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SISTEMA ARTICULAR PROF. EUGENIO PACELLI SITONIO TRIGUEIRO FILHO eugenio_trigueiro@hotmail.com Definição: conjunto de estruturas moles ou rígidas responsáveis por unir os ossos formando o esqueleto, e em algumas dessas uniões também permitir a mobilidade. SISTEMA ARTICULAR Elementos em uma articulação: SISTEMA ARTICULAR Face Articular 1 Meio de União 2 Meio de União x Movimento: SISTEMA ARTICULAR UNIÃO POR CONTINUIDADE (1): os ossos estão presos uns aos outros através de um tecido que se interpõe entre eles. Este tipo de arranjo faz com que a primeira vista os ossos articulantes sejam compreendidos como uma peça única UNIÃO POR CONTIGÜIDADE (2): os ossos articulados apresentam entre si uma cavidade, deixando nítido o limite entre eles. (PUTZ; PABST, 2000.) SISTEMA ARTICULAR Classificação FIBROSAS: o tecido que se interpõe entre os ossos é conjuntivo fibroso. Este tecido também funciona como meio de união. CARTILAGÍNEAS: estão interpostos entre os ossos, tecido cartilaginoso, que também funciona como meio de união. SINOVIAIS: neste grupo está interposto entre os ossos um fluído, o líquido sinovial. O líquido sinovial não funciona como meio de união entre os ossos deste grupo articular. A classificação das articulações se dá pelo tecido entre os ossos que se articulam: ARTICULAÇÕES FIBROSA ARTICULAÇÕES FIBROSAS SUTURAS: ocorrem entre os ossos do crânio. SINDEMOSES: estão localizadas entre os ossos longos do esqueleto apendicular do antebraço e da perna. GONFOSE: é um tipo especial de articulação fibrosa verificada entre os dentes e as cavidades ósseas alveolares destinadas a sua implantação, constituindo a Gonfose Dento-Alveloar, denominada pelos Periodontistas de Ligamento Periodontal. Unidos por continuidade - IMÓVEIS. SUTURAS São articulações fibrosas verificadas entre os ossos do crânio. Unem-se por continuidade e não produzem movimento SERRÁTIL PLANA ESCAMOSA ESQUINDILESE ARTICULAÇÕES FIBROSAS Apresentam suas faces ósseas articulares com aspecto retilíneo. Ex: Sutura Internasal (1). Sutura intermaxilar (2) (PUTZ; PABST, 2000.) SUTURAS - Plana ARTICULAÇÕES FIBROSAS Apresentam-se com um formato que lembra os dentes de uma serra. SAGITAL (2): PARIETAIS. CORONAL (1): FRONTAL E PARIETAIS. LAMBDÓIDEA (3): OCCIPITAL E PARIETAIS. SUTURAS - Serrátil ARTICULAÇÕES FIBROSAS As faces ósseas articulares se apresentam biseladas, sobrepondo-se uma a outra como as escamas de um peixe. ESCAMOSA (1): temporal e parietal. (PUTZ; PABST, 2000.) SUTURAS - Escamosa ARTICULAÇÕES FIBROSAS Apresentam um união peculiar entre ossos, onde uma das faces articulares apresenta forma de goteira ou canal (1) e a outra apresenta forma de crista (2). ESFENOVOMERAL (3): Esfenóide e Vômer. SUTURAS - Esquindilese ARTICULAÇÕES FIBROSAS No antebraço é representada pela MEMBRANA INTERÓSSEA DO ANTEBRAÇO (2). Apresentam uma quantidade maior de tecido fibroso (1), o que não lhe garante mobilidade, porém dá elasticidade suficiente para que possam acompanhar os movimentos das articulações sinovias contíguas. Na perna, além da MEMBRANA INTERÓSSEA DA PERNA (3), encontramos ainda as Sindesmoses Tíbio-Fibulares Proximal (4) e Distal (5). (PUTZ; PABST, 2000.) SINDESMOSE ARTICULAÇÕES FIBROSAS No antebraço é representada pela MEMBRANA INTERÓSSEA DO ANTEBRAÇO (2). Na perna, além da MEMBRANA INTERÓSSEA DA PERNA (3), encontramos ainda as Sindesmoses Tíbio-Fibulares Proximal (4) e Distal (5). SINDESMOSE ARTICULAÇÕES FIBROSAS Apresentam pouco tecido conjuntivo fibroso, por isso apresentam mínima possibilidade de movimento. Funcionam como um sistema de amortecimento das forças mastigatórias, evitando que sejam transmitidas ao osso como força de pressão. Articulação Dento- Alveolar. (PUTZ; PABST, 2000.) GONFOSE ARTICULAÇÕES FIBROSAS ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Este grupo articular está dividido em dois sub-grupos de acordo com o tipo da cartilagem envolvida na união entre os ossos. São articulações imóveis (continuidade) SINCONDROSES: neste grupo a cartilagem que une os ossos é do tipo hialina. SÍNFISES: são articulações compostas por cartilagem fibrosa. ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEA SINCONDROSES: articulações temporárias, em razão de ter um tempo de permanência limitado ao período de crescimento, sendo substituídas por tecido ósseo. INTRA-ÓSSEA - une as partes de um mesmo osso. Ex: as epífises com o corpo dos ossos longos através dos discos de cartilagem das metáfises. INTER-ÓSSEA – une ossos distintos entre si. Ex: a sincondrose esfenoccipital unindo o osso esfenóide e a parte basilar do osso occipital. SINCONDROSE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Durante a fase de crescimento ósseo, os ossos longos apresentam uma sincondrose unindo o corpo com as epífises, está sincondrose está em uma região denominada metáfise sendo designada de disco epifisial SINCONDROSE – Intra-óssea ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Muito comuns na base do crânio permanecem durante a fase de crescimento. EX: SINCONDROSE ESFENOCCIPITAL. Após cessar o crescimento o tecido cartilaginoso é substituído por tecido ósseo. (PUTZ; PABST, 2000.) SINCONDROSE – Inter-óssea ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Denominadas de articulações cartilagíneas permanentes, pois permanecerem mesmo após findo o período de crescimento. MANUBRIESTERNAL PÚBICA intervertebral SÍNFISE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS SÍNFISE PÚBICA 1: une as faces sinfisiais das duas porções púbicas dos ossos do quadril. SÍNFISE MANUBRIESTERNAL 2: une o manúbrio ao corpo do osso esterno. SÍNFISE INTERVERTEBRAL 3: une os corpos vertebrais entre si. (PUTZ; PABST, 2000.) SÍNFISE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Permitem o livre deslizamento entre os ossos que estão articulando-se, isto porque, entre eles não se interpõe nenhum tecido rígido, e sim um fluído denominado líquido sinovial. Neste grupo articular os ossos são unidos pelo princípio da contiguidade, e portanto dotadas de mobilidade. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Por ser mais complexo funcionalmente, exige um envolvimento de um número maior de componentes. MEIOS DE UNIÃO: responsáveis por manter a união entre os ossos. Representam meios de união deste grupo: Cápsula articular e Ligamentos. MEIOS DE CONGRUÊNCIA: estruturas de fibrocartilagem responsáveis por promover o perfeito ajuste entre superfícies ósseas que não apresentam harmonia entre si. São meios de congruência: Meniscos, Discos, e Lábios Articulares. Não estão presentes em todas as Articulações Sinoviais. MEIOS DE DESLIZAMENTO: permitem um máximo de deslizamento entre os ossos articulantes, e reduzem o atrito, favorecendo o movimento e minimizando o desgaste das faces ósseas articulares. São representados pela: Cartilagem articular, Membrana sinovial, e pelo Líquido sinovial. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS CÁPSULA ARTICULAR (1) responsável por envolver os ossos em articulação e manter juntas suas extremidades. Ao envolver os ossos, a cápsula determina o aparecimento de um espaço para armazenar o líquido sinovial, esse espaço recebe o nome da CAVIDADE ARTICULAR (2). Internamente a cápsula é revestida por uma membrana serosa, a MEMBRANA SINOVIAL (3). (PUTZ; PABST, 2000.) MEIOS DE UNIÃO - Cápsula articular ARTICULAÇÕES SINOVIAIS São feixes fibrosos responsáveis por auxiliar a cápsula articular como meio de união. Estão classificados em: Capsulares; Intracapsulares; e Extracapsulares . CAPSULARES: são aqueles que se justapõem em alguns pontos externos da cápsula visando reforçá-la. Ex: LIGAMENTOS COLATERAIS TIBIAL (1) e FIBULAR (2); LIGAMENTO DA PATELA (3). (PUTZ; PABST, 2000.) MEIOS DE UNIÃO - Ligamentos ARTICULAÇÕES SINOVIAIS INTRACAPSULARES: estão situados dentro da cápsula, muito resistentes, prendem-se as extremidades ósseas articulares. Ligamentos Cruzados Anterior (1), e Posterior (2) do Joelho;e o Ligamento da cabeça do fêmur (3) (PUTZ; PABST, 2000.) MEIOS DE UNIÃO - Ligamentos ARTICULAÇÕES SINOVIAIS EXTRACAPSULARES: não apresentam qualquer relação com a cápsula, entretanto sua inserção nos ossos em articulação ajudam a função da cápsula. LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR (PUTZ; PABST, 2000.) MEIOS DE UNIÃO - Ligamentos ARTICULAÇÕES SINOVIAIS MENISCOS: Além de harmonizar o contato entre os ossos, também apresentam função amortecedora em razão de sua resiliência. MENISCOS MEDIAL (1) apresentando a típica forma de meia lua; e o MENISCO LATERAL (2) com formato que lembra a letra “ C “. MEIOS DE CONGRUÊNCIA - Meniscos ARTICULAÇÕES SINOVIAIS LÁBIOS: Localizam-se nas articulações do Ombro (escápulo-umeral) e do Quadril (coxo-femural). contornam as superfícies articulares côncavas envolvidas nessa junturas, e assim aumentam a superfície de contato com o osso contíguo. Lábios articulares, da articulação do ombro (1); e da articulação do quadril (2). (PUTZ; PABST, 2000.) MEIOS DE CONGRUÊNCIA - Lábios ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Escápulo-Umeral MEIOS DE CONGRUÊNCIA - Lábios ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DISCOS: Estrutura de fibrocartilagem apresentando forma discóide. ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR 2 e A. TÊMPORO-MANDIBULAR (ATM) 3. MEIOS DE CONGRUÊNCIA - Discos ARTICULAÇÕES SINOVIAIS CARTILAGEM ARTICULAR (1): Tecido cartilaginoso de natureza hialina, que reveste as Faces Ósseas Articulares, tornando-as mais lisas e polidas. Conferem a superfície óssea, cor branca de aspecto brilhante. São importantes para permitir o máximo de deslizamento com o mínimo de atrito, e assim evitar o desgaste das Faces Ósseas Articulares. É um tecido avascular, e por isso depende do líquido sinovial para nutrir-se. Também apresentam um baixo potencial de regeneração. MEIOS DE DESLIZAMENTOS – Cartilagem articular ARTICULAÇÕES SINOVIAIS MEMBRANA SINOVIAL (1): Membrana serosa abundantemente vasculariza e inervada, que reveste internamente a cápsula articular. Sua principal função consiste produzir e secretar para a cavidade articular o líquido sinovial. LÍQUIDO SINOVIAL (2): Líquido viscoso pela riqueza em ácido hialurônico, contido na cavidade articular das articulações sinovias, banhando suas superfícies articulares. Melhora o deslizamento entre os ossos e nutrir a cartilagem articular. MEIOS DE DESLIZAMENTOS Membrana sinovial – Líquido sinovial ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Abdução e Adução. Disponível em:< www.fm.usp.br/.../punho/abducao_aducao4.jpeg >. Acesso em:12/05/2006 CASTRO, S.V. de. Anatomia Fundamental. 2.ed. São Paulo: Mc Graw Hill do Brasil, 1985. COMISSÃO FEDERATIVA DA TERMINOLOGIA ANATÕMICA. Terminologia Anatômica: terminologia anatômica internacional. São Paulo: Manole, 2001. DANGELO, J.G.; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar para o Estudante de Medicina. 2.ed. Belo Horizonte: Atheneu,1998. GRAY, H.; GOSS, C.M. Anatomia. 29.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. LIBERATO, J.A., DiDio, L.J.A. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. 2. ed. Belo Horizonte: Atheneu, 2002.v.1. MOORE, K.L. Anatomia Orientada para a clínica. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. PUTZ, R.; PABST, R. (Ed.). Atlas de Antomia Humana Sobotta. 21.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 2v. JARVIS, C. Exame Físico e Avaliação de saúde. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2002. Sistema Esquelético. Disponível em:< www.milpaginas.hpg.ig.com.br/img/menugif.html>. Acesso em:12/05/2006. REFERÊNCIAS