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@damnviccc @damnviccc Clínica De Ruminantes 1 Doenças do Sistema Nervoso Central Tétano Etiologia Clostridium tetani Espamos musculares resultante da exotoxina tetanopasmina produzida pelo estágio vegetativo do Clostridium tetani Toxinas produzidas são : • Tetanolisina • Tenapasmina • Toxina não espasmódica Epidemiologia Equinos são mais sensíveis,mas todas as espécies são susceptíveis,geralmente há histórico de feridas ou outro trauma tissular. Ocorre em casos isolados mas também em surtos em ruminantes jovens após a castração ou caudectomia. Sinais clínicos • Rigidez muscular • Postura de cavalete • Orelhas eretas • Cauda rígida • Trismo mandibular • Prolapso de terceira pálpebra • Hiperestasia Diagnóstico ✓ Achados clinicoepidemiológicos ✓ Cultivo e identificação do agente ✓ Imunofluorescência Diagnóstico diferencial Intoxicação por estricnina Laminite aguda ,Polioencefalomalacia ,Hipomagnesemia Tratamento Antibiótico Eliminar o agente Antitoxina Neutralizar toxina residual Sedativo Controlar espamos musculares Hidratação e Nutrição(Fornecer tratamento de suporte) Ambientes tranquilos Prevenção e controle Higiene - procedimentos invasivos(antisepsia) Vacinar os animais ✓ Castração ✓ Descornas ✓ Corte de cauda Botulismo Etiologia Clostridium botulinum Ingestão da toxina pré formada(Principalmente pelos tipos B,C,D) podem sobreviver no ambiente por muito tempo. Toxina botulínica – mais letal entre as conhecidas 8 toxinas(A a G) Epidemiologia Forma esporádica ou surtos Associada a deficiência de fósforo sazonal 2 anos de idade ou fêmeas gestantes Ingestão da toxina em alimentos ou aguadas (Silagens,rações e fenos mal acondicionados,cama de frango e restos alimentares(-lavagem),animais em decomposição nas agudas) Sinais clínicos 3 – 17 dias após a ingestão da toxina pré formada • Posição auto auscultação • Redução do tônus da língua • Flacidez da mandíbula • Paralisia flácida dos músculos @damnviccc @damnviccc Diagnóstico Dados epidemiológicos e achados clínicos Ensaio biológico Tipificação da toxina Diagnóstico diferencial Hipocalcemia Listeriose Compressão medular Tratamento Não há droga que neutralize o efeito neuroparalítico da toxina Tratamento de suporte (hidratação e nutrição) Mudança de decúbito Prevenção e controle ✓ Mineralização ✓ Vacinação ✓ Descarte de carcaças ✓ Armazenamento adequado dos alimentos Listeriose Doença dos círculos Etiologia Listeria monocytogenes Bactéria Intraelular obrigatório Epidemiologia Acomete mais animais velhos(>1 ano) Ingestão de alimentos contaminados Doença esporádica(Múltiplos casos em um grupo,silagem mal conservada) Sistemas intensivos(Devido ao estresse) Mudança no manejo Quadros de septicemia,abortoMeningoencefalite Sinais clínicos Febre Depressão Redução do apetite Redução da produção de leite Incoordenação Hemiparesia Torcicolo Andar círculos Déficits de nervos cranianos: ✓ Inclinação da cabeça ✓ Ptose auricular ✓ Ptose palpebral ✓ Ptose auricular ✓ Salivação ✓ Nistagmo ✓ Salivação ✓ Redução do tônus da língua ✓ Ceratite de exposição ✓ Torcicolo Patologia clínica Leucocitose Monocitose LCR - Aumento da proteínas - Células mononucleadas Achados histopatológicos Microabcessos na medula,tronco encefálico e cerebelo Diagnóstico diferencial ▪ Otite interna ▪ Abcessos cerebrais do tronco encefálico ▪ Cetose em bovinos ▪ Toxemia da prenhez (ovinos e caprinos) ▪ Poliencefalomalacia ▪ Raiva Tratamento ✓ Penicilina – 44.000 UI/kg IM – mínimo 7 dias 2 x ao dia (a cada 6 horas) ✓ 22..000 UI/kg IM a cada 12h ✓ Oxitetraciclina – 10-20mg/kg – cada 12 h ✓ Gentamicina – 3mg/kg 2 x ao dia ✓ Amoxicilina 7mg/kg 2 x ao dia ✓ Tratamento de suporte – fluidoterapia Prevenção Evitar oferecer leite contaminado a neonatos Limpeza de instalações Cuidado na introdução de novos animais Silagem de boa qualidade @damnviccc @damnviccc Raiva Etiologia Família Rhabdviridae,Gênero Lissavirus Neurotrópico Epidemiologia - Zoonose,Endêmica no Brasil Transmitido através da mordedura de animais infectados principalmente animais silvestres e morcego – Desmodus rotundus Morbidade variável – 100% letalidade Notificação compulsória Sinais clínicos Forma paralítica Lesões difusas Sinais de medula Sinais cerebrais Sinais cerebelares Sinais de nervos cranianos Anorexia,depressão,hiperexcetabilidade,vocalização, opistotôno,andar cambaleante,ataxia, Alteração nos reflexos espinhais,Flacidez de cauda e ânus,Paresia,Contrações espasmódicas de grupos musculares,tenesmo,redução do tônus da língua Diagnóstico Achados histopatológicos Corpúsculos de Negri Imunofluorescência direta e Inoculação em camundongos Diagnóstico diferencial Sinais medulares: Abscessos medulares Traumatismo Afecções do sistema locomotor - claudicação Sinais cerebrais e cerebelares: Cetose Babesiose – B. bovis P.E.M. Sinais de nervos cranianos: Listeriose Prevenção Vacinas inativadas,animais a partir de 3 meses Primovacinados repetir com 30 dias Imunidade por 1 ano Meningoencefalite pelo herpesvírus – V Etiologia Família herpesviridae (mesma Herpes vírus tipo I – RIB) Sub família – Alphaherpesvirinae Epidemiologia • Transmissão através de secreções nasais • Infecção pela mucosa oral e nasofaríngea • Através de transporte axonal – SNC • Período de latência (meses após a infecção) • Animais jovens (13-18 meses) • Surtos ou casos esporádicos • Morbidade geralmente é baixa • 75-100% letalidade • Situações de estresse favorecem a reativação do vírus(desmame)Sinais clínicos Depressão profunda Febre Incoordenação Andar em círculo Pressão da cabeça contra objetos Cegueira Convulsões Corrimento nasal e ocular Tremores musculares cabeça e pescoço Disfagia Decúbito Paralisia da língua Achados de necropsia Hiperemia de leptomeninges;Áreas de malacia;desaparecimento do córtex Diagnóstico Achados histopatológicos(corpúsculos de inclusão intranuclear em neurônioseastrócitos);Imunohistoquímica; Isolamento do vírus. Prevenção e controle Vacinas – IBR e cuidados em situações de estresse @damnviccc @damnviccc Poliencefalomalacia Malacia = necrose com amolecimento;Pólio = substância cinzenta do encefálo Etiologia Deficiência de tiamina ou intoxicação por enxofre,chumbou,sal DEFICIÊNCIA DE TIAMINA: Alimentação rica em carboidratos Mudança de alimentação Deficiência de cobalto Uso de antibióticos orais Uso de anti-helmínticos Uso de aditivos nos concentrados (sulfato de cálcio) Acidificantes da urina Pastagens adubadas com subprodutos industriais Enxofre Ingestão acidental de resíduos de baterias, tintas, lubrificantes, óleos de motor Chumbo ✓ Ingestão grande quantidade de NaCl, ingestão grande quantidade de água Epidemiologia Animais em confinamento Jovens > Adultos( Mortalidade Baixa) Letalidade 43% a 100% Sinais clínicos Depressão Incoordenação Opistôtono Bruxismo Andar em círculos Andar sem rumo Pressionar a cabeça contra objetos Cegueira de origem central Movimentos involuntários Ataxia Estrabismo Nistagmo Redução do tônus da língua Achados de necropsia • Edema no encéfalo • Herniação do cerebelo • Achatamento das circunvoluções cerebrais – áreas amareladas, gelatinosas • Hemorragias nas meninges • Fluorescência nas áreas afetadas do encéfalo • Áreas de malácia Diagnóstico diferencial Meningoencefalite por herpes vírus tipo 5 Enterotoxemia do tipo D (Necrose simétrica focal) Meningoencefalite por Listeria monocytogenes Raiva Tratamento Tiamina – 10-20 mg/kg IV Dexametasona – 0,2 mg/kg IV Manitol - 0,5-2mg/kg- em uma solução de 20% A cada 4 – 6 h durante 3 dias Bacterianas •Tétano •Botulismo •Listeriose •Meningite •Abcessos Virais •Raiva •Herpes vírus •CAE Congênitas ou Outros agentes •PEM Enfermidades do Sistema Nervoso
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