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Realidade do DF com atualizações importantes

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Realidade do DF
- Geográfica:
Área atual: 5. 780km².
O DF é praticamente um enclave no estado de Goiás, não fosse a pequena divisa de pouco mais de 2 quilômetros de extensão com o estado de MG.
O DF provém do desmembramento de terras de Luziânia, Formosa e Planaltina.
Os territórios do DF e do Entorno, por se encontrarem, em grande parte, contidos na região Centro-Oeste, compartilham com ela as mesmas características gerais de clima, aspectos geomorfológicos, vegetação, hidrografia e tipos de solos. Apenas os municípios mineiros de Cabeceira Grande, Unaí, Buritis e Arinos, que fazem parte do Sudeste, não estão no Centro-Oeste.
Limites:
- Norte: Padre Bernardo, Planaltina e Formosa
- Sul: Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama, Valparaíso de Góias, Cidade Ocidental e Cristalina 
- Leste: Formosa e Cabeceira Grande (MG) 
- Oeste: Padre Bernardo, Águas Lindas e Sto Antônio do Descoberto
O DF encontra-se nos limites do rio Descoberto, a oeste, e do rio Preto, a leste.
Clima: 
De acordo com a classificação de Strahler, tropical semi-úmido (pegadinha: clima semi-árido), com duas estações bem definidas: o verão, caracterizado por um período de chuvas que se estendem de outubro a abril e o inverno, caracterizado por um período de secas que se estendem de maio a setembro. 
IADES: Tradicionalmente, a época de seca ocorre entre os meses de maio a setembro e a baixa umidade incentiva as atividades físicas ao ar livre.
Conforme dados disponíveis, nos últimos dez anos até 2016, a temperatura apresentou poucas variações, mas tende a aumentar, enquanto a umidade tende a diminuir. As temperaturas médias anuais são de 21°C, que variam conforme a altitude. O índice de chuvas atinge, aproximadamente, 1.700 mm ao ano.
IADES: Temperatura média anual inferior a 15°, com frio úmido (seco) nos meses de maio a julho ( setembro) .
Verão: 80% do total de chuvas anuais se concentram nessa estação. A umidade relativa do ar é sensivelmente elevada, bem como a temperatura. Pode ocorrer o que se denomina veranico (curto período de estiagem).
Inverno: tendência natural de secas rigorosas já que, no inverno, a porção central do Brasil fica sob influência da massa de ar polar atlântica e faz as temperaturas médias baixarem sensivelmente, com noites frias e aumento
das temperaturas durante o dia. A perda de umidade explica as baixas umidades.
IADES: Assinale a alternativa correta quanto ao clima no Distrito Federal: É caracterizado por verão úmido e inverno seco.
QUADRIX: No Distrito Federal, a escassez de água a que o texto faz referência relaciona-se com a prolongada estiagem – geralmente de junho a setembro – que a região enfrenta, anualmente, em consequência do clima tropical.
De acordo com a classificação de Koppen, o clima do Distrito Federal é o tropical, variando sua classificação com a elevação da altitude, pois esta provoca uma redução na temperatura. Identifica duas estações distintas: quente e úmida e seca.
O clima do Distrito Federal também pode ser classificado em tropical de savana e temperado chuvoso de verão.
Relevo: possui características típicas da região do Planalto Central - caracteriza-se pela dominância de grandes superfícies planas a suave onduladas, conhecidas como chapadas. A altitude média situa-se em torno de 1.100 metros.
Segundo Jurandyr Ross, há muitas unidades de relevo nessa região que guardam uma característica comum: a altitude média baixa. 
Ponto culminante: Pico do Roncador, com 1.349 metros, localizado na Serra do
Sobradinho, no Parque Nacional de Brasília, numa área denominada Colina do Rodeador, na região administrativa de Brazlândia, onde se posicionam as antenas da Embratel.
A área do DF está constituída por cerca de 57% de terras altas que se apresentam como dispersoras das drenagens que fluem para as 3 mais importantes bacias fluviais do Brasil: a Bacia Paraná, a Bacia Tocantins/Araguaia e a Bacia do São Francisco.
Considerando as formas e a altitude, o relevo do DF pode ser dividido em:
Chapada - área plana, usada para práticas agrícolas extensivas e instalação de
núcleos urbanos e industriais.
Encosta: área com declividade acentuada.
Vale dissecado: conjunto de morros arredondados (pequenas colinas).
Planície aluvial: área plana ou com pouco acidentes, onde correm os rios. Nessas áreas aparecem as matas ciliares ou galerias.
Segundo o Mapa Ambiental do DF, a paisagem natural é constituída por 13
unidades geomorfológicas, que podem ser agrupadas em 3 tipos de macrounidades:
Região de Chapada: macrounidade que ocupa cerca de 34% da área do DF e é caracterizada por topografia plana a suavemente ondulada, acima da cota de 1.000m, destacando-se a Chapada da Contagem, que praticamente contorna a cidade de Brasília.
Área de Dissecação Intermediária: ocupa cerca de 31% do DF e corresponde às áreas fracamente dissecadas (superfície que tem baixa incidência de chuva e poucos recursos hídricos), drenadas por pequenos córregos. 
Região Dissecada de Vale: ocupa aproximadamente 35% do DF e corresponde às depressões (rebaixada em relação ao seu entorno) com substrato representado por diferentes rochas (com resistências variadas), situadas ao longo dos principais rios da região (Descoberto, São Bartolomeu e Maranhão).
FUNIVERSA: O relevo do Distrito Federal apresenta-se mais elevado em sua parte norte, nas porções que compreendem, genericamente, às regiões administrativas de Sobradinho, Planaltina e Brazlândia. As maiores cotas altimétricas situam-se nesta última região administrativa.
Solo: são característicos de regiões de clima tropical semiúmido e vegetação
de cerrado. Apresentam baixa fertilidade natural, pouca matéria orgânica, forte concentração de alumínio e ferro (um processo denominado laterização) e grande acidez. Normalmente apresentam elevada permeabilidade e grande capacidade de armazenamento de água das chuvas, formando um lençol freático que favorece a existência de rios perenes, mesmo com a estação seca prolongada.
CESPE: O cerrado apresenta vegetação com caules retorcidos ou tortuosos e uma cobertura grossa, devido à presença de solos ácidos e lençol freático pouco muito aprofundado
O fato de serem solos com baixa fertilidade natural não impediu a expansão da fronteira agrícola para a área central do país, pois o solo pode ser corrigido para práticas agrícolas por meio da calagem, que consiste em acrescentar calcário ao solo.
O tipo de solo predominante é o latossolo, caracterizado por solos profundos e bastante ácidos. Nas áreas de veredas, há a formação de solos hidromórficos com excesso de água e melhor fertilidade, devido à concentração de nascentes e por ser área de depressão.
Hidrografia:
O DF está localizado no Planalto Central do Brasil, onde se localizam as cabeceiras de afluentes de 3 dos maiores rios brasileiros:
Rio Maranhão (afluente do Rio Tocantins)
Rio Preto – leste do DF (afluente do Rio São Francisco) 
Rio Descoberto (tributário do Rio Paraná).
Mnemônico: Maranhão toca, preto são, outro para
Bacia Tocantins/Araguaia - Rio Maranhão
Bacia São Francisco - Rio Preto
Bacia Paraná - os demais (Rio Descoberto, Rio Corumbá, Lago Paranoá, Rio São Bartolomeu e Rio São Marcos)
IADES: Algumas das principais bacias hidrográficas que cortam o DF são vitais para abastecer importantes bacias hidrográficas brasileiras, como a do São Francisco, a do Paraná e a do Tocantins-Araguaia. 
FCC: No Mapa das unidades hidrográficas do Distrito Federal, elaborado em 1994 pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, estão definidas três grandes bacias hidrográficas de referência − Paraná, São Francisco e Tocantins/Araguaia −, subdivididas em outras sete, considerando os seus principais rios. Pertencem à do Paraná, pelo mapa, as bacias dos rios São Bartolomeu, Descoberto e Corumbá.
IADES: A hidrografia é rica em nascentes, mas pobre em rios que possibilitem a produção de energia suficiente para a população atual.
Sua rede de drenagem, na qual predominam os cursos de água perenes (que permanece durante longo tempo), é constituída por 7 bacias hidrográficas:São Bartolomeu;
Paranoá; 
São Marcos
Rio Maranhão
Descoberto; 
Rio Corumbá 
Preto; 
A bacia do rio São Bartolomeu é a que se destaca por possuir a maior área, com aproximadamente 50% da área total do DF, e nasce ao norte e corre no sentido norte/sul, drenando todo o seu trecho central.
Estas bacias contribuem para abastecer as 3 principais bacias hidrográficas do Brasil: Tocantins, São Francisco e Paraná. 
Atualmente, essas bacias passam por um forte processo de degradação devido a dois aspectos diretos: a utilização excessiva da agropecuária e a ocupação irregular do solo para fins urbanos.
As bacias hidrográficas Rio São Bartolomeu, Rio Preto e Rio Paranoá representam 67,39% de toda a área do DF.
85% do abastecimento de água do DF: provém das Bacias do Rio Descoberto (principal) e reservatório de Santa Maria. 
A rede hidrográfica do DF não oferece condições de navegabilidade; no entanto, possui a 3ª maior frota registrada no Brasil de lanchas, barcos e embarcações náuticas que navegam no lago Paranoá. 
- O Lago Paranoá é um lago artificial do DF. A sua construção foi proposta por um dos integrantes da Missão Cruls com o objetivo de geração de energia elétrica, paisagismo e recreação. Contudo, foi somente em 1955 que os urbanistas Raul Pena Firme, Roberto Lacombe e José de Oliveira Reis incluíram a criação do lago para margear a futura capital. As obras de construção foram executadas entre 1956 e 1959.
OBS: No projeto original não estava prevista a construção de um lago.
O lago Paranoá é uma das belezas paisagísticas do Distrito Federal (DF). Foi inaugurado em abril de 1960 por Juscelino Kubitschek e apresenta área de aproximadamente 48 km³ e profundidade máxima de 38 metros. Essa condição atrai muitos turistas e as respectivas embarcações, o que contribui para a economia do DF.
É bastante utilizado para o lazer, para a prática de esportes, para a recreação e por atividades voltadas ao turismo. Possui algumas praias artificiais como a "Prainha" e o "Piscinão do Lago Norte".
(CESPE) A ausência de saneamento impede que o lago Paranoá possa gerar atividades com algum significado econômico, a começar pela pesca. 
 (CESPE) Entre as funções atribuídas ao lago Paranoá, certamente está a de minimizar os efeitos do período de seca, típico da região escolhida para sediar a nova capital brasileira.
O assoreamento (acúmulo de sedimentos no leito dos lagos, rios e demais cursos d’água) é um problema grave do lago Paranoá, consequência da ocupação desordenada das margens de seus rios tributários. Outro problema é a eutrofização (crescimento excessivo de plantas aquáticas, para níveis que afetem a utilização normal e desejável da água) do lago, proveniente de esgotos não tratados.
No final dos anos 70, o aparecimento de grande quantidade de um tipo de algas levou o governo do DF a institucionalizar um programa para controlar e reduzir o processo da eutrofização. O programa teve como elemento básico a ampliação e modernização das Estações de Tratamento de Esgotos Sul, em 1993, e Norte, em 1994, às margens do lago, bem como o tratamento de todos os esgotos produzidos dentro da bacia.
Cumprindo determinação judicial, as construções e ocupações irregulares foram removidas pelo Governo do Distrito Federal, com a desobstrução da orla do lago. O governo distrital está desenvolvendo o Plano Orla Livre com ações de paisagismo, implantação de parques, trilhas, ciclovias, áreas de lazer, preservação ambiental entre outras. O plano tem como objetivo tornar o Lago Paranoá um ponto de encontro mais acessível, organizado e com diversas opções de lazer, além de pensar em oportunidades de negócios pontuais que fomentem a economia local.
FUNIVERSA: Urge buscar soluções para o uso compartilhado e racional da água pela população que compõe a RIDE, com especial atenção às represas que cumprem o papel de divisoras entre o Distrito Federal e Goiás, como a Barragem do Descoberto, a de Corumbá IV e a de Serra da Mesa.
Em 1997, o Plano de Ordenamento Territorial do DF - PDOT constituiu as Áreas de Proteção de Mananciais - APM. As APMs destinam-se “à conservação, recuperação e manejo das bacias hidrográficas situadas a montante dos pontos de captação de água da Caesb, sendo vedado o parcelamento do solo urbano ou rural nestas áreas”. 
Comitês de Bacias Hidrográficas:
Os Comitês de Bacias Hidrográficas são organismos colegiados que fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Esses colegiados são formados por membros de 3 segmentos distintos: poder público, organizações civis e usuários de recursos hídricos. A composição diversificada e democrática dos Comitês contribui para que todos os setores da sociedade com interesse sobre a água na bacia tenham representação e poder de decisão sobre sua gestão.
Os membros que compõem o colegiado são escolhidos entre seus pares, sejam eles dos diversos setores usuários de água, das organizações da sociedade civil ou dos poderes públicos. Suas principais competências são: aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia; arbitrar conflitos pelo uso da água, em primeira instância administrativa; estabelecer mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água; entre outros.
Em 2010, por meio de decreto administrativo, o DF foi dividido em 3 Comitês de Bacias Hidrográficas (CBH), que são:
· DF1 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá. Nos limites da Região Hidrográfica do Paraná, ou seja, inclui as bacias do Lago Paranoá, Corumbá, São Marcos, São Bartolomeu e Rio Descoberto.
· DF2 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Preto. Nos limites da Região Hidrográfica do São Francisco.
· DF3 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Maranhão. Nos limites da Região Hidrográfica do Araguaia/Tocantins.
Crise hídrica no DF:
O Distrito Federal (DF) enfrentou uma severa crise hídrica, que perdurou dos últimos meses de 2016 até o meio do ano de 2018. Assim como ocorreu na crise hídrica de 2014, em São Paulo, a crise no Distrito Federal foi causada por fatores naturais e de gestão, ou seja, fatores humanos. 
A região do Brasil onde se localiza o Distrito Federal caracteriza-se por duas estações climáticas bem definidas – seca e chuvosa. A primeira de maio a setembro e a segunda de outubro a abril. Na estação seca, as chuvas são raras. Assim, a estação chuvosa é a grande responsável por abastecer os reservatórios de água do DF.
Ocorre que choveu menos na estação chuvosa e o nível de água dos reservatórios caiu drasticamente. Diante da escassez de água, foram adotadas medidas como a redução da pressão nas redes, a tarifa de contingência e o racionamento. O racionamento de água durou quase 18 meses, de janeiro de 2017 a 15 de junho de 2018, e atingiu as regiões abastecidas pelos sistemas do Descoberto e Santa Maria, que ficavam 24 horas sem fornecimento de água, de seis em seis dias.
O DF é abastecido de água por dois tipos de sistema: 85% da população recebe água de dois reservatórios, o do Descoberto e o de Santa Maria; e os outros 15% e parte dos produtores agrícolas consomem água de pelo menos cinco córregos.
O consumo de água cresceu 16% per capita, nos últimos 6 anos. O investimento em obras
estruturantes, principalmente as voltadas para novas captações de água, não acompanhou esse crescimento, nem a expansão da malha urbana e nem o aumento da densidade populacional.
Outro fator é o desperdício de água, 35% da água bombeada pela Caesb, companhia de saneamento distrital, se perde e não chega ao consumidor final. Por ano, 86 bilhões de litros
escapam no sistema de distribuição.
Especialistas apontam ainda o alto consumo de água pela população, acima da média
nacional, o alto consumo de água pela agricultura e a degradação de áreas de recarga de aquíferos proteção de mananciais.
Para conter a crise, as principais medidas anunciadas pelo governo do DF e Caesb foi a realização de obras de ampliação dos sistemas de captação e tratamento de água. São elas a construção do reservatório do Bananal, a captação e tratamento de água do Lago Paranoá e a retomada das obras de construçãodo sistema de abastecimento de água proveniente do reservatório de Corumbá IV. As duas primeiras já foram concluídas.
A expansão urbana desordenada e a atividade agrícola são os principais fatores de queda da qualidade e área ocupada pelas microbacias. Com a expansão urbana, a população se aproximou dos mananciais, pressionando o meio ambiente. A população do DF tem crescido em cerca de 60 mil pessoas anualmente, o que reflete diretamente no abastecimento da cidade. 
Outras possíveis causas: deficiência na prestação de serviços para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, no sistema de drenagem urbana, além da má gestão de resíduos sólidos, que também afeta o escoamento da água. Além desses elementos, a alteração nos ciclos das chuvas, a própria geografia da cidade – localizada no Planalto Central –, as lacunas no sistema de captação e o mau planejamento na ocupação do solo são considerados por especialistas como decisivos na crise hídrica.
IADES: A crise hídrica é resultante de um processo de expansão realizado com políticas habitacionais inadequadas ou inexistentes, por grilagem de terras (ocupação irregular de terras, a partir de fraude e falsificação de títulos), por crescimento populacional desordenado e pelo uso irresponsável da água, inclusive em setores produtivos, como a agricultura. 
Pela legislação do DF, o racionamento pode ser decretado quando o reservatório fica abaixo dos 20%. Segundo a Adasa, 80% do fornecimento de água feito pela CAESB é destinado ao consumo residencial, o que justificaria medidas mais drásticas para redução do consumo. Essa é a explicação da companhia para ter adotado, desde o final de 2016, o aumento da tarifa para consumidores que usarem mais de 10 mil m³ de água por residência, bem como um plano de racionamento que afeta 15 regiões administrativas. 
Possíveis soluções: incentivo ao sistema de reúso de água; investimentos para captação de chuva e reaproveitamento da água, além de combate a vazamentos para reduzir perdas durante o consumo; etc.
Vegetação: 
O DF é totalmente ocupado pelo Cerrado, que é o 2º maior bioma da América do Sul. O cerrado é o principal polo de expansão da atividade agropecuária do país. 
O Cerrado é constituído por 2 estratos vegetacionais:
· Um superior, composto de arbustos e de árvores retorcidas e dispersas
· Um inferior, formado de gramíneas
As árvores e os arbustos são dotados de raízes profundas, troncos e galhos retorcidos e recobertos por cascas grossas. Geralmente as árvores são de pequeno porte. A formação da vegetação do Cerrado deve-se à alternância de períodos chuvosos e secos, respectivamente no verão e no inverno.
Durante a estação chuvosa, a vegetação do Cerrado é sempre verde. Na estação seca, fica com um aspecto cinza e amarelado. As árvores perdem as suas folhas (caducifólias) para economizar água durante a estação seca. Mesmo no auge da seca, o Cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo.
Até a década de 1980, o bioma estava relativamente preservado por causa do desinteresse dos agricultores em aproveitar seus solos pouco férteis. Porém, a partir desta década, os avanços tecnológicos, como a correção da acidez e da fertilidade do solo, desencadearam uma intensa devastação do bioma em favor da expansão da soja e outros cultivos. No bioma Cerrado está 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais.
Possui grande variedade de espécies endêmicas (encontradas somente nesse ecossistema).
Considerado como um hotspot (ponto quente, em português) mundial de biodiversidade, vem
sofrendo uma excepcional perda de habitats naturais. O termo hotspot é usado para designar
lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade biológica e endemismo, devem ser especialmente protegidos, pois estão muito ameaçados pela atividade humana.
As formações do Cerrado no DF estão estratificadas da seguinte forma:
· Cerrado típico (ou cerrado stricto sensu): caracteriza-se pela presença de árvores baixas, inclinadas e tortuosas, de tronco fino, com ramificações irregulares e retorcidas, geralmente com evidências de queimadas e presença de grande quantidade de gramíneas.
· Cerradão: bosques com árvores que podem alcançar até 15 metros de altura e copas que se tocam e criam sombra. O Cerradão é mais alto e mais denso que o Cerrado sensu strictu. 
· Cerrado ralo ou campo cerrado: é considerada a gradação de transição entre o cerrado
típico e o campo sujo, caracterizando-se como mais aberto que o cerrado típico, onde predominam os estratos herbáceo-arbustivos.
Formação campestre:
· Campos limpos: predominância de gramíneas.
· Campos sujos: predominância de gramíneas e arbustos.
· Campos rupestres: aparecem em locais com rochas expostas, na maior parte das vezes de forma espaçada, intercalada por outros tipos de vegetação.
Formação florestal:
· Matas ciliares: é um tipo de formação vegetal constituída por árvores eretas que acompanham as margens de rios de grande e médio porte, mas que a vegetação não forma galerias. 
· Matas de galeria: é uma formação vegetal que acompanha os rios de pequeno porte e
córregos do pediplano do DF, formando corredores fechados (galerias).
· Mata Seca: formações florestais no bioma Cerrado que não possuem associação com cursos de água, caracterizadas por diversos níveis de queda das folhas durante a estação seca.
Formações savânicas:
· Parque de cerrado: caracterizada pela presença de árvores agrupadas em pequenas elevações do terreno, algumas vezes imperceptíveis e outras com muito destaque, que são conhecidas como murundus ou monchões . As árvores, nos locais onde se concentram, possuem altura média de três a seis metros. 
· Palmeiral: caracterizada pela presença marcante de uma única espécie de palmeira arbórea. 
· Vereda: se caracterizam pela presença da espécie Mauritia flexuosa (Buriti) em meio a grupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas.
São áreas onde o solo está alagado a maior parte do ano. 
 
O fogo no Cerrado:
Um ecossistema florestal, quando desmatado por meio de queimadas, não se regenera. O Cerrado, ao contrário, abriga espécies que sobrevivem após as queimadas. Os incêndios são um elemento natural dos ambientes do Cerrado e há espécies que só sobrevivem por causa deles. Durante o incêndio, a camada superficial dos solos funciona como um isolante térmico,
protegendo o sistema subterrâneo das plantas. Assim, muitas espécies conseguem rebrotar poucos dias após a passagem do fogo.
Nas áreas recobertas por campos limpos, campos sujos e campos cerrados, o fogo ajuda na reciclagem de nutrientes. Já os cerradões são menos adaptados às queimadas, e quando estas são reincidentes, podem se transformar em campos limpos. 
Entretanto, o impacto positivo das queimadas sobre o ecossistema dos cerrados parece
depender da frequência com que são realizadas. As pesquisas indicam que incêndios anuais podem tornar os solos ainda mais pobres. Por outro lado, na estação seca ocorre um grande número de incêndios provocados pela ação humana por um descuido qualquer ou propositais, como para limpar a terra para a agricultura.
As árvores de Brasília:
Brasília abriga grande variedade arbórea. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) catalogou mais de 250 espécies. As árvores do Cerrado e as exóticas que se adaptaram ao bioma compõem o cenário urbano da cidade, junto com grandes áreas verdes e arquitetura modernista.
Para garantir a preservação, o Decreto nº 14.783/93 relaciona expressamente o tombamento de 12 espécies como Patrimônio Ecológico do DF.
Por meio da lei nº 1.282/96, o buriti foi declarado como símbolo oficial do Distrito Federal. A
espécie dá nome à praça e ao palácio que são cenários das atividades diárias do Executivo local.
Fauna: 
A fauna do DF é rica e diversificada. Cerca de 10% a 15% dos vertebrados terrestres que vivem na região do Cerrado são restritos a esse bioma, isto é, são endêmicos. No geral, a fauna conta com mais de 60.000 espécies diferentes, destacando-se a onça-pintada, a suçuarana,o veado-campeiro, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra.
A flora é constituída de espécies que se adaptam ao clima seco e aos terrenos com pouca água e baixo nível de nutrientes. Para garantir a preservação, muitas espécies são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do DF. 
Regiões administrativas:
Brasília foi projetada para abrigar de 500 a 700 mil habitantes, e o projeto previa que, só quando se ultrapassasse esse limite, seriam criadas as cidades satélites. Ocorre que a população, da nova capital e do DF, cresceu bem mais rápido do que foi pensado. Outro problema que logo apareceu foi o que fazer com os milhares de trabalhadores que estavam em acampamentos na área do Plano Piloto e que trabalhavam na construção de Brasília. Assim, já em 1958, quando Brasília ainda estava em construção, foi implantada a cidade-satélite de Taguatinga. Porém, antes de Taguatinga, já existia o pioneiro acampamento de trabalhadores da Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante. E, antes mesmo de se iniciar a construção de Brasília, duas cidades já existiam na área em que foi instituído o Distrito Federal: Planaltina e Brazlândia.
IADES: Em relação à organização do espaço geográfico do Distrito Federal, assinale a alternativa correta: Planaltina e Brazlândia – cidades-satélites de Brasília – eram cidades goianas, preexistentes à instalação da capital da República; Núcleo Bandeirante e Ceilândia (Taguatinga) foram as duas primeiras cidades-satélites construídas no Distrito Federal.
Em 1998, proibiu-se a utilização da expressão cidades satélites para designar as cidades situadas no território do Distrito Federal, nos documentos oficiais e outros documentos públicos no âmbito do Governo do Distrito Federal. 
A 1º regionalização administrativa foi estabelecida por Decreto, em 1961, que dividiu o DF em 7 subprefeituras, sendo Brasília, a prefeitura. 
A regionalização foi alterada por meio da Lei nº 4.545 de 1964, que criou as primeiras 8 regiões administrativas, que foram crescendo em número ao longo dos anos. As primeiras RAs criadas foram: Plano Piloto, Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá e Jardim (extinta em 1989).
Sob a vigência da CF de 1988, o seu artigo 32 veda expressamente a divisão do DF em municípios. Por outro lado, dispõe o art. 10º, da LODF:
“O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização
administrativa, à utilização racional de recursos para o desenvolvimento socioeconômico e à
melhoria da qualidade de vida.”
Atualmente, o Distrito Federal organiza-se em 33 Regiões Administrativas. 
Importante lembrar que das 33 Regiões Administrativas, apenas 19 RAs, criadas até 1994, estão com as poligonais demarcadas e aprovadas pela CLDF .
Última: Fercal - apesar de já existir desde 1956
RA I: Plano Piloto – criada em 1964, com a denominação de Brasília. De 1989 até 1990 passou a se chamar de Plano Piloto. De 1990 a 1997 voltou a ser denominada de Brasília e a partir desta voltou a ser denominada de Plano Piloto. A Região Administrativa é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Clubes, Setor de Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de Áreas Isoladas Norte, Setor Noroeste e parte do Parque Nacional de Brasília. Na RA I estão as sedes dos três poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.
RA II: Gama - criada em 1964. Embora não se tenha conhecimento exato da origem da palavra “Gama”, em que se intitulava a fazenda que emprestou seu nome à cidade, uma coisa é certa; ela partiu do Platô do Gama, onde estão localizadas as cabeceiras do ribeirão do mesmo nome. Na época, o Padre Luiz da Gama Mendonça levava sempre seus ofícios às massas nas mais distantes localidades e era normalmente venerado, nada mais justo seria se supor que, em homenagem ao Padre, fosse dado ao Platô e ao Ribeirão o nome Gama, uma vez que, nenhuma outra família existiu por estas bandas com nome ou prenome GAMA.
A Região Administrativa do Gama é formada por área urbana e rural. A área urbana está
dividida em 6 (seis) setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria. O projeto da cidade lembra o formato de uma colmeia. As quadras possuem formato hexagonal e, internamente um, formato triangular. Em cada triângulo, há um setor comercial. 
RA III: Taguatinga – a RA foi criada em 1964. Porém, a cidade de Taguatinga foi criada em 5 de junho de 1958, com o objetivo de conter as constantes invasões em terras próximas da capital. A origem da denominação provém da língua indígena Tupi, Taguatinga significa barro branco, porque no leito do rio que cortava a fazenda havia argila branca. Inicialmente, a cidade se chamava “Vila Sarah Kubstschek”, mas, depois seu nome foi alterado para “Santa Cruz de Taguatinga”, permanecendo apenas Taguatinga. 
Taguatinga desenvolveu-se especialmente em função do comércio e dos empregos que sua população obtinha em Brasília. Tornou-se um importante centro comercial dentro do DF e polo de atração para a população das cidades próxima. A área urbana é dividida em setores: Central, Hoteleiro, Industrial, Gráfico, Norte, Sul e Setor de Mansões Leste (antes pertencente à Samambaia).
RA IV: Brazlândia – Antes de ser uma cidade-satélite e região administrativa, Brazlândia era distrito da cidade goiana de Luziânia. A origem do nome da cidade está associada à localização do pioneiro povoado, próximo à fazenda da família Braz. Ao longo dos anos, a cidade tornou-se uma das maiores produtoras de hortifrutigranjeiros do DF. A represa do rio Descoberto e a formação do lago Descoberto, que antes faziam parte de antigas fazendas da região, hoje é responsável pelos abastecimentos de mais de 60% da água de todo o DF. A RA é polo de festas tradicionais como a do Divino, Morango, Carnaval e a Via Sacra.
RA V: Sobradinho - A RA foi criada em 1964. Já a cidade de Sobradinho foi fundada em 1960 para fixar a população que vivia nos acampamentos de empreiteiras. O certo mesmo é que o ribeirão local terminou por ser denominado “Córrego Sobradinho” e, em 1959, o loteamento da área onde está a Sede da RA-V, elaborado pela Novacap recebeu, também, o nome de Sobradinho. Por ser uma região alta, é conhecida como a “cidade serrana do DF”. 
RA VI: Planaltina – A cidade foi fundada em 1859 e o seu 1° nome foi Mestre d’Armas. A partir da inauguração de Brasília como capital do Brasil, Planaltina teve seu território desmembrado em 2 partes. A antiga sede do município goiano estava localizada na parte que ficou dentro da extensão do DF. A outra parte do município, que ficou fora do quadrilátero do DF, continuou a pertencer ao estado de Goiás, e sua nova sede recebeu o nome de Planaltina de Goiás, popularmente conhecida como Brasilinha. 
No centro de Planaltina ainda é possível encontrar casarões do século XVIII em estado de preservação. A Igreja de São Sebastião, construída há 200 anos por escravos, também faz parte do acervo histórico da cidade. Na cidade está situado o Vale do Amanhecer, centro espiritualista fundado por Neiva Chaves Zelaya. Toda sexta-feira Santa, a cidade realiza o maior teatro a céu aberto do Brasil. A Paixão de Cristo (Via Sacra) acontece na cidade cenográfica de Jerusalém, no Morro da Capelinha. Todos os anos pessoas de vários estados do Brasil e de diversos países do mundo compõem o público de 150 mil pessoas da encenação.
IADES: Em 1958, a Região Administrativa de Planaltina (RA VI) foi a primeira a ser criada, pois a cidade de Planaltina já existia antes da transferência da capital federal para o Centro-Oeste brasileiro.
RA VII – Paranoá: A Vila Paranoá foi um dos acampamentos remanescentes da época da construção de Brasília. Foi fundada em 1957, quando da implantação dos canteiros de obras para a construção da Barragem do Lago Paranoá. Após a inauguração de Brasília, em 1960, os habitantes permaneceram no local,devido à necessidade de conclusão das obras da usina hidrelétrica. Ao longo dos anos, foram agregando-se à estrutura do antigo acampamento vilas de moradias. Na década de 1980, era considerada uma das maiores invasões do Distrito Federal. O Paranoá foi fixado mediante Decreto do Governo do Distrito Federal, como consequência da longa trajetória de resistência e luta dos moradores. No entanto, a fixação não ocorreu na área original. A Região Administrativa foi criada pela Lei federal nº 4.545 de 10/12/1964.
RA VIII - Núcleo Bandeirante: Sem concepção urbanística, foi criada em 1956 pelos candangos que construíram Brasília. Inicialmente foi denominada de Cidade Livre, onde era permitido não só residir como também negociar sem o pagamento de impostos. A Casa do Pioneiro e a Paróquia Dom Bosco são alguns dos principais pontos turísticos do Núcleo Bandeirante. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 49 de 1989.
RA IX – Ceilândia: A cidade foi fundada em 1971. Os primeiros moradores vieram da transferência das invasões do IAPI; das vilas Tenório, Esperança, Bernardo Sayão e Colombo; dos morros do Querosene e do Urubu; do Curral das Éguas e Placa das Mercedes, invasões com mais de 15 mil barracos e mais de 80 mil moradores. O nome Ceilândia se origina da sigla CEI (Comissão de Erradicação das Invasões) mais o sufixo “lândia” que vem de lugar, terreno, terra. Ceilândia, hoje, é subdividida em diversos outros bairros, como Setor O, Expansão,
P Norte, P Sul, QNQ e QNR, que, em sua grande maioria, são densamente povoados. É a região administrativa mais populosa do Distrito Federal. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 49 de 1989.
RA X – Guará: A cidade do Guará foi fundada no dia 5 de maio de 1969 com o objetivo inicial de abrigar funcionários públicos do Governo do Distrito Federal. O nome da região administrativa tem, como origem, o córrego Guará, que corta toda sua área, sendo batizada em homenagem ao lobo-guará, espécie comum no Planalto Central. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 49 de 1989. A RA atualmente compreende a área urbana composta pelo Guará I e II, as Quadras Econômicas Lúcio Costa, Setor de Oficinas Sul, Setor de Clubes e Estádios Esportivos Sul e Setor de Áreas Isoladas Sudoeste. Nos últimos 40 anos a cidade mudou muito, mas continua com o perfil bucólico e tranquilo. A maioria das casas originais construídas pela Shis (Sociedade Habitacional de Interesse Social) nas décadas de 60 e 70, deu lugar a casas com arquitetura diferenciada, sobrados e condomínios de bom nível, evidenciando o crescimento socioeconômico de sua população. Alterações recentes no Plano Diretor da região administrativa permitiram também a construção de prédios de apartamentos de luxo de até 20 andares e de novas quadras residenciais em áreas limítrofes à Candangolândia e ao Núcleo Bandeirante.
RA XI – Cruzeiro: Concebido como parte do Plano Piloto e destinado à moradia dos funcionários de diversos órgãos federais, o Cruzeiro foi fundado em novembro de 1959. A equipe de Lucio Costa foi responsável pelo projeto urbanístico do local e do nome inicial, Setor de Residências Econômicas Sul (SRES), atual Cruzeiro Velho. É formado apenas pelas áreas urbanas do Cruzeiro Velho e Cruzeiro Novo. Está inserida na área tombada pelo IPHAN e declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 49 de 1989.
RA XII – Samambaia: A cidade teve início no ano de 1985, com a remoção das áreas ocupadas irregularmente, como a invasão da Boca da Mata, Asa Branca e outras. O nome da cidade foi dado em referência ao córrego Samambaia. Samambaia foi uma das primeiras cidades com planejamento urbano a serem criadas no Distrito Federal e serviu de modelo para a criação de outras cidades, tais como Riacho Fundo, Recanto das Emas e São Sebastião. Samambaia é dividida em: Samambaia Norte; Samambaia Sul; Setor de Mansões de Samambaia e áreas rurais compostas por fazendas, sítios e chácaras. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 49 de 1989.
RA XIII - Santa Maria: O Núcleo Rural Santa Maria permaneceu como área rural do Gama até 1992, quando a Lei distrital nº 348 de 1992 desanexou o território, criando a Região Administrativa de Santa Maria. Sua criação está vinculada ao Programa de Assentamento de Famílias de Baixa Renda, em lotes semiurbanizados. O governo loteou uma área do Núcleo Rural Santa Maria e transferiu os moradores das invasões do Gama e das demais localidades do Distrito Federal. Santa Maria é composta de área urbana, rural e militar. O nome Santa Maria originou-se do nome do rio que existia no local com nome de rio Santa Maria. É uma região administrativa que compreende as áreas da Marinha, Saia Velha, Polo JK, além da própria Santa Maria. Na RA localiza-se o Polo JK, área de desenvolvimento econômico do Distrito Federal, destinada a abrigar grandes indústrias.
RA XIV - São Sebastião: Criada por meio da Lei distrital nº 467 de 1993. As terras que hoje constituem São Sebastião pertenciam, antes da mudança da nova capital, às fazendas Taboquinha, Papuda e Cachoeirinha. Com o início das obras da construção de Brasília, essas fazendas foram desapropriadas e, a partir de 1957, nelas se instalaram olarias. Posteriormente, as terras foram arrendadas por meio da Fundação Zoobotânica do DF, com objetivo de atender a demanda da construção civil existente na época. Mesmo com as olarias desativadas, a população permaneceu na área, desenvolvendo-se um vilarejo, ao longo do córrego Mata Grande e ribeirão Santo Antônio, que ficou conhecido como Agrovila São Sebastião. No princípio, a Agrovila era habitada por comerciantes de areia, cerâmica e olaria. Com a intensificação da imigração, surgiram várias invasões de áreas públicas, cujos moradores, posteriormente, foram removidos para a localidade.
RA XV - Recanto das Emas: Criada por meio da Lei distrital nº 510 de 1993 para atender a demanda de moradia pelo Programa de Assentamento do Governo do Distrito Federal e
 rradicar, principalmente, as invasões localizadas na RA I - Plano Piloto. O nome da RA originou-se da associação entre um sítio arqueológico existente nas redondezas, designado “Recanto”, e o arbusto “canela-de-ema”. Antigos moradores contam que havia na região uma grande quantidade de emas (espécie própria do cerrado) e, diante do processo de ocupação rural e urbana, esses animais foram ficando cada vez mais raros.
RA XVI - Lago Sul: Criada por meio da Lei distrital nº 643 de 1994. A sua denominação originou-se da própria posição geográfica da área - margem Sul do Lago Paranoá. Na cidade se concentra uma grande parte da classe alta oriunda de Brasília, juntamente com o Lago Norte, a Asa Sul e a Asa Norte (estes dois últimos são bairros de Brasília). O Lago Sul é dividido em Quadras do Lago (QL) e Quadras Internas (QI).
RA XVII - Riacho Fundo: Originou-se de uma granja de mesmo nome, localizada às margens do ribeirão Riacho Fundo, criada logo após a inauguração de Brasília, onde havia uma vila residencial para os funcionários. Para acabar com as favelas na periferia das cidades e núcleos urbanos, o Governo criou um programa de assentamento e, como parte desse programa, loteou a Granja Riacho Fundo em 13 de março de 1990 (data do aniversário da cidade), transferindo para lá moradores da Vila Telebrasília e outras localidades do Distrito Federal.
A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 620 de 1993.
RA XVIII - Lago Norte: Criada por meio da Lei distrital nº 641 de 1994. Era conhecida como Península Norte, mas como havia o Lago Sul, logo surgiu o nome equivalente. O Centro de Atividades, que fica na entrada da RA, figura entre a principal área de comércio além de concentrar dois Shoppings Centers: o Iguatemi e o Deck Norte. A região possui parques ambientais e uma orla privilegiada com diversos pontos de prática de esporte e lazer.
RA XIX – Candangolândia: A cidade surgiu do primeiro acampamento oficial construído em 1956 pela NOVACAP e abrigavaa sede da Companhia, residências das equipes técnicas e administrativas, posto de saúde, hospital, posto policial, dois restaurantes e escola para os filhos dos moradores. O nome da cidade é uma homenagem aos pioneiros que eram chamados de candangos. Grande parte de sua área é ocupada pelo Jardim Zoológico de Brasília. Candangolândia era conhecida como Vila Operária, por abrigar os operários que trabalhavam
na construção de Brasília. Lá havia muitos alojamentos provisórios, como a Lonalândia, barracas cobertas por lonas, e a Sacolândia, barracas feitas de sacos vazios de cimentos. Depois, passou a ser conhecida por Vila dos Candangos e, finalmente, como Candangolândia.
Está inserida na área tombada pelo IPHAN e declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 658 de 1994.
RA XX - Águas Claras: Criada por meio da Lei distrital nº 3.153 de 2003. A cidade notabiliza-se pelo seu crescimento acelerado, com grandes e diversificados empreendimentos imobiliários que surgem a cada mês. Águas Claras é uma área ainda em construção. Seu nome é uma referência ao córrego de Águas Claras que nasce na região e abastece o Lago Paranoá. Segundo delimitação realizada pela Codeplan, para fins de pesquisas e estudos, a RA está dividida nos seguintes setores: Águas Claras (Vertical); Setor Habitacional Arniqueira (antigas colônias agrícolas Arniqueiras, Vereda Grande ou Veredão e Vereda da cruz) e Areal.
RA XXI - Riacho Fundo II: Criada por meio da Lei distrital nº 3.153 de 2003. Seu território está dividido em quatro áreas urbanas: quadras industriais, quadras Nortes, quadras Centrais e quadras Sul. Pertencem a RA Conglomerados Agrourbanos de Brasília I e II (CAUB I e II) e a Granja Modelo, unidade habitacional mais antiga.
RA XXII- Sudoeste/Octogonal: Instituída por meio da Lei nº 3.153 de 2003. Porém, a cidade foi criada em 1989, como parte do projeto “Brasília Revisitada”, idealizado pelo urbanista Lúcio Costa. A região se divide em dois bairros distintos: o Setor Sudoeste e a Área Octogonal Sul. São bairros nobres no Distrito Federal compostos por prédios modernos, um vasto e diversificado comércio e numerosas áreas públicas destinadas ao lazer e entretenimento. Está inserida na área tombada pelo IPHAN e declarada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
RA XXIII – Varjão: Criada por meio da Lei distrital nº 3.153 de 2003. O nome da cidade vem de uma antiga plantação de vagem da região. Inicialmente era chamada de Vila Varjão.
RA XXIV - Park Way: Instituída por meio da Lei distrital nº 3.255 de 2003. A região é referência pela preservação ambiental, pois abriga reservas ecológicas e importantes recursos
hídricos. O Setor de Mansões Park Way (SMPW), ou apenas Park Way, como é popularmente chamado pelos moradores, foi criado em 13 de março de 1961, destinado exclusivamente para fins residenciais, característica mantida até hoje. O Park Way possui atrativos turísticos e culturais, edificações e monumentos tombados, patrimônios históricos que resgatam a história dos candangos e a história da construção da nova Capital Federal, Brasília. Na RA encontram-se o Catetinho e a Casa Niemeyer.
RA XXV – SCIA- Estrutural: A formação da Estrutural tem sua origem em uma invasão de catadores de lixo próximo ao aterro sanitário do Distrito Federal existente há décadas naquela
localidade. Pessoas eram atraídas para o lixão em busca de meios de sobrevivência e, nessa busca, foram ali alinhando seus barracos para moradia. Em 1989, surgiu o Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA) em frente à Vila Estrutural, no lado oposto da Via Estrutural, época em que se previa a remoção da invasão para outro local. Várias tentativas, sem sucesso, foram realizadas nesse sentido. Por meio da Lei distrital nº 3.315 de 2004, o SCIA foi transformado na Região Administrativa XXV, tendo a Vila Estrutural como sua sede urbana. O SCIA é de importante atividade comercial para o DF. Na RA encontra-se a Cidade do Automóvel e a Cidade Estrutural. 
RA XXVI- Sobradinho II: No início da década de 1990, foi criado o Núcleo Habitacional Sobradinho II como parte integrante da Região Administrativa V - Sobradinho. Isso em consequência do Programa de Assentamento de População de Baixa Renda, que tinha como objetivo transferir as famílias que residiam em um mesmo lote e também fixar os moradores das invasões do Ribeirão Sobradinho e Lixão. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 3.314 de 2004.
RA XXVII - Jardim Botânico: A região é composta basicamente por condomínios fechados. A área, antigamente, pertencia às fazendas Taboquinha e Papuda. O Jardim Botânico surgiu inicialmente em 1999, como Setor Habitacional Jardim Botânico. O nome Jardim Botânico é derivado do Jardim Botânico de Brasília, área de preservação ambiental que se localiza na Região Administrativa do Lago Sul, em área vizinha à Região Administrativa do Jardim Botânico. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital de 31/01/2004.
RA XXVIII – Itapoã: A ocupação da área, anteriormente pertencente a Sobradinho, mas mais próxima da cidade do Paranoá, começou como uma invasão irregular. Sem medidas por parte do Governo do Distrito Federal (GDF), a invasão cresceu, trazendo migrantes de várias partes do Brasil. Para legalmente poder atender à população, em 2005, o GDF criou a Região Administrativa de Itapoã, oferecendo assim melhores condições.
RA XXIX- SIA: No SIA está localizado um grande número de concessionárias de automóveis, motos e náutica, postos de combustíveis, empresas de material de construção, entre outras. Lá também está localizado o Setor de Inflamáveis (SIF), onde estão localizadas empresas como Petrobras e Texaco, com seus tanques de armazenamento de combustível. Na região, estão
localizadas duas estações de trens de carga que vão para São Paulo. A Região Administrativa foi criada pela Lei distrital nº 3.618 de 2005.
Trata-se de uma região industrial, comercial e de serviços, com mais de cinco mil empresas instaladas e 80 mil trabalhadores. O setor é responsável por 56% da arrecadação de impostos do Governo do DF.
RA XXX- Vicente Pires: Anteriormente fazia parte de Taguatinga, da qual foi desmembrada em 2009. Sua denominação anterior era Setor Habitacional Vicente Pires ou Colônia Agrícola.
RA XXXI – Fercal: foi criada em 2012. Surgiu a partir da moradia dos trabalhadores de uma fábrica de cimento de mesmo nome. A Fercal abriga uma região industrial importante no Distrito Federal. Tem fábricas de cimento e uma grande concentração de usinas de asfalto e mineradoras.
RA XXXII – Sol Nascente/Pôr do Sol – Criada pela Lei nº 6.359 de 14/08/2019, a sua área territorial foi desmembrada da RA IX - Ceilândia. 
RA XXXIII – Arniqueira – Criada pela Lei nº 6.371 de 30/09/2019, é a mais nova Região Administrativa do DF. A sua área territorial foi desmembrada da RA XX - Águas Claras. Com uma população de cerca de 45 mil pessoas, abrange uma área de 1,3 mil hectares, que envolvem os bairros Areal, Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) e as QSs 6, 7, 8, 9 e 10.
Quanto à ocupação do território, a população urbana no DF está distribuída por todas as 33 Regiões Administrativas. Segundo dados de 2015, da Codeplan, a RA IX - Ceilândia apresenta maior população urbana, seguida pelo Plano Piloto e Taguatinga.
Segundo dados da CODEPLAN, a RA com maior população é a Ceilândia, seguida por Taguatinga. Quanto às atividades econômicas de Ceilândia, as principais são representadas pelo comércio e pela indústria.
FUNIVERSA: As regiões administrativas de Taguatinga e Ceilândia têm se mostrado importantes polos econômicos do Distrito Federal, contando com significativa produção industrial e comércio intenso. Trata-se também das regiões administrativas de maior contingente populacional do Distrito Federal, segundo dados do último censo demográfico, realizado em 2000.
- Conforme o censo de 2010, as cinco regiões administrativas mais populosas são Ceilândia, Plano Piloto, Taguatinga, Samambaia e Planaltina.Já de acordo com a PDAD 2015 são Ceilândia, Samambaia, Brasília, Taguatinga e Planaltina.
FCC: A Capital Federal é uma terra de contrastes, onde convivem famílias de grande poder aquisitivo com outras muito desfavorecidas. Dados do Ministério do Desenvolvimento Social referentes a 2017 mostram que mais de 67 mil famílias de Brasília vivem abaixo da linha de pobreza. São moradores de diferentes regiões administrativas (RAs), cuja renda mensal não ultrapassa R$ 85,01. As cinco regiões do Distrito Federal consideradas mais carentes e onde houve maior procura por ajuda governamental são: Ceilândia, Samambaia, Planaltina, Santa Maria e Taguatinga.
FCC: Apesar da celebrada redução da criminalidade no Distrito Federal, observada pela Secretaria de Segurança Pública em 2017, os Estados Unidos da América do Norte divulgaram lista das áreas de risco a serem evitadas no Brasil, mencionando quatro regiões administrativas do Distrito Federal: Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá.
Com relação à concentração da população no DF (PDAD 2015), a maior densidade demográfica, número de habitantes por km, ocorre na Região Administrativa do Cruzeiro, seguida das Regiões Administrativas do Sudoeste e Águas Claras. A recente tendência à verticalização explica a maior densidade nestas duas últimas RAs.
As menores densidades demográficas estão nas RAs do Paranoá, Fercal e SIA.
Núcleos mais populosos, segundo IBGE (Censo 2010) = Ceilândia, Plano Piloto, Taguatinga, Samambaia, Planaltina
Núcleos mais populosos, segundo CODEPLAN (PDAD 2015) = Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Brasília, Planaltina
IADES: Com relação às Regiões Administrativas com maior contingente populacional no Distrito Federal, é correto citar: Ceilândia e Taguatinga.
IADES: Em relação ao assunto apresentado no texto, assinale a alternativa que indica como eram historicamente conhecidas, respectivamente, as referidas Regiões Administrativas do Núcleo Bandeirante e da Candangolândia: Cidade Livre e Lonalândia.
Os órgãos oficiais de pesquisa, como o IBGE, o Dieese e o IPEA, não distinguem Brasília do Distrito Federal para efeitos de contagem e estatística.
O envelhecimento da população do Distrito Federal é significativo, quando se verifica a distribuição por faixa etária. No período de 2010 e 2015, nas faixas etária dos 65 anos a 90 e mais, ocorreu um crescimento significativo, ao contrário da faixa de zero a 34 anos, que teve seu número reduzido. O mesmo processo também ocorreu no Brasil.
Na distribuição de população por Região Administrativa, a diferença entre a menos e a mais populosa é significativa; enquanto a RA XXXI Fercal tem 8.288 habitantes, a RA IX Ceilândia tem 479.713 habitantes (dados de 2015). 
Em Regiões Administrativas de formação recente, tais como Estrutural, Varjão e Itapoã, encontra-se alto índice de domicílios precários com ausência de esgoto sanitário por rede geral ou fossa séptica.
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Segurança: a taxa de homicídios é um pouco menor que a média nacional, mas ainda muito alta. 
Brasília:
Lúcio Costa projetou a cidade, de modo que a vida dos moradores se desenvolvesse na confluência de quatro escalas:
1) Escala Monumental - É aquela configurada pelo Eixo Monumental, representa os espaços simbólicos e de representação de capital nacional do País. Abrange a área da Praça dos Três Poderes até a Praça do Buriti - sede do governo distrital.
Praça dos 3 Poderes: 
A Praça dos Três Poderes, localizada no extremo leste do Plano Piloto, é um espaço aberto que mede aproximadamente 120 x 220 metros, de modo que os prédios representativos dos poderes não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso.
Não é uma praça tradicional, pois não possui árvores nem qualquer outro elemento que proporcione sombra às pessoas que nela permanecem.
Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes, inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi (mais conhecida como Os Candangos), considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, escultura de Alfredo Ceschiatti, em frente ao STF. 
FUNIVERSA: A Praça dos Três Poderes foi idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer; é um amplo espaço cívico que integra os três Poderes da República.
Pode-se ver ainda a Pira da Pátria (monumento de concreto, revestido por mármore branco, integrante do Panteão da Pátria). A tocha fica acesa 24 horas por dia, durante todo o ano, numa espécie de vigília e homenagem aos heróis nacionais. A solenidade de inauguração do fogo simbólico foi no aniversário de Brasília, em 21 de abril de 1987. 
Na praça situa-se também o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade
A praça também abriga o Mastro da Bandeira. 
CESPE: Alguns dos mais significativos prédios públicos de Brasília - como o conjunto da Praça dos Três Poderes, a Catedral e o Palácio da Alvorada - foram projetados por Oscar Niemeyer.
Praça do Buriti
A Praça do Buriti é localizada no Eixo Monumental de Brasília, entre o Palácio do Buriti e a sede do TJDF.
O Palácio do Buriti, inaugurado em 1969, tem seu nome derivado da planta símbolo de Brasília. Um espécime da planta foi plantado na praça em frente ao Palácio.
Ele foi projeto pelo arquiteto Nauro Jorge Esteves para ser a sede do Governo do Distrito Federal.
2) Escala Residencial - Ao longo das Asas Sul e Norte do Eixo Rodoviário Residencial (Eixão), com uso predominantemente residencial e comércio de primeira necessidade. Compreende as superquadras, compostas por residências, comércios locais e espaços paisagísticos.
3) Escala Gregária - Concentra a maior parte do comércio, serviços e diversões da cidade. Configurada pelos Setores de Diversão, Comerciais, Bancários, Culturais, Hoteleiros, Médico-
Hospitalares, Autarquias e de Rádio e Televisão Norte e Sul. É representada pelo cruzamento dos eixos Monumental e Rodoviário.
4) Escala Bucólica, que corresponde aos grandes espaços verdes, que dá ao Plano Piloto a
conotação de cidade-jardim.
Em 1987, Brasília foi inscrita na Lista do Patrimônio Cultural da Humanidade, da Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (UNESCO).
O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é concedido pela Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (UNESCO) a monumentos, edifícios, trechos urbanos e até ambientes naturais de importância paisagística que tenham valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico. Com isso, a UNESCO busca não apenas catalogar, mas ajudar na identificação, na proteção e na preservação de bens culturais considerados especialmente valiosos para a humanidade.
IADES: Brasília foi o primeiro bem contemporâneo inscrito pela UNESCO na Lista do Patrimônio
Cultural da Humanidade, em dezembro de 1987, possuindo a maior área tombada do mundo.
O Patrimônio cultural de Brasília é composto por monumentos, edifícios ou sítios que tenham
valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico, e a compreensão da sua preservação reafirma a necessidade de se executar políticas públicas capazes de assegurar a proteção desse patrimônio.
Brasília é uma verdadeira obra de arte modernista a céu aberto. A cidade, especificamente o
Plano Piloto, é um exemplo da aplicação do urbanismo moderno. O traçado original e a organização em quatro escalas - monumental, residencial, gregária e bucólica, por si sós, fazem de Brasília uma cidade única, conferindo-lhe relevância na milenar história do urbanismo.
A área protegida corresponde a 112,25 km², a mais extensa do mundo enquanto sítio urbano protegido, e delimita-se a leste pela orla do lago Paranoá, a oeste pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), ao sul pelo córrego Vicente Pires e ao norte pelo córrego Bananal. Nesta área estão as RAs I - Plano Piloto (exceto a área do Parque Nacional de Brasília), RA XI - Cruzeiro, RA XIX - Candangolândia e RA XXII -Sudoeste/Octogonal. 
Brasília é o únicobem contemporâneo tombado como patrimônio cultural pela UNESCO.
O conjunto urbanístico de Brasília também foi tombado, em 1990, pelo Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
O tombamento de Brasília pelo atual IPHAN e a sua inscrição pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade tem o mesmo objetivo, o de preservação do seu conjunto urbanístico, e abrangem a mesma área territorial.
Cultura:
O Distrito Federal não tem uma cultura de características próprias; porém, dessa mistura e com o passar do tempo surgiu sua identidade cultural.
Música:
No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais, como o forró e a música sertaneja.
No começo dos anos 1980, surgiram, em Brasília, várias bandas de rock que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. O impacto das bandas de Brasília no rock nacional foi tão forte, que, até hoje, a cidade detém o título informal de “capital nacional do rock”.
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:
O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é o mais antigo do gênero no país e acontece
anualmente no histórico Cine Brasília. Surgiu por iniciativa do professor de cinema da UNB Paulo Emílio Sales Gomes. O principal prêmio do festival é o Troféu Candango, cujo nome
faz homenagem aos brasilienses. Devido ao recrudescimento da censura do Regime Militar, teve três edições canceladas: 1972, 1973 e 1974.
Monumentos: 
Os principais monumentos arquitetônicos do DF encontram-se em Brasília, no Eixo Monumental, dos quais destacamos: Palácio do Planalto, Palácio da Justiça, Palácio Itamaraty, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Praça dos Três Poderes, Panteão da Pátria e da
Liberdade Tancredo Neves, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Catedral Metropolitana, Biblioteca Nacional de Brasília, Museu Nacional Honestino Guimarães, Estádio Nacional Mané Garrincha, Centro de Convenções Ulisses Guimarães e Memorial JK.
Entre outros monumentos estão o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da
República; o Catetinho; o Santuário Dom Bosco; a Ermida Dom Bosco; o Museu Vivo da Memória Candanga; a Ponte Juscelino Kubitschek, mais conhecida como Ponte JK; a Torre de TV Digital e a Casa do Cantador.
Catedral Metropolitana de Brasília:
Concebida pelo arquiteto Oscar Niemeyer com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo, foi o primeiro monumento a ser criado na capital federal. Pela obra, Niemeyer foi laureado em 1988 com o Prêmio Pritzker, considerado o "Nobel da arquitetura".
Sua estrutura ficou pronta em 1960, onde apareciam somente a área circular, da qual se elevam dezesseis colunas de concreto, num formato hiperboloide simulando mãos voltadas para o céu em oração.
Palácio da Alvorada:
Designado como a residência oficial do Presidente do Brasil. Situa-se às margens do lago Paranoá, tendo sido o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 30 de junho de 1958.
Teatro Nacional:
Hoje é chamado de teatro nacional Cláudio Santoro, em homenagem ao já falecido maestro e compositor, grande incentivador da educação e da cultura em Brasília. Foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Situado na Asa Norte -  próximo à Rodoviária, é um marco do Eixo Monumental e o principal equipamento cultural de Brasília. Tem a forma geométrica de uma pirâmide sem ápice. Sua área externa é revestida por um painel formado de blocos de concreto nas fachadas laterais. Em janeiro de 2014, o Teatro Nacional foi fechado. A complexidade arquitetônica do projeto e sua ousadia quanto aos recursos tecnológicos pretendidos resultaram em um orçamento total de mais de R$ 200 milhões. Nos anos seguintes, a crise econômica do país e, em especial, a constatação de uma delicada situação financeira do 
DF,  tornaram inviável a realização da obra. Neste contexto, avaliou-se que a melhor alternativa seria a adequação do projeto executivo de forma a permitir a realização da obra em etapas, gradualmente. O Foyer da Sala Villa-Lobos encontra-se aberto para visitação e realização de eventos.
Memorial Darcy Ribeiro
Em homenagem ao 1º reitor da UNB. Localizado na UNB e inaugurado em 2010.
Projeto de João Filgueiras.
Parque Ecológico Águas Claras: 
Em seu interior flui o córrego Águas Claras, o qual deu origem ao nome da cidade, e forma uma lagoa no centro do parque. Longas e largas trilhas contornam o parque, tornando-o ideal para a prática de corridas e caminhadas, para a contemplação da natureza e o relaxamento na beira da lagoa à sombra das árvores. O Parque possui vegetação nativa do Cerrado preservada, em especial a mata ciliar, além de áreas de reflorestamento.
IADES: No Parque Ecológico Águas Claras são encontrados gansos, tucanos, capivaras e bem-te-vis que vivem entre os ipês, ingás e muitas outras árvores frutíferas que foram plantadas por antigos chacareiros que ali habitavam antes da implantação do parque.
Parque Nacional de Brasília:
A história de criação do Parque Nacional de Brasília se relaciona diretamente com a da construção de Brasília. Abrange as RA de Brasília-DF, Sobradinho- DF e Brazlândia-DF e o município goiano de Padre Bernardo.
O Parque Nacional de Brasília (unidade de proteção integral), mais conhecido pelo apelido de “Aguá Mineral”, está em grande parte localizado no DF, com uma pequena parte estendendo-se para o município goiano de Padre Bernardo. É uma das mais importantes unidades de conservação dentro do DF. Foi criado no início de Brasília. Tem 30.000 ha totalmente cercados e está sob a administração do Ibama.
O Parque Nacional de Brasília é de extrema importância na conservação da qualidade do lago
artificial de Santa Maria, que abastece de água parte do DF. Apenas uma pequena parte
de sua área é aberta ao público, que paga para usufruir a piscina e a trilha ecológica. Para visitar outras áreas do parque, é necessária autorização especial do Ibama, liberada basicamente para pesquisadores.
IADES: localizado em um região divisória das bacias hidrográficas Amazônica, do Prata e do São Francisco (Tocantins-Araguaia e do Prata), é também conhecido como Água Mineral. Ele tem uma vasta área de preservação ambiental, oferece duas piscinas de água mineral e corrente, espaços para piqueniques à sombra das árvores, além de passei os e trilhas nas matas.
CESPE: O Parque Nacional de Brasília é um exemplo de área destinada à proteção ambiental, em um cenário de crescimento urbano vivenciado pelo Distrito Federal.
Jardim Botânico de Brasília 
O JBB foi inaugurado no dia 08 de março de 1985.
A Estação Ecológica do Jardim Botânico (unidade de proteção integral) foi criada em 1992 e é de grande importância para o Jardim Botânico porque preserva a biota local e permite a realização de projetos de pesquisas científicas e educação ambiental, sem interferências antrópicas indesejáveis.
IADES: está localizado no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. Ele possui vegetação nativa em excelente estado de conservação, jardins temáticos e reserva ecológica destinada a pesquisa e conservação do cerrado. 
Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, mais conhecido por Parque da Cidade:
Também chamado pela população de pulmão de Brasília, foi fundado em 11 de outubro de 1978.
IADES: está localizado entre a Asa Sul e o Setor Sudoeste e é um dos maiores parques urbanos do mundo. É um dos principais centros de lazer ao ar livre da cidade e concentra quadras de esporte, lagos artificiais, parque de diversões, centro hípico e pistas de caminhada, patinação e ciclismo. 
Estação Ecológica de Águas Emendadas:
Foi criada em 1968. Inicialmente era uma Reserva Biológica, depois alçada à condição de Estação Ecológica em 1988. Nela ocorre o fenômeno da união de duas grandes bacias
hidrográficas do Brasil: Tocantins/Araguaia e Paraná. Dessa vereda nascem afluentes que drenam suas águas para as bacias desses dois grandes rios brasileiros.
Essa característica faz dela um dos acidentes geográficos de maior expressãoexistentes no território nacional.
Na Estação encontra-se a Lagoa Bonita. Sua área de Cerrado, praticamente intacta, abriga
fauna ameaçada de extinção, como a anta, a suçuarana e o lobo-guará, apesar de estar circundada por ocupações urbanas e atividades rurais, sendo de grande importância para realização de pesquisas científicas, dado o enorme patrimônio genético ali existente.
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um animal típico do Cerrado e maior canídeo da América do Sul. Além do Brasil, pode ser encontrado em regiões da Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
IADES: O lobo-guará é originário da região do cerrado brasileiro, e pode ser encontrado apenas nos estados de Goiás, Tocantins e no Distrito Federal.
Apesar do porte imponente e da alcunha de “lobo”, é tímido, solitário e praticamente inofensivo, preferindo manter distância de populações humanas.
IADES: O lobo-guará é animal extremamente agressivo e feroz e vive, como é natural na família de lobos, em matilhas.
IADES: Redução do seu habitat, derrubada de matas, caça, atropelamentos e doenças transmitidas por cães domésticos são motivos que contribuem para a extinção do lobo-guará.
IADES: O lobo-guará, após ter sido escolhido como animal- símbolo da capital federal, foi também considerado Patrimônio Histórico e Ecológico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas.
Torre de TV Digital:
A Torre de TV Digital de Brasília, apelidada Flor do Cerrado, foi projetada para ser uma torre
de transmissão televisiva do sistema de TV Digital para todo Distrito Federal e algumas cidades do Entorno. Foi a última escultura projetada por Oscar Niemeyer antes de sua morte em 5 de dezembro de 2012. A torre fica situada na Região Administrativa do Lago Norte, num dos pontos mais altos do Distrito Federal.
IADES: A Torre de TV Digital fica dentro da área do Parque Ecológico Dom Bosco. O parque é uma homenagem ao padre italiano João Belchior Bosco, que sonhou existir, entre os paralelos 15º e 20º, uma terra em que leite e mel jorrariam em grande abundância. Do local, tem-se uma visão panorâmica da área central de Brasília e do Palácio da Alvorada. - na Região
Administrativa do Lago Norte.
IADES: Entre as obras atribuídas ao arquiteto Oscar Niemeyer no DF, porém localizadas fora dos limites geográficos do Plano Piloto (RA-I), podem-se relacionar a Casa do Cantador (localizada em Ceilândia) e a Torre de TV Digital, que fica situada na região administrativa de Sobradinho, em um dos pontos mais altos do DF. – Lago Norte
Casa do Cantador:
A Casa do Cantador, também conhecida como Palácio da Poesia, é uma edificação moderna
criada pelo arquiteto Oscar Niemeyer para homenagear a comunidade nordestina que habita o
Distrito Federal. A casa fica situada em Ceilândia e tem a função de “casa dos representantes da cultura popular”.
Memorial JK:
Foi projetado por Oscar Niemeyer, inaugurado em 12 de setembro de 1981 e é dedicado ao ex-presidente brasileiro Juscelino Kubitschek fundador da cidade de Brasília.
A obra foi objeto de duras críticas de setores conservadores, que viam no monumento referência a um dos símbolos do comunismo, ideologia do arquiteto: foice e martelo.
O Memorial JK é um museu brasileiro localizado na Zona Cívico-Administrativa Eixo Monumental. 
No andar superior há o Auditório Márcia Kubistchek, filha de Juscelino. A sala é utilizada para apresentações de música, teatro, palestras e corais.
FCC: O Memorial JK foi construído em tempo recorde de 21 meses, em homenagem ao fundador de Brasília, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Trata-se do maior museu privado do Distrito Federal e um dos maiores do Brasil. O Memorial JK foi construído e inaugurado no governo João Batista Figueiredo.
FCC: O Memorial JK, onde estão depositados documentos e objetos que pertenceram a Juscelino Kubitschek e sua esposa, foi construído no mesmo local em que se rezou a primeira missa de Brasília, em 3 de maio de 1957.
Ponte JK
Eleita, em 2003, como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado
da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a Ponte Juscelino Kubitschek foi projetada pelo arquiteto
Alexandre Chan.
IADES: Entre as inúmeras obras de destaque em Brasília, existem a Catedral Metropolitana e a Ponte Juscelino Kubitschek, uma das estruturas mais distintas. Ambas foram projetadas por Oscar Niemeyer, o homem por trás da maioria das marcantes construções da nova capital. Pela sua arquitetura, Brasília, que foi construída na segunda metade do século 20, foi declarada pela Unesco como um Patrimônio Cultural da Humanidade. – a ponte JK não foi projetada por Niemeyer
Complexo Cultural da República
Foi inaugurado no dia 15 de dezembro de 2006, dia do aniversário do seu projetista, Oscar Niemeyer.
O complexo conta com o Museu Nacional Honestino Guimarães e a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola. 
FUNIVERSA: Fazem parte do Conjunto Cultural da República, inaugurado em 2006, o Museu da República e a Biblioteca Nacional.
Cruz da Praça do Cruzeiro
Lugar onde nasceu o Plano Piloto, marco inicial e ponto mais alto da cidade.
Local onde foi realizada a 1º missa do DF.
FUNIVERSA: A cruz na Praça do Cruzeiro marca o ponto mais elevado da zona urbana de Brasília. Foi o lugar escolhido para a abertura do Eixo Monumental pela Comissão de Localização da nova capital.
Panteão da Pátria e da Liberdade - Memorial Tancredo Neves
Localiza-se na Praça dos Três Poderes e foi criado em 07/09/1986 para homenagear os heróis nacionais – aqueles que possuíram ideais de liberdade e democracia. O Panteão consagra, também, a memória de Tiradentes, que é o Patrono Cívico da Nação Brasileira. Edificação de arquitetura modernista simbolizando uma pomba, projetado por Oscar Niemeyer.
FUNIVERSA: O Panteão da Pátria foi construído em homenagem ao ex-presidente Tancredo Neves e aos heróis da pátria. Projeto de Oscar Niemeyer, sua forma sugere a imagem de uma pomba.
Palácio do Itamaraty
Sede do Ministério das Relações Exteriores.
Obra de Oscar Niemeyer.
Complexo da Papuda
Situado na região administrativa de São Sebastião, às margens da estrada que liga a capital federal ao município mineiro de Unaí, tem capacidade para 5 000 detentos.
O folclore local diz que o nome “Papuda” foi dado em referência a um casal de negros escravizados que vivia na região. A mulher teria sido acometida pelo bócio, uma deformidade na região do pescoço associada à deficiência da ingestão de iodo. O “papo” resultante da doença teria dado nome à área, onde também já existiu um quilombo.
FCC: O Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, tem seu nome ligado ao bócio endêmico observado na região.
População:
Em 1957, apenas 12.283 pessoas moravam em Planaltina, Brazlândia e fazendas próximas, constituindo os primeiros habitantes do Distrito Federal.
Desde que teve início a sua construção, Brasília atraiu milhares de pessoas para a nova capital. Foram cerca de 60 mil candangos (nome dado aos trabalhadores que vieram de toda parte, principalmente do Nordeste, de Goiás e de Minas, ao centro do país para construir a nova cidade).
No primeiro censo nacional que incluiu Brasília, em 1970, os nascidos na capital eram 22,2% da população. O índice foi aumentando gradativamente: 31,9% em 1980; 41,5% em 1991; 46,8% em 2000 e 48,1% em 2010. Ou seja, quase a metade da população já é de nativos do próprio Distrito Federal. Apesar da existência das representações diplomáticas em Brasília, a participação dos estrangeiros é pouco significativa na composição da população e representa menos de 0,5% do contingente.
2010 (IBGE): 2.570.160 de pessoas.
	População estimada [2018]
	2.974.703
	Densidade demográfica [2010]
	444,66 hab/km²  
População urbana: 96%
De acordo com o IBGE, o DF é a unidade da Federação que vem apresentando o maior crescimento populacional. Entre 2012 e 2017, a população do DF cresceu 11,4%, segundo o IBGE.
IADES: De acordo com o último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a unidade da federação Brasília- DF está incluídaentre as 10 maiores cidades do Brasil em termos de população absoluta, pois já ultrapassou a cifra de dois milhões e meio de habitantes. – DF não é cidade, BSB está incluída entre as 10 maiores cidades do Brasil em termos de população absoluta
A população apresentou um crescimento médio anual de 2,28% no período de 2000-2010. 
CODEPLAN: as perspectivas demográficas projetam crescimento populacional para 3,05 milhões de habitantes em 2020 e para 3,24 milhões em 2025, sendo a maior perspectiva de crescimento urbano do país.
No contexto brasileiro, o DF, com pouco mais de 50 anos, ocupa o 4° lugar em população (densidade demográfica), atrás apenas dos munícipios de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Censo de 2010, o Distrito Federal ocupava a vigésima posição entre as unidades federativas do Brasil em termos de população.
Na distribuição por sexo, conforme dados de 2015 da Codeplan/PDAD, a população feminina é predominante no DF (52,9%) e adulta (de 30 a 59 anos).
Com 60 anos ou mais: 12%.
Quadrix: Projeções do IBGE, recentemente divulgadas, indicam que o Distrito Federal terá, por volta de 2060, dois idosos para cada jovem.
De acordo com a Projeção da População do IBGE (revisão 2018), em 2060, o Distrito Federal terá cerca de dois moradores idosos para cada jovem. Conforme já falamos, essa projeção é o reflexo de duas tendências: 
• Aumento da esperança de vida ao nascer: para 2018, a expectativa é de que um bebê nascido no DF viva de 75 anos (homem) a 82 anos (mulher). Em 2060, os números passarão para 79,5 anos e 85,6 anos, respectivamente. 
• Queda da taxa de fertilidade: o índice em 2018, é de 1,68 filhos por mulher. Daqui a 42 anos, essa taxa deve cair para 1,5 filhos por mulher (será a menor do país). A queda parece pequena, mas vai aproximar a capital federal dos índices atuais da Europa – onde a baixa população jovem já é um problema.
A tendência nacional é oposta. O estudo prevê que a população brasileira crescerá até 2040, atingido um ápice de 231,9 milhões neste ano. A partir daí, o número recua pouco a pouco, caindo no patamar de 228,9 milhões em 2060. Segundo estimativas, em 2018, o DF deve fechou o ano com 44,3 mil nascimentos e 12,2 mil óbitos – um saldo positivo de 31,3 mil novos brasilienses. Em 2060, serão 32,9 mil nascidos (-25%) e 44,8 mil mortes (+267%) – uma baixa de 11,8 mil nos "estoques" de moradores do DF. O saldo final é positivo, no entanto, porque o IBGE projeta um saldo migratório positivo durante todas essas décadas, ou seja, mais gente chegando do que saindo do Distrito Federal.
- Histórica:
Até a chegada dos portugueses ao litoral do Brasil, no século XVI, e antes dos assentamentos pioneiros, a porção central do país, na qual se inclui o atual Distrito Federal, era ocupada por indígenas. 
CESPE: Pesquisas históricas e escavações arqueológicas comprovam que não havia ocupação humana na região do Distrito Federal e do Entorno antes da formação dos primeiros assentamentos de origem portuguesa no Brasil Colônia.
Bandeiras: para escravizar índios, procura por metais preciosos.
Descidas: expedições realizadas pelos jesuítas ao interior do Brasil. Tinham como objetivo convencer os indígenas dessa região a migrarem para regiões próximas das suas missões ou reduções visando facilitar o trabalho de catequização. As principais missões jesuíticas ficavam no norte e no sul do país.
Apesar dessas duas investidas, nem bandeirantes, nem jesuítas vinham para se fixar na terra.
O ouro vai ser descoberto em 1722 por Bartolomeu Bueno da Silva Filho (o Anhanguera filho), nas margens do rio Vermelho, no atual município de Goiás. Após a descoberta inicial, minas de ouro foram descobertas em outras localidades. 
O contínuo avanço português para além da linha de Tordesilhas fez com que Portugal e Espanha assinassem um novo tratado de fronteiras, o Tratado de Madri, em 1750. Foi somente com o Tratado de Madri que a totalidade do atual território de Goiás e a maior parte do atual Centro-Oeste passaram a pertencer ao Brasil, deixando de serem possessão espanhola.
O ciclo do ouro foi curto em Goiás, durou aproximadamente um século. Com o fim do ciclo, a região entrou em declínio econômico e, consequentemente, perdeu em importância para a economia do país. A região se voltou para a agropecuária, dinâmica econômica que só vai ser alterada com a implantação da capital da República na segunda metade do século XX.
A ideia mundancista é antiga e data do período colonial.
1750 – Momento em que primeiras ideias mudancistas ocorreram de forma mais consistente. Em 1751, o cartógrafo Colombina elaborou a Carta de Góias e das Capitanias Próximas sugerindo a mudança da capital para o interior do país. Mas há indícios de que o Marquês de Pombal tenha sido o mentor da ideia, tendo Colombina realizado a expedição a seu mando. Pombal argumentava que a capital longe do litoral estaria mais segura e não ficaria vulnerável ao ataque de naus inimigas. O marquês também foi o responsável pela transferência, em 1763, da primeira capital do Brasil, até então Salvador, para o Rio de Janeiro.
1763 - A sede do governo geral é transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
AOCP: A cidade de Salvador foi capital e sede administrativa do Brasil até o ano de 1763, quando a capital foi transferida para o Rio de Janeiro.
1789 – Documentadamente, porém, a primeira sugestão de se mudar a capital para o interior partiu dos Inconfidentes mineiros, em 1789, que pretendiam levá-la para São João Del-Rei. 
1813: Em 1808, o jornalista Hipólito José da Costa funda, em Londres, o jornal Correio Braziliense, que é editado até o ano de 1813. Nesse período, em sucessivos artigos, ele tenta empolgar a opinião pública com a ideia da construção de uma nova capital no interior do Brasil. Hipólito utilizou argumentos relativos à segurança, ordem econômica, política e demográfica. 
OBS: em 1960 houve a inauguração do Correio Braziliense em Brasília, após uma promessa entre Assis Chateaubriand a JK.
CESPE: O jornal Correio Braziliense foi inaugurado no dia 21 de abril de 1960, em Brasília, devido a uma promessa realizada por Assis Chateaubriand a Juscelino Kubitschek, caso a construção da nova capital ocorresse no tempo previsto.
1823: Após a independência do Brasil, na primeira Constituinte do Império Brasileiro, José Bonifácio apresentou um projeto de mudança da capital para a comarca de Paracatu dos Príncipes (MG) e sugeriu nome à nova Capital: Petrópole ou Brasília. José Bonifacio argumentou que uma nova capital no interior estimularia a economia e o comércio.
1839: O historiador Francisco Adolfo de Varnhagen defendeu a ideia de mudança da capital em vários artigos.
1877: Francisco Adolfo faz a primeira visita prática ao local, definindo o local mais apropriado para a construção da futura capital: um triângulo formado pelas lagoas Feia, Formosa e Mestre D´Armas. Sugeriu o nome de Imperatória para a nova capital, que seria a sede do Império.
CESPE: Francisco Adolfo de Varnhagen, um dos precursores da ideia de interiorização da capital do Brasil, defendeu, em 1877, que uma nova cidade fosse construída na região em que se situam as lagoas Feia, Formosa e Mestre D’Armas.
FCC: No século XIX, um dos defensores mais ardorosos da ideia de transferir a capital do Brasil para o interior foi o historiador Francisco Adolfo de Vernhagen. Tendo sugerido a área que ficava entre as lagoas Formosa, Feia e Mestre de Armas, apontava as razões que justificavam sua proposta: maior integração entre as Cortes e as Províncias; posição estratégica, distante do mar e das investidas de esquadras inimigas; e  salubridade da região, com clima capaz de atrair colonos estrangeiros. - A última razão apontada por Francisco Adolfo de Varnhagen para a instalação da nova capital federal no Planalto Central foi a “existência de bons sítios para a imigração europeia”, argumentando que os colonos alemães não haviam se aclimatado no litoral. Varnhagen mencionou essa característica em uma carta destinada ao Ministro da Agricultura, no ano de 1877.
1883: O sonho de Dom Bosco norteou

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