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Resumo aquicultura

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Aquicultura 
o Anatomia e morfologia dos peixes 
 
A) Características gerais: são vertebrados 
aquáticos, ectotérmicos (temperatura 
corporal de acordo com o ambiente), 
apresentam diversas formas e tamanhos, e 
a maioria possui simetria bilateral. O linguado 
na fase larval apresenta simetria, quando 
entra na fase adulta perde a simetria bilateral. 
A grande maioria apresenta boca terminal 
(gnatostomado), o osso endocondral substitui a 
cartilagem durante o desenvolvimento, possuem 
olhos grandes, porém, alguns não apresentam olhos, 
laterais, sem pálpebra (não piscam). 
O sistema circulatório é simples e fechado (um átrio 
e um ventrículo); as escamas são cobertas por 
muco e impermeáveis; as nadadeiras são caudais; 
As brânquias (gueiras) são responsáveis pelas trocas 
gasosas; o opérculo é uma placa óssea e muscular 
acima das brânquias, que as protege, quando ocorre 
abertura do opérculo a boca também se abre 
formando um vácuo, para a água passar e fecha-se 
novamente; os pulmões são dipnoicos; a bexiga 
natatória auxilia na flutuação e equilíbrio 
hidrodinâmico. 
Os miômeros são segmentos musculares em 
formato de ‘’W’’; as narinas estão localizadas no 
dorso do focinho e são responsáveis pela respiração. 
A cabeça vai da boca até o opérculo; o tronco do 
opérculo até o ânus, e a cauda engloba o ânus e a 
cauda; a linha lateral e o bulbo olfativo (localizado 
dentro das narinas) são órgãos sensoriais. 
B) Olhos: na maioria dos peixes são situados 
lateralmente à cabeça, mas pode variar. Nos 
peixes de hábito alimentar superficial estão 
posicionados mais para o alto da cabeça; 
animais de profundidade possuem olhos 
grandes, os de regiões com pouca 
luminosidade não possuem visão. 
C) Tegumento: recobre todo o corpo. A 
principal função é proteção, porém, em 
algumas espécies e fase de 
desenvolvimento pode ter função 
respiratória. A epiderme é mais fina e 
superficial e estão localizadas as glândulas 
produtoras de muco para impedir a 
aderência dos parasitas. A derme é mais 
interna e espessa, e estão localizados os 
vasos, nervos, órgãos sensoriais e ocorre a 
formação de escamas. 
São cromatóforos (possuem células pigmentadas, 
que auxiliam na mimetização e dimorfismo sexual, 
para proteção); pigmentos: melanina (marrom, cinza 
e preto), carotenoides (amarelo, laranja e vermelho). 
As escamas são: 
o Ctenóide: são finas e crescem por toda a 
vida, possuem pequenas projeções 
formando uma coroa de minúsculos 
espinhos que conferem uma aparência 
áspera. 
o Ciclóide: lisa e fina, não possuem projeções. 
o Ganóide: são rômbicas, brilhantes e 
esmaltadas, ocorrem em peixes de 
profundidade. 
D) Nadadeiras: tem a função de impulsionar o 
peixe e manter a estabilidade quando em 
movimento ou repouso. Alguns usam as 
nadadeiras durante a reprodução para 
‘’abanar’’ os ovos ou seduzir as fêmeas. 
➢ Nadadeiras caudais: condrictes (a coluna 
é fusionada com a nadadeira). 
o Heterocerca: a parte de cima é mais alta. 
o Homocerca: a parte superior e inferior é do 
mesmo tamanho, ocorre projeção do 
esqueleto; apresenta maior vantagem em 
relação a mobilidade e velocidade. 
o Dificerca: globada, totalmente muscular, 
possui membrana fina ao redor, a coluna vai 
até o final, não tem curva. 
As nadadeiras do peitoral são importantes para 
equilíbrio, freio e meia-volta; a dorsal para 
estabilidade; as pélvicas para direção e freio; as 
caudais para propulsão e velocidade e a anal para 
propulsão e velocidade. 
Servem também para comunicação social, os 
machos são mais coloridos e maiores que as 
fêmeas; corte; voo; proteção (gera uma inflamação 
devido às toxinas, possuem ferrão pontiagudo); 
caminhar. 
E) Musculatura miotomal: apresenta os 
miômeros em formato de ‘’W’’ separados 
pelos miosseptos (bainha de tecido 
conjuntivo), promovendo um mecanismo de 
propulsão, maior hidrodinâmica, natação 
forte e mais controlada. 
Estrutura compartimental: é formada por 
camadas de músculo vermelho (fibras oxidativas e 
lentas), branco (fibras glicolíticas e rápidas). 
No tecido muscular dos peixes estão presentes o 
tubo neural (TN), notocorda (N), adaxial cells 
(musculo vermelho), e lateral cells (musculo branco). 
o MIOGÊNESE: células precursoras originam 
os mioblastos, ocorre proliferação desses, 
que se diferenciam em miotubo e por fim, 
em miofibra. 
o Células satélites: são mioblastos que não 
se fundem na miogênese, são 
indiferenciados, ocorrendo proliferação e se 
diferenciando em hipertrofia e hiperplasia. 
 
F) ESQUELETO: pode ser dividido em: 
1. Axial: constituído pelo crânio e coluna 
vertebral. 
2. Apendicular: constituído pelos elementos 
de sustentação das nadadeiras. 
G) Bexiga natatória: tem função hidrostática, 
auxiliando na flutuação; ajusta o volume de 
gás, que influencia o peso do animal em 
diferentes profundidades; comum nos 
peixes pelágicos e raro nos bentônicos e 
abissais. Em algumas espécies não está 
ligada ao tubo digestivo (fisóclistos), em 
outras está ligada (fisóstomos). 
H) Sistema circulatório: o coração está 
localizado abaixo da faringe; possui a artéria 
aorta ventral e dorsal; e artérias branquiais 
aferentes e eferentes. 
I) Sistema digestório: é formado por boca, 
esôfago, estômago, cecos pilóricos, intestino, 
reto e ânus. 
A partir dos hábitos alimentares podem ser 
classificados em: 
o Fitoplânctófagos: peixes filtradores, 
possuem numerosos rastros branquiais que 
filtram e selecionam algas. 
o Zooplânctófagos: se alimentam de 
zooplâncton. 
o Carnívoros: alimentam-se de organismos 
macroscópicos (qualquer animal). 
o Iliófagos: alimentam-se removendo o 
fundo em busca de iodo, moluscos 
pequenos e outros, são os peixes 
detritívoros. 
o Herbívoros: alimentam-se de vegetais e 
frutas. 
o Onívoros: alimentam-se de qualquer tipo de 
matéria orgânica disponível, são os peixes 
oportunistas. 
 
 
 
 
 
Reprodução de Peixes 
Pode ser de duas formas: 
➢ Natural: peixes de água parada conseguem 
se reproduzir sozinhos, sem intervenção. A 
desova é parcial (desenvolvem as gônadas, 
e quando recebem o estímulo para desova 
a fazem parcialmente). 
o Peixes prolíficos conseguem ocupar 
qualquer ambiente, a cada 15 dias realizam a 
desova, portanto, se reproduzem 
constantemente; apresentam cuidado 
parental (no caso da tilápia, quando o 
ambiente está desfavorável, os pais 
‘’guardam’’ os alevinos na boca, para 
proteção e para terminar o 
desenvolvimento desses) permitindo a alta 
taxa de sobrevivência. 
o Na fecundação externa, que ocorre no 
ambiente, o macho realiza a espermiação 
para fecundar os óvulos e ocorrer a desova. 
➢ Cativeiro: peixes passam por tratamento 
hormonal (extrato bruto de hipófise de 
carpa-EBHC). Alguns peixes, após 1 aplicação 
hormonal, conseguem realizar a desova 
naturalmente. No tipo extrusada precisa 
estimular a desova (tanto do macho, 
estimulando a espermiação, quanto da 
fêmea, liberando os oócitos para serem 
fecundados no tanque). 
o Essa injeção de hipófise permite o 
desenvolvimento das gônadas para que 
o peixe fique apto à reprodução. 
Normalmente essa aplicação é feita de 
novembro a março (período 
reprodutivo das espécies reofílicas). 
➢ Seleção dos reprodutores 
o Fêmeas: apresentam o abdômen 
abaulado (devido o desenvolvimento das 
gônadas), as papilas urogenitais se 
apresentam proeminentes e 
avermelhadas, indicando que está apta 
para receber o tratamento hormonal. 
o Machos: espermiação, quando toca no 
peixe ele ejacula, indicando que está 
apto para receber o tratamento 
hormonal. 
São escolhidos uma fêmea (mais velha, pois, está 
mais madura)para 2 machos (mais novos, maior 
facilidade de espermiar). 
➢ Conta: 
As fêmeas recebem duas aplicações, 1ª é 
preparatória: dose: 0,5mg EBHC; 0,3mL SORO. A 2ª 
aplicação é indutória (para realizar a desova): dose: 
5mg EBHC; 3mL SORO. 
Os machos recebem apenas uma dose pois, a 
espermiação é muito fácil. Dose: 0,3mg EBHC; 1ml 
SORO. 
Ex: duas fêmeas e quatro machos. Somar o peso 
das duas fêmeas, e multiplicar pelas doses acima = 
total que será puxado; após, multiplica o peso de 
cada uma por 0,5 para saber quanto da solução total 
irá aplicar em cada fêmea. Os machos recebem a 
dose no mesmo dia que a segunda dose das 
fêmeas. 
Ranicultura 
A rã-touro é originária dos EUA, utilizada para 
produção de carne por apresentar alto teor de 
proteína e baixa gordura; é utilizado o couro para 
tratamento de queimaduras. 
Esses animais são colocados em um tanque de 
cultivo, que possui um fosso, enquanto estão se 
desenvolvendo ficam no tanque com água alta, 
quando sofrem metamorfose (originando membros 
pélvicos e anteriores, e ocorre inicialmente a 
reabsorção da cauda; nesse período a respiração é 
branquial), após terminar a reabsorção da cauda (se 
tornam um Imago), são colocados nesse fosso, e 
passam a ter respiração pulmonar. São 
transportados para esse fosso, para hidratação da 
pele e reprodução, e porque não conseguem ficar 
nadando o tempo todo, morrendo afogado. Após o 
período que ficam no fosso, são levados para a 
psicultura, onde são divididos em piquetes (faixa 
etária), pois, praticam canibalismo (são animais 
carnívoros). 
Os filhotes das rãs são os girinos, e podem atingir 
até 15cm, enquanto que os do sapo e da perereca 
podem atingir 1cm. 
O tegumento auxilia na respiração também. Após 
perder a cauda aparece a membrana interdigital 
(para ajudar a nadar). 
o Diferença rã X perereca: a perereca na 
ponta dos dedos possui ventosas (bolinhas), 
que permitem a aderência em superfícies 
planas e 90 graus. A rã possui unha nas 
patas dianteiras; os sapos não possuem 
membrana interdigital nas patas traseiras. 
o Apresentam um sistema de defesa para 
manter a pele lubrificada que é urinar, 
auxiliando na fuga. 
o Os sapos só usam a água para reprodução. 
A rã e perereca precisam se manter 
úmidas. 
o O macho apresenta uma estrutura 
arredondada atrás do olho, no tímpano, bem 
escuro, e o papo fica amarelo. Enquanto nas 
fêmeas fica mais verde claro.

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