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SÍNCOPE É a perda transitória da consciência secundária à hipoperfusão cerebral. Início rápido. Curta duração. Recuperação espontânea. Associa-se à incapacidade de manter o tônus postural. ClassificaçãoPERDA SÚBITA DA CONSCIÊNCIA NÃO TRAUMÁTICA TRAUMA DE CRÂNIO SÍNCOPE CRISE EPILÉPTICA CAUSAS RARAS PSICOGÊNICA Síncope reflexa Hipotensão ortostática cardiogênica Generalizada Tônica Clônica Tonico-clônica Atônica Pseudosíncope psicogênica Convulsões não epilépticas psicogênicas S. do roubo da subclávia AIT vertebrobasilar Hemorragia subaracnóide Classificação Cardiogênica. Reflexa. Ortostática postural. Diagnóstico diferencial Queda comum, com ou sem TCE. Agressão com TCE. Síndrome convulsiva. Histeria. Classificação da síncope reflexa Vasovagal Ortostática Geralmente em pé, sentado menos frequente. Emocional Medo, dor, fobia de sangue. Situacional Durante micção ou defecação. Tosse ou espirro. Após exercício. Síndrome do seio carotídeo Formas não clássicas Sem pródromo. Sem desencadeantes. Apresentação atípica Síncope vasovagal clássica “Guardas desmaiam devido ao calor na cerimônia de aniversário de Elizabeth.” “Miss desmaia sob o sol.” Classificação da síncope por hipotensão ortostática Induzida por droga Vasodilatadores, diuréticos, fenotiazina, antidepressivos. Depleção de V Hemorragia, diarreia, vômitos. Insuficiência autonômica primária Insuficiência autonômica pura, atrofia sistêmica múltipla, Parkinson. Insuficiência autonômica secundária DM, amiloidose, neuropatia autonômica AI, insuficiência hepática Síncope por hipotensão ortostática Hipotensão ortostática postural Queda da PAS > 20 mmHg, queda da PAD > 10 mmHg ou ambas ao assumir a posição ortostática. Posição supina Posição ortostática. Deslocamento de sangue em MMII Necessário ajustes compensatórios imediatos. Anormalidades no SNA Incapacidade de elevar a RVP ao assumir a posição ortostática. Classificação da síncope cardíaca Pior prognóstico. Arritmias como causa principal. Bradicardia Doença do nó sinusal. Doença no sistema de condução AV Taquicardias Supraventriculares. V. Doença cardíaca estrutural Estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica, IAM, tumores, anomalias congênitas das aa. coronárias, disfunção de prótese valvar. Vasos cardiopulmonares Embolia pulmonar, dissecção de aorta, hipertensão pulmonar. Condições erroneamente classificadas como síncope Crise convulsiva. Queda sem perda do nível de consciência. Coma. Parada cardíaca. Hemorragia intracerebral ou subaracnóidea. Isquemia vértebro-basilar. Isquemia carotídea. Síndrome do roubo da subclávia. Hipoglicemia. Hipóxia. Intoxicação. F predisponentes de síncope recorrente Estenose de aorta. Insuficiência renal. BAV. Sexo masculino. DPOC. ICC. Fibrilação A. Idade avançada. Medicações ortostáticas. SÍNCOPE AVALIAÇÃO INICIAL (HISTÓRIA E EXAME FÍSICO, ECG, PA DEITADO E SENTADO) DIAGNÓSTICO CERTO OU ALTAMENTE PROVÁVEL DIAGNÓSTICO INCERTO BAIXO RISCO, EVENTO ÚNICO OU RECORRÊNCIA RARA BAIXOS RISCOS DE SÍNCOPES RECORRENTES ALTOS RISCOS DE EVENTOS GRAVES EM TEMPO CURTO INICIAR TRATAMENTO AVALIAÇÃO PRECOCE E TRATAMENTO EXAMES SUBSIDIÁRIOS SEGUIDOS POR TRATAMENTO ESTRATIFIÇÃO DE RISCO EXPLICAÇÃO, SEM NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO POSTERIOR FR Sexo masculino. Idade > 60. Sem pródromo. Palpitação antes da síncope. Síncope durante esforço. Palpitação cardíaca estrutural. ICC. Doença cerebrovascular. História familiar de morte súbita cardíaca. Trauma. Sangramento evidente. Sinais vitais anormais. ECG anormal. Troponina positiva. Características de baixo risco na avaliação da síncope Durante a síncope Associado a pródromo. Após estímulo desagradável repentino. Após muito t de pé, locais cheios ou quentes. Durante refeição ou logo após. Desencadeado por tosse, ao urinar ou defecar. Com a rotação da cabeça ou massagem no seio carotídeo. Ficar de pé da posição sentada ou deitada. AP Episódios recorrentes com características de baixo risco. Ausência de doença cardíaca estrutural. EF Normal. ECG Normal. Características de alto risco na avaliação da síncope Durante a síncope Principal Início de desconforto torácico, dispneia, dor abdominal ou cefaleia. Síncope durante exercício ou quando deitado. Início repentino de palpitação, seguido de síncope. Menor Nenhum sinal de alarme ou pródromo curto. História familiar súbita cardíaca. Síncope na posição sentada. AP Principal Doença coronariana ou estrutural grave. EF Principal PAS < 90 mmHg de forma inexplicável. Sangramento GI sugestivo ao exame retal. Bradicardia persistente quando acordado e sem treinamento físico. Murmúrio S não diagnosticado. ECG Principal Alteração consistente com isquemia cardíaca. BAV de 2º ou 3º ° Mobitz II. Fibrilação A. Bradicardia persistente ou B SA ou parada sinusal > 3s sem treinamento físico. B de ramo, distúrbio de condução intraventricular, hipertrofia V, onda Q consistente ou isquemia cardíaca ou cardiomiopatia. Taquicardia V. Disfunção de marcapasso. Elevação do segmento ST. Menor B de 2º ° Mobitz I e bloqueio de 1º ° com intervalo PR prolongado. Bradicardia sinusal leve assintomática. Fibrilação A ou taquicardia supraventricular. Complexo QRS pré-excitado. Intervalo QT curto. Padrão Brugada atípico. Diagnóstico de síncope História. EF, PA em pé e deitado. ECG. Exames adicionais Monitoramento por ECG Suspeita de síncope por arritmia. ECO História prévia de doença cardíaca. Dados sugerindo doença estrutural cardíaca. Síncope secundária à causa cardíaca. Massagem de seio carotídeo > 40 a. É + quando pausa sinusal > 3s e/ou queda de PAS > 50mmHg. Head-up Tilt Test (teste de inclinação ortostática) Exames de sangue D – dímero. TEP. Eletrólitos. Glicemia. Hb, Ht Hemorragia. Gasometria Hipóxia. Troponina Isquemia. DIARREIA CRÔNICA Diagnóstico sindrômico Síndrome diarreica ou má absorção. Anamnese do paciente com diarreia Quanto ao início e duração. Nº de evacuações. Quantidade de fezes. Aspecto geral das fezes. Dor abdominal. Febre. Emagrecimento. Sintomas constitucionais. Doenças associadas – HIV, DM. Uso de medicamentos laxativos, drogas. Investigação de hábitos alimentares. Viagens. AF. Investigação social. Sinais de alarme nos pacientes com diarreia Perda de P. Sintomas noturnos. História familiar de ca de cólon. Sangue nas fezes. Uso recente de ATB. Anormalidades relevantes no EF. Idade > 50 a. Início recente de sintomas. Sexo masculino. Síndrome de má absorção Má absorção Distúrbio da absorção de nutrientes, compreende defeitos que ocorrem durante a digestão e absorção dos nutrientes pelo TGI. Pode ocorrer alteração da digestão e absorção dum único nutriente ou de quase todos os nutrientes. Principais sintomas Diarreia e emagrecimento. Manifestações clínicas Diarreia. Esteatorreia. Emagrecimento. Fadiga. Flatulência e distensão abdominal. Edema. Anemia. Sangramento. Osteopenia e osteomalácia. Manifestações neurológicas. Causas de síndrome de má absorção Doenças da mucosa do intestino delgado Doença celíaca. Doença de Crohn. Lesão por radioterapia. Crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado. Infecção por parasita ou verme. Remoção cirúrgica total ou parcial. Doenças pancreáticas Fibrose cística. Infecção ou inflamação do pâncreas. Trauma pancreático. Cirurgia para remover parte do pâncreas. Outras causas AIDS e HIV. Alguns medicamentos. Gastrectomia e tratamentos cirúrgicos para obesidade. Colestase. Doença hepática crônica. Intolerância à proteína do leite de vaca. Intolerância à proteína da soja. FR para diarréias crônicas História familiar de neoplasia, doença celíaca ou doença inflamatória. Doença pancreática prévia. Dieta. Medicamentos. Viagens. Uso recente de ATB. Cirurgias prévias Ressecção do íleo e cólon ascendentes. Após colecistectomias. Ressecção de íleo terminal Diarreia ácida biliar logo após refeição. Doença sistêmica Tireotoxicose, hipoparatireoidismo, DM, doença adrenal. Álcool Efeito tóxico direto no intestino. Reduz atividade das dissacaridases. Reduz função do pâncreas. Algoritmo para investigação de doenças crônicasEXAMES DE SANGUE: Hemograma com VHS, ureia e creatinina, função hepática, B12, folato, cálcio, ferro e ferritina, PCR, função tireoidiana, albumina, sorologia para doença celíaca PRIMEIRA CONSULTA Fezes: C. difficile e calprotectina Câncer ou Doença Inflamatória Intestinal colorretal Colonoscopia + Ileonoscopia + Biópsia Sigmoidoscopia flexível + (jovens) SUSPEITA DE INFLAMAÇÃO OU CÂNCER Doença celíaca EDA + Biópsia Doença Inflamatória Intestinal Intestino delgado RNM ou cápsula endoscópica Considerar 1. Diagnóstico + para síndrome de intestino irritável ou diarreia funcional. 2. Encaminhar para especialista. Sorologia da doença celíaca É frequente a associação de doença celíaca e deficiência de IgA. Solicitar dosagem de IgA, se baixa, solicitar IgG anti- endomísio e anti- transglutaminase. Má absorção Ureia e creatinina, função hepática, B12, folato, cálcio, ferro e ferritina e albumina Segunda consulta Imunodeficiência: Igs, HIV Fezes: C. difficile e outros parasitas Diarreia de ácidos biliares SeHCAT ou teste sanguíneo C4; se não disponível ácidos biliares fecais Colite microscópica Colonoscopia + Biópsia Descartar Intolerância a lactose Teste respiratório do hidrogênio expirado (provocação com 25g de lactose) Considerar incontinência fecal ou impactação Suspeita de fistula: RNM ou TC abdome/pelve com contraste Diarreia após radiação De gorduras RNM de pâncreas Teste de elastase fecal Má absorção Multifatorial EDA com biópsia de jejuno Crescimento bacteriano no intestino delgado - antibioticoterapia empírica Doenças estruturais cirúrgicas Causas raras ICC Diagnóstico sindrômico Síndrome edematosa/dispneica. Complicações da HAS Identificação de lesões em órgãos alvo Hipertrofia do VE. Angina ou IAM prévio. ICC. AVC. Isquemia cerebral transitória. Alterações cognitivas ou demência vascular. Nefropatia. Doença vascular arterial de extremidade. Retinopatia. FR para doenças cardiovasculares Modificáveis DM. HAS. Hipercolesterolemia. Hipertrigliceridemia. Excesso de P e obesidade. Tabagismo. Abuso de álcool. Sedentarismo. Não modificáveis Idade. Sexo masculino. Genética. Raça. IC É uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas PE. Tal síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no DC e/ou das elevadas PE no repouso ou no esforço. A maioria das doenças que levam à IC caracterizam-se pela presença de baixo DC no repouso ou no esforço. Algumas situações clínicas de alto DC também podem levar à IC, como tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas e beribéri. IC aguda Alterações rápidas ou graduais de sinais e sintomas resultando em necessidade de terapia urgente. IC crônica Natureza progressiva e persistente da doença. Classificação da IC De acordo com a fração de ejeção Normal > 50%. Intermediária entre 40 a 49%. Reduzida < 40%. De acordo com a gravidade De acordo com a progressão da doença Quanto a localização IC E, + comum. IC D. ICC ou global. Manifestações da IC E Tosse crônica não produtiva. Fadiga e intolerância ao exercício. Dispneia é o sintoma + comum Inicialmente ao exercício. Ortopnéia. Dispneia paroxística noturna. Dispneia ao repouso. Noctúria Excreção do líquido acumulado durante o d. Manifestações da IC D Perda de apetite e náuseas. Sinais de retenção de líquido Estase jugular a 45°. Edema de MMII. Hepatomegalia dolorosa. Nos casos + avançados, ascite. F descompensadores da IC Parada do uso dos medicamentos. Ingesta excessiva de sal. Anemia. Infarto. Arritmia. Embolia pulmonar. Infecção. Hipertireoidismo. Outros. Sinais e sintomas da IC ICC Quando suspeitar de IC Critérios de Framingham 2 maiores simultâneos ou 1 maior e 2 menores. Algoritmo diagnóstico Outros exames Monitorização laboratorial seriada de função renal e eletrólitos ao longo do tratamento da IC. ECG de repouso. RX de tórax. RM. Cintilografia miocárdica de Q. Angiotomografia coronária Avaliação inicial Hemograma. Eletrólitos séricos. Função renal. Glicemia de jejum. Hb glicada. Perfil lipídico. Função tireoidiana. Função hepática. ANEMIA Diagnóstico sindrômico Síndrome da fadiga/cansaço. Classificação das anemias Quanto à fisiopatologia. Quanto à morfologia. Quanto à produção eritrocitária. Quanto à fisiopatologia Quanto à morfologia Baseada no tamanho das células vermelhas, segundo o VCM Microcíticas. Normocíticas. Macrocíticas. Baseada nos valores da HCM Hipocrômica. Normocrômica. Quanto à produção eritrocitária Investigação de anemias – quadro clínico Sintomas inespecíficos Cansaço. Fadiga. Perda de E. Irritabilidade. Distúrbios do sono. Palpitações. Icterícia. Dores ósseas e articulares. Sangramentos. Febre. Adenomegalia. Sintomas de descompensação de uma doença de b Angina. Claudicação intermitente. Episódio isquêmico transitório. Dispneia. Sinais de anemia Taquicardia. Presença de S cardíaco. Icterícia. Equimoses e petéquias. Alterações musculoesqueléticas. Queilite angular. Língua careca. Hepatomegalia. Esplenomegalia. Adenomegalia. Insuficiência respiratória. Ritmo de galope e ICC, casos graves. Alterações na pele e mucosas Palidez e alterações de fâneros. Hemograma Avaliar as séries branca e plaquetária. VCM e HCM Definir se a anemia é microcítica, normocítica, macrocítica, hipocrômica, ou normocrômica. RDW Mede a intensidade da anisocitose. Análise do esfregaço do sangue periférico Morfologia da célula vermelha ou a presença de inclusões no interior dos glóbulos vermelhos. Outros exames Contagem de reticulócitos. Dosagem de Fe sérico. Sat da transferrina. C total de ligação do Fe. Dosagem de ferritina. Eletroforese de Hb. Bilirrubinas. DHL. Coombs. Dosagem de enzimas. Dosagem de folatos, B12. Exames laboratoriais que confirmam a presença de hemólise Aumenta bilirrubina indireta. Reduz haptoglobina. Aumenta DHL. Aumentam reticulócitos. Características das principais anemias Anemia macrocítica – causas Comum Drogas. Álcool. Doença hepática. Reticulocitose. Deficiência de folato e ou B12. Síndrome mielodisplásica. Infiltração medular. Menos comum Aplasia. Anemia megaloblástica Termo usado por Ehrlich ao ver blastos gigantes na medula óssea de pacientes com “anemia perniciosa”. Presença de macro eritroblastos na medula. Hipersegmentação de neutrófilos. Macroovalócitos no sangue. Além da anemia pode haver leucopenia e plaquetopenia. Megaloblastos Eritroblastos grandes com assincronia entre núcleo e citoplasma. Quadro clínico da deficiência de B12 Diagnóstico laboratorial de anemia megaloblástica Aumento de DHL. Aumento de bilirrubina indireta. Dosagem das vitaminas. Dosagem sérica de ácido metilmalônico e de homocisteína total. Hemograma Anemia macrocítica, leucopenia, trombocitopenia, acompanhados de anisocitose, macrocitose com macro-ovalócitos, poiquilocitose, e granulócitos polissegmentados. Reticulócitos Contagem normal ou baixa. Granulócitos Hipersegmentação nuclear. Anemia perniciosa Forma + comum de anemia megaloblástica por carência de vitamina B12. Gastrite atrófica com ausência de produção de HCl e de F intrínseco, causada por mecanismo AI. Anemia macrocítica, glossite, doença neurológica progressiva. Outras manifestações de autoimunidade Vitiligo, ac anti F intrínseco, ac anti células parietais, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto. Importante EDA com biópsia. Teste de Schilling. VCM alto. Anemia falciforme Doença hereditária de origem africana, trazida ao Brasil durante o período de imigração dos escravos. É denominada por uma conformação atípica das hemácias, em forma de ½ lua ou foice. Essas células afoiçadas têm muita dificuldade de passar pelas vv., ocasionando o entupimento dos vasos sanguíneos e muitas dores ao paciente, principalmente nos ossos. Clínica Anemia hemolíticaIcterícia. Crise vaso-oclusiva Crises dolorosas generalizada. AVC. Infarto de órgãos. Tromboses. Infecções recorrentes. Úlceras de pernas. Necrose óssea. Hipodesenvolvimento geral e gonadal. Síndrome torácica aguda Tosse, febre, dor no peito, taquipneia. Crise de sequestro esplênico Hipoesplenismo ou asplenismo. Tratamento Vacinação, suporte, transfusão, Tx de medula óssea. Transfusão Hemocromatose. Diagnóstico laboratorial Hb 5 a 9 g/dL. VCM e HCM normais. RDW elevado. Morfologia eritrocitária Anisocitose, poiquilocitose e anisocromia. Poiquilocitose com presença de células falciformes, esquizócitos, células em alvo, etc. É muito frequente a policromasia e eritroblastos ortocromáticos. Diagnóstico A eletroforese de Hb é o exame laboratorial específico para o diagnóstico de anemia falciforme, mas a presença da HbS pode ser detectada pelo teste do pezinho. FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA Diagnóstico sindrômico Síndrome febril. Conceito 1961 – Petersdorf and Beeson Pelo menos 3 medidas de temperatura oral > 38°C, duração mínima de 3 semanas, na ausência de hipóteses diagnósticas que expliquem a febre, após 1 semana de investigação. 1984 – Petersdorf T. ax. maior ou = 37.8°C em várias ocasiões por um período maior ou = 3 semanas, sem diagnóstico após 1 semana de investigação intra-hospitalar. 1991 – Durack e Street 3 dias de internação ou 3 visitas em consultório. Causas + comuns TB extrapulmonar e miliar. Abcessos principalmente intra abdominais. Endocardite. ITU. Síndrome de mononucleose. Linfomas e leucoses. Carcinomas do TGI principalmente cólon. Hepatomas. Síndromes mielodisplásicas. Carcinoma de células renais. Doença de Still do adulto. LES. Polimialgia R. Arterite temporal. Doença inflamatória intestinal. Febre factícia. Febre por drogas. Investigação – algoritmoT axilar ≥ 37.8°C por pelo menos 1 semana História e exame físico Hemograma, urina I, hemocultura (3 amostras), RX de tórax, PCR, VHS, eletroforese de proteínas, FAN, fator reumatoide, teste do naproxeno. Excluir febre por droga ou factícia. Diagnóstico NÃO SIM PNEUMONIA Diagnóstico sindrômico Síndrome respiratória aguda grave. Diagnóstico etiológico Pneumonia típica e atípica. Conceito Pneumonias são doenças inflamatórias agudas de causa infecciosa que acometem os espaços aéreos e são causadas por vírus, bactérias ou fungos. PAC Doença adquirida fora do ambiente hospitalar ou que se manifesta em até 48h da admissão à unidade assistencial. Agentes etiológicos PAC ambulatorial (leve) Internados (não em UTI) Internados em UTI (grave) S. pneumoniae S. pneumoniae S. pneumoniae M. pneumoniae M. pneumoniae Bacilos gram-negativos C.pneumoniae C.pneumoniae H. influenzae Vírus respiratórios Vírus respiratórios Legionella sp. H. influenzae H. influenzae S. aureus Manifestações clínicas Microrganismos típicos Instalação hiperaguda. Febre alta. Calafrios. Dor pleurítica. Tosse com expectoração purulenta. Microrganismos atípicos Instalação subaguda. Sintomas gerais Dor de garganta. Mal estar. Mialgia. Cefaleia. Tosse seca. Febre baixa. Legionella Diarreia, náuseas, vômitos. Sinais de alerta nos idosos T. > 38,3°C ou hipotermia. Taquipneia. Vômitos. Alteração do nível de consciência. EF Microrganismos típicos FTV aumentado. Macicez ou submacicez. MV reduzido com crepitações. S tubário. Derrame pleural Abolição do MV, macicez, FTV abolido. Microrganismos atípicos Costuma ser normal ou com discretos estertores crepitantes. Manejo Reconhecer FR. Avaliar a gravidade da pneumonia. Decidir o local de tratamento. Escolher o ATB. Diagnóstico correto – tríade Anamnese. EF. RX de tórax. FR Envelhecimento. Tabagismo. DPOC. IC. Colonização da orofaringe. Micro e macro aspiração. Alcoolismo. Cirrose hepática. Deficiência nutricional. Imunossupressão. F ambientais. Exames complementares Métodos de imagem Quanto tempo demora para uma imagem de pneumonia melhorar ao RX? 2 a 4 semanas – resolução radiológica: após 6 semanas. Quando repetir o RX de tórax? Fumantes acima de 50 anos. Persistência de sintomas. Persistência de achados no EF. Laboratoriais Hemograma Leucopenia Mau prognóstico. Glicemia Identifica comorbidade. Eletrólitos Ureia > 65 mg/dL Forte indicativo de gravidade. Transaminases Identifica comorbidade. Proteína C reativa Valor prognóstico. Procalcitonina Marcador para avaliar septicemia. Pouco disponível, custo elevado. Exames para diagnóstico etiológico da PAC Critério de gravidade CURB – 65 SÍNDROME DE SHEEHAN Diagnóstico etiológico Síndrome de Sheehan ou pan-hipopituitarismo. Causas de pan-hipopituitarismo Adenoma hipofisário Adenoma não funcionante Adenoma funcionante Cirurgia de adenoma hipofisário Radioterapia Cerebral Hipofisária Lesões da região selar – supra selar Craniofaringioma Cisto da bolsa de Rathke Metástases hipofisárias Gliomas hipotalâmicos Inflamações ou infecções Hipofisite Histiocitose Sarcoidose TB Hemocromatose hereditária Abscesso hipofisário Hemorragia hipofisária Apoplexia hipofisária Síndrome de Sheehan Traumática Lesões traumáticas cerebrais Conceito Hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária decorrente de hipotensão ou choque por causa de hemorragia maciça durante ou logo após o parto. Quadro clínico Apresentação aguda Apresentação crônica Hipotensão e choque Astenia, fadiga, redução da F muscular Taquicardia Pele seca, enrugada e hipopigmentada Palidez, anemia Hipoglicemia Constipação, intolerância ao frio Náuseas, vômitos, hiponatremia Hiponatremia Rarefação dos pelos axilares e pubianos Amenorreia, infertilidade, agalactia Fadiga extrema Libido diminuída, atrofia das mamas Redução da secreção vaginal Náuseas Lentidão mental, apatia Vômitos Distúrbios psiquiátricos Diagnóstico Sela túrcica vazia cheia de líquor Tratamento Reposição hormonal Corticóide Prednisona. H tireoidiano Levotiroxina. Hormônios sexuais Estrógenos e progesterona.
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