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APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL

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APOSTILA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emissor – é aquele que transmite a mensagem. 
Receptor – é a pessoa que recebe a mensagem. 
Mensagem – é tudo aquilo que o emissor envia ao receptor 
Código – é o conjunto de sinais utilizados na comunicação para transmitir a mensagem, podendo ser de várias maneiras, como as que vimos por meio dos exemplos acima. 
Canal de comunicação – é o meio pelo qual é transmitida a mensagem, ou seja, pode se pelo meio eletrônico, livros, rádio, televisão, etc. 
Contexto ou referente – representa o assunto contido na mensagem. 
 
	 	Os elementos da comunicação podem ser representados da seguinte forma: 
 
CONTEXTO 
CÓDIGO 
EMISSOR MENSAGEM RECEPTOR 
 
CANAL 
 
 O QUE É UM TEXTO? 
 
 Você já se perguntou o que é, de fato, um texto? Geralmente, entendemos o texto como um conjunto de frases, ou seja, algo que foi feito para ser lido. Mas a definição de texto não é tão simples quanto parece. 
 Imagine, por exemplo, que você está lendo um livro e, de repente, encontra em uma página qualquer um papel. 
 Agora, vamos imaginar outra situação: você está no meio de uma floresta e ouve alguém gritar: “Madeira!”. Bem, se você pretende preservar sua vida, sua reação imediata é sair correndo. Isso acontece porque a situação em que você se encontra levou-o a interpretar o grito como um sinal de alerta. 
 A partir desses exemplos simples, podemos chegar a algumas conclusões importantes: 
1º - os textos não são apenas escritos, eles também podem ser orais; 
2º - os textos não são simples amontoados de palavras ou frases, ou seja, eles precisam fazer sentido. 
 Na segunda situação, uma única palavra foi capaz de transmitir uma mensagem de sentido completo, por isso ela pode ser considerada um texto. Mas o que leva um texto a fazer sentido? Isso depende de alguns fatores, como o contexto e o conhecimento de mundo. 
 Textos Verbais e Visuais 
 Há textos que não contam com o auxílio da palavra, seja ela escrita ou oral. É o caso, por exemplo, da fotografia e da pintura. Há textos verbais e visuais. Há ainda textos que utilizam os dois recursos, como os filmes, que usam imagens, diálogos e legendas. 
 
Linguagem Verbal e Não-Verbal 
 No cotidiano, sem percebermos usamos frequentemente a linguagem verbal, quando por algum motivo em especial não a utilizamos, então poderemos usar a linguagem não verbal. 
 
	 	Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação. 
 Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não verbal pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza. 
	 	 
 
TIPOLOGIA TEXTUAL: Tipos de textos 
	 	Observe a seguir a distinção entre narração, descrição e dissertação: 
 NARRAÇÃO: A narração consiste em contar um fato, uma história, um acontecimento real ou imaginário (ficção) Numa narração, aparecem personagens que agem com suas próprias características, em circunstâncias de tempo e espaço. Na narração, a maioria dos verbos expressa ação. 
 A história narrada apresenta uma sequência de fatos a que chamamos enredo. Este geralmente é desenvolvido em três etapas: 
· Apresentação dos personagens e cenário em geral. 
· Desenvolvimento dos fatos (das ações) pelos personagens. No desenrolar dos acontecimentos há um momento culminante (chamado clímax) em que a história atinge seu momento de maior interesse, vibração, dramaticidade. 
· Desfecho ou final da história. Os fatos voltam à normalidade ou tem um fim feliz ou dramático. 
Veja o exemplo: 
O CICLISTA 
Autor desconhecido 
 
 Um funcionário de meia idade, querendo economizar gasolina, resolveu adotar a bicicleta para ir ao trabalho. Sem preparo físico, vai percorrendo as ruas, sob vaias dos motoristas. 
Num cruzamento, atrapalha o trânsito a ponto de receber uma tremenda advertência do guarda. 
 Atropela pedestres, mata galinhas, sobe calçadas, entra em bares, machuca-se demais. Num esforço sobre-humano, o improvisado ciclista consegue ainda avançar mais uns quarteirões. 
 Por fim, mais morto que vivo, chega ao local de trabalho. Para surpresa sua, não lhe permitem assinar o ponto por estar em condições físicas lamentáveis. A roupa, além de muito suja estava toda suada. O nosso ciclista teve que retornar para casa. E que sacrifício para voltar. 
 
 DESCRIÇÃO: É descrever um determinado objeto, uma cena, uma paisagem. É como se fosse uma foto do objeto com seus detalhes, seus pormenores. O ambiente é a parte mais importante dentro do contexto. A descrição, atualmente não é muito utilizada, mas ela é importante porque ajuda na construção de uma narração e de uma dissertação. Quase sempre a descrição é feita em 3ª pessoa, exceto se a pessoa vai descrever algo consigo mesmo. 
 	Cada pessoa tem sua maneira própria de observar, sentir e descrever as coisas, os animais e as pessoas. 
 	A isso chamamos de ponto de vista, importante para a análise de uma descrição: Veja os exemplos: 
 
CECÍLIA 
José de Alencar 
 
 No pequeno jardim da casa do Paquequer, uma linda moça balançava-se indolentemente numa rede de palha, presa aos ramos de uma acácia silvestre que, estremecendo, deixava cair algumas de suas flores miúdas e perfumadas. Os grandes olhos azuis, meio cansados, às vezes se abriam languidamente como para se submeterem à luz e abaixavam-se de novo as pálpebras rosadas. Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor e ligeira exalava-se um perfume formando um sorriso pelo sereno da noite. O seu traje era do gosto mais mimoso e mais original que é possível conceber, mistura de simplicidade. Essa moça era Cecília. 
Descrição de uma paisagem 
 "Abriu as venezianas e ficou a olhar para fora. Na frente alargava-se a praça, com o edifício vermelho da Prefeitura, ao centro. Do lado direito ficava o quiosque, quase oculto nas sombras do denso arvoredo; ao redor do chafariz, onde a samaritana deitava um filete d'água no tanque circular, arregimentavam-se geometricamente os canteiros de rosas vermelhas e brancas, de cravos, de azáleas, de girassóis e violetas". ("Um Rio Imita O Reno", - Vianna Moog).
Interpretação de texto 
O RATO, O GATO E O GALO 
Monteiro Lobato. 
 Certa manhã um ratinho saiu do buraco pela primeira vez. Queria conhecer o mundo e travar relações com tanta coisa bonita de que falavam seus amigos. 
 Admirou a luz do sol, o verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos homens. E acabou penetrando no quintal duma casa da roça. 
Examinou tudo, farejou a trilha do milho e a estrebaria. Em seguida notou um certo animal de belo pelo que dormia sossegado ao sol. Aproximou-se dele e farejou-o sem receio nenhum. 
	 	Nisso apareceu um galo, que bate asas e canta. 
O ratinho por um triz não morre de susto. Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a toca. Lá contou à sua mãe as aventuras do passeio. 
Observei muita coisa interessante - disse ele - mas nada me interessou tanto como dois animais que vi no terreiro. Um de pelo macio e ar bondoso seduziu-me logo. Devia ser um desses bons amigos da nossa gente, e lamentei que estivesse a dormir, impedindo-me assim de cumprimentá-lo. 
 O outro... Ai, que ainda me bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas, bico pontudo, crista vermelha e aspecto ameaçador. Bateu as asas barulhentas, abriu o bico e soltou um cori-có-có tamanho que quase cai de costas. Fugi. Fugi com quantas pernas tinha, percebendo que devia ser o famoso gato que tamanha destruição faz ao nosso povo. 
	 	A mamãe rata assustou-se e disse: 	 	 
- Como te enganas, meu filho! O bicho de pelos macios e ar bondoso é que é o terrível gato. O outro, barulhento e de olhar feroz e crista rubra, o outro, filhinho, é o galo, uma ave que nunca nos fez mal nenhum. 
As aparências enganam: aproveita, pois, a lição e fica sabendoque quem vê cara não vê coração. 
 Atividade: 
Entendimento do texto: 
· Com que finalidade o ratinho saiu do buraco? 
· O que o ratinho achou do mundo lá fora? 
· Que animais o ratinho encontrou? 
· De qual deles o ratinho gostou? Por quê? 
· Que animal assustou o ratinho? Por quê? 
· Por que a mãe do ratinho ficou assustada com o que ele contou? 
· Qual dos ditados abaixo pode ser aplicado ao texto? Explique. 
· “ Nem tudo que brilha é ouro.” 
· “ Quem vê cara não vê coração.” 
· “ Quem tudo quer tudo perde.” 
Fonema e Letra 
	 	Fonologia é a parte da Gramática que estuda o fonema. 
 Fonema é a unidade mínima sonora que é capaz de estabelecer diferenciação entre um vocábulo e outro. Ex: bola / bota. 
Como se vê a diferenciação entre as duas palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/. 
	 	Fonemas e letras apresentam conceitos distintos: 
· Fonema é a representação sonora; 
· Letra é a representação gráfica do fonema; 
· Sílaba é um conjunto de fonemas transmitidos num só impulso. 
 
Numa palavra, nem sempre há o mesmo número de letras e fonemas. 
A palavra táxi, por exemplo, possui: 
· quatro letras (t-á-x-i) 
· cinco fonemas (t-á-k-s-i) 
· 
 A palavra hora possui: 
· quatro letras (h-o-r-a) 
· três fonemas (o-r-a) 
Na palavra canta temos: 
-cinco letras ( c-a-n-t-a ) 
-quatro fonemas (c-ã-t-a) 
Classificação dos fonemas 
 	VOGAIS: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem do ar, chegando livremente ao exterior. 
Ex: pa-to e bo-ta Vogais: a, e, i,o,u 
Orais: a,e i, o, u 
Nasais: ã,ê,õ 
 
 	A nasalização das vogais é marcada pelo til (~), ou pelas letras m e n, quando estiverem em final de sílaba. Ex: ambiente, ombro , algum 
 
	 	SEMIVOGAIS: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba. 
 
Ex: Cou-ro, bai-le. 
CONSOANTES: São fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábios) opõem a passagem de ar. 
 
Ex: caderno - lâmpada 
 
	 	Importante! 
 	Em nossa língua, a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba. Você encontrará sílabas constituídas só de vogais, Mas nunca formadas somente com consoantes. 
 
Ex: vi-ú-va a-be-lha 
 	 
SÍLABA 
 
É um grupo de fonemas pronunciados numa só expiração. Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em: 
 
Monossílabas: Aquelas que possuem uma só sílaba. Ex: dó, mão, cruz 
 
Dissílabas: Aquelas que possuem duas sílabas: Ex: lá-pis, fo-lha, á-gua 
 	 
Trissílabas: Aquelas que possuem três sílabas. Ex: mé-di-co, es-co-la, ca-ne-ta 
 
Polissílabas: Aquelas que possuem mais de três sílabas. Ex: na-tu-re-za, ve-te-ra-no,por-tu-gue-as 
 
ENCONTROS VOCÁLICOS
 
	 	Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo. 
 
 	Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo crescente), na mesma sílaba. 
Ex.: no- ite (ditongo decrescente), qua-se (ditongo crescente). 
	 Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba. 
Ex.: Paraguai, arguiu 
 Hiato: é a junção de duas vogais pronunciadas separadamente, formando sílabas distintas. Ex.: sa-í-da, co-e-lho 
ENCONTROS CONSONANTAIS 
 
 	Quando existe uma sequência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra,denominamos essa sequência de encontro consonantal. 
 O encontro pode ocorrer: 
· na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo 
· em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio 
Atenção: Nos encontros consonantais, somos capazes de perceber o som de todas as consoantes. 
 
DÍGRAFOS 
 
	 	Observe atentamente estas palavras: 
	 	carro – ninho – formigueiro – folha - pássaro 
 	Percebemos o encontro de algumas consoantes juntas. Em todas elas, só ouvimos o som de apenas uma letra (um só fonema). Quando isto acontece damos o nome de dígrafo. 
	 	Eles são representados pelo encontro das principais consoantes: 
 
ch - chuva 	sc – nascer lh – milho 	sç – nasça rr – terra 	ss – pássaro gu – guerra 	qu - queijo xc – exceção 	nh-unha 
 	 Vale destacar algo muito importante: 
 	Os dígrafos “gu” e “qu” sempre aparecem antes das vogais “e” e “i”. 	Este você também não pode nunca se esquecer: 
	 	Os dígrafos rr, ss, sc e sç nunca permanecem juntos na mesma sílaba. Como por exemplo: 
massa – mas –sa barro – bar – ro nascimento – nas– ci- men- to cresça – cres- ça 
 	Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros. 
Sílaba e Divisão silábica 
 
Sílaba: É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. 
Divisão silábica: A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na escrita. 
Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. 
 
	 	Regras práticas: 
1) Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: mau, averiguei. 
2) Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vo-o.. 
3) Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc .Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to.. 
4) Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente. Exemplo: car-ta. 5) Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à palavra, obedecem às regras gerais Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co.. 
6) Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra, a consoante será anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo... 
CLASSES GRAMATICAIS
As classes gramaticais da língua portuguesa. 
Todas as palavras que utilizamos no dia a dia ou até mesmo aquelas descritas no dicionário estão classificadas dentro de uma, das dez, classes gramaticais existentes na Língua Portuguesa Brasileira. 
 
SUBSTANTIVOS: São as palavras que nomeiam seres em geral, reais ou imaginários. Também designam lugares, estados, ações, etc 
 
Classificação e formação 
Substantivo comum: é aquele que designa que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Ex: pedra, computador, cachorro, homem, caderno... 
Substantivo próprio: é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Ex: Maxi, Londrina, Dilson, Ester... O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letras maiúsculas. 
Substantivo concreto: é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação, como se existissem por si. Ex: ar, som, Deus, computador, pedra... 
Substantivo abstrato: é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimento humanos. Ex: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade. 
 
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS • Substantivos Simples e Compostos 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. 
Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. 
Veja agora: 
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. 
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. 
 
• Substantivos Primitivos e Derivados 
Veja: 
Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... 
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa. 
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. 
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. 
 
ADJETIVOS: São palavras que qualificam e caracterizam seres e objetos em geral. Podem variar entre gênero (masculino/ feminino), número (singular/ plural) e grau (comparativo/ superlativo). Existem também as locuções adjetivas, formadas por duas ou mais palavras (preposição + substantivo), que assumem valor de adjetivo. Exemplos: 
Adjetivos: lindo, feio, estranho, maravilhoso, nojento, louco... 
Locuções adjetivas: de dinheiro (pecuniário), de chuva (pluvial), de velho (senil), de morte (mortal)...ARTIGOS: São as palavras que se antepõem aos substantivos, variáveis em gênero e número. 
Exemplos: o, os, a, as, uma, umas, uns, um. 
Artigos definidos: O, a, os, as 
Artigos indefinidos: um, uma, uns, umas 
 
NUMERAIS: Palavras que indicam o número ou quantidade exata de pessoas ou coisas. Podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos. Exemplo: três, quatro, cinco, segunda, terceira, dobro, triplo, metade, um décimo... 
EMPREGO DOS PORQUÊS 
POR QUE ----A forma por que é a sequência de uma preposição(por) e um pronome interrogativo (que). 
Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": 
Ex: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. 
Por que você comprou este casaco? 
 
POR QUÊ 
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que " passa a ser tônico. 
Ex: 
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? 
Será deselegante se você perguntar novamente por quê! 
 
PORQUE 
A forma porque é uma conjunção, equivalendo apois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. 
Ex: 
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. 
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? 
 
PORQUÊ 
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). 
Ex: 
Não consigo entender o porquê de sua ausência. 
Existem muitos porquês para justificar esta atitude. 
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê. 
 
Veja abaixo o quadro-resumo: 
	Forma 
	Emprego 
	Exemplos 
	Por que 
	Em frases interrogativas (diretas e indiretas) 
Em substituição à expressão "pelo qual" (e suas variações) 
	Por que ele chorou? (interrogativa direta) 
Digam-me por que ele chorou. 
(interrogativa indireta) 
Os bairros por que passamos eram sujos
(por que = pelos quais) 
	Por quê 
	No final de frases 
 
	Eles estão revoltados por quê? Ele não veio não sei por quê. 
	Porque 
	Em frases afirmativas e em respostas 
 
	Não fui à festa porque choveu. 
	Porquê 
	Como substantivo 
 
	Todos sabem o porquê de seu medo. 
 
 
EXERCÍCIOS 
MAL OU MAU? Na dúvida, use o velho macete: mal => bem – mau => bom. 
Substitua os asteriscos por: Mal -Males - Mau - Maus - Má – Más. 
01. A firma possuía um ** administrador. 
02. O ** está sempre à nossa volta. 
03. O balconista era um tipo ** encarado. 
04. Eu ** compreendia o que estava acontecendo. 
05. ** saímos de casa, quase fomos assaltados. 
06. Antônio fala ** o Inglês. 
ORTOGRAFIA 
 
 Parte da gramática que ensina a escrever, corretamente, as palavras. Vem do grego: ortho=correto e graphia = escrita. 
 A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida. 
Emprega-se o X: 
1) Após um ditongo. 
 	Ex: caixa, frouxo, peixe 
 	Exceção: recauchutar e seus derivados 
 
2) Após a sílaba inicial "en". 
 	Ex: enxame, enxada, enxaqueca 
 	Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-" 
 Ex: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, 
 
3) Após a sílaba enchimento, preencher...) inicial "me-". 
Ex: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão 
Exceção: mecha 
 
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Ex: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu 5) Nas seguintes palavras: 
 	bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc. 
Emprega-se o dígrafo Ch: 
1) Nos seguintes vocábulos: 
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. 
Emprega-se o G: 
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem: 
Ex: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem 
Exceção: pajem 
 
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: 
 
Ex: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g: 
 
Ex: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem) 
 
4) Nos seguintes vocábulos: 
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. 
Emprega-se o J: 
1) Nas formas dos verbos terminados em - jar ou – jear: 
Ex: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar: despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem 
viajar: viajo, viaje, viajem 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica: 
Ex: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j: 
Ex: laranja- laranjeira loja- lojista lisonja - lisonjeador nojo- nojeira -cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer jeito- ajeitar 
 
 	Nos seguintes vocábulos: 
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje 
Emprega-se o S: 
1)Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical: Ex: 
	Análise – analisar 
 
	Catálise - catalisador 
	casa- casinha, casebre 
 
	Liso - alisar 
 
2) Nos sufixos - êse - esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem: Ex: 
	Burguês – burguesa 
 
	Inglês - inglesa 
	Chinês – chinesa 
 
	Milanês - milanesa 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e–osa: 
Ex: 
	Catarinense 
 
	Gostoso - gostosa 
	Amoroso - amorosa 
	Palmeirense 
 
	Gasoso - gasosa 
	Teimoso - teimosa 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa: 
Ex: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose 
 
5) Após ditongos: 
Ex: coisa, pouso, lousa, náusea 
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados: 
Ex: 	pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos 	 	quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos 	 	repus, repusera, repusesse, repuséssemos 
 
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: 
 	Ex: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 
 
8) Nos seguintes vocábulos: 
 Ex:abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. 
 
 
 
 
Emprega-se o Z: 
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam no radical: Ex: 
	deslize- deslizar 
	razão- razoável 
	vazio- esvaziar 
	raiz- enraizar 
	cruz-cruzeiro 
	 
 
2) Nos sufixos-ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos: Ex: 
	inválido- invalidez 
	limpo-limpeza 
	macio- maciez 
	rígido- rigidez 
	frio- frieza 
	nobre- nobreza 
	pobre-pobreza 
	surdo- surdez 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos: Ex: 
	civilizar- civilização 
	hospitalizar- hospitalização 
	colonizar- colonização 
	realizar- realização 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: 
Ex: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 
 
5) Nos seguintes vocábulos: 
 	Ex: 
 azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 
 
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z: 
Ex: cozer (cozinhar) e coser (costurar) prezar( ter em consideração) e presar (prender)traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) 
 
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: 
 
	
	exame 
	exato 
	exausto 
	exemplo 
 
	existir 
	exótico 
	inexorável 
	
 
Emprega-se o S: 
 	 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em"andir","ender", "verter" e "pelir": Ex: 
	expandir– expansão 
	estender – extensão 
	pretender – pretensão 
	suspender – suspensão 
	verter – versão 
	converter – conversão 
	expelir – expulsão 
	repelir – repulsão 
Emprega-se Ç: 
Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer": Ex: 
	ater- atenção 
	torcer- torção 
	deter- detenção 
	distorcer-distorção 
	manter- manutenção 
	contorcer- contorção 
 
 
 
 
Emprega-se o X: 
Em alguns casos, a letra X soa como Ss: 
Ex: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe 
 
Emprega-se Sc: 
Nos termos eruditos: 
Ex: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. 
 
Emprega-se Sç: 
Na conjugação de alguns verbos: 
Ex: 
nascer- nasço, nasça crescer- cresço, cresça descer- desço, desça 
 
Emprega-se Ss: 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em"gredir", "mitir", "ceder" e "cutir": Ex: 
	agredir- agressão 
 
	demitir- demissão 
	 ceder- cessão 
	discutir- discussão 
	progredir- progressão 
 
	transmitir- transmissão 
	exceder- excesso 
	repercutir- repercussão 
 
Emprega-se o Xc e o Xs: 
Em dígrafos que soam com o Ss: 
Ex: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar 
 
Emprega-se o O/U: 
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras: 
Ex: 
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir som) e suar (transpirar) 
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque. 
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua 
 
Emprego da letra H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. 
 Emprega-se o H: 
1) Inicial, quando etimológico: 
Ex: hábito, hesitar, homologar, Horácio 
 
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh 
Ex: flecha, telha, companhia 
 
3) Final e inicial, em certas interjeições Ex: ah!,ih!, eh!, oh!,hem?, hum!, etc. 
 
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico Ex: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. 
 
 
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas: 
1) Utiliza-se inicial maiúscula: 
a) No começo de um período, verso ou citação direta. 
Ex:Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso." 
"Auriverde pendão de minha terra, 
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que à luz do sol encerra As promessas divinas da Esperança…" 
(Castro Alves) 
Observações: 
· No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula. 
 	Por Exemplo: 
"Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro." 
 
· Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula. 
Por Exemplo: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) 
 
b) Nos antropônimos (Nome próprio de pessoa), reais ou fictícios. Ex: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. 
 
c) Nos topônimos (nome próprio de lugar), reais ou fictícios. Ex: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. 
 
d) Nos nomes mitológicos. Ex: Dionísio, Netuno. 
e) Nos nomes de festas e festividades. 
Ex: Natal, Páscoa, Ramadã. 
 
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. 
Ex: ONU, Sr., V. Ex.ª 
 
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas. Ex:Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc. 
 
 Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. 
Ex: Todos amam sua pátria. 
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: 
 
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. 
Ex: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade 
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário 
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo 
 
2) Utiliza-se inicial minúscula: 
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Ex: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. 
 
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. 
Ex: janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, sexta, domingo, etc. 
primavera, verão, outono, inverno 
 
c) Nos pontos cardeais. 
Ex: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. 
 
	Lembre-se: 
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula. Exemplo: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) 
 
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: 
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. Ex: Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas 
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido 
 
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas. 
Ex: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor Santa Maria ou santa Maria. 
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. Ex: Português ou português 
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas 
História do Brasil ou história do Brasil 
Arquitetura ou arquitetura 
 
 
 
PRONOMES: Palavras que substituem, representam ou acompanham um substantivo. São classificados em: 
Pessoais do caso reto, do caso oblíquo, de tratamento: nós, vós, ele, Vossa Excelência... 
Demonstrativos: esse, essa, aquele, este... (Indicam a posição do objeto em relação à pessoa). 
Relativos: quem, onde, etc. Referem-se a elementos anteriormente citados. Exemplo 2: A pessoa a quem entreguei meu caderno era Rafael. 
Indefinidos: ninguém, vários, etc. 
 Interrogativos: quanto? quem? Etc. 
 
VERBOS: São palavras que indicam ação, estado ou fenômeno da natureza. Exemplo: choveu, correu, gritou, sorriu, cantou, ficam, etc. 
Dentre todas as classe gramaticais, a que mais se apresenta passível de flexões é a representada pelos verbos. Flexões estas relacionadas a: 
Pessoa–Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no plural. 
 
 
 
 
Sinônimos 
 	As palavras que possuem significados próximos são chamadas de Sinônimos. 
Exemplos: 
casa - lar - moradia - residência longe - distante 
delicioso - saboroso carro - automóvel 
 Antônimos 
 	São palavras que possuem significados opostos, contrários. 
Exemplos: 
mal / bem ausência / presença fraco / forte claro / escuro subir / descer cheio / vazio 
possível / impossível 
 
 
INTERJEIÇÃO são palavras invariáveis que expressam uma emoção, um sentimento. 
As interjeições mais comuns são: 
 
· dealegria: ah! oh! oba! 
· deaplauso: viva! bis! bravo! • 	dechamamento: ó! olá! alô! 
· dedor: ui! ai! 
· desilêncio: silêncio! psiu! 
· desurpresa: oh! ah! 
· deadvertência: cuidado! atenção! 
· dealívio: ufa! Arre! 
· deadmiração: ah! oh! puxa! nossa! 
· dedesejo: oxalá! tomara! 
· desaudação: salve! viva! olá! 
· deterror: ui! credo! Cruzes 
 
FRASE 
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: 
 
	ideias 
	emoções 
	ordens 
	apelos 
 
A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. 
Exemplos: 
O Brasil possui um grandepotencial turístico. 
Espantoso! 
Não vá embora. 
Silêncio! 
O telefone está tocando. 
TIPOS DE FRASES 
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: 
a)Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) 
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) 
b)Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) 
Não faça isso. (Negativa) 
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) 
c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: 
Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! 
d)Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) 
Ela não está em casa. (Negativa) 
e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. 
Por Exemplo: 
Deus te acompanhe! 
Bons ventos o levem! 
 
De acordo com a construção, as frases classificam-se em: Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. 
 
Exemplos: 
Fogo! 
Cuidado! 
Belo serviço o seu! 
Trabalho digno desse feirante. 
Frase Verbal: é a frase construída com verbo. 
Exemplos: 
O sol ilumina a cidade e aquece os dias. 
Os casais saíram para jantar. A bola rolou escada abaixo. 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
 
SENTIDO DENOTATIVO:É a linguagem comum, objetiva, científica. 
EX: - O leão é um animal feroz. 
· leão = animal (sentido próprio, verdadeiro) 
SENTIDO CONOTATIVO: É a linguagem poética, literária, diferente da linguagem comum. 
EX: - Aquele homem é um leão. 
· leão = pessoa forte, brava (sentido figurado, irreal) 
 SINAIS GRÁFICOS 
( . )PONTO FINAL: que aponta o final de uma frase. 
Ex .: Tropecei numa pedra e caí. 
 
(,) VÍRGULA: indica uma pausa na leitura. 
Ex.: Na carruagem viajavam o condutor, camponeses, crianças, senhoras e negociantes. 
 
(;) PONTO-E-VÍRGULA: aponta uma pausa maior que uma vírgula. 
Ex: O guarda controlava a passagem dos veículos, dos pedestres; de vez em quando mandava um carro encostar e pedia os documentos. 
 
(:) DOIS PONTOS: é usado para iniciar uma explicação. 
Ex: O velho disse ao mendigo: 
· Tenho um magnífico pomar. 
 
(?) PONTO DE INTERROGAÇÃO: é colocado no final da frase e indica uma pergunta. 
Ex: - Para onde o senhor vai? 
· Quem chegou? 
(!) PONTO DE EXCLAMAÇÃO: mostra espanto, admiração, surpresa, etc. 
Ex:Isso é que é bom! 
 Atenção! Perigo! 
( –) TRAVESSÃO: usamos no início de diálogos ou para destacar partes de uma frase. 
Ex: Um camponês disse para o outro: 
 
( ´ )ACENTO AGUDO: utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas. 
Ex:Pará, ambíguo, saúde, vintém 
 	Sobre as letras eeo, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. 
Ex: pé, herói 
( `) ACENTO GRAVE : indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes. 
Ex: à, às, àquele Vamos a + a praia. 
 Vamos à praia. 
 Refiro-me a + aquele passeio. 
 Refiro-me àquele passeio. 
 
( ^) ACENTO CIRCUNFLEXO : indica o som fechado da vogal. Ex: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo,cânhamo 
 
( ~) TIL: indica que as letras a e o representam vogais nasais. 
Ex: balão,põe 
 
( ) PARÊNTESES: servem para separar palavras ou expressões na frase, com a finalidade de realçar ou explicar. Podem ser substituídos por dois travessões ou por vírgula. 
Ex:Graciliano Ramos (escritor nordestino), em seu livro Vidas Secas, focaliza problemas causados pelas secas. 
 	Ou então: 
Graciliano Ramos - escritor nordestino - em seu... 
 	Ou então: 
Graciliano Ramos, escritor nordestino, em seu... 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
Regras básicas – Acentuação tônica 
 	A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronunciadas as sílabas das palavras. 
Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. 
 	As demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. 
 	De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: 
 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. 
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na penúltima sílaba. 
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível 
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara –tímpano – médico – ônibus 
 
Como podemos observar, mediante todos os exemplos mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados, apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. 
 	Para acentuar corretamente as palavras devemos observar as seguintes regras: 
 
Regra Nº 1 – ACENTUAM-SETODAS PALAVRAS PROPAROXÍTONAS. 
EX.: árvore, lâmpada, África, médico,gramática 
 REGRA Nº 2 – ACENTUAM-SE AS PALAVRAVAS PAROXÍTONAS TERMINADAS EM: 
I(s). U(s) : biquíni, tênis, bônus 
L,N,R,X: notável, hífen, fêmur, tórax 
UM, UNS, OS: fórum, álbum, álbuns, fórceps 
Ã(s), ÃOS: órfã,órgãos 
Ditongo: falência, pônei,áreas 
 REGRA Nº 3– ACENTUAM-SE AS PALAVRAS OXÍTONAS TERMINADAS EM: 
A, AS: maracujá,lilás 
E, ES: café, vocês,jacaré 
O, OS: dominó,após 
EM, ENS: alguém, além,parabéns 
REGRA Nº 4–ACENTUAM-SE OS MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADOS-EM: 
A,AS: já, lá, más, ás 
E,ES: dê, pés, é 
O,OS: só, dó, pó, sós 
REGRA N° 5 – ACENTUAM-SE AS VOGAIS I e U TÔNICOS QUANDO FORMAM HIATO COM A VOGAL ANTERIOR, ESTANDO SOZINHAS OU ACOMPANHADAS DE S: 
Ex : saúde, saída, país, faísca, baú, viúvo, gaúcho. 
OBS: Não são acentuadas essas vogais antes de NH e quando formam sílaba comL,M, N, R, Z, I, U: Rainha, Raul, ruim, juiz, saiu 
REGRA Nº 6- EXISTEM ALGUMAS PALAVRAS QUE EMBORA NÃO SE ENQUADRAM EM NENHUMA DAS REGRAS ANTERIORES, RECEBEM ACENTO GRÁFICO. 
 Trata-se do chamado acento diferencial. 
Tal acento, embora seja extinto em algumas palavras ainda permanece no verbo poder (pôde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da preposição por). 
 	É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. 	Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. 
	 	Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? 
CRASE (a+ a = à ) 
Crase só existe diante de palavra feminina que admite o artigo a. Tambémos demonstrativos aquele, aquela, aquilo podem ser craseados. 
Observe: Domingo fomos à fazenda fazer um passeio. 
Observação: Não há crase diante de nomes próprios que não admitem artigo. Por exemplo, Bahia admite o artigo a(a Bahia), porém Curitiba não admite(Curitiba), por isso o a diante de Bahia é craseado e o a diante de Curitiba não. 
FRASE
ESTRUTURA DA FRASE 
 
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: 
sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. 
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". 
Classificação do Sujeito 
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito. 
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: 
a) Simples 
Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. 
Exemplo: 
A rua estava deserta. 
Observação:não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva. 
Exemplo: 
Os meninos estão gripados. 
Todos cantaram durante o passeio. 
 
b) Composto 
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. 
Exemplo: 
Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. 
 
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