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de modo especial, devido a uma necessidade maior de eliminação de calor pelo organismo. Como consequência da intensidade do fluxo sanguíneo, o débito cardíaco também se eleva, às vezes chegando a 60% ou mais acima do normal, na presença de grande excesso de hormônio tireoidiano, e caindo para apenas 50% do normal, no hipotireoidismo grave. ▪ Fluxo Sanguíneo e Débito Cardíaco ○ Aumento da Frequência Cardíaca ▪ ▪ A frequência cardíaca aumenta consideravelmente mais sob a influência do hormônio tireoidiano do que seria esperado pelo aumento no débito cardíaco. Portanto, o hormônio tireoidiano parece apresentar efeito direto na excitabilidade do coração, o que eleva a frequência cardíaca. Esse efeito é de particular importância porque a frequência cardíaca é um dos sinais físicos que o médico utiliza para determinar o excesso ou a redução da produção de hormônio tireoidiano. Frequência Cardíaca ○ Pequenos aumentos do HT = Aumento da Força▪ ▪ Aparentemente, a elevação da atividade enzimática, provocada por apenas ligeiro aumento da secreção do hormônio tireoidiano, já é capaz de aumentar a força da contração cardíaca. Contudo, quando a secreção do hormônio tireoidiano é acentuadamente elevada, a força do músculo cardíaco fica deprimida, devido ao catabolismo proteico excessivo, por longos períodos. Força do Batimento Cardíaco ○ Aumento do Volume Sanguíneo ▪ Volume Sanguíneo ○ ▪ A pressão arterial média, em geral, permanece aproximadamente normal após a administração de hormônio tireoidiano. Devido ao maior fluxo sanguíneo através dos tecidos, entre os batimentos cardíacos, a pressão de pulso frequentemente aumenta; a pressão sistólica se eleva de 10 a 15mmHg no hipertireoidismo, e a pressão diastólica é reduzida na mesma intensidade. Pressão Arterial ○ Aumento da Frequência e Profundidade ▪ ▪ Um maior metabolismo aumenta a utilização de oxigênio e a formação de dióxido de carbono; esses efeitos ativam todos os mecanismos que elevam a frequência e a profundidade da respiração. Efeitos dobre a Respiração ○ Aumento das secreções digestivas e aumento da motilidade intestinal ▪ ▪ Além do apetite maior e da ingestão alimentar, já discutidos, o hormônio tireoidiano aumenta tanto a produção de secreções digestivas como a motilidade do trato gastrointestinal. O hipertireoidismo, portanto, frequentemente resulta em diarreia, enquanto a falta de hormônio tireoidiano pode causar constipação Efeitos sobre o Trato Gastrointestinal ○ ▪ Em geral, o hormônio tireoidiano aumenta a velocidade da atividade cerebral, embora os processos do pensamento possam estar dissociados; por outro lado, sua falta reduz a velocidade da atividade cerebral. Um indivíduo com hipertireoidismo, frequentemente, apresenta muito nervosismo e tem tendências psiconeuróticas, tais como complexos de ansiedade, preocupação excessiva e paranoia. Efeitos sobre o SNC○ ▪ Um leve aumento do hormônio tireoidiano faz com que os músculos reajam com vigor, Efeitos sobre a Musculatura○ Efeitos sobre o Sistema cardiovascular • Fisio 2 ▪ Um leve aumento do hormônio tireoidiano faz com que os músculos reajam com vigor, mas, quando a quantidade de hormônio fica excessiva, os músculos são enfraquecidos, devido ao excesso do catabolismo proteico. Ao contrário, a falta de hormônio tireoidiano torna os músculos vagarosos, relaxando-se lentamente, após uma contração. ▪ Devido ao efeito exaustivo do hormônio tireoidiano na musculatura e no sistema nervoso central, a pessoa com hipertireoidismo frequentemente se queixa de cansaço constante; entretanto, devido aos efeitos excitatórios dos hormônios tireoidianos nas sinapses, o sono é dificultado. Ao contrário, a sonolência extrema é característica do hipotireoidismo, e o sono chega a durar de 12 a 14 horas por dia, em alguns casos. Efeitos sobre o Sono○ ○ Para manter níveis normais de atividade metabólica no organismo, uma quantidade exata de hormônio tireoidiano deve ser secretada a cada momento; para atingir esse nível ideal de secreção, mecanismos específicos de feedback operam por meio do hipotálamo e da hipófise anterior, para controlar a secreção tireoidiana. Importância do Feedback• □ O efeito precoce mais importante, após a administração de TSH, é o início da proteólise da tireoglobulina, que provoca a liberação de tiroxina e tri- iodotironina no sangue, depois de 30 minutos. Os demais efeitos levam horas ou até mesmo dias e semanas para se desenvolver plenamente. 1° Efeito = 30 minutos ▪ ▪ Aumento da proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos, com resultante aumento da liberação dos hormônios tireoidianos para o sangue circulante e diminuição da própria substância folicular. Proteólise aumentada da tireoglobulina que foi armazenada nos folículos ○ ▪ Aumento da atividade da bomba de iodeto que aumenta a “captação de iodeto” pelas células glandulares, às vezes elevando a proporção entre as concentrações intra e extracelular de iodeto na substância glandular para até oito vezes o normal. Aumento da Atividade da Bomba de Iodeto○ Iodetação aumentada da tirosina e acoplamento aumentado para formar os HT○ Aumento do Tamanho e da Atividade Secretora das Células Tireoidianas ○ ▪ Aumento do número de células tireoidianas, além da transformação de células cuboides em colunares e grande pregueamento do epitélio tireoidiano nos folículos. Aumento do Número de Células Tireoidianas ○ Efeitos do TSH sobre a Secreção da Tireoide • REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HT Fisio 2 EFEITO DE FEEDBACK DO HORMÔNIO TIREOIDIANO PARA REDUZIR A SECREÇÃO DE TSH PELA HIPÓFISE ANTERIOR A elevação do hormônio tireoidiano nos líquidos corporais reduz a secreção de TSH pela hipófise anterior. Quando a secreção do hormônio tireoidiano eleva-se para 1,75 do normal, a secreção de TSH cai praticamente para zero. Quase todo esse efeito depressor por feedback ocorre até mesmo quando a hipófise anterior é separada do hipotálamo. Portanto, é provável que essa inibição ocorra, principalmente, por efeito direto do hormônio tireoidiano na própria hipófise anterior. Independentemente de onde se dá o controle por feedback, seu efeito consiste em manter uma concentração quase constante de hormônios tireoidianos nos líquidos corporais circulantes. Fisio 2