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Resumo Teoria da Relação Jurídica 1 UNICURITIBA

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Teoria da Relação Jurídica 1
- Anotações - 
Direito
- Conjunto de regras coercitivas emanadas por um sentido de justiça voltado a permitir a convivência social.
Grande Dicotomia
- Tradicionalmente, o direito objetivo positivado subdivide-se em direito público e privado. Tal distinção, em verdade, não tem, na prática jurídica, sendo qualquer divisão compartimentalizada apenas uma visão útil para efeitos didáticos.
· Normas Interpretativas/ Critérios utilizados para diferenciar o direito público e privado:
1. Interesse
2. Interesse predominante/ do sujeito
3. Posição dos sujeitos/ subordinação
4. Identidade dos sujeitos
5. Qualidade dos sujeitos
Características (Público X Privado)
	 Público¹
	Privado
	Legalidade
	Liberdade
	Imperativa
	Supletiva²
	Específica
	Geral
	No Direito:
	Direito Penal
	Direito Comercial
	Direito Administrativo
	Direito do Consumidor
	Direito Tributário
	Direito Civil³
¹. Há soberania ou autoridade pública.
². Também aplicada a publica em algumas situações.
³. Regras básicas da vida.
Divisão do Código Civil
- Personalidade *
- Relações Jurídicas
- Obrigações
- Contratos 
- Propriedades
- Família
- Sucessões
Diretrizes e Bases principiológicas do Código Civil
A Lei 10.406, de 10 de Janeiro de 2002 – atual Código Civil – teve como função suceder à arcaica base do Código de 1916, criado para uma sociedade ainda com traços colônias, monárquicos e paternalistas, essencialmente agrária e rural numa época em que a população ainda era quase totalmente analfabeta. As mudanças sócias trazidas pelo decorrer dos anos exigiram uma nova codificação que teve como mentor o professor Miguel Reale. O Código Civil de 2.002 conta com 2.046 artigos e é sistematizado dentro da concepção germânica, contendo Parte Geral e Parte Especial. Inova em diversos pontos, tais como sua base principiológica assentada na Eticidade, Operabilidade e Solidariedade.
· Importantes datas históricas relacionadas:
. 1500 – Ordenação Afonsinas 
. 1603 – Ordenação Filipinas (mesmo sistema que vigorou em Portugal e durante o Brasil colônia/ baseado no Direito Romano)
. 1804 – Code Napoleon (liberal, patriarcal e liberalista)
. 1822 – Independência do Brasil
. 1827 – Primeiros cursos jurídicos brasileiros
. 1850 – Código Comercial (50% em vigor atualmente)
. 1858 – Consolidação das Leis Civis
. 1889 – Republica 
. 1916 – Código Civil Reale/ Bevilaqua
. 1975 – Comissão Miguel Reale
. 1988 – Constituição Federal
. 2002 – Código Civil atual
Direito Civil Constitucional
Tem origem em uma Europa pós-guerra, oportunidade na quais diversos países, após inestimáveis perdas de valores, decidiram promulgar Constituições que buscassem constantemente a democracia, solidariedade e a proteção da dignidade do cidadão.
Nega-se a função meramente interpretativa da Carta Magna, defende-se a unidade de um ordenamento civil – constitucional, bem como se almeja uma nova interpretação, isto é, interpretar o Código Civil a partir da Constituição, e não o contrário.
- Pietro Perlingieri cria uma metodologia civil para não haver divergências nas codificações dos pensamentos constitucionais. 
Fontes do Direito Civil
· Artigo 4º LINDB:
“Quando a lei for omissa; o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.”
 ^ PRIMAZIA ^
1. Lei
“pensamento jurídico deliberado e consciente, formulado por órgãos especiais, que representam a vontade dominante numa sociedade”.
Características
A. Generalidade (dirigida a um nº indeterminado de indivíduos)
B. Permanente (efeitos permanentes enquanto estiver vigente)
C. Sanção (consequências)
D. Autoridade Competente
E. Escrita
F. Obrigatória *
*Artigo 3º LINDB:
“Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece”
· Lato Sensu: 
Qualquer ato que descrever e regular uma determinada conduta, mesmo que esse não provenha do Poder Legislativo.
· Stricto Sensu:
Fruto de elaboração do Poder Legislativo.
OBS: DO TEXTO SE EXTRAI A NORMA
2. Usos e Costumes
Considerado uma norma aceita como obrigatória pela consciência do povo, sem que o Poder Público a tenha estabelecido.
3. Jurisprudência
Conjunto de decisões judiciais, significando o entendimento ou diretiva resultante de decisões reiteradas dos tribunais sobre um determinado assunto.
4. Doutrina
“Acervo de soluções/ opiniões trazidas pelos trabalhos dos juristas”.
· Significante X Significado (objeto X função do objeto)
5. Analogia
Aplicação de dispositivos legais relativos a casos análogos, ante a ausência de normas que regulem o caso concretamente.
6. Princípios Gerias do Direito
Postulados que procuram fundamentar todo o sistema jurídico, não tendo necessariamente uma correspondência positivada equivalente.
Normas Jurídicas (Regras X Princípios) 
	Regras
	Princípios
	Descritivas
	Finalísticas
	MENOR grau de GENERALIDADE
	MAIOR grau de GENERALIDADE
	Conteúdo valorativo IMPLÍCITO
	Conteúdo valorativo EXPLÍCITO
	Modo de aplicação: tudo ou nada
	Modo de aplicação: mandado de otimização¹
	Pretensão: Abrangente/ de Decidibilidade
	Pretensão: de Parcialidade/ Complementaridade 
¹. Decisão mais justa possível.
Princípios da Dignidade Humana
· Referencia comum:
Valor intrínseco a TODA pessoa.
“O homem é um fim em si mesmo, não podendo ser tratado como objeto.” – Kant
· Dificuldade:
Dimensão histórico-cultural-social. (o que é digno no BRA não é no USA)
Segundo Luis Roberto Banoso (STF):
1. Valor intrínseco a todo ser humano:
· Vida 
· Igualdade
- formal (perante a lei) 
- substancial (na lei) 
Ex: Gênero – iguais perante a lei, porém há leis especificas para alguns. 
· Integridade psicofísica 
2. Autonomia (própria/norma) de cada indivíduo.
3. Valor comunitário que legitima restrições legitima.
Segundo Maria Celina Bodin de Moraes (PUC/RJ):
1. Valor intrínseco a todo ser humano:
· Liberdade
· Igualdade
· Intimidade psicofísica 
· Solidariedade social
*Art. 1º, III da Constituição Federal:
“A República Federativa do Brasil, formada pela indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamento:
III – A dignidade da pessoa humana”
*Elemento referencial para interpretação e aplicação das normas jurídicas.
Relação Jurídica
1. Conceito:
“Relação de vida social disciplinada pelo Direito, mediante a atribuição a uma pessoa (em sentido jurídico), de uma faculdade ou de um poder e a correspondente imposição à outra pessoa de um dever ou de uma sujeição.”
2. Conteúdo/ elementos:
· Sujeitos
-Ativo: CREDOR da prestação/ obrigação principal ou beneficiário principal da relação.
-Passivo: titular do dever jurídico/ DEVEDOR da prestação principal.
· Objeto
-Imediato: prestação
-Mediato: objeto prestado
· Fato propulsor (vínculo entre os sujeitos)
· Proteção jurídica (garantia de que os poderes e deveres da relação serão efetivados)
3. Classificações:
· Patrimoniais X Extrapatrimoniais
(Publica X Privada)
· Absoluta X Relativa
(Universal/ para todos X Determinada há alguns)
· Principais X Acessórias
(Ex: Colar X Pingente do colar)
· Simples X Complexas
(Elementos singulares (1 sujeito, 1 objeto...) X Elementos plurais)
Sujeitos de Direito
Pessoas:
- Físicas
- Jurídicas
Entes despersonalizados/ Pessoa Formal (não possuem personalidade jurídica própria):
a. Nascituro
b. Embrião excendentário
c. Prole eventual
d. Espólio
e. Herança jacente
f. Massa falida
g. Condomínio
1. Pessoa Física:
Sujeito destinatário de direito e obrigações. Seu surgimento ocorre a partir do nascimento com vida (Art. 2º do CC/2.002). No instante em que principia o funcionamento do sistema cardiorrespiratório, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois.
 ^ TEORIA NATALISTA (STF) ^
- Segundo essa teoria, se o recém-nascido – cujo pai tenha morrido – falece logo após o parto, terá adquirido os bens de seu genitor, transferindo-os para a sua mãe.
Porém alguns autores sustentam a ideia de que o nascituro adquiriria personalidadejurídica desde a concepção, sendo, assim, considerado pessoa.
^ TEORIA CONCEPCIONISTA (STJ) ^
2. Direitos do Nascituro:
A. Receber doação (Art. 542º)
B. Ser reconhecido como filho (Art. 11609º)
C. Receber herança
D. Receber alimentos
E. Danos morais
Capacidade Civil
 - Todo ser humano tem capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua condição. 
· Capacidade de direito (universal)
· Capacidade de fato/ exercício (para indivíduos capazes de atuar pessoalmente)
· Capacidade Civil plena (capacidade de direito + de exercício)
1. Absolutamente Incapazes:
- Menores de 16 anos:
· Representação (substituição)
· Direitos existenciais e patrimoniais
2. Relativamente Incapazes:
- Entre 16 e 18 anos:
· Há atos que realizam por si, porém ainda possuem assistência¹
- Ébrios habituais e viciados em tóxicos/ discernimento reduzido 
- Por causa temporária ou permanente não conseguirem exprimir sua vontade
- Pródigos
 ¹. Os relativamente incapazes praticam atos jurídicos juntamente com seu assistente (pais, tutor ou curador).
3. Pessoas com Deficiência: 
- Fora do Código Civil
. Convenção de Nova Iorque > Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/ Art. 6º e 84º)
- Processo de curatela (restringe o mínimo de capacidade possível)
^ através do processo de curatela podem ser considerados relativamente incapazes.
Emancipação
- Ocorre através de:
1. Concessão dos pais ou suprimento judicial (determinada por um Juiz)
2. Casamento
3. Exercício de emprego público efetivo
4. Colação de grau do ensino superior
5. Estabelecimento civil ou comercial com economia própria
*- depende principalmente de independência financeira.
*- pode ser voluntária, judicial ou legal.
Morte – fim da personalidade
A. Real:
- Art. 6º:
"A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva."
- É a morte encefálica. Sua prova se da através de atestado de óbito e acarreta a extinção de todos os direitos e obrigações.
B. Presumida SEM declaração de ausência:
- Art. 7º:
I. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo e vida;
II. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
C. Presumida COM declaração de ausência:
1º Fase: Arrecadação de bens e Nomeação de Curador:
Há preocupação com a proteção dos bens do ausente. A curadoria tem duração de 1 ano. Caso o ausente tenha deixado procurador, o prazo passa a ser de 3 anos. Essa fase se encerra, pela confirmação da morte do ausente; pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão provisória.
^ Art. 22º CC
2º Fase: Sucessão provisória:
Os herdeiros podem entrar na posse dos bens, desde que prestem garantia da restituição deles, em caso de retorno do ausente. A abertura da sucessão só passa a ser válida após 180 dias de declarada. Essa fase dura 10 anos e se encerra pela confirmação da morte do ausente; pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão provisória.
3º Fase: Sucessão definitiva:
Após os 10 anos de sucessão provisória, os herdeiros podem solicitar o levantamento das garantias prestadas, adquirindo assim, o domínio dos bens deixados. 
D. Comoriência:
- Art. 8º:
 "Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.”
 - A comoriência somente se aplica quando houver vínculo sucessório entre as partes.
 - A transferência de bens acontece normalmente entre herdeiros.
E. Morte Digna
 - Refere-se ao desejo de se ter uma morte natural, humanizada, sem o prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil.
· Eutanásia: prática de atos pelos quais se abrevia a vida de um enfermo incurável, de maneira controlada e assistida por um especialista. 
· Distanásia: atos pelos quais se prolonga, por meio de métodos artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável.
+ Ambas as práticas são repudiadas pelo Conselho Federal de Medicina
· Ortotanasia: termo que define a morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento. (resolução 1805 do CFM).
Direitos de Personalidade
A. Vida
B. Corpo
C. Honra
D. Imagem 
E. Privacidade
- Características¹:
1. Extrapatrimonialidade: a honra, a privacidade e demais bens de uma pessoa não comportam avaliação econômica. Uma vez violados há necessidade de reparação do dano moral e projeção econômica. 
2. Generalidade: são outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de existirem, cabendo aqui também os direitos do Nascituro e da pessoa jurídica (Art. 52).
3. Absolutos: impõe à coletividade o dever de respeitá-los.
4. Imprescritíveis: inexiste um prazo para seu exercício, exceto em direitos que se manifestam patrimonialmente, como no caso da projeção de imagem, que tem um prazo de 3 anos.
5. Indisponíveis/ intransmissíveis e inalienáveis: nem por vontade própria do indivíduo o direito pode mudar de titular. 
6. Vitalicidade: acompanham a pessoa desde adquirida a personalidade, até depois de seu fim, após a morte.
¹. Existem exemplos de renúncia dessas características, como em reality shows, em que pessoas disponibilizam o direito à sua imagem e privacidade.
Direito à Vida
- Perspectiva: individual e coletiva
- Acepções:
· Positiva: possui uma relação direta com a dignidade da pessoa humana. O Estado além de não intervir na existência física do cidadão, deve garantir o desfrute digno desse direito.
· Negativa: constitui-se em um direito de defesa, que impede/ restringe a intervenção estatal e de outros particulares na existência física da pessoa.
- Direito à vida é absoluto?
 Não, apesar de ser concebida como fundamento de outros direitos, existem hipóteses em que é relativizado. Exemplos:
· Pena de morte
· Excludente de ilicitude (legitima defesa)
· Aborto terapêutico (gravidez de risco) e sentimental (abuso ou impotência de vida - anencefalia).
- Ponderação:
. Vida X Vida
. Vida X Liberdade religiosa
. Vida X Segurança pública
Direito ao Corpo
- Art. 13º:
“Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes (o que é socialmente tolerável).”
- Art. 14º:
“É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.”
- Art. 15º:
“Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica”. // contradição com a Constituição, sendo assim, é desconsiderado.
 *empecilhos: barriga de aluguel e doação de órgãos.
Registro Civil
- Art. 9º:
“Serão registrados em registro público:
I. Os nascimentos, casamentos e óbitos;
II.A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III.A interdição por incapacidade absoluta ou relativa;
IV.A sentença declaratória de ausência e de morte presumida.”
· Crianças:
- Local do parto
- Domicilio dos pais
· Declaração de Nascido Vivo (DNV):
- Emitida após o parto
- Substitui provisoriamente a certidão de nascimento
- Contém o nome dos pais
- Sexo: indefinido 
- mesmo procedimento em reprodução assistida
· Registro pela Mãe:
1. Indicação de paternidade
2. Notificação para confirmação (ou não) de paternidade. Caso a paternidade seja confirmada um termo e a averbação serão emitidos, do contrário o MP abre uma investigação para averiguar a paternidade.
· Nascido no Exterior:
- Registro local (registrados em repartição diplomática ou consular)
- Após o registro da certidão de nascimento emitida pelo consulado, deve-se fazer a inscrição desta junto ao cartório de 1º Ofício do estado de residência. 
- Ao entrar em território nacional, fica condicionado à opção de nacionalidade juntoà Justiça Federal após maioridade por 4 anos.
*opta-se pela nacionalidade Brasileira ou pelo cancelamento da mesma.
- Art. 29º, LRP, § 2º: É competente para a inscrição da opção de nacionalidade o cartório da residência do optante, ou de seus pais. Se forem residentes no estrangeiro, far-se-á o registro no Distrito Federal. 
Direito à Imagem
- Art. 5º, inc. X, CF:
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
- Art. 20º, CC:
“Salvo SE autorizadas, ou SE necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais.”
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
· Imagem:
- Retrato: literalmente o aspecto físico da pessoa
- Atributo: características marcantes da pessoa, como ele é visto socialmente 
· Retirada da imagem e/ou indenização:
- Lesão à honra (não apenas à honra)
- Fins comerciais
1. Sem Lesão à Honra
Ex: heróis do Tri – álbum da copa// Maitê Proença
2. Sem fins Comerciais
Ex: caso Jesus
3. Autorização
- Expressa ou Tácita (subentendida)
4. Ponderação Imagem X Liberdade de Imprensa/Expressão 
· Critérios tradicionais:
- Local público
- Pessoa pública
· Critérios contemporâneos:
- Nível de proteção da liberdade:
a. grau de utilidade pública da imagem
b. grau de atualidade da imagem
c. grau de necessidade de veiculação da imagem para informar o fato
- Nível de proteção da imagem: 
a. grau de consciência da pessoa quanto a possibilidade de ser retrato
b. grau de identificação
c. amplitude da exposição/repercussão
Direito ao Nome
- Art. 16º, CC:
“Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.”
- Lei de Registros Públicos/ Art. 54º: 
“O assento do nascimento deverá conter:
4º O nome e o prenome, que forem postos à criança.”
· Acepção:
- Personalística
- Social
· Imutabilidade
- Lei de Registros Públicos/ Art. 57º:
“A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa.”
- Exceções Legais:
1. Maioridade
 - Art. 56º:
 “O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa”.
2. Enteado (desde com concordância do padrasto)
3. Apelido público notório / 4. Ameaça ou colaboração
- Art. 58º:
 “O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios”.
Parágrafo único: A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.
- Outras Hipóteses:
1. Retificação de grafia
2. Tradução de nome estrangeiro em razão da naturalidade (Moritz – Maurício)
3. Adoção
- Art. 47º, ECA, § 5º: 
“A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido deste, poderá determinar a modificação do prenome”.
4. Supressão do nome paterno por abandono (STJ)
5. Retificação do gênero (STF, ADI 4275)
6. Quando expuser ao ridículo 
 Direito de impedir o uso ilegítimo do nome
- Art. 17º:
 “O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória”.
· Crítica: protege o nome ou a honra? E a liberdade de imprensa?
- Art. 18
º:
“Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial”.
· Crítica: apenas propaganda comercial? (Ex: Ginseng) // Propaganda disfarçada (Ex: caso Luciano Huck)
- Art. 19º:
“O pseudônimo (reconhecimento social. Ex: Lady Gaga) adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome”.
Direito à Honra
1. Espécies:
- Objetiva: juízo que os demais formam de nossa personalidade, e através do qual a valoram (reputação, boa fama).
- Subjetiva: sentimento da própria dignidade.
2. Casos:
- Doca Street
- 2006 “Mea culpa”
3. Direito Positivo:
- Art. 5º, X, CF:
 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
- Código Penal:
· Calúnia: atribuir falsamente a alguém a autoria de um crime. 
· Injuria: atribuir a alguém uma má qualidade, ofensa a honra subjetiva, dignidade humana.
· Difamação: imputar a alguém um fato ofensivo a sua reputação.
*Calunia e Difamação: crimes contra a honra objetiva, ou seja, que atingem a reputação do indivíduo perante a sociedade.
- Art. 17º, CC:
“O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória”. 
- Art. 20º, CC:
“Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais”.
- Art. 953º, CC:
“A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao ofendido”.
- Art. 1557º, CC:
“Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável à vida em comum ao cônjuge enganado”
- Art. 557º, CC:
“Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou”.
- Art. 1814º, CC:
“São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro”.
4. Questões controvertidas:
a. depende de intenção?
- Cony X Carmen Veiga
b. forma de compensação:
- pecuniária e não pecuniária (retratação publica)
c. modos de violação:
- fato verídico e inverídico
Privacidade e Direito ao Esquecimento
- Art. 21º, CC:
“A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.
1. Teoria das Esfesras
 Esfera Privada
 Esfera Intima 
Esfera Social
- Privacidade > Séc. XIX, Warren e Brandes: “Direito de ser deixado a só”.
2. Pessoas Públicas
-Celebridades
-Políticos
. Possuem menor grau de privacidade devido ao interesse público
3. Locais Públicos
4. Casos
a. Otto Von Bismark
b. Carolina de Mônaco
- Critérios utilizados pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos:
. proteção da vida privada em ambiente público
. qualquer pessoa goza da privacidade
. não há contribuição social, pois não se enquadra como uma celebridade ou político
c. Carolina Dickman
d. Biografias
. a publicação não depende de autorização
. é proibida a censura prévia de publicação e a retirada de exemplares já publicados
. a violação da intimidade pode ser reparado através de indenização
- Não autorizadas:
. ADI 4815, STF
5. Ressignificaçãoda privacidade
- Enunciado 404:
“A tutela da privacidade da pessoa humana compreende os controles espacial, contextual e temporal dos próprios dados, sendo necessário seu expresso consentimento para tratamento de informações que versem especialmente o estado de saúde, a condição sexual, a origem racial ou étnica, as convicções religiosas, filosóficas e políticas”.
6. Direito ao esquecimento
- Enunciado 531:
“A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito 
ao esquecimento”.
Pessoa Jurídica
1. Razões Históricas
- abolição de monarquias
- liberalismo econômico
2. Como justificar a existência de uma Pessoa Jurídica?
a. Teoria da Ficção – Savigny
b. Teoria realista/orgânica – Von Gierke
c. Teoria normativa – Kelsen
3. Distinção
Pessoa¹X Sujeito de Direito²X Capacidade Jurídca³
¹. Não há limitação jurídica
². Ente que possui capacidade jurídica
³. Capacidade de titularizar alguns direitos
4. Conceito de Pessoa Jurídica como “peculiar eficácia jurídica”
- Crítica às teorias/ visões contemporâneas
- Eficácia comum:
a. separação patrimonial
b. personalidade própria autônoma 
c. possibilidade de ter direitos extrapatrimoniais
d. reconhecimento estatal
5. Classificação
- Pessoas de Direito Público:
a. Interno (art. 41º, 	CC):
. união . município
. Estados . territórios
. distritos . autarquias
b. Externo (art. 42º, CC):
. países . Santa Sé
. ONU . Mercosul
- Pessoas de Direito Privado (art. 44º, CC):
a. associações (sem fins econômicos) d. organizações religiosas
b. fundações e. partidos políticos
c. sociedades (empresas) f. empresas individuais de resp. limitado
Constituição da Pessoa Jurídica
1. Ato constitutivo + Registro
(estatuto – associações/fundações> sem fins lucrativos)
(contrato social – empresas> possuem fins lucrativos)
- Art. 22º, CC:
“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Parágrafo único: Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do atorespectivo, contado o prazo da publicação e sua inscrição no registro”.
2. Elementos Essenciais 
- Art. 46º, CC:
“O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.”
3. Associações 
a. Conceito:
- Art. 53º, CC:
“Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.
b. Requisitos do Estatuto:
- Art. 54, CC:
“O Estatuto das associações conterá, sob pena de nulidade:
a) a denominação, os fins e a sede da associação;
b) os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
c) os direitos e deveres dos associados;
d) as fontes de recursos para sua manutenção;
e) o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;
f) as condições para a alteração das disposições estatutárias e para sua dissolução;
g) a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas.”
c. Direito dos associados/Categorias de associados:
- Art. 55, CC:
“Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais”.
- Art. 56, CC:
“A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrári	
d. Desligamento/Exclusão de associados:
- Art. 57º, CC:
“A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto”.
e. Extinção da associação
- Causas: fim do prazo previsto no Estatuto, ilicitude, decisão dos associados
- Dissolução/ Art. 61:
“Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.”
4. Fundações
a. Conceito:
“Conjunto de bens para o cumprimento de um determinado fim”.
b. Finalidade:
- Art. 62º, CC:
“Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres especificando o fim que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único: A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.”
c. Elementos Essenciais:
- ato de instituição - patrimônio
- estatuto - registro
d. Extinção
 - Art. 69º, CC: 
“Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante”.
*Não há relação jurídica entre os membros de fundações.
Extinção da Pessoa Jurídica
1. Causas:
- decisão voluntária: é aquela deliberada entre os próprios integrantes da pessoa jurídica, respeitado o estatuto ou o contrato social;
- decisão judicial: observada uma das hipóteses de dissolução previstas em lei ou no estatuto, o juiz, por iniciativa de qualquer dos sócios, poderá, por sentença, determinar a sua extinção. 
- consecução de suas finalidades
- decurso de seu prazo
- inexibilidade de seu objeto
2. Procedimento de liquidação> cancelamento do registro:
- Art. 51º, CC:
“Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado.
§ 3º Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.”
Desconsideração da Personalidade Jurídica
1. Conceito:
“A doutrina da desconsideração pretende o superamento episódico da personalidade jurídica da sociedade, em caso de fraude, abuso, ou simples desvio de função, objetivando a satisfação do terceiro lesado junto ao patrimônio dos próprios sócios, que passam a ter responsabilidade pessoal pelo ilícito causado. Claro está que a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade”.
2. Teoria maior (CC):
. Exige-se o requisito específico do abuso caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
- Art. 50º, CC:
“Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica”
3. Teoria menor (CDC):
. Não exige a demonstração do requisito específico do abuso
- Art. 28º, CDC:
“O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência,estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração”.
4. Desconsideração inversa:
- É o afastamento do princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio, ou seja, os bens da sociedade respondem por atos praticados pelos sócios. 
5. Medida provisória 881/19
	
Domicílio Civil
1. Imperativo de segurança jurídica:
. Direito Internacional . D. das Obrigações
. Direito Eleitoral . Direito Penal
. Direito Tributário
2. Conceito:
“Lugar onde estabelece residência com ânimo definitivo, convertendo-o, em regra, em centro principal de seus negócios jurídicos ou de sua atividade profissional”. 
- Morada: o lugar onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente.
- Residência: lugar onde a pessoa natural se estabelece habitualmente.
- Domicílio:
. objetivo: ato de fixação em determinado local.
. subjetivo: ânimo definitivo de permanência.
3. Pluralidade de Domicílio: 
- Art. 70º, CC:
“O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo”.
- Art. 72º, CC:
“É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.
Parágrafo único: Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.”
	
*a consagração do critério referente à relação profissional é mais adequada e precisa. A preferência pelo local onde se travam relações profissionais servirá não apenas para definir o domicílio do comerciante, mas também, e com mais clareza, o domicílio do empregado.
4. Mudança de domicílio:
- Art. 74º, CC:
“Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de mudá-lo”.
5. Domicílio da Pessoa Jurídica: 
- Direito Público: 
. União: DF . Estados: capitais . Municípios: sede da administração
- Direito Privado: 
. Ato constitutivo X Filiais/ Matriz
- Estrangeira:
. Deve possuir uma sede no país.
6. Espécies: 
- Voluntário: onde se fixa
- Legal/ Necessário:
– Art. 76º, CC:
“Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
Parágrafo único: A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem.
. incapaz: domicílio do seu representante ou assistente
 . servidor público: o lugar em que exerce permanentemente suas funções
. militar: a sede do comando a que se encontra imediatamente subordinado 
 . marítimo: capitania onde o navio estiver matriculado
. preso: lugar em que cumpre a sentença
- Convencional: decorre do ajuste entre as partes de um contrato.
- Art. 78º, CC:
“Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes”.
Bens 
1. Bens X Coisas:
. corpóreo 
. passível de apropriação
. função/utilidade 
 Situação jurídica
 Bens/ Patrimônio
 Coisas
*Animais não são coisas, pois não possuem função.
2. Classificação:
a. móveis¹ X imóveis² (locomoção)
¹. Podem ser deslocados, sem quebra ou fratura. 
². Não podem ser transportados de um lugar para o outro sem alteração de sua substância
b. fungíveis¹ X infungíveis²
¹. Podem ser substituídos por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade.
². Não podem ser substituídos
c. divisíveis¹ X indivisíveis²
¹. Podem se repartir em porções reais e distintas, formando cada uma delas um todo perfeito
². Não admitem divisão cômoda sem desvalorização ou dano
d. consumíveis¹ X inconsumíveis²
¹. Bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância (comida)
². Bens móveis que suportam uso continuado (carro)
e. singulares¹ X coletivos²
¹. Coisas consideradas em sua individualidade, representadas por uma unidade autônoma.
². Coisas que, em conjunto, formam um todo homogêneo.
f. principais¹ X acessórios²
¹. casa
². anão de jardim
· Acessórios:
- frutos:
. naturais, civis, industriais
- produtos
- benfeitorias: 
. necessárias, úteis, voluptuárias 
- pertenças (art.93º, CC) > não são acessórios
3. Bens Públicos:
a. de uso comum: são bens públicos cuja utilização não se submete a qualquer tipo de discriminação ou ordem especial de fruição. É o caso das praias, estradas, ruas e praças (art. 99, I, do CC/2002). São inalienáveis;
b. de uso especial: são bens públicos cuja fruição, por título especial, e na forma da lei, é atribuída a determinada pessoa, bem como aqueles utilizados pelo próprio Poder Público para a realização dos seus serviços públicos (art. 99, II, do CC/2002). É o caso dos prédios onde funcionam as escolas públicas. São também inalienáveis;
c. dominiais: são bens públicos não afetados à utilização direta e imediata do povo, nem aos usuários de serviços, mas que pertencem ao patrimônio estatal (art. 99, III, CC/2002). É o caso dos títulos pertencentes ao Poder Público, dos terrenos de marinha e das terras devolutas. São alienáveis, observadas as exigências da lei.

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