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teorico4 MEDIAÇÃO ARTE E PÚBLICO

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Mediação Arte Público
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Esp. Débora Rosa da Silva
Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
Ação Mediadora 
5
• Pensando percursos e proposições poéticas pedagógicas
• Saberes expandidos
• Encontros entre a educação formal com não formal
• Ensinando Crítica nos Museus – Robert Ott
• Etapas do sistema de procedimentos
• Percursos poéticos
 · Levar à compreensão de processos que configuraram conceitos de arte e 
educação, ciência de algumas mudanças da década de 1990 até agora e o que 
estas mudanças acarretaram no ensino de arte no Brasil
 · Informar e qualificar para as práticas diárias de nossas escolas, acreditando que a 
arte pode ser o lugar do encontro, de possibilidades geradoras de oportunidades 
de aprendizagens, desenvolvimento de possibilidades de práticas artísticas que 
aproximem de conceitos entre arte e vida. 
 · Sensibilizar para as responsabilidades e comprometimentos daqueles que se inserem 
no ensino de arte, relatando brevemente momentos importantes deste percurso.
 · Trazer reflexões que possibilitem conexões entre transdisciplinaridade, patrimônio 
material e imaterial e museu.
 · Apresentar e esclarecer práticas e contribuições de educação formal e não formal.
Caro(a) aluno(a),
Para maior compreensão desta unidade, sugerimos que, a cada tema abordado, visite os 
links indicados e, a cada palavra nova que encontrar por esta leitura, pesquise o significado.
Encontraremos o artista chinês Qiu Zhijie, na 31ª bienal de São Paulo, onde pintou, na 
parede de acesso à exposição, “O mapa”. Imaginar e criar mundos, lugares imaginados é o 
que impulsiona. E, inspirados nesse artista, vamos desenhar nossos mundos de compreensões 
desta unidade. Ela está repleta de caixas de diálogos, lembretes e dicas que poderão ser 
referências de caminhos, percursos de pensamento.
A dica é: ao ler toda a unidade, faça anotações sobre tudo que chame sua atenção. Essas 
anotações podem ser vinculadas a desenhos, colagens, palavras-chaves que formam imagens 
figurativas ou não, desenhos que façam sentido ao que entendeu dos estudos, mesmo que só 
você entenda. São materiais de apoio, precisam ser pensados de forma que atendam às suas 
necessidades e vontades. Será uma prática gostosa e boa para fixar conteúdos. 
Boa viagem por esta unidade!
Ação Mediadora
6
Unidade: Ação Mediadora
Contextualização
Caro(a) aluno(a),
Para esta unidade, sugerimos a palestra de Ney Wendel.
É valioso para abrirmos diálogo com profissionais que falem de alguma forma de nosso 
trabalho. Ele abordará o tema a partir da produção cultural, entretanto, logo iremos nos 
perceber como possíveis produtores culturais na realidade do cotidiano do profissional em 
arte e educação.
Esta palestra pode nos alertar sobre perspectivas do educador e 
a mediação cultural.
https://www.youtube.com/watch?v=CloxtP_9Zo0
“Abordando a importância da mediação cultural para formação 
de novos públicos para as artes, Ney Wendell ministra a 
conferência Estratégias de Mediação Cultural para a Formação 
de Público, que aconteceu no dia 12 de novembro de 2013, 
na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em Salvador/BA. 
O evento foi promovido pela Fundação Cultural do Estado da 
Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do 
Estado (SecultBA), aberto ao público, com foco em estudantes, 
profissionais da área cultural e demais interessados. A realização 
visa promover uma reflexão acerca do lugar ocupado pelo 
público na produção cultural contemporânea, cujo papel criador 
e central é fundamental no processo artístico.” 
Release publicado na página de públicação da entrevista
7
Pensando percursos e proposições poéticas pedagógicas
Confiante para mais esta etapa? 
Para desbravarmos caminhos com arte e educação, teremos muitas possibilidades de 
aprendizagens e vivências, que nos levarão a lugares longínquos, por vezes, inventados. 
Quanto mais nos permitirmos a criar mundos desejados, mais estaremos perto da sonhada 
arte e educação. 
Figura 1 – Imaginar e criar mundos, lugares imaginados é 
o que impulsiona o artista chinês Qiu Zhijie, na 31ª bienal 
de São Paulo pintou à nanquim, na parede de acesso à 
exposição “O mapa”. Ele se apropriou de conceitos da 
arte, da filosofia e da história e estabeleceu distanciamentos 
e aproximações de lugares imaginados por ele.
Acreditar na potência da arte em nosso dia a dia é deflagrador para ampliarmos possibilidades 
ao que desejamos no nosso trabalho. 
Para nossos sonhos tornarem-se realidade, é preciso acreditar e querer mudanças, não 
é mesmo?
A educação, de modo geral, viveu e vive desejando mudanças, a humanidade caminha 
desejando mudanças.
E você? Deseja mudanças em sua vida? Pensando desde seu nascimento, quantas mudanças 
em sua vida foram planejadas? Não falo da mudança de casa, cidade ou estado. Falo de mudança 
de comportamento, de hábitos, de escolhas pensadas, mudanças a serem estabelecidas, as que 
você escolheu por mudança.
Em nossa vida, as mudanças de que estamos falando não são simples.
Pensando em arte e educação, as mudanças foram muito desejadas, mesmo que ainda haja 
muitas a serem alcançadas.
8
Unidade: Ação Mediadora
Figura 2 – Marepe, “A mudança”, 2005 – Um caminhão carregado com 
nossos pertences nem sempre representam apenas um deslocamento 
geográfico, geralmente carregam mudanças imensuráveis. Não é mesmo?
É um pouco do que instiga o artista Marepe com a obra “A mudança” exposta 
em Inhotim, Brumadinho- Minas Gerais
O ensino de arte nem sempre foi visto como indispensável, mas, atualmente, é componente 
curricular obrigatório desde a educação básica. Para que seja assim hoje, muitos se dedicaram.
Em regulamentação dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), a arte como conhecimento, 
trouxe vigor para os professores/educadores em todo país. Os PCN, que são referências para o 
ensino fundamental e médio de todo país, composto pela Lei de Diretrizes e Base da Educação 
de 1996, apresentam mudanças muito importantes para a história do ensino de arte no Brasil. 
Dentre as mudanças, o conceito do ensino de arte é um exemplo. Porém, ainda há muito 
para ser feito para que, em nossas salas de aula, este conceito seja abordado de forma 
coerente. Nas ações teóricas e práticas diárias de nossas escolas, a arte pode ser o lugar do 
encontro, de possibilidades geradoras de oportunidades de aprendizagens e práticas artísticas 
que aproximem conceitos entre arte e vida. 
Quando pensamos em mudanças, podemos pensar em algo simples, próximo a nós e 
daquilo que vivemos. E nossa memória com a escola, é algo maravilhoso, porque sempre a 
sentimos perto, sendo positivas ou negativas as exeriências, elas estão lá vivas. Não é mesmo? 
Pensando nas práticas na sala de aula, quantas vezes em sua vida você recebeu ou viu crianças 
receberem desenhos prontos para serem pintados? 
Sob a alegação de contribuir para a coordenação motora, algumas vezes, essa prática faz a 
criança não acreditar, não gostar de seus próprios desenhos e a limita a entender os desenhos 
como “bonitos” e como “devem” ser todos os outros desenhos. Ela passa a pensar que deve 
buscar a perfeição. Algumas crianças dizem que não sabem desenhar porque não alcançam 
o modelo estabelecido. Martins, Picosque e Guerra (2010, p. 94) afirmam que “[...] a arte 
é a linguagem imediata dos pequenos e deve merecer um espaço especial, que incentive a 
exploração, a pesquisa, o que certamente não será obtido com desenhos para colorir.”.
9
Percorremos longos caminhos, alcançamos muitas conquistas que hoje nos permitem 
acreditar que poderemos planejar e exercer fazeres criativos, transformadores e significativos 
pelo ensino de arte.
Figura 3 – Joan Miró, Mulher de frente ao sol, 1950

Pensar o ensino de arte é, então, 
pensar na leitura e produção na 
linguagem da arte, o que, por assim 
dizer, é um modo único de despertar 
a consciência e novos modos de 
sensibilidade. Isso pode nos tornarmais sábios, seja sobre nós mesmos, 
o mundo, as coisas do mundo, seja 
a própria linguagem da arte.
MARTINS, PICOSQUE e GUERRA, 2010, p.39
Somos corresponsáveis na construção e manutenção da oportunidade da criança expor-se 
com toda sua criatividade e modo de enxergar o mundo. 
Há uma solicitação ética para que a arte não seja colocada a serviço de algo, mas que seja 
integrante, pertencente, inclusa. 
Quantas vezes você já presenciou na aula de arte, a hora para confeccionar as bandeirinhas, 
a decoração da primavera, a árvore de natal, o baile de carnaval e tantos outros festejos? 
Nessa situação, muitas vezes, serve apenas de apoio para as disciplinas mais “importantes”, 
produzindo o que se pede, sem haver conexões com aprendizagens significativas, considerando 
importante o produto final. É, na verdade, uma prática inaceitável; primeiro, porque arte é 
uma disciplina curricular e é importante como todas as outras. E seus fazeres acompanham 
proposições coerentes com o projeto pedagógico do professor e da unidade escolar, preocupado 
e comprometido com a aprendizagem e significações que possibilitem ao aluno ressignificar 
suas vivências e experiências cotidianas com a arte.
10
Unidade: Ação Mediadora
Saberes expandidos
Qual é o prato que você mais gosta? Qual a comida que muito lhe agrada? 
Você sabe como é feita? Como os ingredientes transformam-se em sua receita?
A culinária é um bom exemplo de como áreas de diferentes saberes trabalham ao mesmo 
tempo. É preciso saber química para acertarmos o ponto de cada alimento, sua reação para 
cada ingrediente e suas possibilidades de transformação, entre outras.
Como a transdiciplinaridade, as diferentes áreas de conhecimento trabalham de forma 
colaborativa, cada uma contribuindo com o que sabe.
Transdisciplinar é um conceito que contribui para as disciplinas trabalharem juntas e nunca uma 
disciplina sobrepor-se a outra. Desse modo, a transdiciplinaridade é um caminho que precisamos 
trilhar, a transdiciplinaridade pode, de fato, contribuir para que todas as especialidades trabalhem 
juntas, sem que nenhuma esteja a serviço da outra. Uma verdadeira confluência de saberes.
Glossário
A transdisciplinaridade é um enfoque pluralista do conhecimento que 
tem como objetivo, por meio da articulação, entre as inúmeras faces de 
compreensão do mundo, alcançar a unificação do saber. Assim, unem-se 
as mais variadas disciplinas para que se torne possível um exercício mais 
amplo da cognição humana. (Ana Lúcia Santana)
Figura 3 – Desenho de Leonardo da Vinci

Seus cadernos eram recheados de 
desenhos e símbolos e observações que 
iam da acústica ao zodíaco. Começou 
estudando a ciência do movimento, 
via na força da água um propulsor 
das máquinas, acreditava que seu 
movimento e deslocamento era a chave 
da vida no mundo. Para Leonardo da 
Vinci, o sol não se movia e a Terra não 
estava no centro de sua órbita, nem 
no centro do universo. Acreditava ser 
a matemática a mais pura de todas as 
ciências, pois, revelava todas as leis e 
necessidades da natureza.
A arte nos possibilita expressar nossas ideias, nossas impressões, nossas compreensões de 
mundo por diferentes linguagens: as artes visuais, a música, a dança e o teatro. E, por isso, faz-se 
necessário compormos pesquisas que podem ir para as mais diferentes áreas de conhecimento. 
Leonardo da Vinci é um dos exemplos mais característico da história da arte, com suas invenções 
em que estudos sobre física, matemática e geometria são bases de suas criações. 
Pela arte podemos compreender os passos, as pegadas, os vestígios que a sociedade, ao 
decorrer dos tempos, deixam como rastros dos que viveram e como viveram, constituindo 
patrimônios, verdadeiros legados de vida.
11
Esses deixados ajudam a compor o que somos, no que acreditamos, aquilo que construímos 
como cultura. E a escola é, depois da família, o lugar que constituímos saberes, convívios, é 
estabelecida como lugar de aprendizagens obrigatório em nossa sociedade.
Feche os olhos e pense. Qual o lugar além da escola que guarda saberes da arte e da cultura?
Queria muito poder ouvir sua resposta.
Enquanto não posso, arrisco estas possibilidades: pode ser a senhora mais idosa de seu 
bairro em sua casa cheia de memórias, que conta com riqueza de detalhes como tudo era, 
antes da chamada “modernidade”; o antigo entreposto da cidade ao lado; o mercado modelo; 
a feira de artesanato; o centro cultural mais próximo; a capela; as ruínas de uma antiga 
construção; ou tantos outros lugares. 
Todo lugar, pessoa ou objeto são passíveis de serem relicários de guardados materiais e 
imateriais, compondo memórias pessoais e coletivas. 
São nossos patrimônios! Por eles podemos saber do passado, entender o presente e, a partir 
destes guardados, repletos de memórias, ecoam o que nos tornamos, formam o patrimônio 
material e imaterial de nossa cultura.
Importante!
O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) 
de natureza material e imaterial considerado importante para a 
identidade da sociedade brasileira.
Fonte: http://goo.gl/8EqMm3
Figura 4 – Imagem das Ruínas de Canudos, BA – Você já ouviu falar na guerra 
de Canudos? Ainda há muito para sabermos! Nestas ruínas, que só aparecem 
quando há seca, guardam vestígios importantes de nossa história. Vale a 
pena assistir a este filme! https://www.youtube.com/watch?v=P4OYhj7Io0E
Em nossa cultura, qual é o lugar sem fins lucrativos destinados a conservar, investigar, 
comunicar, interpretar e expor para fins de preservação, estudos, pesquisas, educação, 
contemplação e turismo, estes vestígios os quais consideramos arte?
Sim, é o museu. 
12
Unidade: Ação Mediadora
Para pensar
O que é museu
De acordo com a Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que instituiu 
o Estatuto de Museus, “Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, 
as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, 
interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, 
educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, 
artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas 
ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.”
Fonte: http://www.museus.gov.br/os-museus/o-que-e-museu/ 
Figura 5 – Museu Nacional – Rio de Janeiro – O primeiro museu 
Temos o Iphan1, ele é responsável por mapear patrimônios culturais. 
Entretanto, podemos dizer que todos nós também carregamos parte das responsabilidades. 
Digamos que aquele saber, guardado e preservado por sua família por gerações, como 
aquela receita de biscoitos passada por gerações, pode ser considerado saber que guarda em 
si costumes e valores culturais importantes para todos. E o professor de arte, leva consigo 
o dever de potencializar aproximações entre as expressões artísticas e culturais com seus 
alunos. A ação mediadora é um potente incentivador de diálogos; o papel do professor/
educador é fundamental.
Os museus com suas ações educativas têm galgado junto à educação importantes 
contribuições na compreensão da arte. 
1 Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional é uma instituição federal criada em 1937
13
Encontros entre a educação formal com não formal
Os estudos norteadores sobre arte e educação tiveram sua referência primeira, nas ações 
educativas dos museus. Como não poderia ser diferente, se é o lugar, digamos, oficial de 
salvaguardar objetos e projetos considerados arte, nele, poderemos ampliar conversas sobre 
arte, diante de objetos e situações guardadas com esse objetivo. Dialogar em presença da obra 
de arte é um potente caminho para vivências e experiências significativas com a arte. 
A educação nomeada não formal, praticada nos museus é responsável por diferentes 
pesquisas que muito contribuíram e contribuem para reflexões da educação formal, escolas 
de modo geral, ensino sequencial, seriação.
Figura 6 
No Brasil, temos as experiências orientadas pela professora Ana Mae Barbosa, quando 
diretorado MAC, Museu de Arte Contemporânea da USP. 
Com a publicação do livro “A imagem do ensino da arte” em 1991 trouxe a “Proposta 
triangular”, proposta elaborada com base nas vivências educacionais em museus, mas 
rapidamente difundida e aplicada nas escolas no ensino de arte.
A proposta triangular parte de três abordagens para construir conhecimento em arte: 
contextualizar, ler e fazer. Não existe ordem estabelecida para ser desenvolvida. 
Há outras propostas de ações estruturadas a partir de pesquisas, estudos que buscam 
formas, caminhos, jeitos de auxiliar o professor/educador durante a ação mediadora, 
possibilidades que os asseguram, sugerindo um ponto de partida. 
Figura 7 – Visita educativa na Pinacoteca de São Paulo. Contação de 
histórias em Libras promove inclusão de pessoas com limitações auditivas
14
Unidade: Ação Mediadora
Ensinando Crítica nos Museus – Robert Willian Ott
Estudo sistematizado a partir de pesquisas em diferentes museus, objetivou formas de 
propiciar aos públicos maneiras de incentivar diálogos, aproximar e desenvolver ações que 
possibilitem a crítica. 
“Ensinar a crítica nos museus possibilita uma educação artística que auxilia os alunos no 
desenvolvimento, aprendizagem, percepção e compreensão da arte como expressão das mais 
profundas crenças e dos mais caros valores da civilização.” (OTT apud BARBOSA, 2005, p.114).
O professor pesquisador Robert William Ott nos deixa um dos mais representativos 
legados neste assunto. Uma de suas pesquisas, a qual obteve muitos desdobramentos, partiu 
da pesquisa de práticas educativas em museus em meados da década de 1980, sob o título 
“Ensinando crítica nos museus”, referência para todos que lidam com este assunto. O 
estudo parte de uma sólida pesquisa sobre educativos em museus da Inglaterra e Estados 
Unidos desde meados do século XIX. 
A primeira vez que esse estudo foi publicado no Brasil, foi em 1988, quando distribuído 
em um curso ministrado pelo professor Ott, no MAC da USP, antes mesmo de tornar-se livro. 
Isso nos faz dar conta do quanto as pesquisas nesta área de conhecimento ainda são recentes.
O ensino de arte em museus constitui um componente essencial 
para a arte-educação: a descoberta de que arte é conhecimento. A 
arte pode assumir diversos significados em suas várias dimensões, 
mas como conhecimento proporciona meios para a compreensão 
do pensamento e das expressões de uma cultura.
(OTT, R.W apud BARBOSA A.M.,1997, p.113)
Envolvido em pesquisas internacionais, narra um sistema de procedimentos, os quais 
acreditam sensibilizar e preparar os indivíduos para questionamentos críticos. 
A pesquisa identifica no museu um ambiente revelador para as práticas educativas. A 
ação mediadora impulsionada pelas etapas sugeridas nessa pesquisa pode motivar diálogos e 
experiências com a arte. 
Ott salienta a importância da prática do ensino de crítica em museus, da importância das 
pessoas de modo geral vivenciarem experiências no ambiente museal. Entretanto, as premissas 
propostas pelo professor, no Brasil foram bem adaptadas às salas de aula, os professores 
projetavam inicialmente imagens das obras em slides, reproduções impressas e hoje por projetores 
com alta definição de imagem, que possibilitam nitidez nas imagens das obras, mas ainda há 
instituições onde não há esses equipamentos e os professores de arte “inventam” maneiras de 
garantir a experiência com arte, seja por meio de imagens impressas, seja por projetores ou 
invenções de objetos propositores. Cientes das possibilidades de perda de detalhes e ausência da 
atmosfera do ambiente museal e das possibilidades que a vivência pode despertar, desdobram-
se em esforços para garantir a seus alunos experiências significativas com arte. E para somar às 
ações desenvolvidas, também investem esforços para levar seus alunos aos museus. 
15
Os museus são repositórios de objetos com significado. Nós guardamos 
as coisas que nos são caras, mas mesmo assim, os objetos nas coleções 
dos museus são meramente objetos. As obras como as que pertencem 
ao acervo dos museus, destituídas do valor monetário que a sociedade 
lhes atribui, servem para lembrar-nos das ideias que as inspiram. Assim 
sendo, nós aprendemos e também nos afetamos pela arte.
É nesse conhecimento, obtido a partir da observação de objetos em 
museus, que derivam o pensamento eloqüente e a expressão.
OTT, R.W apud BARBOSA A.M., 1997, p.119
O professor de arte sempre em busca de trazer para seus alunos maneiras de aproximações 
com a arte, cria outras formas para potencializar ações que ampliem possibilidades de conexão 
entre vida e arte com seus alunos, mesmo quando não tem como levá-los aos museus. Com a 
compreensão latente que a experiência museal tem valores intrínsecos e insubstituíveis, gera 
nas salas de aula ambientes propícios para nutrição estética. E como se faz isso?
Em parágrafos acima, conversamos sobre o patrimônio existente ao nosso redor. Lembra-
se? Estes rastros de memória compreendem a essência do conceito de museu. É mágico 
descobrirmos o patrimônio material e imaterial que muitas vezes moram em nossas casas.
Às vezes, trata-se de um patrimônio que tem valia somente para nós, naquele momento.
Por exemplo: olhe para o lado e busque um objeto que você gosta muito, que guarda 
com muito cuidado. Pense nas lembranças que traz a você. Boas ou más, são memórias que 
contam percursos de sua vida. Não é mesmo?
E agora, pensando em patrimônio coletivo, a sua casa. É uma moradia para quantas 
pessoas? Os objetos contidos nela, quem os escolheu? E sua construção já acolheu outras 
pessoas, além de você? A interação entre objetos do cotidiano, lugares ou situações propiciam 
possíveis diálogos entre arte e vida.
Por exemplo, propor que seus alunos façam uma relação de coisas que signifiquem além 
de sua função, como a antiga estação de trem da cidade. É um patrimônio material, deve ser 
preservado por sua memória. E conversar sobre, e como essa memória se mantém, pode ser 
arte. A ação mediadora contribuirá para essas aproximações.
Por esse percurso, muitos professores validaram suas ações antes consideradas só possíveis 
de serem vivenciadas em museus. O professor aproxima pela leitura de imagens, vivências 
lúdicas com aprendizagens significativas.
A arte, ensinada no contexto das coleções dos museus, reflete os 
valores estéticos intrínsecos da obra de arte e as preferências cognitivas 
dos alunos que estã o nesse processo de aprendizagem, mas arte 
nos museus também reflete as condições culturais da sociedade. A 
arte proporciona um registro da civilização por meio da abordagem 
das ideias artísticas essências e das expressões que serviram para 
celebrar e continuar a refletir a alegria de viver. Aprender a entender 
as idéias e as aspirações de uma civilização e o reconhecimento das 
idéias artísticas como uma das maiores contribuições para a sociedade 
requer uma ativa, e não passiva, atuação em relação à arte. 
OTT, R.W apud BARBOSA A.M., 1997 p.114
A pesquisa do professor Ott tem contribuído para professores de arte se apropriarem do 
sistema de procedimentos a desenvolverem ações mediadoras que estimulem seus alunos a 
ampliarem considerações e críticas mais aprofundadas, criativas e significativas, como também 
acontece com suas produções em ateliê. 
16
Unidade: Ação Mediadora
Etapas do sistema e procedimentos
Composto por duas etapas, são elas: A primeira Thought Watching (assistindo a uma ideia 
ou um conceito) e segunda etapa Image Watching (assistindo à imagem). 
A primeira etapa Thought Waching é um aquecimento: exercícios de respiração, práticas 
corporais, entre outras. Como acontece em outras linguagens: música, teatro e dança. Acredita-
se que o grupo/estudantes chegarão mais atentos para o desenvolvimento da próxima etapa. 
São práticas em que o professor educador propõe ações e vivências corporais. Exemplo: 
atenção com a respiração, perceber o aspirar e inspirar, jogos corporais que convidam os 
visitantes a se olharem,a perceberem quem está ao lado e provocações que sensibilizam o 
foco, os detalhes acordando os sentidos.
Segunda etapa: Image Watching, compreende um método dividido em cinco categorias:
 � Descrevendo: observação e descrição do que se vê, o professor/ educador fica com a 
função de instigar, ajuda a percepção com perguntas apontando para detalhes ainda não 
identificados. Ao grupo cabe externar suas percepções, fazer uma lista com todos os itens 
citados pela turma.
 � Analisando: acredita-se que, provocados pela primeira etapa, os estudantes estarão com 
um olhar mais atento para cada etapa. Após terem descrito a percepção que tiveram da 
obra, nesta etapa irão investigar elementos da composição e formas da obra, técnicas e as 
ideias de como poderiam ter sido feitas.
 � Interpretando: nesta etapa, os estudantes manifestam seus entendimentos individuais, 
momento de expressar suas experiências pessoais com a obra, das emoções e de como 
se sentem.
 � Fundamentando: entende-se que, para esta etapa, os estudantes recebem uma formação 
prévia da obra a ser mediada, para entendimento daquela produção no campo da história 
da arte ou alguma crítica prévia a respeito da obra, será um facilitador. Entretanto, poderá 
ser o momento do educador/professor fundamentar, compartilhando suas pesquisas a 
cerca da obra, ampliando o entendimento e a compreensão dos estudantes/grupo. É 
salutar a utilização de outras mídias para contribuir com a fundamentação do entendimento 
da obra. É imprescindível que o educador/ professor não seja um explicador, não aja com 
arrogância ao compartilhar seus saberes. 
 � Revelando: esta etapa proporciona aos participantes um momento de explicitar-se, expressar-
se por outra linguagem, diferente da que o acompanhou durante este percurso, possibilidade 
vivenciar o ateliê/oficina. Pelas escolhas de materiais e procedimentos que revelem ou não suas 
impressões a cerca do viu ou viveu durante a aplicação do Image Watching. 
Chamo atenção para que nesta etapa não recaia em tentativa de reprodução das obras lidas 
com o apoio deste sistema, porque se trata da oportunidade de experienciar a crítica e ao 
educador/ professor de propositar algo que vá ao encontro de motivar e orientar experiências 
que revelem-se em públicos autônomos e liberando o potencial criativo de cada um. 
17
Você já presenciou crianças reproduzindo o que estão vendo? Isso não seria um problema, 
desde que essa criança também tenha oportunidade de fazer uma a seu modo. Ter possibilidade 
de experienciar materiais diferentes, diferentes técnicas por diferentes olhares.
Como futuros profissionais da educação em arte, temos o compromisso de desenvolvermos 
percursos criativos, que não engesse a participação de nossas crianças, nem adultos. Este é um 
sistema de procedimentos que pode ser um grande aliado.
Image Watching torna-se uma expressão e não um julgamento, como Ott defende. 
Esta é uma das referências deste sistema e não uma regra única a ser seguida; Ott, alerta 
para a possibilidade de adaptações e o quão este sistema não e rígido. E mais, o quanto 
suporta uma continua revisão. 
Como poderemos suscitar aproximações baseadas neste sistema de procedimentos?
Na primeira etapa Thought Waching, o aquecimento sugere que o professor/educador faça 
proposições que acorde o corpo para a visita, isso de forma alguma quer dizer, que agite o visitante 
e sim o desperte para atentar-se a seu corpo, práticas de consciência corporal são bem-vindas. 
Vamos pensar juntos! Olhando para a imagem desta pintura que segue, quais dos sentidos 
podem ser interessantes serem despertados? 
O olhar, o olfato, o tato, a visão ou audição?
Ouvir os próprios batimentos cardíacos pode fazer com que o visitante/aluno seja 
sensibilizado para ler a imagem desta pintura ou reprodução exibida pelo professor?
E uma ação poética com fios vermelhos que envolvam todos visitantes?
E olhar delicadamente sua própria imagem? Pode disparar para assuntos suscitados pelo artista?
A ideia de aquecimento pode promover muitas aproximações e garantir a presença mais 
atenta e aberta a novas descobertas.
Um momento do professor/ educador pensar em acolher o visitante/aluno. Este termo 
acolhimento será muito utilizado em arte e educação. Como o primeiro passo em quaisquer 
dos procedimentos que o professor/educador tenha optado. O acolhimento é o primeiro 
passo, antes de estar com o visitante/aluno na obra ou de frente à obra. E nele a ideia da 
proposta de Ott, Thought Waching o aquecimento é muito bem vinda. 
As práticas utilizadas em outras linguagens como aquecimento, como, por exemplo, na 
música que o cantor aquece sua voz, no teatro, que o ator aquece a voz e o corpo, na dança, 
em que a bailarina não começa enquanto não aquece seus músculos. Esse procedimento 
percorre esse raciocínio.
Imagino que tenha pensado em diferentes formas de despertar nossos sentidos, não é mesmo?
Então, aquecidos, vamos para nossa próxima etapa.
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Unidade: Ação Mediadora
Figura 8 – Frida Khalo “As duas Fridas” 1939
São cinco as categorias propostas pelo sistema Image Watching.
 � Descrevendo: primeiro vamos olhar atentamente para a representação desta pintura. Em 
voz alta, podemos ir falando o que vemos, percorrermos o olhar devagar. Descrever cada 
detalhe, cada minúsculo detalhe percebido.
Desde os gestos, descrever como cada elemento está disposto, como se fossemos narrar esta 
imagem e precisássemos ser o mais fiel possível. 
 � Analisando: é hora de investigarmos os dados da obra. Analisar as habilidades do artista, 
as técnicas usadas e sua ficha técnica. Época em que foi feita e titulo da obra.
Conte-nos como analisa o modo que essa pintura pode ter sido feita.
Quais os materiais que a artista utilizou? 
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 � Interpretando: olhando mais um pouco, vamos contar como percebemos a imagem 
desta pintura. 
Pensando em todos os detalhes descritos e analisados, como interpretou a imagem dessas 
duas mulheres de mãos dadas? Como assim?
Ao reparar as imagens destes corações, lembrou o som que ouviu dos seus batimentos 
cardíacos? E agora como percebe a imagem destes corações?
A linha que perpassa pela imagem das duas mulheres, o que pode ser? De alguma forma 
suscitou nossa ação anterior com os fios entrelaçados em todo o grupo? 
E se são as mesmas pessoas, porque com roupas tão diferentes uma da outra? 
É o momento das interpretações pessoais. 
 � Fundamentando: Nesta etapa espera-se que o professor/educador compartilhe seus 
saberes, suas pesquisas sobre a obra, no caso do professor, até mesmo antes da vinda à 
exposição. E no nosso caso deixarei aqui o site para você fazer suas pesquisas, escolher 
caminhos para se aproximar desta obra e de seu artista. 
http://www.museofridakahlo.org.mx/esp/1/frida-kahlo/biografia 
http://obviousmag.org/archives/2012/03/frida_kahlo_a_dor_da_vida_a_dor_da_arte.html 
Pode ser deflagrador o encontro da crítica vivenciada com a obra e a história da produção 
do artista.
 � Revelando: tratando-se da imagem de uma pintura em que o artista se representou, 
que ação, prática de ateliê poderia revelar aproximações com a produção artística de 
Frida Khalo?
Hoje, com o advento do celular com câmera fotográfica pode suscitar infindáveis possibilidades, 
não é mesmo?
Pense naquilo que passe por suas vivências e experiências! O que gostaria de propor que 
conversasse com a leitura crítica desta obra, segundo o sistema proposto por Ott?
E mais uma vez recomendamos que, no momento do fazer, nunca haja pedidos de reprodução, 
cópias de obras, pois os alunos são capazes de construir, desenhar e pensar em seus 
próprios trabalhos, se devidamente orientados e incentivados a fazê-lo. 
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Unidade: Ação Mediadora
Percursos poéticos
Após conhecermos a base do sistema proposto por Ott, as etapas e as cinco categoria, 
podemos explorar um pouco mais as ações mediadoras propositadas nos museus e nas escolas.
Hoje, os museus e espaços culturais têm dedicado um olhar atento às açõeseducativas.
Você já foi a um museu?
Caso tenha ido, participou do que é nomeado de visita educativa ou visita orientada ou visita 
guiada? Todas têm o mesmo princípio, um educador que seguirá com o grupo pelos diversos 
roteiros nos espaços expositivos. Pode haver diferenças conceituais.
Na sua percepção, a presença do educador contribuiu para você interagir mais com a obra?
Ele ou ela fizeram perguntas, contaram o que sabiam sobre os objetos ou lugares que 
visitou? Foi estimulado na visita que os participantes olhassem atentamente a cada detalhe? 
Estimularam o diálogo entre os presentes?
Ah, e o corpo? Teve alguma proposição que convocasse o despertar de seu corpo? 
E agora, que você está mais familiarizado com a ação mediadora, você quer vivenciar a 
experiência? E para aqueles que já foram, querem reviver a experiência?
O professor/educador quanto mais vezes participar, ir para diferentes museus, explorar 
diferentes lugares estará mais desenvolto para propositar experiências aos públicos, seja na 
escola ou no museu.
Vimos pelo nosso percurso que as nomenclaturas podem ser alteradas de instituição para 
instituição para a mesma prática. Você reparou?
Acima, mencionamos de alguns nomes dados às visitas. 
Para educador, como vimos ser chamado, também pode ser que você já tenha presenciado 
ser chamado de monitor, guia e outros.
Em todo o percurso da sistematização da arte e educação, os nomes sempre são motivos 
de reflexões, questionamentos e dilemas acerca das palavras. Se essa ou aquela é a palavra 
adequada para traduzir, revelar o que se espera com determinada ação. Hoje, a maioria 
das reflexões bem intencionadas inclinam suas preferências para o profissional que irá 
acompanhar os visitantes por percursos em exposições para serem chamados de educador. 
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A ele fica a responsabilidade de provocar, interagir, propositar, compartilhar saberes e 
pesquisas com o público.
Os últimos encontros, congressos, seminários e várias publicações advertem para a coerência 
em nomear de educador, o profissional que acompanha uma pessoa ou um grupo com base 
na ação mediadora. 
E para o termo professor? Há alguma dúvida sobre o que o profissional desenvolve?
Desde criança, mesmo antes de irmos para escola, já temos a ideia do ele faz. E para a arte e 
educação, o dilema quanto aos nomes recai-se principalmente por ainda ser uma prática tão nova.
No entanto, mesmo com estudos tão recentes, tal prática segue passos largos e firmes, 
sobre como quer seguir.
Para toda ação mediadora alcançar êxito, é necessário que o educador ou professor esteja 
de fato atento aos seus, seja na escola ou no museu.
E que a prática mediadora estimule a todos a uma aprendizagem em conjunto, que, por 
mais que o professor/educador saiba previamente, esteja aberto a aprender com seu público/
alunos o que eles trazem de suas experiências cotidianas.
E a sistematização de procedimentos propostos pelo professor Ott é um importante 
ponto de partida para se ter em mente. Abordagens que explicitam de formas simples 
ações tão complexas. 
É importante lembrar a primeira etapa como despertar, acolher, aproximar, convocar, 
meditar, ações que se acredita liberar a criatividade e a atenção dos alunos/públicos.
E a segunda etapa, que se divide em cinco categorias, contribui para a abordagem critica 
dos alunos/públicos.
Em todo nosso percurso, caro(a) aluno(a), nós precisamos seguir cientes de que houve muitas 
mudanças ao longo da história da arte educação, que determinaram os caminhos da formação de 
professores/educadores, acarretando transformações históricas e culturais, estudos e pesquisas 
que modificaram e modificam as práticas nos museus e nas salas de aula, mudanças as quais nós 
agora também somos portadores de responsabilidades no ensino de arte.
Muito obrigada pela companhia até aqui.
Seguimos nossos estudos nas proposições desta unidade. Com atividades de sistematizações, 
exercícios e material complementar.
Prossiga com entusiasmo, pois isso fará toda a diferença! 
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Unidade: Ação Mediadora
Material Complementar
Nesta unidade, teremos um percurso de desbravadores, pois iremos ampliar nossos 
horizontes entre fatos e mudanças históricas que nos possibilitarão aproximarmos ainda mais 
de nossa ação como futuros professores/ educadores em arte e educação.
Vídeos:
Acerca das reflexões sobre patrimônio, temos um presente, a sugestão de que assista ao 
filme: “Guerra de Canudos”. É um longa metragem, disponível na rede social. Esse filme pode 
contribuir para incessantes reflexões sobre pertencimento e patrimônio material e imaterial.
https://www.youtube.com/watch?v=P4OYhj7Io0E 
E para fechar as sugestões desta unidade, assista à uma reportagem sobre Frida Khalo. 
Poderá arriscar-se exercitar o sistema de procedimentos, compostos por duas etapas, são 
elas: a primeira Thought Watching (assistindo à ideia ou um conceito) e segunda etapa 
Image Watching (assistindo à imagem) para apropriar-se ainda mais da possibilidade de 
procedimento que impulsiona experiências com a arte.
https://www.youtube.com/watch?v=aLzThN_bibk 
Sites:
A primeira sugestão que muito poderá contribuir para seu desenvolvimento com a 
unidade é visitar o site de Inhotim – museu de arte contemporânea a céu aberto. Nele, 
encontra-se a obra “A mudança” do artista Marepe. Esse museu fica em Minas Gerais, 
na cidade de Brumadinho.
http://www.inhotim.org.br/inhotim/arte-contemporanea/obras/a-mudanca/
O site tem opção de visita virtual. Assim, poderemos nos provocar às questões da 
transdiciplinaridade. Como é um museu de linguagens híbridas, que trabalha de forma 
transdisciplinar com a ecologia, poderemos suscitar interessantes reflexões.
Sugerimos o texto:
http://www.infoescola.com/educacao/transdisciplinaridade/ 
Esse percurso nos levará com toda certeza a reflexões sobre patrimônio. 
Caso queira também ler sobre do que se trata antes de assistir, esta matéria do jornal 
Correio 24 horas, pode surpreender: 
http://goo.gl/4eeyJp
Visite o site do Museu Frida Khalo
http://www.museofridakahlo.org.mx/
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Referências
BARBOSA, A. M. Arte-Educação: Leituras no Subsolo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
BARBOSA, A. M. e COUTINHO, R. G. Arte/Educação Como Mediação Cultural e 
Social. São Paulo: Unesp, 2009.
DEWEY, J. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
PILLAR, A. D. (Org.). A Educação do Olhar no Ensino das Artes. 2. ed. Porto Alegre: 
Mediação, 2001.
MARTINS, M.C; PICOSQUE, G; e GUERRA, M.T.T. Teoria e Prática do Ensino da Arte. 
A Língua do Mundo. São Paulo: FTD, 2010.
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Unidade: Ação Mediadora
Fontes das Imagens
Fig 01 – Pedro Ivo Trasferetti/Fundação Bienal de São Paulo
Fig 02 – inhotim.org.br
Fig 03 – wikiart.org
Fig 04 – museutec.org.br
Fig 05 – Rita Barreto/bahia.com.br
Fig 06 – JorgeBRAZIL/Wikimedia Commons
Fig 07 – catracalivre.com.br
Fig 08 – catracalivre.com.br
Fig 09 – museofridakahlo.org.mx
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Anotações

Outros materiais