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Camila De C. Mendes ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLÓGICA DO PERIODONTO Periodonto: Unidade biológica e funcional do dente DIVISÃO: · Periodonto de proteção - Gengiva marginal livre - Gengiva inserida - Gengiva interdental (ou papila) · Periodonto de inserção - Ligamento periodontal (Tecido conjuntivo frouxo entre o cemento e o osso alveolar). - Cemento radicular (Recobre a raiz anatômica do dente). - Osso alveolar - O periodonto sofre modificações de acordo com a idade (envelhecimento), ambiente e situações sistêmicas. - O periodonto é frágil. · GENGIVA MARGINAL LIVRE - Tem um contorno festonado – alternância entre papilas e curva parabólica. - Possui zênite - parte mais alta da curva parabólica gengival. Importante para saber as posições satisfatória dos dentes. - Rósea (Independente da etnia do paciente.)Zênite satisfatório: Obedece em uma forma de ‘’triângulo’’. Zênites centrais: estão na mesma altura dos caninos. Zênites laterais: Um pouco mais abaixo, um pouco mais coronais e centralizados. - Lisa - Firme - Levemente abaulada (Devido a este formato, forma-se um espaço virtual entre gengiva e dente) Esse espaço é chamado de sulco gengival. 0 sulco pode ter de 0 a 0,3mm Sulco gengival é um espaço virtual ou em fenda que se forma em detrimento do formato abaulado da gengiva marginal livre. sdkofkdofko · GENGIVA INSERIDA - Rósea ou amarronzada (dependendo da etnia). Quanto mais branca a pessoa for, mais rósea é a gengiva. Quanto mais escura, mais amarronzada. A gengiva inserida varia de pessoa por pessoa. Nenhuma coloração de gengiva inserida é igual. - Resiliente (Ou seja, ela modifica temporariamente quando pressionada. no entanto, com um tempo a gengiva volta ao seu estado normal) - Firme (Está aderida ao dente, não se move com o jato de ar ou instrumento, a não ser que force com material cirúrgico) - Superfície de “Casca de laranja”. (Esse aspecto varia de pessoa para pessoa, depende do fenótipo da gengiva e do DNA) O tom amarronzado da gengiva inserida vem da melanina, produzida pelos melanócitos que estão nas camadas espinhosas e basais do epitélio oral. · VISÃO MICROSCÓPICA DA GENGIVA INSERIDA: ESPAÇO BIOLÓGICO OU APARELHO DE INSERÇÃO SUPRACRESTAL: Área de união entre o tecido gengival e a superficie dental. Caracteriza-se entre o topo da crista óssea alveolar.** Compreende da porção mais coronal do epitélio juncional até a crista óssea. Tudo que estiver acima da crista óssea aderido ao dente é espaço biológico. É composto por: Epitélio juncional (+- 0,97mm) e Inserção conjuntiva (de 1,02 a 1,07mm). **(Alguns autores incluem o sulco gengival ao espaço biológico, outros não).*** · PAPILAS INTERDENTAIS OU GENGIVA INTERDENTAL Parte da papila é formada por parte da gengiva inserida e parte da gengiva marginal livre. No crânio, entre os dentes existem o “ameia interdental” que são ocupados pelas papilas. Essa ameia interdental é um espaço entre os dentes e são ocupados pelas papilas interdentais. É importante para a estética periodontal. Dentes anteriores: as faces interproximais são em formas piramidais, então as papilas tem forma de pirâmide ou triângulo. Dentes posteriores: As regiões interproximais destes tem formato trapezoidal, consequentemente, as papilas também tem forma trapezoidal. No entanto, devido a ponte de contato, forma-se uma FENDA ou DEPRESSÃO, chamada de “col”. Essa depressão é formada por tecido delgado (fino) não queratinizado, portanto é menos resistente a ação microbiana. Ameia: Espaço interproximal abaixo da área de contato dos dentes. “Diagramas comparando as variações anatômicas do col interdental na gengiva normal (lado esquerdo) e após retração gengival (lado direito). A e B, segmento anterior inferior, vistas vestibular e vestibulolingual, respectivamente. C e D, região posterior inferior, vistas vestibular e vestibulolingual, respectivamente. Os pontos de contato dentais são mostrados por marcações pretas nos dentes inferiores individuais”. (CARRANZA, 2012) “As superfícies vestibular e lingual são afiladas em direção à area de contato interproximal, enquanto as superfícies mesial e distal são levemente côncavas. As bordas laterais e as pontas das papilas interdentais são formadas pela gengiva marginal dos dentes adjacentes. A porção central consiste em gengiva inserida”. (CARRANZA, 2012) **Quanto maior o espaço entre o ponto de contato e crista óssea, mais influencia no formato das papilas. Quando a distancia é maior que 7mm, ocorre a Black-space (5mm é o tamanho normal, 6mm pode ou não ter black espace. Black space é o espaço entre os dentes.** REVESTIMENTOS EPITELIAIS DA GENGIVA: · Epitélio oral – Epitélio pavimentoso estratrificado queratinizado · Epitélio do sulco gengival – Epitélio pavimentoso estratrificado não queratinizado. (Porém se for estimulado, pode induzir a formada uma fina camada de queratina.) · Epitélio Juncional – Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Está aderido ao dente e está associado ao espaço biológico. Esses epitélios guardam características em comum. São elas: · Renovação Celular: Constantemente esses tecidos estão se renovando. (Epitélio oral, 14 a 21 dias renova-se, Epitélio do Sulco gengival renova-se entre 10 a 12 dias, o epítélio juncional renova-se a cada 3 a 7 dias). Essa renovação ocorre devido as mitoses que as celulas sofrem. · Permeabilidade: Permite passagem de fluidos (mediadores quimicos, medicações, bactérias, celulas inflamatorias, etc.) entre as suas células. *Grau de permeabilidade:* 1º – Epitélio do sulco gengival 2º – Epitélio oral 3º – Epitélio Juncional A permeabilidade seletiva dos epitélios é boa para que apenas as substâncias necessárias ultrapassem. · Fluido Crevicular Gengival: Fluido que emerge do periodonto de inserção chegando ao sulco gengival. Esse fluido tem função protetiva, possui: Agua, íons e celulas inflamatorias protetivas e celulas descamativas. Quanto mais a gengiva estiver inflamada, maior o fluxo do fluido. Com a gengiva saudável o fluxo é de 0,3ml · Interdigitações dérmicas: São características anerentes ao epitélio, onde ocorre alternância entre papilas do Tec. Conjuntivo e Cristas do tecido epitelial, que juntas induzem a textura de CASCA DE LARANJA na gengiva inserida. **Histologia:** Crista de tecido epitelial Papilas do tec. Conjuntivo. **Crista do tec. Epitelial + Papilas do tec conjuntivo = Aspecto casca de laranja da gengiva inserida.** · Tipos celulares: O epitélio oral é formado por 4 estratos de células: - Estrato basal: Células que acabaram de passar por mitose. Muita mitocondia, retículo endosplamático rugoso, complexo de golgi. Após passas por mitose essas mitoses, essas células são expulsas e vão para uma camada mais superficial. O Estrato espinhoso - Estrato espinhoso: Formado por celulas grandes, citoplasmas cheios de organelas e altamente capazes de produzir querato e hialina. As mitocondrias começam a diminuir de número e enfraquecer. - Estrato granuloso: As celulas que sairam do espinhoso, ficam enfraquecidas e perdem energia. As celulas ficam envelhecidas e ficam achatadas no sentido horizontal. No estrato granuloso tem muito querato e hialina, porém as células estão cansadas e morrem, formando o estrato córneo. - Estrato córneo: Célula descamada que vai “expor” e fluir a queratina. **No epitélio juncional, a diferenciação é apenas do estrato basal até o espinhoso. No epitelio do sulco gengival para no granuloso** **As células mais predominantes do tecido epitelial são os queratinócitos ou ceratinócitos (Celulas que produzem queratinócitos)** GRUPO DE FIBRAS COLÁGENAS DO PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Abaixo do tecido epitelial há tecido conjuntivo, esse tecido conjuntivo (inserção conjuntiva) é formado principalmente por fibroblastos (celulas produtoras de colágeno) A inserção conjuntiva (uma das estruturas que compoem o espaço biologico) é composta por fibras que estão dispostas de forma coordenadas. SÃO ELAS: · Fibrasprincipais: São fibras colágenas, mais grossas e mais numerosas. Função estrutural. são subdividadas em 5 tipos: - Fibras Dentogengivais: Em forma de leque, do cemento ao epitélio no sentido coronal. - Fibras alveologengivais: Vão do cemento em forma de leque em diração ao alveolo. - Fibras circulares: Forma de anel, circulando o dente, apertanto a gengiva para uni-las ao dente. - Fibras dentoperiosteais: Saem do cemento em direção ao periósteo, para recobrir o osso. - Fibras transcervicais: Do cemento de um dente ao dente vizinho, passando por cima da crista óssea. · Fibras reticulares – Estão entre tec. Epitelial e conjuntivo. Tem função estrutural · Fibras elásticas – Associadas aos vasos sanguíneos. Servem de suporte para ele, ou seja, função estrutural. · Fibras oxitalânicas – Fibras delgadas que no periodonto de proteção está em pouco numero e no periodonto de inserção está em maior numero, são paralelas ao longo eixo do dente. São finas. Porém, não se sabe bem as funções dessas fibras. PERIODONTO DE INSERÇÃO Ligamento periodontal – Tec. Conj. Frouxo responsavel pela união do cemento ao osso alveolar. Altamente vascularizado. Principais células: Fibroblastos. **Porém possuem macrófagos, células de langerhans (São células relacionada ao sistema imune), linfócitos, celulas de merkel.** Possui substância fundamental amorfa (35% do tecido é formado por essa substância. Na composição desta, se tem: Ác. Hialurônico, proteoglicanas, moléculas complexas e grandes. Através dessa substância passam-se outros fluidos. Importante para o IMPACTO causado nos dentes. Ele é formado por fibras, as principais são as colágenas.E são subdivididas em: 1- Fibras da crista alveolar 2- Fibras transcervicais 3- Fibras no sentido horizontal e obliquas 4- Fibras furcais (Só existem em dentes multirradiculados) 5- Fibras apicais **Todas essas fibras tem função de inserção, no entanto, as terminaçoes dessas fibras que estão inseridas no cemento são chamadas de FIBRAS DE SHARPAY** CEMENTO RADICULAR - Recobre a raiz anatômica do dente - Aspecto amarelado que o dente - Não é vascular, ou seja, não tem vasos - Não tem nervos - É mais permeável que a dentina **Se ocorrer desgaste do cemento, forma-se uma lesão não cariosa.** O cemento é divido em 2 grupos: Cementos primários: ACELULARES: - Acelular afibrilar: Formado junto com a dentinogênese, encontrado na região cervical. -Acelular de fibras extrínsecas: Vai da região do terço médio até proximo da região apical da raiz. Cemento secundário: Formado depois do nivel de oclusão do dente, com a formação total do dente. CELULAR DE FIBRAS MISTAS - Se forma de acordo com as demandas funcionais. Mais alimentos fibrosos, rigidos, mais o corpo produz cemento. CELULAR DE FIBRAS INTRÍNSECAS – só se forma após um dano na raiz. ----------------------------------------- JUNÇÃO CEMENTO-ESMALTE Tipos: - Esmalte não toca no cemento, com dentina exposta (menos prevalente, mais sensibilidade dentinária) - Cemento está com o esmalte: (prevalência de 30%) - Cemento sobrepondo o esmalte. ----------------------------------------- OSSO ALVEOLAR PROPRIAMENTE DITO - Conhecida na radiologia como lâmina dura - Arco radiopaco em volta da raiz do dente. - Na região anterior é mais fino, na posterios mais grosso, na região lingual é mais espesso que nas regiões vestibulares - Quanto mais fino o osso alveolar, maior o risco de retração gengival - Formado por uma cortical externa e dentro há o osso medular (ou esponjoso) - Anatomicamente, é diferente em diferentes regiões da boca. **Distância normal entre o topo da crista óssea e a junção cemento-esmalte é de 1 a 3mm. + que 3mm, provavelmente há retração, menos que 1mm há um periodonto muito espesso** - as fibras de Sharpay estão inseridas nele. **É chamado apenas de OSSO ALVEOLAR quando tiver ELEMENTOS DENTÁRIOS. Quando ocorre uma exodontia e os alveolos se regeneram, não existe mais osso alveolar.** REMODELAÇÃO: O osso alveolar está em constante processo de remodelação - As celulas responsaveis por essas posições são os OSTEOBLASTOS, que formam uma matriz osteóide. - Essa matriz é uma “geléia” que passa por um processo de mineralização e fica dentro do osso, perdendo as características morfofuncionais e posteriormente vão ser chamados DE OSTEÓCITOS, (que são importantes para sinalizar o que está ocorrendo com o osso). - Os OSTEOCLASTOS são importantes para produzir enzimas proteolíticas que induzem a reabsoção óssea. Todo esse processo é contínuo. Esse processo é muito influenciável pelas condições sistêmicas e idade. **Os canais de Havers e os Canais de Volkmann irrigam (por artérias supraperiosteais que são ramos das Artérias alveolares inferiores, superiores, mentual, palatina maior, parcial e carótida) e drenam os vasos que passam entre o osso alveolar. - Veias (superosteais, , alveolares inferiores, superiores, mentuais, parciais e jugular) - As drenagens de Linfa são delgadas e são drenados para a cadeias submandibulares, sublinguais e cervicais (a depender da região da boca)** Camila De C. Mendes ANATOMIA, HISTOLO GIA E FISIO LÓGICA DO PERIODONTO Periodonto: Unidade biológica e funcional do dente DIVISÃO: · Periodonto de proteção - Gengiva marginal livre - Gengiva inserida - Geng iva interdental (ou papila) · Periodonto de inserção - Ligamento periodontal ( Tecido conjuntivo frouxo ent re o cemento e o osso alveolar ) . - Cemento radicular (Recobre a raiz anatômica do dente) . - Osso alveolar - O periodonto sofre modificações de acord o com a idade (envelhecimento) , ambiente e situações sistêmicas. - O periodonto é frági l. · GENGIVA MARGINAL LIVRE - Tem um c ontorno festo nado – alternância entre papila s e curva parabólica. - Possui zênite - parte ma is alta da cur va parabólica gengival . I mportante para saber as posiç õe s satisfatória dos dentes. - Rósea ( Independente da etnia do paciente.) - Lisa - Firme - Levemente abaulada ( Devido a este formato, forma - se um espaço virtual entre gengiva e dente) Esse espaço é chamado de sulco gengival . 0 sulco pode ter de 0 a 0,3mm · GENGIVA INSERIDA - Rósea ou amarronzada ( dependendo da etnia). Quanto m ais branca a pessoa for, mais rósea é a gengiva. Quanto mais escura, mais amarronzada. A gengiva inserida varia de pessoa por pessoa . Nenhuma coloração de gengiva inserida é igual. - R esiliente (Ou seja, ela modifica temporar iamente quando pressionada. no entanto, com um Zênite satisfatório : O bedece em uma forma de ‘ ’ triângulo ’ ’. Zênites cent rais: estão na mesma altura dos caninos. Zênites laterais: Um pouco mais abaixo, um pouco mais coronais e centralizados. Sulco gengival é um espaço virtual ou em fenda que se forma em detrimento do formato abaulado da gengiva marginal livre. sdkofkdofko Camila De C. Mendes ANATOMIA, HISTOLOGIA E FISIOLÓGICA DO PERIODONTO Periodonto: Unidade biológica e funcional do dente DIVISÃO: Periodonto de proteção - Gengiva marginal livre - Gengiva inserida - Gengiva interdental (ou papila) Periodonto de inserção - Ligamento periodontal (Tecido conjuntivo frouxo entre o cemento e o osso alveolar). - Cemento radicular (Recobre a raiz anatômica do dente). - Osso alveolar - O periodonto sofre modificações de acordo com a idade (envelhecimento), ambiente e situações sistêmicas. - O periodonto é frágil. GENGIVA MARGINAL LIVRE - Tem um contorno festonado – alternância entre papilas e curva parabólica. - Possui zênite - parte mais alta dacurva parabólica gengival. Importante para saber as posições satisfatória dos dentes. - Rósea (Independente da etnia do paciente.) - Lisa - Firme - Levemente abaulada (Devido a este formato, forma-se um espaço virtual entre gengiva e dente) Esse espaço é chamado de sulco gengival. 0 sulco pode ter de 0 a 0,3mm GENGIVA INSERIDA - Rósea ou amarronzada (dependendo da etnia). Quanto mais branca a pessoa for, mais rósea é a gengiva. Quanto mais escura, mais amarronzada. A gengiva inserida varia de pessoa por pessoa. Nenhuma coloração de gengiva inserida é igual. - Resiliente (Ou seja, ela modifica temporariamente quando pressionada. no entanto, com um Zênite satisfatório: Obedece em uma forma de ‘’triângulo’’. Zênites centrais: estão na mesma altura dos caninos. Zênites laterais: Um pouco mais abaixo, um pouco mais coronais e centralizados. Sulco gengival é um espaço virtual ou em fenda que se forma em detrimento do formato abaulado da gengiva marginal livre. sdkofkdofko
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