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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Docente: Raquel Schwenck de Mello Vianna DIAMANTINA - MG 2//2015 INTRODUÇÃO A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS Muitas pessoas acreditam que as línguasde sinais são somente um conjunto de gestos que interpretam as línguas orais. Pesquisas sobre as línguas de sinais vêmmostrando que estas línguas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda e utilizá-las com função estética para fazer poesias, contar estórias, criar peças de teatro e humor. Comotoda língua, as línguas de sinais aumentam seus vocabulários com novos sinais introduzidos pelas comunidades surdas em resposta às mudanças culturais e tecnológicas. Assima cada necessidade surge um novo sinal e, desde que se torne aceito, será utilizado pela comunidade. Acredita-se também que somente exista uma língua de sinais no mundo, mas assim comoas pessoas ouvintes em paises diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão inseridas em “Culturas Surdas”, possuem suas próprias línguas, existindo, portanto, muitas línguas de sinais diferentes, como: Língua de Sinais Francesa, Chilena, Portuguesa, Americana, Argentina, Venezuelana, Peruana, Inglesa, Italiana, Japonesa, Chinesa, Uruguaia, Russa, Urubus-Kaapor, citando apenas algumas. Estaslínguas são diferentes uma das outras e independem das línguas orais-auditivas utilizadas nesses e em outros paises, por exemplo: o Brasil e Portugal possuem a mesma língua oficial, o português, mas as línguas de sinais destes paises são diferentes. Omesmo acontece com os Estados Unidos e a Inglaterra, entre outros. Também pode acontecer que uma mesma língua de sinais seja utilizada por dois paises, como é o caso da língua de sinais americana que é usada pelos surdos dos Estados Unidos e do Canadá. Emboracada língua de sinais tenha sua própria estrutura gramatical, surdos de paises com línguas de sinais diferentes comunicam-se com mais facilidade uns com os outros, fato que não ocorre entre falantes de línguas orais, que necessitam de um tempo bem maior para um entendimento. Isso se deve à capacidade que as pessoas surdas têm em desenvolver e aproveitar gestos e pantomimas para a comunicação e estarem atentos às expressões faciais e corporais das pessoas e devido ao fato dessas línguas terem muitos sinais que se assemelham às coisas representadas. No Brasil,as comunidades surdas urbanas utilizam a LIBRAS, mas além dela, há registros de uma outra língua de sinais que é utilizada pelos índios Urubus-Kaapor na Floresta Amazônica. Muitas pessoas acreditam que a LIBRAS é oportuguês feito com as mãos, que os sinais substituem as palavras desta língua, e que ela é uma linguagem como a linguagem das abelhas ou do corpo, como a mímica. Entre as pessoas que acreditam que a LIBRASé realmente uma língua, há algumas que pensam que ela é limitada e expressa apenas informações concretas, e que não é capaz de transmitir idéias abstratas. Esses mitos precisam ser desfeitos porque a LIBRAS, como toda língua de sinais, é umalíngua de modalidade gestual-visual que utiliza, como canal ou meio de comunicação, movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão; portanto, diferencia da Língua Portuguesa, uma língua de modalidade oral-auditiva, que utiliza, como canal ou meio de comunicação, sons articulados que são percebidos pelos ouvidos. Mas as diferenças não estão somente na utilização de canais diferentes, estão também nas estruturas gramaticais de cada língua. Embora com as diferenças peculiares a cada língua, todas as línguas possuem algumas semelhanças que as identificam como língua e não como linguagem, como é o caso da linguagem das abelhas, dos golfinhos, dos macacos, enfim, a comunicação dos animais. Uma semelhança entre as línguas é que todas são estruturadas a partir de unidades mínimas queformam unidades mais complexas, ou seja, todas possuem os seguintes níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico. No nível fonológico estão os fonemas. Os fonemas só têm valor contrastivo, não têm significado mas, a partir das regras de cada língua, eles se combinam para formar os morfemas e estes as palavras. Nalíngua portuguesa, por exemplo, os fonemas /m/ /n/ /s/ /a/ /e/ /i/ podem ser combinar e formar a palavra “meninas”. Nonível morfológico, esta palavra é formada pelos morfemas {menin-}{-a}{-s}. Diferentemente dos fonemas, cada um destes morfemas tem um significado: {menin-}é o radical desta palavra e significa “criança”, “não adulto”; o morfema {-a}significa “gênero feminino” e o morfema {-s}significa “plural”. No nível sintático, esta palavra pode se combinar com outras para formar a frase, queprecisa ter um sentido em coerência com o significado das palavras em um contexto, o que corresponde aos níveis semântico (significado) e pragmático (sentido no contexto: onde estão sendo utilizadas as palavras) respectivamente. Assim, onível semântico permeia o morfo-sintático. Outra semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos diferentemente, por isso uma pessoa que fala uma determinada língua utiliza essa língua de acordo com o contexto e o modo de ser falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma pessoa estranha, assim, quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la a partir do contexto. Outra semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa etária e ao gênero. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, a norma padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social como padrão. Ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modalidade diferente, possuem também estas características em relação às diferenças regionais,sócio-culturais, entre outras, e em relação às suas estruturas porque elas também são compostas pelos níveis descritos acima. Oque é denominado de palavra ou item lexical nas línguas orais-auditivas, são denominados sinais nas línguas de sinais. Ossinais são formados a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em frente ao corpo. Estas articulações das mãos, que podem ser comparadas aos fonemas e às vezes aos morfemas, são chamadas de parâmetros. Nas línguas de sinais podem ser encontrados os seguintes parâmetros: O cumprimento é uma forma de saudação amigável ou fala. Em toda e qualquer cultura ou povo, se prioriza fazer uso deste. Os gestos que simbolizam os cumprimentos variam de cultura para cultura. No Ocidente e na maioria do mundo, entre homem-homem costuma-se utilizar o aperto de mão. Entre homem intimidade, também. É comum se utilizar um, dois ou até três beijos no rosto entre homem já são colegas ou amigos há algum tempo. Na língua de sinais seguimos os mesmos padrões culturais de formalidade e informalidade. Apenas a maneira de expressa-los será diferente. No geral os cumprimentos têm a base do sinal para BOM seguindo do momento do dia que a pessoa está vivenciando no momento. Exemplos: Identificação e Sinalização Todas as línguas, passam a ser conhecidas como tal, desdeque assumam uma função social e expresse comunicação clara. Assim elas possuem um amplo vocabulário comum. Do mesmo modo acontece na LIBRAS, o vasto vocabulário que esta compreende, é formado não por meio do alfabeto manual, mas é fundamentado com princípios pertinentes a cultura e comunidade em que se vive e partilha. Por isso que a formação intelectual e social dos sinais deve ser bem analisada. Este experiências visuais priorizando: a semelhança, ambiente e costume. Por ser uma língua visual precisamos entender não a palavra correspondente a cada gesto, mas sim que sentido no campo visual momentâneo ele transmite, se p Assim cada coisa ou pessoa em um ambiente de convívio social, familiar ou educacional de surdos passa a ser identificado com um gesto eu pode estar ligado a alguma destas três idéias. POR EXEMPLO: Quando nos apresentamos a alguém, usamos soletrar o nome no mundo visual), após usaremos o que é popularmente chamado de “SINAL”, pois cada pessoa “comunidade surda” é batizado com este, e característica própria da pessoa. Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, umtraço visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal(nome visual) usa usadas na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade derepresentar as letras de forma visual e era usado principalmente para ensinarpessoas surdas a ler e escrever, na Libras o us Empréstimo Linguístico. SAUDAÇÕES O cumprimento é uma forma de saudação amigável entre duas pessoas ou entidades, geralmente com algum gesto Em toda e qualquer cultura ou povo, se prioriza fazer uso deste. Os gestos que simbolizam os cumprimentos variam de cultura para cultura. No Ocidente e na maioria do mundo, se utilizar o aperto de mão. Entre homem-mulher, mulher intimidade, também. É comum se utilizar um, dois ou até três beijos no rosto entre homem já são colegas ou amigos há algum tempo. ua de sinais seguimos os mesmos padrões culturais de formalidade e informalidade. Apenas a maneira de los será diferente. No geral os cumprimentos têm a base do sinal para BOM seguindo do momento do dia que a emplos: Identificação e Sinalização Todas as línguas, passam a ser conhecidas como tal, desde que assumam uma função social e expresse comunicação clara. Assim elas possuem um amplo vocabulário comum. Do mesmo modo acontece na LIBRAS, o vasto vocabulário que esta compreende, é formado não por meio do alfabeto manual, mas é fundamentado com princípios pertinentes a cultura e comunidade em que se vive e partilha. Por isso que a formação intelectual e social dos sinais deve ser bem analisada. Este experiências visuais priorizando: a semelhança, ambiente e costume. Por ser uma língua visual precisamos entender não a palavra correspondente a cada gesto, mas sim que sentido no campo visual momentâneo ele transmite, se preocupando apenas com o sentido na língua alvo. Assim cada coisa ou pessoa em um ambiente de convívio social, familiar ou educacional de surdos passa a ser identificado com um gesto eu pode estar ligado a alguma destas três idéias. s apresentamos a alguém, usamos soletrar o nome próprio(dactilologia), após usaremos o que é popularmente chamado de “SINAL”, pois cada pessoa “comunidade surda” é batizado com este, e é identificado sempre por este sinal.Como já dito, este sinal é uma Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, umtraço visual próprio da pessoa. Quando tal pessoa ainda não tem um sinal(nome visual) usa-se o alfabeto manual que compõe o quadro das configuraçõesde mãos usadas na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade derepresentar as letras de forma visual e era usado principalmente para ensinarpessoas surdas a ler e escrever, na Libras o uso do alfabeto manual écaracterizado como um entre duas pessoas ou entidades, geralmente com algum gesto Os gestos que simbolizam os cumprimentos variam de cultura para cultura. No Ocidente e na maioria do mundo, mulher, mulher-mulher que não tem certa intimidade, também. É comum se utilizar um, dois ou até três beijos no rosto entre homem-mulher, mulher-mulher que ua de sinais seguimos os mesmos padrões culturais de formalidade e informalidade. Apenas a maneira de los será diferente. No geral os cumprimentos têm a base do sinal para BOM seguindo do momento do dia que a Identificação e Sinalização Todas as línguas, passam a ser conhecidas como tal, desde que assumam uma função social e expresse comunicação clara. Assim elas possuem um amplo vocabulário comum. Do mesmo modo acontece na LIBRAS, o vasto vocabulário que esta compreende, é formado não por meio do alfabeto manual, mas é fundamentado com princípios Por isso que a formação intelectual e social dos sinais deve ser bem analisada. Estes sinais são criados a partir de Por ser uma língua visual precisamos entender não a palavra correspondente a cada gesto, mas sim que sentido no reocupando apenas com o sentido na língua alvo. Assim cada coisa ou pessoa em um ambiente de convívio social, familiar ou educacional de surdos passa a ser próprio(dactilologia), (estenão é de muita relevância após usaremos o que é popularmente chamado de “SINAL”, pois cada pessoa que participa da sempre por este sinal.Como já dito, este sinal é uma Um nome visual, como o próprio nome diz se trata de uma marca, umtraço visual próprio da pessoa. Quando tal e o alfabeto manual que compõe o quadro das configuraçõesde mãos usadas na Libras. O alfabeto manual teve origem pela necessidade derepresentar as letras de forma visual e era usado o do alfabeto manual écaracterizado como um CALENDÁRIO PERÍODOS DO DIA Horas Hora/Minutos 1h 2hs 3hs 4hs 5hs 6hs 7hs 8hs 9hs 10hs 11hs 12hs 1h ou 13h 18hs Meio dia Meia noite 1h05min 2h10min 3h15min 5h25min 6h30min 7h35min 8h30min 8h40min 9h45min 10h30min 10h50min 11h55min 12h30min 13h01min 14h22min 15h34min 16h47min 17h52min 19h13min 20h27min 21h39min 22h44min 23h56min 24h17min Hora/Minutos Minutos 1h05min 2h10min 3h15min 5h25min 6h30min 7h35min 8h30min 8h40min 9h45min 10h30min 10h50min 11h55min 12h30min 13h01min 14h22min 15h34min 16h47min 17h52min 19h13min 20h27min 21h39min 22h44min 23h56min 24h17min 1min 15Min 20Min 25Min 30Min 45Min 57Min Minutos CORES E TONALIDADES CORES E TONALIDADES Referências CASTRO, Nelson Pimenta de. Curso de Língua de Sinais para Ouvintes – livro do Professor – Nível 2 Intermediário , LSB vídeo – Rio de Janeiro, RJ, 2000. 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