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Atuação do serviço social no processo de prevenção de Thatygons | trabalhosfeitos.com SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO PROCESSO DE PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA São Francisco-MG 2011 ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO PROCESSO DE PREVENÇÃO DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de O Serviço Social atuando no Processo de Gravidez na Adolescência em Serviço Social. Orientador: Profª. Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi São Francisco-MG 2011 Dedico este trabalho primeiramente a DEUS, que és o meu guia, minha fortaleza e a minha luz. Pela sabedoria concedida para vencer os obstáculos, superar as dificuldades e enfrentar as batalhas, para conseguir chegar ao fim de mais esta jornada. E aos meus pais por representar meu maior exemplo de vida, coragem e determinação e, sobretudo ao meu esposo e filhos pelo apoio, amor, carinho e dedicação. AGRADECIMENTOS A DEUS agradeço-lhe porque, entre tantos caminhos, me confiou este, e nesta caminhada esteve comigo até aqui me levantando durante as quedas, fazendo de cada derrota uma vitória e da fraqueza uma força, obrigada Senhor. Aos meus tutores de sala, Jovinho e Deja, que estiveram presentes nesta caminhada do início ao fim, nos orientando durante a nossa formação, transmitindo conhecimentos e experiências vividas, despertando em nós o desejo de aprender. Obrigada pela dedicação e carinho. Aos meus colegas pelos momentos de descontração, que guardei com carinho asvivencias partilhadas, obrigada pelo apoio. A UNOPAR e aos professores pelos ensinamentos e a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho e minha formação. Atuação do Serviço Social no Processo de Prevenção da Gravidez na adolescência, 2011. 48p. TCC( Trabalho de Conclusão de Curso) – Sistema de Ensino Presencial Conectado. Universidade Norte do Paraná. São Francisco. 2011 RESUMO O presente estudo vem abordar a gravidez na adolescência. Adolescência é a fase de transição entre infância e a idade adulta. Biologicamente a gravidez pode ser definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Este estudo tem como objetivo compreender e apresentar as possibilidades de intervenções a serem analisadas a fim de trabalhar o processo de gravidez através da efetivação dos direitos e das políticas sociais, além de solicitar e articular as redes de saúde e de assistência com abertura de programas de planejamento familiar, voltadas as adolescentes em situação de vulnerabilidade, e com isso romper os paradigmas e preconceitos sociais entre famílias. O presente estudo foi realizado através de levantamentos bibliográficos realizados com artigos científicos publicados em revistas, cartilhas da área da saúde e livros. Os artigos com maior relevância foram selecionados para essa pesquisa, que baseia em levantamento e integração das informações pré-existentes com relação à importância do serviço social em desenvolver as políticas psíco-sociais que atendam as necessidades e os anseios das adolescentes grávidas. As conclusões observadas justificam portanto que as gestantes precisam acreditar que existe a oportunidade de crescimento e de melhorescondições de vida para seu filho. Criar a esperança de um futuro melhor e dar oportunidade de experimentar responsabilidades e de desenvolver o prazer pela conquistas por meio da luta e do esforço próprio. Palavras – chave: Família. Adolescência. Serviço Social. Gravidez. Planejamento Familiar. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................. OBJETIVOS.................................................................................................. OBJETIVO GERAL.................................................................................... OBJETIVOS ESPECIFÍCOS...................................................................... Justificativa................................................................................................... REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Gravidez na adolescência......... ........... Fatores Biológicos..................................................................................... Fatores de Ordem Familiar Fatores Sociais Fatores psicológicos e contracepção Como acontece a gravidez MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS O PARTO METODOLOGIA....................... ANÁLISE E REFLEXÃO.............................................................................. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... REFERÊNCIAS.............................................................................................. INTRODUÇÃO A adolescência é a fase de transição entre a infância e a idade adulta, quando o desenvolvimento da sexualidadereveste-se de fundamental importância para o crescimento do indivíduo em direção à sua identidade adulta, determinando sua auto-estima, relações afetivas e inserção na estrutura social. Modificações no padrão de comportamento dos adolescentes, no exercício de sua sexualidade, exigem atenção cuidadosa por parte dos profissionais, devido a suas repercussões, entre elas a gravidez precoce. Estima-se que, no Brasil, um milhão de adolescentes dão à luz a cada ano, o que corresponde a 20% do total de nascidos vivos. As estatísticas também comprovam que, a cada década, cresce o número de partos de meninas cada vez mais jovens em todo o mundo. A gravidez é definida como o período que vai da concepção ao nascimento de um indivíduo. Entre os animais irracionais trata-se de um processo puro e simples de reprodução da espécie. Entre os seres humanos essa experiência adquire um caráter social, podendo possuir significados diferenciados para cada povo, cada cultura, cada faixa etária (CAMPOS, 2000). ROCHA (2005), diz que a gravidez é um processo resultante da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, envolvendo o desenvolvimento de feto no útero. A gravidez está associada aos ajustes anatômicos e fisiológicos que provocam mudança no organismo materno, como expansão do volume sanguíneo pelo aumento do volume plasmático e da massa eritrocitária circulante. Mudança na forma do corpo e seu funcionamento ocorrem em curto período de tempo com início deste do momento da fecundação estendendo por todo período gestacional até o término da lactação. A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentesenvolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias. A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflito ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo. A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação. Gravidez na adolescência é algo que historicamente sempre houve só que as condições sociais eram totalmente diferentes. Nas últimas décadas tem aumentado muito no mundo todo e tem se tornado motivo de preocupação. No Brasil nascem 1.000.000 de filhos de adolescentes por ano, e isto corresponde a 25,74% dos nascimentos. A taxa de fertilidade da mulher brasileira vem caindo nos últimos anos; somente na faixa da adolescência tem aumentado eo mais preocupante que é principalmente nas adolescentes mais jovens. (SANT’ANNA, 2009, 01). Essas adolescentes têm sido consideradas cientificamente como o grupo de riscopara a ocorrência de problemas de saúde em si mesma e em seus conceptos, uma vez que a gravidez precoce pode prejudicar seu estado físico ainda imaturo e seu crescimento normal. Esse grupo também está sujeito à eclampsia, anemia, trabalho de parto prematuro, complicações obstétricas e recém-nascidos de baixo peso. Além dos fatores biológicos, literatura correlata recente acrescenta que a gravidez na adolescência também apresenta repercussões no âmbito psicológico, sociocultural e econômico que afetam a jovem, a família e a sociedade. ( SILVA et al, 2006). Diante deste fato o serviço social tem um papel fundamental na vida destas adolescentes, pois o serviço social encontra-se em uma posição importante, pois tem o intuito de desenvolver as políticas psíco-sociais que atendem as necessidades e os anseios das adolescentes grávidas, exigindo assim um preparo específico para a realidade de vida das adolescentes grávidas. O problema neste estudo foi investigar a importância de uma assistência do cuidado do serviço social mediante ao processo de gravidez na adolescência. Por esta razão, este estudo tem como finalidade compreender e apresentar as possibilidades de intervenções a serem analisadas a fim de trabalhar o processo de gravidez na adolescência através da efetivação dos direitos e das políticas sociais, além de solicitar e articular as redesde saúde e de assistência com abertura de programas de planejamento familiar, voltadas as adolescentes em situação de vulnerabilidade, e com isso romper os paradigmas e preconceitos 02sociais entre famílias. No Brasil não há controle de natalidade, onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos poucos discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso de gravidez na adolescência. (GUIMARÃES, 2001). Buscando compreender e amenizar o problema de gravidez na adolescência visto que a nossa finalidade visa uma assistência que lhe promovesse uma interação entre adolescentes e suas famílias, elaboramos este estudo. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Conhecer as possibilidades de intervenções do Serviço Social no processo de gravidez na adolescência através da efetivação dos seus direitos e políticas sociais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: * Identificar e analisar as representações sociais sobre a descoberta de uma adolescente grávida na família e sobre as mudanças ocorridas na vida da adolescente e na vida familiar em razão desse fenômeno. * Estimular e articular um conjunto das redes de saúde e de assistência social com abertura de programas do planejamento familiar, voltadas às adolescentes em situação de vulnerabilidade; * Estudar a Garantia e efetivação dos direitos das adolescentes grávidas; * Promover uma interação entre adolescentes e suas famílias; * Estimular o rompimento dos paradigmas e preconceitos sociais entre familiares.Justificativa O presente estudo se justifica pela necessidade de compreensão das necessidades de uma adolescente grávida. E pelas possibilidades de intervenções a serem analisadas a fim de trabalhar o processo de gravidez na adolescência através da efetivação dos direitos e das políticas sociais, além de solicitar e articular as redes de saúde e de assistência com abertura de programas de planejamento familiar, voltadas as adolescentes em situação de vulnerabilidade, e com isso romper os paradigmas e preconceitos sociais entre famílias. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: Gravidez na adolescência Tem sido tarefa difícil explicar a causa de existir tantas adolescentes grávidas, e seu crescente número a cada ano. De um lado, alguns profissionais apontam para a falta de informação, de outro, a questão centra-se numa busca pela identidade por parte dos adolescentes. Cabe ao estudo a reflexão acerca das várias possibilidades que levam à gravidez na adolescência. Kalina (1999) define que na adolescência, ocorre uma profunda desestruturação da personalidade e que com o passar dos anos vai acontecendo um processo de reestruturação. Baseado nos antecedentes histórico-genéticos e do convívio familiar e social, e também pela progressivaaquisição da personalidade do adolescente, é possível entender que esta reestruturação tem em seu eixo o processo de elaboração dos lutos, a cada etapa deixada sucessivamente. A questão familiar e social funciona como co-determinante no que resulta enquanto crise, especialmente, à conquista de uma nova identidade. O amadurecimento sexual do adolescente, de acordo com Tiba (1996), acontece de forma rápida, simultaneamente ao amadurecimento emocional e intelectivo, iniciando então, o processar na formação dos valores de independência, que acaba por gerar pensamentos e atitudes contraditórios, especialmente quanto a parceiros e profissões. Aberastury (1983) diz se tratar de uma luta difícil para o adolescente encontrar uma identidade, que ocorre num processo de longa duração, além de lento, neste período, em que os jovens vão construindo a base final da personalidade, de seu perfil adulto. Este processo acontece por meio de tentativa e erro, em sua maior parte, buscando o verdadeiro eu, e acaba por sofrer agonias e dúvidas, querendo ser diferente do que fora em sua infância, num buscar uma identificação própria e diferente.Podemos encontrar em Osborne (1975) aspéctos importantes sobre pais que valorizam a autonomia e a disciplina no comportamento, estimulam mais o desenvolvimento da confiança, da responsabilidade e da independência. Pais que são autoritários, os quais tendem à repressão dos desacordos, porém não podem exterminá-los, e os filhos adolescentes provavelmente acabam sendo menos seguros, pensando e agindo pouco por si próprios. Pais negligentes ou permissivos que não oferecem o tipo de ajuda que o adolescente precisa; permitem que seus filhos percam o rumo, não oferecendo a eles modelos de um comportamento adulto responsável. Observamos então, a enorme responsabilidade educacional durante o processo de adolescência, e Sayão (1995) confirma tal postura com relação aos filhos, que crescem e aos pais cabe a preparação sobre as mudanças no corpo e o aprendizado de como lidar com a questão sexual, usando de honestidade e se preocupando em transmitir valores, além das regras. Ao tratarmos sobre prevenção da gravidez, podemos encontrar pesquisas realizadas através de universidades ou do ministério da saúde brasileiro, onde revelam constantemente que grande parte da população tem tido a informação básica necessária sobre o uso de anticoncepcionais, e que apesar dos adolescentes possuírem este conhecimento, acabam mantendo um relacionamento sexual sem tomar os cuidados necessários e assim, como que numa “loteria”, engravidam inesperadamente. Se por um lado encontramos uma boa dose de informações que chega até os jovens, por outro, percebemos a constante falta de diálogo entre pais e filhos, não bastando apenas dizer aoadolescente para que use preservativo, mas também esclarecendo sobre as decorrências possíveis, lembrando que uma relação afetiva e estável tem maiores chances de entendimento neste diálogo. Os pais precisam se preparar com conhecimento a respeito do tema, trabalhar melhor sua participação em assuntos “delicados” e, acompanhar equilibradamente a vida de seus filhos. Outro ponto reforça a estatística sobre gravidez na adolescência, que conforme Varella (2000) nos aponta que, os dados da Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde do Brasil, feita em mil novecentos e noventa e seis, indicaram que quatorze por cento das meninas nesta faixa etária já tinham um filho, no mínimo. Entre as parturientes que foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde, entre os anos de mil novecentos e noventa e três e mil novecentos e noventa e oito, teve um aumento de trinta e umpor cento dos casos de meninas entre dez e quatorze anos. Conforme Duarte (1997), podemos compreender que a gravidez na adolescência não é um episódio, mas um processo de busca, onde a adolescente pode encontrar dificuldade e acaba por assumir atitudes de rebeldia. As pesquisas realizadas pela Secretaria de Saúde de São Paulo, mostram que o aumento do crescente número de gravidez na adolescência não é a desinformação. Albertina revela que os depoimentos das adolescentes são surpreendentes. "É comum ouvir das meninas, que engravidaram porque se sentiram abandonadas, ou tinham medo de ficar sozinhas, ou precisavam fazer alguma coisa na vida." Parece que já nos habituamos a este fato, jovens com tão pouca idade se tornando “mães”, nosentido biológico, mas existindo pouco preparo ou estrutura, evidentemente. Como é possível, jovens nesta faixa etária estarem preparadas para cuidar de outro ser que requer tantos cuidados? Se o adolescente ainda se encontra em reestruturação da personalidade, levando-se em conta o aspécto emocional e financeiro, além da experiência de vida necessária, como poderá atuar como alguém que necessita oferecer apoio e estruturação a outro? Sabemos o quanto é importante passar por todas as fases naturais que a vida oferece, como a infância, a adolescência, a fase jovem, adulta e a velhice, períodos onde desenvolvemos estruturas que se auxiliam uma após a outra. Costa (1997) relata sobre a criança de hoje, que é bastante precoce nas questões da sexualidade, por meio de sua curiosidade em querer conhecer como se formam os bebês e como ocorre a intimidade sexual. Há muitos casos onde as crianças com idade a partir de seis anos, que já desejam olhar revistas de mulheres nuas. Nesta esfera encontra-se a liberação sexual vivida atualmente, a qual contribui para o aumento do número de adolescentes grávidas. Aumentar a freqüência de informações dentro das escolas, através das aulas é uma boa forma colaboradora, até que este assunto se incorpore definitivamente em nossa cultura, que apesar de “moderna”, ainda é cheia de tabus e preconceitos. Se a televisão em seus diversos horários, inclusive os de grande audiência, transmite cenas de erotismo e sensualidade, pode também apresentar cenas de prevenção e cuidados a este respeito, em boa dose e intensidade, não apenas em alguns momentos especiais, aumentandoconseqüentemente, o estímulo a esta prática fundamental de prevenção, que se dá muito por meio da vontade. Podemos destacar várias adolescentes que engravidaram, e alegaram que mesmo tendo conhecimento sobre o tema, não sabiam explicar o fato de não terem se prevenido, deixando o momento da relação aos cuidados da sorte. Uma sensação maior parece tomar conta e assim não se pensa em mais nada; apenas acontece a relação. Isto se dá pela falta de maior consciência e respeito. Neste período de adolescência, no qual o jovem acredita estar pronto para o mundo, e é nesta “coragem” que segue avante, mas ainda lhe falta conhecimento e experiência, inevitáveis para lidar melhor com os fatos importantes da vida. Outra situação, como lares desestruturados, pode levar um adolescente a procurar companhia num filho (Duarte, 1997), por não ter tido uma boa infância, indicando, mais um item na lista dos agentes que fomentam este acontecimento que vem crescendo em nossa época, e cabe refletirmos muito e agir ainda mais para equilibrar o que a natureza nos concedeu: a continuidade da vida, na hora mais adequada possível, onde um mínimo de estrutura esteja presente na relação de um casal que pretende gerar e cuidar de tamanha preciosidade: o seu filho, ou seja, nós, seres humanos. Dos pontos sinalizados enquanto possibilidades causadoras, e desencadeantes da gravidez na adolescência, entendemos que, este período de transição, pelo qual passa o ser humano, é carregado de transformações físicas e psíquicas, viabilizando uma instabilidade na estrutura da personalidade. Outro fator relevante é a informação que orienta quanto aos cuidados sexuais, a qual mantém o seu grau de importância, e deve fazer parte do contextoeducacional a fim de se incorporar, cada vez mais, nos hábitos cotidianos da população. Encontramos ainda, a enorme exposição a estímulos na área sexual, a que as crianças se encontram constantemente e as respostas que emitem, além de gerar uma precocidade em suas atitudes neste mesmo campo. Por outro lado, há uma batalha imediata, ligada à conscientização dos jovens quanto às questões emocionais e sociais que podem levar a gravidez como forma equivocada de gerar identidade nesta fase do desenvolvimento, tão repleta de tribulações e conflitos mediante as sucessivas mudanças que ocorrem, e ainda, ser um projeto de vida para substituir a falta de perspectiva profissional, fazendo do futuro, uma visão de poucas possibilidades de crescimento em várias esferas, a exemplo da educação e cultura. Este exercício de estimular a reflexão e trazer maior consciência, pode ser feito por profissionais que atuam na área social e da saúde; por uma parcela da população que já se encontra com boa experiência de vida e abre espaço para discuti-las; professores que desenvolvam dinâmicas de grupos, e ofereçam canal aberto para uma conversa de linguagem fácil e objetiva, sejam por meio de seus centros comunitários, nos bairros onde moram, sejam pelas escolas. Apesar de a Organização Mundial de Saúde considerar a adolescência como o período de dez (período onde a mulher tem a sua primeira menstruação geralmente) a vinte anos na vida de umindivíduo, cada país especifica a idade em que seus cidadãos passam a ser considerados adultos (a chamada maioridade legal) ainda podendo ser influenciados localmente por fatores culturais. Como fator fundamental para a ocorrência da gravidez está a ocorrência da menarca, o primeiro período menstruação, que ocorre próximo aos 12,5 anos, embora este valor varie de acordo com a etnia e peso. A média de idade da ocorrência da menarca tem e continua diminuido com o passar dos anos. Mesmo a fertilidade levando a gravidez precoce, ainda há uma série de fatores que influenciam, tanto sociais e pessoais. Mundialmente, as taxas de gravidez na adolescência varia entre 143 para 1000 na África sub-sariana, a 2,9 para 1000 na Coréia do Sul. Grávidas na adolescência enfrentam muitas das mesmas questões obstetrícias que as das mulheres entre os 20 e 30 anos. A gravidez na adolescência envolve muito mais que problemas físicos, existem também problemas emocionais, sociais, entre outros. Com isso, abre-se a problemática da maternidade monoparental que apresenta particular incidência na gravidez adolescente. É importante que quando diagnosticada a gravidez a adolescente comece o pré-natal, receba apoio da família e do seu contexto social, tenha auxílio e acompanhamento psicológico e obstetra adequados à situação. A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. Entretanto, o seu organismo já está preparado para prosseguir com a gestação, já que, a partir do momento da menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida. Outrapolêmica, é o de mães solteiras, por serem muito jovens os rapazes e as moças não assumem um compromisso sério e na maioria dos casos quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que faz crescer consideravelmente a cada ano o número de pais e mães jovens e solteiros . A escola é sem dúvida um contexto de referência na compreensão da gravidez precoce, uma vez que esta surge frequentemente associada ao insucesso escolar, a baixas expectativas quanto ao futuro escolar e profissional, ao abandono escolar e à entrada precoce no mundo do trabalho. O insucesso escolar acumulado e as elevadas taxas de abandono escolar do nosso País são por si só dois fatores que pesaramcertamente nesta elevada taxa de gravidez na adolescência. Portanto, podemos perceber que algo não deverá estar a correr muito bem no nosso ensino, já que são demasiados os alunos que chegam ao 2°. Ciclo sem competências de leitura e escrita, que lhes permita prosseguir estudos. (ENFERMPED,2008). BARROS (2009), o prazer momentâneo que os jovens sentem durante a relação sexual transforma-se em uma situação desconfortável quando descobrem a gravidez. Por isso a importância da adolescente, assim que diagnosticada a gravidez, começar o pré-natal, receber o apoio da família, em especial dos pais, ter auxílio de um profissional do serviço social para trabalhar o emocional dessa adolescente. Dessa forma, ela terá uma gravidez tranqüila, terá perspectivas mais positivas em relação a ser mãe, pois muitas entram em depressão, por achar que a gravidez significa o fim de sua vida e de sua liberdades. É importante lembrar que no ponto de vista obstétrico, agravidez na adolescência é considerada de alto-risco, devido ao elevado índice de morbidade materno-fetal. Existe maior incidência de anemia, toxemias (pré-eclâmpsia e eclampsia), infecção urinária, baixo ganho de peso materno, prematuridade, baixo peso ao nascer, baixo índice de apagar e desmame precoce, além de baixa cobertura pré-natal.(FORMIGL, at. al, 2000). Apesar de que no Brasil a maioria das mães adolescentes em grandes cidades acaba por receber atendimento pré-natal, um grande número de partos (na faixa de 20%) é considerado como de alto risco pelo fato do corpo das adolescentes não se encontrar adequadamente preparado para a maternidade. De qualquer modo, os bebês se encontram ao nascer (em sua maioria) dentro da faixa de normalidade de peso e estatura, sendo o nascimento ocorrido a termo, ou seja, após o período de gestação ter sido completo. (BOA SAÚDE, 2000). É de suma importância que as pessoas que lidam com adolescentes tenham sensibilidade para perceber o adolescente em sua totalidade física e psicológica, respeitando suas origens, seus preconceitos e seus tabus. PONTE, et. al (2004) apud SANTOS JUNIOR (1999). A família; principalmente na figura dos pais, poderia discutir, avaliar e orientar seus filhos com relação às dúvidas, angústias, tabus e preconceitos tão freqüentes, nessa etapa da vida. A maioria das adolescentes coloca que seus pais tem dificuldade de discutir esses temas em casa. O atual modo de vida da família não propicia que os pais fiquem muito tempo com os filhos, o que podem levar ao distanciamento nessas relações, desde a infância. A tentativa de resgate quanto acontece, se dá na adolescência, quando surgem evidências de que algo de “ anormal” está ocorrendo coma filha. Outro fato que dificulta a convivência familiar é o processo de modernização das sociedades urbanas. Os adolescentes incorporam mais rapidamente as novas tecnologias, os novos valores sociais e culturais, muito diferentes dos valores dos pais, o que favorece o distanciamento e até a separação precoce da família. Para POLIS (2010), uma gravidez na adolescência sem dúvida desencadeia fatores que representam um comprometimento individual com questões de diferentes ordens. Medo, principalmente no momento da descoberta da gravidez. No entanto, não se pode ter uma idéia de que toda gravidez na adolescência como indesejada é, no mínimo, lançar um olhar parcial e equivocado sobre a questão. Pode-se observar que muitas mulheres que engravidam na adolescência fizeram-no porque desejavam um filho nesse período da vida. O mesmo autor, fala que também não há um único motivo para a gravidez pode ser fruto da vontade quanto da falta de informação sobre sexualidade, saúde reprodutiva e métodos contraceptivos. Pode estar relacionada com aspectos comportamentais, como a inabilidade (às vezes inibição) da jovem para negociar o uso de preservativo com seu parceiro, ou ainda com a falta de preocupação do rapaz em praticar sexo seguro evitando uma possível gravidez. Muitos homens se esquecem que a contracepção e a prevenção das DST/Aids não é de questão que pertencem exclusivamente ao universo feminino: em um relacionamento, as decisões e a responsabilidade sobre a saúde sexual e reprodutiva são de ambos. É importante conhecer de mais perto a realidade da gravidez na adolescência. Há questões muitas complexas que merecem atenção especial para serem questionadas e compreendidas: por exemplo, que associaçãoexiste entre violência doméstica, violência de gênero, desinformação, situação de pobreza, entre outras. São estas e outras questões de diferentes ordens que ampliam a possibilidade de conhecimento e permitem desenhar propostas efetivas e adequadas de intervenção. Não se pode esquecer que os motivos que levam a jovem a engravidar – devem ser ouvidos e discutidos. Cada caso é um é um caso, e o desenlace depende da capacidade de ser lidar com a questão, da maneira como se foi educado, dos valores de cada época, e principalmente, do apoio familiar e dos profissionais. Apoiar a adolescente que engravida e seu parceiro não significa estimular a gravidez entre adolescentes, mas criar condições para que esse processo não resulte em problemas físicos e psicológicos. Fatores Biológicos: Envolvem desde a idade do advento da menarca até o aumento do número de adolescentes na população geral. Sabe-se que as adolescentes engravidam mais e com idades cada vez mais precoces. Observa-se que a idade em que ocorre a menarca tem se adiantado em torno de quatro meses por década no nosso século. Sendo a menarca, em última análise, a resposta orgânica que reflete a interação dos vários segmentos do eixo neuroendócrino feminino, quanto mais precocemente ocorrer, mais exposta estará a adolescente à gestação. E nas classes econômicas mais desfavorecidas onde há maior abandono e promiscüidade, maior desinformação, menor acesso à contracepção, está à grande incidência da gestação na adolescência (Behle, 1991). Fatores de Ordem Familiar O contexto familiar tem relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. Assim sendo, adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidamnesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães também iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram durante a adolescência. O relacionamento entre irmãos também está associado com a atividade sexual: experiências sexuais mais cedo são observadas naqueles adolescentes em cuja família os irmãos mais velhos têm vida sexual cada vez mais ativa. Fatores Sociais As atitudes individuais são condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. A sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando melhor a sexualidade na adolescência, sexo antes do casamento e também a gravidez na adolescência. Portanto tabus, inibições e estigmas estão diminuindo e a atividade sexual e gravidez aumentando. Por outro lado, dependendo do contexto social em que está inserida a adolescente, a gravidez pode ser encarada como evento normal, não problemático, aceito dentro de suas normas, rotinas e costumes. A identificação com a postura da religião adotada se relaciona com o comportamento sexual. Alguns trabalhos mostram que a religião tem participação importante como preditora de atitudes sexuais. Adolescentes que têm atividade religiosa apresentam um sistema de valores que os encoraja a desenvolverem comportamento sexual. No nosso meio, nos últimos anos as novas religiões evangélicas têm florescido, e são, de modo geral, bastante rígidas no que diz respeito à prática sexual pré-marital. Alguns profissionais de saúde que trabalham com adolescentes têm a impressão de que as adolescentes que freqüentam essas igrejas iniciam a prática sexual mais tardiamente, porém, não há pesquisas comprovando essas impressões (Guimarães, 2001). Fatores psicológicos econtracepção A utilização de métodos contraceptivos não ocorre de modo eficaz na adolescência, e isso está vinculado inclusive aos fatores psicológicos inerentes ao período, pois a adolescentenega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária; o encontro sexual é mantido de forma eventual, não justificando, conforme acreditam, o uso rotineiro da contracepção; não assumem perante a família a sua sexualidade e a posse do contraceptivo seria a prova formal de vida sexual ativa . A gravidez e o risco de engravidar podem estar associados a uma menor auto-estima, ao funcionamento intrafamiliar inadequado ou à menor qualidade de atividades do seu tempo livre. A falta de apoio e afeto da família, em uma adolescente cuja auto-estima é baixa, com mau rendimento escolar, grande permissividade familiar e disponibilidade inadequada do seu tempo livre, poderiam induzi-la a buscar na maternidade precoce o meio para conseguir um afeto incondicional, talvez uma família própria, reafirmando assim o seu papel de mulher, ou sentir-se ainda indispensável a alguém. A facilidade de acesso à informação sexual não garante maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não desejada. (Campos, 2000). Para CRISTIANO (2008), existe em algum momento uma falha nas condutas, no sentido do cuidado destas adolescentes, que continuam a engravidar precocemente, devendo ser repensadas num novo olhar que certamente estende-se a conhecimentos técnico-científico. Pensar em saúde, não é mais um contexto em que o individuo se insere na sociedade, suas expectativas de vida, acesso aos serviços de saúde, lazer, trabalho, entre outros. É neste conceito de saúde que se inserem também osadolescentes, porém, estando muito mais sensíveis e vulneráveis por atravessarem uma fase da vida onde um turbilhão de mudanças biológicas e comportamentais estão moldando, numa verdadeira metamorfose. É importante que quando diagnosticar a gravidez comece o pré-natal, visando fazer a profilaxia, diagnóstico e tratamento das doenças próprias da gestação ou nela intercorrentes e conhecer todas as modificações decorrentes durante a gravidez. O organismo materno necessita ter uma nutrição para passar por este processo de mudança. O peso ao nascer reflete a qualidade da atenção doada à gestante durante esse período de grande vulnerabilidade, devendo haver preocupação com seu estado nutricional, antes e durante a gravidez, observar os fatores de risco associados. O peso ao nascer é o fator isolado que é o mais importante na sobrevivência infantil, pois crianças com baixo peso (resvito em 2003. BARROS, M. O; COSTA. C. A. R. 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