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ATOS ADMINISTRATIVOS (atualizado)

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ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
O que é ato Administrativo? 
 
Ato administrativo é toda manifestação ou declaração unilateral de vontade da administração 
pública, agindo nessa qualidade, ou de particulares que estejam exercendo prerrogativas públicas, 
por terem sido investidos em funções públicas (a exemplo dos que recebem delegação do poder 
público, como uma concessionária ou uma permissionária de serviços públicos),Tenha por fim 
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor 
obrigações aos administrados ou a si próprio, em conformidade com o interesse público sob 
regime predominante de direito público. 
 
 
 Finalidade dos atos administrativos: DI MARTE 
 
Declarar Direitos 
Impor Obrigações 
 
Modificar 
Adquirir 
Resguardar 
Transferir 
Extinguir 
 
Vale salientar bisonho, que não existe um consenso entre os doutrinadores para definir um ato 
administrativo, apesar das diferentes definições, é possível ser apontados as seguintes conclusões 
sobre o ato administrativo: 
 
1.O regime jurídico do ato administrativo é sempre o de direito público (usados eventualmente 
praticados pela administração sobre Regime de direito privado não são atos administrativos; são 
atos da administração). 
 
2.O Ato é uma manifestação, uma declaração jurídica unilateral com finalidade de produção de 
efeitos jurídicos;(o contrato não é ato administrativo, pois é uma manifestação bilateral) 
 
3.Submete-se ao controle administrativo e judicial; 
 
ATO DA ADMINISTRAÇÃO X ATO ADMINISTRATIVO 
Ato administrativo, não pode ser confundido com o Ato da administração. 
A expressão Ato da Administração é abrangente e representa todos os atos praticados no Exercício 
da função administrativa. Nessa categoria estão: 
 
 
 
1. Os atos de direito privado; 
2. Os atos materiais 
3. Os atos políticos 
4. Os atos administrativos 
 
Fique ligado! Nem todo ato praticado pela administração pública é um ato administrativo algumas 
vezes ela atua na esfera privada ou praticando atos, no exercício da função política, ou ainda, 
exercendo atividades meramente materiais, que não produzem manifestação de vontade. Todo ato 
administrativo tem que manifestar vontade. Os atos da administração pública são vários dentre 
eles está o ato administrativo. 
 
Vale ressaltar que os atos administrativos podem ser praticados ou não pela administração pública, 
haja Vista que se admite a prática desses atos por concessionárias de serviço público, execução de 
suas atividades delegadas. 
Desta forma, pode-se verificar que nem todos os atos administrativos se configuram atos da 
administração pública, em virtude da possibilidade de prática desses atos, com todas as 
prerrogativas de direito público, por meio de entidades privadas que não integra a estrutura 
estatal, nem como entidades Administração indireta. 
 
 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
Atos da Administração São atos praticados pelo Poder Público sob o amparo do 
direito privado. Neste caso, a Administração é tratada 
igualitariamente com o particular. É o caso, por exemplo, da 
permuta, compra e venda, locação, doação etc. 
Fato administrativo 
(para algumas bancas 
examinadoras é 
sinônimo de atos 
materiais) 
São atos praticados pela Administração desprovidos de 
manifestação de vontade cuja natureza é meramente 
executória. Ex. Demolição de uma casa, construção de uma 
parede na Administração, realização de um serviço etc. 
Atos da administrativos Ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o 
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com 
observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e 
sujeita ao controle pelo Poder Público. 
Atos Políticos São os praticados no exercício da função política, tais como o 
veto,a sanção,etc. 
 
 
ATO ADMINISTRATIVO X FATO ADMINISTRATIVO 
 
Quando, por exemplo, um fiscal sanitário autua um estabelecimento e determina a sua interdição 
cautelar, pratica atos administrativos. A efetiva interdição (lacrar a porta, por exemplo), entretanto, 
configura fato administrativo. Os fatos administrativos podem, assim, decorrer de atos 
 
 
administrativos, mas não podem ser confundidos com estes, pois são atividades materiais 
realizadas no exercício da função administrativa, enquanto que os atos administrativos são 
manifestações unilaterais de vontade. 
 
Sobre o assunto é preciso advertir que a doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro diferencia fato 
administrativo de fato da administração, sendo que o primeiro ocorreria somente quando o fato 
produziria efeitos jurídicos, enquanto que o segundo, o contrário. 
 
 
Esquematizando: 
FATO - ACONTECIMENTO ; 
ATO - MANIFESTAÇÃO DE VONTADE; 
 
 
 
 
 
 Elementos do Ato Administrativo 
 
 
 Elementos do Ato Administrativo 
COmpetência Quem faz? Vinculado 
 
anulável Podem ser 
convalidados 
FInalidade Para quê? Vinculado ato nulo Não Podem ser 
convalidados 
FOrma Como ? Vinculado / Discricionário anulável Podem ser 
convalidados 
Motivo Por Quê? Vinculado / Discricionário ato nulo Não Podem ser 
convalidados 
OBjeto O quê? Vinculado / Discricionário ato nulo Não Podem ser 
convalidados 
 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA 
 
O elemento competência também é conhecido como sujeito competente. A competência e a 
delimitação das atribuições do agente e por ela a indicação de “quem” é o competente para a 
prática do ato, ou seja, aponta quem tem o poder atribuído pela lei para fazer o ato. 
 
Vale salientar que a competência é estabelecida em lei, porém excepcionalmente, em razão do 
artigo 84, VI, da Constituição Federal, é possível a delimitação das atribuições do agente público, 
na Esfera Federal, por meio de decreto, o que também pode ocorrer nas outras esferas, disse que 
as constituições e leis orgânicas disponham da mesma forma. 
 
Assim, a competência é uma exigência de ordem pública e decorre da lei (salvo o caso anterior 
apontado). 
Em resumo podemos apontar algumas características da competência: 
 
A) Exercício obrigatório para os órgãos e agentes públicos; 
B) é irrenunciável, por que seu titular não pode dela dispor nem renunciar; 
C) intransferível, isso é o agente não pode transferi-la para outro agente, salvo o caso de 
delegação legalmente admitida. 
D) é imodificável, não pode ser ampliada ou restringida pela vontade do agente, com exceção 
da possibilidade legal de avocação( o chefe chama para si atribuição do subordinado) 
E) é imprescritível, assim, não é extinta pelo eventual desuso; 
F) pode ser objeto de avocação e delegação; 
G) é improrrogável e, portanto, o agente incompetente que praticar determinado ato não se 
tornará competente em razão disso ( só passará a ser competente se a lei lhe atribuir 
competência); 
 
A delegação e avocação, ambas são situações temporárias e excepcionais, pois permitem a prática 
de ato administrativo por quem não era originalmente competente, A diferença é que, na 
delegação, quem é competente delega, transfere parte de sua competência para outro servidor e, 
na avocação, o superior que não era competente, chama para si parcela de competência 
legalmente atribuída a subordinado seu. 
 
A Lei 9784/99 permite a delegação e a avocação dos atos administrativos. 
Contudo, em face do primeiro, a lei menciona: 
 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
 
 
Somente a lei pode estabelecer competências administrativas; por essa razão, seja qual for a 
natureza do ato administrativo vinculado ou discricionário o seu elemento competência é sempre 
vinculado. 
 
NÃO PODEM SER DELEGADOS! SÓ LEMBRAR DACENORA! 
CE - Competência Exclusiva 
NO - Normativo 
RA – Recursos Administrativos 
 
 
 
 
FINALIDADE 
A finalidade o resultado imediato almejado na prática, ou seja, é o “para quê” o ato foi realizado, 
que deve ser sempre a finalidade pública, sob pena de desvio de finalidade, havendo, ainda, a 
finalidade específica prevista na lei para cada situação. 
 
O ato terá vício se for praticado com finalidade diversa da prevista em lei ou na busca de interesse 
particular Como se dar no caso de autoridade remove servidor não porque é necessário o interesse 
público, mas para lhe aplicar punição ( a remoção não é penalidade administrativa, mas 
ferramenta que permite o ajuste da força de trabalho), ou também, quando fiscal da Vigilância 
Sanitária interdita um supermercado para favorecer seu amigo que está inaugurando 
estabelecimento similar naquela região. Haverá desvio de poder ou desvio de finalidade, por isso, a 
finalidade é um elemento vinculado. 
 
Assim, o elemento pode ser considerado em seu sentido amplo (qualquer atividade que busca o 
interesse público) ou restrito (resultado específico de determinada atividade previsto na lei). O 
vício no elemento finalidade gera o desvio de finalidade, que é uma modalidade de abuso de 
poder. 
 
 
 
 
 
FORMA 
A forma é o elemento exteriorizador do ato administrativo. Por ela, o ato ganha forma, ou seja, é 
o modo pelo qual se apresenta. é o elemento que demonstra” como” o ato deve ser praticado. 
 
Em regra o ato administrativo deve ser praticado de forma escrita (por exemplo, um decreto ou 
uma portaria), mas, excepcionalmente, existem atos administrativos não escritos, como é o caso de 
 
 
ordens verbais para o subordinado(palavras), a sinalização do agente de trânsito(gestos), as placas 
de sinalização, os semáforos (sinais). 
 
Vale salientar nem sempre há uma forma específica prevista em lei para a prática de determinado 
ato, mas quando isso ocorrer, a forma é um elemento vinculado. Por outro lado, se não houver 
forma legal específica, é possível ser praticado com discricionariedade pelo administrador, disse 
que dentro das possibilidades legais. 
 
MOTIVO 
O motivo é a causa imediata do ato administrativo. É a situação de fato e de direito que determina 
ou autoriza a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto fático e jurídico (ou normativo) 
que enseja a prática do ato. 
 
Exemplos de motivos: na concessão de licença-paternidade, o motivo será sempre o nascimento do 
filho do servidor; na punição do servidor, o motivo é a infração por ele cometida; na ordem para 
demolição de um prédio, o motivo é o perigo que ele representa, em decorrência da sua má 
conservação; no tombamento, o motivo é o valor histórico do bem. 
 
Detalhando um pouco mais, tomando o primeiro dos exemplos enumerados no parágrafo anterior: 
a lei diz que o servidor que tenha filho faz jus a licença- -paternidade, com duração de cinco dias. Se 
um servidor apresentou um requerimento de licença-paternidade à administração provando o 
nascimento de seu filho (pressuposto fático ), a administração, verificando que a situação fática se 
enquadra na hipótese descrita na norma legal (pressuposto de direito), ou seja, que ocorreu a 
subsunção do fato à norma, terá que praticar o ato, exatamente com o conteúdo descrito na lei: 
concessão da licença pelo prazo de cinco dias. 
 
Nesse exemplo da licença-paternidade, como temos um ato vinculado, a lei determina que, à vista 
daquele fato, seja obrigatoriamente praticado aquele ato, com aquele conteúdo (concessão da 
licença-paternidade por cinco dias). 
 
Assim, quando o ato é vinculado, a lei descreve, completa e objetivamente, a situação de fato que, 
uma vez,ocorrida no mundo empírico, determina, obrigatoriamente, a prática de determinado ato 
administrativo cujo conteúdo deverá ser exatamente o especificado na lei. 
 
Quando se trata de um ato discricionário, a lei autoriza a prática do ato, à vista de determinado 
fato. Constatado o fato, a administração pode, ou não, praticar o ato; algumas vezes a lei faculta 
ainda à administração escolher entre diversos objetos, conforme a valoração que faça dos motivos 
que se lhe apresentam; em qualquer caso, a decisão da administração é adotada segundo os seus 
critérios privativos de oportunidade e conveniência, e sempre nos limites da lei. 
Todo Ato deve ser motivado? 
 
 
Em razão da ampla defesa, do contraditório, da isonomia, da publicidade, na moralidade e de 
amplo acesso ao judiciário, a doutrina e a jurisprudência atuais vêm defendendo a necessidade de 
motivação em todos os atos administrativos (vinculados e discricionários). Entretanto, quanto aos 
discricionários, excepcionalmente, a hipóteses em que a motivação escrita pode ser dispensada, 
como no caso da exoneração de um cargo em comissão de livre nomeação e de livre exoneração. 
 
Teoria dos Motivos determinantes 
 
A teoria dos motivos determinantes está relacionada a prática de atos administrativos e impõe que, 
uma vez declarado o motivo do ato, este deve ser respeitado. 
 
Esta teoria vincula o administrador ao motivo declarado. Para que haja obediência ao que 
prescreve a teoria, no entanto, o motivo há de ser legal, verdadeiro e compatível com o resultado. 
 
Vale dizer, a teoria dos motivos determinantes não condiciona a existência do ato, mas sim sua 
validade. 
 
Quer dizer, mesmo que se trate de situação em que não havia obrigação de motivar, uma vez feita 
a motivação ou motivo declarado, existiu e é verdadeiro ou o Ato é nulo. Por exemplo, ocupante de 
cargo em comissão pode ser exonerado a qualquer tempo, e autoridade não precisa expor o 
motivo, massinha determinado caso justificar-se a exoneração pela ausência de verba e, em 
seguida, outro servidor é nomeado, o Ato é inválido porque o motivo alegado (falta de verba) é 
falso. 
 
MOTIVO X MOTIVAÇÃO 
 
Em síntese, o MOTIVO é a causa imediata do ato, aquilo que levou a sua prática. A MOTIVAÇÃO, 
por outro lado, é a demonstração escrita do motivo e está relacionada ao requisito forma. 
Explicando melhor, o motivo é um requisito do ato administrativo, assim como a competência, a 
forma, a finalidade e o objeto. Em regra, pode ser considerado discricionário, porém quando a lei 
não permite juízo de conveniência e oportunidade e descreve, completa e objetivamente, a 
situação de fato que, uma vez ocorrida no mundo empírico, determina, obrigatoriamente, a prática 
de determinado ato administrativo cujo conteúdo deverá ser exatamente o especificado na lei, 
entende-se que o motivo é vinculado. Assim, imagine, por exemplo, a penalidade de demissão de 
servidor público. 
 
Qual seria o motivo da demissão? O motivo seria a infração por ele praticada. 
 
Qual seria a motivação da demissão? A motivação seria a descrição da conduta praticada pelo 
servidor que o levou à demissão. São os pressupostos de fato. 
 
 
 
Ainda sobre o assunto, é importante mencionar que a regra geral, em razão da necessidade de 
transparência no serviço público, é de que os atos devam ser motivados pelo administrador. 
OBJETO 
O objeto representa o que foi feito. 
O objeto é o próprio conteúdo material do ato. O objeto do ato administrativo identifica-se com o 
seu conteúdo, por meio do qual a administração manifesta sua vontade, ou atesta simplesmente 
situações preexistentes. 
 
Pode-se dizer que o objeto do ato administrativo é a própria alteração no mundo jurídico que o ato 
provoca, é o efeito jurídico imediato que o ato produz. 
 
Assim, é objeto do ato de concessão de uma licença a própria concessão da licença; é objeto do ato 
de exoneração a própria exoneração; é objeto do ato de suspensão do servidor a própria suspensão 
(neste caso, há liberdade de escolha do conteúdo específico - número de dias de suspensão -, 
dentro dos limites legais de até noventa dias, conforme a valoração da gravidade da falta 
cometida).Nos atos vinculados, a um motivo corresponde um único objeto; verificado o 
motivo, a prática do ato (com aquele conteúdo estabelecido na lei) é obrigatória 
Nos atos discricionários, há liberdade de valoração do motivo e, como 
resultado, escolha do objeto, dentre os possíveis, autorizados na lei; o ato só 
será praticado se e quando a administração considerá-lo oportuno e conveniente, 
e com o conteúdo escolhido pela administração, nos limites. da lei. 
 
Pode-se afirmar, portanto, como o faz a doutrina em geral, que: 
(a) nos atos vinculados, motivo e objeto são vinculados; 
(b) nos atos discricionários,motivo e objeto são discricionários. 
 
Consoante se constata, são os elementos motivo e objeto que permitem verificar se o ato é 
vinculado ou discricionário. 
 
ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
Atributos são qualidades ou características dos atos administrativos. 
Enquanto os requisitos dos atos administrativos constituem condições que devem 
ser observadas para sua válida edição, os atributos podem ser entendidos 
como as características inerentes aos atos administrativos. 
 
Os atributos dos atos administrativos descritos pelos principais autores são: 
 
 
 
a) Presunção de legitimidade; 
b) Autoexecutoriedade; 
c) Imperatividade; 
d) TIpicidade. 
 O PAI TI AMA 
 
Os atributos imperatividade e autoexecutoriedade são observáveis somente em determinadas 
espécies de atos administrativos. 
 
Presunção de Legitimidade 
Veja como é confortável a vida do administrador público nesse ponto: ele pratica os atos 
administrativos e ele não tem que provar que os fatos que fundamentaram aquele ato realmente 
ocorreram. Porque existe ao seu favor a Presunção de Legitimidade e Veracidade. 
 
Você sempre imagina que o ato administrativo foi praticado de acordo com a lei, cabe ao 
administrador público em primeiro lugar respeitar o princípio da Legalidade, e você também 
imagina que como o administrador público está buscando apenas o atingimento dos interesses 
públicos, ele não tem porque mentir. 
 
Fique ligado: todo ato administrativo tem a seu favor essa Presunção de Legitimidade e 
Veracidade. 
 
Porém esta é uma presunção relativa, que é aquela onde se admite prova em contrário, tornando 
o ônus da prova de responsabilidade do cidadão que não concordou com a prática daquele ato 
administrativo. 
 
Normalmente nós nos lembramos deste atributo do ato administrativo quando se recebe em casa 
uma carta do DETRAN, certamente não é pra desejar Feliz Natal ou Bom Ano Novo, quando você 
recebe aquela carta registrada do DETRAN, significa que uma infração de trânsito deve ser sido 
praticada., Quando você então abre aquela carta, você está recebendo uma Notificação de Auto de 
Infração, as pessoas afirmam que é multa, mas tecnicamente é uma Notificação de Auto de 
Infração. Talvez informando que você avançou no sinal vermelho, estacionou em local proibido, 
enfim que você não respeitou a legislação de trânsito, aquele auto de infração é um ato 
administrativo e tem a seu favor a Presunção de Legitimidade e Veracidade. 
 
O que não significa que a palavra do guarda vale mais que a sua, na verdade tem a seu favor essa 
presunção, mas como já foi dito é uma presunção relativa, admite prova em contrário só que o 
ônus da prova cabe a você, cabe a você provar que não avançou no sinal vermelho, todas as provas 
admitidas em direito: você pode conseguir uma testemunha que afirme que você não passou no 
sinal vermelho; pode ser um boletim de ocorrência, no caso de seu carro ter sido furtado, não foi 
 
 
você que passou no sinal vermelho, foi o ladrão, assim você acaba quebrando a Presunção de 
Legitimidade e Veracidade. 
 
Imperatividade 
 
Significa que a Administração Pública pode impor obrigações sem precisar de nossa concordância. 
Em alguns atos administrativos você acaba encontrando esse atributo de Imperatividade, por 
exemplo na declaração de desapropriação, o processo de desapropriação é muito simples, 
normalmente ele acaba dando início com um decreto de desapropriação, esta declaração é um ato 
administrativo, ali diz o seguinte: o seu imóvel está sujeita a força expropriatória do estado, está 
sujeita a desapropriação, mesmo que você não concorde com esse ato, para a administração 
pública a sua concordância não é necessária, porque naquela declaração nós encontramos 
Imperatividade. 
Não está presente em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõe obrigações 
aos administrados e, desse modo, não existe nos atos negociais(licença,autorização, etc..),nem nos 
enunciativos (Parecer,certidão etc). 
 
Autoexecutoriedade 
 
É quando a própria Administração pública decide e executa diretamente as suas decisões, sem 
precisar de ordem judicial. Nós lembramos normalmente de Autoexecutoriedade nas medidas 
decorrentes de Poder de Polícia, como por exemplo, o ato de interdição de um estabelecimento. 
 
Fique ligado: só existe Autoexecutoriedade quando há expressa previsão legal ou quando em uma 
situação de emergência, só nessas hipóteses nós vamos encontrar Autoexecutoriedade. 
 
A autoexecutoriedade apresenta dois aspectos: a exigibilidade, que permite que o administrador 
decida, sem a exigência de controle pelo Poder Judiciário, representando a tomada de decisão; 
e a executoriedade, que é a possibilidade que tem o administrador de fazer cumprir as suas 
decisões e executá-las, independentemente da autorização de outro Poder. Nos dois casos, a 
Administração pode autoexecutar as suas decisões, com meios coercitivos próprios, sem necessitar 
do Poder Judiciário. 
 
Todavia, a grande diferença está no meio coercitivo utilizado, uma vez que, na exigibilidade, a 
Administração utiliza-se de meios indiretos de coerção, sempre previstos em lei como, por 
exemplo, a multa, além de outras penalidades, pelo descumprimento do ato. Já na executoriedade, 
a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado, 
utilizando inclusive a força, independente de previsão legal para socorrer situação emergente 
 
TIPICIDADE 
 
 
Ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a 
produzir determinados resultados. Para cada finalidade que a Administração pretende alcançar 
existe um ato definido em lei". 
 
 
 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Quanto ao seu regramento: 
 
1.Atos vinculados praticados de acordo com a vontade da lei. São aqueles em que a lei estabelece 
as condições e o momento da sua realização. 
 
2. Atos discricionários praticados com liberdade pelo administrador. Ou seja, são aqueles que a 
Administração pode praticar com certa liberdade de escolha de seu conteúdo, destinatário, 
conveniência, oportunidade e modo de execução. 
 
Quanto ao destinatário: 
 
1.Atos gerais dirigidos a coletividade em geral. Tem finalidade normativa, atingindo uma gama de 
pessoas que estejam na mesma situação jurídica nele estabelecida. Por ter natureza erga omnes 
(aplicabilidade coletiva) não pode ser objeto de impugnação individual. 
 
2.Atos individuais dirigidos a pessoa certa e determinada, criando situações jurídicas individuais. 
Por gerar direitos subjetivos (direitos individuais) podem ser objeto de contestação por seu titular. 
 
Quanto ao seu alcance: 
 
1.Atos internos praticados no âmbito interno da Administração, incidindo sobre órgãos e agentes 
administrativos. 
 
2.Atos externos praticados no âmbito externo da Administração, atingindo administrados e 
contratados. Contudo, vale ressaltar que a obrigatoriedade destes atos somente começa incidir 
após a sua publicação no Diário Oficial. 
 
Quanto ao seu objeto: 
 
1.Atos de império praticados com supremacia em relação ao particular e servidor, impondo o seu 
obrigatório cumprimento.2.Atos de gestão praticados em igualdade de condição com o particular, ou seja, sem usar de suas 
prerrogativas sobre o destinatário. 
 
 
 
3.Atos de expediente praticados para dar andamento a processos e papéis que tramitam 
internamente na administração pública. São atos de rotina administrativa. 
 
Quanto a formação da vontade (processo de elaboração): 
 
1.Ato simples nasce por meio da manifestação de vontade de um órgão (unipessoal ou colegiado) 
ou agente da Administração. 
 
2.Ato complexo Decore da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos, ou seja, a soma das 
vontades de mais de um órgão para que seja possível a formação de um ato único.Como por 
exemplo aposentadoria pois só se aperfeiçoa com o registro no tribunal de contas da União (no 
caso servidores federais). 
 
3.Ato composto para sua perfeição Depende de mais uma manifestação de vontade. 
 neste caso, os atos são compostos por uma vontade principal e a vontade que ratifica esta ( ato 
acessório). composto de dois atos, geralmente decorrentes do mesmo órgão público, um patamar 
de desigualdade, devendo o segundo ato seguir a sorte do primeiro. 
 
como exemplo, da nomeação do procurador-geral da República, em que é necessário o ato 
acessório, que é aprovação do nome no senado, para que seja praticado a principal, que a 
nomeação pelo presidente da república. 
 
 
Quanto ao conteúdo 
1.Constitutivos: criam uma situação jurídica, ou seja, passa a existir um direito para os 
administrados ou para a própria Administração Pública. 
 Ex.: posse, pela qual passa a existir para o beneficiário a situação jurídica de servidor. 
2.Desconstitutivos ou extintivos: extinguem determinada situação jurídica. 
Ex.: revogação, que faz desaparecer um ato administrativo lícito e eficaz. 
3.Declaratórios: reconhecem uma situação jurídica anterior, possibilitando que ela tenha efeitos. 
Ex.: anulação de um ato administrativo, que reconhece sua nulidade, ou seja, sua incompatibilidade 
com a lei; declaração de prescrição de uma ação ou de decadência de um direito. 
4.Alienativos: transfere bens ou direitos de um titular a outro. Em determinados casos, requer 
autorização legislativa, como na alienação de bens imóveis da Administração Direta e das 
autarquias e fundações . 
 
 
5.Modificativos: alteram situações preexistentes, sem extinguir direitos nem obrigações. Ex.: 
mudança do horário de uma reunião. 
6.Abdicativos: aqueles em que o titular abre mão de um direito. São incondicionais, irretratáveis, 
imodificáveis e irreversíveis. Formalizam-se normalmente por meio de renúncia. De acordo com 
Meirelles (2007, p. 174), a Administração Pública somente pode renunciar a direito se houver 
autorização legislativa. Essa restrição é decorrente do princípio da indisponibilidade do interesse 
público pela Administração. 
Quanto à exequibilidade = perfeito, imperfeito, pendente e consumado. 
1.Perfeito: Está plenamente formado e com condições de produzir efeitos. 
 
2.Imperfeito: Está incompleto em sua formação, falta um ato complementar. Exemplo: 
A falta da publicação do ato. 
 
3.Pendente: Está sujeito a condição para que comece a produzir efeitos. 
 
4.Consumado: Já exauriu seus efeitos. Já não poderá ser atacado, seja pela via da Administração ou 
pela via do Judiciário. Pode, contudo, gerar a responsabilidade do Estado. 
Quanto à Eficácia 
1.Válido = é o ato praticado de acordo com as normas superiores que devem regê-lo. 
2.Nulos = São aqueles que atingem gravemente a lei Ex: prática de um ato por pessoa jurídica 
incompetente. 
3.Inexistente = São os que contém um comando criminoso Ex: Ato de Tortura para obter 
informações. 
 
 
 EXTINÇÃO DE UM ATO ADMINISTRATIVO 
 
Anulação 
Corresponde à extinção do ato administrativo por motivo de ilegalidade. A anulação produz efeitos 
retroativos à data em que foi emitido (efeitos “ex tunc”). A anulação pode ser realizada pela 
Administração Pública, por meio de seu poder de autotutela, ou pelo Poder Judiciário, quando 
provocado. 
 
PRAZO PARA ANULAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS: 
Lei nº 9.784/99 
 
 
54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
 
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
 
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que 
importe impugnação à validade do ato. 
 
OBS: Súmula 633: “A Lei 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para 
a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de 
forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a 
matéria.” 
 
 
Revogação 
Consiste em ato administrativo discricionário pelo qual a Administração extingue um ato perfeito 
e válido, por questões de oportunidade e conveniência. Nesse caso, a revogação não retroage, ou 
seja, seus efeitos são “ex nunc”. 
Apenas a Administração Pública pode revogar os atos administrativos discricionários, porque seus 
fundamentos (oportunidade e conveniência), em regra, não são passíveis de exame pelo Poder 
Judiciário. O legislador deferiu competência ao administrador público para decidir, perante o caso 
concreto, qual a melhor solução nos limites em que a lei permite, e não ao juiz. 
 
O Supremo Tribunal Federal uniformizou sua jurisprudência nesse sentido mediante a expedição 
de duas súmulas: 
 
Súmula nº346 – “A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos”. 
 
Súmula nº473 – “A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os 
tornem ilegais, porque deles não se originam direito, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial”. 
 
O art. 53 da Lei nº 9.784/99 também prevê que a Administração Pública deve anular seus próprios 
atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
 
 
 
Mas não é todo ato que pode ser revogado pela Administração Pública. Alguns, em face de suas 
características peculiares, não podem ser modificados. Isso pode decorrer de tipo de ato praticado 
ou dos efeitos gerados. 
 
Assim, não podem ser revogados, entre outros, os atos vinculados, os já consumados, os que 
geraram direitos adquiridos, etc. 
 
Convalidação do ATO ADMINISTRATIVO 
Também chamada de ratificação, confirmação ou sanatória, a convalidação é uma forma de corrigir 
vícios existentes em um ato ilegal sendo preceituado no art. 55 da Lei nº 9.784/1999, in verbis : 
 
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a 
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração. 
 
Os efeitos da convalidação são retroativos ( ex tunc ) ao tempo de sua execução. 
 
Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que: só pode haver convalidação quando o ato possa ser 
produzido validamente no presente. Importa que o vício não seja de molde a impedir reprodução 
válida do ato. Só são convalidáveis atos que podem ser legitimamente produzidos. 
 
Assim, o defeito é: 
 
A) insanável, quando estiver os elementos motivo finalidade ou objeto; 
B) sanável, quando estiver nos elementos competência ou forma, deque não seja 
competência exclusiva ou forma essencial do ato. 
 
 
LEMBRE-SE SOMENTE PODE SER CONVALIDO UM ATO ADMINISTRATIVO QUANDO O VÍCIO É 
SANÁVEL NOS ELEMENTOS: 
 
 
 
 
FOrma (não seja forma essencial do ato) 
COmpetência (deque não seja competência exclusiva)MACETE: FOCO na convalidação! 
 
 
 
 
 
Quando a convalidação não é possível? 
 
• Quando vício estiver dos elementos finalidade, o motivo o objeto. 
• Quando estiver nos elementos competência e forma e se tratar de competência exclusiva ou 
forma essencial; 
• Quando o vice for impugnado administrativa ou juridicamente 
• Quando houver a estabilização do vício pela prescrição ou decadência 
• Quando a convalidação causar lesão interesse público; 
• Quando a convalidação causar prejuízo a terceiros. 
 
 
 
 
Bons estudos!

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