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CLAYTON SILVA JUNIOR – RA: 171321855 – TURMA: 333L RELATÓRIO 01 DE HIDRAÚLICA GERAL: ESCOAMENTO EM UM CANAL ABERTO DE SEÇÃO RETANGULAR GUARATINGUETÁ - SP 2019 SUMÁRIO 1. OBJETIVOS .................................................................................................................... 02 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 02 2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE ESCOAMENTO ..................................... 03 2.2 AS EQUAÇÕES DE CONSERVAÇÃO ........................................................................ 04 2.3 ENERGIA ESPECÍFICA (E) ......................................................................................... 05 2.4 BALANÇO DE FORÇAS EM UM ESCOAMENTO UNIFORME .............................. 06 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ....................................................................... 10 4. CÁLCULOS E RESULTADOS ..................................................................................... 11 4.1 FÓRMULAS DOS CÁLCULOS DAS PROPRIEDADES............................................. 11 4.2 TABELAS DE RESULTADOS DAS PROPRIEDADES .............................................. 13 4.3 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE ...................................... 15 4.4 TABELA DE RESULTADOS DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE ..................... 16 5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO .............................................................................. 16 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 16 2 1. OBJETIVOS Geral: Identificar diferentes tipos de escoamento em canais abertos. Específico: Realizar o cálculo da profundidade crítica e do coeficiente de rugosidade da superfície de um canal aberto de seção retangular através da fórmula de Manning e do número de Froude. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um escoamento em canal aberto é caracterizado pela existência de uma superfície livre, sendo esta superfície uma interface entre dois fluidos. Em engenharia civil, as aplicações mais comuns estão relacionadas ao escoamento de água em contato com o ar atmosférico. Como exemplos de aplicações, podemos citar o escoamento em rios e riachos, em canais de irrigação, esgotos domésticos e industriais, canais de águas pluviais, etc. Figura 1 – Representação esquemática de um canal aberto/ FONTE: Roteiro da Professora As principais características dos canais abertos que são estudadas e que influencia nos cálculos específicos são: Inclinação do canal (S0): É definida como a tangente do ângulo de inclinação do canal: S0 tg 3 Profundidade do escoamento (y): Distância medida perpendicularmente ao fundo do canal até a superfície livre. Área de escoamento (A): Área da seção transversal perpendicular à direção do escoamento. Perímetro molhado (P): Comprimento da superfície sólida do canal em contato com o fluido. Raio hidráulico (R): Definido como: 𝑅 = 𝐴 𝑃 Profundidade hidráulica média (yh): Profundidade média do canal em qualquer seção transversal, definida por: 𝑦ℎ = 𝐴 𝑏𝑠 Sendo Bs a largura da superfície e Yh = y (nível da água). Para um canal de seção retangular, como o da figura 1: P b 2 y A b y 𝑅 = 𝑏 ∗ 𝑦 𝑏 + 2𝑦 2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE ESCOAMENTO O escoamento em um canal aberto pode ser classificado pela maneira em que suas propriedades se alteram com o tempo (permanente e não permanente) e ao longo do canal (gradualmente variado, rapidamente variado e espacialmente variado). Um escoamento em regime permanente é aquele em que suas propriedades não se alteram com o tempo. Se a profundidade do canal permanece constante também ao longo do canal, o escoamento é chamado de escoamento uniforme. Em contrapartida, um escoamento é dito ser não permanente quando suas grandezas podem variar tanto com o tempo como ao longo do canal. A maneira como as grandezas de um escoamento variam espacialmente pode defini-lo como gradualmente variado, se essa variação 4 ocorrer de forma gradual, rapidamente variado, se essa variação for de forma abrupta ou espacialmente variado, quando se tem adição ou remoção de fluido do canal (ex.: escoamento em uma calha). 2.2 AS EQUAÇÕES DE CONSERVAÇÃO A equação da continuidade (ou de conservação de massa) é dada por diferentes expressões, de acordo com o tipo de escoamento. Para um escoamento uniforme, gradualmente ou rapidamente variado é assim definida: Q V A cte Se o escoamento for espacialmente variado, a equação da continuidade é dada por: 𝑄 = 𝑄1 + ∫ 𝑑𝑄 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑥 0 Mas se o regime de escoamento for não permanente, é dada pela equação: A conservação da energia é dada pela equação de Bernoulli e a equação da quantidade de movimento é derivada da análise da 2ª lei de Newton para um volume de controle, que estão dadas abaixo, respectivamente: 5 Figura 2 – Parâmetros da equação de Bernoulli e volume de controle/ FONTE: Roteiro da Professora 2.3 ENERGIA ESPECÍFICA (E) A energia específica é um parâmetro definido como a energia do escoamento tomando-se como referência o fundo do canal. E essas equações formam o gráfico da figura 3. E y cos 𝑉² 2𝑔 E y cos 𝑄² 2𝑔𝐴² Figura 3 – Representação gráfica de energia específica Com uma análise da figura 3, nota-se que existem duas profundidades diferentes para uma mesma energia específica, já que a equação da energia específica é quadrática. Para cada valor de vazão Q, existe certo valor de energia específica para o qual há uma raiz dupla. Esta condição é chamada condição crítica, com energia mínima Ec e profundidade crítica Yc. Como esta é a condição de energia mínima, para obtê-la basta derivar a equação da energia em relação à y uma vez e igualar o resultado a zero: 6 Assim, o número de Froude (Fr) é definido como: O número de Froude é a razão entre a velocidade característica do escoamento e a velocidade da onda gravitacional para sua altura hidráulica relacionada. Para as condições críticas (mínima energia específica), o número de Froude tem valor unitário e a linha correspondente de Fr = 1 divide as curvas de energia específica em duas regiões distintas. Para uma vazão específica, para os pontos acima da linha Fr = 1, a profundidade é maior que a crítica para certa quantidade de energia, levando a um escoamento mais lento e com Fr < 1. Esses escoamentos são chamados de escoamentos subcríticos. Por outro lado, a parte inferior da curva corresponde a escoamentos mais velozes e de Fr > 1. Neste caso, os escoamentos são denominados escoamentos supercríticos. Para o canal aberto de seção retangular, estudado neste laboratório, a profundidade crítica Yc e a energia crítica Ec em: 𝑌𝑐 = ( 𝑄² 𝑔 . 𝑏² )1/3 e Ec = 3 2 𝑌𝑐 2.4 BALANÇO DE FORÇAS EM UM ESCOAMENTO UNIFORME Em um escoamento uniforme, a força peso na direção do escoamento se iguala à força de resistência causada pelo atrito. Portanto, não há aceleração e assim a profundidade permanece constante. 7 Figura 4 – Escoamento uniforme / FONTE: Roteiro da Professora O balanço de forças na direção do escoamento é: 0 .P. L = g A L sen, para pequenas elevações, senθ = tgθ = S0: 0 = 𝑝 .𝑔. 𝐴. 𝑆0 𝑃 = p.g.A.S0 para escoamento turbulento, a tensão de cisalhamento nas paredes pode ser estimada por: O coeficiente C é conhecido como coeficiente de Chézy. Para o seu cálculo, usaremos a equação de Manning, na qual C é calculado da seguinte maneira: 𝐶 = 𝑅1/6 𝑛 Sendo n o coeficiente de Kutter, que depende da rugosidade da superfície.A substituição nas expressões acima fornece: De acordo com o tipo do escoamento, a superfície livre de um canal aberto pode assumir diferentes perfis. Quando a vazão Q, o coeficiente de rugosidade n e a inclinação S0 são fixados, podemos calcular dois fatores para caracterizar um canal. O primeiro fator é a profundidade normal, ou seja, a profundidade que existiria no canal se o escoamento fosse uniforme. Esta profundidade pode ser calculada através da fórmula de Manning. O outro fator é a profundidade crítica, ou seja, a profundidade para que o escoamento ocorra na condição crítica. Esta profundidade pode ser calculada através do 8 número de Froude, para Fr = 1. A tabela a seguir mostra a classificação de diferentes canais: Tabela 1 – Classificação dos canais Categoria Símbolo Característica Comentários Inclinação fraca M yn > yc Escoamento subcrítico, profundidade normal Inclinação forte S yn < yc Escoamento supercrítico, profundidade normal Inclinação crítica C yn = yc Escoamento crítico, profundidade normal Leito horizontal H S0 = 0 Não pode existir escoamento uniforme Inclinação adversa A S0 < 0 Não pode existir escoamento uniforme . A imagem da próxima página mostra a classificação dos diferentes tipos de escoamentos que podem acontecer, e eles são classificados de acordo com a altura (normais (Yn), criticas (Yc) e altura medida (Y)). E será usada como base para este experimento 9 Figura 5 – Perfis das superfícies de escoamento / FONTE: Roteiro da Professora 10 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O canal aberto de seção retangular a ser utilizado no experimento em questão é esquematizado na figura 6 e o utilizado no experimento real, encontra-se na figura 7: Figura 6 – Esquema do aparato experimental / FONTE: Roteiro da Professora Figura 7 – Aparato experimental para o estudo do escoamento em condutos livres / FONTE: Autor O canal possui paredes e fundo de acrílico, com 3 m de comprimento e 0,19 m de largura. A inclinação do mesmo é feita pelo acionamento de um parafuso sem fim, sendo a distância entre a articulação do canal e o ponto de elevação de 2030 mm. A vazão é imposta ao sistema pela utilização de uma bomba com capacidade máxima de 25 m³/h, sendo que a vazão circulante é determinada pela utilização de um 11 medidor de vazão magnético. A altura da lâmina d’água pode ser obtida pela utilização de uma régua que pode ser deslocada ao longo do comprimento do canal. O experimento vale ressaltar, que foi feito com o auxilio do laboratorista Rodolfo e da professora Thais e, os dados obtidos nessas etapas encontram-se na parte “CÁLCULOS E RESULTADOS” desse relatório: As etapas realizadas foram: 1. Regulou a vazão para aquela que se deseja iniciar o teste, nesse experimento 196 l/min; 2. Depois do escoamento estabilizado, inclinou-se o canal até uma condição de declividade adversa (S < 0), anotando o valor da altura I do controle de elevação e a vazão informada pelo medidor. Realizaram-se oito medições de profundidade ao longo do canal, concentrando a maior parte delas na região de escoamento uniforme, marcadas previamente no canal. Anotou-se também o valor da distância horizontal x equivalente à profundidade medida; 3. Repetiu-se o procedimento 2 para declividade horizontal (S = 0) e outras 3 declividades positivas, sendo nessas outras 3, mediu-se também a profundidade normal, sendo a posição deste, entre os pontos (2 e 3). 4. Então, realizaram-se os cálculos das propriedades indicadas na tabela, para assim classificar o escoamento. E também determinou-se o valor da rugosidade da superfície do canal n a partir da fórmula de Manning 4. CÁLCULOS E RESULTADOS 4.1 FÓRMULAS DOS CÁLCULOS DAS PROPRIEDADES As fórmulas usadas para preencher as tabelas fornecidas foram os resultados encontram no item 4.2: Primeiramente, determina-se a área da seção em cada ponto, ou seja, sendo a B = 0,19 m e os Y, os valores medidos convertidos de milímetro para metro. 𝐴 = 𝑏 . 𝑦 12 Já a velocidade é determinada pela razão entre a vazão (Q) em m³/s e os valores calculados da área. 196 l/min = 0,00326667 m³/s. 𝑣 = 𝑄 𝐴 Calcula-se o número de Froude (Fr) através da seguinte fórmula: 𝐹𝑟 = 𝑉 √𝑔 . 𝐴 𝑏 O próximo item é a energia específica (E) que é um parâmetro definido como a energia do escoamento tomando-se como referência o fundo do canal. Para esse calculo, adotou-se Para achar o valor de E, é necessário achar o anglo de inclinação (através da seguinte fórmula, onde L = 3000 mm: 𝜃 = tan−1( 𝐼 𝐿 ) E por fim: E y cos 𝑉² 2𝑔 O próximo item é o Yc (profundidade crítica) e é dado em mm e p valor é o mesmo para todas as tabelas, ele é determinado através da fórmula abaixo: 𝑌𝑐 = ( 𝑄2 𝑔 . 𝑏2 )1/3 13 4.2 TABELAS DE RESULTADOS DAS PROPRIEDADES TABELA 1 - Declividade adversa (S < 0), I = -6 mm; Q : 196 l/min Medida: d (mm): y (mm): A (m 2 ) V (m/s): Fr: E (m): M1 x1 =300 y1 = 36 0,00684 0,47758 0,80364 0,04739 M2 x2 =500 y2 = 38,6 0,00732 0,44657 0,72665 0,04841 M3 x3 =700 y3 = 40 0,00760 0,42983 0,68616 0,04915 M4 x4 =850 y4 =40,5 0,00770 0,42452 0,67350 0,04942 M5 x5=1000 y5=42 0,00798 0,40936 0,63774 0,05027 M6 x6 =1500 y6 =47 0,00893 0,36581 0,53873 0,05351 M7 x7 =2000 y7 =50 0,00950 0,34386 0,49098 0,05570 M8 x8 =2500 y8 =52,5 0,00998 0,32749 0,45633 0,05762 Prof. crítica yc (mm): 31,11798 Valor de 𝜃: -0,11459° Tipo de curva: Subcrítico, com declividade negativa, em todos os 8 pontos. TABELA 2 - Declividade horizontal (S = 0), I = 0 mm; Q = 196 l/min Medida: d (mm): y (mm): A (m 2 ) V (m/s): Fr: E (m): M1 x1 =300 y1 = 34 0,00646 0,50568 0,87559 0,04703 M2 x2 =500 y2 = 35 0,00665 0,49123 0,83833 0,04730 M3 x3 =700 y3 =36 0,00684 0,47758 0,80364 0,04763 M4 x4 =850 y4 =37 0,00703 0,46468 0,77128 0,04801 M5 x5=1000 y5=37,5 0,00713 0,45848 0,75591 0,04821 M6 x6 =1500 y6 =41 0,00779 0,41934 0,66121 0,04996 M7 x7 =2000 y7 =42 0,00798 0,40936 0,63774 0,05054 M8 x8 =2500 y8 =45 0,00855 0,38207 0,57504 0,05244 Prof. crítica yc (mm): 31,11798 Valor de 𝜃: 0º Tipo de curva: Subcrítico, com declividade negativa, em todos os 8 pontos. 14 TABELA 3 - Declividade positiva 1 (S > 0), I = 3 mm; Q = 196 l/min Medida: d (mm): y (mm): A (m 2 ) V (m/s): Fr: E (m): M1 x1 =300 y1 =32,5 0,00618 0,52902 0,93690 0,04671 M2 x2 =500 y2 =33 0,00627 0,52100 0,91569 0,04678 M3 x3 =700 y3 =34 0,00646 0,50568 0,87559 0,04698 M4 x4 =850 y4 =34 0,00646 0,50568 0,87559 0,04698 M5 x5=1000 y5=35 0,00665 0,49123 0,83833 0,04724 M6 x6 =1500 y6 =38 0,00722 0,45245 0,74104 0,04837 M7 x7 =2000 y7 =39 0,00741 0,44085 0,71272 0,04884 M8 x8 =2500 y8 =40,5 0,00770 0,42452 0,67350 0,04962 Prof. normal yn (mm): 33 Prof. crítica yc (mm): 31,11798 Valor de 𝜃: 0,05730° Tipo de curva: Inclinação fraca ou declividade suave (M), sendo Subcrítico com declividade de superfície Positiva nas medidas 3 a 8. E Subcrítico com declividade negativa nas medidas 1 e 2 TABELA 4 - Declividade positiva 2 (S > 0), I = 6 mm; Q = 196 l/min Medida: d (mm): y (mm): A (m 2 ) V (m/s): Fr: E (m): M1 x1 =300 y1 =30 0,00570 0,57310 1,05642 0,04654 M2 x2 =500 y2 =29,5 0,00561 0,58281 1,08339 0,04662 M3 x3 =700 y3 =30 0,00570 0,57310 1,05642 0,04654 M4 x4 =850 y4 =32 0,00608 0,53728 0,95894 0,04650 M5 x5=1000 y5=32,5 0,00618 0,52902 0,93690 0,04655 M6 x6 =1500 y6 =34,5 0,00656 0,49835 0,85662 0,04693 M7 x7 =2000 y7 =36,5 0,00694 0,47104 0,78719 0,04757 M8 x8 =2500 y8 =29,5 0,00561 0,58281 1,08339 0,04662 Prof. normal yn (mm): 30 Prof. crítica yc (mm): 31,11798 Valor de 𝜃: 0,11459° Tipo de curva: Inclinação forte ou declividade forte (S), sendo Supercrítico com declividade desuperfície Positiva nas medidas 1,2,3 e 8. E Subcrítico com declividade positiva nas medidas 4,5,6 e 7 15 TABELA 5 - Declividade positiva 3 (S > 0), I = 15 mm; Q = 196 l/min Medida: d (mm): y (mm): A (m 2 ) V (m/s): Fr: E (m): M1 x1 =300 y1 =24 0,00456 0,71638 1,47639 0,04918 M2 x2 =500 y2 =25 0,00475 0,68772 1,38870 0,04809 M3 x3 =700 y3 =25,5 0,00485 0,67424 1,34805 0,04763 M4 x4 =850 y4 =25 0,00475 0,68772 1,38870 0,04809 M5 x5=1000 y5=25 0,00475 0,68772 1,38870 0,04809 M6 x6 =1500 y6 =26,5 0,00504 0,64879 1,27247 0,04687 M7 x7 =2000 y7 =27 0,00513 0,63678 1,23729 0,04657 M8 x8 =2500 y8 =29 0,00551 0,59286 1,11153 0,04573 Prof. normal yn (mm): 25 Prof. crítica yc (mm): 31,11798 Valor de 𝜃: 0,28648° Tipo de curva: Inclinação forte ou declividade forte (S), sendo Supercrítico com declividade de superfície Positiva nas medidas 1,2,4 e 5. E Supercrítico com declividade negativa nas medidas 3,6,7 e 8 4.3 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE O valor do coeficiente de rugosidade da superfície do canal (n) é determinado a partir da fórmula de Manning e do valor da profundidade normal Yn. Para isso é preciso seguir três etapas de cálculos. Vale ressaltar que pela teoria, esse cálculo deveria ser usado em todos os Y medidos, mas para facilitação só será usado o Yn (normal). As etapas são: Raio hidráulico (R): 𝑅 = 𝐴 𝑃 = 𝑏 .𝑌𝑛 𝑏+2𝑌𝑛 O coeficiente C é conhecido como coeficiente de Chézy: 𝐶 = 𝑉(𝑑𝑜 𝑌𝑛) √𝑅 . 𝑆𝑜 , onde So = tg 𝜃. Por ultimo, determina-se o coeficiente de rugosidade (n): 𝑛 = 𝑅1/6 𝐶 16 4.4 TABELA DE RESULTADOS DO COEFICIENTE DE RUGOSIDADE TABELA 6 - Coeficientes de rugosidades Tabela 3 (I =3 mm) Tabela 4 (I =6 mm) Tabela 5 (I =15 mm) Yn (m) 0,033 0,030 0,025 R (m) 0,02449 0,02280 0,01979 V (m/s) 0,52100 0,57310 0,68772 So (mm) 0,001 0,002 0,005 C 105,27468 84,86879 69,13301 n 0,00512 0,00627 0,00752 5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO Nesse experimento, consegue-se observar que conforme a altura da lâmina d’água diminui, em virtude do erguimento do canal do ponto de 2030 mm, a velocidade aumenta e consequentemente a energia específica também aumenta. O número de Froud está diretamente ligado à velocidade, por isso quando a velocidade aumenta, o número de Froude também aumenta. Essas características são observáveis em todas as tabelas, onde as primeiras medidas que são mais próximas da jusante possuem as menores lâminas e os maiores valores de velocidade, energia e nª de Froude. Também foi detectado o Coeficiente de Manning para canais de vidro acrílico como sendo em média de 0,0063 e, ao observar a tabela segundo exposto em HEC-RAS Hydraulic Reference Manual (2005), o valor deveria variar entre 0,008 < n < 0,010. O valor do coeficiente de Manning apontado neste ensaio, então aproxima-se do resultado fornecido nas estimativas, essa diferença achada nos resultados provavelmente está ligada aos erros experimentais, como uma não precisão de medição de nível d’água ou a leitura muito arredondada e etc. Com a utilização de equipamentos mais precisos e com usuários mais acostumados com esse método, o resultado obtido poderá ser mais satisfatório e, assim esse ensaio pode ser utilizado em práticas experimentais futuras. BIBLIOGARFIA BRUNNER, Gary W. HEC-RAS Hydraulic Reference Manual. U.S.: U.S. Army Corps of Engineers – Hydrologic Engineering Center, 2005 CASTRO, Thais Santos. Roteiro do Experimento 1. Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá São Paulo, 2019).- UNESP (FEG)
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