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Anômala é a intervenção promovida por pessoa jurídica de direito público. Anômala por conta da desnecessidade de demonstração de interesse jurídico na intervenção (o que é requisito nas demais intervenções de terceiro). A Lei 9.469/97 criou duas modalidades de intervenção anômala: a intervenção da União e intervenção de pessoa jurídica de direito público. >> UNIÃO << A União poderá intervir de forma ampla nos processos em que figure como autor ou réu: >> Autarquia >> Fundação Pública >> Sociedade de Economia Mista >> Empresa Pública Federal A intervenção da União é espontânea e pode acontecer em qualquer tempo do processo e em qualquer dos polos da ação, sem agregar pedido novo. Diverge da assistência porque a União, diferentemente do assistente, não precisa demonstrar interesse jurídico na causa, que, por sua vez, é presumido. Por força da Súmula 150 do STJ, o entendimento é no sentido de que “compete a Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas”. Portanto, manifestando a União interesse em intervir na lide que se processa perante a justiça estadual, os autos deverão ser remetidos ao juízo federal, para que lá seja decidida a possibilidade de intervenção. Nesse caso, decidindo o juízo federal pela impossibilidade da intervenção, os autos retornarão ao juízo estadual, que não poderá reexaminar a decisão da justiça federal. >> ENTES PÚBLICOS << ARTIGO 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 9.469/97 As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão consideradas partes. As pessoas jurídicas de direito público poderão intervir em qualquer processo. Assim como na intervenção da União, a intervenção da PJ de direito público será espontânea, podendo acontecer em qualquer momento do processo, em qualquer dos polos, sem poder agregar pedido novo. Diferencia-se da intervenção da União porque o ente interveniente deve demonstrar o interesse econômico na causa. O ente poderá recorrer da decisão do processo. Em caso de recurso, o ente passa a ser considerado parte no processo e sua condição será considerada para fins de deslocamento de competência. {EXEMPLO} BACEN (Banco Central) atua como ente interveniente e recorre da sentença. Por força de sua condição (autarquia federal) o recurso será processado no TRF. ARTIGO 5º DA LEI 9.469/97 A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.
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