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tcc final Pedagogia nota 100

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16
RELAÇÃO FAMÍLIA ESCOLA NO COTIDIANO ESCOLAR
(ALUNO) AAAAAAAAAAA,aaa 1
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RESUMO
Com o objetivo de analisar a relação família e escola, valorizando os diversos contextos familiares, este trabalho buscou um embasamento teórico através de pesquisa bibliográfica, para compreender de que maneira os dois convivem e se relacionam na instituição de ensino, pois a mesma é a primeira que recebe as dificuldades vividas pelas famílias, interagindo e trabalhando junto cada uma em seu papel e missão do pleno desenvolvimento do individuo. Averiguou-se a importância da escola em oportunizar e contribuir para que a presença familiar nas atividades realizadas no âmbito escolar seja realmente eficaz e facilitadora na trajetória educativa das crianças, com a participação e acolhimento das famílias na vida escolar de seus filhos, conscientizando para o seu comprometimento com a formação da criança. Assim, a escola deve estar aberta para ouvir, dialogar e responder tudo com clareza, sempre trocando informações, estando na mesma sintonia em relação à educação da criança, construindo uma escola participativa e um ambiente acolhedor em que todos se sintam bem, essa parceria é fundamental para melhor qualidade de ensino, não sendo uma tarefa fácil, é um desafio a ser conquistado entre educadores e família.
Palavras chave: Família. Cotidiano. Escola. Diálogo.
 1. INTRODUÇÃO
O interesse de pesquisar a relação família e escola no cotidiano escolar originou-se de presenciar a diversas situações problemas vividas no dia a dia na instituição de ensino, em que muitas vezes não vinha a desencadear em um diálogo bem sucedido entre ambas as partes, família e escola. Buscando conscientizar e interagir as mesmas, compreendendo suas atitudes e dificuldades no dia a dia das crianças, analisando como isso reflete na aprendizagem do aluno no decorrer dos ciclos da vida escolar, tentando resolver os problemas quando surgem não deixando chegar a casos extremos, promovendo atividades socioeducativas com familiares e comunidade, para o desenvolvimento integral dos educando.
Este trabalho abordou a importância da família no desenvolvimento da criança no contexto escolar e de vida, conhecendo o surgimento de novas configurações familiares em nossa sociedade, dando a forma à instituição familiar de hoje, sabendo que não existe um modelo de família ideal e o que importa é a estrutura necessária para a criação da criança, vindo a facilitar a integração de suas famílias no espaço escolar, respeitando e compreendendo as opiniões e aspirações de ambas as partes bem como a sua função legal.
Assim, a escola e família devem trabalhar juntas, mediante uma parceria significativa, trocando experiências, enfrentando as situações problemas, pois ambas precisam estar unidas para preparar a criança que está sob a sua responsabilidade para que viva na sociedade a qual esta inserida. Sabendo que a educação vem de casa a escola deve conhecer a realidade de cada aluno, com seu perfil socioeconômico e estrutura familiar para melhor desenvolver a aprendizagem do aluno.
Para alcançar os objetivos utilizamos as pesquisas bibliográficas, revistas, sites, vídeos e artigos para pesquisa de maiores informações para compreendermos a relação da família e escola nesse meio. Esses dados possibilitaram reflexões sobre as necessidades de conscientizar as famílias da importância de sua participação na vida escolar de seu filho, sendo que a família é o primeiro grupo social em que a criança faz parte, conhecendo os direitos e deveres que a criança e adolescente tem na escola. 
Com a constante evolução da sociedade, a escola deve promover estratégias para uma aproximação maior dos pais à escola e na vida escolar de seus filhos, dando todo apoio para suas vidas, porque assim os educando desempenha seu papel de forma mais segura e motivada, esforçando-se e dedicando-se, pois sentem que os adultos dão apoio e atenção aos mesmos.
2. A FAMÍLIA E ESCOLA CONVIVENCIA DIÁRIA
2.1 ESCOLA E FAMÍLIA PRESENTES NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
O termo família foi derivado do latim famulus, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao ser introduzido à agricultura e também escravidão legalizada. No direito romano clássico a “família natural” cresce de importância, esta família é baseada no casamento e no vínculo de sangue. Já o dicionário formula o termo família como, “conjunto de pessoas, em geral ligadas por laços de parentesco, que vivem sob o mesmo teto”.
A família é o primeiro núcleo de socialização dos indivíduos e o espaço necessário para a garantia do desenvolvimento da personalidade e caráter da criança, adolescente e demais membros, ela é à base da sociedade e uma das suas principais tarefas é preparar os filhos para sua formação e para a convivência com o mundo, que no futuro irá constituir uma família alicerçada na sua própria experiência de vida. Segundo kaloustian (1988): 
A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. È a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, são em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais (KALOUSTIAN, 1988, p.30).
Nossa historia é caracterizada pelo modelo tradicional de família, aquele que sua formação é por laços de parentesco: pai, mãe e filhos. Sendo o mais usual, mas não é o único. As bases familiares sofreram alterações ao longo da história, dando origem a outros formatos e estruturas familiares, que são as novas configurações familiares, não existindo um modelo padrão. Há famílias constituídas por netos e avós, outras reconstruídas com a presença de padrastos, madrastas e os filhos dos respectivos casamentos anteriores, outras compostas por apenas um dos genitores e atualmente outras formadas por casais do mesmo sexo.
Com as mudanças nas organizações familiares, surgiram novos contextos acompanhados de mudanças econômicas, religiosas, e socioculturais, as quais possuem dificuldades e demandas próprias, e assim valores e crenças que precisam ser respeitados.
A família se estrutura de acordo com os contextos sociais, culturais e históricos nos quais se encontra inserida. Podemos destacar diferentes estruturas familiares, sendo elas: 1) Família nuclear, constituída por duas gerações: os pais (marido e esposa) e os filhos; 2) Família extensa, composta por uma rede ampla de parentesco que envolve além dos pais e filhos, outros membros, como avós, tios e primos; 3) Família mista, que inclui parente e amigos. Em relação aos tipos de família comumente vistos na atualidade, há: 1) Família monoparental, chefiada por somente um dos pais; 2) Família tradicional, formada por pais que se casaram uma vez e moram junto com os filhos; 3) Família reconstituída, composta por pais que se separaram, recasou-se e constituíram novas uniões nucleares; 4) Família homoafetiva, formada por um casal do mesmo sexo que pode ser acrescida com outros membros (Njaine, Assis & Constantino, 2009 p. 150).
A família é que transmite, analisa e interpreta a cultura para a criança, bem como proporciona o alicerce para que as pessoas consigam desenvolver o aprendizado na escola. Mesmo quando a família desempenha corretamente as suas funções, ela não é a única responsável pela formação da criança, ou do adolescente. O ECA é muito claro e inclui “a comunidade, a sociedade e o poder publico” neste processo:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, á liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL. ECA, 1990, Art.4)
Na Idade Média a escola somente era acessível a um pequeno numero de pessoas, para aqueles que tinham melhores condições econômicas e não havia na sua estrutura a separação por idades. O intuito da escola era formar a criança no seu aspecto moral e intelectual através de uma disciplina mais autoritária, separando-as do mundo dos adultos. Mesmo quando a população menos favorecida economicamente passou a frequentar as classes escolares, só podiam levar adiante seus estudos se tivessem condições financeiras, sendo o privilégio de poucos.
De acordo com Nogueira (2006): “Tendo se tornado quase impossível à transmissão direta dos ofícios dos pais aos filhos, o processo de profissionalização passa cada vez mais por agencias especificas, dentre as quais a mais importante é, sem dúvida, a escola.” (p. 161).
 Não se atribui somente para a escola a responsabilidade pela formação da personalidade e do caráter da criança, esta deve apenas complementar o papel da família, ficando ao encargo de ambas o processo de aprendizagem da criança. Mario Sergio Cortella diz que “educação dos filhos vem de casa, a escola apenas ajuda na escolarização”. Os pais colocam o filho na escola, porém não acompanham o seu desenvolvimento, assim gerando sentimentos de abandono, negligência e por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem às condutas desordenadas, que se reflete em casa e quase sempre, na escola em termo de indisciplina e de baixo rendimento escolar. A educação das crianças é uma preocupação tanto dos pais como dos educadores. A influência que a criança sofre junto aos amigos, aos meios de comunicação e junto à escola é muito importante no processo educativo de cada filho. O papel do professor é variado, ele deve ensinar, mas também educar, transmitir conhecimentos, mas também introduzir métodos, instrumentos de trabalho e alguns valores fundamentais para os alunos, como, por exemplo, compreensão e respeito pelo outro, responsabilidade e ainda desenvolver o espírito critico, a reflexão, mas também a criatividade e a curiosidade em termos de aprendizagem, aparecendo como parceiro insubstituível nessa responsabilidade.
Osório define o papel de ambas na educação de filhos/ educados como: 
Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, a família cabe oferecer a criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e à escola instruí-los, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência. Talvez essa seja uma concepção por demais simplista para equacionar as relações entre a família e a escola em nossos dias, mas qualquer avanço na discussão de até aonde vai o papel da família e onde começa o da escola nos conduziria a outro patamar de considerações que extrapolam os limites da contestação à pergunta formulada. (OSÓRIO, 1996, p. 82)
A mudança na sociedade transformou a estrutura social e cultural e assim a rotina das famílias, muitas vezes se distanciando emocionalmente e fisicamente, pois a maioria de pais e mães trabalham fora e delegam o cuidar e educar a outras pessoas. Não é um trabalho fácil, exigindo bastante esforço, calma e resignação, educar requer saber ouvir e fazer calar quando necessário, não há formulas ou procedimentos prontos, não se acham soluções milagrosas para todo o problema. Na maior parte dos casos, percebe-se que aos pais se perdem nas correções, pois seguem teorias e regras e esquece-se de dizer um simples “basta” aos filhos. A dificuldade de impor limites resulta frequentemente em conflitos e questionamentos. De acordo com Szymanski (2010), p. 99 “[...] as famílias têm de dar acolhimento a seus filhos: um ambiente estável, provedor, amoroso”. E também ser um exemplo de superação das dificuldades, orientando os filhos nas vivências que terão fora de casa, as dificuldade encontradas no dia a dia em convívio na sociedade, sem violência, mas sim considerando que o dialogo é uma forma de educação alertando para as situações que poderão vir a ser encontradas.
Sabemos que muitas famílias não conseguem participar ativamente na formação educacional devido a questões sociais, pessoais e até questões econômicas, pois para muitos a situação econômica traz com ela muitos empecilhos para que possam ter o equilíbrio necessário para apoiar seus filhos. E estas crianças necessitam de apoio, porque muitas vezes em casa, não tem amparo, auxilio, assistência nos estudos e nas tarefas diárias, tais como os trabalhos de casas e pesquisas, auxilio na leitura e na maioria das vezes abandonam a escola por não terem alternativa. Para que essas situações sejam amenizadas devem ser inseridas nos programas de serviço social e atendimentos nos locais existentes na comunidade, como CRAS (centro de Referência em Assistência Social, PSF (Programa de saúde da Família), CTs (Conselhos Tutelares), conversando com os profissionais competentes como as assistentes sociais, psicólogos e educadores). A visita do assistente social é importante para as famílias, verificando as condições em que vivem seus membros fazendo uma ponte, usando estratégias de aproximação entre educadores e gestores da escola.
Temos conhecimento que muitos pais, principalmente os pertencentes à classe economicamente e culturalmente desfavorecida enfrentam dificuldades para buscar estas instituições que oferecem ajuda em virtude do seu baixo nível de instrução e escolaridade.
Assim, os conflitos entre famílias e escolas podem advir de classes sociais, valores, crenças, hábitos de interação e comunicação subjacentes aos modelos educativos. Tanto crianças como pais podem comportar-se segundo modelos que não são os da escola. (SZYMANSKI, 2010, p.103).
O objetivo dessas atividades foi o real desenvolvimento integral dos educando, o fortalecimento das famílias, principalmente as mais vulneráveis, as quais pouco se interessam pelo que acontece com seu filho na escola, ainda prevalecendo à ideia que o compromisso é da escola em ensinar, e estreitamento das relações da escola com as crianças e os adolescentes que enfrentam maiores dificuldades de socialização.
Na escola, por ser um ambiente diferente da família a criança estabelece relações com outras crianças e adultos, começam a perceber que existem outras pessoas no mundo além dos membros da família e assim recebendo o auxilio dos professores na busca de conhecimentos, cabendo ao educador além de agregar suportes teóricos à formação do aluno, a função de apoiar as dificuldades apresentadas pelos educados. Por isso é importante que quando se aparecem problemas, que se abra um espaço entre educadores, familiares e gestores para discutir as dificuldades enfrentadas nesse cotidiano: discriminação, violência escolar, bulling, evasão escolar, fraco desempenho escolar, falta de recursos. Vindo a encontrar soluções para esses problemas, não é mais possível conceber uma escola isolada da família e da comunidade, quando esses atores sociais se encontrarem para além da sala de aula de suas crianças, passarão a compreender e dialogar sobre a educação e atuar de forma integrada para que as soluções sejam encontradas e os problemas resolvidos. 
A família deve fazer um esforço para se fizer sempre presente em todos os momentos da vida do seu filho, envolvendo-se, com obrigação e cooperação, pois a participação ativa é de fundamental importância na formação do educando. A parceria entre pais e educadores resultou em um melhor aproveitamento e desenvolvimento intelectual. Estando atenta a problemas cognitivos e de comportamento e preparada para interferir da melhor maneira ao bem estar de seus filhos, assegurando a proteção absoluta dos mesmos e outros componentes, sem levar em conta o arranjo familiar ou a maneira como estão se estruturando. Acontece que muitos pais, transferem ás obrigações a escola, mas não acolhem com tranquilidade quando essa mesma escola exerce as atribuições que deveriam ser deles.
Hoje, a famíliaquer mandar na escola e a escola quer mandar na família. Mas porque cada uma não manda no seu espaço? Isso prejudica a ambas, e principalmente à escola, que é quem mais perde. Ela vai se desconfigurando, obedecendo às demandas e opiniões da família. É como levar um filho ao médico e se recusar a dar o remédio por ele ser muito amargo (AQUINO, 2013 p.38).
O papel dos pais no processo de formação de seu caráter, de sua personalidade e assim no estudo dos filhos é fundamental, pois transmite ensinamentos estimulados por palavras ou atitudes que influenciaram definindo o comportamento, permitindo que as crianças tenham uma organização e desempenho mais coerentes e lógicos, pois o apoio dos pais faz a diferença para o crescimento acadêmico, a criança sente protegida e acompanhada. Alguns pais pensavam que não podiam ajudar os filhos, porque têm menos estudos do que eles, pelo avanço nas mudanças tecnológicas, gramaticais e didáticas que aconteceram desde a época em que frequentavam a escola até os dias de hoje. Não é necessário um envolvimento direto dos pais na leitura e escrita, sua participação nas rotinas de estudo, fortalecendo hábitos e criando um ambiente favorável ao estudo da criança desenvolvendo a curiosidade intelectual e não se dispersando no momento dos estudos é de extrema importância.
O envolvimento dos pais no apoio do processo educativo nota-se na melhoria dos resultados sempre que os mesmos apoiam os filhos em casa, passam a valorizar e compreender o trabalho do professor, apoiando-se mutuamente na tarefa que é a educação dos alunos.
Pais e professores são partes complementares do sistema educativo, e desta forma não podem ser divergentes, conflitantes ou então trabalharem de forma isolada. Nesse sentido, se os pais interagiram com a escola e com os professores auxiliando seus filhos na elaboração de suas aprendizagens, assim o papel do professor não foi o mero repetidor de trabalho escolar, mas sim colaborando para que a educação escolar possa ter continuidade no espaço familiar. Já a escola necessita ser a instituição responsável pelo ensino de conhecimentos, e ambas precisam se ajudar estando em dialogo permanente para compreender melhor preparando o individuo que está sob sua responsabilidade para viver em sociedade.
Os pais devem tomar consciência de que a escola não é uma entidade estranha, desconhecida e que sua participação ativa nesta é a garantia da boa qualidade da educação escolar. As crianças são filhos e estudantes ao mesmo tempo. Assim, as duas mais importantes instituições da sociedade contemporânea, a família e a escola, devem unir esforços em busca de objetivos comuns (REIS, 2007, p. 06).
Levando em consideração, que é através das relações entre pessoas que se criam hábitos, atitudes e valores, a instituição escolar constituiu-se um lugar de busca, de trocas, servindo a comunidade e nela buscando as razões para as construções. Fez-se necessário essa parceria família-escola e tendo competência e conhecimento para tal, pois quanto mais pessoas estiveram envolvidas, ocorre mais possibilidade de se consolidar o processo de aprendizagem, e o gestor escolar teve um papel dinamizador pensando na coletividade e no bem estar de todos sendo o líder uma pessoa acessível, com a qual todos tem confiança e liberdade de dialogar, se tornar parceiros, unir esforços, partilhar objetivos e reconhecer a existência de um mesmo bem comum para os alunos.
 Para tanto, Martins (1984) sugeriu que o serviço do Orientador Educacional deve inserir na programação: 
a) Promoção e reuniões dos Círculos de Pais e Mestres, nas quais trocam experiências e ideias no sentido de se encontrar um denominador comum para as formas de educar da escola e da família, para a compreensão real das problemáticas do aluno e do ambiente onde vive além da compreensão de suas características individuais. b) Promoção de outras atividades sociais, recreativas e culturais que possam atrair a família à escola. c) Envio periódico de boletins do SOE, contendo informações uteis sobre educação. d) Atendimento individual ou em pequenos grupos visando a uma conscientização sobre a problemática dos filhos (MARTINS, 1984, p. 96).
Fez-se necessário despertar comprometimento da família, para que a mesma se envolvesse com a escola, visitando o ambiente, informando-se das dificuldades e facilidades do aluno, participando das reuniões e outras atividades que a escola convocou, demonstrando interesse pelas atividades desenvolvidas pelo aluno na escola e as tarefas que são levadas para casa, zelando e comprometendo-se com as normas de convivência estabelecidas pelo educandário, fortalecendo a relação entre ambas.
As escolas possuem o Conselho de Pais e Mestres (CPM), ou o Conselho escolar, esses conselhos desempenharam um elo importante entre família e a escola, representando mais do que um órgão que reinvidica, mas sim um espaço de troca de experiências e de muita ação. Quando há entrosamento entre escola e pais, o aluno se dá conta que ele também é importante nesse processo todo e o trabalho pedagógico flui de forma melhor, gerando sucesso na aprendizagem.
O conselho Escolar é um espaço de gestão democrática participativa, auxiliando nos processos decisórios da escola de forma coletiva e participativa.
O Conselho da escola tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais, em questões definidas na legislação estadual ou municipal e no Regimento Escolar. Essas questões, geralmente, envolvem aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. Em vários estados o Conselho é eleito no inicio do ano letivo. Sua composição tem certa proporcionalidade de participação dos docentes, dos especialistas em educação, dos funcionários, dos pais e alunos. (Libâneo, 2004, p. 128)
A necessidade de fortalecer uma relação entre família e escola, foi planejada, estabelecendo compromissos e acordos mínimos para que educando/filhos tivessem uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola. De acordo com Pereira (2008, p. 29), “a Relação entre a Escola e a Família tem vindo a ser alvo de todo um conjunto de atenções: Através de noticias nos meios de comunicação, de discursos de políticos, da divulgação de projetos de investigação e de nova legislação”.
É preciso, portanto, que a família, seja a composição que tiver, cumpra seus deveres e a escola faça valer sua proposta pedagógica como meta, para que ambos possam atingir seus objetivos na formação dos alunos.
Conner (citado por Pereira, 2008) afirma que é preciso: 
Trabalhar cuidadosamente com os pais até termos certeza de que os primeiros projetos são bem-sucedidos. O sucesso traz o sucesso e a autoconfiança e, como resultado, os pais ficam motivados para participarem ainda mais. Quando os pais tem uma relação positiva com os professores, eles podem ajudar os filhos a terem um comportamento correto na escola.
Mas para que essa junção acontecer, uma como suporte da outra foi necessário que cada uma assumisse seu importante papel na formação integral do aluno. Quando a família se envolveu o aproveitamento escolar foi maior. Essa participação ocorreu incentivando a leitura, a escrita, acompanhando a lição de casa, indo a reuniões, sendo que esta educação mais eficaz quanto mais em sintonia esteve e junta se tornaram um lugar mais agradável para convivência de todos. Sendo fundamental que os pais ajudassem seus filhos a alcançar um melhor desempenho na vida escolar, para isso requer: ter livros em casa, reservando um lugar tranquilo para os estudos, zelando pelo cumprimento de fazer os trabalhos em casa, orientando, mas jamais dando resposta certa, comparecendo nas reuniões de pais, conversando sobre a escola.
Conforme o sentido Piagetano, a relação escola-família prevê o respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de exporem as suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de serem avaliados, criticados, trocando pontos de vista. Tal parceria implica em colocar-se no lugar do outro, e não apenas enquantotroca de favores, mas “(...) a cooperação, no seu sentido mais prodigioso: o de supor afetos, permitir as escolhas, os desejos, o desenvolvimento moral como construção dos próprios sujeitos, um trabalho constante com estruturas lógicas e as relações de confiança”. (Tognhetta, 2002, p. 98).
Coube à escola criar, apresentar e programar estratégias de aproximação na comunidade escolar para o envolvimento das famílias, seguindo uma concepção democrática e participativa.
 
Muitas vezes os pais só comparecem na escola quando é solicitada para uma reunião de pais ou outro tipo de assunto, sua ida voluntária à escola é escassa. O que acontece muitas vezes é a falta de comunicação entre a própria escola a e a família, o que leva a um distanciamento cada vez maior dos espaços escolares, alguns gestores tende a considerar que poucas famílias se interessam pela vida dos filhos, colocando a responsabilidade do fracasso escolar na participação da família.
Na realidade, foi preciso ampliar o debate nas instituições escolares e na comunidade sobre o conceito de participação. Instruindo as instituições e demais setores da sociedade sobre esse tema seria um dos elementos de articulação que resgatam ou constroem o papel dos pais na vida escolar dos alunos para garantir essa parceria entre escolas e comunidade. Penin e Vieira afirmam (2002, p. 36):
Experiências diversas têm sido desenvolvidas nos últimos anos, tanto em escolas públicas, quanto em particulares, buscando uma melhor aproximação entre escola e comunidade. A realização de atividades culturais, desportivas e de outra natureza entre a comunidade escolar em sentido estrito e amplo favorece o diálogo e colabora no estabelecimento de um clima de confiança e compreensão mútua. A convivência entre a escola e a comunidade requer boa vontade e interesse das partes envolvidas. Quando isto ocorre, as coisas começam a acontecer. Muitos corais, teatros, grupos de dança, e outras formas de expressão artísticas surgem destas iniciativas de aproximação. Quando isto ocorre, a escola é revalorizada pela comunidade. A cultura da violência, tantas vezes presente na escola, cede lugar a uma convivência social alegre e pacífica. E esta é uma importante dimensão da função social da escola.
Diante disso, pensar em propostas e ações para reforçar a existência de uma união mais acessível, melhor participação envolvendo pais e comunidade escolar, conscientizando os pais a respeito do seu papel e da importância da educação. Assim apresentando um conjunto de propostas que podem vir a reforçar a existência de uma união mais acessível para todos os agentes administrativos: garantindo livre acesso da comunidade à escola, a partir da criação de espaços de atuação e participação; promovendo melhor convívio entre escola e comunidade; mobilizando a comunidade para participar de um movimento para melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem dos seus alunos, conscientizando-a da importância de sua participação na escola, como incentivar o filho em participar do programa mais alfabetização que foi criado esse ano para auxiliar alunos com dificuldades em alfabetização nos 1° e 2° anos, pois na maioria das escolas funciona em turno inverso e seria um compromisso da família em levar e buscar nesse horário; promovendo a integração entre escolas, realizando atividades de intercâmbio, como jogos desportivos, feira pedagógica, gincanas; unindo o grupo de mães e avós com as crianças para o resgate de histórias locais e experiências de vida, entre outras atividades; ampliando a visão dos pais quanto à importância de sua participação na escola e de estarem presentes na vida escolar dos filhos; parabenizando os pais pelas realizações de seus filhos; envolvendo os pais e encarregados de educação em atividades desenvolvidas em casa. 
Um trabalho em conjunto com todos os envolvidos, criou um vinculo de amor e compromisso entre eles. Para Freire: 
[...] a escola democrática não apenas deve estar permanentemente aberta à realidade contextual de seus alunos, para melhor compreendê-los, para melhor exercer sua atividade docente, mas também disposta a aprender de suas relações com o contexto concreto. Daí a necessidade de professando-se democrática, ser realmente humilde para poder reconhecer-se aprendendo muitas vezes com quem sequer se escolarizou (FREIRE, 1997. p. 67).
Contudo a família e a escola devem caminhar de mãos dadas, ser grandes fieis companheiros nessa caminhada em busca do mesmo objetivo, e o dialogo é fundamental alcançando o sucesso nessa empreitada, pois essa parceria é o alicerce para a educação de todo individuo. 
3. METODOLOGIA 
 O presente trabalho foi desenvolvido buscando alcançar o objetivo no que foi proposto, buscando compreender o tema sobre a relação família e escola no cotidiano escolar procurando motivação na pesquisa relacionada buscando ideias e sugestões para melhorias nesse processo de ensino aprendizagem, através de pesquisas bibliográficas, identificaram-se autores renomados da área que discorrem a respeito do assunto, artigos de revistas, páginas de internet com a finalidade de verificar suas contribuições, para o desenvolvimento, a condução e a finalização do trabalho. Segundo Santos, Molina e Dias (2007, p. 127) pesquisa bibliográfica é:
 um tipo de pesquisa obrigatória a todo e qualquer modelo de trabalho cientifico. É um estudo organizado sistematicamente com base em materiais publicados. São exigidas as buscas de informações bibliográficas e a seleção de documentos que se relacionam com os objetivos da pesquisa.
 A pesquisa proporcionou maior familiaridade com a situação problema, propiciando a construção de hipóteses, buscando um contato eficaz com o objetivo pesquisado, com o surgimento de novas ideias, soluções e algumas mudanças uteis com o intuito de construir e levantar hipóteses que levaram a novos conhecimentos e descobertas quando o assunto é educar em parceria escola e família, sendo que as dificuldades e desafios são constantes.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a realização do trabalho se percebe que escola e família devem fortalecer cada vez mais o laço de união e dialogo na relação para que ocorra uma educação de qualidade, pois tendo em vista o momento em que a educação vive em nosso país, com a desvalorização profissional, despreparo de alguns e deparando com as dificuldades de aprendizado pelos alunos, é muito importante essa interação entre escola e família, pois é um grande desafio que precisa ser superado.
Constatando de fundamental importância a parceria para a melhor qualidade de ensino, pais e professores precisam dialogar as situações ocorridas na escola ou vice- versa, pois assim leva a compreensão do que pode estar acontecendo com o aluno em seu cotidiano, o que muitas vezes influencia no desenvolvimento cognitivo da criança, juntas buscando novos conhecimentos, métodos e outras técnicas de ensino para melhorar o desempenho.
Com a possibilidade do dialogo entre educador e pais, foi proporcionada uma participação coletiva, abrindo caminho para planejamentos e realizações de atividades em busca de uma escola de qualidade conforme a necessidade da maioria, aproximando essa relação no processo de ensino e todos saem ganhando, principalmente o aluno.
Não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível, precisamos agir para que isso aconteça com respeito, profissionalismo e persistência. Muito importante à família reconhecer o trabalho desenvolvido pelo professor na escola e o professor a participação da família. 
O progresso na educação ainda é um desafio, buscando uma melhor relação com escola e família, para que esse desafio seja conquistado, facilitando a evolução da sociedade.
REFERENCIAS
AQUINO, J. G. et al. Família Educação: Quatro Olhares. São Paulo: Papirus, 2013.
GODOY SILVEIRA, R.M.; CALISSI, L. (Organizadoras) O ECA nas Escolas: Perspectivas Interdisciplinares. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2013.
GROCHOSKA, Marcia Andreia. Organização escolar: perspectivas e enfoques-2. Ed.rev.- Curitiba: Intersaberes, 2014. -( Serie Pesquisa e Pratica Profissional em Pedagogia).
https://www.youtube.com/watch?v=dfkb6H8qUsg
18 de mar de 2015 - Vídeo enviado por Motivação e Alegria
https://www.youtube.com/watch?vy3GKroyVrA0
16 de jun de 2014 - Vídeo enviado por Manoela Paim
A importância do acompanhamento familiar na vida escolar das crianças. Acesso dia 25/03/2018 as 09h10min.
https:// comum.rcaap.pt/bitstream/1040.26/2264/11 Ana Picanco.pdf. A Relação entre escola e família. Acesso dia 30/03/2018 as 10h00m. 
https:// biblioteca digital.unicamp.br. Acesso dia 26/03/2018 as 21h00m
http://michaelis.uol.com.br/busca?id=A124 acesso dia 15/10/2018 as 13h 06m.
https:// www.portaleducação.com.br/conteudos/artigos interação entre escola e família no processo de ensino e aprendizagem da criança. Acesso dia 29/03/2018 as 20h15m.
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