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cer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório 
Certificação FEBRABAN Correspondente 
 
 
 
 
 
 
 
Material elaborado pelo Professor LEON 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório 
FEBRABAN 
 
 
 
 
 
www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 
2 
 
A respeito do Autor 
 
 
 
Leon Beduschi Santana é formado 
em Administração pela Universidade 
Federal do Paraná (UFPR). Possui 
MBA com licenciatura em Gestão 
Estratégica de Negócios pela 
Universidade Anhanguera. Foi 
Gerente Comercial dos Bancos 
Santander e Itaú por 8 anos . 
Atualmente é responsável docente 
do CEBESA – Centro Educacional 
Beduschi Santana, ministrando 
cursos preparatórios presenciais e à 
distância para as certificações do 
Sistema Financeiro Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório 
FEBRABAN 
 
 
 
 
 
www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 
3 
 
ÍNDICE 
PREFÁCIO ........................................................................................................................................................................................5 
MÓDULO I - CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN .........................................................6 
1.1. ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES (RESOLUÇÕES 3954 E 3959/11) ............................................................................................7 
1.1.1 CMN – Conselho Monetário Nacional ...........................................................................................................................7 
1.1.2 COMOC - Comissão Técnica da Moeda e do Crédito .....................................................................................................9 
1.1.3 BACEN Banco Central do Brasil .....................................................................................................................................9 
1.1.4 COPOM – Comitê de Política Monetária .....................................................................................................................10 
1.1.5 Instituições Financeiras Públicas ................................................................................................................................12 
1.1.6 Instituições Financeiras Privadas ...............................................................................................................................12 
1.2. ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES (RESOLUÇÕES 3954 E 3959/11) ......................................................................................13 
1.3. LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO (RESOLUÇÃO 3.516/07) .............................................18 
1.4. CUSTO EFETIVO TOTAL – CET (RESOLUÇÃO CMN Nº 3.517/2007) .....................................................................................18 
1.5. COBRANÇA DE TARIFAS (RESOLUÇÃO 3518/07 E 3919/10) ......................................................................................................19 
1.5.1 Serviços Essenciais ......................................................................................................................................................20 
1.5.2 Serviços Prioritários ...................................................................................................................................................20 
1.5.3 Pacote Padronizado de Tarifas ...................................................................................................................................21 
1.5.4 Serviços Especiais .......................................................................................................................................................21 
1.5.5 Serviços Diferenciados ...............................................................................................................................................21 
1.5.6 Cartões Crédito – Tarifas (Resolução 3.919/10) ..........................................................................................................22 
1.6. SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA (CÓDIGO E NORMATIVO 001/08) .............................................................................22 
1.7. SIGILO DAS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS (LEI COMPLEMENTAR Nº 105/01) .......................................................................25 
1.8. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (LEI 116/03) ...................................................................26 
1.9. IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................27 
1.10. CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO (RES. 2682/99) ...................................................................................28 
1.11. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO (LEIS 9613/98 E 12683/12 E CIRCULAR BACEN 3461/09) ...........................................29 
1.12. CONTROLE DE LAVAGEM (BACEN CIRCULAR 3461/09) ..........................................................................................................31 
1.13. MATEMÁTICA FINANCEIRA ...........................................................................................................................................33 
1.13.1 Itens necessários para o cálculo financeiro ................................................................................................................34 
1.13.2 Capitalização ..............................................................................................................................................................34 
1.13.3 Juros Simples ..............................................................................................................................................................34 
1.13.4 Juros Compostos ........................................................................................................................................................35 
1.13.5 Juros Pós, Pré-Fixados e de Mora ...............................................................................................................................36 
1.13.6 Taxas ..........................................................................................................................................................................36 
1.13.7 Custo Efetivo Total .....................................................................................................................................................37 
1.13.8 Liquidação Antecipada de Contratos .........................................................................................................................37 
1.13.9 Sistemas de Amortização ...........................................................................................................................................38 
1.14. CRÉDITO .........................................................................................................................................................................41 
1.14.1 Mercado de crédito ....................................................................................................................................................41 
1.14.2 Crédito: os 5 c’s ...........................................................................................................................................................41 
1.14.3 Análise de Crédito ......................................................................................................................................................42 
1.14.4 Modalidades de Crédito .............................................................................................................................................43 
1.15. CCB E FORMALIZAÇÃO DO CRÉDITO ......................................................................................................................................47 
MÓDULO II – RELACIONAMENTOCOM O CONSUMIDOR: PROTEÇÃO E DEFESA ........................................................................49 
2.1. LEI 8.078/90 – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................................................................50 
2.2. DECRETO 2.181/97 – SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR ....................................................................................56 
2.3. RESOLUÇÃO 3.883/10 – PENALIDADES RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DE INFORMAÇÕES. ................................................................57 
2.4. DECRETO 6.523/08 – SAC (SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR ................................................................................58 
2.4.1 Sistemas Informatizados de Clientes .........................................................................................................................59 
2.5. RESOLUÇÃO 3.849/10 – OUVIDORIA .................................................................................................................................60 
2.6. PROCON - PORTARIA NORMATIVA NO 21/05 .........................................................................................................................62 
 
 
Curso Preparatório 
FEBRABAN 
 
 
 
 
 
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4 
 
2.6.1 Procedimento de atendimento dos Órgãos de Proteção ...........................................................................................62 
2.7. PROCON – PORTARIA NORMATIVA NO 33/09 .......................................................................................................................64 
2.8. ÉTICA NO ATENDIMENTO ..............................................................................................................................................66 
MÓDULO IIIA – CRÉDITO VEÍCULOS .................................................................................................................................................68 
3.1. LEI 6.099/74 – LEASING E ASPECTO TRIBUTÁRIO ...................................................................................................................69 
3.2. LEI 11.649/08 – LEASING DE VEÍCULOS .................................................................................................................................70 
3.3. RESOLUÇÃO 2.309/96 – NORMAS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................................................................................70 
3.3.1 Características de Leasing ..........................................................................................................................................70 
3.3.2 Contratos de Arrendamento Mercantil ......................................................................................................................71 
3.4. CIRCULAR BACEN 3248/06 .................................................................................................................................................73 
3.5. NORMATIVO 005/2009 ......................................................................................................................................................74 
3.5.1 Documentos para oferta de operações no mercado de veículos ...............................................................................74 
3.6. PROCEDIMENTOS DA OPERAÇÃO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS. .........................................................................................75 
MÓDULO IIIB – CRÉDITO CONSIGNADO ..........................................................................................................................................76 
4.1. LEI 10.820/03 – AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO EM FOLHA ....................................................................................................77 
4.2. INSS E LEI 10.953/04 ........................................................................................................................................................78 
4.3. LEI 8112/90 – SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS .....................................................................................................................78 
4.4. LEI 8213/91 – PLANO DE BENEFÍCIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL .................................................................................................79 
4.5. CONSIGNADO PARA SERVIDORES PÚBLICOS (ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS): DECRETOS 4.840/03 E 6.386/08 ......................80 
4.6. CIRCULAR BACEN 2.905/99 E 2.936/99 – PRAZOS MÍNIMOS EM OPERAÇÕES DE RENDA FIXA E INFORMAÇÕES DE ENCARGOS. .......82 
4.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/DC Nº 121/05 – PROCEDIMENTO GERAL PARA CONSIGNAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS .............................82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
As Instituições Financeiras são autorizadas por 
determinação do BACEN para credenciar 
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS com o intuito 
de atuarem na conquista de operações 
financeiras ou não financeiras em seu nome junto 
ao público em geral. 
 
Normatiza tal atividade a Resolução: BACEN 3.110 
e 3.156 e BACEN 3.954 e Resolução BACEN 3.959, 
de 2.011. A criação dessa atribuição tem finalidade 
de dar acesso às Pessoas Físicas, trabalhadores e 
aposentados uma linha crédito com taxas de 
juros mais atrativas em relação às taxas de juros 
de empréstimos pessoais praticadas pelo 
mercado. 
 
Além dos Correspondentes do Consignado se 
observou um desenvolvimento importante da 
atividade dos Correspondentes que foram os 
financiamentos de veículos e CDC( Crédito Direto 
ao Consumidor). 
 
Os Correspondentes podem realizar as seguintes 
funções: 
• Encaminhar propostas de abertura de contas de 
depósitos à vista, a prazo ou poupança; 
• Receber e pagar contas, aplicação e resgates em 
fundos de investimentos (desde que certificados 
também pela Anbima); 
• Efetuar ordens de pagamentos; 
• Fazer pedidos de empréstimos e financiamentos; 
• Fazer análise de crédito e cadastro; 
• Terceirizar serviços de cobranças; 
• Enviar pedidos de cartões de créditos; e 
• Atuar no processamento de dados. 
 
Os contratos para prestação de serviços de 
Correspondente são firmados entre a Instituição 
Financeira representada e Empresa 
Representante, regularmente constituída (com 
CNPJ) e objeto social com foco nesta atividade. 
Constam no contrato no mínimo, as seguintes 
cláusulas: 
• Garantia total de responsabilidade da 
instituição autorizada pelo BACEN pelos serviços 
prestados pelos Correspondentes; 
 
• Acesso ilimitado do BACEN a todas as 
informações, dados e documentos relativos à 
empresa contratada e à suas operações; 
 
• Substabelecimento do contrato a terceiros, ou 
seja, a empresa não poderá repassar o contrato à 
outra prestadora de serviços que precise da 
autorização expressa do banco ou da instituição 
financeira contratada. 
 
Não é permitido aos Correspondentes: 
• Adiantar recursos aos clientes antes de 
liberados pela instituição financeira; 
 
• Efetuar a cobrança ou exigência de qualquer 
taxa, tarifa ou comissão, por sua conta, pelos 
serviços de intermediação prestados aos clientes; 
 
• Dar aprovação ou consentimento no lugar do 
Banco ofertante da operação de crédito ou 
serviços, substituindo a alçada deste. 
 
Sendo procurador do Banco, mesmo que a 
responsabilidade da prestação de serviços seja da 
instituição financeira, os Correspondentes têm a 
responsabilidade moral de honrar com a 
representação que lhe é confiada, devendo agir 
sob os preceitos da Instituição Financeira, ciente 
de que seus atos deverão se pautar pela 
qualidade no relacionamento com o mercado 
como se um Departamento, Agência ou 
Dependência direta da Instituição fosse. 
 
É por esta razão que a atividade de 
correspondente bancário foi regulamentada 
através da exigência de certificação própria na 
área.MÓDULO I - Conhecimentos gerais sobre o 
Sistema Financeiro Nacional – SFN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1. Atividades dos Correspondentes 
(Resoluções 3954 e 3959/11) 
 
 A estrutura do Sistema Financeiro 
Nacional possui como principais objetivos 
viabilizar, intermediar, regular e coordenar a 
relação geral nos mercados financeiros entre os 
Agentes Poupadores (Superavitários em 
Recursos) e os Agentes Tomadores (Deficitários 
em Recursos). Composto por um conjunto de 
instituições públicas e privadas, o SFN se divide 
em dois grupos: Normativo e Operativo. 
 
A Lei 4.595/64 instituiu o Sistema Financeiro 
Nacional. Este fora administrado pelo SUMOC - 
Superintendência Monetária de Moeda e Crédito 
até o ano de 1965, quando o BACEN iniciou suas 
atividades. Os Bancos eram denominados de 
Casas Bancárias. 
 
Castelo Branco assinou a lei em 31 de Dezembro 
de 1.964 em conjunto com demais generais. 
Desde então ela se mantém como estrutura 
principal ao SFN. 
 
Já a partir de 2002, houve criação do SPB - 
Sistema de Pagamentos Brasileiro. É o conjunto 
dos procedimentos e regras estabelecidas com 
finalidade de transferir recursos e liquidar 
operações financeiras realizadas na forma 
eletrônica diariamente entre os agentes 
econômicos. Abrange empresas, governos, 
pessoas físicas, Bacen e as instituições 
financeiras. 
 
Trouxe mais segurança e mais agilidade nas 
transações bancárias. Reduziu de forma 
significativa o Risco Sistêmico, pois criou a 
liquidação as operações de transferência em 
tempo real (TED) somente podendo ser realizada 
com recursos disponíveis em conta, não sendo 
possível realizar o estorno desta operação. 
Eliminou a necessidade de intervenção do BACEN 
em fatos extraordinários. O BACEN monitora e 
participa do SPB por meio do Sistema de 
Transferência de Reservas - STR. 
O Sistema Financeiro Nacional está constituído 
conforme abaixo (Constituição atualizada pela 
Resolução BACEN no. 849 de 20 de julho de 1983 
e Decreto no. 1.307 de 09 de Novembro de 1.994). 
 
1.1.1 CMN – Conselho Monetário Nacional 
 O Conselho Monetário Nacional é o órgão 
superior do Sistema Financeiro Nacional. Criado 
em 1964 sob a Lei nº 4.595, tem como principais 
funções NORMATIZAR e REGULAR o 
funcionamento dos intermediadores no sistema 
econômico do Brasil. 
São integrantes: 
 Ministro da Fazenda (Presidente do 
CMN) 
 Ministro do Planejamento 
 Presidente do BACEN 
 
As principais funções do CMN são: 
 Normatizar a constituição e regulamento 
das instituições financeiras; 
 Determinar a política cambial em geral 
 Aprovar as emissões de papel moeda (R$ - 
reais); 
 Estabelecer as medidas e políticas 
necessárias para o equilíbrio econômico 
(Redesconto e Compulsório); 
 Definir a meta anual da inflação. 
 Formular a política da moeda e do crédito, 
objetivando o progresso econômico e social 
do País. 
 Adaptar o volume dos meios de 
pagamento às reais necessidades da 
economia nacional e seu processo de 
desenvolvimento; 
 Regular o valor interno da moeda, para 
prevenir ou corrigir os momentos 
inflacionários ou deflacionários de origem 
interna ou externa; 
 Regular o equilíbrio no balanço de 
pagamentos do País, tendo em vista a melhor 
http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/1983/pdf/res_0849_v1_o.pdf
http://www.bcb.gov.br/pre/leisedecretos/port/dec1307.pdf
 
 
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8 
 
utilização dos recursos em moeda 
estrangeira; 
 Orientar a aplicação dos recursos das 
instituições financeiras, tendo em vista 
propiciar, condições favoráveis ao 
desenvolvimento harmônico da economia 
nacional; 
 Propiciar o aperfeiçoamento das 
instituições e dos instrumentos financeiros, 
com vistas à maior eficiência do sistema de 
pagamentos e de mobilização de recursos; 
 Zelar pela liquidez e solvência das 
instituições financeiras; 
 Estabelecer as políticas monetária, 
creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida 
pública, interna e externa. 
 
Principal função CMN: 
Estabelecer a meta anual de 
Inflação (IPCA) 
 
 
 
 
 
Reuniões CMN 
 O CMN reunir-se uma vez por mês e 
extraordinariamente por convocação do seu 
presidente. São discutidos assuntos da pauta, da 
extra-pauta e assuntos gerais. 
 Participam das reuniões do CMN: 
I - os Conselheiros; 
II - os membros da COMOC; 
III - os Diretores de Administração e Fiscalização 
do BACEN; 
IV - representantes das Comissões Consultivas, 
quando convocados pelo Presidente do CMN. 
Poderão assistir às reuniões do CMN: 
a) assessores credenciados individualmente pelos 
conselheiros; 
b) convidados do presidente do conselho, 
c) funcionários da secretaria-executiva do 
conselho, credenciados pelo Presidente do 
BACEN. 
Somente aos conselheiros é dado o direito de 
voto. 
A votação ocorrerá após o encerramento dos 
debates de cada assunto. As decisões do CMN 
serão tomadas por maioria simples de votos. 
As decisões de natureza normativa serão 
divulgadas mediante resoluções assinadas pelo 
Presidente do BACEN, veiculadas pelo Sistema de 
Informações BACEN (Sisbacen) e publicadas no 
Diário Oficial da União. 
As decisões que não envolvam natureza 
normativa serão comunicadas pela Secretaria- 
Executiva do CMN, por meio de correspondência. 
As decisões de caráter confidencial serão 
comunicadas somente aos interessados. 
 
PRESIDENTE DO CMN - Funções 
I. Convoca as reuniões ordinárias e 
extraordinárias, abrir as reuniões e 
dirigir os trabalhos, observadas as 
disposições deste regimento; 
 
II. Define a pauta dos assuntos a serem 
discutidos em cada reunião; 
 
III. Convida para participar das reuniões 
do conselho sem direito a voto, outros 
Ministros de Estado, assim como 
representantes de entidades públicas 
ou privadas; 
 
IV. Convoca reuniões extraordinárias da 
Comissão Técnica da Moeda e do 
Crédito e das Comissões Consultivas 
por Iniciativa própria ou por solicitação 
dos demais membros do CMN. 
 
CONSELHEIROS - Funções 
I. Apresentam proposta ao CMN, na 
forma de voto, observadas as 
disposições deste regimento; 
II. Submetem ao colegiado o exame da 
conveniência de não divulgação de 
matéria tratada nas reuniões; 
 
 
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9 
 
III. Solicitam manifestação da COMOC ou 
assessoramento das Comissões 
Consultivas; 
IV. Solicitam visto de assuntos constantes 
da pauta ou apresentado extra pauta; 
V. Fazer declaração de voto; 
 
COMISSÕES CONSULTIVAS - Funções 
O funcionamento das Comissões Consultivas é 
determinado pelo Conselho Monetário Nacional. 
As Comissões Consultivas são as seguintes: 
I - de Normas e Organização do Sistema 
Financeiro; 
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de 
Futuros; 
III - de Crédito Rural; 
IV - de Crédito Industrial; 
V - de Endividamento Público; 
VI - de Política Monetária e Cambial; e 
VII - de Processos Administrativos. 
 
É função das Comissões Consultivas apreciar 
matérias atinentes às suas finalidades, propor 
alteração em seu regimento interno, e convidar 
pessoas ou representantes de entidades públicas 
ou privadas para participar de suas reuniões. 
 
SECRETARIA EXECUTIVA 
Função exercida pelo BACEN, a que deverá: 
I. Organizar a pauta das reuniões do colegiado; 
II. Comunicar aos conselheiros a data, a hora e o 
local das reuniões ordinárias ou a convocação 
para as reuniões extraordinárias; 
III. Enviar aos conselheiros e demais participantes 
das reuniões, imediatamente após a sua 
definição, a pauta de cada reunião e cópia dos 
assuntos nela incluídos, conferindo-lhe 
tratamento confidencial; 
IV. Prover os serviços de secretaria nas reuniões 
do conselho, elaborando inclusive as respectivas 
atas; 
V. Manter arquivo e ementáriode assuntos de 
interesse do CMN, bem como das decisões 
adotadas em suas reuniões; 
VI. Colher a assinatura dos conselheiros nas atas 
das reuniões, após sua aprovação pelo colegiado; 
VII. Prover os serviços de secretaria e de apoio 
administrativo à COMOC e às Comissões 
Consultivas do conselho; 
VIII. Encaminhar à COMOC as propostas dos 
conselheiros para sua manifestação prévia; 
IX. Encaminhar ao Presidente do CMN os 
expedientes recebidos, devidamente instruídos; 
X. Encaminhar aos conselheiros, cópia das atas e 
das resoluções baixadas pelo CMN; 
XI. Encaminhar às Comissões Consultivas os 
assuntos que lhe forem destinados. 
 
1.1.2 COMOC - Comissão Técnica da Moeda 
e do Crédito 
I - Propõe a regulamentação das matérias 
tratadas na Medida Provisória n° 681, de 27 de 
outubro de 1994, de competência do Conselho 
Monetário Nacional; 
II - manifesta-se, previamente, na forma prevista 
em seu regimento, sobre as matérias de 
competência do CMN, especialmente aquelas 
constantes da Lei n° 4.595/64; 
III - examina requerimentos de vantagens fiscais e 
correlatas cuja concessão dependa de aprovação 
do conselho; 
IV - convida pessoas ou representantes de 
entidades públicas ou privadas para participar de 
suas reuniões; 
V - propõe ao CMN alterações em seu regimento 
interno; 
VI - outras atribuições que lhe forem cometidas 
pelo CMN. 
1.1.3 BACEN Banco Central do Brasil 
 O Banco Central do Brasil – BCB 
ou BACEN, criado pela Lei 4.595/64. O 
BACEN é autarquia federal comandada 
pelo Ministério da Fazenda. 
 Sua principal função é de executar as 
disposições da legislação em curso e do CMN. 
Executa as seguintes atividades: 
 
 
 
 
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10 
 
 Controlar o Crédito. 
 Executar as normas definidas pelo 
Conselho Monetário Nacional; 
 Executar as políticas econômicas (cambial 
e monetária); 
 Efetuar as emissões de papel moeda (R$ - 
reais); 
 Efetuar as operações de compra e venda 
de Títulos Públicos Federais; 
 Autorizar o funcionamento das 
Instituições Financeiras; 
 Fiscalizar as Instituições Financeiras; 
 Executar operações de Redesconto e 
empréstimo às Instituições Financeiras; 
 Regular a movimentação de capital 
estrangeiro 
 Exercer o recolhimento do Compulsório 
nas Instituições Financeiras; 
Dica + > guarde os seguintes termos: regular, 
administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar, 
controlar e exercer. BACEN é órgão responsável 
por buscar o cumprimento todas as 
determinações do CMN. 
 
Outras Funções do BACEN 
•Regulamentar, autorizar e fiscalizar as 
atividades dos consórcios, fundos mútuos ou 
outras formas associativas; 
•Normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades 
de arrendamento mercantil, as sociedades de 
crédito imobiliário e as associações de poupança 
e empréstimos; 
•Acompanhar as operações de endividamento de 
estados e municípios; 
 
 O BACEN acumula dólares comprando no 
mercado, fazendo emissões de títulos da dívida 
pública (Global Bonds) e aplicando nas treasuries 
- títulos do tesouro dos Estados Unidos. Os 
dólares das reservas internacionais oferecem 
garantias e autonomia contra eventuais 
oscilações ou crises econômicas de escala 
mundial. Tudo isso deverá ser muito equilibrado a 
fim de não ser elevada a dívida interna brasileira. 
Além disso, o BACEN fiscaliza e aplica as regras 
nas atividades do Sistema Financeiro Nacional 
expedindo para tal as resoluções e circulares 
necessárias para as Instituições Financeiras. 
Todas as transações cambiais deverão ser 
intermediadas pelo BACEN, que recepciona os 
fechamentos realizando estas operações. 
 
Quando esse Banco tiver que pagar esse 
empréstimo, entregará ao BACEN, reais 
equivalentes, que convertidos à taxa de câmbio 
montarão os recursos para o pagamento do 
credor no exterior. O BACEN faz a conversão de 
tal maneira que mesmo transacionando, 
nominalmente, em moeda estrangeira, a 
Instituição Financeira, estará transacionando no 
mercado local à moeda local. 
O mesmo ocorre com o exportador. Ele vende 
seus produtos em moeda estrangeira. O 
comprador do exterior remete o valor da 
transação na moeda correspondente, só que não 
diretamente ao exportador, e sim ao BACEN que 
se encarrega de converter à moeda local e 
entregar ao exportador. Sentido contrário ocorre 
com o Importador que paga em reais ao BACEN e 
este paga em moeda estrangeira ao Exportador 
lá fora. 
 
1.1.4 COPOM – Comitê de Política 
Monetária 
• Executa as diretrizes da Política 
Monetária. 
• Define a taxa de juros básica (TAXA SELIC 
META) da economia. 
• A cada 45 dias têm reunião. 
• Cumpre a meta da inflação do CMN. 
(Quanto maiores os JUROS, mais caras as 
parcelas, menos consumo, reduzindo a 
INFLAÇÃO.) 
• A taxa de juros SELIC Meta fixada na 
reunião do Copom regula todas as outras 
taxas do Brasil. Expressas de forma anual 
(252 dias úteis). 
 
 
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• Regime de Metas da Economia: 1º CMN – 
IPCA (anual) / 2º COPOM - Taxa Selic Meta 
(45 dias) 
 
 ORÇAMENTO MONETÁRIO 
 O CMN aprova os orçamentos monetários 
elaborados pelo BACEN. Este orçamento analisa 
exatamente a necessidade de liquidez em moeda 
no mercado. Tais medidas são essenciais para se 
determinar os percentuais de compulsório junto 
aos Bancos, assim como os empréstimos 
liberados pelo BACEN (Redesconto). 
 
 
 MEIOS DE PAGAMENTOS 
 
No Brasil existem 5 agregados 
monetários: M0, M1, M2, M3, 
M4. 
 
 
 Meios de Pagamento Restritos: 
M0 = papel moeda em circulação no mercado 
M1 = papel moeda em poder do público + 
depósitos à vista 
Meios de Pagamento Ampliados: 
M2 =M1 + depósitos especiais remunerados + 
depósitos de poupança + títulos emitidos por 
instituições depositárias; 
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + 
operações compromissadas registradas no Selic 
Poupança financeira: 
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez 
 
 
a) O denominado M0 é representado pelo papel 
moeda em circulação (PMPP – Papel Moeda em 
Poder do Público). O PMPP é o resultado da 
diferença entre o Papel-moeda emitido pelo 
Banco Central do Brasil e as disponibilidades de 
"caixa" do sistema bancário (PME – CaixaBC - 
CBCom); 
b) O denominado no mercado como M1 é 
representado pelo M0, mais os depósitos à vista 
(DVCOM - Depósitos à vista Bancos Comerciais) 
no sistema Bancário; 
c) O denominado M2 é M1 + recolhimento de 
compulsórios ou recolhimentos ao BACEN + 
depósitos de poupança + títulos emitidos pelas 
instituições financeiras como: CDB’s – 
Certificados de Depósitos Bancários e outros; 
d) O denominado M3 é M2 + quotas de fundos de 
renda fixa + operações compromissadas 
registradas no Selic – Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia; 
e) O denominado M4 que é M3 + títulos públicos 
de alta liquidez. 
 
Moeda manual – Composta pelo valor da moeda 
metálica e papel moeda em poder do público; 
 
Moeda escritural – A soma do total dos saldos 
dos depósitos bancários de livre movimentação, 
isto é, os depósitos à vista, mantidos pelo público 
nas instituições financeiras, nas contas correntes. 
 
 LIQUIDEZ DO MERCADO 
 De uma maneira geral, o CMN tem o poder 
da Política Monetária e deve zelar pela liquidez 
do mercado. A liquidez do mercado é dada por 
uma série de medidas que iremos comentar ao 
longo deste Capítulo, mas em linhas gerais 
sempre que o CMN autorizar a emissão de 
moeda, o objetivo é aumentar a liquidez do 
mercado e colocar mais moeda em circulação 
(aumentar o M1). Quando o objetivo é de 
enxugar a liquidez ocorre o contrario, tendo a 
decisão de vender Títulos emitidos pelo Governo 
para obter a troca de moeda, ou seja, diminui o 
M1 e aumenta o M2. 
 Um dos fatores que fazem aumentar a 
liquidez do mercado é a emissão de papel moeda. 
O que faz enxugar a liquidez do mercado é a 
emissão de Títulos Públicos que são vendidos aos 
Investidores,recebendo, em contra partida, 
moeda corrente ou pagamento via transferência 
bancária e, assim, “retirar moeda de circulação” 
enxugando a liquidez. 
 
 
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Enxugar a liquidez ou expandir a liquidez está 
diretamente ligado a atividade dos 
Correspondentes, se o Conselho Monetário 
Nacional, em função da Política Monetária 
traçada pelo Governo, tomar a decisão de 
enxugar a liquidez, o volume de recursos 
disponíveis ao mercado será menor e menor será 
o valor disponível para crédito, ou seja, restringe 
as operações de crédito e, restringe a atividade 
do CORRESPONDENTE. 
 
 
1.1.5 Instituições Financeiras Públicas 
 A Caixa Econômica Federal, BASA - Banco 
da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixas 
Estaduais, Bancos de Desenvolvimento Estaduais 
ou Regionais e Bancos Estaduais (Banrisul) são 
Bancos Públicos. 
Dão suporte aos 
Governos Federais, 
Estaduais, Municipais. 
 Implementam medidas da Política 
Monetária da União. O CMN instruirá as 
modalidades operacionais para estas IF’s. 
 
A seleção dos Diretores das instituições 
financeiras públicas federais e a determinação 
dos seus Presidentes e substitutos observarão o 
mesmo critério aplicado ao Banco Brasil. 
 
BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social executa a política de 
investimentos do Governo Federal, promovendo 
o financiamento de setores econômicos. 
 
As instituições financeiras públicas privadas são 
importantes instrumentos intermediadores da 
economia, porém seu objetivo é o lucro na 
atividade financeira. 
 
1.1.6 Instituições Financeiras Privadas 
 São Sociedades Anônimas Abertas com 
ações nominativas. 
 O BACEN 
determinará o mínimo 
de capital social para a 
sua constituição, 
integralizado com 
moeda em espécie. 
 Poderão ter participação em demais 
empresas de capital aberto em bolsa, porém 
somente mediante autorização do BACEN. 
As instituições financeiras levantarão balanços 
gerais a 30 de junho e 31 de dezembro de cada 
ano, obrigatoriamente, com observância das 
regras contábeis COSIF estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional. 
 É vedado às instituições financeiras 
privadas conceder empréstimos ou 
adiantamentos: 
 I - Aos seus diretores e membros dos 
conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e 
semelhantes, bem como aos respectivos 
cônjuges; 
 II - Aos parentes, até o 2º grau, das 
pessoas a que se refere o inciso anterior; 
 III - Às pessoas físicas ou jurídicas que 
participem de seu capital, com mais de 10% (dez 
por cento), salvo autorização BACEN, em cada 
Expansionista Liquidez 
Compulsório 
Diminuição 
de % recolhido 
nos Bancos 
Aumenta 
Redesconto 
Aumento de 
Prazo das 
operações 
e/ou redução 
da taxa 
Contracionista Liquidez 
Compulsório 
Aumento de % 
recolhido nos 
Bancos 
Reduz 
Redesconto 
Redução de 
prazo das 
operações 
e/ou aumento 
da taxa 
 
 
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caso, quando se tratar de operações lastreadas 
por efeitos comerciais resultantes de transações 
de compra e venda ou penhor de mercadorias, 
em limites que forem fixados pelo Conselho 
Monetário Nacional, em caráter geral; 
 IV - Às pessoas jurídicas de cujo capital 
participem, com mais de 10% (dez por cento) do 
total do PL; 
 V - Às pessoas jurídicas de cujo capital 
participem com mais de 10% (dez por cento), 
quaisquer dos diretores ou administradores da 
própria instituição financeira, bem como seus 
cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau. 
 VI - Emitir debêntures e partes 
beneficiárias (títulos que dão direito a seus 
titulares de participarem dos lucros anuais da 
empresa); 
 VII - Adquirir bens imóveis não destinados 
ao próprio uso, salvo os recebidos em liquidação 
de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, 
caso em que deverão vendê- los dentro do prazo 
de um (1) ano, a contar do recebimento, 
prorrogável até duas vezes, a critério do BACEN; 
 VIII - As instituições financeiras que não 
recebem depósitos do público poderão emitir 
debêntures, desde que previamente autorizadas 
pelo BACEN, em cada caso; 
 IX - Aplicam-se às instituições financeiras 
estrangeiras em funcionamento ou que venham a 
se instalar no País, as disposições da presente lei, 
sem prejuízo das que se contém na legislação 
vigente. 
 
PENALIDADES AOS BANCOS 
Os diretores e gerentes 
das instituições 
financeiras respondem 
solidariamente pelas 
obrigações assumidas 
pelas mesmas durante 
sua gestão, até que 
elas se cumpram. 
 Havendo prejuízos, a responsabilidade 
solidária se circunscreverá ao respectivo 
montante. O responsável que autorizar a 
concessão de empréstimos acima ficará sujeito, 
sem prejuízo das sanções administrativas ou civis 
cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do 
empréstimo ou adiantamento concedido, cujo 
processamento obedecerá no que couber ao 
disposto nesta lei. 
 As infrações aos dispositivos desta lei 
sujeitam as instituições financeiras, seus 
diretores, membros de conselhos 
administrativos, fiscais e semelhantes, e 
gerentes, às seguintes penalidades, sem prejuízo 
de outras estabelecidas na legislação vigente: 
 I – Advertência; 
 II - Multa pecuniária variável; 
 III - Suspensão do exercício de cargos; 
 IV - Inabilitação temporária ou 
permanente para o exercício de cargos de 
direção na administração ou gerência em 
instituições financeiras; 
 V - Cassação da autorização de 
funcionamento das instituições financeiras 
públicas, exceto as federais, ou privadas; 
 VI – Detenção; 
 VII – Reclusão. 
As instituições financeiras públicas não federais e 
as privadas devem seguir os termos da legislação 
vigente. 
 
1.2. Atividades dos Correspondentes 
(Resoluções 3954 e 3959/11) 
 Estas normas dispõem sobre a 
contratação, de empresas, integrantes ou não do 
Sistema Financeiro Nacional, para o desempenho 
das funções de correspondente no País, com 
vistas à prestação dos serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 Liberam a escolha de contratação de 
Correspondentes no País, às outras instituições 
 
 
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financeiras e demais instituições autorizadas a 
funcionar pelo BACEN como as cooperativas de 
crédito, as companhias hipotecárias, as 
sociedades de crédito ao microempreendedor e 
as sociedades corretoras e distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários. 
 A RESOLUÇÃO 3.954 modernizou e 
estendeu os conceitos da atividade do 
Correspondente Bancário, principalmente no que 
tange a atividade de câmbio dos 
Correspondentes Bancários vinculados à Caixa 
Econômica Federal com atividades de prestação 
de serviços lotéricos, as chamadas Casas 
Lotéricas e Agências da ECT Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos. 
 Houve a implantação da obrigatoriedade 
da Certificação por Entidades Credenciadas dos 
Correspondentes Bancários. 
 O objetivo da atividade do 
Correspondente Bancário é oferecer o acesso da 
população ao Sistema Financeiro Nacional. A 
atividade busca a melhoria das condições na 
obtenção de crédito, de realização de poupança 
e de aquisição de produtos financeiros. A 
resolução antevê estruturas competentes de 
oferecer segurança e confiabilidade aos serviços 
prestados por meio de correspondentes. 
 A certificação do Correspondente 
Bancário traz ao mercado a padronização e 
normas do BACEN quanto aos quesitos exigidos 
para a prática da atividade, garantindo a 
qualidade dos serviços das instituições 
credenciadoras. 
 
Atividades Admitidas 
a. receber e enviar de propostas de abertura 
de contas à vista, a prazo ou poupança; 
b. efetuar recebimentos, pagamentos ou 
transferências eletrônicas para 
movimentação de contas de depósitos de 
titularidade de clientes mantidas pela 
instituição contratante; 
c. efetuar recebimentos e pagamentos de 
qualquer natureza, eoutras atividades 
decorrentes da execução de contratos e 
convênios de prestação de serviços 
mantidos pela instituição contratante com 
terceiros; 
d. emissão e recebimento de ordens de 
pagamento cursadas por intermédio da 
instituição contratante por solicitação de 
clientes e usuários; 
e. recebimento e envio de propostas para 
operações de crédito e arrendamento 
mercantil de concessão da instituição 
contratante; 
f. recebimentos e pagamentos relacionados 
a letras de câmbio de aceite da instituição 
contratante; 
g. efetuar cobrança extrajudicial, relativa a 
créditos de titularidade da instituição 
contratante ou de seus clientes; 
h. receber e encaminhar de propostas de 
fornecimento de cartões de crédito de 
responsabilidade da instituição 
contratante; e, 
i. realizar de operações de câmbio de 
responsabilidade da instituição 
contratante, observado o disposto 
adiante. 
 
Operações de Câmbio 
Apenas as funções abaixo serão permitidas: 
 Compra e venda de moeda estrangeira em 
espécie, cheque ou cheque de viagem; 
 Receber e emitir (ativa ou passiva) ordens de 
pagamento relativas às transferências 
unilaterais do ou para o exterior; e, 
 Recepção e 
encaminhamento de 
propostas de operações 
de câmbio. 
 Observar as disposições 
do Regulamento do 
Mercado de Câmbio e 
Capitais Estrangeiros 
(RMCCI). 
 
 
 
 
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Serão representadas nestas atividades: 
a) Instituição financeira ou instituição 
autorizada a funcionar pelo BACEN; 
b) Pessoas jurídicas cadastradas no 
Ministério do Turismo como prestadores 
de serviços turísticos remunerados, na 
forma da regulamentação em vigor; 
c) Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos (ECT); e, 
d) Permissionários de serviços lotéricos. 
 Caso os Correspondentes possam prestar 
tal atividade de câmbio, haverá obrigatoriedade 
de entrega ao cliente de comprovante para cada 
operação de câmbio realizada, contendo a 
identificação das partes, a indicação da moeda 
estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em 
moeda estrangeira e em moeda nacional; e, 
Contrato com a Instituição 
 O contrato de correspondente deve 
estabelecer algumas medidas essenciais para a 
boa representação bancária. O correspondente 
deverá manter obrigatoriamente vínculo 
empregatício conforme CLT ou contratual com as 
pessoas prestadoras de serviços envolvidas nas 
atividades contratadas. É proibida a utilização de 
instalações cujo layout, fachadas, logomarca e 
publicidade seja igual às adotadas pela instituição 
credenciadora em suas agências e postos de 
atendimento próprios. Seguem algumas medidas 
adicionais: 
 
 Divulgação pelo Correspondente ao público 
de sua condição de prestador de serviços à 
instituição contratante, identificada pelo 
nome com que é conhecida no mercado, com 
descrição dos produtos e serviços oferecidos 
e telefones dos serviços de atendimento e de 
ouvidoria da instituição contratante, por 
meio de painel visível mantido nos locais 
onde seja prestado atendimento aos clientes 
e usuários; 
 Fechamento de caixa entre a instituição 
contratante e o correspondente, no máximo, 
a cada dois dias úteis; 
 Para empréstimos e financiamentos, a 
liberação de recursos deverá ser efetuada 
mediante cheque nominativo, cruzado e 
intransferível, de emissão da instituição 
financeira contratante a favor do 
beneficiário ou da empresa comercial 
vendedora, ou crédito em conta de 
depósitos à vista do beneficiário ou da 
empresa comercial vendedora (TED ou DOC, 
sendo vedados entrega de valores em 
espécie; 
 Proibida a contratação de entidade cujo 
controle societário seja exercido por 
administrador de quaisquer instituições 
pertencentes ao conglomerado integrado 
pela instituição contratante. 
 Não é admitida a celebração de contrato de 
correspondente que configure contrato de 
franquia. 
 Em caso de substabelecimento deste 
contrato: 
 a) Admite-se o substabelecimento do 
Correspondente, em um único nível, desde que o 
contrato inicial preveja essa possibilidade e as 
condições para sua efetivação. 
 b) responsabilidade da IF (Banco) perante 
toda e qualquer prestação de serviços do 
Correspondente, caso exista substabelecimento 
do contrato a terceiros (somente mediante 
anuência da Instituição Financeira). 
 b) acesso total aos dados do 
Correspondente no BACEN. 
 
Atividades vedadas aos correspondentes: 
 Antecipação de recursos a serem 
liberados pela instituição financeira 
contratante; 
 Limitação de cada operação num 
valor máximo de US$ 3.000,00 ou 
seu equivalente, caso transações 
em demais moedas estrangeiras. 
 
 
 
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 Emitir a seu favor títulos ou carnês de 
cobrança das parcelas das operações 
intermediadas; 
 Cobrar, por iniciativa própria, qualquer 
tarifa relacionada com a prestação dos 
serviços a que se refere o contrato; 
 Prestar garantias aos clientes nas 
operações a que se refere o contrato; 
 Fazer uso de nome “Banco” utilizar sem a 
prévia autorização do BACEN. 
 Substabelecer contratos nas atividades 
relacionadas às operações de câmbio. 
 
Os Correspondentes contratados para a prestação 
de serviços estão sujeitos às penalidades previstas 
na Lei 4.595, de 1964, que criou o SFN, não 
podendo efetuar operações de crédito que não 
envolvam a Instituição Financeira Credenciadora. 
Processos nas operações de crédito e 
arrendamento mercantil. 
 
 Correspondente não poderá omitir as 
modalidades oferecidas pelas Instituições 
Financeiras as quais presta serviços. 
 Divulgação pública através de crachá pessoal 
na equipe de funcionários (com CPF). 
 As propostas deverão ser encaminhadas à IF 
com identificação do integrante da equipe do 
correspondente (nome e CPF) que prestou o 
atendimento para as operações: 
 a) relacionadas a produtos e serviços finais 
fornecidos pelo correspondente. 
 b) a quaisquer produtos e serviços finais do 
mercado. 
 Caso a IF que autorize o Correspondente para 
liberação de recursos o valor total dos 
pagamentos realizados deverá ser idêntico 
aos recursos recebidos da instituição 
contratante para tal fim. 
 Deverá haver o processo de capacitação que 
aborda aspectos técnicos das operações, a 
regulamentação aplicável, o Código de Defesa 
do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. 
 
 
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 O cadastro dos funcionários do 
Correspondente deverá ser atualizado, incluindo 
os dados sobre as certificações emitidas e ou em 
prazo de vencimento pela instituição contratante 
a qualquer tempo. 
 
 Controle das Atividades 
 A IF deve pôr à disponibilidade do 
Correspondente toda documentação técnica 
adequada e estabelecer canal de acesso direto. 
 A adequação de sistema de controles 
internos e a auditoria também serão conduzidos 
pela IF. A quantidade de pontos de atendimento 
deverá ser compatível com o volume e 
complexidade das operações realizadas. 
 O planejamento do controle de qualidade 
no atendimento também será função definida 
pela IF. Inclui medidas administrativas a serem 
aplicadas pela IF caso sejam levantadas 
irregularidades. 
 Neste caso, não será afastada a 
possibilidade de suspensão do atendimento 
prestado ao público e o encerramento 
antecipado do contrato nos casos considerados 
graves pela IF contratante. 
 
 
 
O contrato deverá incluir, ainda, que os 
integrantes da equipe do 
Correspondente, sejam considerados 
aptos em exame de certificação 
organizado por entidade de reconhecida 
capacidade técnica. No caso de 
correspondentes fornecedores de bens e 
serviços objeto de financiamento ou 
arrendamento, se aceita a certificação de 
uma pessoa por ponto de atendimento, 
que se responsabilizará, perante a 
instituição contratante, pelo 
atendimento aliprestado aos clientes. 
 
 
 
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 O BACEN poderá: 
 Determinar controles e procedimentos 
adicionais, definindo cronograma para sua 
implantação, caso seja detectada a 
inobservância do controle que a 
Instituição exerce sobre as atividades do 
Correspondente; 
 Paralisar o atendimento oferecido ao 
público ou o encerramento do contrato, 
conforme sanções acima especificadas; 
e/ou, 
 Condicionar a contratação de novos 
correspondentes à sua prévia autorização. 
 
Divulgação de Informações 
 A IF deve manter, publicamente, a relação 
atualizada de seus contratados, contendo as 
seguintes informações: 
I - razão social, nome fantasia, endereço da sede 
e o número de inscrição no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica (CNPJ); 
II - endereços dos pontos de atendimento ao 
público e respectivos nomes e números de 
inscrição no CNPJ; e, 
III - atividades de atendimento de cada ponto 
correspondente. A IF deve disponibilizar 
informação sobre determinada entidade ser, ou 
não, correspondente e sobre os produtos e 
serviços para os quais está habilitada a prestar 
atendimento. 
 A IF segregará as informações sobre 
demandas e reclamações recebidas nos serviços 
de atendimento e de ouvidoria, apresentadas 
por clientes e usuários atendidos por 
correspondentes. 
 
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Contrato entre Instituições Financeiras 
 Aplicam-se aos contratos de 
correspondente em que as partes sejam 
instituições financeiras ou instituições 
autorizadas a funcionar pelo BACEN as seguintes 
condições: 
 É obrigatória a certificação dos 
atendentes destas IF’s, caso estes 
funcionários atuarem como 
Correspondentes de outras instituições. 
 Não é proibida a prestação de garantias, 
peculiar aos Correspondentes; e, 
 Na relação de correspondentes a ser 
mantida em página da internet, devem 
constar, no mínimo, os seguintes dados: 
 
a) razão social, nome fantasia, endereço da sede 
e o número de inscrição no CNPJ da IF; e, 
 
b) atividades regulares de atendimento, 
anteriormente referidas, incluídas no contrato. 
 
Admite-se a contratação de IF cujo controle 
societário seja exercido pela instituição 
contratante ou por controlador comum. 
 
A instituição contratante deve realizar os 
seguintes procedimentos de informação ao 
BACEN, na forma definida pela referida 
Autarquia: 
 
I - designar diretor responsável pela contratação 
de correspondentes e seu atendimento; 
 
II - informar a celebração de contrato de 
correspondente, bem como posteriores 
atualizações e encerramento. 
 
III - proceder à atualização das informações sobre 
os contratos de correspondente enviados até a 
data de entrada em vigor desta resolução; e, 
 
IV - elaborar relatórios sobre o atendimento 
prestado por meio de correspondentes. 
É proibida a cobrança de tarifa, comissão, e 
demais valores a título de repasse de custos 
da atividade do Correspondente, pela 
Instituição contratante, aos clientes 
atendidos nestes pontos de atendimento. 
 
 
 
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1.3. Liquidação Antecipada de 
Operações de Crédito e 
Arrendamento (Resolução 
3.516/07) 
 
 Veda a cobrança de tarifa em decorrência 
de liquidação antecipada de contratos de crédito 
e de arrendamento mercantil financeiro e 
estabelece critérios para cálculo do valor 
presente para sua amortização ou liquidação. 
 
“Art. 2º O valor presente dos pagamentos previstos para fins de 
amortização ou de liquidação antecipada das operações de que trata 
o art. 1º contratadas a taxas prefixadas deve ser calculado: 
I - no caso de contratos com prazo a decorrer de até 12 meses, com a 
utilização da taxa de juros pactuada no contrato; 
II - no caso de contratos com prazo a decorrer superior a 12 meses: 
a) com a utilização de taxa equivalente à soma do spread na data da 
contratação original com a taxa SELIC apurada na data do pedido de 
amortização ou de liquidação antecipada; 
b) com a utilização da taxa de juros pactuada no contrato se a 
solicitação de amortização ou de liquidação antecipada ocorrer no 
prazo de até sete dias da celebração do contrato. 
§ 1º A taxa de desconto aplicável para fins de amortização ou 
liquidação antecipada, observado o disposto nos incisos I e II deste 
artigo, deve constar de cláusula contratual específica. 
§ 2º O spread mencionado neste artigo deve corresponder à diferença 
entre a taxa de juros pactuada no contrato e a taxa SELIC apurada na 
data da contratação.” 
 
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1.4. CUSTO EFETIVO TOTAL – CET 
(Resolução CMN nº 3.517/2007) 
 
 O CET deve ser 
expresso na forma de taxa 
percentual anual, incluindo 
todos os encargos e 
despesas das operações, 
CET deve englobar não apenas a taxa de 
juros, mas também tarifas, tributos, seguros e 
outras despesas cobradas do cliente. 
 A planilha de cálculo mostrará, além do 
valor em reais de cada componente do fluxo da 
operação, os respectivos percentuais em relação 
ao valor total devido. 
Por exemplo, suponha um financiamento nas 
seguintes condições: 
 Valor Financiado - R$ 5.000,00 
 Taxa de juros - 24% ao ano (nominal) ou 2% 
ao mês. 
 Prazo da operação - 12 meses 
 Prestação mensal - R$ 472,80 
 Tarifa de cadastro - R$ 50,00 
 IOF - R$ 85,10 
 Valor Líquido Liberado - R$ 4.864,90 
 
 
 De acordo com a fórmula da Resolução 
3.517/07, o FCo (valor do crédito concedido) e o 
FCj (valores cobrados pela instituição), seriam os 
seguintes: 
 FC0 = R$ 4864,90 
 FCj = R$ 472,80 
 
 Utilizando as fórmulas de matemática 
financeira (por meio de uma planilha de cálculo 
eletrônica ou calculadora científica), o cálculo do 
CET ficaria: 
 
 
 
 
 
 
CET (i) = 2,45% ao mês ou 33,70% ano. 
CMN proíbe a cobrança de tarifas ao 
Cliente no caso de liquidação 
antecipada em operações de crédito e 
arrendamento mercantil para PF, 
microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
Contratos celebrados antes de 2007 
(norma) poderão manter a cobrança. 
É permitida a cobrança em contratos 
diversos de operações financeiras 
desde conste em cláusula especifica no 
contrato de financiamento. 
 
4.864,90 = 
472,80 
(1 + i)1 
 
 
472,80 
(1 + i)2 
 
472,80 
(1 + i)3 
472,80 
(1 + i)12 
 
 
+ + ...+ 
 
 
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1.5. Cobrança de Tarifas (Resolução 
3518/07 e 3919/10) 
 
 Orientar e regulamenta a cobrança das 
tarifas bancárias para Clientes Pessoas Físicas e 
Pessoas Jurídicas. 
 Aliado ao aumento da bancarização da 
população, número de reclamações da 
população, se fez necessária a determinação de 
nova resolução quanto à cobrança de tarifas aos 
clientes dos Bancos. Tudo isso surgiu num 
ambiente onde as instituições financeiras 
realizavam cobrança de tarifas: 
 sem a fixação de critérios adequados 
 em duplicidade 
 sem a contrapartida efetiva em serviços 
 em valores elevados 
 
 Esta resolução alterou a filosofia da 
Resolução 2.303, de 25.07.1996, que definia um 
conjunto de serviços isentos de tarifas para 
pessoas físicas e pessoas jurídicas. 
 
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Objetivos da regulamentação: 
• reduzir a assimetria de informações (mais de 
300 tarifas) 
• aumentar a transparência (divulgação 
inadequada) 
• permitir a comparabilidade por parte do 
público 
• criar condições para que o cidadão possa optar 
pela instituição que melhor atenda a sua 
expectativa - serviço e preço 
• fomentar a concorrência 
• mais um passo para a educação financeira 
 
Principais medidas adotadas: 
• Eleva a quantidade de serviços com tarifas 
vedadas – pessoas físicas 
• Diferenciaros serviços em 4 conjuntos (PARA 
PF’s): essenciais, prioritários, diferenciados e 
especiais 
• Unificar a terminologia – serviços prioritários 
• Criar a abreviatura comum – serviços 
prioritários 
• Descrever descrição do fato gerador do serviço 
– serviços prioritários 
• Instituir a tabela de serviços e o pacote 
padronizado de serviços prioritários 
 
Calculando CET na Calculadora Financeira HP 
12C: 
Pressione Tela HP Processo HP 
( / ) 
0,00 Limpa o registro 
(472,80 / / 
) 
-472,80 
Registra o valor 
da parcela (sinal 
negativo = 
desembolso 
(12 / ) 
12,00 Registra o prazo 
(4.864,90 / ) 
4.864,90 
Registra o valor 
liberado 
 
2,45 Calcula o CET 
 
 A tabela das tarifas nas 
agências deve estar em local visível ao 
público, bem como nos respectivos 
sítios eletrônicos das instituições 
financeiras. Inclusive, a majoração de 
tarifas deverá ser divulgada com 30 
dias de antecedência. 
 
 
 
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1.5.1 Serviços Essenciais 
 Trata-se dos imprescindíveis a livre 
movimentação da conta de depósitos à vista e de 
poupança – vedações e gratuidades: 
 
Serviços essenciais - exemplos de tarifas vedadas: 
• fornecimento de cartão de débito e de 10 
folhas de cheque (compensação incluída de 
quaisquer valores) 
• devolução de cheques (em qualquer situação) 
• inclusão no CCF 
• depósitos em conta-corrente e conta de 
poupança 
• manutenção de conta (ativa/inativa) e cartão 
• renovação de cheque especial 
• abertura de crédito (TAC) (permitida a 
cobrança nos serviços especiais) 
• abertura de conta (cobrança limitada ao 
cadastro) 
• consultas na internet 
 
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1.5.2 Serviços Prioritários 
 Estão descritos os fatos geradores para a 
cobrança de cada tarifa, a nomenclatura e a sigla. 
Os serviços são subdivididos nos seguintes 
grupos: 
• cadastro 
• contas de depósitos (depósitos à vista e 
poupança) 
• transferência de recursos 
• operações de crédito 
 
 
 
 
 Eventos Essenciais Gratuitos: 
Conta de depósito a vista: 
• até 2 extratos contendo a 
movimentação do mês 
• até 4 saques, por mês, em guichê de 
caixa ou terminal de autoatendimento. 
• até 2 transferências de recursos entre 
contas na própria instituição 
 
Conta de poupança: 
• até 2 saques, por mês, em guichê de 
caixa ou em terminal de 
autoatendimento 
• até 2 transferências para conta de 
depósitos de mesma titularidade 
• até 2 extratos contendo a 
movimentação do mês 
 
 
 
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1.5.3 Pacote Padronizado de Tarifas 
 
 O valor não pode extrapolar o total das 
tarifas individuais que o integram. Destinado ao 
público que ultrapasse as isenções e gratuidades. 
 o preço do pacote não pode superior ao 
somatório das tarifas individuais que o 
compõe 
 é livre a oferta de outros pacotes, visando 
atender clientela específica, respeitada a 
regra anterior 
 objetiva permitir a comparação entre as 
tarifas praticadas pelas IF 
 
1.5.4 Serviços Especiais 
 CRÉDITO RURAL 
 MERCADO DE CÂMBIO 
 REPASSE DE RECURSOS 
 SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) 
 FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE 
SERVIÇO (FGTS) 
 PIS/PASEP 
 CONTA-SALÁRIO (RESOLUÇÃO 3.402, DE 
06.09.2006) 
 CONTA-SIMPLIFICADA (RESOLUÇÃO 3.211, DE 
30.06.2004) 
 OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO 
(RESOLUÇÃO 3.422, DE 30.11.2006) 
 
1.5.5 Serviços Diferenciados 
É aceita a cobrança de serviços diferenciados, nas 
seguintes atividades: 
 ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO 
 ALUGUEL DE COFRE 
 AVALIAÇÃO, REAVALIAÇÃO E 
SUBSTITUIÇÃO DE BENS RECEBIDOS EM 
GARANTIA 
 CARTÃO DE CRÉDITO 
 COLETA E ENTREGA EM DOMICÍLIO OU EM 
OUTRO LOCAL 
 CÓPIA OU SEGUNDA VIA DE 
COMPROVANTES E DOCUMENTOS 
 CORRETAGEM 
 CUSTÓDIA 
 
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O valor da cobrança de tarifa em 
conta corrente de depósitos à vista ou 
em conta de depósitos de poupança 
não pode ser superior ao saldo 
existente. (O banco não poderá fazer 
o usuário utilizar o limite por causa de 
quaisquer tarifas pendentes). 
 
 
 
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1.5.6 Cartões Crédito – Tarifas (Resolução 
3.919/10) 
 A finalidade é a de promover a 
comparação das tarifas cobradas pelos clientes e, 
também, a escolha do tipo de cartão mais 
adequado. 
 Clientes terão que pagar pelo menos 20% 
de sua fatura mensalmente, podendo financiar o 
saldo devedor com juros. 
 
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 Essas tarifas, por sua vez, deverão estar 
nas páginas das instituições financeiras e, 
também, em suas agências, de forma que possam 
ser comparadas pelos clientes. 
 
Cartões não solicitados, cancelamento e extratos 
Obrigações às Instituições Financeiras Emissoras: 
 Proibido o envio de cartões que não sejam 
solicitados pelos clientes. 
 Bancos serão obrigados a cancelar o cartão de 
crédito de forma imediata quando solicitados 
(podendo cobrar o saldo em aberto) 
 
 Informar o limite de crédito total e limites 
individuais para cada tipo de operação de 
crédito passível de contratação; 
 Informar os gastos realizados, por evento, 
inclusive quando parcelados; 
 Identificar as operações de crédito contratadas 
e respectivos valores; 
 Segregar os valores relativos aos encargos 
cobrados, de acordo com os tipos de 
operações realizadas; 
 Informar o valor dos encargos a ser cobrado 
no mês seguinte, no caso do cliente optar pelo 
pagamento mínimo da fatura; 
 Informar o Custo Efetivo Total (CET), que inclui 
juros e outras taxas. 
 
Há 2 tipos de cartão de crédito: 
Básico: o cliente poderá optar pelos 
parcelamentos no ato da compra. É obrigatória a 
oferta para as pessoas físicas, e não somente do 
cartão diferenciado. Anuidade deverá ser inferior 
que a do diferenciado. Poderá ser nacional ou 
internacional. Os cartões internacionais têm uma 
anuidade maior. 
Diferenciado: possui outros serviços acoplados, 
como programas de recompensas ou benefícios - 
viagens, passeios e outros tipos de prêmios. 
Poderá ser nacional ou internacional. 
Os cartões internacionais têm uma anuidade 
maior. 
1.6. Sistema de Autorregulação 
Bancária (código e normativo 
001/08) 
 Finalidade de, em 
conjunto com a 
sociedade, adaptar o 
sistema bancário. 
Complementa as normas e os mecanismos de 
controle já existentes. Dessa maneira, a 
FEBRABAN implantou a autorregulação como 
um sistema participativo, objetivando a 
concorrência leal das entidades (Signatários ou 
Bancos Participantes), melhorando a governança 
e transparência de suas atividades frente aos 
clientes. Todos os Bancos Participantes deverão 
assinar o devido Termo de Adesão ao Sistema de 
Auto-Regulação Bancária. 
Com novas regras, poderá 
haver cobrança de 5 tipos 
de tarifa: “SANPA PEDI 
EMISSÃO” 
 
I. saques em dinheiro Cash; 
II. anuidade; 
III. pagamento de contas; 
IV. pedido de urgência na análise 
necessária para aumentar o 
limite de crédito do cliente. 
V. emissão de segunda via do 
cartão; 
 
 
 
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Textos a seguir extraídos de 
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CONCEITOS GERAIS (Normativo 001/08) 
Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à 
sociedade, ao funcionamento do mercado e ao 
meio-ambiente. Respeitar a livre concorrência e a 
liberdade de iniciativa. Atuar em conformidade 
com a legislação e regulamentação vigentes e com 
as normas da auto-regulação. 
Respeito ao Consumidor - tratar o consumidor de 
forma justa e transparente, com atendimento 
cortês e digno. Assistir o consumidorna avaliação 
dos produtos e serviços adequados às suas 
necessidades e garantir a segurança e a 
confidencialidade de seus dados pessoais. 
Conceder crédito de forma responsável e incentivar 
o uso consciente de crédito. 
Comunicação Eficiente – disponibilizar 
informações de forma eficaz, congruente, aberta e 
adequada, fornecendo condições para o cliente 
assumir decisões conscientes. A comunicação com 
o consumidor, por qualquer veículo, pessoalmente 
ou mediante ofertas ou anúncios publicitários, 
deve ser feita de modo a informá-lo sobre os 
aspectos relevantes do relacionamento com a 
Signatária. 
Melhoria Contínua – aperfeiçoar padrões de 
conduta, elevar a qualidade dos produtos, níveis de 
segurança e a eficiência dos serviços. Esses 
princípios se aplicam aos produtos e serviços 
prestados pela Signatária ao consumidor, incluindo 
contas correntes, produtos de crédito e de 
investimento. 
 
TEMAS PRINCIPAIS (Normativo 001/08) 
 “A questão do direito do consumidor ‡ 
informação. Esse assunto foi abordado em 
todos os capítulos do documento. ï O 
roteiro acordado pelos bancos e pelos 
Órgãos de defesa do consumidor para 
encerramento de contas e tratamento de 
contas inativas. Este assunto é tratado no 
capítulo encerramento de conta. 
 O Star - Sistema de divulgação de Tarifas de 
Produtos e Serviços Financeiros da 
FEBRABAN, que facilita a comparação das 
tarifas praticadas pelos bancos para 
diversos produtos e serviços, além de 
estabelecer uma padronização de 
nomenclaturas. Esse assunto é tratado no 
capítulo Oferta e Publicidade. 
 
ATENDIMENTO (Normativo 001/08) 
 Os números de telefone das centrais de 
atendimento da Signatária estarão afixados 
em local de alta visibilidade nas agências e 
na internet; 
 A Signatária será receptiva a quaisquer 
reclamações, considerando-as para a 
melhoria contínua dos seus serviços e 
provendo resposta às demandas que o 
exigirem; 
 Caso o consumidor não obtenha a solução 
de que necessita nos canais de atendimento 
da Signatária (incluindo o SAC), este poderá 
contatar o serviço gratuito de Ouvidoria da 
Signatária, que tem o papel de assegurar a 
observância das normas e regulamentos 
relativos aos direitos do consumidor... 
 O consumidor receberá uma resposta da 
Ouvidoria em até 30 dias. 
 
 
 
 As Regras serão formadas e 
constantemente revisadas conforme os 
códigos legais das regras de atuação no 
mercado financeiro ditado pelas Resoluções 
do CMN, nunca se opondo ou substituindo a 
regulamentação em vigor. 
 
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OFERTAS (Normativo 001/08) 
 Os anúncios não conterão informação de 
qualquer natureza que, direta ou 
indiretamente, por implicação, omissão, 
exagero ou ambigüidade, leve o 
consumidor a erro; 
 Antes de contratar uma operação, a 
Signatária oferecerá explicações adequadas 
às necessidades do consumidor, incluindo 
informações sobre tarifas, juros e impostos, 
bem como sobre canais de atendimento. A 
Signatária informará sobre eventuais 
produtos ou serviços alternativos para o 
consumidor fazer uma escolha consciente e 
informada; 
 As taxas de juros e o número de parcelas 
serão informados em termos anuais e 
mensais, e serão apresentadas de forma 
clara; 
 O consumidor poderá consultar ou 
esclarecer dúvidas sobre as taxas de juros 
através da internet, do atendimento 
telefônico ou dos empregados e prepostos 
da Signatária. 
 A Signatária informará as tarifas aplicáveis 
a seus produtos e serviços, bem como a 
periodicidade e a progressividade, 
conforme o caso, bem como a forma pela 
qual serão cobradas. A Signatária 
disponibilizará em local visível nas agências 
e na internet uma tabela com as tarifas de 
cada tipo de serviço, bem como a relação 
dos produtos e serviços que têm tarifação 
proibida pelo BACEN; 
 Caso a Signatária ofereça um conjunto pré-
determinado de produtos e serviços (uma 
cesta de serviços), deverá informar a sua 
composição e tarifa. A tarifa de uma cesta 
de serviços será inferior à somatória das 
tarifas individuas de seus produtos e 
serviços. 
 
CONTRATAÇÃO (Normativo 001/08) 
 No ato da contratação efetivada na agência, 
na internet ou no caixa eletrônico, a 
Signatária disponibilizará ao menos o 
sumário da operação contendo as 
especificações do produto ou do serviço 
contratado, tais como prazos, valores, 
juros, tarifas, comissões, tributos, multas e 
forma de pagamento, além do CET - Custo 
Efetivo Total da operação. 
 Se o consumidor decidir mudar a sua dívida 
para outra instituição financeira, a 
Signatária informará como ocorrerá a 
transferência de dívida e o responsável por 
esse processo, fornecendo as informações 
necessárias para que tal mudança se 
concretize dentro de 15 dias úteis após 
receber a solicitação; 
 
CONTA SIMPLIFICADA (Normativo 001/08) 
 Conta simplificada conta corrente ou de 
poupança individual, isenta de tarifas até 
um número pré-determinado de operações 
e serviços. Pode ser aberta por pessoa física 
que não tenha em seu nome nenhuma outra 
modalidade de conta de depósitos à vista 
em qualquer banco. 
 
CONTA (encerramento) (Normativo 001/08) 
 A Signatária deve comunicar previamente 
ao consumidor, por carta ou outro meio 
eficaz de comunicação, a intenção de 
encerrar a conta, dando-lhe prazo de até 30 
dias corridos para as providências 
relacionadas ao encerramento da conta. 
Caso o consumidor não responda à 
comunicação nem atenda às solicitações da 
Signatária, a conta poderá ser encerrada 
 
CRÉDITO (Normativo 001/08) 
 No ato da contratação, a Signatária 
informará não apenas o custo efetivo total 
da operação (CET), incluindo tarifas, 
despesas taxas de juros, valor do IOF e 
demais tributos eventualmente incidentes, 
mas também prazos, número de 
prestações, comissões, encargos 
moratórios, multas e forma de liquidação; 
 
 
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 Caso o cliente contrate empréstimo da 
modalidade cheque especial, a Signatária 
informará que essa modalidade é destinada 
para uso eventual. A Signatária estimulará a 
escolha de outros produtos aplicáveis, que 
porventura tenham taxa de juros menores; 
 O limite de crédito do cheque especial 
poderá variar de acordo com vários fatores, 
dentre os quais o histórico de crédito, e será 
pautado no princípio da concessão 
responsável de crédito. Alterações de 
limites serão informadas ao consumidor. 
Em caso de impontualidade no pagamento 
das dívidas do consumidor para com a 
Signatária, ou em caso de impontualidade 
do consumidor constatada pelos serviços de 
proteção ao crédito, a Signatária poderá 
reduzir, cancelar ou bloquear o limite de 
crédito rotativo, mediante imediata 
comunicação ao consumidor. 
 As solicitações de crédito serão analisadas 
de acordo com a política da Signatária, 
podendo ser considerados para essa análise 
o histórico e o perfil de crédito do 
consumidor, as condições da operação e as 
garantias apresentadas. No caso de 
negativa de crédito, o consumidor será 
informado se esta se fundamenta em 
critérios de crédito da Signatária, em 
restrições cadastrais junto aos serviços de 
proteção ao crédito ou em inscrição no 
Cadastro de Emitentes de Cheques sem 
Fundos do BACEN (CCF); 
 No caso do consumidor atrasar pagamentos 
devidos à Signatária, esta manterá um 
tratamento ágil, digno e respeitoso. A 
Signatária contatará o consumidor para 
discutir o assunto e oferecer as informações 
necessárias para a retomada dos 
pagamentos ou renegociação da dívida. 
 
1.7. SIGILO DAS INFORMAÇÕES 
BANCÁRIAS (Lei Complementar nº 
105/01) 
 
 A Lei 
Complementar 105/01 
rege a respeito do sigilo 
que as instituições do 
SFN devem manter 
perante seus clientes. 
Qualquer informação interna de instituições 
Financeiras só poderá ser utilizada no âmbitodas 
operações que realizar com seus Clientes. 
 
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Exceções para “quebra” de sigilo: 
 por determinação judicial; 
 para troca de informações entre 
instituições financeiras, para fins cadastrais, 
inclusive por intermédio de centrais de 
risco, 
 no fornecimento de informações 
constantes de cadastro de emitentes de 
cheques (CCF) sem provisão de fundos e de 
devedores inadimplentes, 
 para comunicação, às autoridades 
competentes, da prática de ilícitos penais 
ou administrativos, abrangendo 
o fornecimento de informações sobre 
 A quebra de sigilo, fora das 
hipóteses autorizadas nesta Lei 
Complementar, constitui crime e 
sujeita os responsáveis à pena de 
reclusão, de um a quatro anos, e 
multa, aplicando-se, no que couber, o 
Código Penal, sem prejuízo de outras 
sanções cabíveis. 
 
 
 
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operações que envolvam recursos 
provenientes de qualquer prática criminosa 
(ex. Suspeita de Sonegação e/ou Lavagem 
de Dinheiro); 
 com o consentimento expresso dos 
interessados proprietários das contas. 
 
1.8. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS 
DE QUALQUER NATUREZA (Lei 
116/03) 
 
 Disciplina a aplicação do ISS (nível 
municipal) sobre serviços prestados nas 
atividades das Instituições Financeiras. Por outro 
lado deixou claro que não incide ISS sobre o valor 
intermediado no mercado de títulos e valores 
mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o 
principal, juros e acréscimos moratórios relativos 
a operações de crédito realizadas por instituições 
financeiras. 
 Ocorre ISS em seguintes operações das 
IF’s: 
 
• Administração de fundos quaisquer, de 
consórcio, de cartão de crédito ou débito e 
congêneres, de carteira de clientes, de cheques 
pré-datados e congêneres. 
• Abertura de contas em geral, inclusive conta 
corrente, conta de investimentos e aplicação e 
caderneta de poupança, no País e no exterior, 
bem como a manutenção das referidas contas 
ativas e inativas. 
• Fornecimento ou emissão de atestados em 
geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado 
de capacidade financeira e congêneres. 
• Cadastro, elaboração de ficha cadastral, 
renovação cadastral e congêneres, inclusão ou 
exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques 
sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros 
bancos cadastrais. 
• Emissão e fornecimento de avisos, 
comprovantes e documentos em geral; abono de 
firmas; coleta e entrega de documentos, bens e 
valores; comunicação com outra agência ou com 
a administração central; licenciamento eletrônico 
de veículos; transferência de veículos; 
• Acesso, movimentação, atendimento e 
consulta a contas em geral, por qualquer meio 
ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, 
internet e telex, acesso a terminais de 
atendimento, inclusive vinte e quatro horas; 
acesso a outro banco e a rede compartilhada; 
• Fornecimento de saldo, extrato e demais 
informações relativas a contas em geral, por 
qualquer meio ou processo. 
• Emissão e alteração, cessão, substituição, 
cancelamento e registro de contrato de crédito; 
estudo, análise e avaliação de operações de 
crédito; emissão, concessão, alteração ou 
contratação de aval, fiança, anuência e 
congêneres; serviços relativos a abertura de 
crédito, para quaisquer fins. 
• Arrendamento mercantil (leasing) de 
quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e 
obrigações, substituição de garantia, alteração, 
cancelamento e registro de contrato, e demais 
serviços relacionados ao arrendamento 
mercantil (leasing). 
• Serviços relacionados a cobranças, 
recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos 
quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de 
tributos e por conta de terceiros, inclusive os 
efetuados por meio eletrônico, automático ou 
por máquinas de atendimento; fornecimento de 
posição de cobrança, recebimento ou 
pagamento; emissão de carnês, fichas de 
compensação, impressos e documentos em 
geral. 
• Devolução de títulos, protesto de títulos, 
sustação de protesto, manutenção de títulos, 
reapresentação de títulos, e demais serviços a 
eles relacionados. 
• Custódia em geral, inclusive de títulos e valores 
mobiliários. 
• Serviços relacionados a operações de câmbio 
em geral, edição, alteração, prorrogação, 
cancelamento e baixa de contrato de câmbio; 
emissão de registro de exportação ou de crédito; 
cobrança ou depósito no exterior; emissão, 
 
 
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fornecimento e cancelamento de cheques de 
viagem; fornecimento, transferência, 
cancelamento e demais serviços relativos a carta 
de crédito de importação, exportação e 
garantias recebidas; envio e recebimento de 
mensagens em geral relacionadas a operações 
de câmbio. 
• Fornecimento, emissão, renovação e 
manutenção de cartão magnético, cartão de 
crédito, cartão de débito, cartão salário e 
congêneres. 
• Compensação de cheques e títulos quaisquer; 
serviços relacionados a depósito, inclusive 
depósito identificado, a saque de contas 
quaisquer, por qualquer meio ou processo, 
inclusive em terminais eletrônicos e de 
atendimento. 
• Emissão, liquidação, alteração, cancelamento e 
baixa de ordens de pagamento, ordens de 
crédito e similares, por qualquer meio ou 
processo; serviços relacionados à transferência 
de valores, dados, fundos, pagamentos e 
similares, inclusive entre contas em geral. 
• Emissão, fornecimento, devolução, sustação, 
cancelamento e oposição de cheques quaisquer, 
avulso ou por talão. 
• Serviços relacionados a crédito imobiliário, 
avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise 
técnica e jurídica, emissão, alteração, 
transferência e renegociação de contrato, 
emissão do termo de quitação e demais serviços 
relacionados a crédito imobiliário. 
 
1.9. IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES 
FINANCEIRAS 
 Imposto sobre Operações de Crédito, 
Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários (art. 153, V e § 5º da CF e 
Decreto 6339/08) 
 O IOF é um tributo com função 
predominantemente extrafiscal, Controla a 
política de crédito monetária. O IOF incide, 
dentre outros, sobre operações de crédito 
realizadas pelas Instituições Financeiras. 
Texto extraído: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm 
 Art. 63. O imposto, de competência da União, 
sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre 
operações relativas a títulos e valores mobiliários tem 
como fato gerador: 
 
I - quanto às operações de crédito, a sua 
efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou 
do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua 
colocação à disposição do interessado; 
II - quanto às operações de câmbio, a sua 
efetivação pela entrega de moeda nacional ou 
estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua 
colocação à disposição do interessado em montante 
equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue 
ou posta à disposição por este; 
III - quanto às operações de seguro, a sua 
efetivação pela emissão da apólice ou do documento 
equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei 
aplicável; 
 IV - quanto às operações relativas a títulos e 
valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento 
ou resgate destes, na forma da lei aplicável. 
Parágrafo único. A incidência definida no inciso I 
exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto 
à emissão, ao pagamento ou resgate do título 
eepresentativo de uma mesma operação de crédito. 
 
 Art. 64. A base de cálculo do imposto é: 
I - quanto às operações de crédito, o montante 
da obrigação, compreendendo o principal e os juros; 
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo 
montante em moeda nacional, recebido, entregue ou 
posto à disposição; 
III - quanto às operações de seguro, o montante 
do prêmio; 
IV - quanto às operações relativas a títulos e 
valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal

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