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Defeito, vício e vício redibitório 1. Defeito x vício DEFEITO VÍCIO -Grave -Falha de segurança -Pode causar dano a pessoa, a sua integridade física. -Não é grave -Falha de adequação -Com mal funcionamento -Simplesmente não funciona Ex: bateria do celular explode – DEFEITO / bateria do celular viciada – VÍCIO 2. Vício a) Aparente: aquele de fácil constatação, ou seja, que pode ser identificado a olho nu. Ex: tecla do notebook caí. b) Oculto ou redibitório: de difícil constatação Ex: teclado do notebook para de funcionar após certo tempo de uso. · Aparecem em 3 hipóteses: Vício de qualidade – art. 18, CDC (ex: papel higiênico) Vício de quantidade – art. 19, CDC (ex: chocolate estragado) Vício no serviço – art. 20, CDC (ex: cabelereiro) 3. Fato do produto e do serviço Pode ser alegado quando houver defeito no produto ou serviço, ou seja, quando causar morte ou lesão grave ao consumidor (podendo ser todos os tipos de consumidores). Garantias 1. Garantia legal para vício: prazo decadencial – art. 26, CDC Produtos não duráveis – 30 dias + garantia contratual do art. 50, CDC Produtos duráveis – 90 dias + garantia contratual do art. 50, CDC · Vícios aparentes: prazo contado da entrega efetiva do produto ou do término da prestação efetiva dos serviços (art. 26, §1º, CDC). · Vício oculto: prazo contado a partir do momento da constatação do defeito (art. 26, §3º, CDC). · Ações edilícias: a) Ação redibitória: para desfazer o negócio; b) Estimatória ou quantiminoris: para trocar ou abater o preço. 2. Garantia em caso de fato do produto ou serviço: prazo prescricional de 5 anos (art. 27, CDC) para propor ação de reparação de danos. Responsabilidades · Exigir de quem – art. 12, CDC? O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, de forma solidária. Apenas não responderão quando provarem (art. 12, §3, I, II e III CDC – nexo causal): a) Que não colocou o produto no mercado; b) que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; c) A culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro (o terceiro, neste caso, deve ser estranho à relação, não pode estar na cadeia de consumo). · Fornecedor - Comerciante – art. 13, CDC? - Será igualmente responsabilizado quando: a) O fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; b) O produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; c) Não conservar adequadamente os produtos perecíveis (é possível pôr o fornecedor e o comerciante no polo passivo caso haja dúvida se o produto foi mal fabricado ou mal conservado). Obs: proibição da denunciação à lide, chamamento ao processo e possibilidade de ajuizamento de ação de regresso – Uma vez que o art. 88, do CDC, proíbe a denunciação à lide e a doutrina e jurisprudência estende tal proibição também ao chamamento ao processo, aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá apenas exercer o direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso (parágrafo único do art. 13, CDC). Tal ação poderá ser proposta em processo autônomo (art. 88, CDC). · Responsabilidade do fornecedor prestador de serviços (art. 14, CDC): responde, independentemente da existência de culpa[footnoteRef:1], pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. [1: Exceção – responsabilidade subjetiva (art. 14, §4º): a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. ] Serviço é defeituoso – art. 14, §1º, CDC? Quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: a) O modo de seu fornecimento; b) O resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; c) A época em que foi fornecido. O fornecedor de serviços apenas não será responsável quando provar (art. 14, §3º, CDC – nexo causal): a) Que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; b) Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro (estranho à relação); c) Que não colocou o serviço no mercado (fora do CDC). · Obs: para fins de responsabilização dos indivíduos descritos nos art. 12 a 14, as hipóteses de vício do produto e do serviço (art. 18 a 20) se submetem ao prazo do art. 26 (decadencial), podendo-se inverter o ônus da prova (art. 6º, VIII, CDC), enquanto que as hipóteses de fato do produto ou do serviço, podem se utilizar do prazo do art. 27 (prescricional de 5 anos). · Obs² Fato fortuito interno Fato fortuito externo -Não afasta o nexo causal -Afasta nexo causal 2
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