AD1-ALFABETIZAÇÃO2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
ALFABETIZAÇÃO 2 - AD1 – 2019.01
Disciplina: Alfabetização 2
O texto da AD1 tem como título: As muitas facetas da alfabetização, de Magda Soares.
Este artigo foi publicado no livro Alfabetização e Letramento, pela autora. Apesar de ser uma publicação antiga, nos remete a questões atuais, como os índices do fracasso escolar nos anos iniciais, conceito de alfabetização - o que é ler e o que é escrever, a natureza complexa que envolve o processo de alfabetização.
Seguem abaixo algumas orientações de leitura, para que você possa responder à questão que será pontuada na AD1.
• No decorrer da leitura, levante suas dúvidas para que possa apresentá-las nos espaços de tutoria;
• Atente para apresentação do artigo, que se encontra organizado em três categorias: Conceito de alfabetização, Natureza do processo de alfabetização e Condicionantes do processo de alfabetização.
Questão da AD1 que deverá ser respondida: Após a leitura do texto, transcreva as ideias centrais apresentadas em cada categoria; Conceito de alfabetização, Natureza do Processo de Alfabetização e Condicionantes do processo de Alfabetização. Essa parte da resposta exige o uso de aspas. Em seguida, elabore um texto argumentativo, articulando as ideias da autora com os seus conhecimentos, no campo da alfabetização.
O texto deve ser de sua autoria e deve ter no máximo 1,5 lauda.
Orientações de formatação:
Justificado, Arial 12, espaço 1,5
Não admitiremos plágio!
Conceito de Alfabetização
“A atribuir um significado demasiado abrangente à alfabetização, considerando-a um processo permanente, que se estenderia por toda a vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita.”
Natureza do Processo de Alfabetização
“Um fenômeno de natureza complexa, multifacetado. Essa complexidade e multiplicidade de facetas explicam por que o processo de alfabetização tem sido estudado por diferentes profissionais, que privilegiam ora estas ora aquelas habilidades, segundo a área do conhecimento a que pertencem.”
Condicionantes do processo de Alfabetização
	“O processo de alfabetização, na escola, sofre, talvez mais que qualquer outra aprendizagem escolar, a marca da discriminação em favor das classes sócio-economicamente privilegiadas.”
Magda Soares aborda as questões de atribuir um significado à alfabetização, de o processo de alfabetização ser estudado por diferentes profissionais e de o processo de alfabetização sofrer mais que qualquer outra aprendizagem. Nesses tópicos são abordados importantes assuntos da alfabetização. 
Através de leituras, consegui concluir que alfabetização é um processo que leva a aprendizagem da leitura e da escrita. A realidade é que as escolas, formam alunos que mal conseguem ler e escrever, que não sabem ao menos interpretar textos. Não são capazes de desenvolver sozinhos questões do dia-a-dia, como ler uma bula, escrever um bilhete, não sabem produzir pequenos tipos de textos diferentes (argumentativo, dissertativo, explicativo, informativo, narrativo, etc.). As vezes são letrados, mas não alfabetizados, ou vice e versa. Alunos esses formados sem nem ao menos saber o significado da língua, ou o poder dela. Acomodados com a língua materna e que não tem o mínimo interesse em aprender ou conhecer a língua culta. As escolas têm contribuído para a formação de analfabetos funcionais, têm tornado a taxa de analfabetismo mais alta. É necessário formar com um pouco mais de compromisso e qualidade. Esse fato se reflete também em alunos de nível universitário. 
A alfabetização a partir de pesquisas como a Psicolinguística, por exemplo, são teorias no campo da psicologia. Ela trata da cognição, relacionada à leitura e à escrita. Já o ponto de vista Sociolinguístico, é do campo fonológico, desenvolve o diálogo sobre a língua, como por exemplo, a codificação e decodificação de letras. E do ponto de vista linguístico, como diz no texto, “a alfabetização é um processo de transferência de sequência temporal da fala em forma gráfica e nessa transferência da sequência temporal da fala para a sequência espaço-direcional da escrita, e da transferência do sonora da fala para a forma gráfica da escrita”.
A alfabetização não possui um método que seria o mais eficaz, ou o mais adequado, possui métodos sim, mas não seria adequado falar que um é mais eficaz que outro, pois cada aluno possui fatores cognitivos diferentes e desenvolve em tempo diferente de outro, cada um possui seu ritmo e sua maneira própria de aprender. Um aluno de classe média para alta, por exemplo, tem mais oportunidades de alfabetização e letramento do que um aluno com um poder aquisitivo mais baixo. Percebe-se então, a necessidade de o professor conhecer a realidade social e cultural dos alunos, para que nenhum seja prejudicado.
Magda Soares em um dos vídeos da matéria de Alfabetização 1, esclarece “As pessoas não se dão muito conta de como é difícil para a criança aprender um sistema de representação que é bastante abstrato, porque se trata de representar os sons da fala em grafias, em riscos, traços e a criança precisa descobrir isso. Para que ela vivencie esse processo é necessário que o professor entenda esse processo, como esse processo se desenvolve na criança, como que ela vai construir esse conhecimento desse sistema de representação tão completo e tão abstrato. Para que o professor compreenda isso é necessário que ele tenha fundamentos psicológicos, fonológicos, linguísticos e sociolinguísticos.”
Ou seja, o alfabetizador que ensina a ler e a escrever, sabe que envolve muitos obstáculos e desafios nos dias de hoje. Os livros didáticos são um exemplo, um único modelo para toda a turma e o alfabetizador precisar atender as necessidades de todos os educandos, porque como já disse anteriormente, nem todos possuem o mesmo desenvolvimento e nem todos têm as mesmas oportunidades devido as classes sociais e econômicas. Exige um trabalho árduo e dedicado desse educador.