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Caso concreto 02 Renata deu à luz sua filha Mariza, que, em razão de má formação na gestação, sobreviveu por algumas horas e veio a falecer pouco depois do parto. Considerando que o pai de Mariza faleceu dias antes do nascimento e em dúvida sobre as consequências dos fatos narrados, Renata procura um advogado que afirma que com o nascimento Mariza adquiriu personalidade e capacidade de direito, mas não titularizou direitos subjetivos e, ao morrer, não haveria potencial sucessão. Assiste razão ao advogado? E se Mariza fosse natimorta, quais seriam as consequências? Resposta: Não, não assiste razão ao advogado, pois o Código Civil art. 2° diz que “a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Então Mariza tem sim potencial de sucessão e direitos a herança, pois foi aberta a sucessão com seu nascimento como diz no Art. 6°/CC “A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.” Logo se o pai morreu, sua herança vai para sua herdeira, no caso Mariza, no o art. 1.784°/ CC diz que “aberta a sucessão, a herança, transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.” Ou seja, a herança foi para Mariza que nasceu com vida, mas como morreu logo após, a herança fica para sua herdeira, que no caso é sua mãe. Se Mariza tivesse nascido morta, a sucessão seguiria normalmente como se ela nunca tivesse existido, a herança de seu pai ficaria para os herdeiros dele, que no caso são os pais. Questão objetiva (OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado.
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