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TJ-SP_PROVA_COMENTADA _VERSO_FINAL

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2 
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
 
O presente material foi preparado pela Equipe Mege imediatamente após a 
divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva do TJ-SP 188. O intuito é auxiliar 
nossos alunos e seguidores na elaboração de recursos e possibilitar também a revisão 
de temas cobrados no certame em formato conclusivo. Trata-se de versão elaborada 
com as finalidades informadas e concluída em cerca de 24 horas de atuação de nosso 
time específico para 1ª fase de magistratura estadual, sem maiores pretensões de 
aprofundamento e trabalho editorial neste momento de apoio. Portanto, pedimos 
compreensão neste sentido. A intenção é ser efetivo dentro do prazo recursal do 
concurso e cumprir com nossa responsabilidade com o concurseiro 
(independentemente de ser ou não aluno do curso) . Diante do apontamento de 
algumas questões polêmicas e que podem fazer a diferença na classificação final, fiquem 
atentos ao parâmetro de chance de 2ª fase após esta leitura. 
Vale destacar que nas questões que identificamos como antecipadas 
consideramos apenas o conteúdo da turma de reta final TJ-SP 188 e aulão de véspera 
específico realizado em São Paulo dia 01/12/2018 (com mais de 1.000 alunos presentes). 
Não sendo listadas nesta abordagem, diante do curto tempo, produções voltadas aos 
Simulados TJ-SP, Mege Informativos, Turmas Regulares e Extensivas de Magistratura 
Estadual. 
Agradecemos os comentários de reconhecimento pelo trabalho elaborado 
recebidos de nossos alunos em redes sociais, e-mails e mensagens na área do aluno. O 
corte segue estimado entre 77 e 79 pontos (sem as anulações). Guardem esta 
informação e verifiquem como ficará a situação individual, caso a banca decida anular 
questões entre as possibilidades de recursos e anulações que apontamos (destaque 
para as questões 35, 39, 43, 44, 67, 68, 88, 95 do material). 
O candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um aumento em sua nota 
final, caso não tenha acertado alguma das questões destacadas. Em nossa experiência, 
constatamos um parâmetro de que a cada 2 (duas) questões anuladas a pontuação 
oficial de corte aumenta em 1 (um) ponto. Essa dica deve seguir como norte para 
definição de maiores chances de avanço no certame. 
Aos alunos do TJ-SP 188 (Reta Final), pedimos que não deixem de reler os 
conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 
importante nos próximos desafios. Como perceberam, o estudo em fase final foi 
revertido em pontos decisivos. Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é 
possível evoluir mesmo em um menor prazo. Portanto, eis aqui o nosso extrato de 
 
 
3 
conferência de pontuação! O respeito ao concurseiro demanda transparência de 
informações e esse é um de nossos valores em cada atuação. 
Aos alunos que prestarão os próximos concursos de magistratura, a leitura 
deste material é de extrema importância. Em especial, por seu formato objetivo – 
pensado justamente para um auxílio no sprint final. Informamos ainda que levaremos 
este conteúdo para seção de materiais das turmas do Mege voltadas para a carreira. 
Na última edição do TJ-SP (concurso 187), tivemos a grata felicidade de 
comemorar a aprovação de 50 alunos (mais de 60% do total). Após este resultado, 
vibramos agora com a marca de 104 juízes do TJ-SP tendo sido alunos de nossas turmas 
para magistratura (concursos 185, 186 e 187). Mérito total destes vencedores! 
Para quem tiver curiosidade sobre suas trajetórias enquanto concurseiros e as 
turmas que estudaram em nosso curso, contamos com alguns relatos de ex-alunos, hoje 
juízes do TJ-SP, em nosso canal do Youtube. Vale a pena conferir! Entre estes, segue o 
depoimento da 1ª colocada na prova oral do concurso 187. Atualmente, escalada para 
equipe de pesquisa em nosso time da 2ª fase do TJ-SP 188 (Jéssica Pedro). 
Acreditamos muito que o concurso 188 promete superar o número de 
nomeações das edições anteriores. Continuaremos juntos no apoio técnico 
verticalizado, fase a fase, e na torcida por todos! Contem com o Mege. 
Por fim, vale ressaltar que estamos com inscrições abertas para Turma de 2ª 
fase TJ-SP 188, onde contaremos com aulas, provas autorais e focadas no estilo 
esperado para o concurso, correções efetivamente personalizadas, material de apoio, 
preparação verticalizada em Humanística com professor Rosângelo Miranda e 
coordenação geral do professor Luiz Otávio Rezende (Juiz do TJDFT; ex-examinador de 
certames para magistratura; e autor em Sentença Cível e Sentença Penal pela Editora 
Juspodivm), que será auxiliado por outros ex-examinadores de concursos públicos em 
nossas correções de atividades. Além do apoio mais que qualificado do grande professor 
Rosângelo Miranda (Pós-Doutor em constitucional, Promotor de Justiça e Ex-
examinador do MP-MG), grande referência em Humanística. 
Tudo pensado para auxiliar nossos alunos na manutenção da liderança de 
aprovações também na 2ª fase (aulas, provas, espelhos, correções, materiais, grupo de 
whatsapp e muito mais). Turma com vagas limitadas (diante do modelo personalizado 
de correções de provas!). 
www.mege.com.br/cursomege. 
 
Bons estudos! 
Atenciosamente, 
Equipe Mege. 
 
 
4 
SUMÁRIO 
 
DIREITO CIVIL .................................................................................................................... 5 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ............................................................................................ 14 
DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................................................. 24 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................................................................... 31 
DIREITO PENAL ............................................................................................................... 36 
DIREITO PROCESSUAL PENAL ......................................................................................... 44 
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................................................. 60 
DIREITO ELEITORAL ......................................................................................................... 70 
DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................................... 77 
DIREITO TRIBUTÁRIO ...................................................................................................... 84 
DIREITO AMBIENTAL ....................................................................................................... 96 
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................... 101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
DIREITO CIVIL 
01. Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, quando se houver de 
aplicar lei estrangeira, 
(A) não se terá em conta a norma primária, mas o direito internacional privado 
alienígena, aplicando-se o retorno. 
(B) ter-se-á em vista a norma primária, aplicando-a diretamente, o que significa a 
inaplicabilidade do retorno. 
(C) caberá ao juiz verificar se o caso é de aplicabilidade direta da norma primária, ou se 
o caso exige retorno. 
(D) ter-se-á em vista a disposição da lei estrangeira, mas considerando as remissões por 
ela feita à lei de outro Estado estrangeiro. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
A questão diz respeito ao artigo 16 da LINDB, que assim dispõe: “Quando, nos termos 
dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a 
disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei”. 
Portanto, de acordo com o texto expresso da LINDB, não há possibilidade de reenvio ou 
remissão a qualquer outra lei. O retorno (ou reenvio) tem aplicação no Direito 
Internacional e consiste na aplicação das normas jurídicasde outro Estado, desde que 
as regras de Direito Internacional Privado deste indique que a situação deve ser regulada 
pelas normas de um terceiro Estado ou pelo próprio ordenamento do primeiro Estado, 
remetente. No Brasil, o reenvio não é admitido, sendo de rigor a aplicação da norma 
primária, tal como previsto na assertiva B. 
 
02. Um enfermo, detentor de boa situação financeira e colecionador de relógios 
valiosos, cujos preços alardeava, contratou um cuidador que, depois de ganhar a 
confiança do patrão, e na ausência da família deste, exigiu que lhe vendesse por R$ 
1.000,00 um relógio avaliado em R$ 15.000,00, sob a ameaça de trocar os 
medicamentos que ministrava, agravando a saúde do doente, que já piorara, podendo 
levá-lo à morte. Um mês depois, adquirido o relógio pelo valor exigido, abandonou o 
emprego. Esse negócio jurídico poderá ser anulado por 
(A) dolo, no prazo decadencial de dois anos, desde o abandono do emprego. 
(B) lesão, no prazo decadencial de quatro anos, contado a partir da realização do 
negócio. 
(C) erro, no prazo decadencial de dois anos, contado a partir da realização do negócio. 
 
 
6 
(D) coação, no prazo decadencial de quatro anos, contado do dia em que ela cessar. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi abordada na RODADA 1 e no AULÃO DE VÉSPERA TJ-SP 188. 
 
A questão versava sobre defeitos do negócio jurídico, trazendo como reposta correta a 
coação, que consiste na imposição da vontade de uma pessoa sobre a outra, em razão 
de fundado temor decorrente de ameaça de mal iminente a si, a terceiro ou a seus bens, 
conforme se extrai do CC, art. 151: “A coação, para viciar a declaração da vontade, há 
de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua 
pessoa, à sua família, ou aos seus bens”.
 
 
03. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de 
(A) natureza negocial, alcançando, porém, o direito ao trabalho e à privacidade. 
(B) família e patrimoniais. 
(C) natureza patrimonial e negocial, não alcançando o direito ao voto, ao matrimônio e 
à sexualidade. 
(D) natureza patrimonial, alcançando, porém, aqueles relativos à saúde e à educação. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
O tema da questão foi abordado em VIDEOAULA e no AULÃO DE VÉSPERA TJ-SP 188. 
 
Conforme dispõe o Estatuto da Pessoa com Deficiência: “Art. 85. A curatela afetará tão 
somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial. § 1o A 
definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao 
matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto”. 
 
 
04. Uma pessoa de idade avançada e viúva, que não possui bens, nem mais podendo 
prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, tem como únicos parentes um primo e 
um sobrinho neto, ambos em excelentes condições financeiras. Nesse caso, 
necessitando alimentos, 
(A) tem direito de exigi-los de ambos, que os devem solidariamente. 
(B) só poderá exigi-los do primo, que é parente sucessível mais próximo. 
 
 
7 
(C) tem direito de exigi-los de ambos, que deverão concorrer de acordo com as suas 
possibilidades e segundo as necessidades do alimentando. 
(D) não tem direito de exigi-los de qualquer deles.
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
Conforme dispõe o CC, art. 1.696. “O direito à prestação de alimentos é recíproco entre 
pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais 
próximos em grau, uns em falta de outros”. Ainda de acordo com o CC, art. 1.697. “Na 
falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de 
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais”. 
Em complemento, de acordo com a jurisprudência do STJ (AgRg no REsp 1305614 / DF): 
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE ALIMENTOS PROPOSTA POR 
SOBRINHA EM RELAÇÃO À TIA. INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO LEGAL. 1.- Segundo o 
entendimento deste Tribunal, a obrigação alimentar decorre da lei, que indica os 
parentes obrigados de forma taxativa e não enunciativa, sendo devidos os alimentos, 
reciprocamente, pelos pais, filhos, ascendentes, descendentes e colaterais até o 
segundo grau, não abrangendo, consequentemente, tios e sobrinhos (CC, art. 1.697). 
2.- Agravo Regimental improvido. 
 
 
05. Falecendo uma pessoa, cuja herança monta R$ 12.000.000,00, sem descendentes, 
ascendentes, cônjuge ou convivente, mas que possuía cinco irmãos, sendo premorto um 
deles, deixando mãe viva, que não era mãe do hereditando; dois irmãos bilaterais e dois 
unilaterais, sendo um desses unilaterais também já falecido, deixando dois filhos. Cada 
irmão 
(A) bilateral receberá R$ 4.000.000,00, o irmão unilateral receberá R$ 2.000.000,00, e 
os sobrinhos R$ 1.000.000,00 cada um, nada recebendo a mãe do irmão premorto. 
(B) sobrevivente receberá R$ 4.000.000,00, e nada receberão os sobrinhos e a mãe do 
irmão premorto. 
(C) receberá R$ 3.000.000,00, e os sobrinhos receberão cada um R$ 1.500.000,00. 
(D) e a mãe do premorto receberão R$ 2.400.000,00, e os sobrinhos, R$ 1.200.000,00 
cada um. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
 
8 
O assunto foi abordado na RODADA 13 da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
A questão se resolvia pela aplicação dos artigos 1.840 e 1.841 do CC, que assim dispõem: 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o 
direito de representação concedido aos filhos de irmãos. 
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, 
cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar. 
Veja que o art. 1.840 não prevê o direito de representação para ascendentes, mas tão 
somente para descendentes. Por isso, a mãe do irmão unilateral premorto não herda, já 
que não poderá representar o premorto e não possui qualquer parentesco com o 
falecido. Noutro giro, pela aplicação do mesmo artigo, os filhos do outro irmão premorto 
terão direito a herdar por representação. No restante da partilha, aplica-se a regra do 
art. 1.841, levando à conclusão de que a resposta correta seria a letra A. 
 
 
06. A solidariedade pode ser ativa ou passiva, mas não se identifica com a 
indivisibilidade, pois, 
(A) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o 
pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a 
obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto 
a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a 
obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação 
indivisível, e pode a obrigação ser indivisível e não solidária ou divisível e solidária. 
(B) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se 
o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela; 
a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, 
enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não 
extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a 
solidariedade, até o montante do que foi pago, não podendo, porém, a obrigação ser 
solidária e divisível ou indivisível e não solidária. 
(C) nesta, a fim de que os devedores se exonerem para com todos os credores, exige-se 
o pagamento conjunto ou mediante caução, enquanto naquela não se exige tal cautela; 
a obrigação indivisível, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, 
enquanto a obrigação solidária conserva sua natureza; a remissão de dívida não 
extingue a obrigação indivisível para com os outros credores, entretanto, extingue-a a 
solidariedade até o montante do que foi pago, e pode a obrigação ser solidária e divisível 
ou indivisível e não solidária. 
 
 
9 
(D) naquela, para que os devedores se exonerem com todos os credores, exige-se o 
pagamento conjunto oumediante caução, enquanto nesta não se exige tal cautela; a 
obrigação solidária, quando se resolver em perdas e danos, torna-se divisível, enquanto 
a obrigação indivisível conservará sua natureza; a remissão de dívida não extingue a 
obrigação solidária para com os outros credores, entretanto, extingue-a a obrigação 
indivisível, não podendo a obrigação ser solidária e divisível ou não solidária e indivisível. 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado no AULÃO de véspera TJ-SP 188. 
 
Conforme dispõe o CC, art. 260, inc. II: “Se a pluralidade for dos credores, poderá cada 
um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando 
a um, dando este caução de ratificação dos outros credores”. De forma diversa dispõe 
o CC sobre as obrigações solidárias, no art. 268: “Enquanto alguns dos credores 
solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar”. 
As obrigações indivisíveis assim o são em razão do objeto da obrigação, de tal sorte que, 
perecendo o objeto, estas se resolvem em perdas e danos, razão pela qual perdem a 
qualidade de indivisíveis, tal como dispõe o CC, art. 263: “Perde a qualidade de indivisível 
a obrigação que se resolver em perdas e danos”. Na obrigação solidária isso não 
acontece, conforme CC, art. 271: “Convertendo-se a prestação em perdas e danos, 
subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade”. 
A respeito do pagamento, em relação às obrigações indivisíveis, o CC dispõe no art. 262 
que: “Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os 
outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente”. Já na 
obrigação solidária, o art. 277 assim dispõe: “O pagamento parcial feito por um dos 
devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até 
à concorrência da quantia paga ou relevada”. 
Assim, a resposta que reúne as características das obrigações de acordo com sua 
classificação é a letra C.
 
 
07. Na incorporação imobiliária, é 
 
(A) obrigatória a submissão ao regime da afetação e permitida a securitização de 
créditos oriundos da alienação de unidades em edifício, operação pela qual tais créditos 
são expressamente vinculados à emissão de uma série de títulos de crédito, mediante 
Termo de Securitização de Créditos, lavrado por companhia securitizadora, instituição 
financeira, a quem compete, também e com exclusividade, emitir o Certificado de 
Recebíveis Imobiliários – CRI, que constitui promessa de pagamento em dinheiro. 
 
 
10 
(B) facultativa a submissão ao regime da afetação e permitida a securitização de créditos 
oriundos da alienação de unidades em edifício, operação pela qual tais créditos são 
expressamente vinculados à emissão de uma série de títulos de crédito, mediante 
Termo de Securitização de Créditos, lavrado por companhia securitizadora, instituição 
não financeira, a quem compete, também e com exclusividade, emitir o Certificado de 
Recebíveis Imobiliários – CRI, que constitui promessa de pagamento em dinheiro. 
(C) facultativa a submissão ao regime de afetação, pelo qual o terreno e as acessões, 
objeto da incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados 
manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio 
separado, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das 
unidades aos respectivos adquirentes, sendo, porém, obrigatória a securitização de 
créditos oriundos da alienação de unidades do edifício. 
(D) obrigatória a submissão ao regime de afetação, pelo qual o terreno e as acessões, 
objeto da incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados 
manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio 
separado, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das 
unidades aos respectivos adquirentes, e não é permitida a securitização de créditos 
oriundos da alienação de unidades do edifício.
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
A Lei 4.591/64, que versa sobre condomínio em edificações e as incorporações 
imobiliárias, em seu art. 31-A dispõe que: “A critério do incorporador, a incorporação 
poderá ser submetida ao regime da afetação, pelo qual o terreno e as acessões objeto 
de incorporação imobiliária, bem como os demais bens e direitos a ela vinculados, 
manter-se-ão apartados do patrimônio do incorporador e constituirão patrimônio de 
afetação, destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das 
unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes”. Em complemento, a Lei 9.514, assim 
estabelece: “Art. 6º O Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI é título de crédito 
nominativo, de livre negociação, lastreado em créditos imobiliários e constitui promessa 
de pagamento em dinheiro. Parágrafo único. O CRI é de emissão exclusiva das 
companhias securitizadoras” c/c “Art. 8º A securitização de créditos imobiliários é a 
operação pela qual tais créditos são expressamente vinculados à emissão de uma série 
de títulos de crédito, mediante Termo de Securitização de Créditos, lavrado por uma 
companhia securitizadora [...]”.
 
 
08. Augusto, que tem um vultoso patrimônio, foi condenado criminalmente por lesão 
corporal seguida de morte, de que foi vítima Josué. O processo criminal durou 18 meses; 
 
 
11 
transitada em julgado a sentença, o condenado empreendeu fuga, e, após um ano, foi 
morto resistindo à prisão. Josué, quando de sua morte, tinha um filho, Rodolfo, com 15 
anos de idade. Augusto era viúvo e não convivia em união estável, só tendo como 
parentes dois tios e dois sobrinhos. Nesse caso, a herança de Augusto será 
(A) recebida pelos dois tios e pelos dois sobrinhos, mas não responderão eles pela 
indenização, porque a dívida fundada na responsabilidade civil não se transmite com a 
herança. 
(B) recebida pelos dois sobrinhos, aproveitando-lhes a prescrição iniciada, mas 
responderão pela indenização devida a Rodolfo, nos limites da força da herança, 
proporcionalmente ao que se atribuir a cada um, se a ação indenizatória for proposta 
depois da partilha. 
(C) recebida pelos dois sobrinhos, mas nada será devido a Rodolfo a título de 
indenização, porque a morte não resultou direta e imediatamente da atuação de 
Augusto. 
(D) considerada jacente e, antes da vacância, será paga a indenização devida a Rodolfo, 
passando depois os bens ao município em que se situarem, aos quais, porém, não 
aproveita a prescrição iniciada. 
 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado na RODADA 13 da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
Pela ordem de vocação hereditária, os sobrinhos serão os herdeiros de AUGUSTO, 
afastando os tios de AUGUSTO, já que os mais próximos afastam os mais remotos (CC, 
art. 1.731, II c/c 1.843). Conforme CC, art. 943: “O direito de exigir reparação e a 
obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança”. Logo, aos herdeiros de AUGUSTO 
será transmitida a obrigação de indenizar o herdeiro de JOSUÉ, ou seja, RODOLFO. 
A respeito da prescrição, dispõe o CC, art. 200: “Quando a ação se originar de fato que 
deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva 
sentença definitiva”. Com o trânsito da sentença criminal, iniciou-se o prazo 
prescricional de três anos, previsto no art. 206, §3º, V, do CC. O causador do dano 
faleceu um ano depois do trânsito da sentença, restando, portando 2 anos ainda para 
que fosse reconhecida a prescrição. Tal prazo correrá contra RODOLFO, por força do CC, 
art. 196: “A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu 
sucessor”. 
Por fim, dispõe o CC, art. 1.997: “A herança responde pelo pagamento das dívidas do 
falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da 
 
 
12 
parte que na herança lhe coube”
 
09. O menor José, tendo recebido por herançade seu pai um terreno de 500 m2, sem 
construção, representado por sua mãe, em 15.01.2003, quando ele contava 13 anos de 
idade, locou-o a Pedro, pelo prazo de 2 anos, que nele instalou uma borracharia. Aos 15 
anos, José, com sua mãe, mudou-se para o exterior, sem mais receber os alugueis, nem 
pagar tributos, os quais passaram a ser quitados por Pedro, assumindo este a aparência 
de dono e construindo no local, em um ano, sua casa de moradia, pois, até então, por 
nada ter de seu, morava no próprio estabelecimento, feito por ele, de madeira. Além 
daquela casa, nenhum outro bem de raiz Pedro conseguiu adquirir. Em março de 2018, 
José retornou ao Brasil com o intuito de reaver o imóvel que admitiu ter sido 
abandonado por ele e sua mãe. Pedro, em relação à pretensão de José, 
(A) não poderá opor-se, porque o contrato de locação prorrogou-se a prazo 
indeterminado, e sua posse continuou precária. 
(B) somente poderá opor-se se tiver ocupado apenas 250 m2 do terreno, provando não 
possuir outro imóvel urbano ou rural, devolvendo ao proprietário o remanescente da 
área. 
(C) poderá opor-se, provando interversão da posse e que adquirira o imóvel pela 
usucapião extraordinária. 
(D) não poderá opor-se, porque, quando da celebração do contrato, o locador era 
absolutamente incapaz e contra ele não corria prescrição, a qual só passaria a fluir 
depois da rescisão do contrato, que se prorrogara por tempo indeterminado e 
funcionaria, também, como condição suspensiva para as partes.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi abordado na RODADA 10 da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
O lapso temporal para a posse ad usucapionem somente se iniciou em 2006, contando-
se, então 11 anos. Com isso, seria possível a usucapião extraordinária na forma do CC, 
art. 1.238 e parágrafo único, que assim dispõem: “Aquele que, por quinze anos, sem 
interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, 
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare 
por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o 
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado 
obras ou serviços de caráter produtivo”.
 
 
13 
10. O contrato de fiança é celebrado entre o fiador e o 
(A) afiançado, sendo necessariamente gratuito, mas o fiador, se como tal demandado, 
não poderá compensar sua dívida com a do credor ao afiançado, porque, obrigando-se 
por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe 
dever. 
(B) credor do afiançado, podendo ser gratuito ou oneroso, e o fiador, se como tal 
demandado, não poderá compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado, 
porque a compensação exige que duas pessoas sejam, ao mesmo tempo, credoras e 
devedoras uma da outra. 
(C) afiançado, sendo gratuito ou oneroso, mas o fiador se como tal demandado, não 
poderá compensar sua dívida com a do credor ao afiançado, porque, obrigando-se por 
terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe 
dever. 
(D) credor do afiançado, podendo ser gratuito ou oneroso, mas o fiador, se como tal 
demandado, poderá compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
Conforme dispõe o CC, art. 820: “Pode-se estipular a fiança, ainda que sem 
consentimento do devedor ou contra a sua vontade”. Ou seja, a fiança é um contrato 
realizado entre o fiador e o credor. 
Em complemento, dispõe o CC, art. 371: “O devedor somente pode compensar com o 
credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu 
credor ao afiançado”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
11. Em matéria de competência, é correto afirmar: 
(A) na execução fundada em título extrajudicial, é concorrentemente competente o foro 
da situação dos bens sujeitos a constrição. 
(B) a regra de competência estabelecida para quando o réu for incapaz, conforme 
critério territorial, é inderrogável e sua inobservância gera incompetência absoluta. 
(C) para ação fundada em direito real, em regra, será competente o foro da situação da 
coisa, móvel ou imóvel. 
(D) no cumprimento de precatória, se o juiz deprecado reconhecer sua incompetência 
territorial, deverá devolver a carta ao juiz deprecante.
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
Essa questão foi trabalhada na RODADA 04 de Processo Civil da Turma de Reta Final TJ-
SP 188 (Tema: Processo de Execução). 
 
Da mesma forma, as assertivas “B” e “C” foram expressamente abordadas na videoaula 
da Turma de Reta Final, quando tratamos do tema “Competência”. 
 
(A) CORRETA. Art. 781 do NCPC – “Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial 
será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: I - a execução 
poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título 
ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; II - tendo mais de um domicílio, o 
executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; III - sendo incerto ou 
desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde 
for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; IV - havendo mais de um devedor, 
com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à 
escolha do exequente; V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se 
praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não 
mais resida o executado. 
(B) INCORRETA. “O foro privilegiado do incapaz, nos termos do art. 98 do CPC/1973 (art. 
50 do NCPC), é de competência relativa (AgRg no AREsp 332.957/GO, Rel. Ministro 
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/08/2016, DJe 
08/08/2016). 
(C) INCORRETA. Arts. 46 e 47 do NCPC – “Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou 
em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
 
 
15 
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de 
situação da coisa”. 
(D) INCORRETA. Art. 262 do NCPC – “Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, 
antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso 
do que dela consta, a fim de se praticar o ato. Parágrafo único. O encaminhamento da 
carta a outro juízo será imediatamente comunicado ao órgão expedidor, que intimará 
as partes”. 
 
12. O autor residente fora do Brasil ficará dispensado de prestar caução suficiente ao 
pagamento de custas e honorários 
(A) quando o réu nada alegar, presumindo-se de sua inércia a inexistência de prejuízo 
cuja reparação devesse ser garantida. 
(B) se o autor tiver bens móveis suficientes no Brasil. 
(C) quando se tratar de ação de estado e capacidade. 
(D) quando houver dispensa prevista em acordo internacional vigente no Brasil. 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
Art. 83 do NCPC – “Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil 
ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução 
suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária 
nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o 
pagamento. § 1o Não se exigirá a caução de que trata o caput: I - quando houver 
dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; II - na 
execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; III - na 
reconvenção. § 2o Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, 
poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação 
da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende 
obter”. 
13. Sobre honorários advocatícios, afigura-se INCORRETO afirmar: 
(A) na majoraçãoem grau de recurso, o limite máximo deverá computar apenas o valor 
dos honorários e não aqueles decorrentes de multas e de outras sanções processuais. 
(B) eles serão proporcionalmente distribuídos e compensados entre os litigantes se cada 
qual for parcialmente vencido. 
 
 
16 
(C) não são devidos em processo de mandado de segurança, ainda que haja má-fé da 
parte. 
(D) a verba será devida no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que 
enseje a expedição de precatório, se tiver sido ofertada impugnação.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Art. 85, §§11 e 12 do NCPC – “Art. 85, § 11. O tribunal, ao julgar recurso, 
majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional 
realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, 
sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao 
advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o 
para a fase de conhecimento. § 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com 
multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77”. 
(B) INCORRETA. Art. 85, §14 do NCPC – “Art. 85, § 14. Os honorários constituem direito 
do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos 
oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de 
sucumbência parcial”. 
(C) CORRETA. Art. 25 da Lei 12.016/09 – “Art. 25. Não cabem, no processo de mandado 
de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento 
dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância 
de má-fé”. 
(D) CORRETA. Art. 85, §7º, do NCPC – “Art. 85, § 7o Não serão devidos honorários no 
cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, 
desde que não tenha sido impugnada”. 
 
14. Quanto aos embargos de terceiro, assinale a alternativa correta. 
(A) Eles serão distribuídos livremente e caberá ao juízo que ordenou a constrição, tanto 
que comunicado do ajuizamento da medida, eventualmente suspender o processo até 
julgamento dos embargos. 
(B) Para obtenção de medida liminar, o embargante tem o ônus de apresentar prova 
pré-constituída de sua posse ou domínio. 
(C) No caso de embargos opostos por credor com garantia real, a lei estabelece um limite 
de cognição horizontal ou em extensão. 
 
 
17 
(D) Na fase de conhecimento, eles podem ser opostos até o trânsito em julgado e, no 
cumprimento ou execução, no mesmo prazo para impugnação ou para embargos à 
execução. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Art. 676 do NCPC – “Art. 676. Os embargos serão distribuídos por 
dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado”. 
(B) INCORRETA. Art. 677, §1º, do NCPC – “Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará 
a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo 
documentos e rol de testemunhas. § 1o É facultada a prova da posse em audiência 
preliminar designada pelo juiz”. 
(C) CORRETA. Art. 680 do NCPC – “Art. 680. Contra os embargos do credor com garantia 
real, o embargado somente poderá alegar que: I - o devedor comum é insolvente; II - o 
título é nulo ou não obriga a terceiro; III - outra é a coisa dada em garantia”. 
(D) INCORRETA. Art. 675 do NCPC – “Art. 675. Os embargos podem ser opostos a 
qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a 
sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias 
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas 
sempre antes da assinatura da respectiva carta”. 
 
15. Relativamente à comunicação dos atos processuais, é correto afirmar: 
(A) a lei faculta ao advogado promover a intimação do colega adversário, desde que o 
faça pelo correio. 
(B) é vedado que, na intimação dirigida ao advogado, figure apenas o nome da sociedade 
a que pertença. 
(C) se não for comunicada modificação de endereço da parte, a lei presume válida a 
intimação feita naquele constante dos autos, exceto quando se tratar de mudança 
temporária. 
(D) a intimação feita ao ensejo da retirada dos autos de cartório é inválida se a carga for 
feita por quem não seja advogado investido de mandato. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
 
18 
(A) CORRETA. Art. 269 do NCPC – “Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a 
alguém dos atos e dos termos do processo. § 1o É facultado aos advogados promover a 
intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, 
cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. § 2o O ofício de intimação 
deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença”. 
(B) INCORRETA. Art. 272, §1º, do NCPC – “Art. 272. Quando não realizadas por meio 
eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial. 
§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o 
nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos 
Advogados do Brasil”. 
(C) INCORRETA. Art. 274, Parágrafo único do NCPC – “Art. 274, Parágrafo único. 
Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda 
que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou 
definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da 
juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo 
endereço”. 
(D) INCORRETA. Art. 272, §6º, do NCPC – “Art. 272, § 6o A retirada dos autos do cartório 
ou da secretaria em carga pelo advogado, por pessoa credenciada a pedido do 
advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia Pública, pela Defensoria 
Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de qualquer decisão contida no 
processo retirado, ainda que pendente de publicação”. 
 
16. Em relação à prova testemunhal, é correto afirmar: 
(A) reputa-se impedido de depor sob compromisso legal aquele que tiver interesse no 
litígio. 
(B) como regra, ela será indeferida quando o fato só puder ser comprovado por 
documento ou prova pericial. 
(C) a testemunha não é obrigada a comparecer para depor sobre fatos que lhe 
acarretem grave dano. 
(D) ela não comporta a qualificação jurídica de prova nova para efeito de ação rescisória. 
RESPOSTA: B 
 
 
 
 
 
19 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 447, §3º, II, do NCPC – “Art. 447. Podem depor como testemunhas 
todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas. § 3o São suspeitos: II - o 
que tiver interesse no litígio”. 
(B) CORRETA. Art. 443, II, do NCPC – “Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de 
testemunhas sobre fatos: I - já provados por documento ou confissão da parte; II - que 
só por documento ou por exame pericial puderem ser provados”. 
(C) INCORRETA. A testemunha pode até não ser obrigada a depor sobre fatos que lhe 
acarretem dano grave, conforme dispõe o artigo 448 do NCPC (Art. 448. A testemunha 
não é obrigada a depor sobre fatos: I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu 
cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau), mas é obrigada a comparecer se for intimada, sendo certo 
que, na própria audiência, a testemunha poderá requerer ao juiz que a escuse de depor, 
alegando os motivos previstos no NCPC, decidindo o juiz de plano após ouvidas as partes 
(art. 457, §3º, do NCPC). 
(D) INCORRETA. Ao contrário do CPC/73, que permitia o ajuizamento de ação rescisória 
quando, “depois da sentença, o autor obtivesse DOCUMENTO NOVO, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar 
pronunciamento favorável, o NCPC, em seu artigo 966, VII, permite o ajuizamento de 
ação rescisória quando “obtiver o autor,posteriormente ao trânsito em julgado, PROVA 
NOVA cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe 
assegurar pronunciamento favorável”. Ou seja, não se restringe mais à prova 
documental, sendo cabível ação rescisória em caso de qualquer prova nova. 
17. Se a parte desiste de recurso que interpôs contra sentença que julgou o mérito, 
(A) para que a desistência seja homologada, é necessária concordância da parte 
recorrida. 
(B) fica prejudicado o julgamento do mérito da causa. 
(C) a situação equivale, em termos práticos, à renúncia ao direito em que se funda a 
demanda. 
(D) a desistência não impedirá a análise de questão objeto de julgamento de recurso 
especial repetitivo.
 
RESPOSTA: D 
 
 
 
 
20 
COMENTÁRIOS 
 
O gabarito da questão foi expressamente abordado no AULÃO DE VÉSPERA em São 
Paulo. 
 
(A) INCORRETA. Art. 998, caput, do NCPC – “Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer 
tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. 
(B) INCORRETA. Ao apelar contra a sentença de mérito, o mérito da causa já foi julgado. 
O que fica prejudicado é a análise do mérito do recurso. 
(C) INCORRETA. Não é correta esta afirmação, pois a parte desiste apenas do recurso, o 
que poderá prejudicar apenas a análise do capítulo de sentença contra o qual recorreu, 
mantendo-se íntegro os demais termos da sentença. Ou seja, em outras palavras, o fato 
de a parte ter desistido do recurso não importa em renúncia ao direito que se funda a 
ação, sendo certo que a parte poderá ter sido vitoriosa em partes, de maneira que, 
desistindo do recurso da parte sucumbente, em nada será prejudicada em relação à 
parte que venceu (salvo se houve recurso da parte contrária). 
(D) CORRETA. Art. 998, Parágrafo único do NCPC – “Art. 998. O recorrente poderá, a 
qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos”.
18. Quando a sentença contiver condenação ilíquida ao pagamento de quantia, 
(A) terá lugar o arbitramento, se assim exigir a natureza do objeto da liquidação. 
(B) a decisão será inválida porque a condenação deve ser sempre líquida, ainda que o 
pedido do autor seja genérico. 
(C) será inviável ao credor promover o cumprimento de sentença, ainda que parte da 
decisão seja líquida. 
(D) terá lugar liquidação por cálculo, caso o credor não apresente o demonstrativo do 
débito atualizado.
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Art. 509, I, do NCPC – “Art. 509. Quando a sentença condenar ao 
pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do 
credor ou do devedor: I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, 
convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação”. 
 
 
21 
(B) INCORRETA. Art. 491 do NCPC – “Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar 
quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão 
da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos 
e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: I - não for 
possível determinar, de modo definitivo, o montante devido; II - a apuração do valor 
devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente 
dispendiosa, assim reconhecida na sentença. § 1o Nos casos previstos neste artigo, 
seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação”. 
(C) INCORRETA. Art. 509, §1º, do NCPC – “Art. 509, § 1o Quando na sentença houver 
uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a 
execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta”. 
(D) INCORRETA. Não existe mais a liquidação por cálculos, bastando que o próprio 
credor apresente a planilha e dê início ao cumprimento de sentença, nos termos do 
artigo 509, §2º, do NCPC, segundo o qual, “quando a apuração do valor depender 
apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da 
sentença”. 
19. Se o réu não ofertar contestação, 
(A) a revelia implicará aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. 
(B) a sentença de mérito não se submeterá à eficácia preclusiva da coisa julgada. 
(C) o juiz não poderá alterar de ofício o valor da causa. 
(D) a revelia imporá o julgamento antecipado do mérito.
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
O gabarito da questão foi expressamente abordado na 2ª RODADA DE PROCESSO CIVIL 
da Turma de Reta Final ao tratarmos do tema “Contestação e Revelia”. 
 
(A) CORRETA. Art. 337, X, §§5º e 6º, do NCPC – “Art. 337. Incumbe ao réu, antes de 
discutir o mérito, alegar: X - convenção de arbitragem; § 5o Excetuadas a convenção de 
arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias 
enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de alegação da existência de convenção de 
arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e 
renúncia ao juízo arbitral”. 
(B) INCORRETA. Não há esta diferenciação, sendo certo que “a decisão que julgar total 
ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal 
 
 
22 
expressamente decidida (art. 503 do NCPC)”, tornando imutável e indiscutível a decisão 
de mérito não mais sujeita a recurso (art. 502 do NCPC)”. 
(C) INCORRETA. O Juiz sempre poderá corrigir de ofício o valor atribuído a causa, 
conforme dispõe o §3º do artigo 292 do NCPC, segundo o qual “o juiz corrigirá, de ofício 
e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo 
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que 
se procederá ao recolhimento das custas correspondentes”. 
(D) INCORRETA. A revelia não impõe o julgamento automático do mérito de forma 
antecipada, sendo certo que, além da revelia, é indispensável que tenha ocorrido a 
presunção de veracidade dos fatos mencionada no artigo 344 do NCPC, e que o réu revel 
não tenha feito requerimento de provas, como lhe assegura a lei. Neste sentido, dispõe 
o artigo 355, II, do NCPC, que “Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, 
proferindo sentença com resolução de mérito, quando: II - o réu for revel, ocorrer o 
efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349”. 
 
20. Em relação ao Ministério Público, é correto afirmar: 
(A) o respectivo membro será civilmente responsável, de forma direta quando agir com 
fraude e regressivamente quando agir com dolo ou culpa grave. 
(B) se o respectivo membro deixar de cumprir decisão jurisdicional ou criar embaraço 
para tanto, será a ele imposta multa de até vinte por cento do valor da causa, sem 
prejuízo da apuração de eventual responsabilidade disciplinar. 
(C) quando a prova pericial por ele requerida não seja realizada por entidade pública, 
caberá a ele, Ministério Público, adiantar os custos respectivos, desde que haja previsão 
orçamentária. 
(D) em prol do Ministério Público vigora presunção de veracidade de suas alegações e 
de autenticidade dos documentos que juntar aos autos.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. Art. 181 do NCPC – “Art. 181. O membro do Ministério Público será civil 
e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas 
funções”. 
(B) INCORRETA. Art. 77, IV, e §§ 1º, 2º e 6º, do NCPC – “Art. 77. Além de outros previstos 
neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de 
qualquer forma participem do processo: IV - cumprir com exatidão as decisões 
jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; § 
1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas23 
no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da 
justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à 
dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e 
processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da 
causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 6o Aos advogados públicos ou privados 
e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto 
nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo 
respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará”. 
(C) CORRETA. Art. 91, §§1º e 2º, do NCPC – “Art. 91. As despesas dos atos processuais 
praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria 
Pública serão pagas ao final pelo vencido. § 1o As perícias requeridas pela Fazenda 
Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por 
entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por 
aquele que requerer a prova. §2o Não havendo previsão orçamentária no exercício 
financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício 
seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a 
ser feito pelo ente público”. 
(D) INCORRETA. Não existe esta presunção de veracidade dos fatos alegados pelo 
Ministério Público, sem prejuízo da presunção de autenticidade dos documentos que 
juntar aos autos, conforme dispõe o artigo 425, VI, do NCPC (Art. 425. Fazem a mesma 
prova que os originais: VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público 
ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo 
Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas 
procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a 
alegação motivada e fundamentada de adulteração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
21. “Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o pano, regateando um tostão em côvado, 
receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos 
oblíquos. À tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que 
todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, 
meteu-as na algibeira, dirigiu-se à bodega de Seu Inácio, onde guardara os picuás. Aí 
certificou-se novamente de que o querosene estava batizado e decidiu beber uma pinga, 
pois sentia calor. Seu Inácio trouxe a garrafa de aguardente. Fabiano virou o copo de um 
trago, cuspiu, limpou os beiços à manga, contraiu o rosto. Ia jurar que a cachaça tinha 
água. Por que seria que Seu Inácio botava água em tudo?” (Graciliano Ramos. Vidas 
Secas. 27ª edição. Livraria Martins Editora: São Paulo, 1970. p. 62) 
Furtar na medida e colocar água no querosene e na pinga, do que se queixa Fabiano, 
configura 
(A) defeito do produto. 
(B) defeito do produto no tocante ao furto na medida e vício do produto no que se refere 
a colocar água no querosene e na pinga. 
(C) vício do produto. 
(D) vício do produto no tocante ao furto na medida e defeito do produto no que se refere 
a colocar água no querosene e na pinga. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
Trata-se de questão bastante objetiva, que demanda, basicamente, a análise casuística 
de dispositivos do CDC e do tipo de responsabilidade envolvida, envolvendo 
conhecimento básico sobre a diferenciação entre vício e fato do produto (o que 
explicitamos na nossa Turma de Reta Final). 
 
No tocante ao furto da medida, trata-se de vício de quantidade do produto, haja vista 
que há disparidade entre a quantidade líquida comercializada e a constante do 
recipiente, da embalagem, da rotulagem etc. O art. 19 do CDC especifica esse tipo de 
 
 
25 
vício e, em seus incisos, traz as alternativas à disposição do consumidor que se depara 
com o produto viciado, dentre as quais a complementação do peso ou medida. 
 
Com relação à colocação de água no querosene e na pinga, observa-se que se trata de 
um vício intrínseco ao produto, que não se exterioriza – pelo menos o enunciado da 
questão não traz qualquer dado nesse sentido – na segurança (seja física seja moral) do 
consumidor, razão pela qual não há configuração de defeito/fato do produto (ou 
acidente de consumo). 
Assim como na situação anterior, o vício corresponde à alteração do conteúdo líquido 
real do produto (querosene e aguardente) – inferior ao veiculado, complementado com 
água -, razão pela qual também é um vício de quantidade do produto. 
 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios 
de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior 
às indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, 
marca ou modelo, sem os aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 
As alternativas sequer fizeram diferenciação entre vício de qualidade e de quantidade 
do produto, o que a tornava mais simples. Alternativa correta, portanto, é a letra C, pois 
estamos diante de dois casos de vício (de quantidade) do produto.
22. O comerciante é responsável por defeito do produto, quando fornecido sem 
identificação 
(A) de seu fabricante; mas se efetuar o pagamento ao consumidor prejudicado, poderá 
exercer direito de regresso contra o fabricante, segundo sua participação na causação 
do evento danoso, em processo autônomo, ou mediante denunciação da lide. 
(B) clara de seu fabricante; mas se efetuar o pagamento ao consumidor prejudicado, 
poderá exercer direito de regresso contra o fabricante, segundo sua participação na 
causação do evento danoso, em processo autônomo, facultada a possibilidade de 
prosseguir nos mesmos autos, mas vedada a denunciação da lide. 
 
 
26 
(C) clara de seu fabricante; mas se efetuar o pagamento ao consumidor prejudicado, 
poderá exercer direito de regresso contra o fabricante, segundo sua participação na 
causação do evento danoso, desde que mediante denunciação da lide. 
(D) clara de seu fabricante, ou quando ele não for identificado; mas se efetuar o 
pagamento ao consumidor prejudicado, poderá exercer direito de regresso contra o 
fabricante, mediante chamamento ao processo, por se tratar de devedores solidários, 
sem o que não será possível prosseguir nos mesmos autos para obter regressivamente 
o que pagou, mas poderá exigi-lo em ação autônoma.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
O CDC prevê uma limitação da responsabilidade do comerciante nos casos de fato do 
produto. As hipóteses de responsabilidade estão elencadas no art. 13: 
 
- quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados (inciso I); 
É o caso dos “produtos anônimos”, sem que o consumidor consiga identificar sua origem 
(o fabricante ou o produtor, por exemplo). 
- quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, 
construtor ou importador (inciso II); 
Aqui, tratam-se de produtos mal identificados. 
 - no caso de produtos perecíveis, o comerciante não os conservar adequadamente 
(inciso III). 
Para considerável parcela da doutrina e para várias bancas de concursos, a 
responsabilidade do comerciante é objetiva e subsidiária. 
 
Da análise da primeira parte de todasas assertivas da questão, observa-se que todos os 
casos ensejam a responsabilização do comerciante, seja por se enquadrar no inciso I do 
art. 13 (alternativa A), seja por se enquadrar no inciso II do mesmo dispositivo legal 
(alternativas B, C e D). 
 
Dessa forma, o que vai definir a resposta correta é o modo como o comerciante pode 
exercitar seu direito de regresso perante o fabricante, o que vem regulamentado no 
parágrafo único do art. 13 e no art. 88 do CDC. 
 
Art. 13. 
 
 
27 
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao 
prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os 
demais responsáveis, segundo sua participação na causação do 
evento danoso. 
 
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código, a 
ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo, 
facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, 
vedada a denunciação da lide. 
 
A responsabilidade do comerciante pelo fato do produto será objetiva e subsidiária (e 
não solidária) – assim, incorreta está a assertiva D. 
 
A responsabilidade subsidiária do comerciante não afasta a responsabilidade objetiva 
do fabricante, produtor, construtor (o art. 13, caput, dispõe que o “comerciante é 
igualmente responsável”), inclusive no caso do inciso III. 
O parágrafo único do art. 13 prevê que aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado 
poderá exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua 
participação no evento danoso. 
 
Diante da previsão do direito de regresso, pode-se questionar: é cabível a denunciação 
da lide (por exemplo: comerciante, acionado judicialmente pelo consumidor, denuncia 
à lide o fabricante)? 
 
NÃO!!! O art. 88 do CDC veda-a expressamente, pelo que estão incorretas as assertivas 
A e C. 
 
Correta, assim, apenas a alternativa B.
 
23. Nas obrigações sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor, pelo defeito do 
produto, as sociedades 
(A) integrantes dos grupos societários e as controladas são solidariamente responsáveis, 
as consorciadas respondem subsidiariamente e as coligadas só responderão por culpa. 
(B) consorciadas e as coligadas respondem solidariamente, mas só por culpa, e as 
integrantes dos grupos societários ou controladas são subsidiariamente responsáveis. 
(C) coligadas, consorciadas ou integrantes dos grupos societários e as controladas são 
solidariamente responsáveis, independentemente de culpa. 
 
 
28 
(D) coligadas só respondem por culpa, as consorciadas são solidariamente responsáveis 
e as integrantes dos grupos societários, ou controladas, são subsidiariamente 
responsáveis.
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
As responsabilidades societárias estão previstas nos parágrafos 2º, 3º e 4º do art. 28. 
 
Responsabilidade subsidiária dos grupos societários e sociedades controladas (§ 2º): 
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
 
Responsabilidade solidária das sociedades consorciadas (§ 3º): 
§ 3º. As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
 
Responsabilidade subjetiva das sociedades coligadas (§ 4º): 
As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 
RESUMO DA RESPONSABILIDADE DAS SOCIEDADES 
Integrantes dos grupos societários e 
controladas 
Subsidiária 
Consorciadas Solidária 
Mnemônico: consolidária 
Coligadas Só respondem por culpa 
Mnemônico: coligoculpa 
 
(A) INCORRETA. A assertiva inverteu a responsabilidade correta das sociedades 
integrantes dos grupos societários e das sociedades controladas (que é SUBSIDIÁRIA) e 
das sociedades consorciadas (que é SOLIDÁRIA). 
 
(B) INCORRETA. O erro da assertiva está em dizer que as sociedades consorciadas 
também só responderão por culpa, pois só há essa previsão legal para as sociedades 
coligadas. 
 
(C) INCORRETA. Vide comentários acima. 
 
(D) CORRETA. Vide comentários acima. 
 
 
 
29 
24. Nos contratos de compra e venda de bens móveis a prestação, a cláusula que 
estabelecer a perda total das prestações pagas pelo consumidor, em benefício do 
credor, que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a 
retomada do produto alienado é 
(A) válida. 
(B) nula. 
(C) ineficaz. 
(D) anulável.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online 
de revisão final. 
 
Nulidade da Cláusula de Decaimento - art. 53 do CDC - Nos contratos de compra e venda 
de móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações 
fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que 
estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão 
do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado. 
 
Súmula 543 do STJ. Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e 
venda de imóvel submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a 
imediata restituição das parcelas pagas pelo promitente comprador – integralmente, 
em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor/construtor, ou parcialmente, caso 
tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. 
 
Há duas conclusões importantes decorrentes do desfazimento de contratos de 
promessa de compra e venda em parcelas ou alienação fiduciária em garantia: 
 
- É nula de pleno direito a cláusula de decaimento, ou seja, aquela que prevê a perda 
total das parcelas pagas até então pelo consumidor; 
- A restituição do montante devido ao consumidor deve ser feita de forma imediata, e 
não a prazo ou parcelada. 
 
25. De acordo com orientação atualmente fixada em súmula do Superior Tribunal de 
Justiça, a inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de proteção ao 
crédito até o prazo máximo de 
 
 
30 
(A) cinco anos, independentemente da prescrição da execução. 
(B) três anos, independentemente da prescrição da execução. 
(C) cinco anos, salvo se maior for o prazo de prescrição da execução. 
(D) dez anos, independentemente da prescrição da execução.
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online 
de revisão final. 
 
O par. 1o do art. 43 do CDC, ao mesmo tempo em que dispõe sobre alguns requisitos a 
serem obedecidos pelos cadastros e dados dos consumidores (“devem ser objetivos, 
claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão”), estabelece um limite 
temporal para as informações negativas: não podem constar quando referentes a um 
período superior a 5 anos (prazo máximo das informações negativas). 
 
O STJ editou um enunciado sobre o tema, que foi objeto de cobrança nessa questão: 
Súmula 323 do STJ. A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de 
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco (5) anos, independentemente da 
prescrição da execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
26. “Depois que Dona Benta concluiu a história do mundo contada à moda dela, os 
meninos pediram mais. 
– Mais, quê? – perguntou a boa avó. – Poderei contar muitas histórias assim – história 
da Física, história da Química, história da Geologia, história da Geografia... 
– Conte a história da Geografia – pediu Pedrinho, que andava sonhando com viagens 
pelos países estrangeiros. 
E Dona Benta contou a Geografia.” 
(Monteiro Lobato. Geografia de Dona Benta – in Obras Completas. vol. 1. Série B. Editora 
Brasiliense: São Paulo, 1972. p. 47) 
 
Para o Estatuto da Criança e do Adolescente, a avó, Dona Benta, integra a família 
(A) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, mas não pode, 
somente com ela, viajar para o exterior, sem autorização de ambos os pais ou do juiz. 
(B) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos comos quais a 
criança convive e mantém vínculos de afinidade, mas não pode, somente com ela, viajar 
para o exterior, sem autorização de ambos os pais ou do juiz. 
(C) extensa ou ampliada de Pedrinho, formada de parentes próximos com os quais a 
criança convive e mantém vínculos de afinidade, podendo viajar somente com ela para 
o exterior, independentemente de qualquer autorização. 
(D) natural de Pedrinho, formada pelos ascendentes e descendentes, podendo viajar 
somente com ela para o exterior, com autorização do pai ou da mãe, ou do juiz.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
Questão adiantada em material da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e no AULÃO DE 
VÉSPERA. 
 
Art. 25 do ECA - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou 
qualquer deles e seus descendentes. 
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende 
para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes 
próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade 
e afetividade. 
 
Art. 84 do ECA - Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se 
a criança ou adolescente: I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; II - 
 
 
32 
viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de 
documento com firma reconhecida. 
 
Art. 1º da RES. 131 do CNJ - É dispensável autorização judicial para que crianças ou 
adolescentes brasileiros residentes no Brasil viajem ao exterior, nas seguintes 
situações: I) em companhia de ambos os genitores; II) em companhia de um dos 
genitores, desde que haja autorização do outro, com firma reconhecida; III) 
desacompanhado ou em companhia de terceiros maiores e capazes, designados pelos 
genitores, desde que haja autorização de ambos os pais, com firma reconhecida. 
 
27. Sobre a remissão, é correto afirmar: 
(A) não implica necessariamente o reconhecimento da responsabilidade, nem prevalece 
para efeito de antecedentes, podendo, porém, incluir eventualmente aplicação de 
medidas socioeducativas, inclusive a colocação em regime de semiliberdade e a 
internação. 
(B) iniciado o procedimento, a concessão pela autoridade judiciária implicará a 
suspensão do processo, mas não pode acarretar sua extinção. 
(C) não implica necessariamente o reconhecimento da responsabilidade, nem prevalece 
para efeito de antecedentes, podendo, porém, incluir eventualmente aplicação de 
medidas socioeducativas, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a 
internação. 
(D) é de concessão privativa do Ministério Público, antes ou depois de iniciado o 
procedimento, podendo o juiz, se não acatá-la, representar ao Procurador Geral da 
Justiça.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
Art. 127 do ECA - A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou 
comprovação da responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, 
podendo incluir eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, 
exceto a colocação em regime de semi-liberdade e a internação. 
 
28. A adoção internacional de criança brasileira, ou domiciliada no Brasil, somente terá 
lugar quando 
 
 
33 
(A) independentemente da existência de adotantes habilitados residentes no Brasil com 
perfil compatível com a criança, o juiz concluir que aquela é a melhor solução para a 
criança. 
(B) o estrangeiro ou casal estrangeiro apresentar situação socioeconômica vantajosa 
para a criança, se não houver adotantes habilitados no Brasil, na mesma situação ou 
melhor. 
(C) comprovado que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso 
concreto e que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança em 
família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de 
adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança, após 
consulta aos cadastros mencionados no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
(D) comprovado que a colocação em família adotiva estrangeira, independentemente 
de qualquer outro requisito, é solução que não traz prejuízo à criança, salvo se esta 
manifestar o desejo de permanecer no Brasil.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online 
de revisão final. 
 
Art. 51, § 1º do ECA - A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou 
domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: 
I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada ao caso concreto; 
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente 
em família adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência 
de adotantes habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou 
adolescente, após consulta aos cadastros mencionados nesta Lei; 
III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado, por meios 
adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encontra preparado para a 
medida, mediante parecer elaborado por equipe interprofissional, observado o disposto 
nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei. 
29. Em cada município haverá no mínimo um Conselho Tutelar, órgão permanente e 
(A) autônomo, não jurisdicional, integrante da Administração Pública local, composto 
de cinco membros escolhidos pela população local, para mandato de quatro anos, 
permitida uma recondução, mediante novo processo de escolha. 
 
 
34 
(B) não autônomo, subordinado ao Poder Judiciário, composto de cinco membros 
escolhidos pela população local, para mandato de quatro anos, permitida uma 
recondução, mediante novo processo de escolha. 
(C) autônomo, não jurisdicional, integrante da Administração local, composto de cinco 
membros, escolhidos pelo prefeito, com aprovação da Câmara de Vereadores, para 
mandato de quatro anos, permitida uma recondução, mediante novo processo de 
escolha. 
(D) não autônomo, subordinado ao Poder Judiciário, composto de cinco membros 
escolhidos por juiz de Infância e da Juventude, por tempo indeterminado e sem 
renumeração.
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188 e na aula online 
de revisão final. 
Art. 131 do ECA - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, 
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do 
adolescente, definidos nesta Lei. 
Art. 132 do ECA - Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal 
haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração 
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para 
mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo 
de escolha.
 
30. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional 
(A) será, desde logo, encaminhado à autoridade judicial, não podendo ser apresentado 
à autoridade policial. 
(B) será, desde logo, encaminhado ao Ministério Público e, se for apreendido por força 
de ordem judicial, será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária. 
(C) ou por força de ordem judicial, será, desde logo, apresentada à autoridade policial 
que o encaminhará à autoridade judiciária. 
(D) será, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente e, se a apreensão 
ocorrer por força de ordem judicial, será, desde logo, encaminhado à autoridade 
judiciária.
RESPOSTA: D 
 
 
35 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi trabalhada em rodada da Turma de Reta Final TJ-SP 188. 
 
Art. 171 do ECA - O adolescente apreendido por força de ordem judicial será, desde logo, 
encaminhado à autoridade judiciária. 
Art. 172 do ECA - O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será, desde 
logo, encaminhado à autoridade policial competente. 
Parágrafo único.Havendo repartição policial especializada para atendimento de 
adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em co-autoria com maior, 
prevalecerá a atribuição da repartição especializada, que, após as providências 
necessárias e conforme o caso, encaminhará o adulto à repartição policial própria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
DIREITO PENAL 
31. Segundo a Exposição de Motivos da Parte Geral, o Código Penal, quanto ao tempo e 
ao lugar do crime, ao concurso de pessoas e ao crime continuado, adotou, 
respectivamente, as seguintes teorias: 
(A) Atividade, Resultado, Monística e Objetiva-subjetiva. 
(B) Resultado, Atividade, Pluralística e Objetiva-subjetiva. 
(C) Ubiquidade, Resultado, Pluralística e Objetiva. 
(D) Atividade, Ubiquidade, Monística e Objetiva.
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
Respectivamente os arts. 4º, 6º, 29 e 71 do CP, estando todas as teorias justificadas na 
Exposição de Motivos do Código Penal em quanto aos referidos dispositivos.
 
32. Quanto ao Título II, da Parte Geral do Código Penal, “Do Crime”, é correto afirmar 
que 
(A) quanto às excludentes de ilicitude, o excesso doloso ou culposo punível aplica-se à 
legítima defesa e ao estado de necessidade, enquanto ao estrito cumprimento do dever 
legal e ao exercício regular de direito, somente o doloso. 
(B) se o fato é cometido sob coação moral irresistível, só é punível o autor da coação. Se 
resistível, coator e coato respondem em concurso de pessoas, atenuando-se 
obrigatoriamente a pena do último. 
(C) nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou 
restituída a coisa, até o oferecimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de 1 (um) a 2/3 (dois terços). 
(D) a superveniência de causa relativamente independente, preexistente, concomitante 
ou superveniente, exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
(A) É tranquilo o entendimento na doutrina no sentido de que todas as excludentes de 
ilicitude admitem o exesso dolos ou culposo. 
 
 
37 
(B) CORRETA. Arts. 22 e 65, III, “c” do Código Penal. 
(C) INCORRETA. Art. 16 do CP, que prevê o arrependimento posterior até o recebimento 
da denúncia. 
(D) INCORRETA. A assertiva está em desacordo com a redação do art. 13, 2º do Código 
Penal. Ademais, é uma contradição falar em superveniência de causa preexistente, pois 
se a causa era anterior, não é que se falar em superveniência. Redação contraditória e 
sem sentido. 
(E) INCORRETA. O feminicídio também abrange o menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher, independentemente da violência doméstica. Art. 121, §2ºA, II do 
CP.
 
33. É (São) requisito(s) para a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas 
de direitos: 
(A) a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a reparação do dano, salvo 
impossibilidade de fazê-lo, bem como os motivos e circunstâncias indicarem que a 
substituição seja suficiente. 
(B) ter a vítima mais de 14 (quatorze) e menos de 60 (sessenta) anos de idade, na data 
dos fatos. 
(C) salvo no caso de delação premiada prevista na Lei no 12.850/2013, e se o crime não 
for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, se doloso, que a pena aplicada 
não supere 4 (quatro) anos; se culposo, independentemente da quantidade de pena. 
(D) não reincidência comum ou específica em crime doloso, ainda que em face da 
condenação anterior a medida seja socialmente recomendável.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
O assunto foi abordado na revisão final do TJ-SP 188. 
(A) INCORRETA. A reparação do dano não é requisito do art. 44, III do Código Penal. 
(B) INCORRETA. Requisito não previsto no art. 44 do Código Penal. 
(C) CORRETA. No Código Penal os requisitos são os do art. 44 do Código Penal, de modo 
que o crime não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça e a pena 
aplicada não pode superar 4 (quatro) anos. Entretanto, a lei 12.850/13 (art. 4º) admite 
a substituição em favor do colaborador, sem que necessariamente os requisitos do 
Código Penal devam ser preenchidos. 
(D) O reincidente específico não tem direito à substituição (art. 44, §3º do Código Penal). 
 
 
38 
34. Quanto à prescrição, é correto afirmar que 
(A) em se tratando de “posse de droga para consumo pessoal”, previsto no artigo 28, da 
Lei no 11.343/2006, os lapsos prescricionais tanto da pretensão punitiva quanto da 
executória são de 2 (dois) anos, reduzidos da metade se o agente, ao tempo do crime, 
era menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. 
(B) depois de transitada em julgado a sentença condenatória para a acusação ou 
improvido seu recurso, a prescrição retroativa ou superveniente regula-se pela pena 
aplicada e verifica-se nos prazos fixados em lei, os quais são aumentados de 1/3 (um 
terço), em caso de reincidência. 
(C) a decisão de pronúncia é causa interruptiva da prescrição, salvo se o Tribunal do Júri 
venha a desclassificar o crime. 
(D) em se tratando de continuação delitiva comum ou concurso formal perfeito de 
crimes, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, computando-se o 
acréscimo decorrente do sistema da exasperação penal.
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
(A) CORRETA. Art. 30 da lei 11.343/06 
(B) INCORRETA. A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da pretensão 
punitiva, devendo ser observada, portanto, a Súmula 220 do STJ. 
(C) INCORRETA. Súmula 191 do STJ. 
(D) INCORRETA. Art. 119 do Código Penal. 
35. Quanto aos crimes contra a pessoa previstos no Título I, da Parte Especial do Código 
Penal, é correto afirmar que 
(A) o homicídio realizado para ocultar a prática de outro crime é qualificado pela 
conexão teleológica. 
(B) homicídio híbrido é a coexistência de uma forma privilegiada com qualquer das 
qualificadoras, mesmo que mais de uma. 
(C) a doutrina e a jurisprudência costumam classificar o crime de lesão corporal em leve, 
grave e gravíssima. Qualificam a última os resultados incapacidade permanente para o 
trabalho, perigo de vida, perda ou inutilização de membro, sentido ou função, 
deformidade permanente e aborto. 
 
 
39 
(D) a calúnia e a difamação previstas no Código Penal admitem a exceção da verdade e 
não são puníveis quando a ofensa for irrogada em juízo, na discussão da causa, pela 
parte ou por seu procurador. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO! 
(A) Tal conexão é objetiva consequencial e não teleológica, quando o homicídio é 
praticado para ocultar outro crime. Por isso, entendemos que embora o gabarito tenha 
considerado a assertiva como correta, ela na verdade está errada (ver a obra de 
Norberto Avena, Processo Penal Esquematizado, Editora Método na qual o autor aborda 
a questão de forma muito satisfatória. Também no mesmo sentido Nestor Távora e 
Renato Brasileiro) 
(B) INCORRETA. O homicídio híbrido é o homicídio qualificado-privilegiado, porém as 
circunstâncias caracterizadoras do privilégio só podem ser cumuladas com as 
qualificadoras objetivas. 
(C) INCORRETA. O perigo de vida é caracterizador da lesão grave e não da gravíssima 
(art. 129, 1º, II do Código Penal). 
(D) INCORRETA. Não se punem a difamação e a injuria, mas a calúnia é punível para as 
ofensas irrogadas em juízo pela parte ou procurador. 
36. Quanto aos crimes contra o patrimônio, é correto afirmar que 
(A) qualifica a extorsão mediante sequestro se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) 
anos ou maior de 60 (sessenta) anos, de sorte que se restituído à liberdade depois de 
completar 18 (dezoito) anos, ou sequestrado antes de completar 60 (sessenta) anos, 
embora libertado a partir dessa idade, não incide a qualificadora. 
(B) a absolvição pelo crime pressuposto da receptação impede a condenação do 
receptador quando não existir prova de ele ter concorrido para a infração penal,

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