidar em 1984. Ao longo da Ditadura Militar a Política Social era conduzida tecnocrática e conservadora, tudo isso com o objetivo de manter controle sobre a classe trabalhadora.
Desse modo percebemos que neste período a perspectiva teórico-metodológica adotada pelas políticas sociais era humanista-cristã, neotomista. 
A partir dos anos de 1930 e 1940, exigiu-se do Serviço Social uma estruturação das bases teórico-metodológicas e ético-políticas, fundamentadores, da profissão e uma organização de um arsenal técnico que possibilitasse sua intervenção.
Temos o período de renovação profissional do Serviço Social compreendido entre 1960 e 1980, período caracterizado pela degradação do Serviço Social tradicional, período também, segundo Netto (1996) onde foi abraçado o Marxismo como referencia de corrente teórico-filosófica. Vivendo assim oque Netto (1996) chama de projeto de modernização conservadora. 
Esse processo de fragilização do Serviço Social tradicional aconteceu também em toda a América Latina, onde ficou conhecido como movimento de reconceituação do Serviço Social.
Para tanto o Serviço Social buscou diferentes bases teóricas marxistas, dentre elas: Neopositivismo, Ecletismo, marxismo dogmático, “confucionismo ideológico”, Marxismo romântico, dentre outros. Sendo de extrema importância para o Serviço Social todo o processo de constituição de suas bases teóricas a partir de diferentes vertentes marxistas.
Segundo Iamamoto (1998), neste período o Serviço Social deu um salto de qualidade, ganhando visibilidade pública. 
As bases para o processo de reforma curricular do Serviço Social iniciado nos anos de 1980, além do próprio mercado de trabalho irá exigir um perfil profissional diferenciado daquele “tradicional”, habilitados para dar respostas às novas demandas sociais, acompanhados de um crescimento de cursos de Serviços Social.
A partir das considerações de Iamamoto (2014) a década de 1980 é um marco no debate sobre os fundamentos do Serviço Social no Brasil.
Ressalta-se a importância da pesquisa em Serviço Social na contribuição para os avanços nos campos da ação profissional.
As disciplinas estudadas neste ciclo descrevem o processo sociohistórico do Serviço Social,desde sua origem até os dias atuais principalmente no contexto histórico brasileiro e a influencia de Marx como referencial teórico no currículo. 
 Ao conhecermos a gênese do Serviço Social, percebemos sua prática baseada em princípios religiosos com forte influencia da Igreja Católica nas escolas de Serviço Social no Brasil, “neste período, a escolha pela profissão era concebida como uma resposta a uma missão pessoal dada por Deus” (AGUIAR, 1982) influenciada posteriormente pelas referências das escolas norte-americanas baseada na orientação filosófica e sociológica da Teoria Positivista. 
Com o avanço da categoria profissional, entre os anos de 1960 a 1980, estes passam a questionar sua prática e seus fundamentos teóricos e metodológicos da profissão, compreendendo o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, segundo Netto (1996) onde foi abraçado o Marxismo como referencia de corrente teórico-filosófica. Vivendo assim oque Netto (1996) chama de projeto de modernização conservadora.
As duas disciplinas relatam como o referencial teórico de Marx nortearam o Movimento de Reconceituação como a proposição de um currículo mínimo que suprisse de dar resposta à realidade social brasileira e ao mercado de trabalho que exigia um profissional tecnicamente mais habilitado e que conseguisse realizar uma leitura da realidade social, uma vez que não se entendia mais a profissão como um teor messiânico, caracterizando a degradação do Serviço Social tradicional. 
Para tanto o Serviço Social buscou diferentes bases teóricas marxistas, dentre elas: Neopositivismo, Ecletismo, marxismo dogmático, “confucionismo ideológico”, Marxismo romântico, dentre outros. Sendo de extrema importância para o Serviço Social todo o processo de constituição de suas bases teóricas a partir de diferentes vertentes marxistas. 
Um processo que não foi fácil, passando desde o inicio da sociedade burguesa, capitalismo até pela realidade da Ditadura Militar no Brasil, porém com esforço foi possível trazer uma nova perspectiva para a formação e a prática profissional do Serviço Social, buscando romper com a perspectiva conservadora da profissão, incorporando a tradição marxista, materializada através das diretrizes curriculares do Curso de Serviço Social, a Lei que regulamenta a profissão que apresenta uma série de desafios, atribuições privativas e competências a serem incorporadas ao exercício profissional, bem como o acervo de obras de grandes autores que nos ajudam a compreender este processo de Reconceituação e obtiveram destaque como: José Paulo Netto, Leila Lima Santos, Vicente de Paula Faleiros e Marilda Villela Iamamoto.
Por fim, as duas disciplinas estudadas neste módulo enriquecem o conhecimento do estudante de Serviço Social, conscientiza quanto o percurso percorrido pelos profissionais desta aérea até os dias atuais e suscita a buscar cada vez mais conhecer a profissão da(o) Assistente Social.
REFERENCIAL TEÓRICO
AGUIAR, A. G. de. O Serviço Social no Brasil: das origens a Araxá. São Paulo: Cortez: Piracicaba: Universidade Metodista de Piracicaba, 1982.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2015.
O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.
Para a crítica da vida cotidiana. In: CARVALHO, M. do C.B.; NETTO J. P. Cotidiano: conhecimento e crítica. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996c.

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