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LIVRO TEXTO HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS - UNIDADE 1

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Autoras: Profa. Priscilla Augusta Monteiro Ferronato
 Profa. Claudia Regina Cortez
Handebol: Aspectos 
Pedagógicos e 
Aprofundamentos
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Professoras conteudistas: Priscilla Augusta Monteiro Ferronato / 
Claudia Regina Cortez
Priscilla Augusta Monteiro Ferronato
Atleta durante a infância e adolescência da modalidade de handebol pela Federação Paulista de Handebol, cursou 
bacharelado em Educação Física na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de 1998 a 2001, na cidade de Rio Claro, 
interior de São Paulo. Em seguida, na mesma universidade, ingressou no curso de mestrado (2003-2005), no qual 
foi investigado o desenvolvimento e os processos que levam às mudanças nos mecanismos de controle postural em 
crianças e adultos. Professora na Universidade Paulista (UNIP) desde 2004 e coordenadora do curso de Educação Física 
no campus de Alphaville desde 2007. Membro do Grupo de Estudos da Ação e Intervenção Motora na Universidade 
de São Paulo (USP), dedica as pesquisas ao desenvolvimento do comportamento ativo das mãos, especialmente em 
bebês, tema esse da tese de doutorado executado nessa universidade com Estágio Sanduíche realizado na Universidade 
de Umea-Suécia (Processo Capes 1592412-2) no ano de 2013 e doutorado concluído no ano de 2015. Atualmente é 
responsável pelo projeto de pesquisa sobre a emergência e o desenvolvimento da ação manipulativa de apertar em 
bebês de 1 a 3 meses de idade com financiamento Fapesp (processo 2015/50530-1).
Claudia Regina Cortez
Possui formação superior em licenciatura plena em Educação Física pelo Centro Universitário Metropolitano de São 
Paulo (1985) e mestrado em Educação pelo Centro Universitário Salesiano (2001). Atualmente, é professora assistente 
do curso de Educação Física do Centro Universitário Fieo – Unifieo e Universidade Paulista – UNIP. Possui experiência 
na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física no Ensino Básico, nas áreas Handebol, Aprendizagem 
motora, Crescimento e desenvolvimento motor e Educação Física nos Ensinos Infantil, Fundamental e Médio.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Z13 Zacariotto, William Antonio
Informática: Tecnologias Aplicadas à Educação. / William 
Antonio Zacariotto - São Paulo: Editora Sol.
il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-006/11, ISSN 1517-9230.
1.Informática e tecnologia educacional 2.Informática I.Título
681.3
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Kleber Nascimento
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Sumário
Handebol: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 O HANDEBOL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – ETAPAS DE APRENDIZAGEM 
E AS FASES DE DESENVOLVIMENTO: O MOMENTO DE INICIAR O HANDEBOL........................... 11
2 ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DO ENSINO DO HANDEBOL .................................................. 15
2.1 Educação Infantil (2 a 5 anos)/Fase pré-escolar...................................................................... 16
2.2 Ensino Fundamental I (6 a 11 anos)/Fase universal e fase universal no handebol .... 16
2.3 Ensino Fundamental II (11-14 anos)/Fase de orientação e fase de direção ................. 17
2.4 Ensino Médio (15 a 17 anos)/Fase de especialização ............................................................ 19
2.5 Fase de aproximação/Integração – 18 aos 21 anos ............................................................... 19
2.6 Fase de alto nível .................................................................................................................................. 20
2.7 Fase de recuperação/Readaptação ................................................................................................ 20
2.8 Fase de recreação e saúde ................................................................................................................ 20
3 CONCEITOS BÁSICOS PARA A ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO – 
APRENDIZAGEM EM HANDEBOL .................................................................................................................. 21
3.1 Estrutura de aula .................................................................................................................................. 22
4 AS HABILIDADES BÁSICAS DO HANDEBOL E A CONSTRUÇÃO DO JOGO ................................. 23
4.1 Aquisição e combinação de elementos técnicos básicos ..................................................... 23
4.1.1 Recepção .................................................................................................................................................... 23
4.1.2 Passe ............................................................................................................................................................. 25
4.1.3 Drible ............................................................................................................................................................ 27
4.1.4 Arremesso .................................................................................................................................................. 29
4.1.5 Progressão .................................................................................................................................................. 33
4.1.6 Fintas ............................................................................................................................................................ 36
Unidade II
5 CONCEITOS BÁSICOS ..................................................................................................................................... 43
5.1 Tática ......................................................................................................................................................... 43
5.2 Tática individual ....................................................................................................................................43
5.3 Tática de grupo ..................................................................................................................................... 44
5.4 Tática coletiva ........................................................................................................................................ 44
5.5 Táticas de grupo.................................................................................................................................... 45
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5.5.1 Ritmo de bola e fixação do oponente ............................................................................................ 45
5.5.2 Equilíbrio ofensivo .................................................................................................................................. 46
5.5.3 Engajamento ............................................................................................................................................. 47
5.5.4 Cruzamento ............................................................................................................................................... 47
5.5.5 Bloqueio ofensivo ................................................................................................................................... 49
5.5.6 Cortina ......................................................................................................................................................... 49
5.5.7 Quebra de ritmo ...................................................................................................................................... 50
5.5.8 Passa e vai .................................................................................................................................................. 51
5.6 Táticas de grupo ofensivas em superioridade numérica ...................................................... 52
5.7 Táticas de grupo defensivas ............................................................................................................. 52
5.7.1 Cobertura ................................................................................................................................................... 52
5.7.2 Troca de marcação.................................................................................................................................. 53
5.7.3 Acompanhamento .................................................................................................................................. 54
5.7.4 Marcação de bloqueio ofensivo ........................................................................................................ 54
5.8 Táticas de grupo defensivas em inferioridade numérica ..................................................... 55
6 TÁTICA DEFENSIVA .......................................................................................................................................... 55
6.1 Postos específicos defensivos .......................................................................................................... 56
6.2 Fases da defesa ...................................................................................................................................... 58
6.3 Tipos de sistemas defensivos ........................................................................................................... 59
6.4 Defesa individual .................................................................................................................................. 59
6.4.1 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 62
6.4.2 Erros comuns ............................................................................................................................................ 62
6.4.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo individual ................................................ 62
6.5 Defesa por zona .................................................................................................................................... 63
6.6 A ordenação dos jogadores nos sistemas defensivos ............................................................ 63
6.7 Sistema defensivo por zona 3:3 ..................................................................................................... 64
6.7.1 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 65
6.7.2 Erros comuns ............................................................................................................................................ 65
6.7.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:3 ............................................................. 65
6.8 Sistema defensivo por zona 3:2:1 ................................................................................................. 66
6.8.1 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 66
6.8.2 Erros comuns ............................................................................................................................................ 67
6.8.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo 3:2:1 ......................................................... 67
6.9 Sistema defensivo por zona 4:2 ..................................................................................................... 67
6.9.1 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 68
6.9.2 Erros comuns ............................................................................................................................................ 68
6.9.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 4:2 .......................................... 69
6.10 Sistema defensivo por zona 5:1 ................................................................................................... 69
6.10.1 Função dos jogadores ......................................................................................................................... 70
6.10.2 Erros comuns .......................................................................................................................................... 70
6.10.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 5:1 ........................................ 71
6.11 Sistema defensivo por zona 6:0 ................................................................................................... 71
6.11.1 Função dos jogadores ......................................................................................................................... 72
6.11.2 Erros comuns .......................................................................................................................................... 72
6.11.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo por zona 6:0 ........................................ 72
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6.12 Sistemas defensivos combinados ou mistos .......................................................................... 73
6.13 Defesa combinada ou mista 5+1 ................................................................................................ 73
6.13.1 Função dos jogadores ......................................................................................................................... 74
6.13.2 Erros comuns .........................................................................................................................................74
6.13.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo combinado ou misto 5+1 ............. 75
6.14 Sistema defensivo combinado ou misto 4+2 ........................................................................ 75
6.14.1 Função dos jogadores ......................................................................................................................... 76
6.14.2 Erros comuns ......................................................................................................................................... 76
6.14.3 Vantagens e desvantagens do sistema defensivo combinado ou misto 4+2 ............. 76
7 TÁTICA OFENSIVA ............................................................................................................................................ 77
7.1 Os postos específicos ofensivos ...................................................................................................... 77
7.2 Características dos postos específicos ofensivos .................................................................... 78
7.2.1 Os armadores ............................................................................................................................................ 79
7.2.2 Os pontas ................................................................................................................................................... 80
7.2.3 Os pivôs ....................................................................................................................................................... 80
7.3 As linhas ofensivas ............................................................................................................................... 81
7.4 Fases do ataque ..................................................................................................................................... 82
7.5 Sistemas de ataque.............................................................................................................................. 83
7.5.1 Posicional ................................................................................................................................................... 83
7.5.2 Circulação .................................................................................................................................................. 83
7.5.3 Combinado ................................................................................................................................................ 84
7.6 Sistemas de ataque posicional ........................................................................................................ 84
7.6.1 Sistema de ataque com um pivô – 5x1 ......................................................................................... 84
7.6.2 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 85
7.6.3 Erros comuns ............................................................................................................................................ 85
7.6.4 Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 5x1 ......................................... 85
7.7 Sistema de ataque com dois pivôs – 4x2 ................................................................................... 86
7.7.1 Função dos jogadores ........................................................................................................................... 86
7.7.2 Erros comuns ............................................................................................................................................ 87
7.7.3 Vantagens e desvantagens do sistema ofensivo posicional 4x2 ......................................... 87
8 O GOLEIRO ......................................................................................................................................................... 88
8.1 Características físicas dos goleiros ................................................................................................ 89
8.1.1 Medidas antropométricas de goleiros de handebol ................................................................. 89
8.2 Posições defensivas básicas .............................................................................................................. 91
8.3 Deslocamentos defensivos ............................................................................................................... 92
8.4 Formas de defesa .................................................................................................................................. 94
8.5 Defesas em bolas altas ....................................................................................................................... 95
8.6 Defesas em bolas meia altura ......................................................................................................... 96
8.7 Defesas em bolas baixas .................................................................................................................... 97
8.8 Saída em “X” ........................................................................................................................................... 98
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APRESENTAÇÃO
A disciplina de Handebol tem a intenção de contextualizar o esporte como prática social, escolar e 
esportiva, levando em consideração as fases de desenvolvimento do aprendiz, bem como os processos 
pedagógicos de ensino-aprendizagem envolvidos no ensino da modalidade. Sendo assim, tem como 
objetivos oferecer ao aluno a oportunidade de vivenciar e aprender o handebol enquanto prática social 
e esportiva; e ainda, conhecer os aspectos metodológicos do seu ensino no ambiente escolar e de alto 
rendimento.
INTRODUÇÃO
O handebol se caracteriza como um esporte coletivo de invasão, jogado com as mãos que visa à 
obtenção do gol. De maneira geral, é uma modalidade composta de gestos técnicos simples (receber, 
passar, saltar, correr e arremessar) que estão baseados em habilidades motoras fundamentais que 
começam a ser realizadas por crianças desde a primeira infância. Talvez por essa simplicidade do gesto 
técnico o handebol seja uma das modalidades mais praticadas em ambiente escolar.
Os relatos da sua origem e criação apresentam divergências, entretanto, há concordância de que o 
esporte da forma contemporânea, como é apresentado atualmente, tem sua origem por volta da década 
de 1930, na região da Escandinávia. Como todos os esportes, o handebol começou sua história sendo 
um jogo originário no século XIX. No século XX, a modalidade foi institucionalizada, ou seja, passou 
a ter uma instituição responsável pela sua regularização, normatização e divulgação da prática. Essa 
institucionalização aconteceu em 1934 na cidade de Estocolmo, Suécia.
O handebol é uma modalidade que se manifesta de diferentes formas, seja como esporte escolar, seja 
para reabilitação, saúde, lazer e recreação, rendimento e profissional. A modalidade apresenta diversas 
adaptações para que possa ser jogada por diferentes populações em distintos ambientes como: quadra, 
praia, cadeira de rodas, na terceira idade em equipes máster; logo, é um esporte para todos.
O esporte é considerado hoje como um dos fenômenos sociais mais importantes da humanidade 
(GRECO; ROMERO, 2012), pois além de um fator de educação apresenta componentes formativos 
para a cidadania, como Bento (2004) descreve, o esporte é pedagógico e educativo pois proporciona 
oportunidades, obstáculos e desafios, também quando fomenta a procura do rendimento na competição 
e para isso se exercita, se treina e reserva-se um pedaço da vida.
O esporte pode ser concebido comoum fenômeno cultural, global (BENTO; 2004). Ele é cultural 
pois, faz parte da cultura dos povos desde as mais antigas civilizações e perdura até os dias atuais, 
fundamenta-se pela e na cultura. É global porque se encontra nos mais distintos pontos do planeta, 
e por isso, apresenta significados diferentes nas diversas culturas, seja para seus praticantes, seja para 
seus expectadores.
Com todas essas características que fazem parte não só do handebol, mas também de todos os 
outros esportes, o presente livro-texto tem a pretensão de apresentar de maneira contextualizada o 
handebol como prática social, escolar e esportiva, levando em consideração as fases de desenvolvimento 
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do aprendiz, assim como os processos pedagógicos de ensino-aprendizagem envolvidos no ensino da 
modalidade. Será apresentada uma proposta de desenvolvimento do handebol no ambiente escolar, 
bem como em clubes ou escolas de iniciação esportiva. A proposta está baseada em algumas teorias da 
Pedagogia do Esporte, e em seguida serão demonstrados os fundamentos e recursos técnicos específicos 
da modalidade. Na sequência será observada a nomenclatura e simbologia padronizada da modalidade, 
bem como os recursos táticos individuais e de grupo tanto ofensivos quanto defensivos que compõem 
e caracterizam o esporte handebol.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Unidade I
1 O HANDEBOL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR – ETAPAS DE 
APRENDIZAGEM E AS FASES DE DESENVOLVIMENTO: O MOMENTO DE 
INICIAR O HANDEBOL
O desenvolvimento das modalidades esportivas tem no ambiente escolar um grande aliado para sua 
propagação. Tendo em vista que a escola tem como finalidade a formação do aluno, faz parte também 
desse processo, o desenvolvimento da constituição do repertório motor. Nesse sentido, o professor deve 
estar atento para distribuir os conteúdos das modalidades de acordo com as possibilidades e o nível de 
desenvolvimento motor dos alunos.
Para o ensino do Handebol, assim como qualquer outra modalidade, é importante analisar além da 
faixa etária do grupo de alunos, o nível de habilidade motora, para poder comparar com os estágios de 
desenvolvimento motor propostos na literatura, a fim de ter um “desenho do estado motor” em que se 
encontra o aprendiz.
Aplicando esses conceitos para o ambiente escolar, podemos utilizar os modelos de estágios de 
desenvolvimento motor propostos para ajudar a formar um desenho do grupo de alunos e para auxiliar 
no planejamento das atividades de cada série escolar.
O modelo mais conhecido de progressão motor foi proposto por Gallahue (1989). Esse autor 
identificou estágios específicos, observados em quatro grandes fases: fase dos movimentos reflexos, 
fase dos movimentos rudimentares, fase dos movimentos fundamentais e fase dos movimentos 
especializados. Elas estão associadas ao eixo temporal da vida de um indivíduo e às características 
de movimento descritas na fase dos movimentos fundamentais, compartimentalizadas em 
estágios inicial, elementar e maduro, têm subsidiado a elaboração de propostas curriculares para 
a Educação Física.
Na proposta de Gallahue (1989), embora o autor afirme que o processo de desenvolvimento motor 
esteja relacionado com a idade, ele também aponta que não é dependente dela. Ou seja, assume uma 
certa participação das experiências no processo de transposição de etapas, porém apresenta os estágios 
relacionando-os às idades aproximadas de 2/3 anos; 4/5 anos e 6/7 anos, respectivamente. Assim, à 
medida que as crianças avançam em idade, tendem a progredir para movimentos que otimizam sua 
performance, orientado ao nível mais superior da sequência, favorecendo, em consequência, a aquisição 
de habilidades mais complexas. 
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Unidade I
Movimentos reflexos
Movimentos rudimentares
Movimentos fundamentais
Movimentos específicos
Movimentos transitórios
Movimentos especializados
Barreira de 
eficácia
Barreira de 
eficiência
Figura 1 - Modelo adaptado da pirâmide proposto por Gallahue em 1989
A primeira etapa relatada por Gallahue (1989) é a fase de movimentos reflexos, que estaria relacionada 
ao primeiro ano de vida. Nela os movimentos são desencadeados por uma estimulação específica e tem 
como objetivo garantir a sobrevivência e o controle postural do recém-nascido.
A fase de movimentos rudimentares sobrepõe-se à fase de movimentos reflexos em termos 
temporais e vai além, até por volta dos dois anos de idade. Nela, o bebê demonstra as primeiras 
formas de movimento voluntário e já não apresentaria comportamento reativo (reflexivo). O 
movimento é realizado de forma voluntária e independente, no entanto, sem refinamento, com 
aspecto grosseiro.
A fase de habilidades motoras fundamentais compreende o período aproximado de 2 até 7 anos 
de idade. Aqui, ocorre um refinamento dos movimentos rudimentares, bem como aquisição de novas 
formas de controle postural, locomoção e manipulação. Essa etapa abrange a idade escolar, portanto 
o acesso ao processo de iniciação esportiva. Dentro da etapa de movimentos fundamentais, outras 3 
subetapas foram criadas, seriam uma forma mais detalhada de apresentar as modificações pelas quais o 
comportamento vai passando dentro de cada habilidade fundamental (saltar, correr, andar, rolar, chutar, 
rebater etc.), são elas: estágio inicial, estágio elementar e estágio maduro.
Finalmente, a fase de habilidades especializadas, essencialmente relacionadas às esportivas de alto 
rendimento. Nela, os indivíduos passariam por um processo formal de prática específica para cada tipo 
de habilidade motora. Esse processo deveria apresentar um período de tempo prolongado para que o 
estágio fosse atingido.
Tal etapa foi nitidamente responsável por Gallahue fazer ajustes no modelo de estágios em forma de 
pirâmide proposto em 1989. Em 2001, a fase de movimentos especializados passou a considerar como 
especializados diversos tipos de movimentos, e não apenas os esportivos. Nesse grupo entraram também 
as atividades de lazer e profissionais, que foram chamadas de culturalmente determinadas.
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Utilização 
permanente 
na vida diária
Utilização 
permanente 
recreativa
FASE MOTORA 
ESPECIALIZADA
Estágio de utilização permanente
OS ESTÁGIOS DE 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
14 anos e acima
As fases do desenvolvimento motor
FAIXAS ETÁRIAS 
APROXIMADAS DE DESENVOLVIMENTO
Estágio madurode 6 a 7 anos
Estágio de pré-controlede 1 a 2 anos
Estágio de aplicaçãode 11 a 13 anos
Estágio elementarde 4 a 5 anos
Estágio de inibição de reflexosdo nascimento até 1 ano
Estágio de decodificação de informaçõesde 4 meses a 1 ano
Estágio transitóriode 7 a 10 anos
Estágio inicialde 2 a 3 anos
Estágio de codificação de informaçõesdentro do útero e até 4 meses de idade
FASE MOTORA 
FUNDAMENTAL
FASE MOTORA 
RUDIMENTAR
FASE MOTORA 
REFLEXIVA
Utilização 
permanente 
competitiva
Figura 2 - Modelo de ampulheta de Gallahue e Ozmun, 2001Com isso, a forma do modelo mudou de pirâmide para ampulheta, a fim de abranger mais categorias. 
Como na pirâmide a ponta do modelo era bem mais estreita do que a base, passava a impressão de 
que poucos atingiriam a etapa de movimentos especializados. O que realmente não deixa de ser uma 
verdade, poucas são as pessoas que tem o interesse, a motivação e a oportunidade de praticar por longos 
períodos de tempo uma determinada modalidade esportiva (já que a fase de movimentos especializados 
estava unicamente associada a movimentos esportivos). No modelo da ampulheta a superfície é tão 
ampla quanto a base, indicando que muito mais pessoas poderiam atingir o padrão especializado já que 
esse agora abrangeria atividades do cotidiano, lazer e esportivas.
 Lembrete
A troca do modelo de Pirâmide para Ampulheta se deu por conta da 
mudança no conceito de habilidades especializadas, que passou a englobar 
as atividades de lazer, trabalho e habilidades diárias.
Além desses modelos propostos por Gallahue (1989) e Gallahue e Ozmun (2001), Manoel (1994) 
apresentou uma sequência de desenvolvimento levando em consideração o estudo do processo que leva ao 
produto (desenvolvimento motor ou comportamento motor observável). Neste modelo, houve a inclusão 
da fase de movimentos fetais correspondendo ao período da concepção até o nascimento. Também a 
inclusão de movimentos espontâneos juntamente à fase de movimentos reflexos. E por fim, a inclusão da 
fase de combinação de movimentos fundamentais relacionada ao período aproximado, de sete até dez 
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Unidade I
anos de idade. Na fase de combinação de movimentos fundamentais seria o período em que emergiriam 
as habilidades associadas mais formalmente aos gestos técnicos das modalidades esportivas.
Movimentos 
culturalmente 
determinados
Fase de combinação de 
movimentos fundamentais
Fase de movimentos 
fundamentais
Fase de movimentos 
rudimentares
Fase de movimentos 
espontâneos e reflexos
Fase de movimentos fetais
Figura 3 - Modelo de desenvolvimento motor de Manoel, 1994
 Lembrete
O modelo de Manoel incluiu os movimentos fetais que não haviam sido 
mencionados nos de Gallahue.
O foco do professor de Educação Física deve estar nas idades entre 2 e 5 anos, que engloba a Educação 
Infantil (apesar de não ser obrigatório especialista em Educação Física nesse nível de ensino, diversas 
escolas têm optado por colocar um professor especialista em Educação Física para trabalhar os aspectos 
motores nessa faixa etária). Crianças entre 5 e 11 anos (Ensino Fundamental I), crianças e jovens de 12 a 
14 anos (Ensino Fundamental II) e por fim, os jovens entre 15 e 17 anos (Ensino Médio). Uma proposta 
teórica bastante utilizada na Europa é o modelo de iniciação esportiva nomeado Escola da Bola, uma 
proposta originalmente alemã que se preocupa com a formação motora geral dos cidadãos e não com a 
especialização precoce e o alto rendimento. Basicamente os pilares principais dessa proposta são:
• formação de um amplo repertório motor aplicável a todas as modalidades esportivas;
• contrária à especialização precoce;
• ensino dos esportes através dos princípios táticos inicialmente;
• proposição de um período de DEStreinamento para o ex-atleta.
Seguindo esses princípios, o professor poderia aplicar essa proposta – que originalmente na 
Europa é utilizada em atividades esportivas extracurriculares – no ambiente escolar, uma vez 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
que a proposta está baseada em pilares que atendem aos objetivos da Educação Física escolar 
(FERRONATO, 2007).
Outro aspecto diferencial da proposta da Escola da Bola é o ensino das modalidades esportivas, 
focando a atenção no desenvolvimento dos aspectos cognitivos através de mecanismos de tomada 
de decisão e compreensão aprofundada dos jogos. Segundo os preceitos da proposta, uma iniciação 
esportiva ideal deve contemplar:
• tomada de decisão e formação de conceitos por parte do aluno;
• compreensão do contexto dos jogos esportivos;
• trabalho da tática na iniciação.
A tomada de decisão envolve oferecer ao aluno a oportunidade de escolha entre duas ou mais ações 
a serem executadas durante o jogo, isso é basicamente o trabalho da tática, uma vez que, uma definição 
de tática é a tomada de decisão. Para que seja capaz de tomar decisões adequadas, a cada situação 
que o jogo oferece, o aluno precisa ter experiência suficiente ser capaz de avaliar as consequências da 
decisão. Ou seja, o aluno deve compreender os mecanismos norteadores do jogo (saber jogar no sentido 
de entender como funciona o jogo e não unicamente no sentido de saber executar os movimentos/
técnicas que o jogo exige), isso é ter entendimento do jogo.
Para que tais habilidades sejam trabalhadas, o processo de iniciação esportiva e de formação do 
repertório motor não pode priorizar a execução e repetição dos movimentos, mas deve oferecer a 
oportunidade de executar tais comportamentos em situações de jogo (seja esse jogo uma modalidade 
esportiva, um pré-desportivo ou ainda uma brincadeira).
Baseado nesses conceitos, a seguir será apresentada uma sugestão de organização e planejamento 
da Educação Física escolar baseada nos princípios da Escola da Bola alemã e das propostas de 
Iniciação Esportiva Universal de Greco e Benda (1998) – que também está baseada nas propostas 
da Escola da Bola.
2 ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO DO ENSINO DO HANDEBOL
A proposta de desenvolvimento do handebol está embasada nos conceitos das propostas pedagógicas 
da Iniciação Esportiva Universal de Greco e Benda (1998). Ela é orientada à aprendizagem incidental 
(proposital, planejada e estruturada) sobre o controle e progresso das capacidades, em meio às 
inter-relações estabelecidas entre professor-aluno, na pretensão do desenvolvimento das capacidades 
coordenativas, para a construção e constituição do potencial do indivíduo, oferecendo-lhe a possibilidade 
de compartilhar decisões e a conscientização político-social contextualizada à sua ação. Essa proposta 
apoia-se nas Teorias da Aprendizagem Motora e Controle Motor, além da psicologia geral e cognitivista.
Apesar de apresentar uma ideia de divisão de trabalho do handebol na escola, a mesma proposta 
pode ser aplicada fora do ambiente escolar, como em clubes e escolas de iniciação esportiva.
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Unidade I
 Saiba mais
Para um conhecimento mais aprofundado sobre o tema, leia:
KRÖGER, C.; ROTH, K. Escola da bola: um abc para iniciantes nos jogos 
esportivos. São Paulo: Phorte, 2002.
2.1 Educação Infantil (2 a 5 anos)/Fase pré-escolar
KREBS (1992), acredita que, nesse período até o fim do Ensino Fundamental, o professor deverá 
proporcionar uma vivência diversificada de movimentos sem que haja exigência de um padrão ideal, 
isto é: não existe execução errada de movimento. Nessa fase, denominada pelo autor de estimulação 
motora, o padrão de movimento deve ser tomado apenas como estímulo para que a criança construa 
seu próprio plano motor.
Atividades básicas de deslocamento, equilíbrio, acoplamento, esquema corporal, relação 
espaçotemporal entre outras são prioritárias e devem, preferentemente, ser apresentado em formas 
jogadas, tipo de jogos de imitação e perseguiçãosem focar uma modalidade esportiva específica.
2.2 Ensino Fundamental I (6 a 11 anos)/Fase universal e fase universal no 
handebol
O ensino das habilidades motoras deve ser administrado conforme a idade e o nível de experiência 
motora do aprendiz. Essa fase pode ser separada em dois subestágios que forem capazes de agrupar 
as crianças de acordo com a capacidade de execução das habilidades. O primeiro subestágio abrange 
as crianças de 6 a 8 anos e o segundo de 9 a 11 anos. Entre 6 e 8 anos, a criança está explorando as 
habilidades básicas de locomoção, manipulação e estabilização/equilíbrio em um processo de refinamento 
progressivo, podendo assim, participar de um número maior e mais complexo de atividades motoras.
Nesse período, o jogo precisa ser um elemento didático-pedagógico que deverá ser oferecido 
conforme as características evolutivas do aprendiz, especialmente no que se refere à sua maturidade, 
evolução psicológica e cognitivo-social. Por exemplo, crianças de 6-8 anos devem trabalhar com a 
combinação das habilidades motoras básicas e com jogos de perseguição, estafetas, jogos de relevos, 
dentre outros. Já com crianças de 9-11 anos, além de aumentar o grau de dificuldade das combinações 
das habilidades motoras, pode-se começar a desenvolver jogos coletivos, através de pequenos jogos 
(reduzidos), jogos de iniciação, grandes jogos e em alguns casos, jogos pré-desportivos. É a fase mais 
ampla e rica dentro do processo de formação esportiva.
Nessa etapa é importante proporcionar aos alunos a vivência na modalidade através de minijogos e 
brincadeiras para que possam experimentar os movimentos relacionados com a modalidade. Trabalhar 
orientação espacial através de brincadeiras, utilizando grandes espaços como quadra toda do handebol, 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
pequenos espaços como a área do gol, meia quadra do handebol, área entre o meio da quadra e a linha 
dos 9 m, dividir a quadra em quatro espaços e utilizar apenas alguns deles, utilizar ritmos diferentes, ou 
seja, jogos de rápida movimentação pelos espaços, contrapondo com atividades mais lentas.
O professor deve estar preocupado em desenvolver o repertório motor do aluno através de várias 
atividades e utilizando-se de uma grande variedade de materiais, ou seja, coordenação motora para 
grandes grupos musculares por meio de corridas, saltos, rolamentos. Também executar a coordenação 
motora fina com o manejo de bola, pequenos deslocamentos com o corpo, desenvolver o equilíbrio 
estático e dinâmico, utilizando-se das linhas da quadra, banco sueco, deslocamentos com paradas 
bruscas, saltos e recuperação da posição ereta.
O trabalho com os jogos de invasão como mãe da rua, rouba bandeira, pega-pega, minijogos de 
handebol, jogos que estimulem movimento de passe, arremesso e recepção como queimada, pega-pega 
com bola, rouba bandeira com bola, câmbio, jogo dos dez passes, jogos de apoio com e sem bola, entre 
outros, no qual o aluno deve conduzir a bola até um local determinado também contribuem para o 
desenvolvimento da capacidade de jogo das crianças, fazendo com que elas tenham que tomar decisões 
para agir. Essa tomada de decisão é na verdade um trabalho de desenvolvimento da tática de jogo.
Com tais elementos, o professor estará conjugando elementos técnicos e táticos individuais e 
coletivos. Se o aluno passou por um bom trabalho de desenvolvimento das habilidades básicas e a sua 
combinação na etapa anterior, estará preparado para receber essas novas informações e será capaz de 
facilmente ampliar seu repertório motor executando as habilidades que já devem estar razoavelmente 
automatizadas, liberando a atenção para a tomada de decisão que os jogos irão exigir.
A ação do processo de ensino-aprendizagem deve ser voluntária por parte da criança (no caso de 
prática extracurricular), não impedindo a realização de outros possíveis interesses. A frequência média 
de atividades esportivas sistemáticas não deve ultrapassar três vezes por semana, com duração de 
aproximadamente 1 hora/dia.
2.3 Ensino Fundamental II (11-14 anos)/Fase de orientação e fase de direção
Nesse momento é importante destacar que se deve ter como um dos objetivos a iniciação do 
aperfeiçoamento técnico, porém, não deixando de se preocupar com o trabalho da tática (tomada 
de decisão). O gesto do esporte (fundamento esportivo) em sua forma global, ações motoras gerais 
que servem para a solução de tarefas esportivas (porém, sem realizar treinamento técnico, visando a 
perfeição do gesto, e sim, uma passagem pelas técnicas das diferentes disciplinas esportivas), observando 
quais são as exigências que se apresentam em cada um desses objetivos.
A técnica deve ser trabalhada em sua forma global, procurando sua automatização-estabilização, 
sem insistir na perfeição dos gestos. A possibilidade de variação das técnicas deve ser prioridade. É 
importante entender o conceito da citada variação; isto significa que devem ser oferecidas atividades em 
que, por exemplo, através do jogo, a criança seja incentivada a desenvolver, aprender a aplicar técnicas 
de movimento especificas do esporte, porém sem um alto nível de perfeição gestual. O aperfeiçoamento 
da coordenação de movimentos e das capacidades senso-perceptivas pode ser concretizado através do 
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desenvolvimento das capacidades táticas gerais (aquelas que são comuns a todos os esportes coletivos, 
tais como tabela, cruzamentos, bloqueios ou corta-luz, dentre outras). Começa assim a se delinear a 
finalização do processo de iniciação esportiva.
Aqui o jogo, em qualquer forma de organização (jogos de iniciação, pré-esportivos, grandes jogos, 
jogo recreativo, entre outros), tem um sentido recreativo, porém, possui um alto valor educativo, pois 
serão estabelecidas as bases para uma “ação inteligente”. O conteúdo de informação teórica, assim 
como a sua forma de transmissão, são de suma importância. BAYER (1987) cita a possibilidade de 
oferecer, nessa faixa etária, um processo de ensino-aprendizagem caracterizado pela “pedagogia das 
intenções”. Ela se caracteriza pela iniciação esportiva, evidenciando os conceitos táticos básicos a 
cada esporte.
As atividades desenvolvidas podem estar apoiadas nos princípios da variedade técnico-tática 
individual e de grupos com iniciação aos meios táticos (jogos 2x2). Pode-se começar a iniciação ao 
conceito individual e zonal dos esportes.
A frequência recomendada de atividades curriculares e extracurriculares sistemáticas deve ser por 
volta dos 3 encontros semanais, com duração média de 60 a 90 minutos cada.
Nos anos finais do Ensino Fundamental II, pode ser iniciada a fase de direção, na qual as 
técnicas são trabalhadas em situações representadas em forma de exercícios, em que a requisição 
da técnica seja variada, nos seus parâmetros de execução e de aplicação. A “inteligência de jogo” 
continuará a ser desenvolvida através de atividades que exijam a aplicação do conhecimento 
adquirido na fase de formação e aperfeiçoamento, de tal forma a produzir transformações dos 
conceitos teóricos em ações esportivas. “O conhecimento teórico é base na qual se apoiam 
os processos cognitivos” (GRECO; BENDA, 1998), sendo importante destacar que eles são os 
que dirigem nossa ação tática. Com isto, o professor deve privilegiar a formação de jogadores 
inteligentes, fazendo isso parte integrada no processo de ensino-aprendizagem. A fase de direção 
terá como objetivo a transmissãoe aplicação de regras gerais de ação tática no esporte, ainda 
que ele não tenha como intenção a prática de esporte especializado. Segundo Greco (1998), “a 
iniciação ao esporte termina quando o jogador adquire as bases para coordenar procedimentos 
táticos entre dois ou três jogadores, passando, posteriormente, a situações espaciais concretas 
de jogo”.
Os objetivos do professor devem estar pautados em atividades que desenvolvam a variedade 
técnico-tática individual em posto específico e em atividades de grupo com relação aos postos específicos. 
Também devem ser trabalhados os sistemas de jogo coletivo (sistemas de ataque e de defesa).
Nessa etapa, é o momento ideal, para o aluno que tenha interesse, em começar com o aperfeiçoamento 
e a especialização técnica em uma modalidade esportiva. Entretanto, a frequência de prática da 
modalidade como atividade extracurricular deverá ser de 3 ou 4 vezes por semana, sendo que cada 
sessão de treinamento não ultrapasse 1h30/dia. Além disso, é importante que o jovem ainda participe 
de duas ou três modalidades esportivas.
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2.4 Ensino Médio (15 a 17 anos)/Fase de especialização
Essa fase continua a sequência evolutiva do jovem adolescente. Para alunos que passaram 
adequadamente por todas as etapas anteriores de formação do repertório motor, nesse momento são 
capazes de realizar com certa destreza as habilidades de qualquer modalidade, e assim, podem concretizar 
a especialização em uma modalidade escolhida para ser praticada em atividade extracurricular. No 
entanto, durante as aulas de educação física no Ensino Médio é o momento em que o professor poderia 
transformar as aulas em sessões de treinamento, logicamente oferecendo a oportunidade de prática 
no maior número de modalidades possíveis. Nesse período, o professor e o aluno podem procurar o 
aperfeiçoamento e a otimização do potencial técnico e tático, que sirvam de base para o emprego 
de comportamentos táticos de alto nível. Inicia-se, paralelamente, um processo de estabilização das 
capacidades psíquicas e pode haver um aumento na participação em competições.
Trata-se da primeira fase de direcionamento para o esporte de alto nível, é o momento de concretizar 
a especialização na modalidade escolhida e o aperfeiçoamento do potencial técnico e tático. Assim, em 
atividades extracurriculares, as sessões de prática podem ser de 3 a 4 vezes por semana com duração 
de 2 a 3h/dia.
2.5 Fase de aproximação/Integração – 18 aos 21 anos
Esse estágio, que abrange dos 18 aos 21 anos, não inclui mais o período escolar, entretanto, nos 
clubes e escolas de iniciação esportiva o trabalho pode continuar a ser feito. E tal proposta metodológica, 
que não corrobora com a especialização precoce no esporte, aponta que somente aos 18 anos deveria 
começar a se pensar no esporte de alto rendimento. Assim, o jovem que passou por todo programa de 
iniciação terá seu repertório motor amplo o suficiente para promover uma especialização técnica rápida. 
De acordo com os ideais da proposta, o aperfeiçoamento da técnica não é privilegiado nesse programa 
da Escola da Bola, o foco do trabalho é o desenvolvimento da tática, associado com a capacidade 
de compreensão do jogo para a tomada de decisão adequada. Assim, como são anos do programa 
trabalhando a capacidade de jogar (tática) das crianças e jovens, quando chegar a hora da especialização 
para o alto rendimento essas habilidades já estarão bem desenvolvidas e apenas precisarão ser lapidadas 
para a modalidade específica. Também, como o desenvolvimento psicológico e cognitivo está mais 
maduro aos 18 anos, o jovem pode passar pelas exigências dos programas de alto rendimento com 
menos danos emocionais e psicológicos. A fase de crescimento encontra-se quase finalizada, ficando 
assim determinado o biótipo corporal e os traços do seu perfil psicológico. Portanto, a quantidade e 
duração das sessões de treinamento podem ser 5 vezes/semana, mais ou menos, 4h/dia.
Esse momento é considerado o mais importante na transição do jovem para uma provável 
carreira esportiva. Aqui se definem os caminhos e se observa se será possível visar o esporte 
de alto rendimento e a profissionalização. Serão estabelecidos os limites e projetada sua 
possibilidade concreta de êxito no esporte de alto nível. Esses fatores fazem com que o momento 
da decisão para o esporte de alto nível, ou o esporte de lazer ou em níveis de rendimento, 
seja relativamente reduzido. Nessa fase, com o trabalho de aperfeiçoamento e otimização das 
capacidades técnicas, táticas e físicas, é importante conceder um grande espaço de tempo à 
otimização das capacidades psíquicas e sociais. Não é fácil realizar-se no esporte profissional. Por 
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esse motivo, a fase de aproximação permite uma integração com a etapa seguinte. Aqui, deve-se 
pensar nos grandes talentos, que só ficam na promessa de tornarem-se sucesso e, às vezes, não 
atingem tal objetivo, devido à deficiência ou falta de trabalho que é nossa proposta no sistema 
da fase de aproximação/integração.
2.6 Fase de alto nível
A estabilização e domínio técnico-tático-psíquico e social atingidos na fase anterior serão 
aprimorados, tendo em conta um significativo aumento da relação das cargas de treinamento, no que 
diz respeito ao volume/intensidade/densidade e, consequentemente, será dirigido o processo para a 
meta de otimização dos processos cognitivos (no que se refere à situação esportista/alto rendimento/
estilo de vida) e psicológicos (psicorregulação, motivação intrínseca).
Há um aumento nas cargas de treinamento. Nessa fase é possível estender as sessões de treinamento 
para uma frequência de 5 vezes/semana com duração de 4h ou mais/dia.
2.7 Fase de recuperação/Readaptação
Visa-se a readaptação do ex-atleta à sociedade, bem como a aplicação de atividades físicas e 
programas adequados, que contribuam para o destreinamento de maneira gradativa, conduzindo-o ao 
esporte recreativo como forma de benefício à saúde. Procura-se adaptar os parâmetros fisiológicos para 
evitar problemas de saúde, ou seja, se adequar a uma vida comum com uma carga de treinamento muito 
inferior às cargas da fase anterior. Um programa de readaptação deve ser planejado sob a supervisão 
médica. Quando se projeta um programa semelhante, devem-se levar em consideração as necessidades 
individuais de cada atleta, sua anamnese, condições médicas atuais, capacidades funcionais, entre 
outras. Objetivos realistas devem ser determinados, considerando as limitações de tempo, espaço e 
interesse do próprio atleta.
Nessa fase, objetiva-se a readaptação do ex-atleta à sociedade, e a aplicação das atividades 
físicas e programas adequados para o destreinamento de maneira gradativa. Sendo assim, a 
frequência e duração recomendada das sessões de treinamento podem ser de 2 a 3 vezes/semana 
com duração de 1h/dia.
2.8 Fase de recreação e saúde
O conhecimento das experiências passadas e presentes em atividades físicas e uma avaliação 
cuidadosa da adaptabilidade individual em realizar esforços devem proporcionar a estrutura básica 
da formulação inteligente, de programas de atividade física que assegurem os efeitos positivos na 
manutenção da função fisiológica. De maneira geral, a frequência e duração das atividades físicas podem 
ser iguais as da etapa anterior. Entretanto, a maioria das pessoas não só se exercita porque gosta, mas 
por desejar obter alguns outrosobjetivos; por exemplo, perder peso, estética, manutenção de saúde e 
do convívio social, dentre outros.
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
 Saiba mais
Para mais detalhes sobre a proposta de iniciação esportiva universal, leia:
GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal I: da aprendizagem 
motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
3 CONCEITOS BÁSICOS PARA A ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO – 
APRENDIZAGEM EM HANDEBOL
Apesar da divisão dos conteúdos desse livro-texto estar embasada na ideia da Iniciação Esportiva 
Universal de Greco e Benda (1998), a proposta de estratégias metodológicas para trabalhar os 
conteúdos supracitados está fundamentada em outra proposta das correntes da Pedagogia do 
Esporte, a chamada Escola da Bola de Kröger e Roth (2002). Ambas têm princípios semelhantes, 
pois têm sua fundamentação nas Teorias de Aprendizagem e Controle Motor e também em 
princípios da Psicologia Geral e Cognitivista. Entretanto, a Escola da Bola está apoiada em uma ação 
pedagógica orientada para a cultura do jogar de forma natural, livre e variada, o que acreditamos 
ser uma metodologia de ensino-aprendizagem motivante tanto para a escola quanto para clubes e 
escolinhas de iniciação esportiva.
Dessa forma, assim como nas propostas da Iniciação Esportiva Universal, a Escola da Bola 
preconiza o trabalho inicial da capacidade de jogo (desenvolvimento da tática/capacidade 
de tomada de decisão e compreensão do jogo) e posteriormente o trabalho das capacidades 
coordenativas incidental (proposital), privilegiando fatores de pressão (tempo, precisão, 
complexidade, organização, variabilidade e carga) condicionantes da motricidade, também 
o desenvolvimento das habilidades com bola e da construção de movimentos específicos ao 
esporte (técnicas do handebol).
Nas propostas de Greco e Benda (1998), inicialmente seriam trabalhados o desenvolvimento das 
capacidades coordenativas e subsequentemente as competências de jogo. Basicamente os mesmos 
elementos seriam realizados com tipos de exercícios iguais, entretanto, acreditamos que o início do 
trabalho do esporte com a introdução de jogos se torna mais dinâmico e forma um aluno pensante 
desde o princípio, pois oferece situações de jogo nas quais ele deve ser ativo na tomada de decisões, e 
para isso deve compreender os princípios básicos do jogo.
 Observação
A proposta da Escola da Bola é uma das várias correntes de Pedagogia 
do Esporte existentes.
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3.1 Estrutura de aula
De acordo com as prerrogativas da proposta da Escola da Bola, que tem como objetivo evitar a 
especialização precoce, a composição da aula deve possuir a seguinte estrutura:
• jogos situacionais (tática) (também funciona como aquecimento): objetiva-se a aprender a jogar 
com liberdade, ou seja, no desenvolvimento da capacidade tática básica para o reconhecimento 
das situações de jogo;
• desenvolvimento das capacidades coordenativas/coordenação (básica e fundamentos esportivos): 
trata-se do desenvolvimento das capacidades motoras básicas que permitirão uma transferência 
para as técnicas específicas de uma modalidade esportiva orientada para melhora da coordenação 
com bola, uma inteligência sensório motriz;
• desenvolvimento de habilidades específicas (simulação de situações do jogo): trata-se do 
desenvolvimento de uma variada gama de habilidades técnicas e elementos comuns em vários 
esportes, permitindo desenvolver maiores possibilidades técnicas a partir da exercitação de 
elementos técnicos básicos dos diferentes esportes.
Organizando tal estrutura de aula para os diferentes níveis de ensino e diferentes idades, em cada 
etapa uma dessas partes deve ser o foco. Assim, para aulas de Educação Infantil teríamos apenas o 
trabalho de Coordenação Motora Básica, pois, o nível de desenvolvimento motor dessa faixa etária 
ainda não permite que os aprendizes sejam capazes de participar de jogos com regras ou de realizar 
comportamentos mais complexos.
Para o Ensino Fundamental I, podemos trabalhar as 4 partes sugeridas anteriormente, porém, com 
maior enfoque no trabalho da tática, em que devem ser usados diversos tipos de jogos para o aprendiz 
ir se acostumando a solucionar os problemas do jogo tomando decisões.
Já no Ensino Fundamental II, podemos trabalhar as 4 partes supracitadas, porém, com maior enfoque 
no trabalho da técnica (coordenação), contudo com alguns elementos da modalidade handebol, já que 
esses alunos passaram os anos do Ensino Fundamental I exercitando a coordenação motora básica, agora 
já estarão aptos a transferir essas competências e para a aplicação de alguns elementos da modalidade. 
Nos ciclos finais do Ensino Fundamental II, o ideal é o professor oferecer atividades com combinação de 
técnicas, progredindo para níveis cada vez mais complexos, que poderão ser aproveitadas na modalidade 
handebol e também em outras.
Durante o Ensino Médio, o professor deve trabalhar as 4 partes da aula com ênfase nas habilidades 
específicas. Esse é o momento no qual deve ser enfocado tanto trabalho da técnica (execução aperfeiçoada 
dos fundamentos) quanto da tática (tomada de decisão em situação de jogo de handebol).
Seguindo essa estrutura, possivelmente teremos alunos com um amplo repertório motor, que 
poderá ser aplicável a qualquer modalidade esportiva, evitando assim, a especialização precoce, e mais 
importante, impossibilitando o aperfeiçoamento em apenas uma modalidade. Reforçando que tal 
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estrutura foi apresentada na Europa para ser usada em clubes, entretanto se encaixa perfeitamente na 
Educação Física Escolar.
 Observação
A proposta de conteúdos a serem trabalhados em cada etapa da 
Educação Física Escolar pode ser a mesma a ser usada em clubes e escolinhas 
de iniciação esportiva. Deve-se apenas considerar o nível de habilidade 
motora dos alunos e a faixa etária para fazer as divisões dos grupos.
4 AS HABILIDADES BÁSICAS DO HANDEBOL E A CONSTRUÇÃO DO JOGO
Todos os fundamentos do handebol devem ser trabalhados no primeiro bimestre, sendo eles: 
recepção, passe, drible, progressão e arremessos, além das fintas, que não são propriamente dito um 
fundamento, mas um recurso que se usa para ludibriar o adversário.
4.1 Aquisição e combinação de elementos técnicos básicos
4.1.1 Recepção
Define-se como “a ação de tomada de contato com a bola com o objetivo de apoderar-se dela, 
controlando-a para realizar na continuação outra ação” (FERNÁNDEZ et al., 2012). É a ação específica e 
o efeito de receber a bola, assim como o gesto/forma empregado para fazê-la.
A recepção é um elemento fundamental para o jogo de handebol, uma vez que caracteriza a posse 
de bola efetivamente, ponto de partida para qualquer ação consequente. Trata-se da ligação com o 
passe, e esses dois elementos são a base fundamental da modalidade.
Para receber a bola, é importante se posicionar em local adequado (desmarcado), oferecendo-se 
como opção para receber e posicionar o corpo com estabilidade e controle para que a tomada de 
contato seja segura e efetiva, além disso deve-se estar atento a alguns princípios para receber:
• posicionamento das duasmãos, (de preferência) à frente do corpo, como referência para a pessoa 
que está lançando a bola;
• posicionamento do corpo sempre atrás da bola, formando uma linha entre passador-bola-recebedor;
• contato inicial com a bola o mais longe do corpo possível e, após esse contato, traga a bola 
próxima ao corpo para mantê-la segura;
• manutenção do contato visual com a bola, durante todo o momento de aproximação dela;
• após a recepção, preparo rápido para a ação seguinte, quer seja arremessar, passar, driblar ou progredir.
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Unidade I
A mecânica da recepção é dependente da maneira como a trajetória da bola se apresenta para a 
tomada de contato. É recomendado para garantir maior estabilidade e segurança que a recepção seja 
feita com posicionamento frontal com relação à direção da bola. Entretanto, muitas vezes durante 
as situações de jogo, não é possível que ela seja frontal, e aconteça com posicionamento diagonal, 
lateral ou por trás. Nesses casos, o mais importante é que a recepção aconteça a partir de qualquer 
posicionamento, desde que seja garantida a tomada de contato.
A recepção frontal pode ser classificada em diversas categorias (de acordo com a trajetória da bola):
• recepção alta;
• recepção intermediária;
• recepção baixa, e;
• recepção da bola rolando.
O posicionamento corporal para as recepções alta e intermediária são semelhantes. A mecânica do 
gesto fica facilitada quando as pernas estão afastadas, oferecendo maior estabilidade corporal, braços 
semiestendidos à frente do corpo para alcançar a bola, dedos semiflexionados em formato de concha 
voltados para cima, estando a ponta dos polegares e dos indicadores próximas uma das outras, à frente 
do corpo.
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Figura 4 - Recepção intermediária, a) posicionamento corporal de preparação para recepção, b) execução da recepção, c) proteção da 
bola. 1) extensão dos braços, 2 e 3) alinhamento dos dedos, 4) flexão dos cotovelos, 5) aproximação da bola ao tronco
Para a recepção baixa e de bola rolando, o posicionamento de troncos e pernas deve ser 
semelhante ao descrito anteriormente, entretanto os dedos devem estar voltados para baixo para 
o contato com a bola.
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Figura 5 - Recepção baixa a) preparação, b) recepção e c) proteção. 1) palma das mãos para baixo, 2) ponta dos dedos para 
baixo, 3) alinhamento dos dedos juntos, 4) flexão dos joelhos, 5) extensão dos braços, 6) flexão dos cotovelos, 
7) aproximação da bola ao tronco
4.1.2 Passe
O passe é a ação de enviar a bola de um indivíduo a outro. É a maneira mais utilizada no handebol 
para deslocamento da bola, por ser mais rápida do que a condução através do drible. Assim, com a 
recepção, é um dos fundamentos mais realizados nessa modalidade.
Uma vez que é a maneira fundamental de deslocamento da bola entre os jogadores, deve ser realizada de 
forma adequada tecnicamente e de modo a garantir a maior segurança para que se mantenha a posse de bola da 
equipe. A segurança do passe depende de fatores como: a escolha do companheiro em melhor posicionamento 
para receber a bola e da escolha do tipo de passe a ser feito para tal companheiro, além da força a ser empregada.
Geralmente, no handebol os passes são executados com uma das mãos pela liberdade e velocidade de 
manejo da bola que essa técnica propicia, entretanto, nada impede que passes sejam feitos com as duas mãos.
De acordo com a situação de execução, os passes podem ser de três formas: parado, em deslocamento 
e em suspensão.
O passe parado acontece quando um ou os dois pés estão em contato com o chão. Os passes em 
deslocamento requerem que o indivíduo esteja andando ou correndo durante a execução. Por fim, os 
passes em suspensão ocorrem quando o indivíduo se encontra na fase aérea de um salto.
Os passes também podem ser classificados de acordo com a trajetória da bola:
Figura 6 - Parabólico Figura 7 - Reto e Rasteiro
Figura 8 - Quicado
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Unidade I
Ainda com relação à técnica ou mecânica de execução, os passes mais frequentemente realizados 
podem ser: de ombro frontal ou lateral, pronação, por trás das costas e retificado.
O passe de ombro (frontal ou lateral) é realizado com uma das mãos. O posicionamento das pernas 
é, geralmente, anteroposterior com o intuito de favorecer os mecanismos de alavancas para geração de 
torque desde a articulação do tornozelo, passando pelo quadril que deve apresentar leve rotação para 
trás, articulação do ombro, cotovelo e punho.
O posicionamento adequado dos braços requer que haja ângulos de aproximadamente 90 graus 
entre braço e tronco e braço e antebraço, dessa forma, o mecanismo de alavancas também é beneficiado, 
minimizando a exigência em apenas uma articulação e assim distribuindo a tarefa de gerar força para 
empregar no passe.
A mão deve estar posicionada atrás da bola com os dedos orientados para cima (a bola deve estar 
presa pela ação dos dedos). A propulsão da bola é iniciada pela ação de rotação do tronco e ombro, 
seguida de rotação do braço, extensão do antebraço e terminando com um movimento do punho para 
melhor direcionamento da trajetória da bola. A perna do mesmo lado do braço de arremesso pode 
acompanhar o movimento de rotação do tronco e ombro, saindo da posição atrás e finalizando com um 
passo para frente, o qual deve coincidir com soltura da bola.
Figura 9 - Passe de ombro
O passe de pronação é também bastante frequente durante o jogo, devido ao posicionamento dos 
jogadores na quadra, que estão geralmente um ao lado do outro e todos de frente para o gol. Dessa 
forma, ele permite que o referido passe seja feito com maior agilidade, pois não precisa que o tronco 
esteja voltado para o companheiro que o receberá. Portanto, o tronco pode estar voltado para a direção 
do gol, as pernas afastadas para garantir estabilidade e a bola é largada lateralmente ao tronco na 
direção do companheiro.
A execução do movimento está mais focada no movimento do braço que tem a posse de bola. Assim, 
a mão (do lado do passe) deve estar voltada para baixo e segurando a bola através da pressão dos dedos. 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Caso seja difícil segurar a bola nessa posição durante as tentativas iniciais de prática, a outra mão pode 
ser posicionada em baixo da bola, palma da mão para cima. O braço e antebraço são movimentados na 
direção do passe e terminam com o movimento de pronação para melhor direcionar a trajetória da bola.
Figura 10 - Passe de pronação
O passe por trás das costas tem uma técnica de execução que exige maior repertório e refinamento 
do gesto motor, é um recurso técnico muito útil em situações específicas, como, por exemplo, quando 
o companheiro está do lado oposto ao lado em que a bola está sendo segurada. A mão deve estar 
posicionada em cima da bola, que deve ser segurada através da pressão dos dedos. A movimentação se 
inicia com o braço que fica levemente posicionadoatrás do tronco para que o cotovelo seja flexionado, 
levando o antebraço e a mão para a região das costas. O punho e os dedos então empurram e direcionam 
a bola para o companheiro.
4.1.3 Drible
O drible refere-se à ação de lançar a bola contra o chão e retomar o seu contato vinda do chão. É o 
fundamento que permite ao jogador maior possibilidade de deslocamento com posse de bola. Apesar 
de pouco utilizado no handebol, é um recurso importante em algumas situações, como, por exemplo:
• quando o jogador quiser se deslocar rapidamente em uma distância relativamente longa com 
posse de bola. Essa circunstância ocorre frequentemente em situações de contra-ataque;
• após o jogador ter executado três passos e ainda ter intenção de se deslocar pelo espaço com 
posse de bola;
• quando não for possível realizar o passe, esperar um melhor posicionamento dos 
companheiros ou, então, necessitar fugir de alguma situação difícil, imposta pela marcação 
de algum adversário.
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Unidade I
Além da possibilidade de deslocamento e progressão na quadra, o drible pode ser utilizado para:
• desmarcar com posse de bola (esquivar-se da marcação);
• fintar o adversário com posse de bola (utilizar de mudança de direção com a intenção de ludibriar 
o marcador);
• buscar espaços livres para arremesso ao gol.
Com relação ao posicionamento corporal, pode-se realizar a ação estando: em pé, sentado, deitado, 
parado, em deslocamento, com uma ou duas mãos alternadas.
Para a mecânica adequada da realização do drible em pé, parado, com uma ou duas mãos 
alternadas, é recomendado que as pernas estejam ligeiramente afastadas em posição paralela quanto 
ao anteroposterior, a fim de aumentar a estabilidade corporal, tronco ereto, porém com ligeira flexão, 
cabeça erguida para que o olhar possa estar voltado para frente. O braço que executa o drible deve 
estar ligeiramente flexionado e a palma das mãos tocará a parte de cima da bola com os dedos também 
levemente flexionados.
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Figura 11 - Execução do drible 1) mãos abertas em cima da bola, 2) flexão do cotovelo, 3) extensão do cotovelo, 4) movimentação de 
punho, 5) dedos voltados para o chão, depois de empurrar a bola, 6) cabeça erguida, 7) flexão cotovelo, 8) mão em cima da bola
• lançando a bola ao chão: a bola deve ser controlada por apenas uma mão, sendo o contato 
realizado pelos dedos e com a palma da mão voltada para baixo. Dessa forma, a mão 
deverá sempre estar posicionada sobre e não na lateral da bola. A bola deve ser lançada ao 
chão por uma extensão do cotovelo e por uma ligeira flexão do punho, no fim da ação de 
extensão do cotovelo;
• recebendo a bola de volta: a bola deve ser controlada, após o seu toque no solo, a partir de um 
contato com os dedos. Ao mesmo tempo, o cotovelo precisa ser levemente flexionado e o punho 
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HANDEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
estendido para amortecer e mudar a trajetória da bola. Inicie novamente a ação de lançá-la ao 
solo, se assim for intencionado.
Para o drible em deslocamento, o posicionamento corporal é o mesmo do descrito anteriormente, 
entretanto o lançamento da bola ao chão deve considerar a posição futura que o corpo estará 
por conta do deslocamento corporal. Assim, a bola precisa ser lançada mais à frente do que no 
drible parado.
Para o drible sentado, deitado ou em qualquer outra situação de desequilíbrio, é importante que se 
tente manter o mínimo de controle postural para que o braço executor possa realizar o movimento de 
lançar a bola ao chão e a retomada de contato.
4.1.4 Arremesso
O arremesso ou lançamento ao gol é definido como a ação de enviar a bola em direção ao gol, 
vencendo o goleiro. É o elemento que sintetiza o objetivo final do jogo, que é marcar o gol. Pode 
ser realizado com diferentes técnicas de execução, cada uma delas deve atender às demandas que a 
situação de jogo oferece para vencer a defesa e o goleiro. O arremesso deve ser realizado de preferência 
em situações nas quais a bola percorra uma trajetória livre até o gol. As características essenciais que 
o diferem do passe são: a força de execução, que geralmente é maior do que a empregada para um 
passe, e o objetivo, que no passe é alcançar o companheiro e no arremesso é vencer o goleiro e chegar 
ao gol.
Toda movimentação tática (preparação da jogada), realizada na composição do arremesso, tem o 
intuito de levar à execução do arremesso em condições favoráveis para conseguir o gol.
A movimentação rápida, característica do handebol, propicia o surgimento de muitas oportunidades 
de arremesso e o executante deve ser capaz de escolher e executar o arremesso mais apropriado de acordo 
com as oportunidades surgidas. A eficiência e a eficácia do arremessador dependem do conhecimento e 
entendimento, por parte do executante, dos seguintes princípios:
• arremessar em movimento: quando possível, realizar o arremesso com uma movimentação em 
direção ao gol. Isto faz com que a velocidade e força do arremesso sejam aumentadas (momentum 
do corpo);
• levar em consideração a posição/movimento do goleiro: arremessar em uma área do gol na qual 
o goleiro não esteja cobrindo. Dessa forma, o arremessador deve não apenas vencer o defensor 
(bloqueio), mas também o goleiro;
• precisão no arremesso: muitas vezes, apenas arremessar com força não é suficiente para vencer o 
goleiro; o local onde a bola é arremessada é essencial. Portanto, a precisão do arremesso é fator 
primordial para o seu sucesso. Os pontos mais vulneráveis são os cantos inferiores e superiores da 
área delimitada pelas traves;
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Figura 12 - Pontos vulneráveis do gol
• levar em consideração a distância e ângulo de arremesso: aqueles realizados na área central da 
quadra, tem maior possibilidade de ser convertidos em gols (maior ângulo de arremesso);
Figura 13 - Área central
• arremessar fora do alcance do defensor: executar os arremessos quando os defensores propiciarem 
espaço; por sobre os defensores, ao redor ou entre eles. Entretanto, o arremessador NÃO deve 
FORÇAR o arremesso. Apenas fazê-lo quando uma clara oportunidade for criada.
Com relação à posição do gol, os arremessos podem ser: altos, intermediários (de altura média) 
ou baixos.
No que se refere à mobilidade da execução, os arremessos mais simples podem ser: parados com pé 
de apoio, em deslocamento, em suspensão e retificados.
A mecânica de execução do arremesso simples basicamente envolve a realização de um passe de 
ombro (fundamental), apenas de forma mais acentuada quanto à forma e velocidade, que na maioria 
das vezes, é combinada com um salto.
Os principais arremessos simples são:
• de frente parado;
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Figura 14 - Arremesso parado (com pé de apoio) a) preparação, b) execução, c) finalização 1) armação do arremesso, 2) colocação do 
peso no pé de trás, 3) ombros perpendiculares ao gol, 4) balanço com passo para frente,

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