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CITOLOGIA TRICOMONÍASE E CLAMÍDIA

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Definição vulvovaginite
São infecções do trato genital feminino, podendo estar relacionada a diversos fatores físicos, químicos, hormonais e anatômicos. Podem ser causados por bactérias, fungos, vírus e protozoários (transmitidos ou não por contato sexual).
Clamídia
A bactéria Chlamydia trachomatis é uma bactéria gram negativa, responsável por grande parte das infecções sexualmente transmissíveis, em adolescentes com vida sexual ativa, como as uretrites e as cérvices. Ela infecta homens e mulheres, podendo acarretar em graves problemas em mulheres. 
A clamídia é uma infecção considerada um grande problema de saúde pública, por conta da alta taxa de morbidade entre jovens adultos sexualmente ativos e mortalidade perinatal, sendo responsável por elevadas taxas de infecções do trato genital feminino, como a salpingite, Linfogranuloma venéreo, endometrite e abscesso tubovariano, podendo causar consequências como a gravidez ectópica e a infertilidade.
Existem alguns fatores que contribuem para recorrência da infecção como, o início precoce da vida sexual, e a prática de sexo desprotegido com múltiplos parceiros.
A infecção por Clamídia geralmente é assintomática nas mulheres, e a falta de sintomas específicos dificulta no diagnóstico clínico. Quando sintomática pode causar corrimento, prurido, disúria e sangramentos após as relações sexuais. Nos homens, é responsável de 30 a 50%, pelas uretrites não gonocócicas, se não forem tratadas podem evoluir para Síndrome de Reiter, que tem como característica a recorrência de uretrite, artrite, uveíte além de lesões na pele e nas mucosas.
Pode ocorrer a transmissão de forma vertical da Chlamydia trachomatis, sendo uma das causas de conjuntivite de inclusão que quando não tratada pode progredir para pneumonia podendo levar a sequelas na função pulmonar.
O diagnóstico laboratorial pode ser feito através de uma coleta de amostra endocervical ou uretral, por meio de um swab, para cultura celular. Nos testes de amplificação pode ser feito o uso de amostras de urina. As metodologias utilizadas para o diagnóstico direto e indireto da Chlamydia trachomatis pode ser pela pesquisa de antígenos por meio da Imunofluorescência direta (DFA) e Enzimaimunoensaio (EIA); pesquisa de ácidos nucléicos por sondas de DNA ou por Amplificação (PCR, LCR, TMA); pesquisa de anticorpos pela Imunofluorescência indireta (IFI), Microimunofluorescência indireta (MIF), e Enzimaimunoensaio indireto (EIA). As técnicas mais completas que possuem maior sensibilidade e especificidade são as de amplificação de ácidos nucleicos.
O tratamento da Clamídia é feito por meio de antimicrobianos como Azitromicina, Clindamicina, Doxiciclina, Eritromicina, Tetraciclina e Ciprofloxacina (quinolas) podendo ter como duração de 1- 2 semanas.
Tricomoníase
A Tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomonas Vaginalis, sendo a infecção mais comum no mundo. Infectos homens e mulheres, porém não é considerado um grande causador de sequelas, mas está associado a uma série de complicações de saúde. É considerada mais um incômodo do que um problema de saúde pública. O T.vaginalis facilita a transmissão do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), pela liberação de citocinas e por sua capacidade de degradar o inibidor da protease leucocitária secretória, que bloqueia o ataque do HIV a células.
O T vaginalis é responsável pela prematuridade e o baixo peso a nascer, doença inflamatória pélvica atípica, câncer cervical e infertilidade nas mulheres.
Das mulheres infectadas de 20 - 50% são assintomáticas, a sintomatologia clássica da Tricomoníase, é o corrimento amarelo, abundante, espumoso podendo ser mucopurulento. Podendo haver prurido vulvar e odor anormal. A vagina e a cérvice podem estar edematosas e eritematosas, e podem ser observados pontos hemorrágicos na parede cervicais denominados colpitis macularis, 
Quando o T.vaginalis se instala na vagina ele elevada o pH tornando o meio ideal para o seu crescimento, diminuindo os Lactobacillus acidophillus, e aumentando o número de bactérias anaeróbicas.
Nos homens a Tricomoníase pode ser classificada em estado assintomático, agudo onde há uretrite purulenta e abundante, e o estado sintomático caracterizado por disúria, diminuição do corrimento, ulceração peniana e sensação de queimação após as relações sexuais. A Tricomoníase pode ser detectada por meio da associação da massagem prostática e análise do sedimento urinário para que tenha mais precisão no diagnóstico.
O Trichomonas Vaginalis é transmitido via sexual, sendo o homem o vetor por meio da ejaculação, de forma não sexual por meio de duchas contaminadas, espéculos, assentos de vasos sanitários e na forma vertical.
O diagnóstico da Tricomoníase pode ser levado em consideração às manifestações clínicas, porém pode ser confundida com outras DSTs exigindo um diagnóstico diferencial, por meio de uma investigação laboratorial onde pode ser feita análise por meio de esfregaço de amostras vaginal e cervical, pelo método de cultura que é considerado padrão-ouro, por ser um teste sensível, sendo eficiente e de baixo custo e o método de amplificação por PCR por ser sensível e específico. Testes imunológicos não são muito utilizados no diagnóstico dessa DST.
No tratamento da Tricomoníase são utilizados fármacos derivados do Nitroimidazol como o Metronidazol, Tinidazol, Omidazol, Nimorazol, Carnidazol, Secnidazol, e Flunidazol. E uma nova tentativa de terapia seria a Vacinoterapia com cepas selecionadas de Lactobacillus acidophillus.
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