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AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA Dr Gustavo Silva AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA Importância: avaliação da probabilidade de morbimortalidade consequente de processos patológicos coexistentes, que podem influenciar o resultado cirúrgico Fatores de risco Idade Sexo Função cardíaca Reoperação IAM prévio Presença de Co-morbidades Tabagismo Obesidade OBJETIVOS Identificar os fatores de risco. Modificar fatores de risco. Otimizar condições pré operatórias. Estratificação de risco. Estabelecer relação terapeuta / paciente. Fisioterapia em Cardiologia: Aspectos Práticos, 2006. FATORES DE RISCO CLÍNICOS CIRÚRGICOS Hipertensão Arterial Tipo de Incisão Tabagismo Tipo de Cirurgia Dislipidemia Anestesia Geral Diabetes Mellitus Uso e Tempo de CEC Reoperações Disfunção Diafragmática Insuficiência Renal Drenos (Pleural e Mediastinal) Doenças Pulmonares Distúrbios Neurológicos Hipotireodismo Fisioterapia em Cardiologia: Aspectos Práticos, 2006. TABAGISMO Orientar o paciente a cessar o tabagismo 8 semanas antes do procedimento cirúrgico ; Não sendo possível 8 semanas, indica-se a abstinência 24 horas antes da cirurgia ; Fisioterapia em Cardiologia: Aspectos Práticos, 2006. FATORES DE RISCO FATORES DE PROTEÇÃO Idade > 70 anos CVF ≥ 75 % do predito Presença de Tosse Produtiva Pressão Exp. Máx ≥ 75 % predito Diabetes Mellitus Tabagismo ativo (últimos 2 meses) DPOC IMC > 27 PREDIÇÃO DE COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS OPERATÓRIAS COM BASE EM FATORES DE RISCO PRE-OPERATÓRIO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA CARDIOVASCULAR Hulzebos et al. Physical Therapy, 2003. CLEVELAND CLINIC / RISCO PRÉ OPERATÓRIO RISCOS PRÉ OPERATÓRIOS RISCOS (SCORE) Cirurgia emergencial 6 Creatinina > 1,6 1 Creatinina > 1,9 4 Disfunção ventricular severa 3 Reoperação 3 Regurgitação Mitral 3 Idade > 65 anos 1 Idade > 75 anos 2 Cirurgia vascular prévia 2 DPOC 2 Hematócrito < 35 % 2 Peso < 65 kg 1 Diabetes 1 Doença cerebrovascular 1 Risco Mínimo: 0 a 1 pt ; Risco Baixo: 2 a 3 pt ; Risco Moderado: 4 a 6 pt ; Risco Alto: 7 a 9 pt ; Risco Extremo: 10 ou mais pt ; CLEVELAND CLINIC RISCO PRÉ OPERATÓRIO Umeda. Manual de Fisioterapia na Cirurgia Cardíaca: Guia Prático, 2004. ESCALA DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS OPERATÓRIO FATORES DE RISCO PONTOS Espirometria CVF < 50% predito VEF1 / CVF 65 a 75 % 50 a 65 % < 50 % 1 1 2 3 Idade > 60 anos 1 Obesidade Mórbida (peso >150% ideal) 1 Cirurgia Torácica ou Abdominal Alta 2 Abdominal Baixa ; Periférica 1 Doença Pulmonar 1 Sintomas Respiratórios 1 Tabagismo ativo nos últimos 2 meses 1 ESCALA DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS OPERATÓRIO PONTOS RISCO COMPLICAÇÕES MORTALIDADE 0 a 3 Baixo 6,1 % 1,7% 4 a 6 Moderado 23,3 % 6,3 % 7 a 12 Alto 35 % 11,7 % Torrington e Hendersen. CHEST,1988 ; InsCor: (3*idade ≥ 70) + (2*sexofeminino) + (2*CRM+valvar) + (2*Infartorecente) + (3*Reoperação) + (2*TTOVAo) + (3*TTOVTric.) + (5*Creatinina > 2) + (3*FE < 30) + (5*Eventos). InsCor pode variar de 0 a 30. Pacientes dividem-se em três categorias: baixo risco (0-3); médio risco (4-7); e alto risco (≥ 8). Arq Bras Cardiol ; 2013. Arq Bras Cardiol ; 2013. OBJETIVO: Estabelecer a efetividade de um programa de orientação fisioterapêutica pré-operatória para pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio. METODOLOGIA: Grupo Intervenção (Recebeu avaliação e orientação fisioterapêutica com material por escrito 15 dias antes da cirurgia) ; Grupo Controle (Recebeu cuidados de rotina no dia da internação). Leguisamo et al. Rev Bras Cir Cardiovasc 2005 ; RESULTADOS: - Observou–se significativa redução do tempo de internação hospitalar (p<0,05) no grupo intervenção. - Não se verificou diferença para alteração de volumes pulmonares, força muscular inspiratória e incidência de complicações pulmonares entre os grupos. Leguisamo et al. Rev Bras Cir Cardiovasc 2005 ; Hall et al. (1996) evidenciou a importância da fisioterapia no pré e pós- operatório de cirurgia cardiovascular. [...] Um grupo controle, que não realizou fisioterapia nem no pré e no pós- operatório, apresentou 47% de complicações respiratórias. O grupo que fez fisioterapia pré- operatória teve 27%, enquanto que o grupo que fez fisioterapia pré e pós-operatória teve apenas 12 % de complicações [...] FISIOTERAPIA PRÉ OPERATÓRIA Pacientes (n: 279) com mais de um fator de risco, em pré-operatório de RM, foram randomizados para receber treinamento muscular inspiratório(TMI) ou cuidados usuais. O TMI foi realizado com aparelho de carga linear baseada em 30% da Pimax, com aumentos progressivos. Hulzebos et al. JAMA 2006 ; ESTRATIFICAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES PULMONARES POR NÍVEL DE GRAVIDADE Hulzebos et al. JAMA 2006 ; RESULTADOS Hulzebos et al. JAMA 2006 ; CONCLUSÃO: O treino muscular inspiratório pré-operatório reduziu a incidência de complicações pulmonares pós-operatórias e o tempo de internação hospitalar em pacientes de alto risco para complicações após cirurgia de RM. Hulzebos et al. JAMA 2006 ; FISIOTERAPIA PRÉ OPERATÓRIA É possível que grupos de pacientes com fatores de risco pré operatórios elevados se beneficiem mais com intervenções precoces da fisioterapia. Maria Ignês Feltrim. In: Fisioterapia em UTI, 2010. O benefício de realizar fisioterapia respiratória no pré- operatório é controverso. Em pacientes de alto risco, a fisioterapia respiratória pré operatória é benéfica. Kagohara e col. In:Fisioterapia em Cardiologia:Aspectos Práticos, 2006. ORIENTAÇÕES O FISIOTERAPEUTA DEVE: Explicar a importância da avaliação e tratamento fisioterapêutico. Esclarecer possíveis dúvidas do paciente quanto à patologia, cirurgia, anestesia, UTI etc... Orientar a cessação do tabagismo. Realizar/Ensinar exercícios respiratórios a ser utilizados no PO. Conscientizar a importância da tosse e deambulação PO. Regenga( 2000). A ESPIROMETRIA ISOLADA É CAPAZ DE ESTRATIFICAR RISCO DE COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-OPERATÓRIAS ? A ESPIROMETRIA ISOLADA É CAPAZ DE ESTRATIFICAR RISCO DE COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-OPERATÓRIAS ? O American College of Physicians, em 1990, recomendou a espirometria pré-operatória em pacientes com história de tabagismo e presença de doenças ou sintomas respiratórios. Relatou, ainda, que a história clínica e exame físico são tão sensíveis quanto a espirometria em detectar pacientes candidatos a complicações respiratórias. Fisioterapia em Cardiologia: Aspectos Práticos, 2006. FICHA PRÉ-OPERATÓRIA
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