Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hist Essencial da Filoso p,x Ç)lr,tt/cl A vida de Sócrâtês explicita a insolúvel ten- sáo entre as verdades sociâlmente estabelecidâs e as verdade§ universais, bem como o pâpel do homem como ser intermediário entre elâs. Nesta terceim êülâ. Olavo de Carvalho discute as inllllências de Sócrates sobre Plâtáo, â con- traditória qüestáo do rei'fiIósofo e as enormes contribuiEóe$ de Plâtáo pam ê continuidâde do Projeto Socrático- §§ § ffiffi ffi § ffi i§ § H :-:{ # § ã ffi § ffiji! ffi * §s 5e ffi ffi§ ffi ffi illlil[l|nil[ "Olavo de Carvalho é o mais impoftânte pensador bmsileiro hoje." Wagner Carelli "Filósofo de grande emdiçâo." Robe o Campo§ "Um gigante." Brüno Iblentino "olavo de cawalho se destaca porque pensa, reflete,eédeuma honestidade intelectuâl que chega a ser cruel." Carlos HeitoÍ Cony "Louvo a coragem e lucidez de suas idéias e a mâneila admirável com que as expôe." Herberto Sales Esta pübllcâçáo vem acompâDhâdâ dê um D1iD, qu€ Íáo pode serverdido sepârâÍlâmênte. Sócrates e Platáo Aula 3 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia por Olàvo de Càrvalho Coleção História Dssencial da Filosolia Acompanha esta p(blicação um dYd, náo podcndo ser vcndido sepâradamenL. lmpresso no BÉsil, naio de 2006 copyright o 2006 b! olavo dc ca8'alho Foio olavo de Car{alho Dditor Edtun Nlânoel dc oliveira Filho Moniqu. schentels c Dagnrar Rizzolc Dagui Dcsi8n Tereza Maria Lourcnço Perei.a os dirciLos âutorais dessa ediçá. peÍenccm à É ltealizaçõ.s Edlntra Lilrarià c Dislribuidora Ltda CEI,: 0,1010 970 Sáo Paulo SP Tclelax: (1r) 5572-s36J E mail c@eLealiTacos com.br wúlvc.càlizacoes com.br Rcservàdos todosrs dneitos deía obn PmibiLla tÔda c qnalqúcrrcp'odÜeáodcír'diÚtLo DÚ' .!uâLqucrrr.io ou Í{nmx scja !hrlo(ônicaoL nreúnica,loto.ópia grasrqiÔ ou quáLquo nri'l Sócrates e Platáo Aula 5 por Olavo de Carvalho coleçáo istória Essencial da Filosofia d 2006 ( (il, L.i0 llisl,,r'ia Esscncial da Filosofia Socnrlcs c Platáo - Aula 5 por Olavo de Carvalho IRcnaCIRÀRD,re ôrr.irlsrrn . Pans Libi.iriê Cénérâle l]Irnqàise, 1986 Nl tr i,,rlnn)s quc â vidâ de Sócrêtes repete ulna situâçáo das tra- rr,lrirt lrr'(frs: â do sujeito que dcscobre uma lcique está para aIém clâ , ,,r..lilri(ro.là sociedade e: êo encamar ou exprcssar cssa 1ei. colocâ-se , rr,,t)osiçLroà socicdadcicsta, então, volta se conira ele ao lnesnlo tem, Itr,,tll(, 11r(,nhccc. de algunl modo, a sua sLrperioridâde. Tenho a inpres ',r,, (i( ( LIc cssc nlecanismo teriê que ser comparado àlàmosa teoriâ de lr,. I i, r. r.l .^hrc ô hndc e\fialo o o rujeilo q c rcp(1r:n. Irr-ri e r-,, ,,lhi(1, como o pólo em torno do quâlhá a reuniáo das agressividades l, trlirs {Lr sociedade. Ao voltar-se contra ele, rcstaura-se um senso pelo rtr L,s ilns(irio dc solidari€dâde, de unanimidade, e. un1â vez destruÍclo. ,, ll,(]e cxpiâtório se torna postcriormente obieto de culto. Iirn parLe. existe algumâ coisâ disso na vida de Sócrates. Aqueles que ,' rrrlr r. no mesmo insiante já estáo, de certo modo, reconhcccndo ,1r quc quem vai sobreviver ó Sócratcs c náo eles. A paíir do instânte ,tuc cle é mo o. o destino, o lut ro da filosofia cstava assegürâdo. Ele i'. ,r"ur, urra nor" rrodcliLlcu. d( \.rdbde cuja peí nan. r. i". .rja (lurâbilidade histórica ó cntâo âssegul?da pelo seu próprio sacrifício. N.ro é necessário dizer que, mais tardc, o sacrifício de Cristo repete o rnesmíssimo esquema, !ó que nuna extensáo imensamcntc maior. rtpctindo no plano existenciaL aquilo que Sócrales tinhavivenciâdo no flano cognitivo ou intelectual. Assim como o sacrifício de Crisio asse- gur.r a salvaÇão dâs almas dos pecadores, a morte de Sócrates asscgura n possibilidâde de resgatar paÍa sempre certas verdades universais que. só podendo ser reveladas diretamente ao coraÇáo do indivíduo, e náo à rolctividadcconotâl.arriscariarn conrodclàloscrnprcalriscam ser cngolirdas c submErsas pcla "vcrdâdc' sociaIrrcntc adnriiida. ílclarcquecnr hip(rtcsealguma hâverl.LürnasoluE opamcssedilenra o lcr humano carcgâ cssa duâlidade.lc rrúdo cstruturalc pcrmantnic Por Lrfr lâ.i(,. clc a rln nrernbro da colciividade. devc a cla a sua subsislência c os seus mcio§ de c{prcssão. scns mcios Llc conhccimenro a cuncçar pclapí)pda lÍrgua. Náopodcriadariâdadissof \i n'.srno l.'rtão ncsse scniido, é üur paltiripantc da vu(là.ie socialnrcn1e cstabclecidâ c nâo teria scftido l:LUcro deslruila ou volial.Sc tolal!ncntc conlra cla Por olrÚo làdo. clc La.,LrLirn tcln. co,,,o indivnluo. ,llcnrs de accsso a verdadcs quc iransccndernâúüitadeconsciên(i dogrrLposr)cialoudac(,rnunidâde, c qlre is vczc!, se colocam acldcrÍâllnenlo ou tcrrporariarrcntc fl)nÚa o.k,gnra cl)Jrsâgra.lo peltL socicdadc. Ncsscs flnrr.fiôs o h(nncm nao p(,dc abdicar cm de urna coisa ferrr dc outrtr llssa tclrStu cnlrc o ilrdividur) cn.luanto mcrllbro de unrà cornlrnidadc historicârücnlc dctcr ilada c o in.Uv Lro cnquarrlo rcprcsenlânrc da cspó.ic hur,.rnâ. cla n:to ó solúvel [ ó iustanrerrü a idéia d. fodcr re Írver issr oltuxlamcnto dc todas as utopi.rs rcvolLrcionan iâs nnxlcrn:ts, quc, dizcr ;nlcrtâr um socicdade na qual a !e xdc Lrnn'er§al cstcitL llnalnxinle c(,rporilicada nas instiiuiçócs. criar u,na cspócle de socicd.Ldc un\ A, \".irl.rJr,J". ltrr.rr','Jr r'."rr"rJr p'n'\Jrr1 vcrrlâ.lc lLrcal c irânsi1Úria historicirmcnr. cordicionada, reprcscntâ .]c alguü, rxdo o discurso 6nal e rcâbâdo da lcrdâde univcrsâI. I)n últimâ instâ|ciâ, é o pr'oicto da pâz pcrpélLra dc Kanl, ó o projelo ch socicda(le socialiÍa. "á (, projcto da ilova orderri ürundial. Tudo isso srlo lorlnas ilLrsórias dc lLrgâ â nnla tensáo que. longc scr urn rnâ1. é unr clcmenlo constilulivo do ser humano. Notc que a tensão não é enirc a coleiividade c o individuo. Norrnal- rncntc. quândo sc analisa isso, âs pcssoas equacionan a§sirrr: a coleiivi dalle do um lado. o irrdivÍduo do ortm, coloc.rndo scmpre a colctivjdadc ,!,ri ir) d!.st)úcic hurnana No enianto. bcln analisaclas âs ! , !i t t)rrsc rtrnt( da cspécic hunrana não ó â colctividade, rrit§ ' ' tl vr(Ir. Iilc sc opac à colctiviclâdc nâo cnquanio indivíduo. ',, .'rtriIilorcprcscnlarlcLhespéciehumana.(tuc.conloiâi.ócapaz ,,.1,.,r(ir .ritirs vcrcladcsicsias. scndo urivcrsâis. cstão Iaescrla d.L , .tir L' lrr inm c(!no Lrm lodo. trânscendcnclo infinitamcntc o círculo l, rir tr) irLIrithdl(]!r parliculàrl \ , ,,.lirr)cs cntfc indivíduo c cspócic são rlruilr) dilerenie§ (lâs qLre , \r lt fr .rilr indivichro c colctivi.lâde c a históriâ dc Sócraics iluslra ' r, ( rrrL!r!rarciraâbsolutarleileesplêndicla Se você conhcccssc toda , , ,r11 ir hurranâ. sc tivcssc por crcnrplo o ADN de cada Lrnl. rrais a 1,.r,úir(lr((i.u .etc.,dessan1ulli.Liodcdâdos.dcssarnâssâdcdados ',,(,,,,,,ln,dcriadedu,irconll)seiiaop.úxnnoindivi.luohunranoquc , . ,rL5.cr. porquc o conjLrÍo dcssâs dercnrinaçac! del\rL cnl abcúo a r ':r bili(laü: dc nasccr milhõcs dc iffh,iduos coJnplclânrcrtc dilcicnl.s lr!. sarrcnlc. porénr. de unr só in.lividuo você podc dcduzn â cotrsti- Ii('r!) dc iodââcspócic huma|â. Pegardo urrr jndividuo conllr an1osn'a. ,, ,,, 1,(, dcssc indnidno tcm o rcgistro dc nrdâ a hisiória genétictL drL t\ Ílcic l}r1ão, do indi!íduo se dedU, a cspécie, lnas da cspócic náo sc , .(lüz o individuo. Eis por qüc o in.:livi.lLro hunâno. consideiado romo L if todo. personifila. rcprcscntâ â rorâlidadc.lâ cspécie hunr nrnrelhor ( t) (tric.tualquer comunidade hlstoricamente dada. Sc vocô cxanriDassc llnra collrunidalle qualquer por excnlplo ir Írcicdadcbrasilcna.asocicdadczLrlLr ouâneozclanclesà, (iema|eira irliluniil poderiâ deduzir as lormâs clas outras socicdâdcs historicameniê e\istcntcs Ao corrrário, hâvcrá cIlrc estas virrias lonnaçóes sociais rLhismos c incompatibilidadcs quc tornâm uma â1ó irirraginarvel e in «nrrpreersível nos te ros da outra. Nâo c\istc a nrcnor possibilidâ.le da ''intcrtraduÇáo' univcrsal das culiuras Ern c.r.la uma har expe ências, 'i' 1rir..[.r., cur\c.]m.r..,..\,.1cnc.,,,ip,,. c. l', i,i lu,i. T nào se ternenhun cottespondente numa outra cultura dei e rminâda. Às vezcs. só se pode conceder a ligaçâo enlre duâs culturas airívés da mediaçâo deumâ lerceim, dc umaquari.r, de u ra q uiúa que se conheçâ. Para, num esludo antropológico. porexenrplo, vocô compreender qoalqucr sociedâdc cm particular que náo seja a slra, já pr€cisa rcr conhecido muitas outras e é sonrente através da mediaÇáo dcssasvárias quevocô chcga a penetrar algo daquclâ em particulâr. A constiiulção do indivídLro, longe dc ionrar-lo nm oposto dialéiictr da cs pócie, 1'âz dele, âo contrário. a própria espécic pcrsonificada. Onde houvcr um indivíduo humano viverte, lem_sc toda â espécie hümana represeniadâ fisicarnente. L,le carrega crr scu corpo os sirais dc todâ a herança da espécie humarra. Nenhuna coletii'idadc humana pode sc gabar disso. nenhurrâ pode dizer "lenho dcntro de min o Íegistro dc todas as olltrâs". Ncm a comunidadc 'universal' que temos hoje, con] todos os registros conscrvados em livros, microlilmcs, CDs, etc., nci csta pode dlTer quc é unl nicrocos o no qual se coúlêm lodas âs outras. De ccrto modo. o desastÍe ou â farsa do muliiculturalisrno. hl,je, já é um sinal disstl Cadâ formaqão social tcm certas limiiações quc elanào pode tÍâns_ cender de rraneira algurna, mas que os individuos den iÍo deiâ podcnr Nenhumâ socicdade pode se gabâr dc scrtào sábia nas suas inÍituiçõ€s e na süa constituiçAo qüe possa dâr conta de todâs âs difcrençâs en ire todâs as outrâs culturâs. cstciam ounào esleiam rcprcsentadas dentrodclâ pela presençâ de âlguns individuos No entanto, bêstâ olhâÍ qüalqucr dess€s gmn.l€sLivrosdehistóriâoüdeantropologia comolivrosdoFrazeroudo Toynbee paÍa \,er q c um individuo humâno é capaz de conier dcntro de seu imâginário, de sua concepçao do mundo, â quase totalidade dâs cullurâs c, dc certo modo,lransitar mais ou menos livrcmcnte entre to das. Por oulrolado, cssc mesn1o indlvíduo, pormais que ele tivessc cstâ universalidade dc visâo, aindâ esiatia submetido às leis de sua própria 8 L r Ll:,,l, tx)r rirais amplo qlre losse o scu horizonle de consciênciê, ' r,,,,.,1, l,,.rLrLrir o dircilo d€ proclamar que suâ autoridade individual tr, r,,, ,L 'r'i, i pugnar a âutoridade da sociedade. \ Lrl,)rl{lir(ll] rio inclividuo existe, cvidcntcmente. rnas ela nAo pode ., , ,tr), tx l,)s mcios conr que a âuioridade social se inpóe, por isso ó ,,rl' rlr r s()bumccltoâspccto.claéin6nitarnentesuperioràdequalquer ,,ril, Í !lr! ..(trrstiiuída. n.Ls é necessariamcntc scm poder Se o lilósolo , r\ rxli( rLssr pârã siuln poder equiparável êo de suaautoridade imelectual ,,1 ,,'rlriiliva, cle teria quc scr o tirano âbsoluto Seria o representantc ,1,, !.r(Lrdc rLniversal e leljê ao seu dispor a polícia, o âparalo judicial. ,.ri . r rir nrodclar todas as càbeças dos individuos dc acordo com sua r(l( iir ^contcce que csta rncsma idéiâ é incompâiível coln âs condiqõcs (1. r(trLisiç:]o da sâbedoria. que supõc aquilo que dizia o apósrolo: ' .\PCrilncriai de tudo e ticai conl o que ó bonr '. O própdo trajeio da l)rs.r da sâbcdoriâ nnplicâtentâiivae erro, implica uma libcrdade, urnâ llc\ibilid.Lde cle condutâ ao mcnos interior, que seria absolutamenie i rconrpaií\,el com o governo do filósolo. Sc o filósofo se toÍnasse o goverrânte absoluto. cntáo nâtural ente clc scria o último filósofo. náo haveriâ nrâis filósotos dai por diante. ()s homens lodos. dai por diânte, teriam quc ac€itar o conieúdo dou trirâl, por âssifl dizeÍ, da sabedoria já adquirida, scnr poder adquiÍir cssa sâbedoria por si mesmos. Dito de ouiro modir. eles trocêrian a .r)nquista eletiva, real, existencial da sabcdoda por Lrnra espécie de rcsumo condensado da sabedoria en teses ou dogmâs s0postamente dcfinitivos Isto tambéfl ó incompatível com â própria naturczâ da linguagen humana. A linguage hümana, aslínguas. elas sàoprodutos historicamente con dicionados, sâo criâçôcs dâ própÍiê coletividade hlstoricanente cxistcntc e tênr as limilaçóes listóricas e culturais dessâ lneslna coletividade. Nào cxiste nenhuma língua universâl que transccnda, náo há uma língua suprê histórica que pos§à escaptLr dessas lirritaçôes cllliurâis Ora, isso significa quc qlral.ltrcr crprcssáo verbâl da sabcdori.r adquirida terá por Lrm lado. a tlniverstrlidâdc do seu corlleúdo. tL univcrsâlidadc .lo conteúdo sapiencial qlre cla criprilrlc. mas rerá, poi orrtm lâdo' as limilâçocs se.râniicas daquelalÍrguâ cn1paliicular lomadâ naqucla sua espccíficâ lasc listórica clc descnvolvirrcnto l-l por isso I csmo q!e o filósolo govcrn.Lnle, rcsle sentido. a idlid Dresrna do filósolo governântc ó um contm scnso cnr si Uma coisa cujo próprio enLrnciado iá ó unra antoconlradiçâo iráo pode ser um idcrl dc mancira âlgurrrâ. Sc se erruncia uin ideal quc no lncsnro installl€ enr que é dcclarado iá negê a si n1c§]rx), isto é a nrcsma cr)isa que dizcr que nao ó itleal dc marelra algurra. ó âperlas um lltllll§ ?,r.,§, palâvras senr scrltitlo Vcrenros, cntào, ioda cssa prcbler'áticâ quc já está cnlrncia.la sirrlciicânerrtc na vi.la dc Sócrâtcs retpârcccr c(nno problenra iá dcntrÍ) clâ lilosofia de Plâiáo. lrssc llres'r(' problenra do rci lilósofo âpuicccr:l .tenl ro nào só dafilosolia dc Plaiáo' mas ntlm cpisórlio crr parlicültrr de sua vida É quando cle, inspirado por cssa nresnra lcoria, icnt.L orientar urrrâ rcvoluçáo, ur1 golpc llurrr pâis vizi Iho. c o golpc l'1acâssa c lorlos os cl)lrspira.tucs sâo assassinâdos oLr prcsos O própri) PlatlLo é prcso e lcndiclo connr cscrâr'o e resgâtado' coniprado p(,r um aluno cm uma lcira. Esse etisótlio (lâ vida de Platào é de cclto riodo unr corrcsporLlenic caricaturâl do dlsrino .le Sócrales. lil(isoto quc sabc q c nrio podc scr rci. quc sabe, como.ljria Cristo, quc seu "rcirlo n.lo ó 'lcsle mundo" Dito dc outro nroclo. elc sabe qnc o nnPério da v€rdadc nnivcrsal é su' pralerrp()ral. abrangc iodos rcnpos c, portânio, nào podc se rnanilcstar ..ri\-r,rnr..r'r h.'r..n1",-r'J rri.'r11r.I J'{r''iuit..*n' sim: toLlos os cir-culos que sc poss;r dcscnlar cxpressam de algulrr modo.i própriâ idéia de circularidadc, mas nenhLrm delcs pode realizá lê pedtitamenic, pois scmpre o circulo descnhado tcrá âlgÜü dclêito l0 \ ' ',' i,.Ll. Sr')crxlcs c o fato dc quc clc accitc csta mortc colno ün1a , l, ,i, luslll. c sob ceilos aspeclos aié benélica. roslrâ1l1 qLrc. dc ',1, ,, .,,' .l!,iri conhcciâ a làláciâ dâ icoriâ do rci-fi1ósoÍo. I .r( lr ( 'l)lcrna rcaparcccrá. âgora dcsdobrado dialciicarncnte. na afirnra .,, 1,,,, r.r da lcoia dorei lllósoll. jslo é no süilxr plâiôrico.lo govcrlÍ) ,, lrt)*)los. c crr seguida rra slrâ ncgâçáo por Aristótclcs t\lriosâ- ' ', 'I(. \,a sc uma cspócic dc diâlúticâ invcrtida. porquc há prinleiro a ,,,,\,..'lcpoisaalirmaçãoedcpoisânegaç,ro S(icràles jáciàasoluçio i1, r r )r r hirlido err lorno do rci lilósoío cntrc Plaiao c ^ristótclcs.\l rra {l.tr)ls. na nrcdida do possÍvcl. cxaminar mâis detâlha.lamcrlte , , L . rnrhos disscram a rcspcito. DtLs deÍle já é necessário sahei que t' . t r) tlrtlnrcnl| &tedilava nn leoria.lo rci lllósolo. I iltrlt): A k»Lna ona Sócrates marreLt I Crislo hntbatn it1ilu.,1ci,:n1 tr lrisltiiu qu? toi co tarfu depais Se Sócntcs túa litesse ntoltido ,lt ltr,tt que tnajleu. a histótin letio siàa cafitdda dilrte ta AchL) ttlt i a utLteLido do obra ítula (luc deh Lu utt pouco.t história q c 1t, íontado dcpais.l Nro, cssccpisódioi mnito bcm docunrcntado O quc nós sabemos da rrirrc,:lc Sócmtcs é rcal. tcnr tcstcmurlüs Por outro lado. cle nao tenr ,,lirx cscritâ Tudo o quc se sabe de sua lllosolllt se sâbc não c.nno teses .scilll§ nlrr iivro. mas conro cpisódios da vidâ dclc Tal dia Sócrates !.riiolr-sc c dissc isso ou aquilo parâ lulano. que ull1 oulro relalou de uüâ rrancira un1 pouco dilêrente, c assin por dinnte. ludo o que os \,,bron Lle sen pensârnenlo ioia sua !ida. Não há obrâ dc Sócratcs. cm rr.r',urr,cr ti.loJa pd 1'-F -ub-.. (-unuu!un.r,'unul'ruf' u lcsus Cristo: tuclo,r qlre nós lelnos de lesus Crislo é o relalo dâ vida e as palavrâ: reproduTidâsp.rr ourros Elc nâdâ dcinou dc t)róprio pu n hô. o lato de que tudo isso nos chegue aúâvés de lesienrunhos e não i 1L àpenas de paLavras, que nos chegue como relan) de lâtos e não como ."r."Orra, U" **U".' Oto é lunclamental para essahislória' Unlâcoisa t "o.e ai""rti, . q* f'f"láo achava disso ou daquilo' o que Aristóteles âchava. e outra coisaévocê discutir o que aconieccu etêtivamenic para furlano ou sicrano É isso que vai clâr a dilerença SóÜal'eseletiÜatfie Le norreü... O que se passou cle làio no episódio do iulgamenlo e mol1e de Sócratcs? Estc é um episódio da iristória do Ocidcntc' iâl conlo â mortc dc Cristo ruao o ai..r.rau q'" pode surgir dâí náo é de ordcm dolrtrinal de maneiraalguma. mas óa sinples divcrgência quanto à mÚcirâ de ndrrar u^ r"t". Q;"r4. sa. p"ulo apóstolo diz' porexemplo' que'Aqucle que rliz que Cristo veio na carne ó cristáo e quem nega isso náo é cristáo"' o aiuergen.ia qre "te ""tá âssinâlando náo é ile doutrina' não é dc uma ieoria,;ras quantc, à nraneirâ de narâr um iato Uns dize que o que u"onte..u tui u.a.ui"o. outros dizemque loioutra' Náo sáo dilercntes l€orids em luta, mas dilerentes rrTrrali'r's cm lula' É iso que peÍnitc quc este episódio socráiico tenha sobre ahistória ."guint" rInu infl,en"io verdadeiramentc eqinriurânte nrüito mais do or" i*a "*^ "t*o*" "oria' Náo é uma icléiâ que vai se proictar sobre lii.tori". na.; ja e r,lttaria acontecendo' assin cono avida de Cristo ,".rin-n n,nu.tr. "o",o esses episódios poclcm ser nârrados de manei- ras allferentes, âí é que surge a divergência Não sc lrâta de di{eÍcntcs irrl*prnnçO^, ^u, a" ailerentes "a'?çôes Se você disser "Crisio é n u".bo de leu" en.a"tado', você está nârrando o fato de uma cc â aneirâ. Se você disser "Não é"' entáo é outro personagem â qüe está ,"."*.*uo. o o...o,utem nào seria aqucle alegado pelos evangelhos' mâs seria um outro que você descobriu ' lsso quer dizer qüe avidade Sócrâtes contém já resolução siniética dâqu ilo que mais tarde aparecerá como divergência douirinal Exisi€uma tec,riapaitica de lhtao e umateoria Políticâ de Aristóteles' O que uma 1Z ,l,r ,L:r ir ()u1ra negâ, lnâs sua síntese já estavâ dada náo como doutrina, tr, r.Li §istcncialmente, nâ vicla de Sócrates. Ele já estava declarando ,,,tIi r) ricsmo que â tragédia grcga iá tinhâ declarâdo nos séculos âIr r, r rrr cs: que a verdade univcrsal inpera sobrc todas as eras e. por isso rr.srr). ola não sc reâliza naleriâlmcnte em épocâ alg!]nâ. Nirr) dcixa de ser inteÍessantc lcmbrâr que Ioseph Wittig. que loi o t,ir( cirl) do Eugen Rosenstock no ]ivro,4 era da /8rc14'?, dizia que uma (l:rs lunçõcs centrais da Igreia é defender o cspírito de todas âs épocas (,)rLrâ o cspírito de cada uma dclas. Essa deliniçáo ó absolutanente !rLr{vilhosa porque, aplic ando isto fiülalis mutandis à filosofiâ, poder- n ir dizcr exaiamentc a nlesn1âclrisa, querdizer, que afilosoÍia defcnde Lrri iipo dc vcrdade univeÍsal quc ó de todas as ems. contra â verdade hisloricamente localizada dc cada una dessas eras. Se l'osse possivel o ,rL-lllósolb. ele reprcscntaria exatânerte uma espécie de conrpressáo (lir clcrnidadc dentro do tempo: tcm-se a verdade univcrsal, e ela nnâ ( I[)samcnte se ercaÍnâria dc maneira petfeitâ e acabada num lenpo historicamente dâdo. lA|ltio: O prclela não é a encatfiaQtlo dissa'?) Naro exatamente, porque todo pÍoÍeta sc cncaixâ dentro do ciclo da 1'rurr:i.r todn protc.r r urr elo Je uma cadeir Al'r,.]a A autotidade p.rpal não é u ma te íaíiüa de unl o podet palítico, Igrcja e Estado?...1 Náo. a uniâo de autotidade cspiritual e poder temporal nâo é isto âinda. É muito nenos. Por qlrê? PoÍque, primeiro. â Igreja nunca tcve uma dolltrina a respeito de como dcvc ser o Esiado ideal. Ela trabalhâ nesta idéia a dois mil anos, e ató hoie náo âcabou de sc explicâr nem vaiacabarnunca. É irnpossí\,e]. o que ela pode lbrml ârsãocertasexi_ sências colocadas no plâno da univcrsalidade que nenhuma formaEáo I Eúgcn ROSENS l arCK HUESSY . loscph wl l l lC Dns Alt.t det t{irlk. E.rlin L ScheilcÍ 1927.1923 3v social. nenhü$ Estâdo eln paticuiar tcria o "dircito" clc iransgredir I.i*..4,,.l,"r. o'* auc nào vá iransgrcclir 'letivamerrte Mas esses ;;;;;;',;.'"" clc âlgun noclo sáo clcrlvàdos da própriâ nâiure/a ;.';:;;.;;;",,"."' "1"..i : : ::::: :',J:::l: f".#::'i: uma cspécie. om, a definição de uma cspecr ."..ir, ,, *.'"t*t uos individlros que a cono*t. 'ii]elnl1.l ,[,'i.tir" .1" ,"," t"r.t u're seí conrpatívcl com toda a ilnensa 'arraqao ':':,: ;. ;,,';"'.", " "''nn" '|x do rnnsu 'l.o r' n pu r"u JUiÍ r'zeÍ ::.';l:,;,; ;";;',,'J J ua J'Íi ' 'âu d' ra'u ra' n r ru'n Jr'c' a rcalizará integralnrcnte t^1ü1a: o q,le eu qltis d*' ' :':'i:li!ff!i!ii!i"')'il,l,l"; LaFt'' da p',t t pal'ti'o ' ro 'nt'n" lfnrt ""'4a", " o* *.,'"tt"Lr no ocidenlc loi o contrário' o Papâ nlrnca lôi o che{e ,:10 Estndlr ^l- rd L)o Vtttit 'tto '' ir'""t'.*" , Llnr Esiado sjmbólico' uma criaçâo moderna' voce ta rbónr náo Podc csquecer rss')' \rrlr:!'A\.'P' 't umot'ntoli )d"lc''" t n 'n" q't' "ia' I '';: i." , (,4 rp'|ci. r\i''|:r:rrn JrpLn r\orr'u\ Jo ''Lr' 'ctt'r o ,","U., a*rt-, In^ tt)te b€m isto é umâ coisa bastante recente na ;,.;;;.;";;-" "" "curo xIx -e ahisi(')tiâdo ociclcnte é narcâda "-",""*"" ,"à (]*'l(]"dc clc podercs Í "1 Essa 'luaii'lade é afi nada ;:"f;;;,l;;" '"nstit,içao do Primejro rn'lpério co," caÍros ","r.". O ,ln*râO- n tonstituído sagracb pela lgrcia nrss ele éx'na l:;;;;;';;i" r'óprjo Qucr dircr' â rgrcjâ não o constitui cra ,;";;;.;;"""..;"'.tarr anrma aregitirnkrade derc p€rante DeLrs' l+ (tuc consiituj cssc poder. L juiitÂnlente ê história.lo |, | , i, ( rr f da por Lrnr milênio de conflito enirc Igreja e Estâdo. i,r i, lr{ru,rsta lLrsão. \ tr r ( ilr llsao lle religiào c Estâdo, a úllitna encarnâção qle renros ,,.,,,, trr,prlo Inrpório Rornano: o Esiado romano e a religiáo romana coisa. Esta união nunca voltou a aparecer. Seu Íinico , , tí,\, l, rl. tr)ssír,el scriam âs idcologias ioialitáriâs modcrnasi nazismo , , , r, srtr) sáo algo.lisso ai. mas tambóm nã{) é a mesma coisa. Uor LI !lri,tI. pcronifica, quc incorpora un1â doutrinâ tida como verda- ,1, r , ( rnLio universalnentc válida e.le certo modo tcrrninal e que. ao , , .,r,) lcüt)o, ó â únicâ âutoridadc quâlil'icâdâ para julgar o que esiá ,, r, ,, ,,.t,r, r.aiôadido l,:n- i.",.o".na.ceunu.ir rpcÍ'o. ., lrlt,,r.. dc uma tbrma já muito nroditicada. rlos rcginr€s totaljtários. l^ltr\): Lo Esloda isLàmicol) ( ) lislado islturjco nâo ó um [stado, esse é quc ó o problema. Quer I u.r: rrorr aívocê verá isso. . Sc você ler o Corâo dc alto â baixo ver:í , L t. leln todo nm código civil, as lcis qüe delenninam o comórcio. â 1,,, itn ic(ladc o casâmcnto. a herança. etc.. mas não tem un1a linhâ so- 1,, ( | rr)rsril0ic.io do Estado. Essc é que é o problema. Tcoricarnenie. L) r. i,rrico scriâ o Esiado sacro, mas coÍro é que vai ser essc Esiado? t\llnia: Mt a arga izaÇão ÍenpottL do poder é Íada baseada na li bas€âda. snn, mâs âcontccc que o Corão, como ele nâo dá basc tur isso. nãoexphcacorno dcvc ser o litâdo. Enráo cxistem dilerenies rrnciras de u sujeito achar comô d€ve ser o Estado jslâffico ideal, ,lLrcr dize! cada uff se acha a encarnaçáô do Estado jslâmico idcâl, mas irlc hoje ninglrénl sabe qllcm morreu O Íato ó quc nrnca loi possí\,el ,,rganizâr uff Eslado islámico quc durâsse, e hoie tâmbém náo é. llssa __{IF l5 sinics€ dc rcligião c llstatlo nerrr rncsmo no nrroclo islâ!nico reapareceu' ,r.fr" qr" ir* i *." *;ta cla Anliguidadc mesmo' qne vj rcaparece cornl) i.rr* u" ",. ',**" u"tas$ evidcnlcmcnlc nos regimcs rolalilários t \l' l u '11er,1/,/ I oi r 'lttP ti patPit "1tP-'ctt DCtt- Ji \^ t: o ' :0trt ,,.i,'i, ,*)i **t n" Pel k:rda das rtis poÍErc tafl aqueta momenlo ')*' *,'" n, ufi i,au uutitltíIlos ÍlLte s'io Í ilhos de Sanü el' e t Úio est da ,r.r'unao un Ao,, s"'t'iça' Os atrciàos qttdetn itstilui Lttfi rei]rccal o as lizilhos ràa ki e Deus lat't: "Nao ÍdÇaul issa \ -''n "r,,",,'"u.,"o. t"acl iáaparccctodocsicLlrarna Quan'loclesvão n.,l:! .. s',rr' . I t.'( I I rr''1'rn (i''l' rr'c\'r'Ll'' '\J'rJiJn'r'Ô ',, - r,,o,',',''" l'Ír'1"-hJ u'rr" r' 'rr' p( rr'J' d(''o'r'r"' ''' ,,,.r, "o "-t",, " *t()ridâde religbsa pcrsonificada nesses prolctâs' "..'a"",irr.r, ".. '*"sniliam tl Lei e alé certo ponlo linhân' uma ;;;;;,;J".','i ,.""." dc tipo estatar' Essâ âutoridadc civiL os rabinos .."..-.". ,, " t"lllo XVIIl Dentro da conrunidade judâica prir- .*"',".." *-*' n"" tsoldda do meio' qu'n'lo scdiâda nüm gucttr' L) '"i,,," ,rn, -, o.o" uc juiz (" ) nras aindâ assin ntro sc fode dizer 0.," I ul,, 0,,4"' "tt'of É ulr pocler religioso corn uma ccrla ertensâo iu.liciá.iâ. PLnici:rl, ctc lÀlulr" \t,rtlrr,/n 'n luR ^l'ttttttL)^) ';",r. .,'', " ""' r'rJ'uru:' i'ld'n'urreJn"'p-'{irru"'(Ju 'o,"i"10," "-',," ""'"ente como Estado cmbora a trudrçáo do coÍ'to ,,J." . .,'. ,r,ur\Jô dô l 'rJLtu '' iâ fÍ'b ''rf i '' "'r"' J"' " ' r'*;i ;.;" " " ,.'n,<'-., 'i'',ô Eslado ó üma coisa d'r ^niigui'ladc que nÜncâ nrâis voltou a âparcccr" c que nós lrojc não sornos nem câpa7us 'le inlâsir Só loi possí!€l ;;t", ". ". **" cssa li)rma cviclenterrelÍe caricâturâl c mtlcabro 0"t..*U,"" u,,""t"'nt' qr'rc Llcvem scr c(msidcrados' cvidcrttenterrte' , , .t,i llris Lla lspéric l]lrrrarl \ I L r,),rx)Icn1r)rnrqucsur:cca pcssoadcS(rcraicscâpossihilida" ,,,1,.rqLr.rnâistardcirparccrsolrclndoocristianisrro.apartir ,,,),rr r!lo s.r Iurrarr) iürr a r)brigacro de ertendcr qr)e tt tenslro l, , t iuiir r lc rrLmâna c iDsolirv.l ^ iclúia dcssr pcdcito rquilÍbrio , ti rr irrl go! cr lirlsn. Só pô(le (lurai dLrrarte um ccrlo (.nrpo. ,, "1,) r. lruLll srr ]l!mano lorrala cr)rliccirrrcrir) Llc quc ha!:a cssa ,,, r: r[ ]ri cstava li rlc âleunr rr,xlo. Nlrsnro dcnl11) dos inrp(trios i, r I11'va css lcrr,o r|rrcccl c icirpilrrcci r toda horâ I I L rL 1!r11) cnr . uc [ric \"o.gclirr rcprodur u ra rspúcic .]c «»rlis , , , L ,r .idrdft) cqDcnr qrc cstri sc lamcniando dc quc tudo \'iror ' . i. rlL rrcir. urr car)s. u â roubirlhcir LIfiL prosliluiçilo l-h(,ro. cln ,,..lr. o clc diz qLrc scriarrclhor nrorcÍ. paravl!crcn1r.osd.Iscs..r .,, . (trcpuclcsscpcrsonificâravontadcdrsscsdcuscs pararcstâurar ,,, (fis(nn1 a llrrâ ilum indirnluo singrrlar rllrcj fun ccrionronrcnio. ,,,,.,,,rdcsclod.scrDrclctâ (...).EssciáóLr arl.ccssordeSi)crlllcs \, , ü (lrt dcsodcm sociâI. clc, (onn) indivÍdno. cnrcrga ainda a oldcm , ,\ f,r. rrras s.Lbc Lambam que nio pode implantá lâ sobrc a lcn.r Sabc ,t ,,.is rclâqoL\ cnirc ordcnr divina c ordcnr hLrrnâra sãr) rclâçócs dc L,,\.!i (liâlatica quc nào tôm soluqâo âccitar cssâ tcnsão c vivô-la I ', ',,. r,.. u li'lil,.l. ,,r ,,. J I iu..,n r,r, r' *, , lxr) qLrc o homcr)r sc rcâliza. Scnl:lo o honrcrn, como bcrr.lil Plâlao, , i 5.r intcrmcclitlrio cntrc os anirüâis c os a'ljos (ou dcuscs), cssâ ó a r, rrtLrczai portanto, .Lrcar cLrn cssa lensâo, suportâr ficar no ponto ,t rierscção €rrtrc duas.sleras de exigência incornensln áveis. é isto rL , ( lladcna natLrrczâ humana. l, clnro que haverá duas possib;lidâdcs de rusa: vooê vâi tcr scnlprc ir lrta rnedianre o cortc colr â orderr divinâ. enlão â ordenr humirna se iL iüna con1o total c final é mais ou mcnos o quc aconiccc ncssc ciclo rri()(l(!lo de n.Llcrialisnlo. cientiljcismo. posilivismo. clc. . ou vocô It b.inc.r d! prolclr..luu dizcr coilu I consciêri.it da rciativid'rdc histó- .icr. da rnu(lânça tcmpolal ctc c sr aliilna o porraclor dc Lrrna vcrdade delinili!a quc clcve scr illlpostiL a lr)r:los os scrc( hrlmârros E é '1âro quc cssa lcrda.lc, por lnâis §ábia quc sci nlr scu 'ontcúdo lornar se'â ào scr rplica.la por csscs !rcios rt própria ntgaç'o viva da possibilidâd' d.L rürtuisla.la sabcdoriü pclo sercs lrrLnrânos porqüc essa conqLLista .. .,. ,j.t. n,..,.\ .. \r\i ,., r, , "',"rLr ' '. "'r''lJ Cad.1 in.livi.lllo só !onqrlistâ a sâbedoria na mctlid'r crn quc tLfrcn- rlc â suportâr cssa rens'ro crlttc o tlivirlo c o hrrirano Nlas sc cle fossc irüpcrlido clc lazer isso por urna novà legislaçáo cstxial srlbia' entao o acesvr i salrcrloria cstaria proibido jLL§tanrerte pda pr(ipriâ iírpo§iÇtlLo '', r.;' lrn'"o' ''r'JrJ' \prulrrr'"'''u J i '" i o rci'fillsoir realizado, o governo dos lllóvrn)s [,sta idéia Lk) govcrno c]os lilósofos rel('nâ nuln rnrndo rrodcrr" com Lrlna lorçâ trcmencla r\]Úcle pcssoâl da Rcvoluçáo t-ranccsa o quc eÍa? Erarn os go!cnranles lilósolos Eranr os hlósofos qLLe 'onhcciâm' no ente|cler delcs, as leis quc iti não cli/iam scr lcis dc Dcus' nrirs leis 'tí razáo por u nto. lcis ü ni!crsrlrnente válid as cqüclinhtmaobrigaç.Lo .lc dcslruir locios os govcrnos quc não obcdecesscnr c implantâr â nova or.lcm, que scria urriversalmcnrc válida' a paz pcrpótua e{c' l^lntr): Esla aposi('ao é atttrcla dos sÍlrtislos otbe Pl1\sis c nonros? {1t)r tlizer, as leis d4 Mturazd e ds leis do llone setiatn tais au tfie os equixalettle:?) V;cê cliz a oposiçao tal conlo os hornens da llevoluçáo Francesâ vi n:' ^h. certanicnicl Élcs âdmitian quc cristixnr rs leis ieitas pclo homern e as leis que scrjam etcrnas lcis da naiurcza numa cspÉcie dc direito nâlürd ; sc vtcô suprirniu a i'lóia dc Dcus' e tâo a oulra instância lcgislaclor.i que sobrâ scria a naturezâ É claro quc issoóabsolütanrcnlc ulópico, porquc a nalureza não lelü lciâlgunra l8 ri:! . rrrr (los aspeetos mais Iindos da Histórià dd liilosoiiar é ,r , r,r I css:r sÍricsc. srtútica. esse d.anra dc Socratcs. co|dc|sal:lc , L r)(,do roda a condicão hu râr)a. que é a do in(livÍ(luo c istcntc , ,,,1 :,,,( iedade hiÍorirarncnic dadâ conr lodas as suas lirritrcaos. dn lr,),,,rr (tucóllrl âclà Sócrâles tinha sido unr sol(lado. Ullr hcíli dc 1,,,.r lilc cra unr honrcrn obcdicnr. is lcis (h surL cL,nrunidâdc. mas .r ' ,r( irio lcmpo tcnt accsso â algrLns conh.cirrcrios (tue irunsccndfln , ,r, !Í1o portí) nceâm:L tlriversrlld de. a âbs(nutnz dcssâ vcrdadc ,^ ,l!;gcnlc Entrc o tcncÍrc c o divirx), cnlic o históri(o c.livino. lr. r l(inpoialidârlc c a ctcrnidadc. ó cxâtarnc11tc aí rrcssc linile quc o I' ,r!rcslri Outft)dix. es.reviu.r ailigo no Globo dizcndo cratarncnic , i,,. (tllc cnr todas âs socicdadcs cxisicrl1cslcnrunhos (ic qur as pcssoas lrifrrr disso Não h|.L ncnlmma cultrra quc icnhâ ncga.fi) islr) r)ir qne ,1, !rirhctcssc csla silu.'çAo iflernrediáriâ do scr humano ( ) r. r i.laia.lc quca nâturcza, colrsrderada lisicrnr(]lrte. coltcnha lcis ,r ri rLr que têm uu carátcr clrrno c univcl§almcntc !álido, isso ó uri. ri ,liriiv dc eiinrirar por {rliiicjo essa tenstlo. Pois aió conro sc vocô , ,:!(\sc "Não, cxistc insi.irrci:r sLrpcri(,. e\is(c sonrcnte esta fatureza , r .slu, e dcnl|r, drt.L jú teln as lcis' . Nlas táo logo vocó lcz isso par ,lrrrinar a tcnsáo. a lenlao jí reêparece sob â f(nma clo colrflito cntrc L, lris ilâ nâturcza, qnc scriâlr univers:rlmerte válidas. e âs lcis ci!is. r . !ro só localmenle vrilidas Em vcz dc csclartccr âlgüna coisâ, issil ,' (rrplicâ o probleria. equr'lioDaDdo o dc rrnâ rnancim já indircr.r \ l,riÍla iá náo ó mais c lre reÍn[trâ]illade e eternidal:lei scria cntrc a ( irrhdc e i' nâLure/r. enc.Lrando as coisas nurr plano mais liüi1lldo, . , ,.1,n..ir',. ri..rf i.,... Il)r outro lado. surilc !nr scgunclo prrblerna: de que se vocô confiâ L r( rs leis esião ntlo ra srrpratcrnporalidadc. nrâs Ia mâlerialidâ.Ie. nà ,,irLurcrâ visí\,e1. Eniao. r) c:!ri.ho dâ sâbe.l.iria já não ó mais. c!idcn- r( enic, a imitacáo dos dcuscs oü â e\periênci.L da vida no divnlo. a 1.] erpcriência da âscensão ató o divino, a mciaróia, mâs simplcsmente a invesligâçao das ciências naiurâis' "\gora o ideal do sábio é subs- liiuicb pelo ialeâl c1o cicrliisiâ Àlérn de isso scr uma diminuiçào' um rebâixêm€nIo lorniclável porqre se cstá subsliiuindo e prjnrciro ,rg-r. Ir\.rr, inr.or I oct'Jaa-" Lr"Ll\ ' rup'nfi" 4 universilária . âinda há u1n problcnlar quândo o cientisia confiando na €xistênciâd€ leis da l1âiure7a, que csttLÍiam illcrustâdas nâ própriâ inaiéria, quânclo elc vâi investig.Lr par'L dcscobdr essâs lcis' descobrc qlre elâs náo existcm. Encontra aqLLele rcsíctuo de indet€rninâqão e de irrâcionâliclacle qlre é absolutamcnle irrenrovível da naturezâ' [ntào' o que acontccc? A cquâçáo solre umâ nova Inutâcão No lernpo dâ llevoluçao Franccsa, dizi'i sc quc a ordcm hlrnrâna é 'r,,b. u.o'Crrr . queo \rrrloouiri' ru< rr r'ra r r rlu-r'r' qrr' or l" i' _ as lcis etcmas. Quânalo sc descobre que nãoh1t lcis etcrnas na nâtureza' o negócio vira .lc c.LbcEa pâm baixo' Ou o honrem dizr "tsom a lei' no nrundo rcal não há orde r nenhurna, n1as nós podemos invcriar unâ LrCen' l Fldn i o \iel. 'c.r( \4i '' '\rr'Ô ri'' C 'Jm'' '' e" ' O L'on'en' vira lcgislâdor âié mesn1o em cin1a dâ naturezal O homem como legis lador sobre a natlrrcza. lenl quc alo iná la - dai o cÀáter pronetéico c âuto exaltâdor do mar\ismo Tanto enl N{arx quan(o em Nielzsche vê_se csta celebrâEAo do pode o do homem sobre iodo o mun'lo' o homem é uma espécie dc clcmiuqo quc vai fazeÍ o mundo do jeito que cle quise! vai se Iibefiar das.lcterminâçócs naturâjs porquc, agora elcvâj goveÍnar a nâturcza' No instante scguinic, iá sc iem o lroco Cono ó que você \râi governar :l n..tríc/.1 a 'r -olure/a -oo lir-1 'ci\ cnn'lol'lr na' quai' !Ôci pn- sa se basear para alominá-la? Se ela ó uma espécie de buÍaco ncgro ondc tlr.lo podc acontecer? Éntáo você tem u a séíe de nutâçócs dâ equaçáo, nras qlre sào mutaEôes clcterrninaLlas apenas como uma luga dn realidade fundamental Você vai dizer: 'A realidâde lundamental é z0 , rrriftc: nós csiaffos de lato entre â tcmporâlidade e a eterni.ladc, ,, r,, l(!rr c(nno escapar disso' . Sc teniaÍ equ.Lcionar dc ullr ouirc jeito. , ,/, rtrl): Nao. náo é beln assin, vamos simplilicar..'. ê coisa piorâ c ,,, ,r ' icl cadâ vcz mâis. r\ lida de Sócrâtes €xprcssa ffais â vidâ dele do quc a "filosolia", t,,,1tr( eu náo vejo dilerença entre urna coisa e outra; qlrer dizer. a vidâ ,,I r r lilosofia dclc... t\l|lna: Uma alucaluru peieíta dessa Íentãtiu1de it1Íerlerê cia do I ntLlt) tta t'eaLídade lai umcasoqüeocorrcunosécuLoXIX tlos llstadas t t)trlas Uú1Cangrcsso. e 1 um dos Eshdas, quetia detenlinat pot lei ,' t\t|t do t1hnerc pi l ^ ciôncia cstarall Não se sabe qual é â realidade, â nalureza é in- , t L.frinada. mâs talvcz o Estado possa determiná-la. Quer dizer, â , \ttr,rnça ó a últnna qlrc morre. Mas tudo isto, n(ne ben1, sáo fugas do r ( r(hdciro drarna humarro, e o drama é esse. de cstar na ternporâlidade , l.r consciência da eternidade. Você ienl consciência da cternidade. r rirs nao a alcança. Você nào podc chcgâr lá, nem Idzer de conta quc t r rrao existe. Entáo vocô diz: 'Boln, este é o problcmâ, âí esiá iodo o ,l rrrna da nossa vida". t\lüna: Volta do a essa q uesho da síntese rlo rci"ÍiLósala, rccê disse tl|t'cssct sí lese. que é típo unla diLllética ao co nairio, já estaaa na t tlã da Sóctetes e (lepois ela se rlesmembrau en lese e alttítese. ún I'Iulàa e AtísíóteLes.l Afuno: NIai lacê já clisse o co trtirio. Disse que Sócrates seia |l|u Íese ou antítesq ou sefd, q e ele se submeteu canpLelafiefile à tltcisão da llslado;que Platào tentou se impot e que Aristóteles ochou t sí tese educando.. ) (. .) do ponto de vistâ douirinal ó isio' Se você tbr ver o que cada um 4i."", SO.*t"" ai.r" ;li'u, depois Platào disse aquilo cntáo â orde da cliâléiica é un1â Agorâ. se você cncarrr por urn ponio de lista cxjsten- .t^i, ",1."*.**t"" *isódios Sócrâtes ' Plâttio € Àristó teles - nao do ponto devista clo conteldo d'ts suâs filosofias' mas cono âcontccimentos ra histLÍia hurnana ' entào n1e parcce qllc â cquâção i 'elie' porque' de ccúo rroalo..r sintesc já csiâ\'a dada em Sócrates' Acho quc as duas rnâncirâs clc vcr sáo viá\'cis cm pLanos diltrentcs nenhu,naclas duast 'leliniliva c tambóm nâo ér'nracoisênaquâlvocê possa b uscar uma perleita clareza Eslou usândo aqrrianalogias que são "r."*'.**r. a,*1) o'" essaanalogia pode ser alinâclâ e rcfinada' mas Llrn!1 certczâ toial nao' Numa outra maneirâ' você poderia cqr'lacionar dizcndo: 'Não. Sócrates é o suieito quc sc sllbmcte à autoridade' é Lrm filóslrlo que se submetc à autoridade do Esiadol Pl áo é o contrarlo' o *On Uro Or",o"o *rpor a autoridade do Íil(isoto sobre o Estadoi c ,tri"tlr"f.,trn inai"ia'o que bLLsca um equilíbrio Lrm meio-teÍmo cntre as duas coisât'. Istu tanbún âconlcce nrâs estâ abordagen qu c elr esiou lazenalo agoraé, evide tcmente num olrtro plâno fluito mais profundo " ",r,i" "'l"O ttr.,'*t'to parâ nós' sohrctudo pâÍâ nossâ vida atllal' ;';;;',,r*".'; *'*ira ordem quc eu deié apenâs Lnna mâncira de "-0rr.."" " *".u* UtrcncloagoÉnâo nrcpâreccuma nâ atit'ârnais aprorimacla cla reaLirlade er istencial 'lo quc àcontcceu' porque Sócrâlcs se submetc num sentido' lnâS náo se subneie rum ouiro l/llú(t: (...) potqLLe o lese nao p()ile ca rcçat se sübfiete ào l Bom, corn isso nós tcmos algüns elernentosiá parâcomeçaro csiudo n. .'","t'"*. f. .l O*tlndo do que S ócrai es haviâ definido existencial c '"*..*., " a*,u.01ósolo a primeiÉ ctiiercnça noiávcl' â primeirà , Li,,Lr;hLricao notável corn que Platáo âvânça ncssa direção ó a idéia dc I rL !iícDla iniegral do conhecimento humano, urr siÍcmadasciôncias. S( s(lcrates havia enunciado a snnplcs possibilidade de !nr conheci Lrtr rlo irpodícrico e dâdo uma indicâç,ro vaga c imperleita do éiodo , L. il§,criaconduzir.Lisso, que seiaâ dialética, Platão iáacÍedita que. 1r,r nrcios clialéticos, é possível construir u lipo de enciclopédia das , r.[ci s Não ulna enciclopédia só no sentido quâniitativo. lnês sim rrir clrciclopédia sisiêmicâ. isto é, compor ulnâ ciôncia iniegral que Ir (lcsde os primeiros principios ató os riltimos delalhes. sr procurârmos na obra de Platáo, de fato veremos que não e{istc ,L !r rrnro .1o conhccimenlo humâno no qnai ele náo tcnha tocâdo de Llgunr modo, náo apenâs no sertido da sondag€m de âssuntos diversos. rrrLs scmprc no seniido da redução dessa mültipliciclade à unict.tde dc rr.;rr"r rn.;-rirrrrpin' rr(rJl 'i.... Que' di.', r, -e '' 11e\ nu' frrr''r- tiir)s vigorariam, enliio, pârâ todos os setores dâ realidâde. cncamados t iluisainentc nos vários gralrs e modâli.tades dcssa reâlidade. l!,., dcir i.r, \d au\ nl< rr sor'i.le' I lc nun(a enunri"rr u r- drn IiÇro rlcsse poric Essa difercnça âparccc também cm pâIle associada à ,l lercnle ffodâli.t.rde dc exislência filosólicâ dc un e de outro, porquc s,)crirtes nunoa te\,e um grupo Íormal de discipulos. Ele conveNava com as 1r'svrasem geral, napraça pública. Querdizerl seus discÍpulos emmtodos rLrlis ou nenos illlprovisados q! âlq uer pessoâ com que th c aconlecessc (lL se confront nlrna conversaqáo de rua é um discípulo pâra aqucle Lrx)Ircnto Mas Platâo nao, clc tem unl círculo orgânizado de discípulos ( rolaborâ.lorcs que qü erem. rnediânic invesl igaç áo e discü ssáo dialética, t tr.gar a fôImâr u â dout na integral. uffâ ciência intcglal. Não é preciso ser muiio csperto pâra verque estc projeto já tenl, de irltum n1odo, uma ceÍia contradiçáo d€sde o inicio Se conseguissem ( hcgar a uma fonnulação clefinitiva clessa sâbedoria, â uma fonnula \,,,, rc l'u+e t a lrd" DJI J rôd,, u1, c, r,o. de n(*oa'. e 'r< g upn lcri_ z:l Llnra esPócie de socic'lâdc eln üricrocosrno' teÊ* ia aul(nnâLioar[enie' ,",": , ,u. n,,,".:,:,-,.u,-. ', i','1,,',' oJ J "'rr;r'o ."1;:,;' . ,"'. , ',-" c"'"' 1'ôüu 'oc' "'u '' Íi "''ru r- (,rr crr hul,11' n' Dr"l' Ir 'rr' r'- C ' \'''J'r"r''--^-n*U*,," U,1n rtupo dc estüdi$os É trnrâ clitc intelcclual' não .,,,,',,',l .'', ',' "" " 0 " '|'r 'l d( riu 'i/'r' ," ,,,'.', ^* ,t'L<'\:Lt1'r' 'r lur 'r J"''tr'pr"pri" 'r'r'nln ' qrr''r U"Uorr*r, ".,ào n '*orâção c à tornnrlação tlo que serit â doütri a ,"*"*u i",'***.," "§sâ'loutrina lossc possi'cl c sc ess'L modalidade ;;;;,.;"..," chesâr às strâs úrrinas conscquências â própria ^."a".'" ,i^,a"t*;ri constirLriLia um ni'rocosmounr modelo dâ ""- i "i"", r"'*. *" "nlro da própria '\cadc$iâ sllrgc umil inlinidadc t1c crificulclades na lonnulâqeo clcssa clolrtrilrâ Lrrlivcrsâl ti]n Prnncrro ,rr..r: .turqulr Jirl'"rc qrr' ' ' "'J ' curr' "r' r'\lÔ '''n'lu'rrr'" rl rr'1' ;":: ., -..," " , .- " : , up." ," ' n"'" rr u1i" o' 'r r'5"'"r' *".",1" *" " *"'lonl"qtio dialéticâ lcnha clc chcgar ncccssariânrcntc i ,rsum rcstrltaaL'' lrlas unra 'las carâclcrísricas turrdamentais 'lo 'lis ",;.:;;,";,i;, .,',,..,,,'âposiçãoao retórico ó qtrc adiscussáo diarética 'n.1" p ".tç+ir 'nL!', ' i'Lr' 'nr' orcurr" "lJ .1.'sL. qu.r.l'zt'' "Urd'i u'' rr'nJ Ll' di''r'"'' rt I' qrr' l'd\<Í ur''J ,.nt"nç". f'nl..]u" o '"tOtica vlsa semprc a tlnra dccisr'ro de t\ro práiico É ul,tu oE-,n. " *ntt-'o aÇáo humânâ pode se prokügrr no tenpo rn_ dclini.lânrcntei unra açtlo que nunca se consunasse seria crâtamente .nl'r ,, curr,r'rrio o' ,lr' ' : "''" -i",t,, .u O''*"tt' rctóricâ exisie neccssârianrcntc um fin das discussóes e u!na pâssagcnr à clcciqâo üas nâ 'li'iló1ica ntto' tiln p nci ,,., " ,,r"-" * *,""es quc sc poile levanlai a uma idéiâ qualqlrcr Ó ilinritâtlLr Seian ohieçóes pcrtinerúcs selam impcriinentes a idóia dc ," "r*turc U,.*'.tt(] U qüasc irviável t'ode-se csgolá'lâ numa c€na 2+ (lil.(\ri{) üras scmpre se podcratlevàniar umâsegunda. uma terceira. uma ,tLr rra. rLma oulm dircEilo. Podc_sc trccâi a qücstâo Por ourra quc paieça ra,s pcrtinellic. c assim por diante. Se o mótodo É a.lialóiica. enláo a , ;' r,,, rn J. .lr-1,r J .lô. . jr .. li ,:r r u.,, i. r <r r 'i tn, 'r t. l\las, nole bcln, para Plaiáo a dialética iá ó unra coisa rLn] ponc.) rlilcrcnte clo quc crâ para Sócrâies Platão viâ na diâlóiicâ Lrrra espócic (le disciflinâ ascética, qucr dizer. ünrâ purillcaçáo do cspíri10 c uma nogrcssiva Âsccnsão a fivcis câda vc7.râbrcs de conhecimcnto e de rspiútualidâdc. Sócrêtes runca tinha dito quc a dialótica é islo Dlâ às !c7cs pârccc isto erll suas pâlavias, às vcze§ parccc ser aPenas uma iéc rlca .lc disclrssao c. cnl cerlos momcntos, parccc até urla €risticâ Nós rrio podernos ncgar â ver'dadc de que Sócratcs, que tantu combaieu os n)listas. às vczes usâ rccursos solísticos na discLlssâo. Quer dizcr. ele rao lilrha Lrn1ê perltita ckr|eza Ernbora tosse o dcscobrid oÍ da dialélic'. I'r,r.,'i rh,,,,i,f. .r.,.r.r./"Jaui\'i (rn.,r iú.lrrL\ ;"rr Lcenjcas dialéticâs e o que serialn lócnicas §olísticas. ll inicirâ enle normal que urn sujeilo quc dcscobre (rrna coisa niio .stcla ao mes lo tcmpo (lüalificâdo parâ aprovciiá la plcnaDrcnte Por r\rnrplo, o sujeito náo poderiâ âo mcsmo lempo invenlar o autunóvel . lcr construíclo o mclhor êutomó\'cl de l.rdos, isso n:to scria possível. Sc clc o invenlou, oerlanrentc construiLr uln pés§iÍro vciculo, porllüc o ,rIcrlciÇoâmcnto da invcnqrlo iem quc ser poslerlor Sócral€s. o inventor' ,) (lcscobridLrr da dialérica. do ina-a inlperlnitalncnte ( ), c a conquisia ( lcsia ciência é u ma escnlÂda progrcssiva qu c vai desde Sócratcs a lé a Idâ- ,1. Nlódia.lodcmos vcÍ ttuc na disp ldlio cscoláslicaa diâléticâ alcança ,, rirái{inlo de perfciçáo, que pârccc não ter sido slLperadâ ató hoie. Há L irra sórie de pscudodiâlélicas que sLrrgem dcpois. inclüsivc â de lIegcl. nxs isso âí náo precisa scr dccidiclo já, podemos deixar para depois. Platão acredita, cntão, podcr aperfeiçoar â dialélica no scntido de Lra slonná lâ nuur méioclo âscético que dcvcria lev.rr o individlro até a clcsoobcúa d e ccriâs rc'rlidadcs fundarnentais De talo' nacstluiura Llos ;,",,.; ;;, ,.'rdJrr'i'a'1'( r1..r'nJnu L'''|'4nrp n (n ôr\i ""'l" ": ..'" ', ,"'crr'nl"r'ôJr 'rnJr' o'rrn'-r r; ' 'nJ' "' nrcsn,o plano. Nlâs o aiunilârnerllo o cerco ca'lâ vc'/ nais cstrcllo ::: '"i ,cr,i. *,lo."a. "" i'vcsriilaçáo dâ qucslão isso exise Lnna cspccrc de rNtâção. ,:le pass'rgcrn de nivcl' qllando cntáo à discüss'o se succ ;;;r;.";.,." :"'ttemprativâ crc argulnà vcrdâ'rc que trârlsccnde a própriâ eslera tlâ ':liscuss'o tl nesse nronrcnro que' naeslruiurado D,nlog., plalônico, ao diálogo §ucede a narraliVa do nlilo '- ',ü".,ri"it, rc' *'luíclo Dela discÜssáo {odas as hipóiescs tâlsa§ n1 '";'r' U1'':'f r1qr' c'<''rfr' n'(ru rrri_ r,,1.,, . ,t,1, r",.r, , , ,.t" g.,iâri' .tuL 'r r :lu qrr' r'r'' 'rr; u 'LlJ nu rr iru ..,";,.;: ,;, . 'o, 1''"nr'a' :"'|r'piLr 'r'"''iu'rr'\ ôr'r ôr .;:..; "",, urrr.ur.raeni- rrr',r. dçr':'rrr' t'Lr''' "''r"D'L'' i" o. "t,"s nlt*'t* mas' dc qualqLLer nrÔilÔ elc dri unra íorlíssi1nâ ,"r.r"a"*"t"t"," u" "ocô nào o cnlcrlda ra prnnejÍâ' pela sinples .".o,n *.u,"Iü ^ *tprcssão ':le que perceberr âlgo qlrc é Inlrilo in- Dodânte, cnrbora ntio s'iibâ o que persar da'Luilo un "".nrpfu "'u nn fnal de A ReNiólÍrd qu n'lo Platão rarlã o ,nitc, ae l:,. gr e o sotaaar) que morre numâ batâlha e é lcvado à prcscnça i. irtr.' O jlrizo final âli náo é erarancnic corno no rllrndo crrslao 1,,* "r' ,r., " .* "u parâ o inlcrno' v)cê vai icr LLnrâ oulra vida clcpois. eniào. conÍonnc o julgâmento quc scia íci1o da sua vidâ' podc ",.,ri". .,,"" ,ur'^ cujo clesenrolar sÚ ptr'le visüalizâtlo .:le nüneira "i'.","i". 'at,'* "t uma inlinidâdc de nÚdelos pa'àvo'r' escolhci' ";;;"; ;* " *.* ,ara 'iver a vida quc supoc (cr si'lo cscorhicrâ nais sâbiânrcntc clo qre a anieriot' nras cLLiâs implicaçócs voce nâo co .i.." "", *""* I';rtanlo iânrbém voitârii a fazcr una sórie de crrL's ", .ir"t', **4 "-'*r 'le novo' vocô será novânrcntc 1cvâdo peranic ",i,i,*,',,., * o"*'tot 'lavidâ qlre lcvoLr e cscolhcrá un oütro nrodelo' 2a . rssiur por dianle. não sc saben.to qlr.Lndo isto vai tcrmilrar. ll claro qüc uma das maneiras ffâis viáÍeis de conrprccndcr csse rilo é cntcndcr a morlc Iáo como nlorte bidógicâ. nrâs apcnas comíl sust)cnsào do luxo dos acontccineftos vi!idos durante unla evécic r ii r(]colhinrcnto. Ncsse recolhirncnto o homem se âbstóm dc agir e t [lr rrum csiâdo de ienúncia ascótica à açro no r undo parâ po!]er ( oLrprccnder quÍris sáo as bâses, os verdadciros furldtLlnenlos dâ sua \ lda. c enláo escolhcr urna novr conduta. Otr seiâ. a experiência dc Er rrro iLrplica nccessariarner)tc a rnorte. nlas é algo quc tâlvcz muilos de ri(,s iá tcnh.LDros vivido váriâs vezes durânic a nossa existência NÍinhâ vl(la urio eslí benr. cu csiou errando, a dircqáo qlre eu lonrei não é ccúa ,,vou escolhcr ulna outra Estâ outra você apreendc sintcticanrenle, (lr uma maneir.r sirnbólicâ por exemplo. no sonho. e.,,.\!.ir-norr p,*iLi Ll:, l. .1,'J",,r,r ,r{,,,,, ,n ã,, (nunciadonLr r sonho ou nurna cspócie cle visáo selri'âcordada que você L'jI. qnc lhc parece. Ilaquclc ru)menlo, u ra indicaqáo de unr cxrninho rirais hrmnrosr,, irais justoc maisúrlegrodo qucâquele quevocê vivcü ató lrr)icl N,1as como só aprccndeu sirrreiicâmcntc. porianto res!rnidamcnte. r claro q c quando sair dcsic momento de pura apreensío inleleciiva .lirr viver âquilo vocô 1ãrá nolos erros. quc poden ser alé piorcs do lLrLc os anleriorcs - ató você passâr por uma nova "modc'c nnrclificâr ,r,iris v.z.s â suâ vida Isú é uma melânóia. () Er é ur rito, ó unla meianóia. ó uma Lr nsfiguraçao do rumo lolal dr vida pcla vis,ro dâ irlpcrfciçÀo dtr !;da levada c das possibili.lâdcs dc um novo modclo, que no n, rrrcnto você pcrcehcu dc algLul modo Mas ó claro qlre essa ó só LrD1a (hs mirltiplas intcrprctações que sc podc dar a este nri1o. Qtralquer ,tuc seja o câso â hisl(iria do suicito qLre n1oÍre c quc. dc repenle, é .(ilocâdo nessa lrernenda rcsponsabilidadc dc cscolher o que vai scr nâ pró\ina vidâ (...). que não sabc sc vâi âcabar se arrcpcndrndo 1ân!hóD clo que lcz nessâ novâ vida ( ) . e§lâ nrortc n('} nriio dc !i é üm nromcnlo dc aliâ responstrhil a!lc Enr todos os Diãlo3os,:lc Plâráo rxisle csta fassagelr da dialéiioa pai o nriro. c nao há. eln paíc algur â. u1| cnunciodo dotrlrinalnrcnle Iigico da clo!trina.lcfinllivâ. Orâ. isso mosifâ qüc até ccrto ponlr) o pÍ)piio t']latão cslava colscicnrc da ilrpo§sibili'lâdc dc LLnr cnunciadofin.Ll.la lcoriaqucdcveriâoricnt.Lrosreis lilósolos C(nno lnrcroilovcr no rlos rcis lilósofos sc a cloulriiraque clcs dclcm scguii L'stiLerrunciadâ âpcnas cnr miros? Ou scjâ, náo havcrá lr a lei clara c c\plícllà quc .sse rci lil(')sofo lcnhà qLrc seguir' Illc vtri tcr qnc decilÍar o tllito' cntáo' h:i senrpÍc r possibili.ltr.le dc quc cle dccilie cnâdo' de que nür outro suiello âchê quc .lccili{ru lllclhor lr nós lcrrros dc no!o o problc'ra dtL irnpossibilidade rlo rci filó§oli, que rcapârcce na pr')pda estrulura dos /llãl08os dc Plâtáo Quando você rcm unr prr)hlcm. básico ':leniro de ünla lilosolia cle âparcccrii náo somcn(c no conteútlo dessa lilosolla, mns nâ frópria estruiura dos lcxtos qLrc.Lerpressam Quardo o lilósolo não s'L'Dc crirla- nLnrr'i'.1 . \:i,l',..('r'. I tr'1 .('1l'(''r'' I'i_n'r1 c'rr" 'il'rn1' na ncbulosidade.lo quc cle al'irnra. mas. dc ccr(o modo nr arrbig'iidê'lc da própria construção.to tcxlo É senrpre possivel corn um pouco .:lc pâciência iecncontrâr isso hrrão. qlrando nos Dl'1o-qos plalônicos há a passaget da.lialétlca tro rnito. o q[e sc cslí dccl'rrando é o seguinter 'olhâ. a part€ scguintc do cnsinàrncnto ó deln'§ir(!Ír'l'!âda' demasiado con1ple{a pâm quc clr Possa e)iplicar por cltcnso, cntão vou dâr ulra irnagcm, uln mito aProxinrâiivo'' Ora. ncssc nlcsrm nrírücnlo cDr 'luc h'i a passagcm da diàlóticà âo riru,'\i'r(,Ir'!'r.'Jôa'p. r"I' rrJ\'urnna'\fr'r\r""rrrri''l significa quc estc scgundo r unclo, cste rlrundo tlc cirna o rnundo das iornâs ou das idéias po.lc scr conheciclo. rnas nao podc scr eosinado Ca.lÀ ürn vai tcr quc decifrâr o mito com sells p'óprios rccursos Eniáo' ,i, rrdrr o carárcr inclividral. o caráter indeclif.LVelnrenle indi!i.lualdr rr\.r da sabcdoria. eslá realirrrrrdo rr) pr(rprn) corpo dc urna tilosofiâ ,tIc prdende. por oulro lâd(,. c\p(,r a srbcdoriâ univcrsal dc tâl nrodo ,1rrI rla possa scr impostâ igrLahrcntc a ioclo nrLrndo lclo rei lilisoli). (11 lLirto problenra lcnr.íl lslr) sig ilica quc dcntm dafi losofi a dc Platr'ro . ri, rd('nsa urrr agl(trn.rado .:lc problcrnas, dc tcrnas c de dificuld.des ,rI. rlirn.ntânr a nossâ discussáo.rta hojc. Nos t«los eslanros lcnlrnr.lo r.n)lvcr âquclcs problcrras quc cst.Lo , ,Utrciir(los on insinLrâ.:los lra filosofia platarnica. Ni0 ó necessalrio dilcr , L ,r .sir iilosolia conióIn óbvios sinais dr unrr sabc(|)ria à ( ual Plaião I.!r âccsso. nras da ü,r1anr ianharf urna dosc dc cDigmas âbs(rutâ , ).fte lonrridá!cl . i iusro isso o qllc â to râ tao intrressante, y»quc , !.rrc rLrri:â sâbc cratamcntc onde é qlre t'lnlarr quis chcgar Ál$a: Eu liquei sãbe do ttuu n p'ópria pdlaür idiia in dá esse ttrk.llo de qtrc o pessotL lctn quc cotnptec]1det Pat si ]ltest a n ílu. t h se klcru. potqut) ??n1 dc.ldei\ que quü dizer "dítuilo qu? poíle scr .,i\to , qLkt a p]óptiu pessatl dcz)? üct.l Ccrio dcpcn.lc clc Llln ato de intelccçAo co'llo ó o lcnra dc rninhâ ,orlr?.r.9.: "N,ro hii ato rrrals .lespro!i.lo dc tcstcmunbâ do quc o ato (lc ronhecer". Quândo vocô dcscohrc âleo. você sâbc algo. só você siLhc quc sabcl ningrcm .'stá dentro .la sua cabeça para sâbcr sc vocô rahc ou nâo. É esse o caráler irredLrtivclrrcnrc individualda conquisla (la sâbedoria As pessoas podcn pârticipar da discLr ssào. mas o morrento irrtclcciivo, quc é o finâl dtL discuss,rc, que ó aquclc ondc â dialóiicâ sc llânsl'orDra eln mito. aí é cadi um por sil Ào mesrro lêmpo, notc bcm. cssc individuo é indivírllro enqunnto o|r)sto à colctii,idadc historioamcnte deleimirada, e náo enqLranto opoÍo r cspécie humana O indiví.:luo nunca ó oposto à cspécie. nlü1câl Flle é i)posto à coleiividadc. Estc, por ci(cmplo, é um gràn.le erro de nruitas discussarcs nrlxlcrnrs: l.lcntifi.ara oposiçáo nxliví.luo rrcrlr/s colctivida.le c(,no oposiçaro indivi.luo aersrs cspócie. À cspécie hLrnanâ, conx) iodas âs.lerrrâls cspócies colrx)rnullobcnr viu ^iisi(')tclcs . só e{isic nos seLIs indl!íduos A corrstitrLiqáo uni!crsal .la csirutlra hurnana nâo e\islc cm si. el só c\istc nos in.livÍduos quc a nranileslarr c, ao mesnro lcnrpo, a tot:Llnrcntc real c!n cada unr .lelcs. Entrro. norc bcm, se csra conslituiçao univcrsal está dadâ no indi!i.ltrLr lisicamcnte e\islcnic. ten]poralmcnte c\islcntc. isso qucr dizcr que â passagenr do nrttndo sensívcl parâ o ;Dlrliilivcl sc dá dcntro dL, PróEio indivíhro. Ai .'lc passâ por unrir rrrcranóiâ. urlr iraDs6guraçáo. no 'trri 'r,rIi '.."'I, IIrr.l. dníduo. r.as como nien!hro dâ esPécic c, poÍarto. conro portrtdor r:lo conhecillrcnto universal Eic naLo lar isto cnqlranio indiví.lLro isolâdLr (la cspócic. mas ao contrtÍio. exatamcnLe c0no rcprelenlârÍc máxilno rlâ cspécie. É csre irr.li!i.lro isola.lo, no instante do scu ato .ie intclcc' çáo. quc lranilcsta e rcalizâ d.L nüncira m.ris Pâicnrc as possibilitlâdcs suprcmâs qLle defincm a próprla cspacie hurllana [ALrno: á íslo qr.- Árostinho quer dier (tLttttlda íoltt qu. n(,s e conÍnmas Deus denüo de nós nes tos?) l.r,' ,'\-jd ', ", i ' \-q,ri i,, r:r r..rr , u. ' \, í r, I'oi\ sozirho c mâis iÍrado ó que o coniunto da espócic hrtnrana cstá se ic.rLizando enr locô. É por isso qLLc nâo é u,na solidío. ó u1üâ soiidão apcnas er. relaqáo à cdelividâdc hisloricamcntc .ltLdit. Na n1c.licln ern qlre vocô sc desligal:lo cspirito daquclâ cra. está liirado ao espÍito de lodâs âs cras Isto qucr dizer quc. dc llllo. no próprio indn'idlro. nâ consiituiç:ro do próprio ilrdivíduo. já eslá dada to.la a.:liâlótica entrc o mundo do s.nsívcl oü dâ tcmporali.lidc c o nrundo da cternidadc. Náo é de estrânhar que, na passagenr dc Platáo para Aristóteles, um desses aspcctos tenhâ sido mais âcentuado por !rn dclcs. e o outro ll) i:|r1to pclo oulro. scur qUc sc possà rliler rcm quc concordânr nenr qUc ,l \.(,rlrrn Esscs dois la.los cvi.lcl(emutc cxisrcrn. câccnruar Lnâis Urr t (..: 0f r.enos. a apenls uma quesrao dc oportunidade. lrm plarâo. ,r Ifru ioflc nnprcssáo (le que clc alimra qLLc o rrundo das idéias ou Lli r ii)n|.rs rxistc dc,e/ si c irànsccndc o mnndo da rerrrporatidadei (if \risir')lcles. há a âlirrraçrio dc qLre csrc mur.to só cxisl! derrro dâ r rrpor.rlitladc. Inas dc làir) rLs duâs coisas são vcrlttdciras.te rLlrunr ,r,,do, principallncirie porqUc as lài! lormâs scriarn os n( elos ctLyiros ,LN .oisas 1L'inporalnciric cxistc|rcs l:ntâo. o.tuc seria. for e\emplo, :1 "càvalida.tc t Ít o pr.ojero quc r)(us lcz para os c:Lulos Sc u)ca pcrgumnr: . O|.lc cxisle a ca\,:Lli.ta ,1.'' Ela crisie eln si ou c\isle no câvalo,,', voca le os dois lcrnús dc L rrrr oposiçáo quc dcfincm unra discussio quc houve.lentro dr escotâ , rLt)rica entrc os delensorcs dâ prnncira li,rnrutâçáo dr) platu ismo e. t t) r)LLtm l.ido, Arisiótcl.§ als prirncircs dizcrlr que:Nl'ornrâs c\isrem crn ii {i lao xrclcpcndentes dcslc rrun.lo tisico: Àristótcl.s diz. ao cÍ)rirtjito I rc rlas eslào no fllprio lnundo lisico. F.ssa discussaro. colocadr assil , de lanr não rcrn soluça«). porquc a r(lpri noção dc existtnciâ rern unl duplo sentido coll]i»me sc rcUra aos .rlcsdo nrundoou às i(krias Qu al e\isrc cfcrivrnerÍc cnr simesmat,Uorr. (lrpcnd. do quc sc cnlendê por cxistir O cxisiir.tos cntes do murdo sico é uma coisà e o cxisiir das tunras é ourra. Se você tcnra. jLrlgâr rL n pclo olrlro. ou o outro pclo urr nrio vai chegâr a coisl algunrâ. trn scgundo lugilr é ncccssár.io vcr quc se essc rnundo das iirnnâ5 é o murdo 1l) que Deus pcnsr â rcspciio do lnurxlo que clc vâi criarl qrLc sáo os frodchs que Dcus tc remvisrâpara crjaçã().las coisas.IntAo. sc csses rrodclos pudessem scr integratnrcn(e conhcci.los.iesdc unr ponto dc !ista humano, acondiçâo hünrana cstaria àLrromaricânrentc transcen djda c r(rs lá rao vivcría os na tcmpoiâtidadc. rras sim ra eternidadc. Íj .()ntra-scnso. é impossí\,ell Desdc o fonro dc visla plllamcnic hLr1nano JI I o rodelo não podc scr conhccido. Só podc scr collliecido corro? Através do )róprio Dcus Orâ. isso qucr dircr quc r srnr(hgerrr di.lúliü quc ,ros lc\ â do nnür- do sensí,el para o rnundo das idóiâs ,ráo podc rlr(]gara bori resull.'do, porquc clâ scria r) si.rplc$ conhccjDrcnlo humano.Lo divino ^ dialótica terir. cntft). o podcr dr nos lritnsligurar.rrr conhcce.loies.lo.icrno. lih ralo focle lirzrr isso, por cssa raztu nos lcla aia urr cerl1) r,rlr). .hi \'crn o rniio lsro sil]rll'i(i quc I dialatica nào cullrprc o qrc pronrctc IiltL lromclc lcvâr aió o córL. fills . uar.lo chega lí r:ro fo.le nriris... tcnr O conhccirrcrro das lonnas ou dâs idaios criquanto tala ncccssâria- rrrcnlc iüp.rlcito c alusivo. nras sc i)r sa) isi{) n(:)s licar(Iros ctcrnirnrcntc cnr.lú!i.h p{mlueconheccmoscstcInundoaqri nrrssabcrnos(turaLr. rrLLndoirrpcrlcitr)cr.qneascois.sapârc(cnrcdcsapârcccnr ftdocs1á em pcrnruncrtc 1[r\o. c cxisic ur)r Iundo dr iiràcionâ]idrLdc no nrLr|do scnsn,cl Passados dois rnil anos. o pcssoal lala rlc huraco Icgr,, e daí â inacionâlidadc do nrundo sensível aparccc dc rnrvo. c dc novo. c dc nr)!o .r nrrn.r vâi .mhôrá Sc o nrrndo das loimas nêo podc scr conlt(ido pcrlciialllcrlc d.sde o ponto clc \'ista htLirlrÍ). isio sign]lica. poiém. quc qualqucr dlsc!ssão hunrrnâ sobre clc nào vai chcgar â coisa lgunra l,.ntiro a .liscussáo cntrc |'r,.,. \'. r,1. . Ir. , , ,1r...\i r r.., irr..,.,.ur!(!. eristenrnoscntcsscllsivcisquc snranjlcstam étambamoonroolarnoso "atébojeninsüénsabcqucrnr ofleu lolie ser de Lrnl jeito como podc scr de ortro. nrcsrno porque nào sc sabc prccisamcrnê do que se eslí lalan.ll) E se o conhccimcnto das lonras nl]o pode ser obtido pcrltitamcnic por nreios humênos. cntão só Dcus podc dá lo tinr vc7 de discutir as lbrmas, rós podcrrros pnslar a urna scguncla pcr'.qunta rrais irutílera "Conro pL) demos oonh.ocr Dcus pâm qüe llle nos dê o conhccincnto c a crplicação $bre as lo nas?" Ài ó quc cstá o '1crceitu a.dar" .lo plâtonisnlo. li)dos os rnânuâis. pelo menos ató ccrto tcllpo. colocavant o pla' r,,,risnro.0rno unr lipo dc filoSofia dualistâ, porqLrc !iâ dois nlundos: ,, rLUndo sensív€l e ô rrundo inteiigi\,el. que scriarr as iormtLs. NIas ,:it) r.ro é erato, porqre Plat,Lo nio lalâ dc dois mun.los, trl de ltês. tlt o ltll da rlos c les selrs1reis, que. est.Lndo enr lllrro fcrmancntc e r( rrlo uma torma prccáriâ dc c\istêrcia. tên, u,ll lundo dc irrâcionalj , ir(lc .rlrsolularncnrc indeclinável. Depois há o flr do das íant1cts. gttc l( ririrâmcntc explicariilrr esic nrurdo scnsivel, Dras quc por sua v.z só t! cnr scr conllecidas muiro inrpcrlcitrLmcnle Acimadclcs há o rxlÍílo ,r^ /»i,rcípios, ot] lcis ctcrnâs, qlre dao o tundamctrto das lbrln.rs e. ao , r.§.ro te po, o lundâmento deste lnundo. E cvidente que Plaiáo csiá n. rlcrindo ao conhecirrento intclcctLrâl de Deus, e l)eus aparccc. ncsle , \ )ccio. sob a lornrâ dc princípios Llnivers:ris eternos c dc valida.ie êb \,, ut . Seria unr conhccinlenlo de orde]lr puramcntc n1etalisica Algo.lcssas leis eieinas errcontradas Delo plàtorisrno cstão jus rrLLrcntc no livro de Mário Fcrrcira dos S.Lnlos. A sabtdorio das lcis rlrrzrs,r(lue talve/ tcnhâ sido a nelhor erpllcaÇáo tlcsscs prirrcipios \l . cm tr)d1) o livro. náo v.Li se lâlâr de lornras ncln do rrLrndo das tuéias. io.lc princípios que trarsccndcrn nâo sonrente o rnun.lo scnsívcl. ma§ ,, t)róprio mllndo das iormas ^s lbmms. islo ó. os modclos elenros (hs criatur.ts e dos cnics. estato slrb.relidâs âos princÍpios Unr deles ,ro .lc quc tudo o que erisle só podc cxislir como Lrni.ladc. Todo cntc (tuc cxistc. existe co ro unidadc O scgundo Princípio ó quc somcnle o ,r'(iúo Dcus. ou a origcm dc todas âs coisas, podc c\isiir como unidade siirip!es. l'udo o mais exisle curn, uritlâdc complexa, uli.ladc parcial oll Lrrldadc ilnpcrltitamenle realizada ^íó quesurgeàdislinçãocnirt Dcus r(insidcrâdo em si rnesrno c cnquânto criador das criaturas. Deus considerado cnqLranto cildor das criaturas é fácil perceber (t!r lsso só constituj unr seu âspccto, porque o l'llemo anicccdc as Nrx'i,, riorúiÍtr dos S,\\TOS Anb(d.ttul"\Ltrtl.ntts ltr1nü .di(turlJ ,r(o o trolrs dr Olávo dr ('nNr ro Si) lntr]o I nri 7i«n]s, 2001 criâtüras. Antecede de quànlo? De toda umâ ctcrnidade. O aspecto quc Ele ten] de criâdor das criâturas náo pode ser iodo Ele. mâs, ao n1e§mo lempo. é Ele. Há. cntão. Deus em si nesmo e Deus cnquanto criâdor. e assim por diante. (Não vanros nos deter na cxplicaçáo de principios. que enigiriam urn estudo mais particulêrizado. mas crcio que isso está muiiíssimo bcm rcalizado no livro do Mário Ferrcira dos Sanlos Não conhcqo cxplicaçào melhor, nem rnesÍno â do Giovânni Rcalc acho que transcende isso ) Esses princípios sáo conhecidos náo por miro, nao poÍ símbolos, n1as por Lr a espécic dc cvidência imediâtà e inegável. Conhccem-se csscs princípios pela inpossibilidalle dos scus contrários. etanlbéln por aq ucla iaDrosa regrâ: tudo aqlrilo que ó auto-cvidente n,ro pode rer uma contradiiória unívoca. Estc é um critédo lógico que ell descobri para Iazer unl teste e sabcr sc uma determirada sentenÇâ ó auto-cvidente ou náo. Se ela 1'or uma sentença auio-evidcntc, toda tentaiiva de loflnulâr o contrário ier inaÍá numa ambigüidade. (...) Por exenplo, quando cu digo "eu estou aqui', você entcndc peúei' tamcnte o que eu eltou dizendo. Mâs sc cu disser "eu náo estou aqui , o que estou querendo dizer? Quc cstou enl outro lugâr, ou qlre este quc está âqui não sou eu? O simplcs enunciâdo dafuâse "eu náo estou aqui" não diz isso dc jciio nenhum. Ent,to a f.rmosâ distinção cntrc contrário c contraditório náo pode seÍ feitâ âqui, náo dá parâ lazer porque náo se sabe a que .r lrase se referc. Outro exemplo: o lanoso princípio dc identidade, que A é igual a A. Se você disser'A nao é igual a A, o que vocô quer dizer? Que o segu.clo A é diferentc do primeiro. ou que eíe ó dil'erente de si mesmo? A simples scntcnEa'iÀ é dilêrenie de A' não esclârece se é Luna coisa ou a ouira que elâ quer dizer Iío ó um sinples teÍe lógico. A noçao de evidôncia é. para min1, uma noção básica absolLrlamente inconiornávcl. Nàotemcomo escapaÍ dela. Se você tentarde algum modo contornar, dizendo "Não, nãoexiste .1.1 ( vldancia, só exislcrn coisâs que dão a impress.ro de scr cvidência", , irdâcsltraciocinando coÍn basc nunadeliniÇão dcevidêrciaqucvocê rsrondeLr embaixo do tapete. Entào, evidência signific.L jmpos sibilidade ,l)cl) rário e im poss ibilidade a ôso, /ld seria ulna im possibilid.Lde sob (tuxLquer aspecto qu€ seja Os lamosos principios do platonismo não sáo conhecidos através de L rra âlusâo mitlrlógica ou sinbólica, mas através de evidôncia direta e ircgável. So entc ai se enlendc que o ftmoso nundo das ioünâs, ou r rs idéias. quc aié há pouco cra tido como o coroêDlenlo do platonis rro. nâ vcrdade era somcnte Lrma pirâmidc truncada quc subentende I nà outra pârie supcrior que são os princípios. O mundo das lornras . apenas intermediário entrc o mundo dos principios e o mundo dâ Lr rporâlidarle. EIe é apenas uma transição. Écomo se dissósscmos que .1. náo tenl uma exisiônciâ slrticientemcnte delirrida para que se possâ ronhecé lo Trâz tanbénr deniro de si uma ambigúidâde constitutivâ, (t c só é rcsolvida na esferâ dos pincípios. os p ncípbs rcsolven1 ês ,r.rbiguidâdes do nundo das lormas e, ao mesmo ieffpo, suprinem e rholcm a existência dcssas lormas. âs quâi5 são âpenas umâ transição .Lrtre o ffundo do divino. o rnundo do absoluto, do eiemo, c o mundo (Lr lernporalidade. Ora. ess.L transiçáo só poí.le s€r fcita de anrbigüidade, entáo ela corrcsponde prccisamente àqucle lan1oso1nundo internlediário. Creio que mencionci da ouúa vcz a história do colvo de Noé Muito bem, n história do diiúvio, após quarentâ diâs e quârentâ noites. eles têm r cxpectalivâ dc enconlrar tcrra. Parâ confirÍrar isso. Noó soltâ un1 rorvo. O corvoficâgirando crncírculos e náo con§egue achâr nada. Dias (lcpois, clcs soltan uma pombâ. qlre vai direto e encontra terrâ. Entrc .lrca. o navio de Noé e a nova terra, tem_se exatamente a analogia do nunalo sensívcl e do mundo di\.ino. enlre atempomlidade e a ctcrnidâde 'l'rn1 se, cntào. duas tentativas de lrâvessia, un1â fracassada eâ otltm :15 bcrn succdida Na bcnr succ.tidâ. â ponrba \,oa cnr trDtu rcia. c raqucta qLrc é liacâssada o corvo rjca girardo t ,rr,-,r,r ..\...j.,,, \i,,,,,o r, t.r1 n.,r ,..,r,1,u{.,1,..ru.r,, vcrsiculo quc ctiz .G ia rn)s pcla scnrta rcial,. Isra é a scn.ta rcta. lts\. i,rcsmo snnbol(, aparcrc,ra lclrâ chircsa I rador N.L cosnn, o. i, cr,,"",, , ,""""" ,;1Ííi: :::,1.,.11i;:';; m0ndr) Scu dcsürho énrLrirosjIrptcs tcnr Lrma vcrlicatcrrês traÇos. urn cml,,rir(,. urn r)o nrcnr c unr crr cirna ^ Jinhr rcla c o Tao. quc vai rrnir cnláo os tr ôs mundr)s: .tir rcmporalida.te, do .liviIlo c dr) crcrro. ( l)or ô !.-' u , :,,- r, t,..,,.,,j.,n,.r.. t..u.Ir. r,i., r.ru,.,,r -|l.t.,,J \i,,.rj,l. Lu. ,,,. .rrr d,, ,rrJ. ,,-() hornc|r Iao csrti ioralDrc tc ira rcnrporatida.tc, o rrLln.lo sonsívd. clc jácÍáno,nur.todas jor as rlporisso.lucesscmürctí)éráoconf!\o - r.L' i. .,, tur. na,.. ^ ..!i riu, ..:. |, C, t.:. L, r,,r(i.j, n. rr..r( x rrodL, a chcgflr a LriIâ conctüs,o sobre queln rirha rirzáo. sc ptarão ouÀriin;tcles sc as tbrlnas c\istEn cnr si mcsmas oLr sc crrstcm somcnrc nont!.dosc Sívrt Arcsl)l)srrLóascguiltc:ncnrastoÍIasn.nrorrundo sursÍvcl criltcnr cm si ucsrrl{)s: clcs s(t e\islcrr (lcnrro da ercrnidr{tc. E por isso.luc se \ocô rcsLrnri. r.ssa trirrdarle nunr:i op0siçrio. numa drrlidt'dc. Dão \,ai ct,egr! à c(nrciusflo ncllhrrn,a. l.\luno: Urtú ítas ct.íticas que /\t.ist.õtetet l.tz itct.usi)c tio (o cpito das idcids Í.»no utp sepatutto t po\pe ate ctio que iu ir.1t ul1ta ](gesstio inlíniÍa I N vcrda.le.âpatirvri .iIHrito., nãoéc\âtr uocaso. \t)caiem pcnas urr irdcfirido. porque infirjro se idcnlifica conr a propr,a cteírida.le, não é qLrarritarivo (.. ) â sórie .l(,s nLúcfos inieiros ó infiriiâ ou não? Lla é apcnas irdcfinid.. Il,ro pode ser intinila. pors é uma cojsa e só cssa coisa É vrnrenie a sóric rlc Danncros, c a sarie .le nLimeros nãr) ó a dâs laranjas, não ó a das figurlls... B|rao, ela estj liiniia.ta. e se cski , rlirli| náo pode scr infinita. l]a só cslá jtinita.ta numâ rtirccão. ún--,.l,t,,il',,,,r,.,t ..fr.rr.pr,^t,.,,).ch.\j, ll ,irr dâ O verdadeiro irlfi ito a o qre nãr) a timirâclo sob aspccio al 1L rr. de nrarcira atguIna. O intirito é â própria ctemirlaclc, é o própriil . ,í,1!tr). a o próprio ll(,us (.lLrar)do vocó icnra pegâr o nrnndo clâs toflllas on idéias c lo|rí lo , r oPosicio ao lrlun.to scnsncl csabcrscóesrc(lLrccxisicnaquctcr)u trtLrdc quccrjsrc nesse . \,oracJregâ exâIâmc|ie no quô:, No inclclinido I lr)r issoque nâdr rclrir.csposrâ \()cê tcíia rrgrxssao ad i li itun.a ( !r ússào ilim jlnrlâ tênr Ír câvalo c, cln cirnâ. a .,càvâli(ta.le. Mas clllrc , l( ! tcrn o quô? ltma scrnL,lhançâ. Aco|iecc (luc rcm quc r.r o nroclcto 1]l sunclhança. a lorrr (tâ semc]hanç . â i.ornra da tarrr da s()ncthan r iL, . assinr poi diarlrc. tenr aqui um tromcrn scfsrvet. tá enr cjllla lenr ,, lroilem inrcligívct. mas rcm quc rcr Um lronrcrn ir]tolr«tiário que r! t)rcsc"t(r â semclhânçfl,:to! dois. E enüc essâ scrnelbança c o prirn.il1) (Lr quc ter urn ortro, "" um ou1ro, c um ouüo, e urr oLr(tu... Chc!â s. ,, l.ur, r,.,r.p.,r. rrrr .r,,ru.t,, ,,t,1r..,".,,,rr ,.,,. ,t,,,;.,t, ( )r . |r s o rnlrndo das tornas ó exâtanrcnrc cssc ioso .iu csDeflros cle ( L nrundo do i,,dcfi idol Vocô tem o rrundo d{, tirrilo, qLrc e o (lâ rerrporatidadc. o ,nrn.Ío do indetini.lo rro nreio c o inlirrito crn cirnâ. l:t por isso quc o nrurdo sclsÍlct náo pode scr crplica.lo crlr si |rcsrro, porque rÍ) lenr eln si o selr fundament(, Elc não é fur./d netúutlt sui. t11Íàtl vocó o procura nonr!ndo das lon]las. Írrs lá ranrbem nao 1enl, pl)lql]e as ronnas são ap.nas l:src jogo de cspethos qre taz quc, dc LrIn númcro ilin)iiad(, dc possibilid.r(tc. àtgUnras se manjfcstcnr aqui ncste nrancl.) iunporal eln qre cstanros ^ única cois.l que coloca o(]cn) e hierârquja nisso são os pr cí!i.,s ercrllos e imu1arl,cis. poiénr. é cl:1ro que a rnuilo mâis l'ricil conhccei os prilcipios ctcrnos e irn0ravcis do quc conheccr i, mrndo dL, irdeÍinnto. Com o ir.tefi|ido. só s€ pode rcr um conheci- J7 38 11le.io inclcfinido Daí estc deseio, esta aspirâção, esra regra islâmica "Guiâ-nos pela senda reta'. Que não nos àconteça o que aconteceu ao corvo dc Noé. que nâo fiquenlos girando em círculo num eierno debatc e'lr( ol',ronrco\ e -ri.ru,. licns pari.rb. rcucrrr re op mci.^ n o\ ô uL a galidra Porquc sabemos qlre ncm csie veio dâquclc nern àquele veio deste. nras ambos vieraff dâ eternidã.1. lAluno: .Isso teúa aIELtma rclaçao cotlt o coniunta de to.las os essin.ias possizrcis. essêt1cia um seníida husserliana'? Do qüúl um obieLo de ttue eu pelo a ídéia pade paúiLip.Ü'?l Clarol Evidcntel Unt rncsmo objeto participê de um número ilimitado de essências possiveis. Agora, se você qucr saber se essâs essências cxistem nelcs, sc eles existem nas essênciâs, bom, ai você cnirou no caminho do corvo. vai girar em circulos. Somentc o apell) à própda ciernidadc. âos próprios prirciplos eternos, é isso que coriâ eslâ discussáo e vài ihc diz€r que nem o mundo sensivcl nenr o nundo das iormas ilimitadas. têm fundamento em si. O nundo das tormas e o m!ndo sensÍvcl, ambos emanarr sjnplcsmcnte dos dois primelros princÍpios, da idade simples e dâ unidâde conposta, ou o mesmo e o outro. como diziâ Plrtao A alirmaçào clo prillado da d o! iÍinâ plâtônicâ dos principios sobrc a doutrinadâs idéi.Ls éhoje umarealidadc h is toricaDrcntc as seniada pelas pesquisas do Giovênni ltcale, naliyro PaM una fiozia ínterptelacao de Plalro.a Ele dcixou claro e dcfinitivo isso,lãlando que náo adiantâ ientêr entcnder o platorismo tonrardo como seu cumc a doüirina das idóias. porque, para âlém dele. crisie urna doutrina da eternidâdc. uma dout na dos principios que esiá insinuada âqui ou âli na dourrinade platâo. Ela náo está cxpressa clararnenle en parte algun1ê, mas está suficientcÍrente documentada nos depoimentos que os discípulos de platão deixaram ,rspcito do scr cnsinanento orâ1, que ele próprio dizia scr a pane (iraÇas à acuÍnulaçáo dessâ imensa tradiÇâo plâtônico,âristotélica, ,*r) nos pcnnitc hojc rcsuÍnir tudo numa âuia de duas horas. Quando ,'L |cnro nisso, digor "é unl rnilagre . Imâgina o trâlralho que i§to deu irir ^cadcffiâ plaiônica Foram anos de discussáo sobre aquelas obje \,)es âristotólicas - o próprio Arisióteles luiêndo conl as contradiçóes (Lr lco a das idéias. e Platão dando apcnâs uma explicaç,ro nuito im- ,o lcitâ c alusivâ da doutrina dos principios, a qual tâlvez ele só tenha t rccâdo a formula. târdiarnenle. No entanto, hoje. tcmos tudo isso, e r,,mprimimos em duas horâs... Isso não quer dizer absolutâmentc quc sciamos mais espe(os do (tuc Platão ou Aristóteles. Quer dizer apenas quc vicmos depois e nãL) livcmos quc rcsolvcr por nós mesmos toctos esses problcrnas, porque clcs já deixâran ludo mastigâdo. Mas isto ó uÍr rerdadeiro milagre. e ll(is nnnca somos sulicienlenente grâtos a todos csscs exploradores de nundos cspirituâis, que loÍam náo só penetrando ncssas rcgioes, nrâs nêpeando aquilo qucviâm, às v€zes mapeândo imperteitamcntc. alusi vàr ente, simbolicamenie, mas de algun modo nos deixando sirais por ondc hojc podemos camin|aÍ com passo relativarncntc firmc. Esta é minha 1àmosa Iso tia dos paÍdfiarcst existenl conquistas cnr lilosolia que fixanl pâtâmâres, isto é, vocô não iem mais o direito de bâixâr aléfl daquilo, nao teln o direito de lãzcr dc contâ que nao sâbe âlgo quc iá foi descobeÍto. Você não pode mais raciocinâr, digamos, co.ro Parnênides ou Heráclito. Por quô? Porque já sâbe â solução dos probleinas colocados por Parmênides c Hcrácli1(), e eles nao sabiâm. Eles podialn entrevê lâ obscuramente. mas não sâberiam dizê-la. e vocô já sabc. Por quê? Porque alguém já disse. Esta é outra caracteristicâ d.l espécie humana, quc âs gcraçóes mais velhas nos r(ii.vaini REALE.P,7" r a rrúu i)1t.Íttctaçào de Plaho Si. par].: Quando vocé âprende uma lingua, hoje, já pode aprendê-lâ com todaessa mo ntanha de tradiçoes acumuladas que lhe dáo instrumentos para dizer com facilidade coisas cuja expressãocustolr vjdâs e vidas no passado É iustarncnte esie aspecto da tradiçâo e cla hcrânça que confere às sociedades elêtivâmente existentcs o seu direito dc cxistir, e é isso que 1ãz que nós tenhamos que respeitar a sociedêde por pior que cla seja. porque ela nos deu tudo isso. Por cxemplo, eu estou contando issotudo paÍa vocés... Dc onde é que elr descobri isso? Ah, eu li no livro de Platáo, cu li no livro aleAristótetes. Mas náo Iüi eu que traduzi, não fui €u que editei e náo í0i eu que botei o dinheio pa.a lazer tudo isso. Tudoissoiávciopronto. Nós somos heÍdeiros da História, potanto, herdcÍos da nossa própria sociedade. E por mais sábios que nos tornemos. náo â transcendemos neste aspecto Nós â transcendemos som€nte do ponto dc vistâ essencial, c só podemos dizer: Àhl eu conheço Deus mclhor do que o eslaólisrmert conhece. Mas eu conheço isso poÍ quê? PoÍque o esLablíshtnenr me deu os mcios de conseguir senáo, não iía conseguir. Se náo tivesse IivÍos. náo iivcsse editoras, náotivesse essa hstitLtiÇáoque a gente tantoamâldiÇoa, a uni, versid.tde, - bom, por pior quc ela esieja, ela faz parte de uma cvoluçáo históricacujos bcnefícios chegarn até mim;degradados ou náo, chcgam até mim. Entáo, é aímesmo que qualquer idéiade transformâçáo revo- lucionáriada sociedade é uma idéia monstruosa em sie deve scrcoÍtada i,7 limir?. Ncnhun] ser humano iem a capacidade parê fazer isso. Uma revoluçáo que vai melhorar a sociedêde é como â história do Baráo de Munchausen. O sujeitovai se iirardedeniroda água puxando pelo próprio cabelo. O ser humâno, o indivÍduo humâno, uma geraçáo humana náo tem capacldade para fâzeÍ isso de jcito nenhum. Sempre que ele tcniâr lazer isso, ele vai regredir para um nível infiniiamente inlerior A filosofia nâ União Soviéiicâ, depois da revoluçáo, volta para um nível que Parmênides ou Hcrácli1o, selessemaquilo, iam darrisada, .10 LLizcndo: "Mas ludo isso aqui nós já resolvemos nâqlele tcmpol '. Ibdas essâs rcvoluçóes inclusive as grandcs revoluEôes inlelecluais, .rnno â cârtesiana, quando Schelling djz que com o ca esianismo a fi_ l)sofia regride paraum nível pucril a filosofiaregride por causa disso. ^qlrele negócio de que nós somos anÕes sobrco ombro degigantes. quc iLs pessoas citarn como se iivesse sido Einstein quenlalou (Einstein loi r) nrilósimo que fâlou isso), nós de fato sonos anóes sobrc o ombro de tigantes. E se rctimrmos tudo isso que nos antcccdeu, nâo son1os abso_ lu1àmentcnada. Essâs trâdjçóestêmquc serabsolutameüle pÍeservadas, sob o risco de alúnalizaçáo complcta dohomem. querdizer, cairmos de rlLlr nivelnuito evoluido mesmode conhecimento acumulado parâuma harbárie, pâra uma coisâ pueril. E isto dc fato âcontece sempÍe quando u homcmj umâ geração ou um grupo, se acredita capaz de absorvc! dc transcender completamcnte este pâssado. Ilste passado você o r€cebe como um iodo, e faz âquilo avançar n0m rlnico ponto, que é êquele ao qualvocô dedicatodauma vida. Se lanÇar rnr passinho numa direçáo, ao lado de nilhóes de outrâs dircçôes que poden esiar sendo trabalhadas por olrtrâs pessoâs naquele mesmo ins (ante, vocô já 1êz muita coisa. Nenhum scr humâno pode Íazer mais do quc isso Entáo, â pioÍ das sociedades ainda tem esta autoridade sobre você:você nao conseguiria construir un1â outrâ melhor. As sociedadcs vêm de un1 longo pâssado e se lbrmam por um pro_ ccsso que nâ verdade nós nenr scquer entendemos. Aindâ tcmos uma vaga idéiâ de conro é €stc processo de transmissáo. Frcqúcntemente a iran smissáo cultural me par€ce um milagrc. porquevocê, quandonâsce, nascc ignorante. Nasce náo sabcndo nada, praticamente, só tcmaquele âparato instiillvo. Isso qucr dizer que, se a sociedadc náo aprimorâr neios de transmitir para vocé nais rapidamentc do que nâ geraÇáo ânierior o qu€ loi aprendiclo, você náo conseguirá iazer nadâ. Quando Rosenstock diz que vocô sâbc que tinha consciênciâ de scr um ser hu .11 mrno simplesmentc porque làlaram con você, bâía isso para medir â dívid.r qlre tcm par.r com todo o p.Lssâdo Quando vocô fâla ,Ah. mcus dircitos '. você csquece... De onde você tirou csses direitos? Conro é que você.lcscolrriu quc cles existiam? Foi você? Isso é nérito scu? Náol I.'u loi rr-.r,,,"rrpr. rdnLlâ,r(1, ;Jratc\,(ê Náo é necessário dizer quc a iransmissáo culturâl tâmbém tern .Ls suas contrâdiçócs internas. c ufla delas ó que. quanto mais ela se aperíeiçoa e se torna nrais lilcil e mais barata. mais fâcilnenrc os in divíduos que tivcrâm esta possibilid.rde dc adquiri la a dcs!atorizâm, porquc náo sabem o que custou. Fico surprccndido com a facilidêde con1 quc as pessoas hojc em dia acrcditam que têm tais ou quais direitos c que poLlen impô-los por cimâ daprópria sociedâde quc os esiabelecc. "Eu qrierc que cstâ sociedade me dê tais dirciros, e pârâ quc eu tenha lais dircitos eu vou dcstruir esra mcsma sociedadc.,, Todo mundo pensa âssiml Esscs molimentos de minorias. (...) bdos pcnsârn assiIn. Enião, é claro que isso é unra vida pucril. uma vjda vottadâ para o mulrclo de lãntasiâ e essâs pcssoas náo cstão dispostas â arcâr com o peso da existência, coln ô responsabilidêde huffanà. Elâs cstão, porêssimdizeÍ, nos âniípodas dc Sócrates. Quando você vô a vida de Sócrates. esta é a vida plenanente humâna:ull1sujciio que assumiu totâlmentc o peso cla condiçáo hunrana. Essa é â vidâ vn idâ narealidadc. E no ântipoda disso nós teDros o criâdor de mundos, o criâdor.lo mlrndo mcthor erc. Por uln lado, ó óbvio que cxiíe .r evolução cultural. o âcúmulu de registros e.L criação de códigos c programas pam transnitir isso cle Lrma mancira câda vez mais lácil c mais compâctâdâ. Nesse scntido, cxiste ulna evoiuçáo cultural, que náo é umâ evolução dâ inieligência humanâ, mas apcnâs dos códigos e dâ iransmissão Mas, por ouiro lado. ela târnbém é scmpre periclitânte, porquc, quanto nlais fácil e cficiente ela sc toma. n1êis parece dispcnsável àqueles que iustanentc mais necessitâm d.lá 12 lAlllno: lii que a mLLncla clas lormas é llio datlo a anbi[,i)idades e tl,nlusoes. pat quc Plalilo iá àa loi dircto paru os pti cípíos. iti que les paden set enü ciados, aa colltttiti() das outtos?l Flle não foi jusiâmcnie poÍ isso que eu estou dizendo Hoie é ttcil .\plicâr, pois já leve A stóicles, NIá o Feneirâ dos Santos, Giovanni Iicâle que mâstigaranr isto tudo e deran pronio Platâo náo tinha is§o t)ronto. É nomal quc o primeim dcscobrjdor dc un.r coisa a conbeçâ .ü1, assin como o consiruior do prinreiro âutonóvel nâo ltz Lr nelhor rutomóvel possivel. Para Platáo. islo custou drama - e eu acÍedito que sa) no lirr da vida ele tcvc a noçaoclara dos princípios. NÍinha lipótese é (leqüc, muitasvezcs, nodecorrcrdaredaçáodosseusDi.ilogos. quando Irlatão colocâvâ um nrito, clcmesnrc náo saberia explicar o pincípio ola rc por lrás daquilo Elc meslnoUnha umâântevisáo un1polrco nebulosa .l.r coisâ E lbi graçâs às objeções c às discussõcs nâ própria Academiâ, inclusive asobjcçóes deAÍistótclcs, quc clc foi de cerio modo obiigado a cspremer suateoda e a tcntar elplicá-la nelh or O cslbrço de cxplicá la rrelhoÍ náo é só um csforço de Lrma didática mclhor. é tambóm o esforço qLre elc mesmo esiá lãzerdo para enxergar melhor' Em lilosofiâ, nós quc cstanos dcdicados ao scu cnsino náo tcnos o privilégio querem, porcxenplo, umbiólogode scpârâr complctâmen te o que é o conhecimcnio da biologia do quc é a pedagogia do ensino .la biologia. Um biólogo pode saber toda a biologiâ scnl saber ensinar nada; só dcpois é que clc vai aprcnder pedagogia. didática, ctc Em filosofiâ náo existe isso. À coisa fica mais difícil porque â pedagogia .la filosofia é o próprio e\ercício da filosofia, cvocédescobrir amancira lnclhor de cxplicá lâ é dcscobrir â maneira Drelhor de entendô-la. Éi por isso nesmo que eu digo que nao consigo dâr o mcsn1o curso duasvczes. PoÍquô? Porque passoualgllm tcrnpoe, certamente. algumâ coisaeu penscienlreum coutro. Então, em vez de rctransmitir o me§ml) curso, eü dc certo modo iá laço rma crítica, tlm aperleiçoamcnto, náo tcff olrtro jcito.
Compartilhar