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PEDAGOGIA METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL Alaíde Vales Franchito Cléia Maria Rivero Natália K. Gonçalves Eva Sandra M. Cipola http://www.unar.edu.br METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL- PBL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola É por meio da linguagem que nos constituímos como pessoas no mundo. Na Educação Infantil, aprimora-se a competência de oralidade que a criança traz do contexto familiar e insere-se a criança no universo da linguagem escrita. O aprendizado da linguagem Oral e Escrita é um dos elementos primordiais para que a criança amplie suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. Aprender uma língua é entender, interpretar e representar os significados dos discursos de acordo com o meio sociocultural. ( RCNEI, 1998 ) Pela proposta do município da cidade de Araras – SP as crianças matriculadas no jardim II ( crianças com 5 anos ), são obrigadas a saírem silábicas com valor sonoro ( ou pelo menos diminuir o número de pré-silábicos). Uma determinada escola deste município,em uma sala de jardim II, 50 % dos alunos estão em níveis de escrita considerados como silábicos de valor sonoro o restante se encontram em níveis alarmantes, diagnosticados como problemas de aprendizagem. Se valendo dos conceitos retirados do RCNEI, trace metas para o nivelamento de aprendizagem desta sala de jardim II. UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos : Nesta unidade estudaremos como se fundou e se desenvolveu a educação infantil na idade média. .Faremos a análise do texto de Ricardo da Costa - Prof. Adjunto de Hist. Medieval da UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. ESTUDANDO E REFLETINDO1 O amor é uma forma muito profunda e especial de afeto, difícil de ser descrito, difícil de ser registrado a não ser nas emoções daqueles que o compartilham. Por isso, a História registra sempre o que se veste, onde se vive, o que se come, mas dificilmente narra como se ama, especialmente a intensidade e a forma do amor. Os tipos de textos consultados pelos historiadores - as Crônicas, por exemplo - estão mais atentos aos acontecimentos importantes, aos personagens e à política. Assim, ofereceram pouco espaço para o mundo infantil, deixando muitas perguntas que não puderam ser respondidas satisfatoriamente. Por exemplo: como pais e filhos exprimiam seus carinhos, suas incompreensões? De que forma as crianças apreenderam o mundo existente? Como reagiram à escola e aos estudos? De qualquer maneira, o fato é que, historicamente, o papel da criança sempre foi definido pelas expectativas dos adultos, e esse anseio mudou bastante ao longo da história, embora a família elementar e o amor tenham existido em todas as épocas. A primeira herança da Antigüidade não é nada boa: a vida da criança no mundo romano dependia totalmente do desejo do pai. O poder do pater familias era absoluto: um cidadão não tinha um filho, o tomava. Caso recusasse a criança - e o fato era bastante comum - ela era enjeitada. Essa prática era tão recorrente que o direito romano se preocupou com o destino delas. E o que acontecia à maioria dos enjeitados? A morte. A segunda herança que a Idade Média herda da Antigüidade, a cultura bárbara, foi-nos passada especialmente por Tácito. Ele nos conta que a tradição germânica em relação às crianças era um pouco melhor que a romana. Os germanos não praticavam o infanticídio, as próprias mães amamentavam seus filhos e as crianças eram educadas sem distinção de posição social. O povo germânico era composto por um conjunto de lares, com dois poderes distintos: o matriarcal, Disponível em http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” exercido no seio da família, e o patriarcal, predominante na política e na organização social. No entanto, o destino das crianças naqueles clãs, como na cultura romana, também dependia da vontade paterna (direito de adoção, de renegação, de compra e venda). A criança aceita ficava aos cuidados dos parentes paternos (agnatos) e o destino dos bastardos, órfãos e abandonados era entregue aos parentes maternos, especialmente a tios e avós maternos. Dessas duas tradições culturais que se mesclaram e fizeram emergir a Idade Média, o status da criança naquelas sociedades antigas era praticamente nulo. Sua existência dependia do poder do pai: se fosse menina ou nascesse com algum problema físico, poderia ser rejeitada. Seu destino, caso sobrevivesse, era abastecer os prostíbulos de Roma e o sistema escravista. Até o final da Antigüidade as crianças pobres eram abandonadas ou vendidas; as ricas enjeitadas por causa de disputas de terra. Nesse contexto histórico-cultural é que se compreende a força e o impacto do cristianismo, que rompeu com essas duas tradições. O Cristo disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, de modo algum entrareis no Reino dos Céus. Aquele, portanto, que se tornar pequenino como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. (Mt 18, 1-4). A tradição cristã abriu, portanto, uma nova perspectiva à criança, uma mudança revolucionária. No entanto, foi um processo bastante lento, um processo civilizacional levado a cabo pela Igreja. Primeiro, por força das circunstâncias. Por exemplo, dos séculos V ao VIII, na Normandia, o índice de mortalidade infantil era muito elevado, 45%, e a expectativa de vida bem pequena, 30 anos. À primeira vista, esses dados arqueológicos poderiam sugerir ao historiador um sentimento de descaso para com a criança: a regularidade da morte poderia criar nos espíritos de então uma apatia, um medo de se apegar a algo tão frágil que poderia morrer à primeira doença. Por sua vez, fora do mundo secular, um espaço social lentamente impôs uma nova perspectiva à educação infantil: o monacato. Os monges criaram verdadeiros “jardins de infância” nos mosteiros, recebendo indistintamente todas as crianças entregues, vestindo-as, alimentando-as e educando-as, num sistema integral de formação educacional. As comunidades monásticas célticas foram as que mais avançaram nesse novo modelo de educação, pois se opunham radicalmente às práticas pedagógicas vigentes das populações bárbaras, que defendiam o endurecimento do coração já na UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” infância. Pelo contrário, ao invés de brutalizar o coração das crianças para a guerra e a violência, os monges o abriam para o amor e a serenidade. As crianças eram educadas por todos do mosteiro até a idade de quinze anos. A Regra de São Bento prescreve diligência na disciplina: que as crianças não apanhem sem motivo, pois “não faças a outrem o que não queres que te façam.” Toco aqui em um ponto importante e de grande discussão na História da Educação. O sistema medieval e monástico previa a aplicação de castigos. Na Bíblia há passagens sobre os castigos com vara que devem ser aplicados aos filhos ; na Regra de São Bento há várias passagens (punição com jejuns e varas, pancadas em crianças que não recitarem corretamente um salmo, e esse ponto foi muito destacado e criticado pela pedagogia moderna, que, no entanto, não levou em consideração as circunstâncias históricas da época. Por exemplo, Manacorda interpreta os castigos do período antigo e medieval como puro sadismo pedagógico , linha de interpretação que permaneceu ao lado da imagem do monge medieval como uma pessoa frustrada e desiludida amorosamente e que, por esse motivo,buscava a solidão do mosteiro. Naturalmente isso se deve a um anacronismo e preconceito que não condizem com a postura de um historiador sério. Basta buscar os textos de época que vemos a felicidade dos egressos dos mosteiros pelo fato de terem sido amparados, criados e educados. Para completar o entendimento do sentido civilizacional dos mosteiros medievais, basta confrontarmos sua vida cotidiana - de educação e disciplina voltada para uma formação ética e moral das crianças - com o mundo exterior. Por exemplo, no período carolíngio (séculos VIII a X), apesar do avanço da implantação da família conjugal simples (modelo cristão) com uma média de 2 filhos por casal e um período de aleitamento de dois anos, a prática do infanticídio continuava comum, a idade média dos casamentos era muito baixa (entre 14 e 15 anos de idade), a poligamia e a violência sexual eram recorrentes, pelo menos na aristocracia e ainda havia a questão da escravidão de crianças. Confronte você, caro leitor, essa realidade com a vida de uma criança em um mosteiro. Por sua vez, os bispos carolíngios do século IX tentaram regulamentar o casamento cristão, redigindo uma série de tratados (espelhos). Neles, o casamento era valorizado, a mulher reconhecida como pessoa com pleno direito familiar e em pé de igualdade com o marido e a violência sexual denunciada como crime grave e do âmbito da justiça pública. Para o nosso tema, o que interessa é que as crianças também foram objeto de reflexão nesses espelhos: a maternidade foi considerada um valor (charitas) e o casal tinha a obrigação de aceitar e reconhecer os filhos. http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn32 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn32 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn33 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn33 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn37 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn37 UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Assim, a ação da ordem clerical foi dupla: de um lado, os bispos lutaram contra a prática do infanticídio, de outro, os monges revalorizaram a criança, que passou por um processo de educação direcionada, de cunho integral e totalmente igualitária – por exemplo, as escolas monacais carolíngias davam preferência a crianças filhas de escravos e servos ao invés de filhos de homens livres, a ponto de Carlos Magno ser obrigado a pedir que os monges recebessem também para educar crianças filhas de homens livres. BUSCANDO CONHECIMENTO No Brasil, a Idade Média ainda é citada por muitos néscios como um tempo de ignorância e barbárie, um tempo vazio, um tempo em que a Igreja escondeu os conhecimentos que naufragaram com o fim do Império Romano para dominar o “povo”. Nesse movimento consciente e ideológico em direção às trevas, o clero teve como aliado principal a nobreza feudal. Juntos, nobreza e clero governaram com coturnos sinistros e malévolos todo o ocidente medieval, que permaneceu assim envolto em uma escuridão de mil anos, soterrado, amedrontado e preso a terra num trabalho servil humilhante. Quem ainda acredita piamente nesse amontoado de tolices ficará agradavelmente surpreso. As perguntas básicas serão: existiu educação na Idade Média? E ciência? E as crianças? É incrível, mas há quase quarenta anos atrás o próprio Jacques Le Goff perguntou: “teria havido crianças no Ocidente Medieval?” Seguindo a trilha deixada por Philippe Ariès, ele buscou a criança na arte e não a encontrou. É verdade. Apressadamente concluiu então que a criança foi um produto da cidade e da burguesia e, portanto, o mundo rural não a conheceu. Pior: a conheceu sim, mas a desprezou, marginalizando-a. É bem claro então que esta perspectiva será bastante diferente. A resposta é sim a todas àquelas perguntas, indo ao contrário a Jacques Le Goff e a Philippe Ariès. Para provar isso, foi dividida a narrativa em duas partes: primeiro, foi encontrada a condição infantil registrada pela História na Alta Idade Média (séculos V-X) para, a seguir, tratar da estruturação das ciências que Ramon Llull (1232-1316) apresentou a seu filho Domingos quando, em um ato de puro amor paterno, escreveu um livro para ele, a Doutrina para crianças. INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO . http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn3 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn3 UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” As crianças eram educadas por todos do mosteiro até a idade de quinze anos. A Regra de São Bento prescreve diligência na disciplina: que as crianças não apanhem sem motivo, pois “não faças a outrem o que não queres que te façam.” Toco aqui em um ponto importante e de grande discussão na História da Educação. O sistema medieval e monástico previa a aplicação de castigos. Na Bíblia há passagens sobre os castigos com vara que devem ser aplicados aos filhos ; na Regra de São Bento há várias passagens(punição com jejuns e varas, pancadas) e esse ponto foi muito destacado e criticado pela pedagogia moderna, que, no entanto, não levou em consideração as circunstâncias históricas da época. Por exemplo, Manacorda interpreta os castigos do período antigo e medieval como puro sadismo pedagógico, linha de interpretação que permaneceu ao lado da imagem do monge medieval como uma pessoa frustrada e desiludida amorosamente e que, por esse motivo, buscava a solidão do mosteiro. O texto acima nos informa que as crianças sofriam punições com jejuns e varas, pancadas. O que as levavam a sofrer tais punições ? a) Naturalmente isso se deve a um anacronismo. b) Em crianças que não recitarem corretamente um salmo. c) Por que buscavam a solidão do mosteiro. d) Por que o status da criança naquelas sociedades antigas eram praticamente nulos. e) Por que a prática do infanticídio continuava comum. http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn32 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn32 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn33 http://www.hottopos.com/videtur17/ricardo.htm#_ftn33 UNIDADE 1 A EDUCAÇÃO INFANTIL NA IDADE MÉDIA Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” ATENÇÃO – Leia o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil acessando: Volume I - http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf /rcnei_vol1.pdf; Volume II - http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf /volume2.pdf; Volume III - http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/ pdf/volume3.pdf; Educação Especial - http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/ pdf/eduinf_esp_ref.pdf CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Explicitar os referenciais curriculares para a Educação Infantil O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias.ESTUDANDO E REFLETINDO O RCNEI (1998) é uma proposta curricular flexível, aberta e não obrigatória, que possui o objetivo de subsidiar a prática pedagógica e fomentar programas na educação infantil, ampliando e socializando informações, propiciando discussões, incentivos à pesquisa e norteando o trabalho de técnicos, educadores, enfim, de todos os envolvidos com a educação infantil. Nesta proposta, a instituição escolar passa a integrar-se ao mundo sociocultural e o lúdico insere-se no ambiente das experiências educacionais, http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume2.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” respeitando-se a diversidade da sociedade brasileira e a variedade de propostas curriculares voltadas à educação infantil. O RCNEI (1998) configura-se, portanto, como um elemento norteador de ações rumo à qualidade da educação infantil no Brasil, contribuindo para a reflexão e ação daqueles que estão envolvidos com a educação das crianças nas creches e pré-escolas. Neste documento, observamos alguns preceitos a serem seguidos: • Respeito à dignidade e aos direitos das crianças; • Direito ao brincar (fruição), como forma de expressão, pensamento, interação e comunicação na infância; • Acesso das crianças aos bens socioculturais; • Uso das práticas sociais como meio de socialização das crianças; • Efetivação de cuidados, desenvolvimento da identidade e autonomia. Ao elaborar as propostas educacionais para a educação infantil, o RCNEI (1998) considera: 1. A CRIANÇA, entendida como um sujeito social e histórico, inserida em uma organização familiar, a qual pertence a uma determinada sociedade históricocultural. A construção de conhecimentos pela criança ocorre por meio de um trabalho de criação, significação e ressignificação. Assim, a ação do sujeito no meio e a interação social são fundamentais para que ocorra o processo de aprendizagem e o desenvolvimento da criança. Essas ideias encontram-se embasadas, sobretudo, em autores como Jean Piaget, Lev Semionovitch Vygotsky e Henry Wallon. 2. O EDUCAR, que engloba funções integradas de cuidar, brincar e aprender em situações orientadas. O educar cumpre um importante papel socializador e proporciona o desenvolvimento da identidade e autonomia das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas. Assim, a educação contribui para que sejam METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” desenvolvidas capacidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas. Vamos verificar como isso se dá? Cuidar exige a integração de diferentes esferas do saber e a cooperação entre profissionais de áreas diversas. O cuidado incorpora a valorização do ser e a colaboração para o pleno desenvolvimento das capacidades das crianças, seja no âmbito afetivo, seja no aspecto biológico (alimentação e saúde, por exemplo). O cuidar deve basear-se nas necessidades das crianças, possibilitando que se crie um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. No que diz respeito a Brincar, está implícita a possibilidade de ação no plano da imaginação. Isso requer o pleno domínio da linguagem simbólica e estimula a criatividade das crianças. É um espaço próprio para a constituição infantil nas esferas de relacionamento social, afetivo, conceitual (conhecimentos), físico e ético. O brincar pode ocorrer por meio de três modalidades básicas de experiências: o brincar de faz-de-conta ou com papéis, o brincar com materiais de construção e o brincar com regras. Essas modalidades propiciam a ampliação dos saberes das crianças por meio de atividades lúdicas. A organização e a preparação dessas brincadeiras pelo professor possibilitam o aprimoramento das competências infantis, sendo uma importante fonte de observação para futuras intervenções intencionais em situações didáticas. Quanto ao Aprender em situações orientadas, essa prática propicia a intervenção direta e sistemática do professor, ampliando as capacidades conceituais, procedimentais e atitudinais das crianças. O professor caracteriza-se, assim, como um mediador entre as crianças e os objetos do saber, organizando, estimulando, desenvolvendo espaços e situações de aprendizagem que articulem “os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.” (RCEI, v.1, p. 30). METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Entretanto, para que isso se efetive, é preciso que o professor considere, em sua prática educativa, a interação, os conhecimentos prévios das crianças, a individualidade, a diversidade, o grau de desafio das tarefas, os significados das atividades para as crianças, a proximidade das situações de aprendizagens propostas com as práticas sociais mais amplas, as peculiaridades e necessidades especiais de cada criança e a proposição de situações de desafio que exijam a resolução de problemas, como forma de produção de novos conhecimentos. Assim, o professor que trabalha com a educação infantil precisa ter uma formação de qualidade para atuar de maneira planejada e competente, orientando e organizando ambientes, objetos, relações e aprendizagens que concretizem o desenvolvimento integral das crianças. Para tanto, ele deverá organizar sua prática educacional de forma a garantir o desenvolvimento das seguintes capacidades nas crianças: a) Imagem positiva de si e atuação cada vez mais independente, tendo consciência de suas possibilidades e percepção de seus limites; b) Conhecimento do corpo e valorização de hábitos de cuidado com a saúde e bem- estar; c) Autoestima, vínculos afetivos e de interação com o outro, ampliando possibilidades de comunicação e interação social; d) Articulação do próprio ponto de vista com o do outro, respeitando as diferenças e aprendendo a colaborar; e) Observação e exploração do ambiente de forma consciente e integradora; f) Expressão de emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; g) Utilização de diversas linguagens, de acordo com a intencionalidade e situação de comunicação; h) Valorização e apropriação das manifestações culturais existentes, desenvolvendo atitudes de respeito e participação. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” BUSCANDO O CONHECIMENTO Para ampliar seus conhecimentos acesse olink abaixo: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento de quais capacidades nas crianças ? a) Exige a integração de diferentes esferas do saber e a cooperação entre profissionais de áreas diversas. b) Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” c) Das capacidades de propriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. d) As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. e) Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 2 OS PRINCÍPIOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Explicitar os referenciais curriculares para a Educação Infantil O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias. ESTUDANDO E REFLETINDO De acordo com RCNEI (1998), é preciso que a prática educacional do professor da educação infantil articule os objetivos gerais e específicos em cada etapa (creches: de 0 a 3 anos e pré-escolas: de 4 a 6 anos) dentro de dois âmbitos de experiências: a) Formação Pessoal e Social; b) Conhecimento de Mundo. Os âmbitos são vistos como “domínios ou campos de ação que dão visibilidade aos eixos de trabalho educativo para que o professor possa organizar sua prática e refletir sobre a abrangência das experiências que propicia às crianças.” (RCNEI, 1998, v. 1, p. 45). No âmbito Formação Pessoal e Social, o trabalho do professor será voltado à construção do sujeito por meio de dois eixos: Identidade e Autonomia. Assim: A identidade é um conceito do qual faz parte a idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” seguido de todas as características físicas, modos de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações sociais e estabelecidas pela criança, nas quais ela, alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição. (...) A maneira como cada um vê a si próprio depende também do modo como é visto pelos outros (RCNEI, 1998, v. 2, p. 13). A autonomia, definida como a capacidade de se conduzir e tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro, é, nessa faixa etária, mais do que um objetivo a ser alcançado comas crianças, um princípio das ações educativas. Conceber uma educação em direção à autonomia significa considerar as crianças como seres com vontade própria, capazes e competentes para construir conhecimentos, e, dentro de suas possibilidades, interferir no meio em que vivem. Exercitando o autogoverno em questões situadas no plano das ações concretas, poderão gradualmente fazê- lo no plano das idéias e dos valores (RCNEI, 1998, v. 2, p. 14). No âmbito Conhecimento de Mundo, o trabalho do professor volta-se para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estas estabelecem com os objetos. Esse âmbito é orientado por meio de seis eixos: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, e Matemática. Cada um dos eixos pertencentes a estes dois âmbitos de experiências encontra- se organizado, de acordo com a faixa etária, por meio de idéias e práticas correntes relacionadas ao próprio eixo e à criança, explicitando os seguintes componentes curriculares: METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 1. OBJETIVOS: são as finalidades, variam de acordo com a faixa etária (0 – 3 anos; 4 - 6 anos) e auxiliam na seleção de conteúdos e meios didáticos. São as intenções educativas e as capacidades que as crianças deverão desenvolver, podendo ser de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. Segundo o RCNEI (1998, v.1, p. 48), ), essas capacidades estão organizadas da seguinte forma: CAPACIDADES http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb003_05.pdf DE ORDEM FÍSICA Autoconhecimento Apropriação e conhec das imento das potencialidades corporais Uso do corpo na expressão das emoções Deslocamento com segurança CAPACIDADESDE ORDEM COGNITIVA Desenvolvimento do CAPACIDADES DE ORDEM COGNITIVA Uso e apropriação de fo rmas de representação e comunicação envolvendo resolução de problemas Desenvolvimento do CAPACIDADES DE ORDEM COGNITIVA METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” BUSCANDO O CONHECIMENTO Para ampliar seus conhecimentos acesse o link abaixo: CAPACIDADES DE ORDEM AFETIVA Construção da autoestima Atitudes no convívio Compreensão de si e dos outros CAPACIDADES DE ORDEM ESTÉTICA Produção artística Apreciação da produção artística oriunda de diversas culturas METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO De acordo com RCNEI (1998), é preciso que a prática educacional do professor da educação infantil articule os objetivos gerais e específicos em cada etapa (creches: de 0 a 3 anos e pré-escolas: de 4 a 6 anos) dentro de dois âmbitos de experiências: c) Formação Pessoal e Social; d) Conhecimento de Mundo. No âmbito Conhecimento de Mundo, o trabalho do professor volta-se para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estas estabelecem com os objetos. Esse âmbito é orientado por meio eixos, quais são eles ? a) Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, e Matemática. b) Movimento, Música e Artes Visuais. c) Movimento, Música, Artes Visuais e Linguagem Oral e Escrita. d) Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. e) Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem oral e escrita e Natureza e sociedade. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 3 OS OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Explicitar os referenciais curriculares para a Educação Infantil O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias. ESTUDANDO E REFLETINDO ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS: são formas de trabalho, situadas no espaço entre as intenções educativas (objetivos) e a prática (concretização do planejamento e da proposta curricular por meio dos conteúdos). De acordo com o RCNEI (1998, v. 1, p. 54), as orientações didáticas são “subsídios que remetem ao ‘como fazer’, à intervenção direta do professor na promoção de atividades e cuidados alinhados com uma concepção de criança e de educação”. Essas orientações servem como sugestões para orientar a reflexão e a prática do professor na educação infantil. Cada eixo de trabalho possui orientações didáticas gerais e específicas, referentes aos variados blocos de conteúdos. Nas orientações didáticas específicas são particularizadas as questões de cada eixo e nas orientações didáticas gerais são discutidas as seguintes condições: I. Organização do tempo – aborda o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças, ou seja, a rotina educacional, envolvendo: cuidados, brincadeiras e situações de aprendizagens orientadas – que é o próprio EDUCAR (uma das bases da proposta educacional para a Educação Infantil). O planejamento METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” e o encadeamento de ações pelo professor precisam ser pensados de maneira sistematizada e estruturada, a fim de que se possam desenvolver aprendizagens específicas. As estruturas didáticas de organização do tempo possuem variadas estratégias, organizadas em função das intenções educativas presentes no projeto educativo. Elas podem ser agrupadas, de acordo com o RCNEI (1998), em três modalidades: atividades permanentes, sequência de atividades e projetos de trabalho. Vamos conhecer, a seguir, cada uma delas. a) Atividades permanentes: são atividades essenciais, que se relacionam às necessidades básicas das crianças – cuidados, aprendizagem e prazer. Os conteúdos destas atividades devem ser constantes, dependendo das prioridades definidas pela proposta curricular, podendo ser: regulares, diárias ou semanais. Como exemplo de atividades permanentes, podemos citar: brincadeiras, roda de histórias, roda de conversas, oficinas (desenhos, pintura, modelagem, música), atividades ou ambientes tematizados, higiene e cuidados pessoais, dentre outras. b) Sequência de Atividades: são atividades voltadas ao desenvolvimento de aprendizagens específicas e definidas. A sequência de atividades está inserida em um contexto, relaciona-se aos conteúdos retirados de um determinado eixo trabalhado e possibilita a oferta de graus diferenciados de desafio e complexidade às crianças. O professor tendo um foco (eixo) desenvolverá etapas de trabalho por meio das atividades sequenciadas, enriquecendo os conhecimentos prévios das crianças, interferindo e propiciando o avanço dos conhecimentos. c) Projetos de trabalho: são conjuntos de atividades que objetivam o desenvolvimento de conhecimentos específicos, a partir de eixos de trabalho estruturados ao redor de um problema a ser resolvido ou da obtenção de um produto METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” final. Os projetos possuem duração variável e relacionam-se às práticas sociais reais. Devem ser significativos e dependem, em grande parte, do interesse dos envolvidos. O trabalho com projetos possibilita, ainda, o estabelecimento de múltiplas relaçõesentre os assuntos abordados, possibilitando integração de conteúdos e aprofundamento de temas pertencentes a diversos eixos. As etapas de trabalho com os projetos podem ser sintetizadas da seguinte forma: levantamento de conhecimentos prévios das crianças acerca do assunto, socialização dos saberes no grupo, definição de diferentes fontes de pesquisa, registro dos conhecimentos construídos (relatos, fitas, fotos, produção, desenhos, etc.) e produto final/solução do problema compartilhado. É importante ressaltar que “os projetos contêm sequências de atividades e pode-se utilizar atividades permanentes já em curso.” (RCNEI, 1998, v.1, p. 58). A participação, o envolvimento das crianças e o caráter lúdico dos projetos são características primordiais para que ocorram aprendizagens significativas. II. Organização do espaço e seleção de materiais – constitui um importante instrumento para a prática educativa. Assim, para cada trabalho realizado, deve-se planejar o espaço - ambiente (interno/externo), o mobiliário e os materiais relacionados necessários às atividades. III. Observação, registro e avaliação formativa – são instrumentos de apoio para a prática educacional. Por meio destes instrumentos, o professor poderá acompanhar o processo de aprendizagem das crianças, a questão da qualidade das interações, o desenvolvimento e as experiências das crianças, de forma integral e particularizada. A observação pode ser feita por meio de registro escrito (diários, ideias, sugestões), por gravação em vídeo e áudio, por fotos, entre outros. A avaliação na educação infantil é processual - formativa, não possuindo caráter de aprovação ou reprovação, mas, ao contrário, de acompanhamento, auxílio da METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” SINTETIZANDO - As intenções educativas, em cada um dos âmbitos de experiências, serão concretizadas pelos conteúdos, os quais propiciarão o alcance das finalidades educacionais em eixos de trabalho, por meio das orientações didáticas. aprendizagem e fortalecimento da autoestima das crianças. Portanto, a avaliação se constituirá em: (...) um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pela criança. É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular, direcionar e redirecionar esse processo como um todo. A observação, o registro e a avaliação formativa permitem o acompanhamento pelo professor dos avanços, dificuldades e possibilidades das crianças, no decorrer de seu processo de aprendizagem. Por isso, é fundamental que o professor compartilhe com a família os resultados desse acompanhamento, bem como com as próprias crianças, a fim de que elas se tornem sujeitos ativos e comprometidos com a construção de seus saberes. Percebemos que a metodologia de trabalho do professor da Educação Infantil encontra-se pautada nos Referenciais Curriculares Nacionais (1998), BUSCANDO O CONHECIMENTO Para ampliar seus conhecimentos acesse o link abaixo: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS: são formas de trabalho, situadas no espaço entre as intenções educativas (objetivos) e a prática (concretização do planejamento e da proposta curricular por meio dos conteúdos). De acordo com o RCNEI (1998, v. 1, p. 54), as orientações didáticas são “subsídios que remetem ao ‘como fazer’, à intervenção direta do professor na promoção de atividades e cuidados alinhados com uma concepção de criança e de educação”. Essas orientações servem como sugestões para orientar a reflexão e a prática do professor na educação infantil. Cada eixo de trabalho possui orientações didáticas gerais e específicas, referentes aos variados blocos de conteúdos. Nas orientações didáticas específicas são particularizadas as questões de cada eixo e nas orientações didáticas gerais são discutidas em quais condições ? a) Organização do tempo, Organização do espaço e Sequência de atividades. b) Organização do tempo, Organização do espaço e seleção de materiais e Observação, registro e avaliação formativa c) Organização do tempo, Organização do espaço e seleção de materiais. d) Observação, registro e avaliação formativa, Sequência de atividades, Atividades permanentes. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 4 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” e) Observação, registro e avaliação formativa, Sequência de atividades, Organização do tempo. ‘1 METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos : Propiciar condições para o desenvolvimento de habilidades; Desenvolver conhecimentos a respeito das possibilidades de aprendizagem, considerando-se as diferentes faixas-etárias. Embora as crianças desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas elas. Deve-se objetivar, também,o alcance de possibilidades de aprendizagem que se apresentam nas diferentes faixas etárias, através de uma atuação que propicia o desenvolvimento de capacidades, envolvendo aquelas de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. ESTUDANDO E REFLETINDO A definição dos objetivos em termos de capacidades - e não de comportamentos - visa à ampliação da possibilidade de concretização das intenções educativas, uma vez que as capacidades se expressam por meio de diversos comportamentos e as aprendizagens que convergem para ela podem ser de naturezas diversas. Ao estabelecer objetivos nesses termos, o professor amplia suas possibilidades de atendimento à diversidade apresentada pelas crianças, podendo considerar diferentes habilidades, interesses e maneiras de aprender no desenvolvimento de cada capacidade. Busca-se um ensino que siga a linha "diálogo-ação-compreensão- participação”, baseado em relações diretas da experiência do aluno, o que se presta aos interesses sociais, já que a própria unidade escolar pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Esta é a condição para que a escola sirva aos interesses sociais e garanta a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos curriculares básicos, que tenham ressonância na vida dos alunos. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADESAutora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Entendida nesse sentido, a educação pode ser vista como uma das mediações pelas quais o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada a uma visão organizada e unificada. Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental por meio da aquisição de conteúdo e da socialização, levando-o a uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade. Se o objetivo da escola é privilegiar a aquisição do saber, e de um saber vinculado à realidade social, é preciso que os métodos favoreçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos e que estes possam reconhecer nos conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade. O trabalho docente é composto de atividades planejadas que visam a atingir objetivos de aprendizagem, através da exploração e do estímulo com dinamismo e criatividade. A organização do trabalho docente na educação infantil aborda temas como o planejamento e a organização do trabalho pedagógico, conteúdos curriculares, avaliação da aprendizagem, alternativas metodológicas - como projetos, temas geradores e centro de interesse. Alguns aspectos são considerados básicos para o planejamento, dentre os quais salientamos: conhecer o aluno, o conteúdo a ser ensinado, o procedimento a ser desenvolvido, o processo de avaliação, além de se ter consciência de que a interação professor-aluno é um elemento importante na aquisição do aprendizado e que a dimensão social do trabalho em aula é muito ampla. O conteúdo curricular envolve regras de convivência, métodos, a história da escola e da comunidade, valores, didática e conhecimento, que fornecem noções do que o professor deve abordar no ensino-aprendizagem, sendo um meio para concretizar os propósitos da instituição. Nesse escopo, observamos que a linha de conteúdos possui algumas características, como os conteúdos conceituais -que METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” dizem respeito ao conhecimento-, os procedimentais, que se referem ao fazer, e os conteúdos atitudinais, que estão associados a valores e normas. Os conteúdos contêm eixos, como o movimento, que envolve expressividade, equilíbrio e coordenação, além da música, que explora e interpreta a expressão e a produção do silêncio e de sons. Há ainda o curso de Artes Visuais, cujo objetivo é explorar e manipular diversos materiais visando ao cuidado consigo e com os outros, respeitando os materiais produzidos e identificando diversas imagens. Linguagem oral e escrita é disciplina que abrange o falar, a comunicação e o relato de vontades, necessidades e sentimentos. E, ainda, prevê: escutar, ouvir histórias, regras, respostas às perguntas, etc. Natureza e sociedade – disciplina que envolve atividades referentes à tradição, cultura, vivência com animais ou plantas. Matemática é formada por quantidade, associação no empilhar ou encaixar, medida, comprimento e peso entre outros. O conhecimento de medidas básicas de saúde e segurança, técnicas de apresentação das atividades, técnicas de manejo em grupo e conhecimento do conteúdo são aspectos tão fundamentais quanto as competências em relação à programação, a orientação e os processos de avaliação. A avaliação exige observação, reflexão, registro diário e sensibilidade. Da organização do trabalho docente depende também a inclusão que busca, além da integração, a adaptação do ambiente físico para atender à diversidade, as necessidades, dificuldades e potencialidades. Estes são alguns procedimentos para se alcançar o sucesso educacional. No plano diário, considerar a faixa etária, desenvolver atividades que tenham objetivos claros, oferecer harmonia e integração, recursos que estabeleçam consciência da diversidade. Organização prévia ao planejar uma atividade e arquivo constitui uma diretriz que ajuda no planejamento pedagógico. O planejamento na educação infantil deve contar ainda com alternativas metodológicas, como saber o propósito do projeto, levantar o que já se sabe sobre o METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Toda discussão realizada coletivamente é por si só mais atraente e capaz da formulação de novas ideias. A prática do educador infantil requer antecipadamente a convicção do que significa a organização metodológica das rotinas diárias nos espaços e tempos em que a criança está a seus cuidados. Após este estudo, convide outros colegas para discutirem sobre o tema e, se for o caso, submeta o trabalho ao seu tutor para a troca de ideias e obtenção de novas informações. tema e o que ainda queremos saber. A seleção dos temas pode ser feita de forma cíclica, que é voltada para datas comemorativas; ou de forma geradora, que é sugestão da criança, dos pais, professores ou equipe escolar. O planejamento organizado por tema gerador é constituído de conhecimento social, natural, lógico, matemático e linguístico. E a organização dos centros de interesse exige observação, associação e expressão. Para o desenvolvimento do projeto, o professor se torna o mediador, que combina a distribuição de tarefas, organiza o tempo e os recursos disponíveis. A ação da criança depende da maturação orgânica e das possibilidades que o meio lhe oferece: ela não poderá realizar uma ação para a qual não tenha o substrato orgânico, assim como não fará muitas delas, mesmo que biologicamente apta, se a organização do seu meio físico e social não propiciar a sua realização ou se os adultos não a ensinarem. BUSCANDO CONHECIMENTO Na organização das atividades, é essencial que o professor tenha sempre em mente que toda a dinâmica precisa considerar as formas de socialização a serem desenvolvidas, em particular aquelas referentes à autoridade/disciplina/afetividade. Outro item importante recai na necessidade de que todas as regras dirigidas às crianças estejam muito claras e possam ser entendidas por todas elas. Além disso, todas as regras devem ser gradativamente discutidas com as crianças e elaboradas pelo grupo, evitando interpretações ambíguas e auxiliando as crianças a se organizarem. Finalmente, é importante ressaltar que esse caminho deve ser trilhado com persistência e flexibilidade, uma vez que as mudanças não acontecem subitamente e as crianças precisam de tempo para a METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” transformação ou aquisição de suas atitudes.. INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO O conteúdo curricular envolve regras de convivência, métodos, a história da escola e da comunidade, valores, didática e conhecimento, que fornecem noções do que o professor deve abordar no ensino-aprendizagem, sendo um meio para concretizar os propósitos da instituição. Nesse escopo, observamos que a linha de conteúdos possui algumas características,como os conteúdos conceituais e os conteúdos atitudinais. Avalie quais alternativas que contemplam os conceitos referentes aos conteúdos. I) Os conteúdos procedimentais, que se referem ao fazer. II) Ambos recaem na necessidade de que todas as regras dirigidas às crianças estejam muito claras e possam ser entendidas por todas elas. III) Os conteúdos atitudinais, que estão associados a valores e normas. IV) São alternativas metodológicas, como saber o propósito do projeto, levantar o que já se sabe sobre o tema e o que ainda queremos saber. V) São formas de socialização a serem desenvolvidas, em particular aquelas referentes à autoridade/disciplina/afetividade. É correto afirmar apenas em: a) I e V b) III e IV c) II e V d) I e III e) II e IV METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 5 O PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Explicitar os referenciais curriculares para a Educação Infantil O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias. ESTUDANDO E REFLETINDO No que diz respeito a Brincar, está implícita a possibilidade de ação no plano da imaginação. Isso requer o pleno domínio da linguagem simbólica e estimula a criatividade das crianças. É um espaço próprio para a constituição infantil nas esferas de relacionamento social, afetivo, conceitual (conhecimentos), físico e ético. O brincar pode ocorrer por meio de três modalidades básicas de experiências: o brincar de faz-de-conta ou com papéis, o brincar com materiais de construção e o brincar com regras. Essas modalidades propiciam a ampliação dos saberes das crianças por meio de atividades lúdicas. A organização e a preparação dessas brincadeiras pelo professor possibilitam o aprimoramento das competências infantis, sendo uma importante fonte de observação para futuras intervenções intencionais em situações didáticas. Quanto ao Aprender em situações orientadas, essa prática propicia a intervenção direta e sistemática do professor, ampliando as capacidades METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” conceituais, procedimentais e atitudinais das crianças. O professor caracteriza-se, assim, como um mediador entre as crianças e os objetos do saber, organizando, estimulando, desenvolvendo espaços e situações de aprendizagem que articulem “os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. ” Entretanto, para que isso se efetive, é preciso que o professor considere, em sua prática educativa, a interação, os conhecimentos prévios das crianças, a individualidade, a diversidade, o grau de desafio das tarefas, os significados das atividades para as crianças, a proximidade das situações de aprendizagens propostas com as práticas sociais mais amplas, as peculiaridades e necessidades especiais de cada criança e a proposição de situações de desafio que exijam a resolução de problemas, como forma de produção de novos conhecimentos. Assim, o professor que trabalha com a educação infantil precisa ter uma formação de qualidade para atuar de maneira planejada e competente, orientando e organizando ambientes, objetos, relações e aprendizagens que concretizem o desenvolvimento integral das crianças. Para tanto, ele deverá organizar sua prática educacional de forma a garantir o desenvolvimento das seguintes capacidades nas crianças: a) Imagem positiva de si e atuação cada vez mais independente, tendo consciência de suas possibilidades e percepção de seus limites; b) Conhecimento do corpo e valorização de hábitos de cuidado com a saúde e bem- estar; c) Autoestima, vínculos afetivos e de interação com o outro, ampliando possibilidades de comunicação e interação social; d) Articulação do próprio ponto de vista com o do outro, respeitando as diferenças e aprendendo a colaborar; METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” e) Observação e exploração do ambiente de forma consciente e integradora; f) Expressão de emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; g) Utilização de diversas linguagens, de acordo com a intencionalidade e situação de comunicação; h) Valorização e apropriação das manifestações culturais existentes, desenvolvendo atitudes de respeito e participação. BUSCANDO CONHECIMENTO De acordo com RCNEI (1998), é preciso que a prática educacional do professor da educação infantil articule os objetivos gerais e específicos em cada etapa (creches: de 0 a 3 anos e pré-escolas: de 4 a 6 anos) dentro de dois âmbitos de experiências - acesse o link: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb003_05.pdf a) Formação Pessoal e Social; b) Conhecimento de Mundo. Os âmbitos são vistos como “domínios ou campos de ação que dão visibilidade aos eixos de trabalho educativo para que o professor possa organizar sua prática e refletir sobre a abrangência das experiências que propicia às crianças.” (RCNEI, 1998, v. 1, p. 45). • No âmbito Formação Pessoal e Social, o trabalho do professor será voltado à construção do sujeito por meio de dois eixos: Identidade e Autonomia. Assim: A identidade é um conceito do qual faz parte a idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas,a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, modos de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações sociais e estabelecidas pela criança, nas quais METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” ela, alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição. (...) A maneira como cada um vê a si próprio depende também do modo como é visto pelos outros (RCNEI, 1998, v. 2, p. 13). • No âmbito Conhecimento de Mundo, o trabalho do professor volta-se para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estas estabelecem com os objetos. Esse âmbito é orientado por meio de seis eixos: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, e Matemática. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, o Brincar pode ocorrer por meio de três modalidades básicas de experiências, quais são elas? a) Movimento, Música, Artes Visuais. b) Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, e Matemática. c) O Brincar de faz-de-conta ou com papéis, o Brincar com materiais de construção e o Brincar com regras. d) Identidade , Autonomia e o Brincar com regras. e) O Brincar de faz-de-conta ou com papéis, o Brincar com materiais de construção e a Linguagem oral e escrita. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 6 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - O BRINCAR E O APRENDER EM SITUAÇÕES ORIENTADAS. Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Explicitar os referenciais curriculares para a Educação Infantil O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um documento elaborado pelo Ministério da Educação e do Desporto (Secretaria de Educação Fundamental), organizado em três volumes, no ano de 1998. Em 2000, o Ministério da Educação e do Desporto (MEC) desenvolveu o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Estratégias e Orientações para a Educação de Crianças com Necessidades Educacionais Especiais (Secretaria de Educação Fundamental/Secretaria de Educação Especial), a fim de nortear o trabalho do professor e o atendimento especializado ofertado às crianças com necessidades especiais, atualizando conceitos, princípios e estratégias. ESTUDANDO E REFLETINDO Na unidade 2, estudamos os âmbitos de Formação Pessoal e Social, e Conhecimento de Mundo, que são vistos como “domínios ou campos de ação que dão visibilidade aos eixos de trabalho educativo para que o professor possa organizar sua prática e refletir sobre a abrangência das experiências que propicia às crianças.” Cada um dos eixos pertencentes a estes dois âmbitos de experiências encontra-se organizado, de acordo com a faixa etária, por meio de idéias e práticas correntes relacionadas ao próprio eixo e à criança. BUSCANDO CONHECIMENTO 1-OBJETIVOS: são as finalidades, variam de acordo com a faixa etária (0 – 3 anos; 4 - 6 anos) e auxiliam na seleção de conteúdos e meios didáticos, (acesse o METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” link http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb003_05.pdf). São as intenções educativas e as capacidades que as crianças deverão desenvolver, podendo ser de ordem física, afetiva, cognitiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social. Segundo o RCNEI (1998, v.1, p. 48). 2. CONTEÚDOS: são a concretização dos propósitos da instituição educacional e um meio para que as crianças possam desenvolver suas capacidades, exercitando formas próprias de pensar, sentir e ser, de maneira a ampliar suas percepções acerca do mundo que as rodeia. Portanto, os conteúdos são instrumentos para que as crianças possam compreender a realidade, já que abrangem, como objetos do saber, os conceitos, os princípios e os fatos (conteúdos conceituais); o saber-fazer (conteúdos procedimentais); e as atitudes, valores e normas (conteúdos atitudinais). Essas naturezas diversas dos conteúdos precisam ser trabalhadas de forma integrada (relacionando os conteúdos entre si), sistemática e planejada pelo professor. É fundamental destacar que, segundo o RCNEI (1998): Os conteúdos são apresentados nos diversos eixos de trabalho, organizados por blocos. Essa organização visa a contemplar as dimensões essenciais de cada eixo e situar os diferentes conteúdos dentro de um contexto organizador que explicita suas especificidades por um lado e aponta a sua ‘origem’ por outro. (...) muitos conteúdos encontram-se contemplados em mais de um eixo. Essa opção visa a apontar para o tratamento integrado que deve ser dado aos conteúdos. Cabe ao professor organizar seu planejamento de forma a aproveitar as possibilidades que cada conteúdo oferece, não restringindo o trabalho a um único eixo, e fragmentando o conhecimento (v. 1, p. 53). Isso não significa que o professor não possa selecionar os conteúdos, ou seja, priorizá-los, fazer uso dos mesmos em diversos momentos ou aprofundá-los frente aos seus objetivos. O significado dos conteúdos para as crianças deve ser um importante critério para essa seleção, bem como as possibilidades que estes podem http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb003_05.pdf METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL– METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” oferecer para o avanço do processo educacional e ampliação dos saberes, sempre trabalhando-os de maneira integrada e diversificada. 3. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS: são formas de trabalho, situadas no espaço entre as intenções educativas (objetivos) e a prática (concretização do planejamento e da proposta curricular por meio dos conteúdos). De acordo com o RCNEI (1998, v. 1, p. 54), as orientações didáticas são “subsídios que remetem ao ‘como fazer’, à intervenção direta do professor na promoção de atividades e cuidados alinhados com uma concepção de criança e de educação”. Essas orientações servem como sugestões para orientar a reflexão e a prática do professor na educação infantil. Cada eixo de trabalho possui orientações didáticas gerais e específicas, referentes aos variados blocos de conteúdos. Nas orientações didáticas específicas são particularizadas as questões de cada eixo e nas orientações didáticas gerais são discutidas as seguintes condições: I- Organização do tempo – aborda o tempo de trabalho educativo realizado com as crianças, ou seja, a rotina educacional, envolvendo: cuidados, brincadeiras e situações de aprendizagens orientadas. a)Atividades permanentes: são atividades essenciais, que se relacionam às necessidades básicas das crianças – cuidados, aprendizagem e prazer. b)Sequência de Atividades: são atividades voltadas ao desenvolvimento de aprendizagens específicas e definidas. c)Projetos de trabalho: são conjuntos de atividades que objetivam o desenvolvimento de conhecimentos específicos, a partir de eixos de trabalho estruturados ao redor de um problema a ser resolvido ou da obtenção de um produto final. Os projetos possuem duração variável e relacionam-se às práticas sociais reais. II- Organização do espaço e seleção de materiais – constitui um importante instrumento para a prática educativa. Assim, para cada trabalho realizado, deve-se METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 4 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” SINTETIZANDO - As intenções educativas, em cada um dos âmbitos de experiências, serão concretizadas pelos conteúdos, os quais propiciarão o alcance das finalidades educacionais em eixos de trabalho, por meio das orientações didáticas. planejar o espaço - ambiente (interno/externo), o mobiliário e os materiais relacionados necessários às atividades. III- Observação, registro e avaliação formativa – são instrumentos de apoio para a prática educacional. Por meio destes instrumentos, o professor poderá acompanhar o processo de aprendizagem das crianças, a questão da qualidade das interações, o desenvolvimento e as experiências das crianças, de forma integral e particularizada. A observação pode ser feita por meio de registro escrito (diários, ideias, sugestões), por gravação em vídeo e áudio, por fotos, entre outros. A avaliação na educação infantil é processual - formativa, não possuindo caráter de aprovação ou reprovação, mas, ao contrário, de acompanhamento, auxílio da aprendizagem e fortalecimento da autoestima das crianças. Portanto, a avaliação se constituirá em: (...) um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pela criança. É um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças. Tem como função acompanhar, orientar, regular, direcionar e redirecionar esse processo como um todo. A observação, o registro e a avaliação formativa permitem o acompanhamento pelo professor dos avanços, dificuldades e possibilidades das crianças, no decorrer de seu processo de aprendizagem. Por isso, é fundamental que o professor compartilhe com a família os resultados desse acompanhamento, bem como com as próprias crianças, a fim de METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 5 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” que elas se tornem sujeitos ativos e comprometidos com a construção de seus saberes. Percebemos que a metodologia de trabalho do professor da Educação Infantil encontra-se pautada nos Referenciais Curriculares Nacionais (1998). INTERAGINDO COM O CONHECIMENTO São a concretização dos propósitos da instituição educacional e um meio para que as crianças possam desenvolver suas capacidades, exercitando formas próprias de pensar, sentir e ser, de maneira a ampliar suas percepções acerca do mundo que as rodeia. Portanto, são instrumentos para que as crianças possam compreender a realidade, já que abrangem, como objetos do saber, os conceitos, os princípios e os fatos; o saber-fazer; e as atitudes, valores e normas. Essas naturezas diversas precisam ser trabalhadas de forma integrada (relacionando entre si), sistemática e planejada pelo professor. De que ideias e práticas estamos falando? a) Objetivos. b) Orientações didáticas. c) Conteúdos. d) Atividades permanentes. e) Projetos de trabalho. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 7 OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL – METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR Autora Profª Alaíde Vales Franchito, Cléia Maria Rivero, Natália K. Gonçalves – Reformulação Profª Eva Sandra M.Cipola 6 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL UNIDADE 8 O PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO NAS CRIANÇAS Autora Profª Eva Sandra M.Cipola 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Nesta unidade estudaremos o poder cognitivo da infância, como a criança assimila e retêm conteúdos.Faremos a análise do livro A criança em Desenvolvimento, pág. 219 - 222 , da autora Helenn Bee. Bee, Helen. A criança em desenvolvimento – 7. ed. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1996 ESTUDANDO E REFLETINDO Os teóricos que estudam o poder cognitivo perguntam quão bem uma criança realiza tarefas intelectuais se compara com outras; aqueles que estudam a estrutura perguntam que tipo de lógica a criança emprega para resolver problemas, e como essas estruturas mudam com a idade. Os teóricos do processamento da informação perguntam o que a criança está fazendo intelectualmente quando defrontada com uma tarefa, que processos intelectuais ela aciona, e como esses processos poderiam mudar com a idade. A abordagem do processamento da informação não é realmente uma teoria do desenvolvimento cognitivo; ela é uma abordagem ao estudo do pensamento e da lembrança – uma série de perguntas, e alguns métodos de análise. BUSCANDO CONHECIMENTO Esta abordagem tem uma série completa de pais e avós teóricos. A linha direta de hereditariedade é o estudo da inteligência adulta, particularmente simulações computadorizadas da inteligência adulta. De fato, a metáfora básica subjacente a toda a abordagem do processamento
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