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cer Curso Preparatório Certificação FEBRABAN Correspondente Material elaborado pelo Professor LEON Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 2 A respeito do Autor Leon Beduschi Santana é formado em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Possui MBA com licenciatura em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Anhanguera. Foi Gerente Comercial dos Bancos Santander e Itaú por 8 anos . Atualmente é responsável docente do CEBESA – Centro Educacional Beduschi Santana, ministrando cursos preparatórios presenciais e à distância para as certificações do Sistema Financeiro Nacional. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 3 ÍNDICE PREFÁCIO ........................................................................................................................................................................................5 MÓDULO I - CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN .........................................................6 1.1. ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES (RESOLUÇÕES 3954 E 3959/11) ............................................................................................7 1.1.1 CMN – Conselho Monetário Nacional ...........................................................................................................................7 1.1.2 COMOC - Comissão Técnica da Moeda e do Crédito .....................................................................................................9 1.1.3 BACEN Banco Central do Brasil .....................................................................................................................................9 1.1.4 COPOM – Comitê de Política Monetária .....................................................................................................................10 1.1.5 Instituições Financeiras Públicas ................................................................................................................................12 1.1.6 Instituições Financeiras Privadas ...............................................................................................................................12 1.2. ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES (RESOLUÇÕES 3954 E 3959/11) ......................................................................................13 1.3. LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E ARRENDAMENTO (RESOLUÇÃO 3.516/07) .............................................18 1.4. CUSTO EFETIVO TOTAL – CET (RESOLUÇÃO CMN Nº 3.517/2007) .....................................................................................18 1.5. COBRANÇA DE TARIFAS (RESOLUÇÃO 3518/07 E 3919/10) ......................................................................................................19 1.5.1 Serviços Essenciais ......................................................................................................................................................20 1.5.2 Serviços Prioritários ...................................................................................................................................................20 1.5.3 Pacote Padronizado de Tarifas ...................................................................................................................................21 1.5.4 Serviços Especiais .......................................................................................................................................................21 1.5.5 Serviços Diferenciados ...............................................................................................................................................21 1.5.6 Cartões Crédito – Tarifas (Resolução 3.919/10) ..........................................................................................................22 1.6. SISTEMA DE AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA (CÓDIGO E NORMATIVO 001/08) .............................................................................22 1.7. SIGILO DAS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS (LEI COMPLEMENTAR Nº 105/01) .......................................................................25 1.8. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (LEI 116/03) ...................................................................26 1.9. IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................27 1.10. CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO (RES. 2682/99) ...................................................................................28 1.11. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO (LEIS 9613/98 E 12683/12 E CIRCULAR BACEN 3461/09) ...........................................29 1.12. CONTROLE DE LAVAGEM (BACEN CIRCULAR 3461/09) ..........................................................................................................31 1.13. MATEMÁTICA FINANCEIRA ...........................................................................................................................................33 1.13.1 Itens necessários para o cálculo financeiro ................................................................................................................34 1.13.2 Capitalização ..............................................................................................................................................................34 1.13.3 Juros Simples ..............................................................................................................................................................34 1.13.4 Juros Compostos ........................................................................................................................................................35 1.13.5 Juros Pós, Pré-Fixados e de Mora ...............................................................................................................................36 1.13.6 Taxas ..........................................................................................................................................................................36 1.13.7 Custo Efetivo Total .....................................................................................................................................................37 1.13.8 Liquidação Antecipada de Contratos .........................................................................................................................37 1.13.9 Sistemas de Amortização ...........................................................................................................................................38 1.14. CRÉDITO .........................................................................................................................................................................41 1.14.1 Mercado de crédito ....................................................................................................................................................41 1.14.2 Crédito: os 5 c’s ...........................................................................................................................................................41 1.14.3 Análise de Crédito ......................................................................................................................................................42 1.14.4 Modalidades de Crédito .............................................................................................................................................43 1.15. CCB E FORMALIZAÇÃO DO CRÉDITO ......................................................................................................................................47 MÓDULO II – RELACIONAMENTOCOM O CONSUMIDOR: PROTEÇÃO E DEFESA ........................................................................49 2.1. LEI 8.078/90 – CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................................................................50 2.2. DECRETO 2.181/97 – SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR ....................................................................................56 2.3. RESOLUÇÃO 3.883/10 – PENALIDADES RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DE INFORMAÇÕES. ................................................................57 2.4. DECRETO 6.523/08 – SAC (SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR ................................................................................58 2.4.1 Sistemas Informatizados de Clientes .........................................................................................................................59 2.5. RESOLUÇÃO 3.849/10 – OUVIDORIA .................................................................................................................................60 2.6. PROCON - PORTARIA NORMATIVA NO 21/05 .........................................................................................................................62 Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 4 2.6.1 Procedimento de atendimento dos Órgãos de Proteção ...........................................................................................62 2.7. PROCON – PORTARIA NORMATIVA NO 33/09 .......................................................................................................................64 2.8. ÉTICA NO ATENDIMENTO ..............................................................................................................................................66 MÓDULO IIIA – CRÉDITO VEÍCULOS .................................................................................................................................................68 3.1. LEI 6.099/74 – LEASING E ASPECTO TRIBUTÁRIO ...................................................................................................................69 3.2. LEI 11.649/08 – LEASING DE VEÍCULOS .................................................................................................................................70 3.3. RESOLUÇÃO 2.309/96 – NORMAS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL ........................................................................................70 3.3.1 Características de Leasing ..........................................................................................................................................70 3.3.2 Contratos de Arrendamento Mercantil ......................................................................................................................71 3.4. CIRCULAR BACEN 3248/06 .................................................................................................................................................73 3.5. NORMATIVO 005/2009 ......................................................................................................................................................74 3.5.1 Documentos para oferta de operações no mercado de veículos ...............................................................................74 3.6. PROCEDIMENTOS DA OPERAÇÃO DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS. .........................................................................................75 MÓDULO IIIB – CRÉDITO CONSIGNADO ..........................................................................................................................................76 4.1. LEI 10.820/03 – AUTORIZAÇÃO PARA DESCONTO EM FOLHA ....................................................................................................77 4.2. INSS E LEI 10.953/04 ........................................................................................................................................................78 4.3. LEI 8112/90 – SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS .....................................................................................................................78 4.4. LEI 8213/91 – PLANO DE BENEFÍCIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL .................................................................................................79 4.5. CONSIGNADO PARA SERVIDORES PÚBLICOS (ATIVOS, INATIVOS E PENSIONISTAS): DECRETOS 4.840/03 E 6.386/08 ......................80 4.6. CIRCULAR BACEN 2.905/99 E 2.936/99 – PRAZOS MÍNIMOS EM OPERAÇÕES DE RENDA FIXA E INFORMAÇÕES DE ENCARGOS. .......82 4.7. INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/DC Nº 121/05 – PROCEDIMENTO GERAL PARA CONSIGNAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS .............................82 Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 5 PREFÁCIO As Instituições Financeiras são autorizadas por determinação do BACEN para credenciar CORRESPONDENTES BANCÁRIOS com o intuito de atuarem na conquista de operações financeiras ou não financeiras em seu nome junto ao público em geral. Normatiza tal atividade a Resolução: BACEN 3.110 e 3.156 e BACEN 3.954 e Resolução BACEN 3.959, de 2.011. A criação dessa atribuição tem finalidade de dar acesso às Pessoas Físicas, trabalhadores e aposentados uma linha crédito com taxas de juros mais atrativas em relação às taxas de juros de empréstimos pessoais praticadas pelo mercado. Além dos Correspondentes do Consignado se observou um desenvolvimento importante da atividade dos Correspondentes que foram os financiamentos de veículos e CDC( Crédito Direto ao Consumidor). Os Correspondentes podem realizar as seguintes funções: • Encaminhar propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo ou poupança; • Receber e pagar contas, aplicação e resgates em fundos de investimentos (desde que certificados também pela Anbima); • Efetuar ordens de pagamentos; • Fazer pedidos de empréstimos e financiamentos; • Fazer análise de crédito e cadastro; • Terceirizar serviços de cobranças; • Enviar pedidos de cartões de créditos; e • Atuar no processamento de dados. Os contratos para prestação de serviços de Correspondente são firmados entre a Instituição Financeira representada e Empresa Representante, regularmente constituída (com CNPJ) e objeto social com foco nesta atividade. Constam no contrato no mínimo, as seguintes cláusulas: • Garantia total de responsabilidade da instituição autorizada pelo BACEN pelos serviços prestados pelos Correspondentes; • Acesso ilimitado do BACEN a todas as informações, dados e documentos relativos à empresa contratada e à suas operações; • Substabelecimento do contrato a terceiros, ou seja, a empresa não poderá repassar o contrato à outra prestadora de serviços que precise da autorização expressa do banco ou da instituição financeira contratada. Não é permitido aos Correspondentes: • Adiantar recursos aos clientes antes de liberados pela instituição financeira; • Efetuar a cobrança ou exigência de qualquer taxa, tarifa ou comissão, por sua conta, pelos serviços de intermediação prestados aos clientes; • Dar aprovação ou consentimento no lugar do Banco ofertante da operação de crédito ou serviços, substituindo a alçada deste. Sendo procurador do Banco, mesmo que a responsabilidade da prestação de serviços seja da instituição financeira, os Correspondentes têm a responsabilidade moral de honrar com a representação que lhe é confiada, devendo agir sob os preceitos da Instituição Financeira, ciente de que seus atos deverão se pautar pela qualidade no relacionamento com o mercado como se um Departamento, Agência ou Dependência direta da Instituição fosse. É por esta razão que a atividade de correspondente bancário foi regulamentada através da exigência de certificação própria na área.MÓDULO I - Conhecimentos gerais sobre o Sistema Financeiro Nacional – SFN Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 7 1.1. Atividades dos Correspondentes (Resoluções 3954 e 3959/11) A estrutura do Sistema Financeiro Nacional possui como principais objetivos viabilizar, intermediar, regular e coordenar a relação geral nos mercados financeiros entre os Agentes Poupadores (Superavitários em Recursos) e os Agentes Tomadores (Deficitários em Recursos). Composto por um conjunto de instituições públicas e privadas, o SFN se divide em dois grupos: Normativo e Operativo. A Lei 4.595/64 instituiu o Sistema Financeiro Nacional. Este fora administrado pelo SUMOC - Superintendência Monetária de Moeda e Crédito até o ano de 1965, quando o BACEN iniciou suas atividades. Os Bancos eram denominados de Casas Bancárias. Castelo Branco assinou a lei em 31 de Dezembro de 1.964 em conjunto com demais generais. Desde então ela se mantém como estrutura principal ao SFN. Já a partir de 2002, houve criação do SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro. É o conjunto dos procedimentos e regras estabelecidas com finalidade de transferir recursos e liquidar operações financeiras realizadas na forma eletrônica diariamente entre os agentes econômicos. Abrange empresas, governos, pessoas físicas, Bacen e as instituições financeiras. Trouxe mais segurança e mais agilidade nas transações bancárias. Reduziu de forma significativa o Risco Sistêmico, pois criou a liquidação as operações de transferência em tempo real (TED) somente podendo ser realizada com recursos disponíveis em conta, não sendo possível realizar o estorno desta operação. Eliminou a necessidade de intervenção do BACEN em fatos extraordinários. O BACEN monitora e participa do SPB por meio do Sistema de Transferência de Reservas - STR. O Sistema Financeiro Nacional está constituído conforme abaixo (Constituição atualizada pela Resolução BACEN no. 849 de 20 de julho de 1983 e Decreto no. 1.307 de 09 de Novembro de 1.994). 1.1.1 CMN – Conselho Monetário Nacional O Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional. Criado em 1964 sob a Lei nº 4.595, tem como principais funções NORMATIZAR e REGULAR o funcionamento dos intermediadores no sistema econômico do Brasil. São integrantes: Ministro da Fazenda (Presidente do CMN) Ministro do Planejamento Presidente do BACEN As principais funções do CMN são: Normatizar a constituição e regulamento das instituições financeiras; Determinar a política cambial em geral Aprovar as emissões de papel moeda (R$ - reais); Estabelecer as medidas e políticas necessárias para o equilíbrio econômico (Redesconto e Compulsório); Definir a meta anual da inflação. Formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do País. Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; Regular o valor interno da moeda, para prevenir ou corrigir os momentos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa; Regular o equilíbrio no balanço de pagamentos do País, tendo em vista a melhor http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/1983/pdf/res_0849_v1_o.pdf http://www.bcb.gov.br/pre/leisedecretos/port/dec1307.pdf Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 8 utilização dos recursos em moeda estrangeira; Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, tendo em vista propiciar, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; Estabelecer as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa. Principal função CMN: Estabelecer a meta anual de Inflação (IPCA) Reuniões CMN O CMN reunir-se uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu presidente. São discutidos assuntos da pauta, da extra-pauta e assuntos gerais. Participam das reuniões do CMN: I - os Conselheiros; II - os membros da COMOC; III - os Diretores de Administração e Fiscalização do BACEN; IV - representantes das Comissões Consultivas, quando convocados pelo Presidente do CMN. Poderão assistir às reuniões do CMN: a) assessores credenciados individualmente pelos conselheiros; b) convidados do presidente do conselho, c) funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados pelo Presidente do BACEN. Somente aos conselheiros é dado o direito de voto. A votação ocorrerá após o encerramento dos debates de cada assunto. As decisões do CMN serão tomadas por maioria simples de votos. As decisões de natureza normativa serão divulgadas mediante resoluções assinadas pelo Presidente do BACEN, veiculadas pelo Sistema de Informações BACEN (Sisbacen) e publicadas no Diário Oficial da União. As decisões que não envolvam natureza normativa serão comunicadas pela Secretaria- Executiva do CMN, por meio de correspondência. As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos interessados. PRESIDENTE DO CMN - Funções I. Convoca as reuniões ordinárias e extraordinárias, abrir as reuniões e dirigir os trabalhos, observadas as disposições deste regimento; II. Define a pauta dos assuntos a serem discutidos em cada reunião; III. Convida para participar das reuniões do conselho sem direito a voto, outros Ministros de Estado, assim como representantes de entidades públicas ou privadas; IV. Convoca reuniões extraordinárias da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito e das Comissões Consultivas por Iniciativa própria ou por solicitação dos demais membros do CMN. CONSELHEIROS - Funções I. Apresentam proposta ao CMN, na forma de voto, observadas as disposições deste regimento; II. Submetem ao colegiado o exame da conveniência de não divulgação de matéria tratada nas reuniões; Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 9 III. Solicitam manifestação da COMOC ou assessoramento das Comissões Consultivas; IV. Solicitam visto de assuntos constantes da pauta ou apresentado extra pauta; V. Fazer declaração de voto; COMISSÕES CONSULTIVAS - Funções O funcionamento das Comissões Consultivas é determinado pelo Conselho Monetário Nacional. As Comissões Consultivas são as seguintes: I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro; II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; III - de Crédito Rural; IV - de Crédito Industrial; V - de Endividamento Público; VI - de Política Monetária e Cambial; e VII - de Processos Administrativos. É função das Comissões Consultivas apreciar matérias atinentes às suas finalidades, propor alteração em seu regimento interno, e convidar pessoas ou representantes de entidades públicas ou privadas para participar de suas reuniões. SECRETARIA EXECUTIVA Função exercida pelo BACEN, a que deverá: I. Organizar a pauta das reuniões do colegiado; II. Comunicar aos conselheiros a data, a hora e o local das reuniões ordinárias ou a convocação para as reuniões extraordinárias; III. Enviar aos conselheiros e demais participantes das reuniões, imediatamente após a sua definição, a pauta de cada reunião e cópia dos assuntos nela incluídos, conferindo-lhe tratamento confidencial; IV. Prover os serviços de secretaria nas reuniões do conselho, elaborando inclusive as respectivas atas; V. Manter arquivo e ementáriode assuntos de interesse do CMN, bem como das decisões adotadas em suas reuniões; VI. Colher a assinatura dos conselheiros nas atas das reuniões, após sua aprovação pelo colegiado; VII. Prover os serviços de secretaria e de apoio administrativo à COMOC e às Comissões Consultivas do conselho; VIII. Encaminhar à COMOC as propostas dos conselheiros para sua manifestação prévia; IX. Encaminhar ao Presidente do CMN os expedientes recebidos, devidamente instruídos; X. Encaminhar aos conselheiros, cópia das atas e das resoluções baixadas pelo CMN; XI. Encaminhar às Comissões Consultivas os assuntos que lhe forem destinados. 1.1.2 COMOC - Comissão Técnica da Moeda e do Crédito I - Propõe a regulamentação das matérias tratadas na Medida Provisória n° 681, de 27 de outubro de 1994, de competência do Conselho Monetário Nacional; II - manifesta-se, previamente, na forma prevista em seu regimento, sobre as matérias de competência do CMN, especialmente aquelas constantes da Lei n° 4.595/64; III - examina requerimentos de vantagens fiscais e correlatas cuja concessão dependa de aprovação do conselho; IV - convida pessoas ou representantes de entidades públicas ou privadas para participar de suas reuniões; V - propõe ao CMN alterações em seu regimento interno; VI - outras atribuições que lhe forem cometidas pelo CMN. 1.1.3 BACEN Banco Central do Brasil O Banco Central do Brasil – BCB ou BACEN, criado pela Lei 4.595/64. O BACEN é autarquia federal comandada pelo Ministério da Fazenda. Sua principal função é de executar as disposições da legislação em curso e do CMN. Executa as seguintes atividades: Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 10 Controlar o Crédito. Executar as normas definidas pelo Conselho Monetário Nacional; Executar as políticas econômicas (cambial e monetária); Efetuar as emissões de papel moeda (R$ - reais); Efetuar as operações de compra e venda de Títulos Públicos Federais; Autorizar o funcionamento das Instituições Financeiras; Fiscalizar as Instituições Financeiras; Executar operações de Redesconto e empréstimo às Instituições Financeiras; Regular a movimentação de capital estrangeiro Exercer o recolhimento do Compulsório nas Instituições Financeiras; Dica + > guarde os seguintes termos: regular, administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar, controlar e exercer. BACEN é órgão responsável por buscar o cumprimento todas as determinações do CMN. Outras Funções do BACEN •Regulamentar, autorizar e fiscalizar as atividades dos consórcios, fundos mútuos ou outras formas associativas; •Normatizar, autorizar e fiscalizar as sociedades de arrendamento mercantil, as sociedades de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimos; •Acompanhar as operações de endividamento de estados e municípios; O BACEN acumula dólares comprando no mercado, fazendo emissões de títulos da dívida pública (Global Bonds) e aplicando nas treasuries - títulos do tesouro dos Estados Unidos. Os dólares das reservas internacionais oferecem garantias e autonomia contra eventuais oscilações ou crises econômicas de escala mundial. Tudo isso deverá ser muito equilibrado a fim de não ser elevada a dívida interna brasileira. Além disso, o BACEN fiscaliza e aplica as regras nas atividades do Sistema Financeiro Nacional expedindo para tal as resoluções e circulares necessárias para as Instituições Financeiras. Todas as transações cambiais deverão ser intermediadas pelo BACEN, que recepciona os fechamentos realizando estas operações. Quando esse Banco tiver que pagar esse empréstimo, entregará ao BACEN, reais equivalentes, que convertidos à taxa de câmbio montarão os recursos para o pagamento do credor no exterior. O BACEN faz a conversão de tal maneira que mesmo transacionando, nominalmente, em moeda estrangeira, a Instituição Financeira, estará transacionando no mercado local à moeda local. O mesmo ocorre com o exportador. Ele vende seus produtos em moeda estrangeira. O comprador do exterior remete o valor da transação na moeda correspondente, só que não diretamente ao exportador, e sim ao BACEN que se encarrega de converter à moeda local e entregar ao exportador. Sentido contrário ocorre com o Importador que paga em reais ao BACEN e este paga em moeda estrangeira ao Exportador lá fora. 1.1.4 COPOM – Comitê de Política Monetária • Executa as diretrizes da Política Monetária. • Define a taxa de juros básica (TAXA SELIC META) da economia. • A cada 45 dias têm reunião. • Cumpre a meta da inflação do CMN. (Quanto maiores os JUROS, mais caras as parcelas, menos consumo, reduzindo a INFLAÇÃO.) • A taxa de juros SELIC Meta fixada na reunião do Copom regula todas as outras taxas do Brasil. Expressas de forma anual (252 dias úteis). Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 11 • Regime de Metas da Economia: 1º CMN – IPCA (anual) / 2º COPOM - Taxa Selic Meta (45 dias) ORÇAMENTO MONETÁRIO O CMN aprova os orçamentos monetários elaborados pelo BACEN. Este orçamento analisa exatamente a necessidade de liquidez em moeda no mercado. Tais medidas são essenciais para se determinar os percentuais de compulsório junto aos Bancos, assim como os empréstimos liberados pelo BACEN (Redesconto). MEIOS DE PAGAMENTOS No Brasil existem 5 agregados monetários: M0, M1, M2, M3, M4. Meios de Pagamento Restritos: M0 = papel moeda em circulação no mercado M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista Meios de Pagamento Ampliados: M2 =M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias; M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic Poupança financeira: M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez a) O denominado M0 é representado pelo papel moeda em circulação (PMPP – Papel Moeda em Poder do Público). O PMPP é o resultado da diferença entre o Papel-moeda emitido pelo Banco Central do Brasil e as disponibilidades de "caixa" do sistema bancário (PME – CaixaBC - CBCom); b) O denominado no mercado como M1 é representado pelo M0, mais os depósitos à vista (DVCOM - Depósitos à vista Bancos Comerciais) no sistema Bancário; c) O denominado M2 é M1 + recolhimento de compulsórios ou recolhimentos ao BACEN + depósitos de poupança + títulos emitidos pelas instituições financeiras como: CDB’s – Certificados de Depósitos Bancários e outros; d) O denominado M3 é M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia; e) O denominado M4 que é M3 + títulos públicos de alta liquidez. Moeda manual – Composta pelo valor da moeda metálica e papel moeda em poder do público; Moeda escritural – A soma do total dos saldos dos depósitos bancários de livre movimentação, isto é, os depósitos à vista, mantidos pelo público nas instituições financeiras, nas contas correntes. LIQUIDEZ DO MERCADO De uma maneira geral, o CMN tem o poder da Política Monetária e deve zelar pela liquidez do mercado. A liquidez do mercado é dada por uma série de medidas que iremos comentar ao longo deste Capítulo, mas em linhas gerais sempre que o CMN autorizar a emissão de moeda, o objetivo é aumentar a liquidez do mercado e colocar mais moeda em circulação (aumentar o M1). Quando o objetivo é de enxugar a liquidez ocorre o contrario, tendo a decisão de vender Títulos emitidos pelo Governo para obter a troca de moeda, ou seja, diminui o M1 e aumenta o M2. Um dos fatores que fazem aumentar a liquidez do mercado é a emissão de papel moeda. O que faz enxugar a liquidez do mercado é a emissão de Títulos Públicos que são vendidos aos Investidores,recebendo, em contra partida, moeda corrente ou pagamento via transferência bancária e, assim, “retirar moeda de circulação” enxugando a liquidez. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 12 Enxugar a liquidez ou expandir a liquidez está diretamente ligado a atividade dos Correspondentes, se o Conselho Monetário Nacional, em função da Política Monetária traçada pelo Governo, tomar a decisão de enxugar a liquidez, o volume de recursos disponíveis ao mercado será menor e menor será o valor disponível para crédito, ou seja, restringe as operações de crédito e, restringe a atividade do CORRESPONDENTE. 1.1.5 Instituições Financeiras Públicas A Caixa Econômica Federal, BASA - Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixas Estaduais, Bancos de Desenvolvimento Estaduais ou Regionais e Bancos Estaduais (Banrisul) são Bancos Públicos. Dão suporte aos Governos Federais, Estaduais, Municipais. Implementam medidas da Política Monetária da União. O CMN instruirá as modalidades operacionais para estas IF’s. A seleção dos Diretores das instituições financeiras públicas federais e a determinação dos seus Presidentes e substitutos observarão o mesmo critério aplicado ao Banco Brasil. BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social executa a política de investimentos do Governo Federal, promovendo o financiamento de setores econômicos. As instituições financeiras públicas privadas são importantes instrumentos intermediadores da economia, porém seu objetivo é o lucro na atividade financeira. 1.1.6 Instituições Financeiras Privadas São Sociedades Anônimas Abertas com ações nominativas. O BACEN determinará o mínimo de capital social para a sua constituição, integralizado com moeda em espécie. Poderão ter participação em demais empresas de capital aberto em bolsa, porém somente mediante autorização do BACEN. As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano, obrigatoriamente, com observância das regras contábeis COSIF estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. É vedado às instituições financeiras privadas conceder empréstimos ou adiantamentos: I - Aos seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior; III - Às pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez por cento), salvo autorização BACEN, em cada Expansionista Liquidez Compulsório Diminuição de % recolhido nos Bancos Aumenta Redesconto Aumento de Prazo das operações e/ou redução da taxa Contracionista Liquidez Compulsório Aumento de % recolhido nos Bancos Reduz Redesconto Redução de prazo das operações e/ou aumento da taxa Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 13 caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho Monetário Nacional, em caráter geral; IV - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento) do total do PL; V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau. VI - Emitir debêntures e partes beneficiárias (títulos que dão direito a seus titulares de participarem dos lucros anuais da empresa); VII - Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê- los dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas vezes, a critério do BACEN; VIII - As instituições financeiras que não recebem depósitos do público poderão emitir debêntures, desde que previamente autorizadas pelo BACEN, em cada caso; IX - Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras em funcionamento ou que venham a se instalar no País, as disposições da presente lei, sem prejuízo das que se contém na legislação vigente. PENALIDADES AOS BANCOS Os diretores e gerentes das instituições financeiras respondem solidariamente pelas obrigações assumidas pelas mesmas durante sua gestão, até que elas se cumpram. Havendo prejuízos, a responsabilidade solidária se circunscreverá ao respectivo montante. O responsável que autorizar a concessão de empréstimos acima ficará sujeito, sem prejuízo das sanções administrativas ou civis cabíveis, à multa igual ao dobro do valor do empréstimo ou adiantamento concedido, cujo processamento obedecerá no que couber ao disposto nesta lei. As infrações aos dispositivos desta lei sujeitam as instituições financeiras, seus diretores, membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes, e gerentes, às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente: I – Advertência; II - Multa pecuniária variável; III - Suspensão do exercício de cargos; IV - Inabilitação temporária ou permanente para o exercício de cargos de direção na administração ou gerência em instituições financeiras; V - Cassação da autorização de funcionamento das instituições financeiras públicas, exceto as federais, ou privadas; VI – Detenção; VII – Reclusão. As instituições financeiras públicas não federais e as privadas devem seguir os termos da legislação vigente. 1.2. Atividades dos Correspondentes (Resoluções 3954 e 3959/11) Estas normas dispõem sobre a contratação, de empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro Nacional, para o desempenho das funções de correspondente no País, com vistas à prestação dos serviços. Liberam a escolha de contratação de Correspondentes no País, às outras instituições Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 14 financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN como as cooperativas de crédito, as companhias hipotecárias, as sociedades de crédito ao microempreendedor e as sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. A RESOLUÇÃO 3.954 modernizou e estendeu os conceitos da atividade do Correspondente Bancário, principalmente no que tange a atividade de câmbio dos Correspondentes Bancários vinculados à Caixa Econômica Federal com atividades de prestação de serviços lotéricos, as chamadas Casas Lotéricas e Agências da ECT Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Houve a implantação da obrigatoriedade da Certificação por Entidades Credenciadas dos Correspondentes Bancários. O objetivo da atividade do Correspondente Bancário é oferecer o acesso da população ao Sistema Financeiro Nacional. A atividade busca a melhoria das condições na obtenção de crédito, de realização de poupança e de aquisição de produtos financeiros. A resolução antevê estruturas competentes de oferecer segurança e confiabilidade aos serviços prestados por meio de correspondentes. A certificação do Correspondente Bancário traz ao mercado a padronização e normas do BACEN quanto aos quesitos exigidos para a prática da atividade, garantindo a qualidade dos serviços das instituições credenciadoras. Atividades Admitidas a. receber e enviar de propostas de abertura de contas à vista, a prazo ou poupança; b. efetuar recebimentos, pagamentos ou transferências eletrônicas para movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição contratante; c. efetuar recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, eoutras atividades decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela instituição contratante com terceiros; d. emissão e recebimento de ordens de pagamento cursadas por intermédio da instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; e. recebimento e envio de propostas para operações de crédito e arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante; f. recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da instituição contratante; g. efetuar cobrança extrajudicial, relativa a créditos de titularidade da instituição contratante ou de seus clientes; h. receber e encaminhar de propostas de fornecimento de cartões de crédito de responsabilidade da instituição contratante; e, i. realizar de operações de câmbio de responsabilidade da instituição contratante, observado o disposto adiante. Operações de Câmbio Apenas as funções abaixo serão permitidas: Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem; Receber e emitir (ativa ou passiva) ordens de pagamento relativas às transferências unilaterais do ou para o exterior; e, Recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. Observar as disposições do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Estrangeiros (RMCCI). Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 15 SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Serão representadas nestas atividades: a) Instituição financeira ou instituição autorizada a funcionar pelo BACEN; b) Pessoas jurídicas cadastradas no Ministério do Turismo como prestadores de serviços turísticos remunerados, na forma da regulamentação em vigor; c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT); e, d) Permissionários de serviços lotéricos. Caso os Correspondentes possam prestar tal atividade de câmbio, haverá obrigatoriedade de entrega ao cliente de comprovante para cada operação de câmbio realizada, contendo a identificação das partes, a indicação da moeda estrangeira, da taxa de câmbio e dos valores em moeda estrangeira e em moeda nacional; e, Contrato com a Instituição O contrato de correspondente deve estabelecer algumas medidas essenciais para a boa representação bancária. O correspondente deverá manter obrigatoriamente vínculo empregatício conforme CLT ou contratual com as pessoas prestadoras de serviços envolvidas nas atividades contratadas. É proibida a utilização de instalações cujo layout, fachadas, logomarca e publicidade seja igual às adotadas pela instituição credenciadora em suas agências e postos de atendimento próprios. Seguem algumas medidas adicionais: Divulgação pelo Correspondente ao público de sua condição de prestador de serviços à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja prestado atendimento aos clientes e usuários; Fechamento de caixa entre a instituição contratante e o correspondente, no máximo, a cada dois dias úteis; Para empréstimos e financiamentos, a liberação de recursos deverá ser efetuada mediante cheque nominativo, cruzado e intransferível, de emissão da instituição financeira contratante a favor do beneficiário ou da empresa comercial vendedora, ou crédito em conta de depósitos à vista do beneficiário ou da empresa comercial vendedora (TED ou DOC, sendo vedados entrega de valores em espécie; Proibida a contratação de entidade cujo controle societário seja exercido por administrador de quaisquer instituições pertencentes ao conglomerado integrado pela instituição contratante. Não é admitida a celebração de contrato de correspondente que configure contrato de franquia. Em caso de substabelecimento deste contrato: a) Admite-se o substabelecimento do Correspondente, em um único nível, desde que o contrato inicial preveja essa possibilidade e as condições para sua efetivação. b) responsabilidade da IF (Banco) perante toda e qualquer prestação de serviços do Correspondente, caso exista substabelecimento do contrato a terceiros (somente mediante anuência da Instituição Financeira). b) acesso total aos dados do Correspondente no BACEN. Atividades vedadas aos correspondentes: Antecipação de recursos a serem liberados pela instituição financeira contratante; Limitação de cada operação num valor máximo de US$ 3.000,00 ou seu equivalente, caso transações em demais moedas estrangeiras. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 16 Emitir a seu favor títulos ou carnês de cobrança das parcelas das operações intermediadas; Cobrar, por iniciativa própria, qualquer tarifa relacionada com a prestação dos serviços a que se refere o contrato; Prestar garantias aos clientes nas operações a que se refere o contrato; Fazer uso de nome “Banco” utilizar sem a prévia autorização do BACEN. Substabelecer contratos nas atividades relacionadas às operações de câmbio. Os Correspondentes contratados para a prestação de serviços estão sujeitos às penalidades previstas na Lei 4.595, de 1964, que criou o SFN, não podendo efetuar operações de crédito que não envolvam a Instituição Financeira Credenciadora. Processos nas operações de crédito e arrendamento mercantil. Correspondente não poderá omitir as modalidades oferecidas pelas Instituições Financeiras as quais presta serviços. Divulgação pública através de crachá pessoal na equipe de funcionários (com CPF). As propostas deverão ser encaminhadas à IF com identificação do integrante da equipe do correspondente (nome e CPF) que prestou o atendimento para as operações: a) relacionadas a produtos e serviços finais fornecidos pelo correspondente. b) a quaisquer produtos e serviços finais do mercado. Caso a IF que autorize o Correspondente para liberação de recursos o valor total dos pagamentos realizados deverá ser idêntico aos recursos recebidos da instituição contratante para tal fim. Deverá haver o processo de capacitação que aborda aspectos técnicos das operações, a regulamentação aplicável, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. SSee LLiigguuee NNeessssaa!! O cadastro dos funcionários do Correspondente deverá ser atualizado, incluindo os dados sobre as certificações emitidas e ou em prazo de vencimento pela instituição contratante a qualquer tempo. Controle das Atividades A IF deve pôr à disponibilidade do Correspondente toda documentação técnica adequada e estabelecer canal de acesso direto. A adequação de sistema de controles internos e a auditoria também serão conduzidos pela IF. A quantidade de pontos de atendimento deverá ser compatível com o volume e complexidade das operações realizadas. O planejamento do controle de qualidade no atendimento também será função definida pela IF. Inclui medidas administrativas a serem aplicadas pela IF caso sejam levantadas irregularidades. Neste caso, não será afastada a possibilidade de suspensão do atendimento prestado ao público e o encerramento antecipado do contrato nos casos considerados graves pela IF contratante. O contrato deverá incluir, ainda, que os integrantes da equipe do Correspondente, sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida capacidade técnica. No caso de correspondentes fornecedores de bens e serviços objeto de financiamento ou arrendamento, se aceita a certificação de uma pessoa por ponto de atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo atendimento aliprestado aos clientes. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 17 O BACEN poderá: Determinar controles e procedimentos adicionais, definindo cronograma para sua implantação, caso seja detectada a inobservância do controle que a Instituição exerce sobre as atividades do Correspondente; Paralisar o atendimento oferecido ao público ou o encerramento do contrato, conforme sanções acima especificadas; e/ou, Condicionar a contratação de novos correspondentes à sua prévia autorização. Divulgação de Informações A IF deve manter, publicamente, a relação atualizada de seus contratados, contendo as seguintes informações: I - razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II - endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e números de inscrição no CNPJ; e, III - atividades de atendimento de cada ponto correspondente. A IF deve disponibilizar informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre os produtos e serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento. A IF segregará as informações sobre demandas e reclamações recebidas nos serviços de atendimento e de ouvidoria, apresentadas por clientes e usuários atendidos por correspondentes. SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Contrato entre Instituições Financeiras Aplicam-se aos contratos de correspondente em que as partes sejam instituições financeiras ou instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN as seguintes condições: É obrigatória a certificação dos atendentes destas IF’s, caso estes funcionários atuarem como Correspondentes de outras instituições. Não é proibida a prestação de garantias, peculiar aos Correspondentes; e, Na relação de correspondentes a ser mantida em página da internet, devem constar, no mínimo, os seguintes dados: a) razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no CNPJ da IF; e, b) atividades regulares de atendimento, anteriormente referidas, incluídas no contrato. Admite-se a contratação de IF cujo controle societário seja exercido pela instituição contratante ou por controlador comum. A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao BACEN, na forma definida pela referida Autarquia: I - designar diretor responsável pela contratação de correspondentes e seu atendimento; II - informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores atualizações e encerramento. III - proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente enviados até a data de entrada em vigor desta resolução; e, IV - elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes. É proibida a cobrança de tarifa, comissão, e demais valores a título de repasse de custos da atividade do Correspondente, pela Instituição contratante, aos clientes atendidos nestes pontos de atendimento. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 18 1.3. Liquidação Antecipada de Operações de Crédito e Arrendamento (Resolução 3.516/07) Veda a cobrança de tarifa em decorrência de liquidação antecipada de contratos de crédito e de arrendamento mercantil financeiro e estabelece critérios para cálculo do valor presente para sua amortização ou liquidação. “Art. 2º O valor presente dos pagamentos previstos para fins de amortização ou de liquidação antecipada das operações de que trata o art. 1º contratadas a taxas prefixadas deve ser calculado: I - no caso de contratos com prazo a decorrer de até 12 meses, com a utilização da taxa de juros pactuada no contrato; II - no caso de contratos com prazo a decorrer superior a 12 meses: a) com a utilização de taxa equivalente à soma do spread na data da contratação original com a taxa SELIC apurada na data do pedido de amortização ou de liquidação antecipada; b) com a utilização da taxa de juros pactuada no contrato se a solicitação de amortização ou de liquidação antecipada ocorrer no prazo de até sete dias da celebração do contrato. § 1º A taxa de desconto aplicável para fins de amortização ou liquidação antecipada, observado o disposto nos incisos I e II deste artigo, deve constar de cláusula contratual específica. § 2º O spread mencionado neste artigo deve corresponder à diferença entre a taxa de juros pactuada no contrato e a taxa SELIC apurada na data da contratação.” SSee LLiigguuee NNeessssaa!! 1.4. CUSTO EFETIVO TOTAL – CET (Resolução CMN nº 3.517/2007) O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das operações, CET deve englobar não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente. A planilha de cálculo mostrará, além do valor em reais de cada componente do fluxo da operação, os respectivos percentuais em relação ao valor total devido. Por exemplo, suponha um financiamento nas seguintes condições: Valor Financiado - R$ 5.000,00 Taxa de juros - 24% ao ano (nominal) ou 2% ao mês. Prazo da operação - 12 meses Prestação mensal - R$ 472,80 Tarifa de cadastro - R$ 50,00 IOF - R$ 85,10 Valor Líquido Liberado - R$ 4.864,90 De acordo com a fórmula da Resolução 3.517/07, o FCo (valor do crédito concedido) e o FCj (valores cobrados pela instituição), seriam os seguintes: FC0 = R$ 4864,90 FCj = R$ 472,80 Utilizando as fórmulas de matemática financeira (por meio de uma planilha de cálculo eletrônica ou calculadora científica), o cálculo do CET ficaria: CET (i) = 2,45% ao mês ou 33,70% ano. CMN proíbe a cobrança de tarifas ao Cliente no caso de liquidação antecipada em operações de crédito e arrendamento mercantil para PF, microempresas e empresas de pequeno porte. Contratos celebrados antes de 2007 (norma) poderão manter a cobrança. É permitida a cobrança em contratos diversos de operações financeiras desde conste em cláusula especifica no contrato de financiamento. 4.864,90 = 472,80 (1 + i)1 472,80 (1 + i)2 472,80 (1 + i)3 472,80 (1 + i)12 + + ...+ Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 19 SSee LLiigguuee NNeessssaa!! 1.5. Cobrança de Tarifas (Resolução 3518/07 e 3919/10) Orientar e regulamenta a cobrança das tarifas bancárias para Clientes Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. Aliado ao aumento da bancarização da população, número de reclamações da população, se fez necessária a determinação de nova resolução quanto à cobrança de tarifas aos clientes dos Bancos. Tudo isso surgiu num ambiente onde as instituições financeiras realizavam cobrança de tarifas: sem a fixação de critérios adequados em duplicidade sem a contrapartida efetiva em serviços em valores elevados Esta resolução alterou a filosofia da Resolução 2.303, de 25.07.1996, que definia um conjunto de serviços isentos de tarifas para pessoas físicas e pessoas jurídicas. SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Objetivos da regulamentação: • reduzir a assimetria de informações (mais de 300 tarifas) • aumentar a transparência (divulgação inadequada) • permitir a comparabilidade por parte do público • criar condições para que o cidadão possa optar pela instituição que melhor atenda a sua expectativa - serviço e preço • fomentar a concorrência • mais um passo para a educação financeira Principais medidas adotadas: • Eleva a quantidade de serviços com tarifas vedadas – pessoas físicas • Diferenciaros serviços em 4 conjuntos (PARA PF’s): essenciais, prioritários, diferenciados e especiais • Unificar a terminologia – serviços prioritários • Criar a abreviatura comum – serviços prioritários • Descrever descrição do fato gerador do serviço – serviços prioritários • Instituir a tabela de serviços e o pacote padronizado de serviços prioritários Calculando CET na Calculadora Financeira HP 12C: Pressione Tela HP Processo HP ( / ) 0,00 Limpa o registro (472,80 / / ) -472,80 Registra o valor da parcela (sinal negativo = desembolso (12 / ) 12,00 Registra o prazo (4.864,90 / ) 4.864,90 Registra o valor liberado 2,45 Calcula o CET A tabela das tarifas nas agências deve estar em local visível ao público, bem como nos respectivos sítios eletrônicos das instituições financeiras. Inclusive, a majoração de tarifas deverá ser divulgada com 30 dias de antecedência. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 20 1.5.1 Serviços Essenciais Trata-se dos imprescindíveis a livre movimentação da conta de depósitos à vista e de poupança – vedações e gratuidades: Serviços essenciais - exemplos de tarifas vedadas: • fornecimento de cartão de débito e de 10 folhas de cheque (compensação incluída de quaisquer valores) • devolução de cheques (em qualquer situação) • inclusão no CCF • depósitos em conta-corrente e conta de poupança • manutenção de conta (ativa/inativa) e cartão • renovação de cheque especial • abertura de crédito (TAC) (permitida a cobrança nos serviços especiais) • abertura de conta (cobrança limitada ao cadastro) • consultas na internet SSee LLiigguuee NNeessssaa!! 1.5.2 Serviços Prioritários Estão descritos os fatos geradores para a cobrança de cada tarifa, a nomenclatura e a sigla. Os serviços são subdivididos nos seguintes grupos: • cadastro • contas de depósitos (depósitos à vista e poupança) • transferência de recursos • operações de crédito Eventos Essenciais Gratuitos: Conta de depósito a vista: • até 2 extratos contendo a movimentação do mês • até 4 saques, por mês, em guichê de caixa ou terminal de autoatendimento. • até 2 transferências de recursos entre contas na própria instituição Conta de poupança: • até 2 saques, por mês, em guichê de caixa ou em terminal de autoatendimento • até 2 transferências para conta de depósitos de mesma titularidade • até 2 extratos contendo a movimentação do mês Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 21 1.5.3 Pacote Padronizado de Tarifas O valor não pode extrapolar o total das tarifas individuais que o integram. Destinado ao público que ultrapasse as isenções e gratuidades. o preço do pacote não pode superior ao somatório das tarifas individuais que o compõe é livre a oferta de outros pacotes, visando atender clientela específica, respeitada a regra anterior objetiva permitir a comparação entre as tarifas praticadas pelas IF 1.5.4 Serviços Especiais CRÉDITO RURAL MERCADO DE CÂMBIO REPASSE DE RECURSOS SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH) FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) PIS/PASEP CONTA-SALÁRIO (RESOLUÇÃO 3.402, DE 06.09.2006) CONTA-SIMPLIFICADA (RESOLUÇÃO 3.211, DE 30.06.2004) OPERAÇÕES DE MICROCRÉDITO (RESOLUÇÃO 3.422, DE 30.11.2006) 1.5.5 Serviços Diferenciados É aceita a cobrança de serviços diferenciados, nas seguintes atividades: ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ALUGUEL DE COFRE AVALIAÇÃO, REAVALIAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE BENS RECEBIDOS EM GARANTIA CARTÃO DE CRÉDITO COLETA E ENTREGA EM DOMICÍLIO OU EM OUTRO LOCAL CÓPIA OU SEGUNDA VIA DE COMPROVANTES E DOCUMENTOS CORRETAGEM CUSTÓDIA SSee LLiigguuee NNeessssaa!! O valor da cobrança de tarifa em conta corrente de depósitos à vista ou em conta de depósitos de poupança não pode ser superior ao saldo existente. (O banco não poderá fazer o usuário utilizar o limite por causa de quaisquer tarifas pendentes). Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 22 1.5.6 Cartões Crédito – Tarifas (Resolução 3.919/10) A finalidade é a de promover a comparação das tarifas cobradas pelos clientes e, também, a escolha do tipo de cartão mais adequado. Clientes terão que pagar pelo menos 20% de sua fatura mensalmente, podendo financiar o saldo devedor com juros. SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Essas tarifas, por sua vez, deverão estar nas páginas das instituições financeiras e, também, em suas agências, de forma que possam ser comparadas pelos clientes. Cartões não solicitados, cancelamento e extratos Obrigações às Instituições Financeiras Emissoras: Proibido o envio de cartões que não sejam solicitados pelos clientes. Bancos serão obrigados a cancelar o cartão de crédito de forma imediata quando solicitados (podendo cobrar o saldo em aberto) Informar o limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passível de contratação; Informar os gastos realizados, por evento, inclusive quando parcelados; Identificar as operações de crédito contratadas e respectivos valores; Segregar os valores relativos aos encargos cobrados, de acordo com os tipos de operações realizadas; Informar o valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte, no caso do cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; Informar o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros e outras taxas. Há 2 tipos de cartão de crédito: Básico: o cliente poderá optar pelos parcelamentos no ato da compra. É obrigatória a oferta para as pessoas físicas, e não somente do cartão diferenciado. Anuidade deverá ser inferior que a do diferenciado. Poderá ser nacional ou internacional. Os cartões internacionais têm uma anuidade maior. Diferenciado: possui outros serviços acoplados, como programas de recompensas ou benefícios - viagens, passeios e outros tipos de prêmios. Poderá ser nacional ou internacional. Os cartões internacionais têm uma anuidade maior. 1.6. Sistema de Autorregulação Bancária (código e normativo 001/08) Finalidade de, em conjunto com a sociedade, adaptar o sistema bancário. Complementa as normas e os mecanismos de controle já existentes. Dessa maneira, a FEBRABAN implantou a autorregulação como um sistema participativo, objetivando a concorrência leal das entidades (Signatários ou Bancos Participantes), melhorando a governança e transparência de suas atividades frente aos clientes. Todos os Bancos Participantes deverão assinar o devido Termo de Adesão ao Sistema de Auto-Regulação Bancária. Com novas regras, poderá haver cobrança de 5 tipos de tarifa: “SANPA PEDI EMISSÃO” I. saques em dinheiro Cash; II. anuidade; III. pagamento de contas; IV. pedido de urgência na análise necessária para aumentar o limite de crédito do cliente. V. emissão de segunda via do cartão; Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 23 SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Textos a seguir extraídos de www.conteaqui.org.br CONCEITOS GERAIS (Normativo 001/08) Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à sociedade, ao funcionamento do mercado e ao meio-ambiente. Respeitar a livre concorrência e a liberdade de iniciativa. Atuar em conformidade com a legislação e regulamentação vigentes e com as normas da auto-regulação. Respeito ao Consumidor - tratar o consumidor de forma justa e transparente, com atendimento cortês e digno. Assistir o consumidorna avaliação dos produtos e serviços adequados às suas necessidades e garantir a segurança e a confidencialidade de seus dados pessoais. Conceder crédito de forma responsável e incentivar o uso consciente de crédito. Comunicação Eficiente – disponibilizar informações de forma eficaz, congruente, aberta e adequada, fornecendo condições para o cliente assumir decisões conscientes. A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo, pessoalmente ou mediante ofertas ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a informá-lo sobre os aspectos relevantes do relacionamento com a Signatária. Melhoria Contínua – aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos produtos, níveis de segurança e a eficiência dos serviços. Esses princípios se aplicam aos produtos e serviços prestados pela Signatária ao consumidor, incluindo contas correntes, produtos de crédito e de investimento. TEMAS PRINCIPAIS (Normativo 001/08) “A questão do direito do consumidor ‡ informação. Esse assunto foi abordado em todos os capítulos do documento. ï O roteiro acordado pelos bancos e pelos Órgãos de defesa do consumidor para encerramento de contas e tratamento de contas inativas. Este assunto é tratado no capítulo encerramento de conta. O Star - Sistema de divulgação de Tarifas de Produtos e Serviços Financeiros da FEBRABAN, que facilita a comparação das tarifas praticadas pelos bancos para diversos produtos e serviços, além de estabelecer uma padronização de nomenclaturas. Esse assunto é tratado no capítulo Oferta e Publicidade. ATENDIMENTO (Normativo 001/08) Os números de telefone das centrais de atendimento da Signatária estarão afixados em local de alta visibilidade nas agências e na internet; A Signatária será receptiva a quaisquer reclamações, considerando-as para a melhoria contínua dos seus serviços e provendo resposta às demandas que o exigirem; Caso o consumidor não obtenha a solução de que necessita nos canais de atendimento da Signatária (incluindo o SAC), este poderá contatar o serviço gratuito de Ouvidoria da Signatária, que tem o papel de assegurar a observância das normas e regulamentos relativos aos direitos do consumidor... O consumidor receberá uma resposta da Ouvidoria em até 30 dias. As Regras serão formadas e constantemente revisadas conforme os códigos legais das regras de atuação no mercado financeiro ditado pelas Resoluções do CMN, nunca se opondo ou substituindo a regulamentação em vigor. http://www.conteaqui.org.br/ Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 24 OFERTAS (Normativo 001/08) Os anúncios não conterão informação de qualquer natureza que, direta ou indiretamente, por implicação, omissão, exagero ou ambigüidade, leve o consumidor a erro; Antes de contratar uma operação, a Signatária oferecerá explicações adequadas às necessidades do consumidor, incluindo informações sobre tarifas, juros e impostos, bem como sobre canais de atendimento. A Signatária informará sobre eventuais produtos ou serviços alternativos para o consumidor fazer uma escolha consciente e informada; As taxas de juros e o número de parcelas serão informados em termos anuais e mensais, e serão apresentadas de forma clara; O consumidor poderá consultar ou esclarecer dúvidas sobre as taxas de juros através da internet, do atendimento telefônico ou dos empregados e prepostos da Signatária. A Signatária informará as tarifas aplicáveis a seus produtos e serviços, bem como a periodicidade e a progressividade, conforme o caso, bem como a forma pela qual serão cobradas. A Signatária disponibilizará em local visível nas agências e na internet uma tabela com as tarifas de cada tipo de serviço, bem como a relação dos produtos e serviços que têm tarifação proibida pelo BACEN; Caso a Signatária ofereça um conjunto pré- determinado de produtos e serviços (uma cesta de serviços), deverá informar a sua composição e tarifa. A tarifa de uma cesta de serviços será inferior à somatória das tarifas individuas de seus produtos e serviços. CONTRATAÇÃO (Normativo 001/08) No ato da contratação efetivada na agência, na internet ou no caixa eletrônico, a Signatária disponibilizará ao menos o sumário da operação contendo as especificações do produto ou do serviço contratado, tais como prazos, valores, juros, tarifas, comissões, tributos, multas e forma de pagamento, além do CET - Custo Efetivo Total da operação. Se o consumidor decidir mudar a sua dívida para outra instituição financeira, a Signatária informará como ocorrerá a transferência de dívida e o responsável por esse processo, fornecendo as informações necessárias para que tal mudança se concretize dentro de 15 dias úteis após receber a solicitação; CONTA SIMPLIFICADA (Normativo 001/08) Conta simplificada conta corrente ou de poupança individual, isenta de tarifas até um número pré-determinado de operações e serviços. Pode ser aberta por pessoa física que não tenha em seu nome nenhuma outra modalidade de conta de depósitos à vista em qualquer banco. CONTA (encerramento) (Normativo 001/08) A Signatária deve comunicar previamente ao consumidor, por carta ou outro meio eficaz de comunicação, a intenção de encerrar a conta, dando-lhe prazo de até 30 dias corridos para as providências relacionadas ao encerramento da conta. Caso o consumidor não responda à comunicação nem atenda às solicitações da Signatária, a conta poderá ser encerrada CRÉDITO (Normativo 001/08) No ato da contratação, a Signatária informará não apenas o custo efetivo total da operação (CET), incluindo tarifas, despesas taxas de juros, valor do IOF e demais tributos eventualmente incidentes, mas também prazos, número de prestações, comissões, encargos moratórios, multas e forma de liquidação; Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 25 Caso o cliente contrate empréstimo da modalidade cheque especial, a Signatária informará que essa modalidade é destinada para uso eventual. A Signatária estimulará a escolha de outros produtos aplicáveis, que porventura tenham taxa de juros menores; O limite de crédito do cheque especial poderá variar de acordo com vários fatores, dentre os quais o histórico de crédito, e será pautado no princípio da concessão responsável de crédito. Alterações de limites serão informadas ao consumidor. Em caso de impontualidade no pagamento das dívidas do consumidor para com a Signatária, ou em caso de impontualidade do consumidor constatada pelos serviços de proteção ao crédito, a Signatária poderá reduzir, cancelar ou bloquear o limite de crédito rotativo, mediante imediata comunicação ao consumidor. As solicitações de crédito serão analisadas de acordo com a política da Signatária, podendo ser considerados para essa análise o histórico e o perfil de crédito do consumidor, as condições da operação e as garantias apresentadas. No caso de negativa de crédito, o consumidor será informado se esta se fundamenta em critérios de crédito da Signatária, em restrições cadastrais junto aos serviços de proteção ao crédito ou em inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos do BACEN (CCF); No caso do consumidor atrasar pagamentos devidos à Signatária, esta manterá um tratamento ágil, digno e respeitoso. A Signatária contatará o consumidor para discutir o assunto e oferecer as informações necessárias para a retomada dos pagamentos ou renegociação da dívida. 1.7. SIGILO DAS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS (Lei Complementar nº 105/01) A Lei Complementar 105/01 rege a respeito do sigilo que as instituições do SFN devem manter perante seus clientes. Qualquer informação interna de instituições Financeiras só poderá ser utilizada no âmbitodas operações que realizar com seus Clientes. SSee LLiigguuee NNeessssaa!! Exceções para “quebra” de sigilo: por determinação judicial; para troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, no fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques (CCF) sem provisão de fundos e de devedores inadimplentes, para comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sobre A quebra de sigilo, fora das hipóteses autorizadas nesta Lei Complementar, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa, aplicando-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 26 operações que envolvam recursos provenientes de qualquer prática criminosa (ex. Suspeita de Sonegação e/ou Lavagem de Dinheiro); com o consentimento expresso dos interessados proprietários das contas. 1.8. ISS - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (Lei 116/03) Disciplina a aplicação do ISS (nível municipal) sobre serviços prestados nas atividades das Instituições Financeiras. Por outro lado deixou claro que não incide ISS sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. Ocorre ISS em seguintes operações das IF’s: • Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres. • Abertura de contas em geral, inclusive conta corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas. • Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres. • Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais. • Emissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; • Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; • Fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo. • Emissão e alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins. • Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing). • Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral. • Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados. • Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários. • Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, Curso Preparatório FEBRABAN www.cebesa.com.br duvidas@cebesa.com.br 27 fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio. • Fornecimento, emissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres. • Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento. • Emissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral. • Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por talão. • Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário. 1.9. IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (art. 153, V e § 5º da CF e Decreto 6339/08) O IOF é um tributo com função predominantemente extrafiscal, Controla a política de crédito monetária. O IOF incide, dentre outros, sobre operações de crédito realizadas pelas Instituições Financeiras. Texto extraído: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador: I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado; II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este; III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título eepresentativo de uma mesma operação de crédito. Art. 64. A base de cálculo do imposto é: I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o principal e os juros; II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição; III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio; IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: a) na emissão, o valor nominal
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