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A QUIMICA DO AMOR

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A Química do amor 
 
Ah, o amor! Esse sentimento que transforma vidas, que traz uma explosão de sensações como euforia, 
desejos, confiança, contentamento, prazer, angústia, tristeza e tantas outras sensações que nos fazem por vezes até 
mesmo agir como tolos. Sem querer aprofundar na magia do amor, hoje vamos apenas abordá-lo do ponto de vista 
da química que lhe está associada: os compostos químicos que atuam sobre o nosso corpo – sobre o nosso cérebro, 
em particular – e nos transmitem todas as sensações e comportamentos que associamos ao amor. Com certeza você 
já ouviu a frase: rolou uma química entre aquele casal. E então... Será que existe mesmo uma explicação científica 
para o amor? O que é responsável por fazer acelerar o coração, suar as mãos, olhar perdido e a respiração ofegante 
quando nos aproximamos de alguma pessoa em especial? O que o amor e paixão tem a ver com a química? O fato é 
que o amor é pura combinação química. Todos os sintomas do amor e da paixão são causados por uma combinação 
de substâncias químicas fabricadas pelo corpo humano. 
 O “amor” é um complexo fenômeno neurobiológico, baseado em atividades cerebrais, que incluem 
principalmente certas moléculas, denominadas de hormônios. Esse nome é de origem grega, significando “incitar”, 
exatamente porque os hormônios têm a função de levar mensagens químicas, coordenando as atividades de 
diferentes células em organismos multicelulares. Eles são liberados através das glândulas, que contêm células cuja 
principal função é a secreção e estes hormônios coordenam as atividades corporais, sendo responsáveis pelo 
desenvolvimento, reprodução e crescimento. Estima-se que o corpo humano seja capaz de produzir duzentos 
hormônios diferentes. Estas substâncias químicas são compostos orgânicos, geralmente de cadeia carbônica 
oxigenada e nitrogenada. São produzidas pelo corpo dos animais e também são responsáveis por todas as emoções 
que estes podem sentir como a raiva, o ciúme, o medo, o tesão e, inclusive, o amor e a paixão. Foi a antropóloga 
Helen Fisher, famosa pelos seus estudos sobre a bioquímica do amor – e autora de vários livros, que propôs a 
existência de três fases no amor, cada uma delas com as suas características emocionais e os seus compostos 
químicos próprios. 
 1ª fase (fase do desejo): Nessa fase as sensações e o desejo sexual são iniciados no corpo humano. Eles são 
despertados pela circulação dos hormônios sexuais, iniciada na adolescência: a testosterona nos homens e o 
estrogênio nas mulheres. É a circulação destes hormônios no nosso sangue que torna o nosso cérebro interessado 
em parceiros sexuais, digamos assim. 
 
 
2ª fase (fase da atração ou paixão romântica): Quando então nos apaixonamos, os compostos químicos que 
atuam em nosso cérebro nos fazem só pensar na pessoa amada. Geralmente se perde a capacidade de raciocinar e 
deixa-se de enxergar os defeitos da pessoa amada. É nesse estágio em que se aplica o ditado “o amor é cego”. Veja 
algumas reações que ocorrem em nosso corpo: 
O cheiro da pessoa amada é um bálsamo estimulante, quase uma droga que mexe com o cérebro e com o corpo. Isso 
ocorre porque as moléculas que emanam da pessoa vão pelo nariz e quando entram em contato com os hormônios 
olfativos, a informação é transmitida para o cérebro. Nesse momento sensações e memórias se fundem, o hipocampo 
registra a imagem do (a) amado (a) e determinado cheiro passará a sempre estar ligado à sua imagem. Outro aspecto 
bioquímico relacionado ao cheiro é que a pessoa nesse estado excreta pelo cheiro substâncias químicas que 
permitem a comunicação e a atração com outro ser da mesma espécie. A essas substâncias é dado o nome de 
feromônios. Quando vemos a pessoa amada as nossas pupilas se dilatam, o rosto fica vermelho, os batimentos do coração 
aceleram, nos arrepiamos, as mãos suam e os lábios ficam mais rosados. Isso ocorre porque o sangue corre pelos minúsculos 
vasos debaixo da pele, a temperatura de nosso corpo sobe e se produz mais noradrenalina, que é o hormônio que acelera o 
bater do coração. No cérebro há uma explosão de reações causadas pelos neurotransmissores. Um deles é 
a dopamina, o neurotransmissor do prazer. Ao olharmos a pessoa, mesmo que seja só uma foto, temos uma 
sensação agradável, parecida com a de comer um doce, uma comida predileta ou mesmo uma droga. A serotonina é 
o hormônio que nos torna obcecados. Essas substâncias produzidas em nosso corpo são muito parecidas com drogas 
do tipo anfetaminas. 
 
 
 
 
 
 
 
Visto que liberamos mais hormônios e neurotransmissores, o nosso comportamento é alterado, há uma 
desorganização em nosso cérebro, que o faz ficar confuso, por isso ficamos com aquele ar de “patetas”, estabanados, 
dizemos coisas sem sentido, interpretamos mal o que a pessoa nos diz e damos respostas desarrazoadas. O carinho 
dado pelo toque é algo que também nos dá muito prazer, pois debaixo da pele, 1,5 milhão de receptores registram as 
sensações que são transmitidas para milhares de terminações nervosas. O contato desencadeia uma corrente elétrica 
que viaja através da medula espinhal e chega ao cérebro, liberando mais endorfina. A endorfina atua no sistema 
límbico, que é a área do cérebro responsável pelo prazer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas, infelizmente, esses sentimentos intensos não duram para sempre. Aí é que entra a última fase do amor: 
3ª fase (fase de ligação): Esta terceira fase corresponde ao amor duradouro. Nessa fase o casal já passou pela 
paixão romântica e fantasiosa e começam a sentir o amor real, um amor muito semelhante ao amor que se sente 
pelos pais e familiares. Nesta fase, sem o efeito dos hormônios que causam a paixão, os companheiros começam a 
perceber os defeitos do outro e o amor precisa ser forte para suportar os desafios que podem surgir. Há dois 
hormônios importantes nesta fase: a oxitocina e a vasopressina que são liberados durante a relação sexual. A 
oxitocina provoca contrações no músculo uterino e produção de leite materno; aparentemente está envolvida no 
relacionamento entre a mãe e o bebê. Pode parecer ao casal que o amor se esfriou porque o organismo fica mais 
resistente e acostumado com a produção dos hormônios citados anteriormente. Mas não se preocupe, isso não 
significa que o amor acaba por aqui. Mas sim que um tipo diferente e mais duradouro de amor é estabelecido, não 
passageiro como a “paixão”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade: Baseado no texto lido e em seus conhecimentos, REDIJA um texto, de aproximadamente 15 linhas, 
DISCUTINDO às seguintes questões: 
• Você criou uma relação de amor ou de paixão com a química estudada? JUSTIFIQUE. 
• Há diferença entre a química da VIDA e a química da ESCOLA? Qual (is)? 
• A química ajuda as pessoas a serem mais felizes? Como? 
• Para que e por que estudar Química? 
 
 
 
 
 
 
 
A QUÍMICA DA DECOMPOSIÇÃO: 
 
A cadaverina é um dos principais elementos responsáveis pelo odor desagradável dos cadáveres. A putrescina se 
forma na carne podre e a esta dá um odor característico. Nossas glândulas suprarrenais produzem um hormônio 
chamado adrenalina, cuja função principal é controlar os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a concentração 
de açúcar no sangue. 
 
 
 
 
 
Quando levamos um susto, ou estamos em perigo, a concentração de adrenalina no 
sangue se eleva, aumentando como consequência, nossos batimentos cardíacos e nossa pressão arterial. Esse é um 
mecanismo de defesa natural do organismo, proporcionando-nos mais energia para correr ou enfrentar o perigo que 
nos ameaça. Procurando imitar a natureza, os cientistas inventaram as anfetaminas - um conjunto de substâncias 
com estrutura e efeitos semelhantes aos da adrenalina. A cafeína, existe no café, no chá preto e em outras bebidas, 
também é estimulante do sistema nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade: Baseado no textolido e em seus conhecimentos, REDIJA um texto, de aproximadamente 15 linhas, 
DISCUTINDO às seguintes questões: 
• Você criou uma relação de amor ou de paixão com a química estudada? JUSTIFIQUE. 
• Há diferença entre a química da VIDA e a química da ESCOLA? Qual (is)? 
• A química ajuda as pessoas a serem mais felizes? Como? 
• Para que e por que estudar Química?

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