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TERMORREGULAÇÃO É a manutenção do equilíbrio térmico em um animal. Temperatura ambiente SOBREVIVÊNCIA HOMEOTERMIA Temperatura corporal Termo- neutralidade Temperatura crítica inferior Estresse de frio Temperatura crítica superior Estresse de calor Hipotermia Hipertermia CONFORTO TÉRMICO TERMORREGULAÇÃO É o processo de controle da temperatura em um sistema físico. Organismos vivos são sistemas físicos nos quais a energia térmica contida é proveniente de: Processos metabólicos internos Trocas com o meio ambiente A quantidade de energia térmica armazenada no organismo em um dado momento é expressa como: S = M R C K − E onde: M = taxa de metabolismo R = trocas térmicas por radiação C = trocas térmicas por convecção K = trocas térmicas por condução E = perdas térmicas por evaporação EQUILÍBRIO TÉRMICO Quando as perdas de energia térmica são iguais à soma da quantidade de energia ganha do ambiente com aquela produzida pelo metabolismo, o organismo acha-se em EQUILÍBRIO TÉRMICO com o ambiente. Se um animal é colocado em um ambiente excessivamente quente ou frio, ele deixa de estar em equilíbrio térmico com esse ambiente. Ocorrem então trocas forçadas de energia térmica em direção ao organismo ou para fora dele, o que constitui um ESTRESSE. A energia térmica excessiva acumulada no organismo ou o deficit de energia constituem a TENSÃO do organismo. MECANISMOS DE CONTROLE TÉRMICO A temperatura corporal de um animal, endotérmico ou ectotérmico, depende da energia térmica estocada na massa orgânica. Essa energia pode ser diminuída ou aumentada por processos de TERMÓLISE (Eliminação de energia) TERMOGÊNESE (Geração de energia) ALTERAÇÃO DAS TROCAS COM O AMBIENTE Esses processos envolvem 3 tipos de mecanismo: COMPORTAMENTAIS: Alteração do comportamento do animal. AUTÔNOMOS: Controle de funções orgânicas tais como o fluxo sanguíneo, a posição dos pêlos, as glândulas sudoríparas, a respiração, etc. ADAPTATIVOS: Alterações a médio ou longo prazo em certas características, como a coloração do pelame, pigmentação da epiderme, níveis hormonais, conformação do corpo, etc. TECIDO Termo- sensor Energia térmica HIPOTÁLAMO Fibras nervosas aferentes Temperatura: ALTA BAIXA NORMAL CENTRO DE TERMÓLISE Redução do metabolismo Mecanismos de eliminação de calor SANGUE E TECIDOS Retroalimentação Fibras nervosas eferentesTermo- sensor TECIDO Termo- sensor HIPOTÁLAMO Fibras nervosas aferentes Temperatura: ALTA BAIXA NORMAL Aumento do metabolismo Aumento do isolamento térmico SANGUE E TECIDOS Retroalimentação Fibras nervosas eferentesTermo- sensor Centro de Termogênese TERMOGÊNESE Geração de calor, realizada através do metabolismo em todos os tecidos orgânicos. O calor é gerado pelas diversas reações químicas envolvidas nas funções normais do organismo, cuja velocidade é controlada pelos hormônios da glândula Tireóide, a TIROXINA (T4) e a TRIIODOTIRONINA (T3). Quanto maior a quantidade desses hormonios na circulação sanguínea, maior a velocidade das reações metabólicas nos tecidos. A produção e liberação do T3 e do T4 são controladas por um hormônio da glândula hipofise anterior, o Hormônio Tireotrófico (TSH). Bovinos de origem européia tendem a apresentar níveis de metabolismo mais elevados que as raças zebuinas e usam a variação da termogênese como um meio de termorregulação. Quando os animais ultrapassam a temperatura crítica superior, o metabolismo diminui -- o que é mostrado pela queda no consumo de O2. Os zebuinos apresentam metabolismo normalmente cerca de 20% mais baixo que os bovinos de raças européias, nas mesmas condições. Isso permite que possam suportar temperaturas ambientes mais elevadas, sem aumentar muito sua temperatura corporal. Este metabolismo mais baixo é uma conseqüência de uma menor atividade produtiva. 0,22 0,24 0,26 0,28 0,3 0,32 0,34 0,36 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 Temperatura ambiente, o C L it ro s /( k g .h ) SHORTHORN BRAHMAN BRAHMAN X SHORTHORN Consumo de oxigênio por bovinos, segundo a temperatura ambiente (Finch, 1985) TERMÓLISE MECANISMOS CIRCULATÓRIOS A energia térmica estocada no interior do corpo tende a deslocar-se para a periferia do corpo, quando a temperatura ambiente é menor que a corporal. Esse deslocamento ocorre em parte por condução direta através dos tecidos, mas principalmente pela corrente sanguínea. A fim de facilitar essa transferência de calor para o exterior, no caso de haver um excesso, ocorre uma dilatação no diâmetro dos vasos sanguíneos (vasodilatação) da superfície corporal, o que acelera o fluxo de sangue do interior do corpo para a epiderme. Quando acontece o oposto, isto é, o animal se acha em um ambiente muito frio para ele, então há necessidade de diminuir essa transferência de calor para o exterior. Assim, ocorre uma redução no diâmetro dos vasos, uma vasoconstricção. Epiderme ARTÉRIA VEIA ANASTOMOSE ENERGIA TÉRMICA Epiderme ARTÉRIA VEIA ANASTOMOSE Zona de conforto térmico de animais de interesse zootécnico (fonte: web) Qual é a zona de conforto de temperatura para vacas leiteiras? FORMAS DE AMENIZAR OS EFEITOS DO ESTRESSE TÉRMICO 21 »Uso de diversas modificações ambientais, visando diminuir a temperatura sobre os animais, atenuar o estresse por calor, auxiliando, no conforto térmico dos mesmos. Dentre as medidas de manejo: »Fornecimento de sombra e utilização de aspersão de água durante o período do verão Souza et al. (2010) concluíram que o ambiente físico sombreado apresenta uma redução em mais de 50% da carga térmica radiante, sendo portanto, indispensável às novilhas para manterem a homeotermia. ESTRESSE TÉRMICO = REDUÇÃO DE PRODUÇÃO!
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