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ÍNDICE | 1 | CÓDIGO DISCIPLINAR – PM/BMCE LEI Nº 13.407, DE 21.11.03 (DOE 02.12.03) Institui o Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, dispõe sobre o comportamento ético dos militares estaduais, estabelece os proce- dimentos para apuração da responsabilidade administrativo- disciplinar dos militares estaduais e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanci- ono a seguinte Lei: CAPÍTULO I Das Disposições Gerais Art. 1º. Esta Lei institui o Código Disciplinar da Polícia Militar do Ceará e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, Corporações Militares Estaduais organizadas com base na hierar- quia e na disciplina, dispõe sobre o comportamento ético dos milita- res estaduais e estabelece os procedimentos para apuração da responsabilidade administrativo-disciplinar dos militares estaduais. As Corporações Militares Estaduais PMCE e CBMCE são basea- das na hierarquia (ordenação progressiva da autoridade que se inicia no aluno soldado, soldado, cabo, 3º Sargento, 2 º sargento, 1º Sargento, Subtenente, aluno do CFO, 2º Tenente, Capitão, Major, Tenente-coronel, Coronel, Coronel Cmt Geral, culminando no Governador do Estado, chefe supremo das Corporações) e na disciplina (que é aceitação da ordenação hierárquica, das leis, normas, regulamentos e ordens) e estabelece a forma como serão apuradas as transgressões cometidas pelos mil itares. Art. 2º. Estão sujeitos a esta Lei os militares do Estado do serviço ativo, os da reserva remunerada, nos termos da legislação vigente. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica: I - aos militares do Estado, ocupantes de cargos públicos não militares ou eletivos; Cargo público não militar é aquele que não faz parte das atribu i- ções inerentes à função policial militar, ou seja, não se enquadra em nenhuma das atividades da Corporação, desta forma o militar poderá ficar à disposição de outros órgãos, como por exe mplo: Secretaria de educação, PGE, secretaria de meio ambiente e etc . II - aos Magistrados da Justiça Militar; Magistrado é o Juiz de Direito do Juízo Militar , denominação atual do Auditor, é um bacharel em Direito, que ingressa na carreira por concurso público de provas e títulos, para o cargo de Juiz de Direito Substituto, e tem os mesmos deveres, garantias e prerr o- gativas dos magistrados da primeira instância da Justiça comum. É ele quem dirige os trabalhos dos conselhos, sendo competente também para elaboração e prolatação das sentenças. Os juízes militares integrantes dos Conselhos de Justiça, qualquer que seja sua categoria, são militares da ativa, sorteados entre os nomes cons- tantes de relações enviadas pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar a cada uma das Auditorias Judiciárias. III - aos militares reformados do Estado. Estão sujeitos as regras desta lei; os militares em serviço ativo, os da reserva remunerada, ou seja, os aposentados, exceto os reformados, que são aqueles militares dispensados definitivamen- te do serviço na ativa da Corporação. Art. 3º. Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, culminando no Governador do Estado, Chefe Supremo das Corporações Militares do Estado. § 1º. A ordenação da autoridade se faz por postos e gradua- ções, de acordo com o escalonamento hierárquico, a antiguidade e a precedência funcional. Escalonamento hierárquico é a distribuição de maneira ordenada, obedecendo à hierarquia de determinada classe ou grupo, no caso do militares estaduais são os postos e as graduações. § 2º. Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido por ato do Governador do Estado e confirmado em Carta Patente ou Folha de Apostila. Carta Patente é um diploma confirmatório do posto, das prerrogativas e dos direitos e deveres do oficial, nos termos da lei. Sendo conferida Carta Patente para o posto de 2º Tenente e para o pos to de Major. As promoções dos oficiais são confirmadas em folhas de apostilas que são anexadas à carta patente e só produz seus efeitos qua n- do apresentada juntamente com esta. § 3º. Graduação é o grau hierárquico das praças, conferido pelo Comandante-Geral da respectiva Corporação Militar. EMECE - Art.30. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Corporações Militares Estaduais são fixados nos esquemas e parágrafos seguintes: | 2 | Art. 4º. A Antiguidade entre os militares do Estado, em igual- dade de posto ou graduação, será definida, sucessivamente, pelas seguintes condições: I - data da última promoção; II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos anteriores; III - classificação no curso de formação ou habilitação; IV - data de nomeação ou admissão; V - maior idade. Parágrafo único. Nos casos de promoção à primeiro-tenente, de nomeação de oficiais, ou admissão de cadetes ou alunos- soldados prevalecerá, para efeito de antiguidade, a ordem de classi- ficação obtida nos respectivos cursos ou concursos. Quando tivermos dois militares no mesmo posto ou na mesma graduação, o mais antigo é quem assume o comando. Ex: Dois sargentos o mais antigo assume o serviço como CMT da viatura. Art. 5º. A precedência funcional ocorrerá quando, em igualda- de de posto ou graduação, o oficial ou a praça: I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superioridade funci- onal sobre os integrantes do órgão ou serviço que dirige, comanda ou chefia; II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. No caso da precedência funcional, despreza-se a antiguidade, pois em virtude da função mesmo que o militar seja mais mode r- no, ele poderá passar determinações ao mais antigo. Ex: O Coronel Chico (Cmt Geral Adjunto do CBMCE) com 02 anos no Posto de Coronel pode passar determinações a outros Cor o- néis do CBMCE, mesmo que estes sejam mais antigos. CAPÍTULO II Da Deontologia Policial-Militar Seção I Disposições Preliminares Art. 6º. A deontologia militar estadual é constituída pelos valo- res e deveres éticos, traduzidos em normas de conduta, que se impõem para que o exercício da profissão do militar estadual atinja plenamente os ideais de realização do bem comum, mediante: Deontologia significa tratado do dever, significando ainda o con- junto de deveres, princípios e normas que determinados profiss i- onais adotam. Serve para nortear, indicar o que é necessário e moralmente aceito para o exercício de uma profissão. I - relativamente aos policiais militares, a preservação da or- dem pública e a garantia dos poderes constituídos; Poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário. A Pol í- cia Militar deve garantir o pleno exercício dos três poderes. II - relativamente aos bombeiros militares, à proteção da pes- soa, visando sua incolumidade em situações de risco, infortúnio ou de calamidade. O CBMCE tem como atribuições básicas; Garantia da integridade física das pessoas a prevenção e o combate a incêndios e a sit u- ações de pânico, assim como ações de busca e salvamento de pessoas e bens; o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas com a defesa civil e a prevenção de incêndio e etc. § 1º. Aplicada aos componentes das Corporações Militares, independentemente de posto ou graduação, a deontologia policial- militar reúneprincípios e valores úteis e lógicos a valores espirituais superiores, destinados a elevar a profissão do militar estadual à condição de missão. Aplicada a todos os militares estaduais; oficiais e praças da Pol í- cia Militar e do Corpo de Bombeiros militar. § 2º. O militar do Estado prestará compromisso de honra, em caráter solene, afirmando a consciente aceitação dos valores e deveres militares e a firme disposição de bem cumpri-los. (art. 49. I, a), do EMECE - Quando se tratar de Praça na PMCE: “Ao ingressar na Polícia Militar do Ceará, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as o r- dens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar -me inteiramente ao serviço policial-militar, à polícia ostensiva, à preservação da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própria vida”. Seção II Dos Valores Militares Estaduais Art. 7º. Os valores fundamentais, determinantes da moral mili- tar estadual, são os seguintes: I - o patriotismo; Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor, e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, vultos históricos e riquezas naturais). II - o civismo; O termo civismo refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na defesa de certos valores e práticas assumidas como os deveres fundamentais para a vida coletiva, visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas especificamente políticas de um país. III - a hierarquia; Hierarquia militar estadual é a ordenação progressiva da autoridade, em graus diferentes, da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. (Art. 3º do CD e art. 29 do EMECE) IV - a disciplina; A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa observância e acatamento integral das leis, regu- | 3 | lamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Corporação Militar. (Art. 9º) V - o profissionalismo; Profissionalismo é procedimento característico dos bons profissionais (seriedade, competência, responsabilidade etc.) VI - a lealdade; Lealdade significa consideração aos preceitos que dizem respeito à honra, à decência e à honestidade, aquele que honra seus compromissos com retidão e responsabilidade. Os militares devem lealdade à pátria e a sobe- rania popular. VII - a constância; Constante é aquele que tem estabilidade funcional, que cumpre as ordens e determinações legais sem nenhuma ou quase nenhuma alteração, transmitindo segurança e confiança, proporcionando o desenvolvimento de tarefas com excelente desempenho. VIII - a verdade real; O militar estadual deve sempre pautar-se pela verdade real, dos fatos. IX - a honra; A honra é julgamento que determina o caráter de uma pessoa exatamente: se ou não a pessoa reflete honestidade, respeito, integridade ou justiça. O militar deve ser honrado em todos os aspectos, ou seja, virtuoso, corajoso, honesto etc. X - a dignidade humana; O "Princípio da dignidade da pessoa humana" é um valor moral e espiri- tual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. XI - a honestidade; Honestidade significa falar a verdade, não omitir, não dissimular. O militar que é honesto repudia a malandragem a esperteza de querer levar vanta- gem em tudo. A Honestidade, de maneira explícita, é a obediência incondi- cional às regras morais existentes. XII - a coragem. Coragem é um sentimento que significa ter moral forte perante o perigo, os riscos; ser bravo, intrépido. Seção III Dos Deveres Militares Estaduais Art. 8º. Os deveres éticos, emanados dos valores militares es- taduais e que conduzem a atividade profissional sob o signo da retidão moral, são os seguintes: I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado do Ceará e da respectiva Corporação Militar e zelar por sua inviolabili- dade; O militar estadual deve respeito às seguintes Bandeiras: Naci o- nal, Estadual, e da sua corporação, além do respeito ao Hino Nacional, Hino do Estado do Ceará e a Cançã o da Corporação. II - cumprir os deveres de cidadão; Todos os brasileiros, independente da condição social, cor, etnia ou reli- gião, possuem direitos e deveres. O Militar Estadual é cidadão como qualquer outro, e, portanto, tem os mesmos deveres. Ex: Resp ei- tar e cumprir a legislação (leis) do país; - Escolher, através do voto, os governantes do país (presidente da República, deputados federais e estaduais; senadores, prefe i- tos, governadores de estados e vereadores); - Respeitar os direitos dos outros cidadãos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros; - Tratar com respeito e solidariedade todos os cidadãos, princ i- palmente os idosos, as crianças e as pessoas com deficiências físicas; - Proteger e educar, da melhor forma possível, os filhos e outras pessoas que dependem de nós; - Colaborar para a preservação do patrimônio histórico -cultural do Brasil; - Ter atitudes que ajudem na preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, etc. III - preservar a natureza e o meio ambiente; Para melhor defender e preservar o meio ambiente, ficando subordinada ao Comando de Policiamento da Capital foi criado o Batalhão Policial Militar Ambiental. IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da suprema missão de preservar a ordem pública e de proteger a pessoa, pro- mover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita observância das normas jurídicas e das disposições deste Código; V - atuar com devotamento ao interesse público, colocando-o acima dos anseios particulares; Os militares estaduais, bem como a administração pública como um todo devem vincular e direcionar seus atos de modo a garantir que interesses privados não prevaleçam nem sucumbam os interesses e necessidades da sociedade como um todo. Trata-se do princípio da Supremacia do interes- se público. VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com respeito mútuo a superiores e a subordinados, e com preocupação para com a integridade física, moral e psíquica de todos os militares do Esta- do, inclusive dos agregados, envidando esforços para bem encami- nhar a solução dos problemas surgidos; Trata-se do respeito mútuo entre subordinados e superiores e vice-versa. Ex: O subordinado deve prestar continência ao supe- rior, que por sua vez é obrigado a responder este cumprimento. VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos subordi- nados; | 4 | A justiça deve prevalecer na análise de atos e méritos dos subo r- dinados, por parte dos superiores hierárquicos. VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições le- galmente definidas, a Constituição, as leis e as ordens legais das autoridades competentes, exercendo suas atividades com res- ponsabilidade, incutindo este senso em seus subordinados; A obediência hierárquica é a denominação jurídica para o vínculo de su- bordinação ao qual estão submetidos o superior hierárquico e o subordina- do em uma organização militar. Deste vínculo decorre o poder hierárquico, por parte do superior. O subordinado é obrigado a acatar todas as ordens legais dos superiores, sendo desobrigado a cumprir d e- terminações ilegais.IX - dedicar-se em tempo integral ao serviço militar estadual, buscando, com todas as energias, o êxito e o aprimoramento técni- co-profissional e moral; O militar estadual tem dedicação exclusiva ao serviço e, portanto, não poderá realizar outra atividade profissional, não relacionada com a missão militar estadual. X - estar sempre disponível e preparado para as missões que desempenhe; O militar estadual não tem uma escala de serviço definida por lei e, portanto não tem horário para sair do serviço. O inciso dispõe ainda da disponibilidade do militar para o desempenho das mais diversas missões que podem surgir, como: escalas a pé, em m o- tos, viaturas, serviços administrativos do quartel, eventos fest i- vos, culturais, esportivos e etc. XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio, segundo os princípios que regem a administração pública, não sujeitando o cumprimento do dever a influências indevidas; Os princípios da administração pública, como: Legalidade, Impe s- soalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência e outros devem ser seguidos pelos militares estaduais no cumprimento do seu dever. Não podendo ainda o militar se sujeitar a inf luência de pessoas não autorizadas a opinar no serviço. XII - procurar manter boas relações com outras categorias pro- fissionais, conhecendo e respeitando-lhes os limites de competên- cia, mas elevando o conceito e os padrões da própria profissão, zelando por sua competência e autoridade; A Polícia militar sempre trabalha em parceria com outras categ o- rias profissionais como: DETRAN, AMC, GM, PRF, IBAMA, S E- MACE, dentre outras, desta forma, deve o militar procurar agir dentro da legalidade e respeitando a competência de cada agen- te, gerando assim uma relação de aproximação com tais agentes, estreitando os laços. XIII - ser fiel na vida militar, cumprindo os compromissos rela- cionados às suas atribuições de agente público; XIV - manter ânimo forte e fé na missão militar, mesmo diante das dificuldades, demonstrando persistência no trabalho para supe- rá-las; O militar estadual constantemente depara-se com dificuldades das mais diversas, tais como: partos dentro de viatura, primeiros socorros em acidentes, dentre outros; mesmo sem dispor de ma- terial necessário para agir em tais situações. E nem por isso o militar poderá se afligir frente a estas dificuldades. XV - zelar pelo bom nome da Instituição Militar e de seus componentes, aceitando seus valores e cumprindo seus deveres éticos e legais; Aqueles que almejam ingressar nas corporações militares estad u- ais devem saber das dificuldades que vai enfrentar ao longo de sua carreira e, portanto não pode, nem deve denegrir a imagem da Instituição por palavras ou atitudes praticadas. XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem na vida profissional, solidarizando-se com os colegas nas dificuldades, ajudando-os no que esteja ao seu alcance; Nada impede que um companheiro de trabalho seja auxiliado pelos companheiros em alguma situação de dificuldade que venha a passar, seja esta dificuldade do tipo que for. Porém os militares estaduais não devem ser Corporativistas e nem deixar de cumprir seu dever na presença de um companheiro de farda que pratica algum delito. XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou fun- ção que esteja sendo exercido por outro militar do Estado; O Militar estadual deve abster -se de, a qualquer custo, querer de alguma forma, o cargo ocupado por colega. XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e particular; Significa dizer que o militar estadual deve agir sempre de acordo com a ordem, a moral e os bons costumes, seja na vida pública ou na particular. XIX - conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir os prin- cípios de hierarquia, disciplina, respeito e decoro; Subserviente é o “bajulador”, “Babão”, o militar jamais deve agir de forma servil, deve prezar sempre pelo profissionalismo. XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo para ob- ter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros, exercer sempre a função pública com honestidade, não aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie; Como exemplo temos as milícias, quadrilhas formadas por polic i- ais civis e militares, é um exemplo de uso indevido do posto, graduação ou cargo para encaminhar negócios particulares. XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das desig- nações hierárquicas em: a) atividade político-partidária, salvo quando candidato a cargo eletivo; b) atividade comercial ou industrial; | 5 | c) pronunciamento público a respeito de assunto militar, salvo os de natureza técnica; d) exercício de cargo ou função de natureza civil; O candidato a cargo eletivo pode usar sua designação hierárqu i- ca. Ex: Capitão Wagner para Deputado Estadual e Cabo Sabino para Deputado Federal, dentre outros. XXII - prestar assistência moral e material ao lar, conduzindo-o como bom chefe de família; Ser chefe de família é esforçar-se para MULTIPLICAR momentos felizes, procurando cumprir à risca e a bom termo todos os encargos que o posto de líder lhe exige, e não ficar bebericando com os amigos gastando dinhei- ro à toa quando há insuficiência de pão à sua mesa. XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal; XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou restrições de ordem religiosa, política, racial ou de condição social; O policial militar não deve se envolver, ou se posicionar a favor de qualquer das partes em atendimento de ocorrências. Em caso de dúvida, o agente de segurança deve encaminhar os envolvidos para a delegacia para que a autoridade policial apure o fato e tome as providências legais cabíveis. XXV - atuar com prudência nas ocorrências militares, evitando exacerbá-las; Ou seja, Evitar se exceder, ser desproporcional, ir além do n e- cessário, caso contrário, poderá responder cível, penal e admini s- trativamente pelos seus atos. XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica da pes- soa do preso ou de quem seja objeto de incriminação, evitando o uso desnecessário de violência; A partir do momento que o indivíduo é preso ou detido ele fica sob custódia do Estado e deve ter sua integridade física prese r- vada, ainda que tenha acabado de cometer um crime grave e tudo que acontecer com ele será responsabilidade do Estado. XXVII - observar as normas de boa educação e de discrição nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita ou falada; O Militar estadual deve evitar o uso indiscriminado de gírias, códigos ou de qualquer linguajar indevido, principalmente no atendimento de ocorrências e em entrevistas concedidas à im- prensa. XXVIII - não solicitar publicidade ou provocá-lo visando a pró- pria promoção pessoal; O militar deve evitar o aparecimento demas iado na imprensa escrita ou falada. A corporação já dispõe de uma assessoria de comunicação responsável em repassar todas as informações necessárias a sociedade. Geralmente, quem o faz, faz no sentido de futuramente conseguir algum cargo político. Esta ati tude é reprovável. XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo ser humano, não se prevalecendo de sua condição de autoridade pública para a prática de arbitrariedade; Os direitos e garantais fundamentais da dignidade da pessoa humana, são parâmetros de limitaçãodos agentes do Estado na consecução de suas atribuições, desta forma, o militar estadual, no exercício de sua função, deve atuar com estrito respeito a dignidade da pessoa humana. XXX - não usar meio ilícito na produção de trabalho intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no âmbito do ensino; Com o advento da internet e outras tecnologias, o militar estadual poderá tentar plagiar um trabalho da internet, ou praticar qual quer irregularidade na confecção de trabalho intelectual. Tal atitude não é permitida, podendo inclusive gerar a exclusão do candidato do concurso público. XXXI - não abusar dos meios do Estado postos à sua dis- posição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em detrimento dos fins da administração pública, coibindo, ainda, a transferência, para fins particulares, de tecnologia própria das funções militares; Alguns militares estaduais têm a sua disposição; viatura, aparelho celular, bem como outros mater iais e equipamentos do Estado para serem usados exclusivamente para o interesse público, todavia, acabam por usá-los para fins particulares, sendo esta conduta reprovada pela lei. XXXII - atuar com eficiência e probidade, zelando pela econo- mia e conservação dos bens públicos, cuja utilização lhe for con- fiada; Eficiência é a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de modo eficaz e com o mínimo de desperdício; produtividade. Pr o- bidade significa retidão ou integridade de caráter; honestidade e honradez. O militar estadual deve tratar o bem público com o devido zelo, empenho extraordinário na execução dos deveres. XXXIII - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente com abnegação e desprendimento pessoal; A preservação ambiental ou proteção ambiental é uma prática de proteger o ambiente natural em níveis individuais, organizacionais ou governamentais, para o benefício tanto do meio ambiente como dos seres humanos. A PMCE possui uma subunidade res- ponsável pela proteção desta riqueza: Companhia de Policiame n- to do Meio Ambiente. XXXIV - atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente; Mesmo no período de folga o militar estadual tem obrigação de agir, desde que não exista naquele momento pessoal de serviço prestando tal apoio. XXXV - manter atualizado seu endereço residencial, em seus registros funcionais, comunicando qualquer mudança; | 6 | É obrigação do militar estadual manter devidamente atualizado o seu endereço bem como seu número de telefone, pois, em certas situações precisará ser localizado, mesmo no período de férias ou de folga. XXXVI – cumprir o expediente ou serviços ordinário e extraor- dinário, para os quais, nestes últimos, esteja nominalmente escala- do, salvo impedimento de força maior. O militar estadual deve ser assíduo e pontual, não faltando ou atrasando-se para o serviço ou para o expediente, salvo imped i- mentos, de força maior, devidamente comprovados como: probl e- ma de saúde, acompanhamento de dependente em hospital, de n- tre outros. § 1º. Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado exercer atividade de segurança particular, comércio ou tomar parte da ad- ministração ou gerência de sociedade empresária ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista, cotista ou comanditário. O acionista é um sócio capitalista que participa na gestão da sociedade na mesma medida em que detém capital da mesma, tendo por isso, direitos de voto proporcionais à quantidade de ações que possui. Cotista é aquele que participa de uma despesa ou de uma em- presa com cota(s). Comanditário é o sócio que, na sociedade em comandita, entra apenas com o dinheiro e não tem qualquer responsabilidade ad i- cional. As situações de acionista, cotista ou comanditários são permit i- das, pois não vão tomar o tempo do militar que faz o investimento e passa a acompanhá-los sem ter que participar da administração de tais bens. § 2º. Compete aos Comandantes fiscalizar os subordinados que apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do respectivo cargo, provocando a instauração de procedimento criminal e/ou administrativo necessário à comprova- ção da origem dos seus bens. Quando o militar passa a apresentar crescimento patrimonial incompatível com sua remuneração, tal fato deve ser investigado para garantir que tal militar não vem se beneficiando de sua fun- ção pública por obter vantagens ilícitas. § 3º. Aos militares do Estado da ativa são proibidas mani- festações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindica- tório e de cunho político-partidário, sujeitando-se as manifestações de caráter individual aos preceitos deste Código. O militar não poderá fazer ou participar de abaixo -assinado, mo- vimentos reivindicatórios, nem tampouco de greves. § 4º. É assegurado ao militar do Estado inativo o direito de opinar sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público, devendo observar os preceitos da ética militar e preservar os valores militares em suas manifestações essenciais. CAPÍTULO III Da Disciplina Militar Art. 9º. A disciplina militar é o exato cumprimento dos deveres do militar estadual, traduzindo-se na rigorosa observância e acata- mento integral das leis, regulamentos, normas e ordens, por parte de todos e de cada integrante da Corporação Militar. § 1º. São manifestações essenciais da disciplina: I - a observância rigorosa das prescrições legais e regula- mentares; II - a obediência às ordens legais dos superiores; III - o emprego de todas as energias em benefício do serviço; IV - a correção de atitudes; V - as manifestações espontâneas de acatamento dos valores e deveres éticos; VI - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e na efi- ciência da Instituição. Os militares estaduais obedecem à hierarquia conforme os postos ou graduações dos quais são detentores. Os inferiores se obrigam a obedecer aos superiores. Essa é uma norma inquestionável da vida militar. Ao prestar o compromisso de honra o militar assume essa conduta. Negá-la é negar-se a ser militar. Desta forma, os superiores têm o poder-dever de dar ordens e os subordinados de executá-las prontamente, porém essas ordens devem ser legais, ou seja, dentro dos limites estabelecidos pela Lei. § 2º. A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser manti- dos, permanentemente, pelos militares do Estado, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade. O militar da reserva remunerada ainda pode ser punido discipl i- narmente. § 3º. A camaradagem é indispensável à formação e ao conví- vio do militar, incumbindo aos comandantes incentivar e manter a harmonia e a solidariedade entre os seus comandados, promoven- do estímulos de aproximação e cordialidade. A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao convívio da famí- lia policia militar, cumprindo existir as melhores relações sociais entre os policiais militares. Tem como significado a atitude tida como própria de amigo ou camarada, bem como convivência íntima e agradável, ou seja, camaradagem é o companheirismo, a amizade, solidariedade, familiarida- de, etc. § 4º. A civilidade é parte integrante da educação polici- al-militar, cabendo a superiores e subordinados atitudes de respeito e deferência mútuos. Art. 10. As ordens legais devem ser prontamente acatadas e executadas,cabendo inteira responsabilidade à autoridade que as determinar. § 1º. Quando a ordem parecer obscura, o subordinado, ao re- cebê-la, poderá solicitar que os esclarecimentos necessários sejam oferecidos de maneira formal. | 7 | É garantido ao subordinado, quando acreditar que está recebendo uma determinação, ou ordem que parece ser ilegal, que a mesma seja dada de maneira formal, ou seja, por escrito. § 2º. Cabe ao executante que exorbitar no cumprimento da or- dem recebida à responsabilidade pelo abuso ou excesso que come- ter, salvo se o fato é cometido sob coação irresistível ou sob estreita obediência à ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierár- quico, quando só será punível o autor da coação ou da ordem. Exorbitar significa ultrapassar os limites do justo ou razoável; exceder-se, ir além da determinação. Desta forma, o executor da ordem vai responder pelo excesso. A menos que o executor est e- ja sendo coagido de forma irresistível. CAPÍTULO IV Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disciplina Seção I Disposições Preliminares Art. 11. A ofensa aos valores e aos deveres vulnera a discipli- na militar, constituindo infração administrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativamente. O militar estadual, como qualquer outro servidor público, poderá ser responsabilizado nas esferas administrati va, penal e civil de forma isolada, ou cumulativamente. § 1º. O militar do Estado é responsável pelas decisões que tomar ou pelos atos que praticar, inclusive nas missões expressa- mente determinadas, bem como pela não observância ou falta de exação no cumprimento de seus deveres. Falta de exação significa falta de exatidão, de cuidado e de co m- promisso, ou seja, quando o militar deixar de cumprir a ordem no momento em que for determinada. § 2º. O superior hierárquico responderá solidariamente, na es- fera administrativo-disciplinar, incorrendo nas mesmas sanções da transgressão praticada por seu subordinado quando: I - presenciar o cometimento da transgressão deixando de atuar para fazê-la cessar imediatamente; II - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para o co- metimento da transgressão, mesmo não estando presente no local do ato. Nesses casos o superior deverá ser punido juntamente com o subordinado, pois foi omisso ou contribuiu para o acontecimento da transgressão. § 3º. A violação da disciplina militar será tão mais grave quan- to mais elevado for o grau hierárquico de quem a cometer. O superior deverá ser punido de forma mais severa que o subo r- dinado, quando os dois cometerem a mesma transgressão. §4º A disciplina e o comportamento do militar estadual estão sujeitos à fiscalização, disciplina e orientação pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário, na forma da lei:‖ (NR-lei 14.933/11 e Lei Complementar nº 098/11) Seção II Da Transgressão Disciplinar Art. 12. Transgressão disciplinar é a infração administrativa caracterizada pela violação dos deveres militares, cominando ao infrator as sanções previstas neste Código, sem prejuízo das res- ponsabilidades penal e civil. § 1º. As transgressões disciplinares compreendem: I - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina militar, especificadas no artigo seguinte, inclusive os crimes previstos nos Códigos Penal ou Penal Militar; II - todas as ações ou omissões não especificadas no artigo seguinte, mas que também violem os valores e deveres militares. § 2º. As transgressões disciplinares previstas nos itens I e II do parágrafo anterior, serão classificadas como graves, desde que venham a ser: I - atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao Estado; II - atentatórias aos direitos humanos fundamentais; III - de natureza desonrosa. Todas as transgressões graves se enquadram como: atentatórias aos Poderes Constituídos, às instituições ou ao Estado; atentat ó- rias aos direitos humanos fundamentais ou de natureza desonro- sa. § 3º. As transgressões previstas no inciso II do § 1º e não en- quadráveis em algum dos itens do § 2º, deste artigo, serão classifi- cadas pela autoridade competente como médias ou leves, conside- radas as circunstâncias do fato. § 4º. Ao militar do Estado, aluno de curso militar, aplica-se, no que concerne à disciplina, além do previsto neste Código, subsidia- riamente, o disposto nos regulamentos próprios dos estabelecimen- tos de ensino onde estiver matriculado. Aos alunos devidamente matriculados nos cursos de formação aplicam-se as regras do regulamento disciplinar das corporações militares estaduais, bem como o Regulamento da Academia (local onde os militares são formados). § 5º. A aplicação das penas disciplinares previstas neste Có- digo independe do resultado de eventual ação penal ou cível. As esferas administrativa, penal e civil são independentes e, portanto a punição ou a absolvição não estão atreladas a result a- do de outra esfera. | 8 | Art. 13. As transgressões disciplinares são classificadas, de acordo com sua gravidade, em graves (G), médias (M) e leves (L), conforme disposto neste artigo. § 1º São transgressões disciplinares graves: I - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no ato da prisão (G); II - usar de força desnecessária no atendimento de ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G); O militar estadual deve sempre agir dentro da legalidade no uso proporcio- nal da força, não podendo infringir nenhuma lei da constituição na sua ação. É necessário também, agir com proporcionalidade, sem excessos, e também a conveniência em suas ações, seja equilibrado. III - deixar de providenciar para que seja garantida a inte- gridade física das pessoas que prender ou detiver (G); IV - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob sua guarda ou permitir que outros o façam (G); V - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, com que possa ferir a si próprio ou a outrem (G); “A partir do momento que o indiv íduo se encontra preso ou detido ele está sob custódia do Estado e tudo que acontecer com ele será responsabilidade do Estado”. VI - faltar com a verdade (G); “O militar é servidor público e deve sempre primar pela verdade”. VII - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não declare a verdade em procedimento administrativo, civil ou penal (G); Esta conduta também é tipificada como crime e, portanto quem ameaça pode responder administrativamente, civil e penalmente. VIII - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G); Esta conduta também é proibida pela Constituição Federal. IX - envolver, indevidamente, o nome de outrem para es- quivar-se de responsabilidade (G); Tentar atribuir a responsabilidade de algum ato a outrem. X - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou técnicos de natureza militar ou judiciária, que possam concorrer para o despres- tígio da Corporação Militar: Os fatos ocorridos na administração só devem ser levados a pú- blico quando autorizado pelos gestores públicos. XI - liberar preso ou detido ou dispensar parte de ocorrência sem competência legal para tanto (G); Só quem poderá liberar preso é autoridade judiciária competente, e, portanto o militar (praça ou oficial) jamais poderá praticar tal ato. XII - receber vantagem de pessoa interessada no caso de fur-to, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem (G); Estas condutas são consideradas crimes e, portanto, são puníveis também na esfera penal. XIII - receber ou permitir que seu subordinado receba, em ra- zão da função pública, qualquer objeto ou valor, mesmo quando oferecido pelo proprietário ou responsável (G); A administração Pública proíbe o militar es tadual de receber qualquer vantagem em razão da função que exerce. Se o militar receber qualquer vantagem em razão da função estará sujeito a ser punido também na esfera penal. XIV - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio público ou particular (G); Caracteriza-se como crimes; Peculato, furto, apropriação indébita, dentre outros. XV - empregar subordinado ou servidor civil, ou desviar qual- quer meio material ou financeiro sob sua responsabilidade ou não, para a execução de atividades diversas daquelas para as quais foram destinadas, em proveito próprio ou de outrem (G); Ocorre por exemplo, quando o Comandante ou o superior hierá r- quico utiliza subordinado para executar serviços particulares, durante o horário do expediente. XVI - provocar desfalques ou deixar de adotar providências, na esfera de suas atribuições, para evitá-los (G); Ocorre quando o militar desvia bens da administração pública ou valor pecuniário ou não toma as providências para evita -lo. XVII - utilizar-se da condição de militar do Estado para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encaminhar ne- gócios particulares ou de terceiros (G); XVIII - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com fi- nalidade de retardar, apressar ou obter solução favorável em qual- quer ato de serviço (G); Ao servidor público, civil ou militar é proibido valer-se do cargo para lograr qualquer proveito pessoal ou de outrem, em detrime n- to da dignidade da função pública. XIX - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem, agio- tagem ou transação pecuniária envolvendo assunto de serviço, bens da administração pública ou material cuja comercialização seja proibida (G); A agiotagem é conduta proibida, principalmente se é praticada por militar, pagar ou receber para agilizar processo de férias ou licen- ças, por exemplo. | 9 | XX - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, a função de segurança particular ou administrar ou manter vínculo de qualquer natureza com empresa do ramo de segurança ou vigilância (G); O militar estadual deve dedicação exclusiva à função policial militar, sendo o serviço de segurança particular expressamente proibido, bem como outras atividades. XXI - exercer qualquer atividade estranha à Instituição Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de meios do Estado ou manter vínculo de qualquer natureza com organização voltada para a prática de atividade tipificada como contravenção ou crime(G); Ao militar estadual é proibido exercer outra atividade e principa l- mente se esta atividade tiver relação com crime. Ex : Milícias, Jogo do bicho, dentre outras. XXII - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o comércio ou tomar parte na administração ou gerência de sociedade empre- sária ou dela ser sócio, exceto como acionista, cotista ou comandi- tário (G); XXIII - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar sinais exteriores de riqueza, incompatíveis com a remuneração do cargo (G); XXIV - não cumprir, sem justo motivo, a execução de qualquer ordem legal recebida (G); O militar deve ser disciplinado e quando deixa de praticar uma ordem legal sem motivo plausível se torna indisciplinado. XXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifestamente ilegal que possa acarretar responsabilidade ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida (G); O superior somente poderá emitir determinações legais e quando emite determinações ilegais estará cometendo esta transgressão grave. XXVI - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou pelos praticados por subordinados que agirem em cumprimento de sua ordem (G); Se esquivar de responsabilidade por ato praticado por si ou por subordinado em virtude de determinação sua. XXVII - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qual- quer ordem legal de autoridade competente, ou serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou embaraçada a sua execução (G); O militar deve ser disciplinado e quando deixa de praticar uma ordem legal ou incentiva alguém para que não cumpra tal dete r- minação, sem motivo plausível, se torna indisciplinado. XXVIII - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de modo desrespeitoso (G); Por mais que o superior emita uma determinação ilegal ou esteja agindo de forma indevida o subordinado deve saber se dirigir a este superior para não ser acusado de agir de maneira desre spei- tosa. XXIX - recriminar ato legal de superior ou procurar desconsi- derá-lo (G); O militar deve ser disciplinado e quando passa a recriminar ato legal praticado por superior, ou seja, passa a fazer acusações; criticar amargamente, se torna indisciplinado. XXX - ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou subor- dinado hierárquico ou qualquer pessoa, estando ou não de serviço (G); XXXI - promover ou participar de luta corporal com superior, igual, ou subordinado hierárquico (G); Ocorre quando o mi l itar entra nas “vias de fato”, sendo esta atit u- de totalmente proibida no âmbito militar, independente de quem dê causa. XXXII - ofender a moral e os bons costumes por atos, palavras ou gestos (G); Usar palavras de baixo calão ou fazer gestos obscenos, p or exemplo, na sua vida pública ou particular. XXXIII - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela im- prensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou dos órgãos dos Poderes Constituídos ou de qualquer de seus representantes (G); O militar at ivo está proibido pelo regulamento de se pronunciar publicamente de maneira desrespeitosa, sobre atos praticados por autoridades civis, militares ou de qualquer dos poderes: Ex e- cutivo, Judiciário ou Legislativo. XXXIV - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrência militar ou em outras situações de serviço (G); Neste caso, somente quando o militar estiver de serviço ou em razão deste usar palavras de baixo calão ou utilizar -se de gestos obscenos. XXXV - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem como re- sistir a ela (G); Ocorre quando o militar estadual estiver recolhido, ou preso e sendo escoltado, em hipótese alguma poderá tentar fugir, nem tampouco resistir a tal escolta. XXXVI - tendo conhecimento de transgressão disciplinar, dei- xar de apurá-la (G); XXXVII - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na au- sência deste, a qualquer autoridade superior toda informação que tiver sobre iminente perturbação da ordem pública ou grave altera- ção do serviço ou de sua marcha, logo que tenha conhecimento (G); Conduta classificada como prevaricação ou omissão praticada por quem deveria apurar a transgressão, ou seja, crime. | 10 | XXXVIII - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou qual- quer documento, dados indispensáveis ao esclarecimento dos fatos (G); Conduta classificada como omissão praticada por quem deveria preencher o documento mencionado. XXXIX - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar documentos de interesse da administração pública ou de terceiros (G);XL - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou amplitude, assim o exigir (G); Condutas classificadas como crimes. XLI - passar a ausente (G); De acordo com o EMECE e a legislação Penal Militar, esta conduta pode dar início a um processo de deserção. E é caracterizado quando: Estatuto “Art. 176. É considerado ausente o militar estadual que por mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas: I - deixar de comparecer a sua Organização Militar Estadual, sem comuni- car qualquer motivo de impedimento; II - ausentar-se, sem licença, da Organização Militar Estadual onde serve ou local onde deve permanecer.” XLII - abandonar serviço para o qual tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo na forma determinada (G); O abandono de serviço também é caracterizado como crime pela Legislação Penal Militar. XLIII - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual esteja nominalmente escalado (G); O militar estadual não pode faltar ao serviço ou ao expediente, salvo situações excepcionais devidamente comprovadas. XLIV - afastar-se, quando em atividade militar com veículo au- tomotor, aeronave, embarcação ou a pé, da área em que deveria permanecer ou não cumprir roteiro de patrulhamento predetermina- do (G); Ocorre por exemplo; quando a composição de serviço na viatura Sair de sua área de atuação previamente estabelecida sem aut o- rização de quem de direito. XLV - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou segu- rança de pessoas ou instalações, salvo quando autorizado (G); Conduta altamente desonrosa. Imagine: Um Policial militar, fard a- do, armado, responsável pela segurança da comunidade, dormi n- do dentro da viatura ou em seu local de serviço. XLVI - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso de substância proibida, entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em local sob administração militar (G); O militar estadual tem obrigação de evitar tal conduta de consumo de substâncias entorpecentes, e jamais deverá introduzi-las em local sob administração militar. XLVII - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou apre- sentar-se alcoolizado para prestá-lo (G); Conduta classificada também como crime pela Legislação Penal Militar. XLVIII - portar ou possuir arma em desacordo com as normas vigentes (G); Todo militar estadual tem direito ao porte de arma, porém some n- te poderá portar arma dentro do estrito cumprimento das leis. XLIX - andar ostensivamente armado, em trajes civis, não se achando de serviço (G); Os militares estaduais jamais poderão portar arma de fogo de maneira ostensiva, ou seja, a mostra, salvo em serviço. L - disparar arma por imprudência, negligência, imperícia, ou desnecessariamente (G); O militar estadual deve ter o máximo de cuidado ao manusear sua arma de maneira a evitar disparos acidentais. Em ocorrendo di s- paro acidental o militar cometerá transgressão disciplinar se não ocorrer algo mais grave. LI - não obedecer às regras básicas de segurança ou não ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua responsabilidade (G); O militar estadual tem a obrigação de observar todas as regras de segurança previstas no Estatuto do desarmamento, bem como deve tomar todos os cuidados para evitar que pessoa não autor i- zada tome posse de arma sob sua responsabilidade. LII - dirigir viatura ou pilotar aeronave ou embarcação policial com imperícia, negligência, imprudência ou sem habilitação legal (G); O militar jamais poderá conduzir veículo público sem estar dev i- damente habilitado para tal. LIII - retirar ou tentar retirar de local, sob administração militar, material, viatura, aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem ordem do responsável ou proprietário (G); O militar não poderá retirar do quartel, qualquer material, ou a própria viatura sem permissão de autoridade competente. LIV - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de Organização Militar, com tropa, sem prévio conhecimento da autoridade competente, salvo para fins de instrução autorizada pelo comando (G); Cometida pelo comandante de tropa que ingressa em quartel com os militares sob seu comando sem autorização de quem de dire i- to. | 11 | LV - frequentar ou fazer parte de sindicatos, associações pro- fissionais com caráter de sindicato, ou de associações cujos estatu- tos não estejam de conformidade com a lei (G); O militar estadual não poderá se sindicalizar, nem tampouco frequentar a sindicatos ou Associações não previstas em lei. LVI - divulgar, permitir ou concorrer para a divulgação indevida de fato ou documento de interesse da administração pública com classificação sigilosa (G); LVII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindicató- rio, no qual os participantes portem qualquer tipo de armamento, ou participar de greve (G); Esta conduta poderá gerar a expulsão do militar da p raça ou a demissão do oficial se for o caso. LVIII - ferir a hierarquia ou a disciplina, de modo compromete- dor para a segurança da sociedade e do Estado (G). Conduta um tanto complexa e subjetiva. Pode ser enquadrada em várias situações, como: A greve armada, ferir a hierarquia e a disciplina e comprometer a segurança da sociedade ou do Estado. § 2º. São transgressões disciplinares médias: I - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes não de- finidas por mais tempo que o necessário para a solução do proce- dimento policial, administrativo ou penal (M); O militar estadual somente pode reter as testemunhas ou partes pelo tempo extremamente necessário. II - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em prejuízo da boa ordem civil ou militar ou do bom nome da Corporação Militar (M); Ocorre quando o militar passar a denegrir a imagem da corpor a- ção, ou seja, quando tentar manchar a reputação, através de fatos e/ou noticias que possam gerar descrédito junto à comunidade. III - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de alarmes injustificados (M); Ocorre quando o militar Passa a criar fatos e espalhar notícias que possam causar temor na comunidade, por exemplo: a Polícia vai entrar em “greve”. IV - concorrer para a discórdia, desarmonia ou cultivar inimi- zade entre companheiros (M); Criar fatos e/ou espalhar notícias que possam causar desavença, inimizade e intrigas entre os companheiros. V - entender-se com o preso, de forma velada, ou deixar que alguém o faça, sem autorização de autoridade competente (M); O militar é extremamente proibido de manter qualquer tipo de relacionamento indevido, ou transação com o preso, bem como jamais poderá permitir que alguém o faça. VI - contrair dívida ou assumir compromisso superior às suas possibilidades, desde que venha a expor o nome da Corporação Militar (M); Quando o militar faz algum tipo compra que sabe não ser capaz de quitar, colocando o nome, endereço e telefone da corporação denegrindo assim a imagem da corporação. VII - retardar, sem justo motivo, a execução de qualquer or- dem legal recebida (M); Também conhecida como falta de exação (exatidão), quando o militar deixa de cumprir uma ordem, quando podia ter cumprido. VIII - interferir na administração de serviço ou na execução de ordem ou missão sem ter a devida competência para tal (M); Ocorre quando o militar age com intromissão, se mete onde não deve. IX - procurar desacreditar seu superior ou subordinado hie- rárquico (M);Quando o militar Fizer perder o crédito ou a reputação de superior. Desmerecer; depreciar, Não acreditar. Faz com que as pessoas dei- xem de respeitar aquele superior ou subordinado, através de comentários tendenciosos. X - deixar de prestar a superior hierárquico continência ou ou- tros sinais de honra e respeito previstos em regulamento (M); XI - deixar de corresponder a cumprimento de seu subordi- nado (M); Continência é a saudação militar e uma das maneiras de manifestar respei- to e apreço aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos. O su- bordinado por questão de educação é obrigado a cumprimentar seu superior, que por sua vez é obrigado a responder. O cumpr i- mento militar é a continência que é semelhante ao bom dia, boa tarde, boa noite. XII - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, documento de identidade funcional ou recusar-se a declarar seus dados de identificação quando lhe for exigido por autoridade competente (M); Em várias situações a lei obriga o militar a se apresentar através de sua identidade funcional. Ex: Para ter acesso a transporte coletivo, a locais sujeitos a fiscalização, como: casas de espet á- culo. XIII - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao ident i- ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a autoridade competente para apurá-lo. XIV - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo se houver causa de justificação (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e se for autoridade competente deverá punir os transgressores da disc i- plina. | 12 | XV - não levar fato ilegal ou irregularidade que presenciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber reprimir, ao conhecimento da autoridade para isso competente (M); O superior tem obrigação de fiscalizar o subordinado e ao identi- ficar qualquer transgressão disciplinar deverá comunicar o fato a autoridade competente para apurá-lo. Assim como o subordinado é obrigado a representar contra o superior que comete irregular i- dades. XVI - deixar de manifestar-se nos processos que lhe forem en- caminhados, exceto nos casos de suspeição ou impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hipótese em que essas circunstâncias serão declaradas (M); XVII - deixar de encaminhar à autoridade competente, no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento ou processo que receber, se não for de sua alçada a solução (M); Ocorre quando o militar deixa de encaminhar o documento a quem foi endereçado quando não lhe seja competente para sol u- cionar. XVIII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia, em qualquer serviço, instrução ou missão (M); Desídia é a ausência de atenção ou cuidado; desleixo; negligência; falta de compromisso. XIX - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judiciária mili- tar que deva promover ou em que esteja investido (M); Quando um militar pratica um crime militar, deverá ser confecci o- nado o competente Inquérito Policial Militar, onde o responsável por tal documento deverá adotar todas as providência de confe c- ção e remessa a Justiça Militar. XX - desrespeitar medidas gerais de ordem militar, judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua execução (M); Ocorre quando o militar deixa de comparecer a audiências quando convocado. XXI - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordinados ou instruendos, a dedicação imposta pelo sentimento do dever (M); Instruendo é aquele que está recebendo instrução. Ocorre quando o militar Deixar de se preocupar com sua preparação profissional ou de seus subordinados ou instruendos (alunos em curso militar). XXII - causar ou contribuir para a ocorrência de acidente de serviço ou instrução (M); Este acidente pode ser em serviço (acidente de trânsito, por exemplo) ou na instrução (acidentes com arma de fogo durante aula de tiro ou mesmo com armamento e munição não letal). XXIII - apresentar comunicação disciplinar ou representação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar sem observar as prescrições regulamentares (M); O militar por natureza deve ser honesto e organizado, honesto para não fazer acusações sem fundamento contra superior ou subordinado e organizado para não perder os prazos ou fazer recursos sem obedecer ao ritual da lei. XXIV - dificultar ao subordinado o oferecimento de represen- tação ou o exercício do direito de petição (M); Para garantir o direito do subordinado de denunciar o superior ou de requerer algo, o superior deve dar o encaminhamento devido sem dificultar tal providência. XXV - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou assis- tir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento sem a devida autorização (M); Faltar a uma formatura ou solenidade para qual foi escalado ou sair antes do encerramento sem a autorização da autoridade competente. XXVI - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar por for- ça de dispositivo ou ordem legal (M); O militar quando escalado em determinado posto de serviço não pode afastar-se do local em que lhe foi determinado, salvo autor i- zação de quem de direito. XXVII - permutar serviço sem permissão da autoridade compe- tente (M); XXVIII - simular doença para esquivar-se ao cumprimento do dever (M); Essas transgressões ocorrem quando o militar estadual trocar o serviço sem autorização de autoridade competente e fingir está doente para não trabalhar ou para não cumprir determinada o r- dem legal. XXIX - deixar de se apresentar às autoridades competentes nos casos de movimentação ou quando designado para comissão ou serviço extraordinário (M); Ocorre dentre outras situações quando escalado em um serviço de policiamento de estádio o militar deverá procurar o comanda n- te do policiamento para se apresentar a ele e tirar sua falta. XXX - não se apresentar ao seu superior imediato ao término de qualquer afastamento do serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo tenha sido interrompido ou suspenso (M); Ao término de férias, licença, dispensa de serviço, luto, ou qua l- quer outro afastamento deverá se apresentar a seu comandante, bem como em caso de interrupção ou suspensão destes afasta- mentos. XXXI - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M); Conduta parecida com inc. XLV, mas neste caso como não está sendo citado o tipo de serviço que está sendo executado, parece - nos que é serviço interno e, portanto menos grave do que dormir no meio da rua em viatura. | 13 | XXXII - introduzir bebidas alcoólicas em local sob administra- ção militar, salvo se devidamente autorizado (M); Ocorre quando o militar Introduzir a bebida é diferente de ingerir a bebida e, portanto introduzir é menos grave. XXXIII - comparecer ou tomar parte de movimento reivindica- tório, no qual os participantes não portem qualquer tipo de arma- mento, que possa concorrer para o desprestígio da corporação militar ou ferir a hierarquia e a disciplina; Caso o militar participe de movimentos reivindicatórios sem que tenham pessoas armadas à gravidade da transgressão é menor. Em caso do militar estar armado o problema será maior podendo gerar inclusive a expulsão da praça e a demissão do oficial. XXXIV - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em local sob administração militar, substância ou material inflamável ou explosivo sem permissão da autoridade competente (M); Pode trazer grandes riscos para si e para os companheiros e superiores,pode gerar acidente e por isso considerada transgres- são. XXXV - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial, salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); As viaturas possuem prerrogativas de l ivre circulação, estaciona- mento e parada, mas somente se estiverem em atendimento de urgência. XXXVI - autorizar, promover ou executar manobras perigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou animais, salvo quando essencial ao atendimento de ocorrência emergencial (M); Além de ser caracterizado como infração gravíssima pelo Código de trânsito brasileiro, executar manobras perigosas, arrancada ou frenagens bruscas e cavalos de pau, o militar estadual que pr o- mover ou mesmo autorizar tais condutas cometerá transgressão disciplinar média podendo ser responder penal, civil e administr a- tivamente. XXXVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inutilizar, por ação ou omissão, bens ou animais pertencentes ao patrimônio público ou particular, que estejam ou não sob sua responsabilidade (M); Caracteriza-se em danificar (quebrar), extraviar (perder) ou inut i- lizar (tornar inservível) viatura, computador, celular ou até mesmo animais que pertençam administração pública ou a outra pessoa, mas que esteja sob a responsabilidade do militar. XXXVIII - negar-se a utilizar ou a receber do Estado farda- mento, armamento, equipamento ou bens que lhe sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade (M); Negar significa rejeitar, recusar, caracteriza-se quando o militar estadual recusa aceitar o material do Estado para ser utilizado no desempenho de sua função. Ex: Fardamentos, coletes, armas, algemas, dentre outros. XXXIX - deixar o responsável pela segurança da Organização Militar de cumprir as prescrições regulamentares com respeito à entrada, saída e permanência de pessoa estranha (M); XL - permitir que pessoa não autorizada adentre prédio ou lo- cal interditado (M); O militar somente deve permitir a entrada de civil no quartel depois de inteirado de sua identidade, motivo de sua presença e do conhecimento da pessoa com quem deseja entender-se, mesmo assim, devidamente acom- panhado, quando julgar essa medida necessária. XLI - deixar, ao entrar ou sair de Organização Militar onde não sirva, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia ou de servi- ço e, em seguida, se oficial, de procurar o comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu substituto legal para expor a razão de sua presença, salvo as exceções regulamentares previstas (M); Sempre que o militar ingressar em unidade militar onde não sirva (trabalha) ele deverá se apresentar ao Oficial de Dia (ou ao mil i- tar responsável pela Guarda do quartel). Se o militar que entra ou sai for oficial deverá também procurar também o Comandante da unidade. XLII - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos desti- nados a superior ou onde este se encontre, bem como qualquer ou- tro lugar cuja entrada lhe seja vedada (M); O cabo e soldado não podem adentrar no Alojamento dos subt e- nentes e sargentos sem a devida autorização. XLIII - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da Organiza- ção Militar, desde que não seja a autoridade competente ou sem sua ordem, salvo em situações de emergência (M); O militar não pode abrir ou mesmo tentar abrir qua lquer depen- dência do quartel sem a devida autorização de quem de direito. XLIV - permanecer em dependência de outra Organização Mi- litar ou local de serviço sem consentimento ou ordem da autoridade competente (M); Aqui a conduta proibida é a de permanecer em dependência do quartel sem a devida autorização. XLV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair de qualquer Organi- zação Militar (M); Procedimento padrão nas unidades militares. O militar a o sair do quartel poderá ser obrigado a mostrar bolsas, pacotes ou vol u- mes. XLVI - apresentar-se, em qualquer situação, mal uniformizado, com o uniforme alterado ou diferente do previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes da Corporação Militar ou norma a res- peito (M); XLVII - usar no uniforme insígnia, medalha, condecoração ou distintivo, não regulamentares ou de forma indevida (M); | 14 | O militar estadual deve, sempre que se apresentar para serviço, formaturas ou eventos, está com o fardamento adequad o, limpo e completo, de acordo com as prescrições regulamentares. XLVIII - comparecer, uniformizado, a manifestações ou reu- niões de caráter político-partidário, salvo por motivo de serviço (M); O militar jamais poderá participar de eventos desta natureza usando os uniformes da corporação, a menos que esteja de serv i- ço, ou em razão deste. XLIX - autorizar, promover ou participar de petições ou ma- nifestações de caráter reivindicatório, de cunho político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a ato de superior, para tratar de assuntos de natureza militar, ressalvados os de natureza técnica ou científica havidos em razão do exercício da função militar (M); L - frequentar lugares incompatíveis com o decoro social ou militar, salvo por motivo de serviço (M); O militar não pode participar de abaixo assinados e nem muito menos, frequentar zonas de baixo meretrício, prostíbulos, casa de jogo ou qualquer local incompatível, exceto se em serviço, ou em razão deste. LI - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições para re- solver assunto de interesse pessoal relacionado com a corporação militar, sem observar os preceitos estabelecidos neste estatuto (M); Solicitar a políticos ou outras autoridades que interfiram na adm i- nistração da corporação militar para resolução de questões de interesse particular. LII - assumir compromisso em nome da Corporação Militar, ou representá-la em qualquer ato, sem estar devidamente autorizado (M); Participar de eventos de qualquer natureza como representante da corporação, sem a devida autorização, ou mesmo assumir qualquer compromisso em nome da instituição sem está devid a- mente autorizado. LIII - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas legais ou regulamentares, na esfera de suas atribuições (M); O militar por si só, em virtude do treinamento, qualificação e das determinações de superiores sabe quais são suas atribuições. Desta forma ao deixar de cumprir tais normas o militar é consid e- rado transgressor. LIV - faltar a ato judiciário, administrativo ou similar, salvo mo- tivo relevante a ser comunicado por escrito à autoridade a que esti- ver subordinado, e assim considerado por esta, na primeira oportu- nidade, antes ou depois do ato, do qual tenha sido previamente cientificado (M); Durante a carreira do militar, em diver sos momentos será convo- cado para audiências. Se o faltar a essas audiências, sem motivo plausível, cometerá transgressão disciplinar. LV - deixar de identificar-se quando solicitado, ou quando as circunstâncias o exigirem (M); LVI - procrastinar injustificadamente expediente que lhe seja encaminhado, bem como atrasar o prazo de conclusão de inquérito policial militar, conselho de justificação ou disciplina, processo ad- ministrativo-disciplinar, sindicância ou similar (M); Procrastinar significa adiar, deixar alguma coisa pra depois, transferir a realização de alguma coisa para outro momento, prorrogar para outro dia. LVII - manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notórios e desabonadosantecedentes criminais ou policiais, salvo por motivo relevante ou de serviço (M); Ocorre quando o militar mantem qualquer tipo de relacionamento com pessoas de desabonados antecedente criminais. LVIII - retirar, sem autorização da autoridade competente, qualquer objeto ou documento da Corporação Militar (M); O militar somente pode retirar documentos, objetos ou materiais da corporação, devidamente autorizado. § 3º. São transgressões disciplinares leves: I - deixar de comunicar ao superior a execução de ordem dele recebida, no mais curto prazo possível (L); Ocorre quando o militar deixa de dar o retorno (informar ao sup e- rior) da execução da determinação recebida. II - retirar-se da presença do superior hierárquico sem obedi- ência às normas regulamentares (L); Ocorre quando o militar sai da presença do superior sem pedir permissão para isto. III - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de apresentar- se ao seu superior funcional, conforme prescrições regulamentares (L); O militar deve apresentar-se a seu superior ao chegar para o serviço. IV - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao superior hie- rárquico de posto ou graduação mais elevada e de saudar os de- mais, de acordo com as normas regulamentares (L); Quando na ocorrência de solenidades, formaturas, o militar dev e- rá apresentar-se a autoridade maior presente no evento e ainda, deve saudar os demais militares presentes. V - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou a senti- nela, na formação de grupo ou permanência de pessoas junto ao seu posto (L); Por questão de segurança, o militar não poderá permitir aglome- ração de pessoas nas proximidades do posto de serviço. VI - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de au- toridade (L); | 15 | Ocorre quando o militar erguer ou baixar bandeira nacional, do estado ou bandeira do comandante da unidade, sem a devida autorização. VII - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regulamentos, sem ordem de autoridade competente (L); Os toques de corneta ocorrem para emitir comando ou para c o- mando movimentos de ordem unida e para tal devem ser exe cuta- dos após a determinação da autoridade competente. VIII - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares im- próprios (L); Durante palestras ou discursos o militar não poderá fazer bar u- lhos que atrapalhem o evento. IX - deixar de comunicar a alteração de dados de qualificação pessoal ou mudança de endereço residencial (L); O militar poderá ter que ser localizado até em seu período de folga e, portanto deve manter seus dados atualizados. X - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o qual es- teja nominalmente escalado ou a qualquer ato em que deva tomar parte ou assistir (L); XI - deixar de comunicar a tempo, à autoridade competente, a impossibilidade de comparecer à Organização Militar (OPM ou OBM) ou a qualquer ato ou serviço de que deva participar ou a que deva assistir (L); Quando o militar por motivos devidamente justificados, for se atrasar ou faltar ao serviço, deverá informar a quem de direito, através de uma ligação ou de qualquer outra forma, mesmo que esteja doente e com atestado médico. XII - permanecer, alojado ou não, deitado em horário de ex- pediente no interior da Organização Militar, sem autorização de quem de direito (L); Os militares não podem permanecer deitados em horário de e x- pediente normal de trabalho. XIII - fumar em local não permitido (L); XIV - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinheiro os permitidos, em local sob administração militar, ou em qualquer ou- tro, quando uniformizado (L); Os militares não podem dar-se a jogos proibidos, muito mesmo dentro das dependências do quartel. XV - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação oficial, sem autorização do órgão militar competente, mesmo estando ha- bilitado (L); XVI - transportar na viatura, aeronave ou embarcação que es- teja sob seu comando ou responsabilidade, pessoal ou material, sem autorização da autoridade competente (L); Somente poderá dirigir o veículo será seu condutor nominalmente escalado, ou outro condutor determinado por quem de direito e obviamente o referido veículo só pode ser util izado para fins de serviço. XVII - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessidade, pe- las ruas da cidade ou castigar inutilmente a montada (L); XVIII - permanecer em dependência da própria Organização Militar ou local de serviço, desde que a ele estranho, sem consenti- mento ou ordem da autoridade competente (L); XIX - entrar ou sair, de qualquer Organização Militar, por luga- res que não sejam para isso designados (L); Ocorre quando o militar pular um muro, cerca ou de qualquer outra forma sair ou entrar do quartel por local indevido. XX - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em local sob administração militar, publicações, estampas ou jornais que atentem contra a disciplina, a moral ou as instituições (L); XXI - usar vestuário incompatível com a função ou descurar do asseio próprio ou prejudicar o de outrem (L); Deixar de ter cuidado com o seu asseio ou prejudicar o de co m- panheiro dificultando, como por exemplo: impedindo que subord i- nado tome banho. XXII - estar em desacordo com as normas regulamentares de apresentação pessoal (L); A apresentação individual é indispensável na vida militar, desta forma, o militar deve se apresentar fardado corretamente, com farda limpa e engomada, o cabelo cortado e a barba feita. XXIII - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a regula- mentação o permitir (L); XXIV - aceitar qualquer manifestação coletiva de subordina- dos, com exceção das demonstrações de boa e sã camaradagem e com prévio conhecimento do homenageado (L); As manifestações coletivas, como: Abaixo assinado, greves, mo- bilizações são proibidas. Porém se a manifestação tem por objet i- vo homenagear companheiro de trabalho poderão ser autorizadas. XXV - discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos, militares ou policiais, exce- tuando-se os de natureza exclusivamente técnica, quando devida- mente autorizado (L). XXVI - transferir o oficial a responsabilidade ao escrivão da elaboração de inquérito policial militar, bem como deixar de fazer as devidas inquirições (L); O inquérito Policial Militar tem como responsável (presidente do IPM) um oficial, porém este é auxiliado por um escrivão, sendo, portanto proibido a este oficial transferir esta responsabilidade ao escrivão. | 16 | XXVII - acionar desnecessariamente sirene de viatura policial ou bombeirística (L). O militar não deve acionar a sirene da viatura de forma desnece s- sária, principalmente próximo a hospitais, escolas e etc, salvo se em situação de ocorrência. § 4º. Aos procedimentos disciplinares, sempre serão garanti- dos o direito a ampla defesa e o contraditório. CAPÍTULO V Das Sanções Administrativas Disciplinares Seção I Disposições Gerais Art. 14. As sanções disciplinares aplicáveis aos militares do Estado, independentemente do posto, graduação ou função que ocupem, são: I - advertência; II - repreensão; III - permanência disciplinar; IV - custódia disciplinar; V - reforma administrativa disciplinar; VI - demissão; VII - expulsão; VIII - proibição do uso do uniforme e do porte de arma. Ao cometer um crime, o militar fica sujeito às penas previstas no Código Penal ou Código
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