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Ecofisiologia da soja Discente: Rute Quelvia de Faria Disciplina: Ecofisiologia de grandes culturas Professor: Dr. Marcelo de Almeida Silva ECOFISIOLOGIA DA SOJA Seca e excesso de chuvas no Piauí, safra 2015/2016, perdas de 80% da soja. Fonte GP1 Piauí 2015/2016 Goiás 2016/2017 Seca gera prejuízo de R$ 1,3 bilhão a produtores de soja de Goiás. Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria Mato Grosso 2015/2016 Mato Grosso registra prejuízo de R$ 1 bilhão na renda da porteira para dentro com a retração de 1 milhão de toneladas na safra 2015/2016. Fonte: www.olhardireto.com.br/agro/noticias/ Mato Grosso 2017 Plantio de soja em MT é crítico devido a escassez de chuvas e chuvas pouco esparsas 2017. Fonte: Imea Rio Grande do Sul Plantio 2017 Excesso de chuvas atrasa plantio de trigo no RS, na região de Passo Fundo, nenhum hectare recebeu sementes, o que pode comprometer as culturas de verão Canal Rural - Leia mais no link http://www.canalrural.com.br/noticias/ Soja: margem de lucro será 8% menor na safra 2016/2017 Menor preço do grão e alta nos custos de produção Canal Rural - Leia mais no link http://www.canalrural.com.br/ Artigo original do site SF Agro | Farming Brasil: http://sfagro.uol.com.br/produtor-soja-deve-ter-margem-lucro-pequena-negativa/ Para “empatar”: Um produtor que obteve a produtividade média de Goiás nesta safra (55 sacas/ha, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab) deve vender a soja RR a um preço médio de R$ 63,35/sc para quitar o custo operacional total. Se ele conseguiu as mesmas 55 sc/ha com variedades RR2 (Intacta), precisa negociar cada saca a R$ 61,18 para equilibrar receita e despesas. Cristiano Palavro - FAEG ? Custo Operacional Total RR R$3.484,16/ha RR2 R$ 3.364,77/ha Produtividade média 58sc de 60 Kg/ha 60 sc/ha Comercialização R$ 58/sc – Receita de: R$ 3.364/ha R$ 3480/ha Lucro 3,42% Condições Climáticas Sojicultura Soja Economia Política Cambio Uso de biotecnologia Aquecimento Global Soja – Linha do tempo Soja - planta Taxonomia Reino: Plantae, Divisão: Magnoliophyta, Classe: Magnoliopsida, Ordem: Fabales, Família: Fabaceae (Leguminosae), Subfamília: Faboideae (Papilionoideae), Gênero: Glycine, Espécie: Glycine max A soja é uma planta anual, herbácea, ereta, autógama, altura pode variar de 30 a 200 cm, apresentando mais ou menos ramificações. Quanto ao ciclo, que pode levar de 75 para as mais precoces e200 dias para as mais tardias (SEDIYAMA, 2009) EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS Adaptabilidade a áreas e locais (Ciclo e floração) Biomassa Variabilidade dos rendimentos O Zoneamento agroclimático: menor risco de ocorrência de déficit hídrico à soja. Ecofisiologia da Soja Radiação Água Fotoperíodo Temperatura FENOLOGIA ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE PROCESSOS OU CICLOS BIOLÓGICOS E O CLIMA Fase Vegetativa Do Vc ao V5 forma-se uma folha a cada 5 dias VE VC V1 V2 Vn V3 FENOLOGIA Fase Reprodutiva Observar a parte mediana na haste principal para cultivares de ciclo indeterminado e o terceiro e quarto nó de cima para baixo nas de ciclo determinado. Fonte: Ritchie et al. 1982 (adaptado por Yorinori, 1996) R1 R2 R3 FENOLOGIA Fase Reprodutiva Fonte: Ritchie et al. 1982 (adaptado por Yorinori, 1996) ESTÁDIO R4 (vagem formada) ESTÁDIO R5 Início do enchimento de Grãos/Sementes R5.1 R5.2 R5.5 R5.3 R5.4 Estádio R6 – pleno enchimento de grãos/sementes Enchimento completo de grãos Vagem contendo grãos verdes preenchendo toda a cavidade da vagem; Localizada em cada um dos quatro nós superiores da haste principal com a folha completamente desenvolvida Grão apresenta largura igual a cavidade da vagem Peso máximo das vagens é atingido Estádio R7 – Maturidade Fisiológica (MF) Os grãos se desligam da planta, cessa a translocação de fotoassimilados e tem início o processo de perda de água. Umidade entre 45 a 60% Presença de uma vagem madura (com coloração marrom ou palha, em função da variedade), na haste principal; Início do decréscimo do teor de água e alteração na coloração e no tamanho. R 7.1 Maturidade fisiológica (PMF) início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens R 7.2 Amarelecimento entre 50 e 75% R 7.3 Amarelecimento superior a 75% Início do desfolhamento das plantas de soja; Decréscimo do teor de água dos grãos; Alteração na coloração e tamnanho de grãos. Estádio R8 – Plena maturação, ou maturação em campo Estádio R9 – Maturação/Colheita 95% das vagens maduras; Decréscimo do teor de água dos grãos; Alteração na coloração e tamanho de vagens e grãos. Exigências climáticas - Temperatura Ideal Faixa de 20 a 30 °C 30 °C é a ideal Temperatura do solo 20 a 30 °C 25 °C é a ideal Temperaturas ALTAS >40 °C < taxa de crescimento <20 °C é imprópria Danos a floração <retenção de vagens Acelera a maturação Danos as sementes Temperaturas BAIXAS Inibem o crescimento Associada a alta umidade na colheita, ocasiona a retenção foliar e atraso na colheita Artigo: INCIDENCE OF GREEN SOYBEAN SEEDS AS A FUNCTION OF ENVIRONMENTAL STRESSES DURING SEED MATURATION1 Estresse hídrico + Estresse térmico em dois estádios (28°C from 5:00 p.m. to 8:00 a.m.; 32°C from 8:00 to 10:00 a.m.; 36°C from 10:00 a.m. to 2:00 p.m.; and 32°C from 2:00 to 5:00 p.m.) PADUA, et al. 2009 Estresse hídrico! Tombamento fisiológico Em laboratório, a temperatura letal para a semente e para o tecido tenro da planta está acima de 41 °C. Para a bactéria fixadora de nitrogênio nas raízes da soja, Bradyrhizobium, a temperatura letal está acima de 36 °C. Fonte: medições e observações de campo, informações de Erlei Reis e bibliografia. http://sucessonocampo.com.br/2017/10/19/tombamento-de-calor-tambem-denominado-de-cancro-de-calor-ou-tombamento-fisiologico/ Figura 2. Plântulas no campo, apresentando lesões de escaldadura no hipocótilo e tombamento fisiológico causados por altas temperaturas na superfície do solo (foto: cortesia de José Nunes Jr). Exigências climáticas - Fotoperíodo 13 h PDL PDC Exigências climáticas - Fotoperíodo 13 h PDL PDC 13,5 h Para a latidude 30 ° Precoce Precoce Tardia Tardia Grupos de maturidade relativa Escalonamento de cultivares!!! A radiação solar é um importante componente ambiental que, além de fornecer energia luminosa para a fotossíntese, também fornece sinais ambientais para uma gama de processos fisiológicos da soja. Exigências climáticas - Radiação Figura 1. Decréscimos de rendimento da soja sob a ação de níveis de sombreamento, relativos à ausência de sombreamento (0% sombreamento = 100% rendimento de grãos) (adaptado de Wahua e Miller, 1978). Agronomic performance of soybean cultivars in an agroforestry system1 WERNER, Flávia et al. 20017 CONFALONE & NAVARRO Influência do "Déficit" Hídrico Sobre a Eficiência da Radiação Solar em Soja PARCIANELLO, Geovano et al 2004 FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO EM GENÓTIPOS DE SOJA COM DIFERENTES NÍVEIS DE TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO CEREZINI, P. 2012 Novidades - Bactérias no controle da seca as bactérias tolerantes à seca, ao colonizar o sistema radicular das plantas sob estresse abiótico, produzem substâncias que hidratam as raízes, chamadas exopolissacarídeos. apresentaram mecanismos de promoção de crescimento de plantas diretos ou indiretos, como produção de fito-hormônio, disponibilização de fósforo por meio de solubilização, fixação de nitrogênio e redução dos efeitos negativos do estresse causados por etileno Cristina Tordin (MTb 28499/SP) Embrapa Meio Ambiente Considerações Finais: Soja Radiação água Fotoperíodo Temperatura Política cambial Mudanças climática Fenômenos de resistência Obrigada! Obrigada! Rute.quelvia@gmail.com Referências Bibliográficas FREITAS, Eduardo de. "Expansão da Soja no Brasil"; Brasil Escola.Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-expansao-soja-no-brasil.htm>. Acesso em 28 de novembro de 2017. JIANG, A.C.D.; GAOB, H.Y.; ZOUB, Q.; JIANGA, G.M.; LIA, L. H. Leaf orientation, photorespiration and xanthophyll cycle protect young soybean leaves against high irradiance in field. Environmental and Experimental Botany, p.1-10, 2004. PADUA, Gilda Pizzolante De et al . Incidence of green soybean seeds as a function of environmental stresses during seed maturation. Rev. bras. sementes, Londrina , v. 31, n. 3, p. 150-159, 2009 . PARCIANELLO, Geovano et al . Tolerância da soja ao desfolhamento afetada pela redução do espaçamento entre fileiras. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 34, n. 2, p. 357-364, Apr. 2004 WERNER, Flávia et al. Desempenho agronômico de cultivares de soja em sistema agroflorestal. Pesqui. Agropecu. Trop. [online]. 2017, vol.47, n.3, pp.279-285.
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