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cms_files_57445_1571243564Os_10_mandamentos_do_Value_Investing

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Todos os dias, o mercado apresenta as cotações de milhares de ações. Esses 
preços sobem e descem continuamente. E você olha para uma empresa que 
parece ser promissora e pergunta: 
 
“Essa ação está cara ou está barata?” 
 
A resposta para essa pergunta é mais complexa do que parece. 
Como avaliar se a empresa está sendo negociada muito acima do que vale, 
ou se é uma barganha em que pouca gente prestou atenção? 
A resposta está em encontrar o valor justo dessa empresa. 
Fazer essa avaliação para encontrar o valor justo não é privilégio dos magos 
do mercado, que passam seus dias olhando dezenas de telas de computador 
ao mesmo tempo. É possível definir o valor “justo” de uma empresa e 
compará-lo com seu preço do mercado usando as operações matemáticas 
básicas e um pouco de análise de balanço. 
Essa técnica é conhecida como “valuation”. É a capacidade de avaliar o valor 
de uma empresa a partir de seus números financeiros. É a partir do valuation 
que os analistas definem quais ações comprar e quais vender. 
Mas fazer um valuation não é apenas aplicar uma receita de bolo. Existem 
pelo menos 7 métodos diferentes para fazer o valuation de uma empresa. 
Saber qual deles usar, quando usar, e para que usar faz toda a diferença. 
Digo isso com convicção. Nos quase 20 anos em que venho acompanhando a 
Bolsa de Valores já produzi mais de 3.000 relatórios e analisei mais de 1.500 
balanços. Sei bem como analisar uma empresa. 
Entre tudo que aprendi, 10 mandamentos são necessários para todo 
investidor que quer analisar com qualidade e precisão: 
 
 
1) Saiba diferenciar o preço justo do preço de mercado 
A cotação de uma ação é o resultado de uma queda de braço entre oferta e 
demanda. Quem quer comprar faz o preço subir, quem quer vender faz o 
preço cair. Esse movimento ocorre independentemente do preço justo 
daquela ação. Assim, cotação e preço justo não são a mesma coisa. Saber 
diferenciá-los é algo que muda o jogo para o investidor. No fim da jornada, 
vai ganhar quem comprar algo que tem um valor alto por um preço baixo. 
 
2) Métodos de análise são como instrumentos para pousar um avião. 
Se usar apenas um, você aumenta seus riscos 
É possível avaliar uma empresa através de três múltiplos mais conhecidos: i) 
pelo que ela já lucrou ou pelo que ela promete lucrar no futuro; ii) valor da 
empresa (EV) dividido pela geração de caixa (EBITDA) ou; iii)pela relação 
entre o preço de mercado e o valor contábil das ações. Qual o melhor 
método? Muitas vezes a resposta é: todos juntos. Utilizar análise por 
múltiplos, desconto de dividendos e Fluxo de Caixa Descontado de forma 
coordenada é de grande importância na precisão de uma análise 
 
3) Planilha aceita tudo: não seja otimista com o que você gosta e 
pessimista com o que você não gosta 
Nosso cérebro é uma ferramenta maravilhosa, mas tem seus defeitos. Um 
deles é que tendemos a “torcer” para que os fatos caminhem ao encontro 
das nossas convicções. Por isso, tendemos a desconsiderar os fatos 
negativos das empresas que gostamos, e a minimizar os fatos positivos das 
empresas de que não gostamos. As finanças comportamentais são 
desconsideradas por 90% dos investidores 
 
4) Em uma negociação sempre alguém mentindo. Se não é você o 
mentiroso, alguém está tentando te enganar 
Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, tem uma frase mais 
direta. “Quando se sentar em uma mesa de pôquer, descubra quem é o 
pato. Se não descobrir, vá embora, porque o pato é você.” 
 
 
 
 
 
 5) Uma empresa cara hoje pode estar barata amanhã 
Muitas vezes, o potencial de valorização de uma empresa passa 
desapercebido da maioria do mercado. Até o momento em que as pessoas 
refazem as contas e percebem que há uma oportunidade a aproveitar e isso 
pode ser tarde demais 
 
6) Diversificar é bom. Diversificar demais leva você para a média 
Uma minoria das empresas listadas são vencedoras. Na prática, quanto mais 
empresas você investir, você vai estar mais longe de acertar as vencedoras e 
vai ficar mais perto da média do mercado. Ou seja, toda expertise, trabalho, 
estudo, custos de transação, te levaram para um resultado semelhante ao de 
quem comprou o índice Ibovespa. Investir em poucas empresas aumenta seu 
risco, investir em muitas te leva para a média. 
 
7) Ser simples e não simplista, o resultado está nos grandes 
números 
Se não for possível explicar por que uma empresa está cara ou barata com 
algumas contas básicas, ou há algo fundamental no raciocínio que está 
sendo deixado de lado, ou é um alerta para fugir. 
 
8) Rentabilidade passada não é rentabilidade futura 
As pessoas mudam, as situações mudam e as empresas mudam. O gestor 
que sempre foi brilhante pode cometer um erro estratégico e colocar a 
empresa em risco. 
 
9) Coisa boas custam caro, e ficam ainda mais caras com o tempo 
Não se engane. Há poucas empresas que foram boas no passado, 
permanecem boas hoje e deverão manter essa qualidade no futuro. 
Qualidade tem preço e, aqui, o velho ditado de que “o barato sai caro” vale 
mais do que em qualquer lugar. 
 
 
 
 
 
10) O dinheirão está fora do consenso 
Nelson Rodrigues escreveu que a unanimidade é burra e que só os profetas 
enxergam o óbvio. As maiores oportunidades de ganho estão justamente nos 
papéis que o mercado não está olhando como deveria. 
 
Ao longo dos próximos dias enviarei artigos onde aprofundarei alguns temas 
que considero de suma importância para todo investidor fundamentalista. 
 
Até breve, 
Eduardo Guimarães 
Especialista de ações da Levante

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