Buscar

Vade Medum PRF 2017 @voupertencer prf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 523 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 523 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 523 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
Vade Mecum – PRF 
2017 
 
Atualizado em 25.03.2017 @voupertencer.prf 
 
Polícia Rodoviária Federal 
 
"De manhã me levanto para vencer". 
 
2 
 
Sumário 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................................................ 3 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO ........................................................................................................................ 4 
CRIME DE PRECONCEITO DE RAÇA E COR ............................................................................................................ 11 
APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL ................................................................................... 12 
ABUSO DE AUTORIDADE ............................................................................................................................... 13 
CRIME DE TORTURA ................................................................................................................................... 15 
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ........................................................................................................ 16 
ESTATUTO DO IDOSO ................................................................................................................................... 68 
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS .......................................................................................................................... 81 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ...................................................................................................................... 85 
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS ....................................................................................................................... 97 
LEI MARIA DA PENHA ................................................................................................................................ 101 
LEI DE DROGAS........................................................................................................................................ 107 
CONTRAVENÇÕES PENAIS ............................................................................................................................. 118 
CRIMES AMBIENTAIS ................................................................................................................................. 125 
TRÁFICO DE PESSOAS ................................................................................................................................. 140 
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................................................... 149 
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES FEDERAIS – LEI 8112 ...................................................................................... 150 
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL LEI - 9784 ................................................................................................ 189 
LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA LEI - 8429 .............................................................................................. 198 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ..................................................................................................................... 204 
CÓDIGO DE ÉTICA ..................................................................................................................................... 205 
LEGISLAÇÃO RELATIVA AO DPRF ............................................................................................................... 210 
COMPETÊNCIA DA PRF ............................................................................................................................... 211 
ESTATUTO DA PRF .................................................................................................................................... 211 
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO .................................................................................................................. 213 
DIREITO PENAL....................................................................................................................................... 285 
CÓDIGO PENAL – PARTE GERAL ..................................................................................................................... 286 
CÓDIGO PENAL – PARTE ESPECIAL ................................................................................................................. 301 
CRIMES HEDIONDOS ................................................................................................................................... 337 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................................................... 341 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL ........................................................................................................................ 342 
PRISÃO TEMPORÁRIA ................................................................................................................................. 428 
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................................................................................ 430 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL .......................................................................................... 431 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
 
4 
 
ESTATUTO DO 
DESARMAMENTO 
LEI No 10.826, DE 22 DE 
DEZEMBRO DE 2003. 
Dispõe sobre 
registro, posse e 
comercialização de 
armas de fogo e 
munição, sobre o 
Sistema Nacional 
de Armas – Sinarm, 
define crimes e dá 
outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA NACIONAL DE 
ARMAS 
 Art. 1o O Sistema Nacional de 
Armas – Sinarm, instituído no 
Ministério da Justiça, no âmbito da 
Polícia Federal, tem circunscrição em 
todo o território nacional. 
 Art. 2o Ao Sinarm compete: 
 I – identificar as características e 
a propriedade de armas de fogo, 
mediante cadastro; 
 II – cadastrar as armas de fogo 
produzidas, importadas e vendidas no 
País; 
 III – cadastrar as autorizações de 
porte de arma de fogo e as 
renovações expedidas pela Polícia 
Federal; 
 IV – cadastrar as transferências 
de propriedade, extravio, furto, roubo 
e outras ocorrências suscetíveis de 
alterar os dados cadastrais, inclusive 
as decorrentes de fechamento de 
empresas de segurança privada e de 
transporte de valores; 
 V – identificar as modificações 
que alterem as características ou o 
funcionamento de arma de fogo; 
 VI – integrar no cadastro os 
acervos policiais já existentes; 
 VII – cadastrar as apreensões de 
armas de fogo, inclusive as vinculadas 
a procedimentos policiais e judiciais; 
 VIII – cadastrar os armeiros em 
atividade no País, bem como 
conceder licença para exercer a 
atividade; 
 IX – cadastrar mediante registro 
os produtores, atacadistas, varejistas, 
exportadores e importadores 
autorizados de armas de fogo, 
acessórios e munições; 
 X – cadastrar a identificação do 
cano da arma, as características das 
impressões de raiamento e de 
microestriamento de projétil 
disparado, conforme marcação e 
testes obrigatoriamente realizados 
pelo fabricante; 
 XI – informar às Secretarias de 
Segurança Pública dos Estados e do 
Distrito Federal os registros e 
autorizações de porte de armas de 
fogo nos respectivos territórios, bem 
como manter o cadastro atualizado 
para consulta. 
 Parágrafo único. As disposições 
deste artigo nãoalcançam as armas 
de fogo das Forças Armadas e 
Auxiliares, bem como as demais que 
constem dos seus registros próprios. 
CAPÍTULO II 
DO REGISTRO 
 Art. 3o É obrigatório o registro de 
arma de fogo no órgão competente. 
 Parágrafo único. As armas de 
fogo de uso restrito serão registradas 
no Comando do Exército, na forma do 
regulamento desta Lei. 
 Art. 4o Para adquirir arma de fogo 
de uso permitido o interessado 
deverá, além de declarar a efetiva 
necessidade, atender aos seguintes 
requisitos: 
 I - comprovação de idoneidade, 
com a apresentação de certidões 
negativas de antecedentes criminais 
fornecidas pela Justiça Federal, 
Estadual, Militar e Eleitoral e de não 
estar respondendo a inquérito policial 
ou a processo criminal, que poderão 
ser fornecidas por meios 
eletrônicos; (Redação dada pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
 II – apresentação de documento 
comprobatório de ocupação lícita e de 
residência certa; 
 III – comprovação de capacidade 
técnica e de aptidão psicológica para 
o manuseio de arma de fogo, 
atestadas na forma disposta no 
regulamento desta Lei. 
 § 1o O Sinarm expedirá 
autorização de compra de arma de 
fogo após atendidos os requisitos 
anteriormente estabelecidos, em 
nome do requerente e para a arma 
indicada, sendo intransferível esta 
autorização. 
 § 2o A aquisição de munição 
somente poderá ser feita no calibre 
correspondente à arma registrada e 
na quantidade estabelecida no 
regulamento desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 3o A empresa que comercializar 
arma de fogo em território nacional é 
obrigada a comunicar a venda à 
autoridade competente, como 
também a manter banco de dados 
com todas as características da arma 
e cópia dos documentos previstos 
neste artigo. 
 § 4o A empresa que comercializa 
armas de fogo, acessórios e munições 
responde legalmente por essas 
mercadorias, ficando registradas 
como de sua propriedade enquanto 
não forem vendidas. 
 
5 
 
 § 5o A comercialização de armas 
de fogo, acessórios e munições entre 
pessoas físicas somente será 
efetivada mediante autorização do 
Sinarm. 
 § 6o A expedição da autorização 
a que se refere o § 1o será concedida, 
ou recusada com a devida 
fundamentação, no prazo de 30 
(trinta) dias úteis, a contar da data do 
requerimento do interessado. 
 § 7o O registro precário a que se 
refere o § 4o prescinde do 
cumprimento dos requisitos dos 
incisos I, II e III deste artigo. 
 § 8o Estará dispensado das 
exigências constantes do inciso III 
do caput deste artigo, na forma do 
regulamento, o interessado em 
adquirir arma de fogo de uso permitido 
que comprove estar autorizado a 
portar arma com as mesmas 
características daquela a ser 
adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, 
de 2008) 
 Art. 5o O certificado de Registro 
de Arma de Fogo, com validade em 
todo o território nacional, autoriza o 
seu proprietário a manter a arma de 
fogo exclusivamente no interior de sua 
residência ou domicílio, ou 
dependência desses, ou, ainda, no 
seu local de trabalho, desde que seja 
ele o titular ou o responsável legal pelo 
estabelecimento ou 
empresa. (Redação dada pela Lei nº 
10.884, de 2004) 
 § 1o O certificado de registro de 
arma de fogo será expedido pela 
Polícia Federal e será precedido de 
autorização do Sinarm. 
 § 2o Os requisitos de que tratam 
os incisos I, II e III do art. 4o deverão 
ser comprovados periodicamente, em 
período não inferior a 3 (três) anos, na 
conformidade do estabelecido no 
regulamento desta Lei, para a 
renovação do Certificado de Registro 
de Arma de Fogo. 
 § 3o O proprietário de arma de 
fogo com certificados de registro 
de propriedade expedido por órgão 
estadual ou do Distrito Federal até 
a data da publicação desta Lei que 
não optar pela entrega espontânea 
prevista no art. 32 desta Lei deverá 
renová-lo mediante o pertinente 
registro federal, até o dia 31 de 
dezembro de 2008, ante a 
apresentação de documento de 
identificação pessoal e 
comprovante de residência fixa, 
ficando dispensado do pagamento 
de taxas e do cumprimento das 
demais exigências constantes dos 
incisos I a III do caput do art. 
4o desta Lei. (Redação dada pela 
Lei nº 11.706, de 
2008) (Prorrogação de prazo) 
 § 4o Para fins do cumprimento do 
disposto no § 3o deste artigo, o 
proprietário de arma de fogo poderá 
obter, no Departamento de Polícia 
Federal, certificado de registro 
provisório, expedido na rede mundial 
de computadores - internet, na forma 
do regulamento e obedecidos os 
procedimentos a seguir: (Redação 
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 I - emissão de certificado de 
registro provisório pela internet, com 
validade inicial de 90 (noventa) dias; 
e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 
2008) 
 II - revalidação pela unidade do 
Departamento de Polícia Federal do 
certificado de registro provisório pelo 
prazo que estimar como necessário 
para a emissão definitiva do 
certificado de registro de 
propriedade. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 
CAPÍTULO III 
DO PORTE 
 Art. 6o É proibido o porte de arma 
de fogo em todo o território nacional, 
salvo para os casos previstos em 
legislação própria e para: 
 I – os integrantes das Forças 
Armadas; 
 II – os integrantes de órgãos 
referidos nos incisos do caput do art. 
144 da Constituição Federal; 
 III – os integrantes das guardas 
municipais das capitais dos Estados e 
dos Municípios com mais de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes, nas 
condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei; 
 IV - os integrantes das guardas 
municipais dos Municípios com mais 
de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 
500.000 (quinhentos mil) habitantes, 
quando em serviço; (Redação dada 
pela Lei nº 10.867, de 2004) 
 V – os agentes operacionais da 
Agência Brasileira de Inteligência e os 
agentes do Departamento de 
Segurança do Gabinete de Segurança 
Institucional da Presidência da 
República; 
 VI – os integrantes dos órgãos 
policiais referidos no art. 51, IV, e 
no art. 52, XIII, da Constituição 
Federal; 
 VII – os integrantes do quadro 
efetivo dos agentes e guardas 
prisionais, os integrantes das escoltas 
de presos e as guardas portuárias; 
 VIII – as empresas de segurança 
privada e de transporte de valores 
constituídas, nos termos desta Lei; 
 IX – para os integrantes das 
entidades de desporto legalmente 
constituídas, cujas atividades 
esportivas demandem o uso de armas 
de fogo, na forma do regulamento 
desta Lei, observando-se, no que 
couber, a legislação ambiental. 
 X - integrantes das Carreiras de 
Auditoria da Receita Federal do Brasil 
e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, 
cargos de Auditor-Fiscal e Analista 
Tributário. (Redação dada pela Lei nº 
11.501, de 2007) 
XI - os tribunais do Poder 
Judiciário descritos no art. 92 da 
Constituição Federal e os Ministérios 
Públicos da União e dos Estados, para 
uso exclusivo de servidores de seus 
quadros pessoais que efetivamente 
estejam no exercício de funções de 
 
6 
 
segurança, na forma de regulamento 
a ser emitido pelo Conselho Nacional 
de Justiça - CNJ e pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público - 
CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, 
de 2012) 
 § 1o As pessoas previstas nos 
incisos I, II, III, V e VI do caput deste 
artigo terão direito de portar arma de 
fogo de propriedade particular ou 
fornecida pela respectiva corporação 
ou instituição, mesmo fora de serviço, 
nos termos do regulamentodesta Lei, 
com validade em âmbito nacional para 
aquelas constantes dos incisos I, II, V 
e VI. (Redação dada pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 1o-A (Revogado pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 1º-B. Os integrantes do 
quadro efetivo de agentes e guardas 
prisionais poderão portar arma de 
fogo de propriedade particular ou 
fornecida pela respectiva 
corporação ou instituição, mesmo 
fora de serviço, desde que 
estejam: (Incluído pela Lei nº 
12.993, de 2014) 
I - submetidos a regime de 
dedicação exclusiva; (Incluído 
pela Lei nº 12.993, de 2014) 
II - sujeitos à formação 
funcional, nos termos do 
regulamento; e (Incluído pela 
Lei nº 12.993, de 2014) 
III - subordinados a 
mecanismos de fiscalização e de 
controle interno. (Incluído pela 
Lei nº 12.993, de 2014) 
§ 1º-C. 
(VETADO). (Incluído pela Lei 
nº 12.993, de 2014) 
 § 2o A autorização para o porte 
de arma de fogo aos integrantes das 
instituições descritas nos incisos V, VI, 
VII e X do caput deste artigo está 
condicionada à comprovação do 
requisito a que se refere o inciso III 
do caputdo art. 4o desta Lei nas 
condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 3o A autorização para o porte 
de arma de fogo das guardas 
municipais está condicionada à 
formação funcional de seus 
integrantes em estabelecimentos de 
ensino de atividade policial e à 
existência de mecanismos de 
fiscalização e de controle interno, nas 
condições estabelecidas no 
regulamento desta Lei, observada a 
supervisão do Comando do 
Exército. (Redação dada pela Lei nº 
10.867, de 2004) 
 § 4o Os integrantes das Forças 
Armadas, das polícias federais e 
estaduais e do Distrito Federal, bem 
como os militares dos Estados e do 
Distrito Federal, ao exercerem o 
direito descrito no art. 4o, ficam 
dispensados do cumprimento do 
disposto nos incisos I, II e III do 
mesmo artigo, na forma do 
regulamento desta Lei. 
 § 5o Aos residentes em áreas 
rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) 
anos que comprovem depender do 
emprego de arma de fogo para prover 
sua subsistência alimentar familiar 
será concedido pela Polícia Federal o 
porte de arma de fogo, na categoria 
caçador para subsistência, de uma 
arma de uso permitido, de tiro simples, 
com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma 
lisa e de calibre igual ou inferior a 16 
(dezesseis), desde que o interessado 
comprove a efetiva necessidade em 
requerimento ao qual deverão ser 
anexados os seguintes 
documentos: (Redação dada pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
 I - documento de identificação 
pessoal; (Incluído pela Lei nº 11.706, 
de 2008) 
 II - comprovante de residência 
em área rural; e (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 III - atestado de bons 
antecedentes. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 6o O caçador para subsistência 
que der outro uso à sua arma de fogo, 
independentemente de outras 
tipificações penais, responderá, 
conforme o caso, por porte ilegal ou 
por disparo de arma de fogo de uso 
permitido. (Redação dada pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 7o Aos integrantes das guardas 
municipais dos Municípios que 
integram regiões metropolitanas será 
autorizado porte de arma de fogo, 
quando em serviço. (Incluído pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
 Art. 7o As armas de fogo 
utilizadas pelos empregados das 
empresas de segurança privada e de 
transporte de valores, constituídas na 
forma da lei, serão de propriedade, 
responsabilidade e guarda das 
respectivas empresas, somente 
podendo ser utilizadas quando em 
serviço, devendo essas observar as 
condições de uso e de armazenagem 
estabelecidas pelo órgão competente, 
sendo o certificado de registro e a 
autorização de porte expedidos pela 
Polícia Federal em nome da empresa. 
 § 1o O proprietário ou diretor 
responsável de empresa de 
segurança privada e de transporte de 
valores responderá pelo crime 
previsto no parágrafo único do art. 13 
desta Lei, sem prejuízo das demais 
sanções administrativas e civis, se 
deixar de registrar ocorrência policial e 
de comunicar à Polícia Federal perda, 
furto, roubo ou outras formas de 
extravio de armas de fogo, acessórios 
e munições que estejam sob sua 
guarda, nas primeiras 24 (vinte e 
quatro) horas depois de ocorrido o 
fato. 
 § 2o A empresa de segurança e 
de transporte de valores deverá 
apresentar documentação 
comprobatória do preenchimento dos 
requisitos constantes do art. 4o desta 
Lei quanto aos empregados que 
portarão arma de fogo. 
 § 3o A listagem dos empregados 
das empresas referidas neste artigo 
deverá ser atualizada semestralmente 
junto ao Sinarm. 
Art. 7o-A. As armas de fogo 
utilizadas pelos servidores das 
instituições descritas no inciso XI do 
art. 6o serão de propriedade, 
 
7 
 
responsabilidade e guarda das 
respectivas instituições, somente 
podendo ser utilizadas quando em 
serviço, devendo estas observar as 
condições de uso e de armazenagem 
estabelecidas pelo órgão competente, 
sendo o certificado de registro e a 
autorização de porte expedidos pela 
Polícia Federal em nome da 
instituição. (Incluído pela Lei nº 
12.694, de 2012) 
§ 1o A autorização para o porte 
de arma de fogo de que trata este 
artigo independe do pagamento de 
taxa. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 
2012) 
§ 2o O presidente do tribunal ou 
o chefe do Ministério Público 
designará os servidores de seus 
quadros pessoais no exercício de 
funções de segurança que poderão 
portar arma de fogo, respeitado o 
limite máximo de 50% (cinquenta por 
cento) do número de servidores que 
exerçam funções de 
segurança. (Incluído pela Lei nº 
12.694, de 2012) 
§ 3o O porte de arma pelos 
servidores das instituições de que 
trata este artigo fica condicionado à 
apresentação de documentação 
comprobatória do preenchimento dos 
requisitos constantes do art. 4o desta 
Lei, bem como à formação funcional 
em estabelecimentos de ensino de 
atividade policial e à existência de 
mecanismos de fiscalização e de 
controle interno, nas condições 
estabelecidas no regulamento desta 
Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 
2012) 
§ 4o A listagem dos servidores 
das instituições de que trata este 
artigo deverá ser atualizada 
semestralmente no Sinarm. (Incluído 
pela Lei nº 12.694, de 2012) 
§ 5o As instituições de que trata 
este artigo são obrigadas a registrar 
ocorrência policial e a comunicar à 
Polícia Federal eventual perda, furto, 
roubo ou outras formas de extravio de 
armas de fogo, acessórios e munições 
que estejam sob sua guarda, nas 
primeiras 24 (vinte e quatro) horas 
depois de ocorrido o fato. (Incluído 
pela Lei nº 12.694, de 2012) 
 Art. 8o As armas de fogo 
utilizadas em entidades desportivas 
legalmente constituídas devem 
obedecer às condições de uso e de 
armazenagem estabelecidas pelo 
órgão competente, respondendo o 
possuidor ou o autorizado a portar a 
arma pela sua guarda na forma do 
regulamento desta Lei. 
 Art. 9o Compete ao Ministério da 
Justiça a autorização do porte de arma 
para os responsáveis pela segurança 
de cidadãos estrangeiros em visita ou 
sediados no Brasil e, ao Comando do 
Exército, nos termos do regulamento 
desta Lei, o registro e a concessão de 
porte de trânsito de arma de fogo para 
colecionadores, atiradores e 
caçadores e de representantes 
estrangeiros em competição 
internacional oficial de tiro realizada 
no território nacional. 
 Art. 10. A autorização para o 
porte de arma de fogo de uso 
permitido, em todo o território 
nacional, é de competência da Polícia 
Federal e somenteserá concedida 
após autorização do Sinarm. 
 § 1o A autorização prevista neste 
artigo poderá ser concedida com 
eficácia temporária e territorial 
limitada, nos termos de atos 
regulamentares, e dependerá de o 
requerente: 
 I – demonstrar a sua efetiva 
necessidade por exercício de 
atividade profissional de risco ou de 
ameaça à sua integridade física; 
 II – atender às exigências 
previstas no art. 4o desta Lei; 
 III – apresentar documentação de 
propriedade de arma de fogo, bem 
como o seu devido registro no órgão 
competente. 
 § 2o A autorização de porte de 
arma de fogo, prevista neste artigo, 
perderá automaticamente sua eficácia 
caso o portador dela seja detido ou 
abordado em estado de embriaguez 
ou sob efeito de substâncias químicas 
ou alucinógenas. 
 Art. 11. Fica instituída a cobrança 
de taxas, nos valores constantes do 
Anexo desta Lei, pela prestação de 
serviços relativos: 
 I – ao registro de arma de fogo; 
 II – à renovação de registro de 
arma de fogo; 
 III – à expedição de segunda via 
de registro de arma de fogo; 
 IV – à expedição de porte federal 
de arma de fogo; 
 V – à renovação de porte de arma 
de fogo; 
 VI – à expedição de segunda via 
de porte federal de arma de fogo. 
 § 1o Os valores arrecadados 
destinam-se ao custeio e à 
manutenção das atividades do 
Sinarm, da Polícia Federal e do 
Comando do Exército, no âmbito de 
suas respectivas responsabilidades. 
 § 2o São isentas do pagamento 
das taxas previstas neste artigo as 
pessoas e as instituições a que se 
referem os incisos I a VII e X e o § 
5o do art. 6o desta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 Art. 11-A. O Ministério da Justiça 
disciplinará a forma e as condições do 
credenciamento de profissionais pela 
Polícia Federal para comprovação da 
aptidão psicológica e da capacidade 
técnica para o manuseio de arma de 
fogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 
2008) 
 § 1o Na comprovação da aptidão 
psicológica, o valor cobrado pelo 
psicólogo não poderá exceder ao 
valor médio dos honorários 
profissionais para realização de 
avaliação psicológica constante do 
item 1.16 da tabela do Conselho 
Federal de Psicologia. (Incluído pela 
Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 2o Na comprovação da 
capacidade técnica, o valor cobrado 
pelo instrutor de armamento e tiro não 
poderá exceder R$ 80,00 (oitenta 
reais), acrescido do custo da 
munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, 
de 2008) 
 
8 
 
 § 3o A cobrança de valores 
superiores aos previstos nos §§ 1o e 
2o deste artigo implicará o 
descredenciamento do profissional 
pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
CAPÍTULO IV 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
 Posse irregular de arma de 
fogo de uso permitido 
 Art. 12. Possuir ou manter sob 
sua guarda arma de fogo, acessório 
ou munição, de uso permitido, em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, no interior de sua 
residência ou dependência desta, ou, 
ainda no seu local de trabalho, desde 
que seja o titular ou o responsável 
legal do estabelecimento ou empresa: 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 3 
(três) anos, e multa. 
Omissão de cautela 
 Art. 13. Deixar de observar as 
cautelas necessárias para impedir que 
menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa 
portadora de deficiência mental se 
apodere de arma de fogo que esteja 
sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade: 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 2 
(dois) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Nas mesmas 
penas incorrem o proprietário ou 
diretor responsável de empresa de 
segurança e transporte de valores que 
deixarem de registrar ocorrência 
policial e de comunicar à Polícia 
Federal perda, furto, roubo ou outras 
formas de extravio de arma de fogo, 
acessório ou munição que estejam 
sob sua guarda, nas primeiras 24 
(vinte quatro) horas depois de ocorrido 
o fato. 
Porte ilegal de arma de fogo de 
uso permitido 
 Art. 14. Portar, deter, adquirir, 
fornecer, receber, ter em depósito, 
transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, 
empregar, manter sob guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição, de uso permitido, sem 
autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 
(quatro) anos, e multa. 
 Parágrafo único. O crime previsto 
neste artigo é inafiançável, salvo 
quando a arma de fogo estiver 
registrada em nome do agente. (Vide 
Adin 3.112-1) 
Disparo de arma de fogo 
 Art. 15. Disparar arma de fogo ou 
acionar munição em lugar habitado ou 
em suas adjacências, em via pública 
ou em direção a ela, desde que essa 
conduta não tenha como finalidade a 
prática de outro crime: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 
(quatro) anos, e multa. 
 Parágrafo único. O crime previsto 
neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 
3.112-1) 
Posse ou porte ilegal de arma de 
fogo de uso restrito 
 Art. 16. Possuir, deter, portar, 
adquirir, fornecer, receber, ter em 
depósito, transportar, ceder, ainda 
que gratuitamente, emprestar, 
remeter, empregar, manter sob sua 
guarda ou ocultar arma de fogo, 
acessório ou munição de uso proibido 
ou restrito, sem autorização e em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
 Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 
(seis) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Nas mesmas 
penas incorre quem: 
 I – suprimir ou alterar marca, 
numeração ou qualquer sinal de 
identificação de arma de fogo ou 
artefato; 
 II – modificar as características 
de arma de fogo, de forma a torná-la 
equivalente a arma de fogo de uso 
proibido ou restrito ou para fins de 
dificultar ou de qualquer modo induzir 
a erro autoridade policial, perito ou 
juiz; 
 III – possuir, detiver, fabricar ou 
empregar artefato explosivo ou 
incendiário, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar; 
 IV – portar, possuir, adquirir, 
transportar ou fornecer arma de fogo 
com numeração, marca ou qualquer 
outro sinal de identificação raspado, 
suprimido ou adulterado; 
 V – vender, entregar ou fornecer, 
ainda que gratuitamente, arma de 
fogo, acessório, munição ou explosivo 
a criança ou adolescente; e 
 VI – produzir, recarregar ou 
reciclar, sem autorização legal, ou 
adulterar, de qualquer forma, munição 
ou explosivo. 
Comércio ilegal de arma de fogo 
 Art. 17. Adquirir, alugar, receber, 
transportar, conduzir, ocultar, ter em 
depósito, desmontar, montar, 
remontar, adulterar, vender, expor à 
venda, ou de qualquer forma utilizar, 
em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou 
industrial, arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
 Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 
8 (oito) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Equipara-se à 
atividade comercial ou industrial, para 
efeito deste artigo, qualquer forma de 
prestação de serviços, fabricação ou 
comércio irregular ou clandestino, 
inclusive o exercido em residência. 
Tráfico internacional de arma de 
fogo 
 Art. 18. Importar, exportar, 
favorecer a entrada ou saída do 
território nacional, a qualquer título, de 
arma de fogo, acessório ou munição, 
sem autorização da autoridade 
competente: 
 Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 
(oito) anos, e multa. 
 
9 
 
 Art. 19. Nos crimes previstos nos 
arts. 17 e 18, a pena é aumentada da 
metade se a arma de fogo, acessório 
ou munição forem de uso proibidoou 
restrito. 
 Art. 20. Nos crimes previstos nos 
arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é 
aumentada da metade se forem 
praticados por integrante dos órgãos e 
empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 
8o desta Lei. 
 Art. 21. Os crimes previstos nos 
arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de 
liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-
1) 
 
CAPÍTULO V 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 22. O Ministério da Justiça 
poderá celebrar convênios com os 
Estados e o Distrito Federal para o 
cumprimento do disposto nesta Lei. 
 Art. 23. A classificação legal, 
técnica e geral bem como a definição 
das armas de fogo e demais produtos 
controlados, de usos proibidos, 
restritos, permitidos ou obsoletos e de 
valor histórico serão disciplinadas em 
ato do chefe do Poder Executivo 
Federal, mediante proposta do 
Comando do Exército. (Redação dada 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 1o Todas as munições 
comercializadas no País deverão 
estar acondicionadas em embalagens 
com sistema de código de barras, 
gravado na caixa, visando possibilitar 
a identificação do fabricante e do 
adquirente, entre outras informações 
definidas pelo regulamento desta Lei. 
 § 2o Para os órgãos referidos no 
art. 6o, somente serão expedidas 
autorizações de compra de munição 
com identificação do lote e do 
adquirente no culote dos projéteis, na 
forma do regulamento desta Lei. 
 § 3o As armas de fogo fabricadas 
a partir de 1 (um) ano da data de 
publicação desta Lei conterão 
dispositivo intrínseco de segurança e 
de identificação, gravado no corpo da 
arma, definido pelo regulamento desta 
Lei, exclusive para os órgãos 
previstos no art. 6o. 
 § 4o As instituições de ensino 
policial e as guardas municipais 
referidas nos incisos III e IV 
do caput do art. 6o desta Lei e no seu 
§ 7o poderão adquirir insumos e 
máquinas de recarga de munição para 
o fim exclusivo de suprimento de suas 
atividades, mediante autorização 
concedida nos termos definidos em 
regulamento. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 Art. 24. Excetuadas as 
atribuições a que se refere o art. 2º 
desta Lei, compete ao Comando do 
Exército autorizar e fiscalizar a 
produção, exportação, importação, 
desembaraço alfandegário e o 
comércio de armas de fogo e demais 
produtos controlados, inclusive o 
registro e o porte de trânsito de arma 
de fogo de colecionadores, atiradores 
e caçadores. 
 Art. 25. As armas de fogo 
apreendidas, após a elaboração do 
laudo pericial e sua juntada aos autos, 
quando não mais interessarem à 
persecução penal serão 
encaminhadas pelo juiz competente 
ao Comando do Exército, no prazo 
máximo de 48 (quarenta e oito) horas, 
para destruição ou doação aos órgãos 
de segurança pública ou às Forças 
Armadas, na forma do regulamento 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 1o As armas de fogo 
encaminhadas ao Comando do 
Exército que receberem parecer 
favorável à doação, obedecidos o 
padrão e a dotação de cada Força 
Armada ou órgão de segurança 
pública, atendidos os critérios de 
prioridade estabelecidos pelo 
Ministério da Justiça e ouvido o 
Comando do Exército, serão arroladas 
em relatório reservado trimestral a ser 
encaminhado àquelas instituições, 
abrindo-se-lhes prazo para 
manifestação de interesse. (Incluído 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 2o O Comando do Exército 
encaminhará a relação das armas a 
serem doadas ao juiz competente, 
que determinará o seu perdimento em 
favor da instituição 
beneficiada. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 § 3o O transporte das armas de 
fogo doadas será de responsabilidade 
da instituição beneficiada, que 
procederá ao seu cadastramento no 
Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela 
Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 4o (VETADO) (Incluído pela 
Lei nº 11.706, de 2008) 
 § 5o O Poder Judiciário instituirá 
instrumentos para o encaminhamento 
ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se 
trate de arma de uso permitido ou de 
uso restrito, semestralmente, da 
relação de armas acauteladas em 
juízo, mencionando suas 
características e o local onde se 
encontram. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 Art. 26. São vedadas a 
fabricação, a venda, a 
comercialização e a importação de 
brinquedos, réplicas e simulacros de 
armas de fogo, que com estas se 
possam confundir. 
 Parágrafo único. Excetuam-se da 
proibição as réplicas e os simulacros 
destinados à instrução, ao 
adestramento, ou à coleção de 
usuário autorizado, nas condições 
fixadas pelo Comando do Exército. 
 Art. 27. Caberá ao Comando do 
Exército autorizar, excepcionalmente, 
a aquisição de armas de fogo de uso 
restrito. 
 Parágrafo único. O disposto 
neste artigo não se aplica às 
aquisições dos Comandos Militares. 
 Art. 28. É vedado ao menor de 
25 (vinte e cinco) anos adquirir arma 
de fogo, ressalvados os integrantes 
das entidades constantes dos incisos 
I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 
6o desta Lei. (Redação dada pela Lei 
nº 11.706, de 2008) 
 Art. 29. As autorizações de porte 
de armas de fogo já concedidas 
expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a 
publicação desta Lei. (Vide Lei nº 
10.884, de 2004) 
 
10 
 
 Parágrafo único. O detentor de 
autorização com prazo de validade 
superior a 90 (noventa) dias poderá 
renová-la, perante a Polícia Federal, 
nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) 
dias após sua publicação, sem ônus 
para o requerente. 
 Art. 30. Os possuidores e 
proprietários de arma de fogo de 
uso permitido ainda não registrada 
deverão solicitar seu registro até o 
dia 31 de dezembro de 2008, 
mediante apresentação de 
documento de identificação pessoal 
e comprovante de residência fixa, 
acompanhados de nota fiscal de 
compra ou comprovação da origem 
lícita da posse, pelos meios de 
prova admitidos em direito, ou 
declaração firmada na qual 
constem as características da arma 
e a sua condição de proprietário, 
ficando este dispensado do 
pagamento de taxas e do 
cumprimento das demais 
exigências constantes dos incisos I 
a III do caput do art. 4o desta 
Lei. (Redação dada pela Lei nº 
11.706, de 2008) (Prorrogação de 
prazo) 
 Parágrafo único. Para fins do 
cumprimento do disposto 
no caput deste artigo, o proprietário 
de arma de fogo poderá obter, no 
Departamento de Polícia Federal, 
certificado de registro provisório, 
expedido na forma do § 4o do art. 
5o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 Art. 31. Os possuidores e 
proprietários de armas de fogo 
adquiridas regularmente poderão, a 
qualquer tempo, entregá-las à Polícia 
Federal, mediante recibo e 
indenização, nos termos do 
regulamento desta Lei. 
 Art. 32. Os possuidores e 
proprietários de arma de fogo 
poderão entregá-la, 
espontaneamente, mediante recibo, 
e, presumindo-se de boa-fé, serão 
indenizados, na forma do 
regulamento, ficando extinta a 
punibilidade de eventual posse 
irregular da referida 
arma. (Redação dada pela Lei nº 
11.706, de 2008) 
 Parágrafo único. (Revogado 
pela Lei nº 11.706, de 2008) 
 Art. 33. Será aplicada multa de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 
300.000,00 (trezentos mil reais), 
conforme especificar o regulamento 
desta Lei: 
 I – à empresa de transporte 
aéreo, rodoviário, ferroviário, 
marítimo, fluvial ou lacustre que 
deliberadamente, por qualquer meio, 
faça, promova, facilite ou permita o 
transporte de arma ou munição sem a 
devida autorização ou com 
inobservância das normas de 
segurança; 
 II – à empresa deprodução ou 
comércio de armamentos que realize 
publicidade para venda, estimulando o 
uso indiscriminado de armas de fogo, 
exceto nas publicações 
especializadas. 
 Art. 34. Os promotores de 
eventos em locais fechados, com 
aglomeração superior a 1000 (um mil) 
pessoas, adotarão, sob pena de 
responsabilidade, as providências 
necessárias para evitar o ingresso de 
pessoas armadas, ressalvados os 
eventos garantidos pelo inciso VI do 
art. 5o da Constituição Federal. 
 Parágrafo único. As empresas 
responsáveis pela prestação dos 
serviços de transporte internacional e 
interestadual de passageiros adotarão 
as providências necessárias para 
evitar o embarque de passageiros 
armados. 
 
CAPÍTULO VI 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
 Art. 35. É proibida a 
comercialização de arma de fogo e 
munição em todo o território nacional, 
salvo para as entidades previstas no 
art. 6o desta Lei. 
 § 1o Este dispositivo, para entrar 
em vigor, dependerá de aprovação 
mediante referendo popular, a ser 
realizado em outubro de 2005. 
 § 2o Em caso de aprovação do 
referendo popular, o disposto neste 
artigo entrará em vigor na data de 
publicação de seu resultado pelo 
Tribunal Superior Eleitoral. 
 Art. 36. É revogada a Lei 
no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997. 
 Art. 37. Esta Lei entra em vigor 
na data de sua publicação. 
 Brasília, 22 de dezembro de 
2003; 182o da Independência e 
115o da República. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
CRIMES DE 
PRECONCEITO 
DE RAÇA E COR 
LEI Nº 7.716, DE 5 DE 
JANEIRO DE 1989. 
Define os crimes 
resultantes de 
preconceito de raça 
ou de cor. 
 
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA, faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º Serão punidos, na 
forma desta Lei, os crimes 
resultantes de discriminação ou 
preconceito de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência 
nacional. (Redação dada pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
Art. 2º (Vetado). 
Art. 3º Impedir ou obstar o 
acesso de alguém, devidamente 
habilitado, a qualquer cargo da 
Administração Direta ou Indireta, 
bem como das concessionárias de 
serviços públicos. 
Parágrafo único. Incorre na 
mesma pena quem, por motivo de 
discriminação de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional, 
obstar a promoção 
funcional. (Incluído pela Lei nº 
12.288, de 2010) 
Pena: reclusão de dois a cinco 
anos. 
Art. 4º Negar ou obstar 
emprego em empresa privada. 
§ 1o Incorre na mesma pena 
quem, por motivo de discriminação 
de raça ou de cor ou práticas 
resultantes do preconceito de 
descendência ou origem nacional ou 
étnica: (Incluído pela Lei nº 12.288, 
de 2010) 
I - deixar de conceder os 
equipamentos necessários ao 
empregado em igualdade de 
condições com os demais 
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 
12.288, de 2010) 
II - impedir a ascensão 
funcional do empregado ou obstar 
outra forma de benefício 
profissional; (Incluído pela Lei nº 
12.288, de 2010) 
III - proporcionar ao 
empregado tratamento diferenciado 
no ambiente de trabalho, 
especialmente quanto ao 
salário. (Incluído pela Lei nº 12.288, 
de 2010) 
§ 2o Ficará sujeito às penas de 
multa e de prestação de serviços à 
comunidade, incluindo atividades de 
promoção da igualdade racial, quem, 
em anúncios ou qualquer outra 
forma de recrutamento de 
trabalhadores, exigir aspectos de 
aparência próprios de raça ou etnia 
para emprego cujas atividades não 
justifiquem essas exigências. 
Pena: reclusão de dois a cinco 
anos. 
Art. 5º Recusar ou impedir 
acesso a estabelecimento comercial, 
negando-se a servir, atender ou 
receber cliente ou comprador. 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 6º Recusar, negar ou 
impedir a inscrição ou ingresso de 
aluno em estabelecimento de ensino 
público ou privado de qualquer grau. 
Pena: reclusão de três a cinco 
anos. 
Parágrafo único. Se o crime for 
praticado contra menor de dezoito 
anos a pena é agravada de 1/3 (um 
terço). 
Art. 7º Impedir o acesso ou 
recusar hospedagem em hotel, 
pensão, estalagem, ou qualquer 
estabelecimento similar. 
Pena: reclusão de três a cinco 
anos. 
Art. 8º Impedir o acesso ou 
recusar atendimento em 
restaurantes, bares, confeitarias, ou 
locais semelhantes abertos ao 
público. 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 9º Impedir o acesso ou 
recusar atendimento em 
estabelecimentos esportivos, casas 
de diversões, ou clubes sociais 
abertos ao público. 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 10. Impedir o acesso ou 
recusar atendimento em salões de 
cabeleireiros, barbearias, termas ou 
casas de massagem ou 
estabelecimento com as mesmas 
finalidades. 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 11. Impedir o acesso às 
entradas sociais em edifícios 
públicos ou residenciais e 
elevadores ou escada de acesso aos 
mesmos: 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 12. Impedir o acesso ou 
uso de transportes públicos, como 
aviões, navios barcas, barcos, 
ônibus, trens, metrô ou qualquer 
outro meio de transporte concedido. 
Pena: reclusão de um a três 
anos. 
Art. 13. Impedir ou obstar o 
acesso de alguém ao serviço em 
qualquer ramo das Forças Armadas. 
Pena: reclusão de dois a 
quatro anos. 
Art. 14. Impedir ou obstar, por 
qualquer meio ou forma, o 
casamento ou convivência familiar e 
social. 
 
12 
 
Pena: reclusão de dois a 
quatro anos. 
Art. 15. (Vetado). 
Art. 16. Constitui efeito da 
condenação a perda do cargo ou 
função pública, para o servidor 
público, e a suspensão do 
funcionamento do estabelecimento 
particular por prazo não superior a 
três meses. 
Art. 17. (Vetado). 
Art. 18. Os efeitos de que 
tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não 
são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na 
sentença. 
Art. 19. (Vetado). 
Art. 20. Praticar, induzir ou 
incitar a discriminação ou 
preconceito de raça, cor, etnia, 
religião ou procedência nacional. 
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 
15/05/97) 
Pena: reclusão de um a três 
anos e multa. (Redação dada pela 
Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
§ 1º Fabricar, comercializar, 
distribuir ou veicular símbolos, 
emblemas, ornamentos, distintivos 
ou propaganda que utilizem a cruz 
suástica ou gamada, para fins de 
divulgação do nazismo. (Redação 
dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena: reclusão de dois a cinco 
anos e multa.(Incluído pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
§ 2º Se qualquer dos crimes 
previstos no caput é cometido por 
intermédio dos meios de 
comunicação social ou publicação 
de qualquer natureza: (Redação 
dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
Pena: reclusão de dois a cinco 
anos e multa.(Incluído pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
§ 3º No caso do parágrafo 
anterior, o juiz poderá determinar, 
ouvido o Ministério Público ou a 
pedido deste, ainda antes do 
inquérito policial, sob pena de 
desobediência: (Redação dada pela 
Lei nº 9.459, de 15/05/97) 
I - o recolhimento imediato ou 
a busca e apreensão dos 
exemplares do material 
respectivo;(Incluído pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
II - a cessação das respectivas 
transmissões radiofônicas, 
televisivas, eletrônicas ou da 
publicação por qualquer 
meio; (Redação dada pela Lei nº 
12.735, de 2012) 
III - a interdição das 
respectivas mensagens ou páginas 
de informação na rede mundial de 
computadores. (Incluído pela Lei nº 
12.288, de 2010) 
§ 4º Na hipótese do § 2º, 
constitui efeito da condenação, após 
o trânsito em julgado da decisão, a 
destruição do material 
apreendido. (Incluído pela Lei nº 
9.459, de 15/05/97) 
Art. 21. Esta Lei entra em vigor 
na data de sua 
publicação. (Renumerado pela Lei nº 
8.081,de 21.9.1990) 
Art. 22. Revogam-se as 
disposições em 
contrário. (Renumerado pela Lei nº 
8.081, de 21.9.1990) 
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 
168º da Independência e 101º da 
República. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DE 
DOCUMENTOS DE 
IDENTIFICAÇÃO 
PESSOAL 
LEI Nº 5.553, DE 6 DE 
DEZEMBRO DE 1968. 
Dispõe sobre a 
apresentação e 
uso de 
documentos de 
identificação 
pessoal. 
 
 O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA. Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 Art. 1º A nenhuma pessoa 
física, bem como a nenhuma pessoa 
jurídica, de direito público ou de 
direito privado, é lícito reter qualquer 
documento de identificação pessoal, 
ainda que apresentado por fotocópia 
autenticada ou pública-forma, 
inclusive comprovante de quitação 
com o serviço militar, título de eleitor, 
carteira profissional, certidão de 
registro de nascimento, certidão de 
casamento, comprovante de 
naturalização e carteira de 
identidade de estrangeiro. 
 Art. 2º Quando, para a 
realização de determinado ato, for 
exigida a apresentação de 
documento de identificação, a 
pessoa que fizer a exigência fará 
extrair, no prazo de até 5 (cinco) 
dias, os dados que interessarem 
devolvendo em seguida o 
documento ao seu exibidor. 
 § 1º - Além do prazo previsto 
neste artigo, somente por ordem 
judicial poderá ser retirado qualquer 
documento de identificação 
pessoal. (Renumerado pela Lei nº 
9.453, de 20/03/97) 
 § 2º - Quando o documento de 
identidade for indispensável para a 
entrada de pessoa em órgãos 
públicos ou particulares, serão seus 
dados anotados no ato e devolvido o 
 
13 
 
documento imediatamente ao 
interessado. (Incluído pela Lei nº 
9.453, de 20/03/97) 
 Art. 3º Constitui contravenção 
penal, punível com pena de prisão 
simples de 1 (um) a 3 (três) meses 
ou multa de NCR$ 0,50 (cinqüenta 
centavos) a NCR$ 3,00 (três 
cruzeiros novos), a retenção de 
qualquer documento a que se refere 
esta Lei. 
 Parágrafo único. Quando a 
infração for praticada por preposto 
ou agente de pessoa jurídica, 
considerar-se-á responsável quem 
houver ordenado o ato que ensejou 
a retenção, a menos que haja , pelo 
executante, desobediência ou 
inobservância de ordens ou 
instruções expressas, quando, 
então, será este o infrator. 
 Art. 4º O Poder Executivo 
regulamentará a presente Lei dentro 
do prazo de 60 (sessenta) dias, a 
contar da data de sua publicação. 
 Art. 5º Revogam-se as 
disposições em contrário. 
 Brasília, 6 de dezembro de 
1968; 147º da Independência e 80º 
da República. 
ABUSO DE 
AUTORIDADE 
LEI Nº 4.898, DE 9 DE 
DEZEMBRO DE 1965. 
Regula o Direito 
de Representação 
e o processo de 
Responsabilidade 
Administrativa 
Civil e Penal, nos 
casos de abuso 
de autoridade. 
 
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º O direito de 
representação e o processo de 
responsabilidade administrativa civil 
e penal, contra as autoridades que, 
no exercício de suas funções, 
cometerem abusos, são regulados 
pela presente lei. 
Art. 2º O direito de 
representação será exercido por 
meio de petição: 
a) dirigida à autoridade 
superior que tiver competência legal 
para aplicar, à autoridade civil ou 
militar culpada, a respectiva sanção; 
b) dirigida ao órgão do 
Ministério Público que tiver 
competência para iniciar processo-
crime contra a autoridade culpada. 
Parágrafo único. A 
representação será feita em duas 
vias e conterá a exposição do fato 
constitutivo do abuso de autoridade, 
com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado e o rol de 
testemunhas, no máximo de três, se 
as houver. 
Art. 3º. Constitui abuso de 
autoridade qualquer atentado: 
a) à liberdade de locomoção; 
b) à inviolabilidade do 
domicílio; 
c) ao sigilo da 
correspondência; 
d) à liberdade de consciência e 
de crença; 
e) ao livre exercício do culto 
religioso; 
f) à liberdade de associação; 
g) aos direitos e garantias 
legais assegurados ao exercício do 
voto; 
h) ao direito de reunião; 
i) à incolumidade física do 
indivíduo; 
j) aos direitos e garantias 
legais assegurados ao exercício 
profissional. (Incluído pela 
Lei nº 6.657,de 05/06/79) 
Art. 4º Constitui também abuso 
de autoridade: 
a) ordenar ou executar medida 
privativa da liberdade individual, sem 
as formalidades legais ou com abuso 
de poder; 
b) submeter pessoa sob sua 
guarda ou custódia a vexame ou a 
constrangimento não autorizado em 
lei; 
c) deixar de comunicar, 
imediatamente, ao juiz competente a 
prisão ou detenção de qualquer 
pessoa; 
d) deixar o Juiz de ordenar o 
relaxamento de prisão ou detenção 
ilegal que lhe seja comunicada; 
e) levar à prisão e nela deter 
quem quer que se proponha a 
prestar fiança, permitida em lei; 
f) cobrar o carcereiro ou 
agente de autoridade policial 
carceragem, custas, emolumentos 
ou qualquer outra despesa, desde 
que a cobrança não tenha apoio em 
lei, quer quanto à espécie quer 
quanto ao seu valor; 
g) recusar o carcereiro ou 
agente de autoridade policial recibo 
de importância recebida a título de 
carceragem, custas, emolumentos 
ou de qualquer outra despesa; 
h) o ato lesivo da honra ou do 
patrimônio de pessoa natural ou 
jurídica, quando praticado com 
abuso ou desvio de poder ou sem 
competência legal; 
i) prolongar a execução de 
prisão temporária, de pena ou de 
medida de segurança, deixando de 
expedir em tempo oportuno ou de 
cumprir imediatamente ordem de 
liberdade. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 111, de 1989) 
i) prolongar a execução de 
prisão temporária, de pena ou de 
 
14 
 
medida de segurança, deixando de 
expedir em tempo oportuno ou de 
cumprir imediatamente ordem de 
liberdade. (Incluído pela Lei 
nº 7.960, de 21/12/89) 
Art. 5º Considera-se 
autoridade, para os efeitos desta lei, 
quem exerce cargo, emprego ou 
função pública, de natureza civil, ou 
militar, ainda que transitoriamente e 
sem remuneração. 
Art. 6º O abuso de autoridade 
sujeitará o seu autor à sanção 
administrativa civil e penal. 
§ 1º A sanção administrativa 
será aplicada de acordo com a 
gravidade do abuso cometido e 
consistirá em: 
a) advertência; 
b) repreensão; 
c) suspensão do cargo, função 
ou posto por prazo de cinco a cento 
e oitenta dias, com perda de 
vencimentos e vantagens; 
d) destituição de função; 
e) demissão; 
f) demissão, a bem do serviço 
público. 
§ 2º A sanção civil, caso não 
seja possível fixar o valor do dano, 
consistirá no pagamento de uma 
indenização de quinhentos a dez mil 
cruzeiros. 
§ 3º A sanção penal será 
aplicada de acordo com as regras 
dos artigos 42 a 56 do Código 
Penal e consistirá em: 
a) multa de cem a cinco mil 
cruzeiros; 
b) detenção por dez dias a seis 
meses; 
c) perda do cargo e a 
inabilitação para o exercício de 
qualquer outra função pública por 
prazo até três anos. 
§ 4º As penas previstas no 
parágrafo anterior poderão ser 
aplicadas autônoma ou 
cumulativamente. 
§ 5º Quando o abuso for 
cometido por agente de autoridade 
policial, civil ou militar, de qualquer 
categoria, poderá ser cominada a 
pena autônoma ou acessória, de não 
poder o acusado exercer funções de 
natureza policial ou militar no 
município da culpa, por prazo de um 
a cinco anos. 
Art. 7º recebida a 
representação em que for solicitada 
a aplicação de sanção 
administrativa, a autoridade civil ou 
militar competente determinará a 
instauração de inquérito para apurar 
o fato. 
§ 1º Oinquérito administrativo 
obedecerá às normas estabelecidas 
nas leis municipais, estaduais ou 
federais, civis ou militares, que 
estabeleçam o respectivo processo. 
§ 2º não existindo no município 
no Estado ou na legislação militar 
normas reguladoras do inquérito 
administrativo serão aplicadas 
supletivamente, as disposições 
dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, 
de 28 de outubro de 1952 (Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis da 
União). 
§ 3º O processo administrativo 
não poderá ser sobrestado para o 
fim de aguardar a decisão da ação 
penal ou civil. 
Art. 8º A sanção aplicada será 
anotada na ficha funcional da 
autoridade civil ou militar. 
Art. 9º Simultaneamente com a 
representação dirigida à autoridade 
administrativa ou 
independentemente dela, poderá ser 
promovida pela vítima do abuso, a 
responsabilidade civil ou penal ou 
ambas, da autoridade culpada. 
Art. 10. Vetado 
Art. 11. À ação civil serão 
aplicáveis as normas do Código de 
Processo Civil. 
Art. 12. A ação penal será 
iniciada, independentemente de 
inquérito policial ou justificação por 
denúncia do Ministério Público, 
instruída com a representação da 
vítima do abuso. 
Art. 13. Apresentada ao 
Ministério Público a representação 
da vítima, aquele, no prazo de 
quarenta e oito horas, denunciará o 
réu, desde que o fato narrado 
constitua abuso de autoridade, e 
requererá ao Juiz a sua citação, e, 
bem assim, a designação de 
audiência de instrução e julgamento. 
§ 1º A denúncia do Ministério 
Público será apresentada em duas 
vias. 
Art. 14. Se a ato ou fato 
constitutivo do abuso de autoridade 
houver deixado vestígios o ofendido 
ou o acusado poderá: 
a) promover a comprovação 
da existência de tais vestígios, por 
meio de duas testemunhas 
qualificadas; 
b) requerer ao Juiz, até setenta 
e duas horas antes da audiência de 
instrução e julgamento, a 
designação de um perito para fazer 
as verificações necessárias. 
§ 1º O perito ou as 
testemunhas farão o seu relatório e 
prestarão seus depoimentos 
verbalmente, ou o apresentarão por 
escrito, querendo, na audiência de 
instrução e julgamento. 
§ 2º No caso previsto na letra 
a deste artigo a representação 
poderá conter a indicação de mais 
duas testemunhas. 
Art. 15. Se o órgão do 
Ministério Público, ao invés de 
apresentar a denúncia requerer o 
arquivamento da representação, o 
Juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, 
fará remessa da representação ao 
Procurador-Geral e este oferecerá a 
denúncia, ou designará outro órgão 
do Ministério Público para oferecê-la 
ou insistirá no arquivamento, ao qual 
só então deverá o Juiz atender. 
 
15 
 
Art. 16. Se o órgão do 
Ministério Público não oferecer a 
denúncia no prazo fixado nesta lei, 
será admitida ação privada. O órgão 
do Ministério Público poderá, porém, 
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva e intervir em 
todos os termos do processo, 
interpor recursos e, a todo tempo, no 
caso de negligência do querelante, 
retomar a ação como parte principal. 
Art. 17. Recebidos os autos, o 
Juiz, dentro do prazo de quarenta e 
oito horas, proferirá despacho, 
recebendo ou rejeitando a denúncia. 
§ 1º No despacho em que 
receber a denúncia, o Juiz 
designará, desde logo, dia e hora 
para a audiência de instrução e 
julgamento, que deverá ser 
realizada, improrrogavelmente. 
dentro de cinco dias. 
§ 2º A citação do réu para se 
ver processar, até julgamento final e 
para comparecer à audiência de 
instrução e julgamento, será feita por 
mandado sucinto que, será 
acompanhado da segunda via da 
representação e da denúncia. 
Art. 18. As testemunhas de 
acusação e defesa poderão ser 
apresentada em juízo, 
independentemente de intimação. 
Parágrafo único. Não serão 
deferidos pedidos de precatória para 
a audiência ou a intimação de 
testemunhas ou, salvo o caso 
previsto no artigo 14, letra "b", 
requerimentos para a realização de 
diligências, perícias ou exames, a 
não ser que o Juiz, em despacho 
motivado, considere indispensáveis 
tais providências. 
Art. 19. A hora marcada, o Juiz 
mandará que o porteiro dos 
auditórios ou o oficial de justiça 
declare aberta a audiência, 
apregoando em seguida o réu, as 
testemunhas, o perito, o 
representante do Ministério Público 
ou o advogado que tenha subscrito a 
queixa e o advogado ou defensor do 
réu. 
Parágrafo único. A audiência 
somente deixará de realizar-se se 
ausente o Juiz. 
Art. 20. Se até meia hora 
depois da hora marcada o Juiz não 
houver comparecido, os presentes 
poderão retirar-se, devendo o 
ocorrido constar do livro de termos 
de audiência. 
Art. 21. A audiência de 
instrução e julgamento será pública, 
se contrariamente não dispuser o 
Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre 
dez (10) e dezoito (18) horas, na 
sede do Juízo ou, 
excepcionalmente, no local que o 
Juiz designar. 
Art. 22. Aberta a audiência o 
Juiz fará a qualificação e o 
interrogatório do réu, se estiver 
presente. 
Parágrafo único. Não 
comparecendo o réu nem seu 
advogado, o Juiz nomeará 
imediatamente defensor para 
funcionar na audiência e nos 
ulteriores termos do processo. 
Art. 23. Depois de ouvidas as 
testemunhas e o perito, o Juiz dará a 
palavra sucessivamente, ao 
Ministério Público ou ao advogado 
que houver subscrito a queixa e ao 
advogado ou defensor do réu, pelo 
prazo de quinze minutos para cada 
um, prorrogável por mais dez (10), a 
critério do Juiz. 
Art. 24. Encerrado o debate, o 
Juiz proferirá imediatamente a 
sentença. 
Art. 25. Do ocorrido na 
audiência o escrivão lavrará no livro 
próprio, ditado pelo Juiz, termo que 
conterá, em resumo, os 
depoimentos e as alegações da 
acusação e da defesa, os 
requerimentos e, por extenso, os 
despachos e a sentença. 
Art. 26. Subscreverão o termo 
o Juiz, o representante do Ministério 
Público ou o advogado que houver 
subscrito a queixa, o advogado ou 
defensor do réu e o escrivão. 
Art. 27. Nas comarcas onde os 
meios de transporte forem difíceis e 
não permitirem a observância dos 
prazos fixados nesta lei, o juiz 
poderá aumentá-las, sempre 
motivadamente, até o dobro. 
Art. 28. Nos casos omissos, 
serão aplicáveis as normas 
do Código de Processo Penal, 
sempre que compatíveis com o 
sistema de instrução e julgamento 
regulado por esta lei. 
Parágrafo único. Das 
decisões, despachos e sentenças, 
caberão os recursos e apelações 
previstas no Código de Processo 
Penal. 
Art. 29. Revogam-se as 
disposições em contrário. 
Brasília, 9 de dezembro de 
1965; 144º da Independência e 77º 
da República. 
 
CRIME DE 
TORTURA 
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL 
DE 1997. 
Define os crimes de 
tortura e dá outras 
providências. 
. 
O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA Faço saber que 
o Congresso Nacional decreta 
e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º Constitui crime de 
tortura: 
I - constranger alguém 
com emprego de violência ou 
grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental: 
a) com o fim de obter 
informação, declaração ou 
 
16 
 
confissão da vítima ou de 
terceira pessoa; 
b) para provocar ação ou 
omissão de natureza 
criminosa; 
c) em razão de 
discriminação racial ou 
religiosa; 
II - submeter alguém, sob 
sua guarda, poder ou 
autoridade, com emprego de 
violência ou grave ameaça, a 
intenso sofrimento físico ou 
mental, como forma de aplicar 
castigo pessoal ou medida de 
caráter preventivo. 
Pena - reclusão, de dois a 
oito anos. 
§ 1º Na mesma pena 
incorre quem submete pessoa 
presa ou sujeita a medida de 
segurança a sofrimento físico 
ou mental, por intermédio da 
prática de ato não previsto em 
lei ou não resultante de 
medida legal. 
§ 2º Aquele que se omite 
em face dessascondutas, 
quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na 
pena de detenção de um a 
quatro anos. 
§ 3º Se resulta lesão 
corporal de natureza grave ou 
gravíssima, a pena é de 
reclusão de quatro a dez anos; 
se resulta morte, a reclusão é 
de oito a dezesseis anos. 
§ 4º Aumenta-se a pena 
de um sexto até um terço: 
I - se o crime é cometido 
por agente público; 
II - se o crime é cometido 
contra criança, gestante, 
deficiente e adolescente; 
II – se o crime é cometido 
contra criança, gestante, portador de 
deficiência, adolescente ou maior de 
60 (sessenta) anos; (Redação 
dada pela Lei nº 10.741, de 
2003) 
III - se o crime é cometido 
mediante seqüestro. 
§ 5º A condenação 
acarretará a perda do cargo, 
função ou emprego público e a 
interdição para seu exercício 
pelo dobro do prazo da pena 
aplicada. 
§ 6º O crime de tortura é 
inafiançável e insuscetível de 
graça ou anistia. 
§ 7º O condenado por 
crime previsto nesta Lei, salvo 
a hipótese do § 2º, iniciará o 
cumprimento da pena em 
regime fechado. 
Art. 2º O disposto nesta 
Lei aplica-se ainda quando o 
crime não tenha sido cometido 
em território nacional, sendo a 
vítima brasileira ou 
encontrando-se o agente em 
local sob jurisdição brasileira. 
Art. 3º Esta Lei entra em 
vigor na data de sua 
publicação. 
Art. 4º Revoga-se o art. 
233 da Lei nº 8.069, de 13 de 
julho de 1990 - Estatuto da 
Criança e do Adolescente. 
Brasília, 7 de abril de 
1997; 176º da Independência 
e 109º da República. 
ESTATUTO DA 
CRIANÇA E 
ADOLESCENTE 
LEI Nº 8.069, DE 13 DE 
JULHO DE 1990. 
Dispõe sobre o 
Estatuto da 
Criança e do 
Adolescente e dá 
outras 
providências. 
 
 O PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA: Faço saber que 
o Congresso Nacional decreta 
e eu sanciono a seguinte Lei: 
Título I 
Das Disposições 
Preliminares 
 Art. 1º Esta Lei dispõe 
sobre a proteção integral à 
criança e ao adolescente. 
 Art. 2º Considera-se 
criança, para os efeitos desta 
Lei, a pessoa até doze anos de 
idade incompletos, e 
adolescente aquela entre doze 
e dezoito anos de idade. 
 Parágrafo único. Nos 
casos expressos em lei, 
aplica-se excepcionalmente 
este Estatuto às pessoas entre 
dezoito e vinte e um anos de 
idade. 
 Art. 3º A criança e o 
adolescente gozam de todos 
os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, 
sem prejuízo da proteção 
integral de que trata esta Lei, 
assegurando-se-lhes, por lei 
ou por outros meios, todas as 
 
17 
 
oportunidades e facilidades, a 
fim de lhes facultar o 
desenvolvimento físico, 
mental, moral, espiritual e 
social, em condições de 
liberdade e de dignidade. 
 Parágrafo único. Os direitos 
enunciados nesta Lei aplicam-se a 
todas as crianças e adolescentes, 
sem discriminação de nascimento, 
situação familiar, idade, sexo, raça, 
etnia ou cor, religião ou crença, 
deficiência, condição pessoal de 
desenvolvimento e aprendizagem, 
condição econômica, ambiente 
social, região e local de moradia ou 
outra condição que diferencie as 
pessoas, as famílias ou a 
comunidade em que 
vivem. (incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
 Art. 4º É dever da família, 
da comunidade, da sociedade 
em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta 
prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida, à 
saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao 
lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e 
comunitária. 
 Parágrafo único. A 
garantia de prioridade 
compreende: 
 a) primazia de receber 
proteção e socorro em 
quaisquer circunstâncias; 
 b) precedência de 
atendimento nos serviços 
públicos ou de relevância 
pública; 
 c) preferência na 
formulação e na execução das 
políticas sociais públicas; 
 d) destinação privilegiada 
de recursos públicos nas 
áreas relacionadas com a 
proteção à infância e à 
juventude. 
 Art. 5º Nenhuma criança 
ou adolescente será objeto de 
qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, 
violência, crueldade e 
opressão, punido na forma da 
lei qualquer atentado, por ação 
ou omissão, aos seus direitos 
fundamentais. 
 Art. 6º Na interpretação 
desta Lei levar-se-ão em conta 
os fins sociais a que ela se 
dirige, as exigências do bem 
comum, os direitos e deveres 
individuais e coletivos, e a 
condição peculiar da criança e 
do adolescente como pessoas 
em desenvolvimento. 
Título II 
Dos Direitos Fundamentais 
Capítulo I 
Do Direito à Vida e à Saúde 
 Art. 7º A criança e o 
adolescente têm direito a 
proteção à vida e à saúde, 
mediante a efetivação de 
políticas sociais públicas que 
permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e 
harmonioso, em condições 
dignas de existência. 
Art. 8o É assegurado a todas 
as mulheres o acesso aos 
programas e às políticas de saúde 
da mulher e de planejamento 
reprodutivo e, às gestantes, nutrição 
adequada, atenção humanizada à 
gravidez, ao parto e ao puerpério e 
atendimento pré-natal, perinatal e 
pós-natal integral no âmbito do 
Sistema Único de 
Saúde. (Redação dada pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 1o O atendimento pré-natal 
será realizado por profissionais da 
atenção primária. (Redação 
dada pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Os profissionais de saúde 
de referência da gestante garantirão 
sua vinculação, no último trimestre 
da gestação, ao estabelecimento em 
que será realizado o parto, garantido 
o direito de opção da 
mulher. (Redação dada pela 
Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 3o Os serviços de saúde 
onde o parto for realizado 
assegurarão às mulheres e aos seus 
filhos recém-nascidos alta hospitalar 
responsável e contrarreferência na 
atenção primária, bem como o 
acesso a outros serviços e a grupos 
de apoio à 
amamentação. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 § 4o Incumbe ao poder público 
proporcionar assistência psicológica 
à gestante e à mãe, no período pré e 
pós-natal, inclusive como forma de 
prevenir ou minorar as 
consequências do estado 
puerperal. (Incluído pela Lei nº 
12.010, de 2009) Vigência 
§ 5o A assistência referida no 
§ 4o deste artigo deverá ser prestada 
também a gestantes e mães que 
manifestem interesse em entregar 
seus filhos para adoção, bem como 
a gestantes e mães que se 
encontrem em situação de privação 
de liberdade. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 6o A gestante e a 
parturiente têm direito a 1 (um) 
acompanhante de sua preferência 
durante o período do pré-natal, do 
trabalho de parto e do pós-parto 
imediato. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 7o A gestante deverá 
receber orientação sobre 
aleitamento materno, alimentação 
complementar saudável e 
crescimento e desenvolvimento 
infantil, bem como sobre formas de 
 
18 
 
favorecer a criação de vínculos 
afetivos e de estimular o 
desenvolvimento integral da 
criança. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 8o A gestante tem direito a 
acompanhamento saudável durante 
toda a gestação e a parto natural 
cuidadoso, estabelecendo-se a 
aplicação de cesariana e outras 
intervenções cirúrgicas por motivos 
médicos. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 9o A atenção primária à 
saúde fará a busca ativa da gestante 
que não iniciar ou que abandonar as 
consultas de pré-natal, bem como da 
puérpera que não comparecer às 
consultas pós-parto. (Incluído 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 10. Incumbe ao poder 
público garantir, à gestante e à 
mulher com filho na primeira infância 
que se encontremsob custódia em 
unidade de privação de liberdade, 
ambiência que atenda às normas 
sanitárias e assistenciais do Sistema 
Único de Saúde para o acolhimento 
do filho, em articulação com o 
sistema de ensino competente, 
visando ao desenvolvimento integral 
da criança. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
 Art. 9º O poder público, 
as instituições e os 
empregadores propiciarão 
condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive 
aos filhos de mães submetidas 
a medida privativa de 
liberdade. 
§ 1o Os profissionais das 
unidades primárias de saúde 
desenvolverão ações sistemáticas, 
individuais ou coletivas, visando ao 
planejamento, à implementação e à 
avaliação de ações de promoção, 
proteção e apoio ao aleitamento 
materno e à alimentação 
complementar saudável, de forma 
contínua. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 2o Os serviços de unidades 
de terapia intensiva neonatal 
deverão dispor de banco de leite 
humano ou unidade de coleta de 
leite humano. (Incluído pela Lei 
nº 13.257, de 2016) 
 Art. 10. Os hospitais e 
demais estabelecimentos de 
atenção à saúde de gestantes, 
públicos e particulares, são 
obrigados a: 
 I - manter registro das 
atividades desenvolvidas, 
através de prontuários 
individuais, pelo prazo de 
dezoito anos; 
 II - identificar o recém-
nascido mediante o registro de 
sua impressão plantar e digital 
e da impressão digital da mãe, 
sem prejuízo de outras formas 
normatizadas pela autoridade 
administrativa competente; 
 III - proceder a exames 
visando ao diagnóstico e 
terapêutica de anormalidades 
no metabolismo do recém-
nascido, bem como prestar 
orientação aos pais; 
 IV - fornecer declaração 
de nascimento onde constem 
necessariamente as 
intercorrências do parto e do 
desenvolvimento do neonato; 
 V - manter alojamento 
conjunto, possibilitando ao 
neonato a permanência junto à 
mãe. 
Art. 11. É assegurado acesso 
integral às linhas de cuidado 
voltadas à saúde da criança e do 
adolescente, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde, observado 
o princípio da equidade no acesso a 
ações e serviços para promoção, 
proteção e recuperação da 
saúde. (Redação dada pela Lei 
nº 13.257, de 2016) 
§ 1o A criança e o 
adolescente com deficiência serão 
atendidos, sem discriminação ou 
segregação, em suas necessidades 
gerais de saúde e específicas de 
habilitação e 
reabilitação. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Incumbe ao poder 
público fornecer gratuitamente, 
àqueles que necessitarem, 
medicamentos, órteses, próteses e 
outras tecnologias assistivas 
relativas ao tratamento, habilitação 
ou reabilitação para crianças e 
adolescentes, de acordo com as 
linhas de cuidado voltadas às suas 
necessidades 
específicas. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
§ 3o Os profissionais que 
atuam no cuidado diário ou frequente 
de crianças na primeira infância 
receberão formação específica e 
permanente para a detecção de 
sinais de risco para o 
desenvolvimento psíquico, bem 
como para o acompanhamento que 
se fizer necessário. (Incluído 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 Art. 12. Os estabelecimentos 
de atendimento à saúde, inclusive as 
unidades neonatais, de terapia 
intensiva e de cuidados 
intermediários, deverão proporcionar 
condições para a permanência em 
tempo integral de um dos pais ou 
responsável, nos casos de 
internação de criança ou 
adolescente. (Redação dada 
pela Lei nº 13.257, de 2016) 
 Art. 13. Os casos de suspeita 
ou confirmação de castigo físico, de 
tratamento cruel ou degradante e de 
maus-tratos contra criança ou 
adolescente serão obrigatoriamente 
comunicados ao Conselho Tutelar 
da respectiva localidade, sem 
prejuízo de outras providências 
legais. (Redação dada pela Lei 
nº 13.010, de 2014) 
§ 1o As gestantes ou mães 
que manifestem interesse em 
entregar seus filhos para adoção 
serão obrigatoriamente 
encaminhadas, sem 
 
19 
 
constrangimento, à Justiça da 
Infância e da 
Juventude. (Incluído pela Lei 
nº 13.257, de 2016) 
§ 2o Os serviços de saúde em 
suas diferentes portas de entrada, os 
serviços de assistência social em 
seu componente especializado, o 
Centro de Referência Especializado 
de Assistência Social (Creas) e os 
demais órgãos do Sistema de 
Garantia de Direitos da Criança e do 
Adolescente deverão conferir 
máxima prioridade ao atendimento 
das crianças na faixa etária da 
primeira infância com suspeita ou 
confirmação de violência de 
qualquer natureza, formulando 
projeto terapêutico singular que 
inclua intervenção em rede e, se 
necessário, acompanhamento 
domiciliar. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
 Art. 14. O Sistema Único 
de Saúde promoverá 
programas de assistência 
médica e odontológica para a 
prevenção das enfermidades 
que ordinariamente afetam a 
população infantil, e 
campanhas de educação 
sanitária para pais, 
educadores e alunos. 
§ 1o É obrigatória a vacinação 
das crianças nos casos 
recomendados pelas autoridades 
sanitárias. (Renumerado do 
parágrafo único pela Lei nº 13.257, 
de 2016) 
§ 2o O Sistema Único de 
Saúde promoverá a atenção à saúde 
bucal das crianças e das gestantes, 
de forma transversal, integral e 
intersetorial com as demais linhas de 
cuidado direcionadas à mulher e à 
criança. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 3o A atenção odontológica à 
criança terá função educativa 
protetiva e será prestada, 
inicialmente, antes de o bebê nascer, 
por meio de aconselhamento pré-
natal, e, posteriormente, no sexto e 
no décimo segundo anos de vida, 
com orientações sobre saúde 
bucal. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
§ 4o A criança com 
necessidade de cuidados 
odontológicos especiais será 
atendida pelo Sistema Único de 
Saúde. (Incluído pela Lei nº 
13.257, de 2016) 
Capítulo II 
Do Direito à Liberdade, ao 
Respeito e à Dignidade 
 Art. 15. A criança e o 
adolescente têm direito à 
liberdade, ao respeito e à 
dignidade como pessoas 
humanas em processo de 
desenvolvimento e como 
sujeitos de direitos civis, 
humanos e sociais garantidos 
na Constituição e nas leis. 
 Art. 16. O direito à 
liberdade compreende os 
seguintes aspectos: 
 I - ir, vir e estar nos 
logradouros públicos e 
espaços comunitários, 
ressalvadas as restrições 
legais; 
 II - opinião e expressão; 
 III - crença e culto 
religioso; 
 IV - brincar, praticar 
esportes e divertir-se; 
 V - participar da vida 
familiar e comunitária, sem 
discriminação; 
 VI - participar da vida 
política, na forma da lei; 
 VII - buscar refúgio, 
auxílio e orientação. 
 Art. 17. O direito ao 
respeito consiste na 
inviolabilidade da integridade 
física, psíquica e moral da 
criança e do adolescente, 
abrangendo a preservação da 
imagem, da identidade, da 
autonomia, dos valores, idéias 
e crenças, dos espaços e 
objetos pessoais. 
 Art. 18. É dever de todos 
velar pela dignidade da 
criança e do adolescente, 
pondo-os a salvo de qualquer 
tratamento desumano, 
violento, aterrorizante, 
vexatório ou constrangedor. 
Art. 18-A. A criança e o 
adolescente têm o direito de ser 
educados e cuidados sem o uso de 
castigo físico ou de tratamento cruel 
ou degradante, como formas de 
correção, disciplina, educação ou 
qualquer outro pretexto, pelos pais, 
pelos integrantes da família 
ampliada, pelos responsáveis, pelos 
agentes públicos executores de 
medidas socioeducativas ou por 
qualquer pessoa encarregada de 
cuidar

Outros materiais