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Apostila de Cefalometria de Ricketts

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Coordenador Geral - Prof. Dr. Hideo Suzuki 
 
 
 
 
 
Imperatriz - MA 
 
 
 
32 
Cefalometria de Ricketts 
 
Definição de Cefalometria – “e a ciência que fraciona o complexo crânio-dento-
facial, com o propósito de examinar como se relacionam entre si, e como o incremento de 
uma das partes altera o todo”. Jarabak. 
 
Objetivos da Cefalometria – “4C”. 
 Caracterização – ou descrição morfológica das condições existentes, quer sejam 
anatômicas, fisiológicas ou patológicas. 
 Comparação – de um indivíduo com um outro ou com ele mesmo em diferentes idades 
(comparação longitudinal ou transversal). 
 Classificação – das diversas disposições anatômicas (maxilares, alveolares e 
dentárias) em diferentes categorias esqueléticas, dentárias ou 
ambas. 
 Comunicação – dos diferentes aspectos reconhecidos pelo clinico no mundo 
profissional, aos pais ou ao paciente 
 
Pontos Cefalométricos 
Pontos selecionados por inspeção visual: 
 Ba (Básio) – ponto mais póstero inferior da imagem da base occipital - P. Vion. 
 Na (Násio) – ponto mais anterior da sutura fronto-nasal. “O násio é um ponto 
pericraniano da sutura fronto-nasal que pertence ao frontal quando a sutura 
está aberta” - M. Langlade. 
 Or (Orbitário) – ponto mais inferior do contorno da órbita. “O ponto orbitário se 
localiza na união do rebordo orbitário externo com o assoalho da órbita” - P. 
Vion. 
 ENA (Espinha Nasal Anterior) – ponto localizado na extremidade anterior superior 
da maxila. 
 ENP (Espinha Nasal Posterior) – ponto localizado na extremidade posterior da 
maxila. Segundo Ricketts, a Espinha Nasal Posterior pertence ao osso palatino. 
 
 
33 
 A (Ponto A) – localizado no ponto mais posterior sobre a curvatura anterior da 
maxila. Situa-se entre a ENA e a porção alveolar, no ponto mais profundo da 
concavidade sub espinhal da pré-maxila. 
 Po (Pogonio) – ou Pog, Pg, P – ponto mais anterior da sínfise mentoniana. 
 Pm (protuberância Mental ou Suprapogônio) – localiza-se entre o ponto B e o Po - 
“ponto localizado na curvatura da borda anterior da sínfise, quando a curvatura 
passa de côncava para convexa” – Ricketts. 
 Me (Mentoniano) – ponto mediano mais inferior situado sobre a curvatura inferior 
da sínfise mentoniana – M. Langlade 
 Pr – Porio – ponto mais superior do conduto auditivo externo. 
 Pt (Pterigóide) – ponto localizado na junção do bordo inferior do canal do foramen 
redondo, com o bordo posterior da fissura ptérigo-maxilar – M. Langlade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos Localizados por Construção 
 Gn (Gnátio Virtual ou Cefalométrico) – ponto localizado na intersecção do Plano 
Facial (Na-Po), com o Plano Mandibular. 
 
 
 
34 
 Go (Gônio Virtual ou Cefalométrico) – ponto localizado na intercção do Plano 
Mandibular com uma linha que passa tangente ao bordo posterior do ramo 
ascendente. 
 Dc (Eixo Condilar): ponto situado no centro do colo do côndilo, sobre o Plano BA-Na. 
 CC (Centro do Crânio): ponto localizado na intersecção do Eixo Facial (Pt-Gn) com a 
base anterior do crânio (BA-Na). 
 CF (Centro da Face): ponto localizado na intersecção do Plano de Frankfurt (Pr-Or) 
com a Vertical Pterigóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Xi (Centro do Ramo da Mandíbula): ponto situado no centro do ramo ascendente da 
mandíbula, localizado no forâmen mandibular, onde o nervo mandibular penetra 
na mandíbula. É considerado um ponto biologicamente forte por Ricketts. 
Método para a construção do ponto “Xi” 
1. Determinar os seguintes pontos: 
R1 – ponto mais profundo da concavidade do bordo anterior do ramo ascendente. 
 
 
 
35 
R2 – ponto sobre o bordo posterior do ramo ascendete (projeção do ponto R1 paralelo 
a Frankfurt). 
R3 – ponto mais profundo da curvatura da chanfradura sigmóide. 
R4 – ponto no bordo inferior do ramo ascendente (projeção do ponto R3 paralelo a Ptv) 
(fig. A). 
2. Construir planos paralelos e/ou perpendiculares a Ptv e ao Plano de Frankfurt, tangentes 
aos pontos R1, R2, R3 e R4 (fig. B). 
3. As diagonais do retângulo formado definem o ponto “Xi” (figs. C e D). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linhas e Planos de Referência 
 
 
 
 
 
 
36 
Linha Ba-Na: Linha que vai do ponto Básio até 
o Násio. Representa a base do crânio. É a linha 
divisória entre a face e o crânio. 
 
 
 
 
Plano de Frankurt: Pr-Or : linha que passa pelos 
pontos Pório (Pr) e Orbitário (Or). 
 
 
 
 
 
Plano Facial: Na-Po : Linha que passa pelos 
pontos Násio (Na) ao Pogônio (Po). 
 
 
 
 
 
 
Plano Mandibular: Linha que passa pelo ponto 
Mentoniano (Me) e é tangente ao ponto mais 
inferior do ramo montante da mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Plano Vertical Pterigóide : linha que passa pelo 
bordo posterior da Fossa Ptérigo-Maxilar e é 
perpendicular ao Plano de Frankurt. 
 
 
 
 
 
Eixo Facial: linha que une os pontos Pt 
(pterigóide) e Gn (gnátio virtual). 
 
 
 
 
 
 
Linha Facial Superior: linha que liga os pontos 
Na (násio) ao ponto A. 
 
 
 
 
 
 
Plano Dentário: conhecida também como Linha 
Facial Inferior. Liga o ponto A ao Pó (pogônio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Plano Oclusal Funcional: linha ligando a 
intercuspidação dos primeiros molares (ou 
molares decíduos) e dos primeiros pré-molares. 
Não levar em consideração os incisivos para 
traçar este plano. 
 
 
 
Linha Xi-ENA: linha que liga os pontos Xi a ENA 
(espinha nasal anterior). 
 
 
 
 
 
 
Eixo do Corpo Mandibular: linha do ponto Xi ao 
ponto PM. 
 
 
 
 
 
 
Eixo Condilar: linha do ponto Xi ao ponto Dc 
(condilar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores: linha que 
passa pelo longo eixo dos incisivos inferiores. 
 
 
 
 
 
 
Longo Eixo dos Incisivos Superiores: linha que 
passa pelo longo eixo dos incisivos superiores 
 
 
 
 
 
Plano Estético – Linha E: linha que passa pelo 
ponto mais anterior da ponta do nariz ao ponto 
mais anterior do mento (tecidos moles). 
 
 
 
 
 
Plano Palatino: linha que liga os pontos ENA 
(espinha nasal anterior) e ENP (espinha nasal 
posterior). 
 
 
 
Análise Simplificada – 16 Fatores 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
1. Convexidade do Ponto A 
É a distância entre o ponto A e o plano Facial, 
perpendicular a este. 
Norma clínica: 2,0mm (aos 8 ½ anos) 
Diminui 0,2mm por ano 
Interpretação: Convexidade alta implica em 
padrão de Classe II esquelética. 
 Convexidade negativa, padrão 
de Classe III esquelética. 
 Pacientes com bom potencial de crescimento horizontal podem 
ter a convexidade maior em idade precoce e ser considerado 
normal. 
 
 
2. Eixo Facial 
Ângulo formado pela linha básio-násio, com a 
linha que passa pelos pontos Pt-Gn (eixo facial). 
Norma clínica: 90º 
Desvio clínico: ±3º 
Não altera com o crescimento. 
Interpretação: Fornece a direção de 
crescimento do mento e exprime a 
proporção da altura facial em 
comparação com a profundidade 
facial. 
Além disso, o molar superior faz sua erupção ao longo do eixo 
facial. 
3. Profundidade Facial 
 
 
41 
 
Ângulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano 
facial. Ângulo facial de Downs. 
Norma clínica: 87º aos 9anos. 
Desvio clínico: ±3º 
Aumenta 1º a cada 3 anos. 
Interpretação: Localiza o mento 
horizontalmente na face. 
Determina se uma Classe II ou 
Classe III esquelética é devido a 
mandíbula. 
 
 
4. Plano Mandibular 
Medida através do ângulo formado pelo plano 
mandibular e o plano de Frankfurt. Para facilita sua 
medição, transferimos o plano de Frankfurt, através da 
vertical pterigóide, até encontrar o plano mandibular. 
Norma clínica: 26º. 
Desvio clínico: ±4º 
Diminui 1º a cada 3 anos. 
Interpretação: Plano mandibular alto determina que a mordida aberta 
esquelética é devido a mandíbula. 
Um ângulo baixo indica que a sobremordida é devido a 
mandíbula.5. Altura Facial Inferior (AFAI) 
 
 
 
42 
 
 
Ângulo formado pelo ponto espinha nasal 
anterior até o ponto Xi, e deste até o ponto Pm. 
Norma clínica: 47º 
Desvio clínico: ±4º 
Não altera com o crescimento. 
Interpretação: Descreve a divergência da 
cavidade bucal com o crescimento. 
 Valores aumentados indicam mordida aberta esquelética. 
 Valores diminuídos indicam mordida profunda esquelética. 
 
 
6. Arco Mandibular 
É o ângulo formado pelo eixo do corpo (Xi-Pm, 
pelo seu prolongamento) e o eixo do côndilo (Xi-Dc). 
Norma clínica: 26º. 
Desvio clínico: ±4º 
Aumenta 0,5º por ano. 
Interpretação: O aumento do valor do ângulo 
indica uma mandíbula de aspecto 
braquifacial (quadrada) – mordida 
profunda, algumas vezes 
apresentam padrões de 
prognatismo. 
 Valores diminuídos indicam tendência à mordida aberta, 
retrognatismo. 
 
 
 
7. Profundidade Maxilar 
 
 
 
43 
 
 
Ângulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano 
Na-A 
Norma clínica: 90º. 
Desvio clínico: ±3º 
Interpretação: Indica a posição horizontal da 
maxila na face. Padrões de Classe 
II esquelética devido à maxila 
podem apresentar valores 
superiores a 90º. Pode ser afetada 
pela sucção do polegar. 
 
 
8. Posição do Incisivo Inferior (1-APo) 
Distância do centro da borda incisal do incisivo 
inferior até o plano APo, perpendicular a este. 
Norma clínica: 1,0mm 
Desvio clínico: ±2mm 
Interpretação: Define a protrusão do arco 
dentário inferior, e a posição da 
dentição reciprocamente entre os 
maxilares. 
Este fator determina uma posição estética e funcional do 
incisivo inferior. 
É usado para determinar a Discrepância Cefalométrica de 
Ricketts (DC). 
Exemplo: a) 1-APo = 4mm  DC = -3 x 2 = -6mm 
b) 1-APo = -4mm  DC = 5 x 2 = 10mm 
 
 
9. Inclinação do Incisivo Inferior (1.APo) 
 
 
44 
 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo 
inferior e o plano APo. 
Norma clínica: 22º 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: Determina o grau de inclinação 
dos incisivos inferiores. 
 
10. Posição do Molar Superior (6-Ptv) 
Distância da Vertical pterigóide (face posterior 
da maxila) até a face distal do primeiro molar superior, 
medida paralela ao plano oclusal. 
Norma clínica: idade do paciente em anos + 3mm 
Limites: masculino – 17 anos. 
 feminino – 15 anos 
 
Exemplo - paciente com12 anos a norma será: 12 + 3 = 15mm. 
Interpretação: Determina se a maloclusão é devido a posição do 
molar superior ou inferior. Pode servir como 
elemento auxiliar nos casos de extração. 
 
11. Ângulo Inter-incisal 
Anglo formado pelos longos eixos dos incisivos 
superior. 
Norma clínica: 130º 
Desvio clínico: ±6º 
Interpretação: Ângulos baixos indicam protrusão 
dentária. 
Ângulos altos indicam 
sobremordida. 
12. Extrusão do Incisivo Inferior 
 
 
 
 
45 
 
Distância entre a borda incisal do incisivo 
inferior e o plano oclusal, medida perpendicular a este. 
Norma clínica: 1,0mm 
Desvio clínico: ±2,0mm 
Interpretação: Responde a questão: “A 
sobremordida anormal é devido a 
sobre ou infra erupção do incisivo 
inferior”. 
 
 
13. Posição do Incisivo Superior (1-APo) 
Distância do centro da borda incisal do incisivo 
superior até o plano APo, perpendicular a este. 
Norma clínica: 4,0mm 
Desvio clínico: ±2mm 
Interpretação: Define a protrusão do arco 
dentário superior em relação aos 
maxilares. Uma das mais visíveis 
indicações para tratamento. 
 
 
14. Inclinação do Incisivo Superior (1.APo) 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo 
superior e o plano APo. 
Norma clínica: 28º 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: Determina o grau de inclinação 
dos incisivos superiores. 
 
15. Posição do Molar Inferior (6-Ptv) 
 
 
 
 
46 
Distância da Vertical pterigóide (face posterior 
da maxila) até a face distal do primeiro molar inferior, 
medida paralela ao plano oclusal. 
Norma clínica: idade do paciente em anos + 6mm 
Limites: masculino – 17 anos. 
 feminino – 15 anos 
 
Exemplo - paciente com12 anos a norma será: 12 + 6 = 18mm. 
Interpretação: Determina se a maloclusão é devido a posição do 
molar inferior. 
 
16. Protrusão Labial 
Distância linear entre o lábio inferior e o Plano 
estético de Ricketts. 
Norma clínica: -2mm 
Diminui 0,2mm por ano. 
Desvio clínico: ±2,0mm 
Interpretação: Determina o equilíbrio entre o 
lábio e o perfil facial (tecidos 
moles). Incisivos superiores 
protruídos podem causar 
protrusão do lábio inferior. 
 Valores positivos indicam que o lábio inferior se encontra 
anteriormente ao plano estético. 
 
 
 
 
 
Análise Cefalométrica de Ricketts 
 
 
 
47 
 
A- Relação Maxilo-mandibular 
 Norma D.P. Obtido 
1. Conv. Ponto A 2mm ±2 
 
B- Mandíbula 
 Norma Idade 
_____ anos 
D.P. Obtido 
Diferença sinal 
2. Eixo Facial ±3 _____ : 3 = _______ ( ) EF 
3. Prof. Facial ±3 _____ : 3 = _______ ( ) PF 
4. Plano Mand. ±4 _____ : 4 = _______ ( ) PM 
5. Alt. Facial Inf. ±4 _____ : 4 = _______ ( ) AFAI 
6. Arco Mand. ±4 _____ : 4 = _______ ( ) AM 
 
 T o t a l : _______ : 5 = 
____ 
 
C- Maxila 
 Norma D.P. Obtido 
7. Prof. Maxilar 90 ±3 
 
D- Dentes 
 Norma D.P. Obtido 
8. Pos. I Inf. 1-APo 1mm ±2mm 
9. Incl. I Inf. 1-APo 22 ±4 
10. Pos. 6-Ptv Idade + 3 ---- 
11. Inter-incisivo 1.1 130 ±6 
12. Plano Oclusal – 1 1mm ---- 
13. Pos. I Sup. 1-APo 4mm ±2mm 
14. Incl I Sup. 1-
APo 
28 ±4 
15. Pos. 6-Ptv Idade + 6 ---- 
 
E- Perfil Mole 
 Norma D.P. Obtido 
16. Prot. Lábio Inf. -2mm ±2mm 
 
Dólico Severo Dolico Dólico Leve Meso Braqui 
Braqui 
Severo 
-2,0 -1,9 -1,0 -0,9 -0,5 -0,4 +0,4 +0,5 +0,9 +1,0 
 
 
 
48 
Índice Vert 
A Análise de Ricketts nos dá condições de determinar o tipo facial do paciente, 
através das grandezas que avaliam a mandíbula, ou seja: Eixo Facial (EF); Profundidade 
Facial (PF); Plano Mandibular (PM); Altura Facial Inferior (AFAI); e Arco Mandibular 
(AM). 
O Índice Vert é obtido pela média aritmética da diferença existente entre a 
medida obtida do paciente e o normal para a idade, dividido pelo desvio padrão. 
Colocaremos sinal negativo (-) quando a tendência for para crescimento vertical, e sinal 
positivo (+) quando a tendência for para crescimento horizontal. Soma-se o resultado de 
cada grandeza e dividi-se por 5. Com o valor obtido, procuramos na tabela abaixo e 
definiremos o tipo facial do paciente. 
 
Dólico 
severo 
Dólico Dólico leve Meso Braqui 
Braqui 
severo 
< -2,00 
-1,00 a 
1,99 
-0,50 a -
0,99 
-0,49 a +0,49 0,50 a 0,99 > 1,00 
 
(EF) + (PF) + (PM) + (AFAI) + (AM) = X 
 5 
 
Exemplo: Um paciente que tenha as seguintes medidas: 
 Normal Obtido Sinal Diferença/ DP Resultado 
Eixo Facial 90º 83º - 7 : 3 = -2,3 
Profundidade facial 88º 82º - 6 : 3 = -2,0 
Plano mandibular 25º 36º - 11 : 4 = -2,7 
Alt. Facial Inferior 47º 48º - 1 : 4 = -0,2 
Arco Mandibular 27,5º 28º + 0,5 : 4 = +0,1 
 -7,15 : 5 = -1,42 
 
Com o resultado obtido procuramos na tabela, e observamos que o valor de -
1,42 nos mostra um paciente Dólico facial. 
 
 
49 
Individualização dos Valores Normativos 
A tabela abaixo tem a finalidade de orientar quanto a individualização dos 
valores normativos, de acordo com a idade do paciente. 
Cabe lembrar que os valores normativos, segundo Ricketts, foram obtidos de 
pacientes com aproximadamente 9 anos de idade, e as alterações com o crescimento 
ocorreram para as meninas até os 15 anos e para os meninos até 17 anos de idade, sempre 
partindo dos 9 anos de idade. 
 
 Eixo Facial Prof. Facial Plano Mand. AFAI Arco Mand. 
Variação/idade Não +1º/3anos -1º/3anos Não 0,5º/anos 
9 anos 90º 87º 26º 47º 26º 
10 anos 90º 87,33º 25,67º 47º 26,5º 
11 anos 90º 87,66º 25,34º 47º 27º 
12 anos 90º 88º 25º 47º 27,5º 
13 anos 90º 88,33º 24,67º 47º 28º 
14anos 90º 88,66º 24,34º 47º 28,5º 
15 anos 90º 89º 24º 47º 29º 
(masc) 16 anos 90º 89,33º 23,67º 47º 29,5º 
(masc) 17 anos 90º 89,66º 23,34º 47º 30º 
 
 
Sumário do Diagnóstico 
1. Análise do Padrão Facial 
Obtida através do Índice Vert, teremos pacientes com tipo facial: Dolicofacial, 
Braquifacial ou Mesofacial. 
 Dolicofacial: pacientes com predominância de crescimento vertical, face longa, 
prognóstico desfavorável. 
 Braquifacial: pacientes com predominância de crescimento horizontal, face 
quadrada, prognóstico desfavorável. 
 
 
50 
 Mesofacial: pacientes que apresentam equilíbrio entre os vetores de crescimento 
vertical e horizontal, prognóstico favorável. 
 
2. Classificação esquelética 
Obtida através da Convexidade do Ponto “A”, determina se o paciente 
apresenta Classe I, II ou III esquelética. 
Devem ser avaliadas as grandezas Profundidade Facial e Profundidade Maxilar, 
para se determinar a participação da mandíbula, da maxila ou de ambas na discrepância 
esquelética. 
 
3. Maloclusão 
Avaliar padrão dentário. 
Classe I, Classe II ou Classe III, avaliados pelo exame clínico e pela análise de 
modelo, em Relação Cêntrica. 
A posição e inclinação dentária são avaliadas pelas grandezas 1-APo, 1. APo, 1-
APo, 1.APo, 1.1, 6-Ptv e 6-Ptv. 
 
4. Problemas Verticais Esqueléticos 
Avaliação de mordidas abertas e mordidas profundas esqueléticas, obtidas pela 
análise das grandezas AFAI, Plano mandibular, Arco Mandibular e Eixo Facial. A grandeza 
Plano Oclusal – 1 também deve ser avaliada, assim como a linha do sorriso do paciente. 
 
5. Análise do Perfil Mole 
Obtido pela grandeza “Protrusão do Lábio Inferior”. 
 
6. Discrepância Total 
Discrepância Cefalométrica + Discrepância de Modelo. 
 
 
Sobreposição de Ricketts – Áreas de Sobreposição 
 
 
51 
 
 
 
 
1º área 
Ba-Na – registro em CC 
 Avalia a mudança do Eixo Facial. 
 Avalia o crescimento do mento. 
 Avalia a posição do molar superior. 
 
 
 
 
 
 
 
2º área 
Ba-Na – registro em Na 
 Avalia as modificações na maxila. 
 Avalia a modificação do ponto A. 
 
 
 
 
 
 
3º área 
Xi-Pm – registro em Pm 
 Avalia os dentes da mandíbula. 
 
 
 
4º área 
 
 
 
52 
 
ENA-ENP – registro em ENA 
 Avalia os dentes da maxila. 
 
 
 
5º área 
Plano estético – registro onde o plano Estético 
corta o Plano Oclusal. 
 Avalia as alterações do perfil mole. 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas de Sobreposição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Completa – 32 Fatores 
 
 
 
53 
 
 Campo I – Problema Dentário (6) 
 Campo II – Problema Esquelético (2) 
 Campo III – Dentes/Bases Ósseas (7) 
 Campo IV – Problema estético – Relação Labial (3) 
 Campo V – Relação Crânio-facial (7) 
 Campo VI – Estruturas Internas (7) 
 
Campo I – Problema Dentário (6) 
1. Relação Molar 
A distância entre as faces distais dos molares superiores e inferiores, medida 
ao longo do plano oclusal. 
Norma clinica: Classe I = -3mm 
Classe II = maior que 0mm 
Classe III = -6mm 
Desvio clínico: ±3mm 
Interpretação: Extensão da maloclusão no sentido horizontal (Classe I, II ou 
III). 
Números positivos: significa que os molares superiores estão 
para mesial em relação aos inferiores. 
Valores negativos: significa que os superiores estão por distal 
em relação aos inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Relação dos Caninos 
 
 
 
54 
A distância entre as cúspides dos caninos superiores e inferiores, medida ao 
longo do plano oclusal. 
Norma clinica: Classe I = -2mm 
Classe II = +1mm 
Classe III = -5mm 
Desvio clínico: ±3mm 
Interpretação: Extensão da maloclusão no sentido horizontal, medida através 
dos caninos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Sobressaliência 
Overjet incisal. Distância entre o centro da 
borda incisal do incisivo superior e inferior, medido ao longo 
do plano oclusal. 
Norma clínica: 2,5mm 
Desvio clínico: ±2,5mm 
Interpretação: Extensão da maloclusão no 
sentido horizontal, medido 
através dos incisivos. 
 
 
 
 
4. Sobremordida 
 
 
 
 
55 
 
Overbite incisal. Distância entre a borda incisal 
do incisivo superior e inferior, medida perpendicularmente 
ao plano oclusal. 
Norma clínica: 2,5mm 
Desvio clínico: ±2,0mm 
Interpretação: Descreve a maloclusão na porção 
anterior, no sentido vertical. 
Valores negativos: mordida aberta 
Valores positivos: mordida profunda 
 
5. Extrusão do Incisivo Inferior 
Distância entre a borda incisal do incisivo 
inferior e o plano oclusal, medida perpendicular a este. 
Norma clínica: 1,0mm 
Desvio clínico: ±2,0mm 
Interpretação: Responde a questão: “A 
sobremordida anormal é devido a 
sobre ou infra erupção do incisivo 
inferior”. 
 
6. Ângulo Inter-incisal 
Anglo formado pelos longos eixos dos incisivos 
superior. 
Norma clínica: 130º 
Desvio clínico: ±6º 
Interpretação: Ângulos baixos indicam protrusão 
dentária. 
Ângulos altos indicam 
sobremordida. 
Campo II – Problema Esquelético (2) 
 
 
 
 
56 
 
 
 
7. Convexidade 
É a distância entre o ponto A e o plano Facial, 
perpendicular a este. 
Norma clínica: 2,0mm (aos 8 ½ anos) 
Diminui 0,2mm por ano 
Interpretação: Convexidade alta implica em 
padrão de Classe II esquelética. 
 Convexidade negativa, padrão 
de Classe III esquelética. 
 Pacientes com bom potencial de crescimento horizontal podem 
ter a convexidade maior em idade precoce e ser considerado 
normal. 
 
 
8. Altura Facial Inferior (AFAI) 
Ângulo formado pelo ponto espinha nasal 
anterior até o ponto Xi, e deste até o ponto Pm. 
Norma clínica: 47º 
Desvio clínico: ±4º 
Não altera com o crescimento. 
Interpretação: Descreve a divergência da 
cavidade bucal com o crescimento. 
 Valores aumentados indicam mordida aberta esquelética. 
 Valores diminuídos indicam mordida profunda esquelética. 
 
 
 
Campo III – Dentes/Bases Ósseas (7) 
 
 
 
57 
 
 
9. Posição do Molar Superior (6-Ptv) 
Distância da Vertical pterigóide (face posterior 
da maxila) até a face distal do primeiro molar superior, 
medida paralela ao plano oclusal. 
Norma clínica: idade do paciente em anos + 3mm 
Limites: masculino – 17 anos. 
 feminino – 15 anos 
 
Exemplo - paciente com12 anos a norma será: 12 + 3 = 15mm. 
Interpretação: Determina se a maloclusão é devido a posição do 
molar superior ou inferior. Pode servir como 
elemento auxiliar nos casos de extração. 
 
10. Protrusão do Incisivo Inferior (1-APo) 
Distância do centro da borda incisal do incisivo 
inferior até o plano APo, perpendicular a este. 
Norma clínica: 1,0mm 
Desvio clínico: ±2mm 
Interpretação: Define a protrusão do arco 
dentário inferior, e a posição da 
dentição reciprocamente entre os 
maxilares. 
Este fator determina uma posição estética e funcional do 
incisivo inferior. 
É usado para determinar a Discrepância Cefalométrica de 
Ricketts (DC). 
Exemplo: a) 1-APo = 4mm  DC = -3 x 2 = -6mm 
b) 1-APo = -4mm  DC = 5 x 2 = 10mm 
11. Protrusão do Incisivo Superior (1-APo) 
 
 
58 
 
 
Distância do centro da borda incisal do incisivo 
superior até o plano APo, perpendicular a este. 
Norma clínica: 4,0mm 
Desvio clínico: ±2mm 
Interpretação: Define a protrusão do arco 
dentário superior em relação aos 
maxilares. Uma das mais visíveis 
indicações para tratamento. 
 
 
12. Inclinação do Incisivo Inferior (1.APo) 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo 
inferior e o plano APo. 
Norma clínica: 22º 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: Determina o grau de inclinação 
dos incisivos inferiores. 
 
 
13. Inclinação do Incisivo Superior (1.APo) 
Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo 
superior e o plano APo. 
Norma clínica: 28º 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: Determina o grau de inclinação 
dos incisivos superiores. 
 
 
 
14. Plano Oclusal ao Ramo (Xi) 
 
 
 
59 
 
Distância entre o Plano oclusal e o centro do 
ramo (Xi). 
Norma clínica: 0mm aos 9,5anos 
O plano oclusal abaixa 0,5mm por 
ano com relação a Xi. 
Desvio clínico: ±3,0mm 
Interpretação: Valores positivos indicam que o plano 
oclusal está acima do ponto Xi. 
Valores negativos, abaixo do ponto Xi. 
 
15. Inclinação do Plano Oclusal 
Ângulo formado pelo eixo do corpo da mandíbula 
e o plano oclusal. 
Norma clínica: 22º aos 8anos 
Aumenta 0,5mm ao ano. 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: As medida lineares e angulares 
localizam o plano oclusal em 
relação a mandíbula. 
 
 
Campo IV – Problema Estético – Relação Labial (3) 
 
16. Protrusão Labial 
Distância linear entre o lábio inferior e o Plano 
estético de Ricketts. 
Norma clínica: -2mm 
Diminui 0,2mm por ano. 
Desvio clínico: ±2,0mm 
 
 
 
 
60 
 
Interpretação: Determina o equilíbrio entre o lábio e o perfil facial (tecidos 
moles). Incisivos superiores protruídos podem causar protrusão 
do lábio inferior. 
 Valores positivos indicam que o lábio inferior se encontra 
anteriormente ao plano estético. 
 
17. Comprimento do Lábio Superior 
Distância entre a Espinha nasal anterior e a união 
dos lábios (Estômio). 
Norma clínica: 24mm (média de tamanho para 
pacientes com 8,5 anos). 
Desvio clínico: ±2,0mm 
Interpretação: lábio superior curto constitui 
fator importante na decisão 
relativa à intrusão de incisivos. 
 
18. União Interlabial – Plano Oclusal 
Distância entre a união dos lábios (Estômio) e o 
plano oclusal. 
Norma clínica: -3,5mm aos 8,5 anos (plano oclusal 
abaixo da união labial) 
 O plano oclusal “eleva-se” 0,1mm 
por ano. 
Interpretação: Valores negativos indicam que o plano oclusal está abaixo da 
união dos lábios. 
Plano oclusal baixo indica (ou confirma) lábio superior curto. O 
plano oclusal deverá ser corrigido, se possível, para melhorar a 
estética. 
Fator a ser observado na decisão acerca da intrusão de 
incisivos. 
 
 
 
61 
 
 
Campo V – Relação Crânio-facial (7) 
 
19. Profundidade Facial 
Ângulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano 
facial. Ângulo facial de Downs. 
Norma clínica: 87º aos 9anos. 
Desvio clínico: ±3º 
Aumenta 1º a cada 3 anos. 
Interpretação: Localiza o mento 
horizontalmente na face. 
Determina se uma Classe II ou 
Classe III esquelética é devido a 
mandíbula. 
 
20. Eixo Facial 
Ângulo formado pela linha básio-násio, com a 
linha que passa pelos pontos Pt-Gn (eixo facial). 
Norma clínica: 90º 
Desvio clínico: ±3º 
Não altera com o crescimento. 
Interpretação: Fornece a direção de 
crescimento do mento e exprime a 
proporção da altura facial em 
comparação com a profundidade 
facial. 
Além disso, o molar superior faz sua erupção ao longo do eixo 
facial. 
 
 
 
 
 
62 
 
 
21. Cone Facial 
Ângulo formado pelo plano facial e o plano 
mandibular. 
Norma clínica: 68º. 
Desvio clínico: ±3,5º 
Interpretação: Contribui para informar sobre a 
altura do armo ascendente. 
 
 
22. Plano Mandibular 
Medida através do ângulo formado pelo plano 
mandibular e o plano de Frankfurt. Para facilita sua medição 
transferimos o plano de Frankfurt, através da vertical 
pterigóide, até encontrar o plano mandibular. 
Norma clínica: 26º. 
Desvio clínico: ±4º 
Diminui 1º a cada 3 anos. 
Interpretação: Plano mandibular alto determina que a mordida aberta 
esquelética é devido a mandíbula. 
Um ângulo baixo indica que a sobremordida é devido a 
mandíbula. 
 
 
23. Profundidade Maxilar 
Ângulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano 
Na-A 
Norma clínica: 90º. 
Desvio clínico: ±3º 
Interpretação: Indica a posição horizontal da 
maxila na face. Padrões de Classe 
 
 
 
63 
II esquelética devido à maxila 
podem apresentar valores 
superiores a 90º. Pode ser afetada 
pela sucção do polegar. 
 
 
24. Altura Maxilar 
Ângulo formado pelos pontos Násio, CF 
(intersecção de Frankfurt e Ptv) e o ponto A. 
Norma clínica: 53º. 
Desvio clínico: ±3º 
Aumenta 0,4º a cada ano. 
Interpretação: Indica a posição vertical da 
maxila. Mordidas abertas 
esqueléticas devido a maxila terão 
valores menores; face superior 
curta. 
 
 
25. Plano Palatal 
Ângulo formado pelo plano de Frankfurt e o plano 
palatal. 
Norma clínica: 1,0º. 
Desvio clínico: ±3,5º 
Interpretação: Ângulos positivos significam 
maxila elevada anteriormente; 
mordida aberta esquelética devido 
a maxila. 
 
 
 
 
 
 
64 
 
Campo VI – Estruturas Internas (7) 
 
26. Deflexão Craniana 
Ângulo formado pelo plano de Basio-Nasio e o 
plano de Frankfurt. 
Norma clínica: 27º. 
Desvio clínico: ±3º 
Interpretação: Mostra displasia basal e 
esquelética. Ângulo alto é 
indicativo de padrão anormal de 
crescimento. Associado com 
crescimento mandibular 
excessivo. Importante no 
prognóstico de Classe III. 
 
 
27. Comprimento Cranial Anterior 
Distância linear entre o ponto C e Na. 
Norma clínica: 55mm aos 8,5anos. 
Desvio clínico: ±2,5mm 
Interpretação: Diz se um padrão de Classe II 
esquelética é devido a uma base 
craniana anterior longa, ou se um 
padrão de Classe III esquelética é 
devido a uma base curta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
28. Altura Facial Posterior 
Distância entre o Gônio virtual e o ponto CF. 
Norma clínica: 55mm aos 8,5anos. 
Desvio clínico: ±3mm 
Aumenta 0,8 a 1,0mm por ano. 
Interpretação: Altura do ramo ascendente. 
Ramo curto pode ser responsável 
por padrões verticais (pouco 
crescimento). 
 
29. Posição do Ramo 
Ângulo entre o plano de Frankfurt e o plano CF-
Xi. 
Norma clínica: 76º. 
Desvio clínico: ±3º 
Interpretação: Padrões de Classe II podem ser 
devido à localização posterior do 
ramo (ângulos pequenos). 
 Padrões de Classe III podem ser causados pelo posicionamento 
anterior do ramo (ângulos grandes). 
 Posicionamento anterior está associado com padrões de latente 
Classe III. 
 
30. Localização do Pório (ATM) 
Distância entre o Pório e a linha Ptv. 
Norma clínica: 39mm aos 9anos. 
Desvio clínico: ±2mm 
Interpretação: Posição anterior ou posterior do 
pório pode indicar posição anterior 
ou posterior da ATM. 
 
 
 
 
 
66 
O pório localizado anteriormente está associado com latente 
crescimento excessivo da mandíbula (Classe III). 
 
31. Arco Mandibular 
É o ângulo formado pelo eixo do corpo (Xi-Pm, 
pelo seu prolongamento) e o eixo do côndilo (Xi-Dc). 
Norma clínica: 26º. 
Desvio clínico: ±4º 
Interpretação: O aumento do valor do ângulo 
indica uma mandíbula de aspecto 
braquifacial (quadrada) – mordida 
profunda, algumas vezes 
apresentam padrões de 
prognatismo. 
 Valores diminuídos indicam tendência à mordida aberta, 
retrognatismo. 
 
 
32. Comprimento do Corpo 
É a distância entre o ponto Xi e a intersecção das 
linhas Xi=PM e A-Po. 
Norma clínica: 65mm aos 8,5anos. 
Desvio clínico: ±2,7mm 
Aumenta 1,6mm por ano. 
Interpretação: Avalia o prognatismo ou 
retrognatismo devido ao 
comprimento mandibular. 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
 
Altura Facial Total 
É o ângulo formado pela intersecção do 
prolongamento das linhas BA-Na e Xi-Pm. 
Norma clínica: 60º. 
Desvio clínico: ±3º 
Não altera com a idade em 
pacientes com crescimento normal. 
Interpretação: Valores aumentados – padrão vertical (dolico). 
 Valores diminuídos – padrão horizontal (braqui) 
 
Plano Básio-Násio ao Ponto A 
Ângulo formado pela intersecção das linhas BA-
Na com Na-pto A. 
Norma clínica: 63º. 
Desvio clínico: ±3º 
Não altera com o crescimento. 
Interpretação: Este ângulo relaciona a maxila 
com a base anterior do crânio no 
sentido sagital, avaliando se uma 
maloclusão de Classe II é ou não 
esquelética. 
A Profundidade Maxilar refere-se ao tamanho da maxila. 
 
Distância Ptv-PC 
Distância da Vertical pterigóide ao ponto mais 
posterior do côndilo. Ricketts adotou esta medida 
cefalométrica por ser mais fiel que Porio-Ptv, pelo fato do 
ponto pório, em muitos casos não ser visível. 
Norma clínica: 31,5mm. 
Desvio clínico: ±1mm 
 
 
 
68 
Aumenta 0,5mm aoano. 
Interpretação: Valores aumentados – mandíbula retroposicionada – fator de 
Classe II. 
Valores diminuídos – mandíbula protruída – fator de Classe III. 
 
 
Manual de Cefalometria de Ricketts 
Elaborada por: ROBERTO ALVES TORRES 
 
Referências Bibliográficas 
1. ÁGUILA FJ. Manual de Cefalometria. Livraria Santos LTDA. 1º Ed. 1997. 
2. BRUSOLA JA. Canut; Ortodoncia Clinica. Salvat Editores S.A. Barcelona (Espanha), 
1991. 
3. GREGORET J. Ortodoncia y Cirurgia Ortognatica. Espaxs S.A. Barcelona (Espanha), 
1997. 
4. LANGLADE M. Cefalometria Ortodôntica. Livraria Santos Ltda. 1º ed. 1993. 
5. McMINN RMH, et al. Atlas Colorido de Anatomia da Cabeça e do Pescoço. Editora Artes 
Médicas Ltda. 1983. 
6. PEREIRA CB, et al. Introdução a Cefalometria Radiográfica. Editora da Universidade 
UFRGS, Porto Alegre, 1984. 
7. RICKETTS RM, et al. Orthodontic Diagnosis and Planning. V1. Rocky Mountain Data 
Systems. 1986 
8. RICKETTS RM, et al. Técnica Bioprogressiva de Ricketts. Editora Médica Panamericana 
S.A. Buenos Aires (argentina)1983. 
9. RICKETTS RM. Cefalometria Progressiva – Paradigma 2000. Instituto Americano para 
a Educação Bioprogressiva. Scottsdale, Arizona e Centro de Aprendizado e biblioteca 
Ricketts para Pesquisa – Universidade de Loma Linda, Califórnia. Editora Kelps. 2000. 
10.VION PE. Anatomia Cefalometrica. Livraria Santos Ltda. 1º ed. 1994. 
 
Análise de Ricketts – 32 Fatores 
 
 
69 
Fator 
Norma 
clínica 
Valor 
medido 
Interpretação 
Campo I – Problema Dentário (relação oclusal) 
1) Relação molar -3,0mm 
2) Relação canino -2,0mm 
3) Trespasse horizontal 2,5mm 
4) Trespasse vertical 2,5mm 
5) Extrusão incisivo inferior 1,0mm 
6) Ângulo interincisal 130º 
Campo II – Problema Esqueletal (relação maxilo-mandibular) 
7) Convexidade 2,0mm 
8) Altura Facial Inferior 47º 
Campo III – Dentes/Bases ósseas 
9) Posição do 1º molar superior Idade + 3 
10) Protrusão do incisivo inferior 1,0mm 
11) Protrusão do incisivo superior 4,0mm 
12) Inclinação do incisivo inferior 22º 
13) Inclinação do incisivo superior 28º 
14) Plano oclusal ao Ramo (Xi) 0mm 
15) Inclinação do plano oclusal 22º 
Campo IV – Problema estético (relação labial) 
16) Protrusão labial -2,0mm 
17) Comprimento do lábio superior 24,0mm 
18) União interlabial – Plano oclusal -3,5mm 
Campo V – Relação Crânio-Facial 
19) Profundidade facial 87º 
20) Eixo facial 90º 
21) Cone facial 68º 
22) Plano mandibular (FH) 26º 
23) Profundidade maxilar 90º 
24) Altura maxilar 53º 
25) Plano palatal (FH) 1º 
Campo VI – Estrutura Interna 
26) Deflexão cranial 27º 
27) Comprimento cranial anterior 55mm 
28) Altura facial posterior 55mm 
29) Posição do ramo 76º 
30) Localização do pório (ATM) 39mm 
31) Arco mandibular 26º 
32) Comprimento do corpo 65mm 
 
 
70 
Análise Cefalométrica de Ricketts 
 
A- Relação Maxilo-mandibular 
 Norma D.P. Obtido 
01 Conv. Ponto A 2mm ±2 
 
B- Mandíbula 
 
Norma Idade 
_____ anos 
D.P. Obtido 
Diferença sinal 
02 Eixo Facial ±3 ____ : 3 = _____ ( ) EF 
03 Prof. Facial ±3 ____ : 3 = _____ ( ) PF 
04 Plano Mand. ±4 ____ : 4 = _____ ( ) PM 
05 Alt. Facial Inf. ±4 ____ : 4 = _____ ( ) AFAI 
06 Arco Mand. ±4 ____ : 4 = _____ ( ) AM 
 T o t a l : _____ : 5 = ____ 
 
C- Maxila 
 Norma D.P. Obtido 
07 Prof. Maxilar 90 ±3 
 
D- Dentes 
 Norma D.P. Obtido 
08 Pos. Inc. Inf. 1-APo 1mm ±2mm 
09 Incl. Inc. Inf. 1-APo 22 ±4 
10 Pos. 6-Ptv Idade + 3 ---- 
11 Inter-incisivo 1.1 130 ±6 
12 Plano Oclusal – 1 1mm ---- 
13 Pos. Inc. Sup. 1-APo 4mm ±2mm 
14 
Incl. Inc. Sup. 1-
APo 
28 ±4 
15 Pos. 6-Ptv Idade + 6 ---- 
 
E- Perfil Mole 
 Norma D.P. Obtido 
16 Prot. Lábio Inf. -2mm ±2mm 
 
Dólico Severo Dolico Dólico Leve Meso Braqui 
Braqui 
Severo 
-2,0 -1,9 -1,0 -0,9 -0,5 -0,4 +0,4 +0,5 +0,9 +1,0

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