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AD1 uff administração pública filosofia e ética

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Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Curso de Administração Pública 
Disciplina: Filosofia e ética 
Nome do Aluno: 
Polo: 
Matricula: 
Questões da Atividade a Distancia 
(AD1)
1) Como se deu a passagem da cosmologia à metafísica. 
Cosmologia é o estudo da origem, estrutura e evolução do universo. Sabemos que a Filosofia nasce da admiração e do espanto (como disseram Platão e Aristóteles) e que desde do seu início a Filosofia vem se preocupando em buscar uma explicação racional para origem deste mundo ordenado, interpretando a realidade que vivemos e elevando a um conceito do que é real. Por esse motivo, a filosofia nasce como cosmologia. 
A busca desta essência, que causa e ordena tudo quanto existe na natureza, (minerais, vegetais, animais, humanos, astros, qualidades como: úmido, seco, quente, frio) e tudo quanto nela acontece, (dia e noite, estações do ano, nascimento, transformação e morte, crescimento e diminuição, saúde e doença, bem e mal, belo e feio, etc,) foi a busca de uma força natural perene e imortal, subjacente às mudanças, denominada pelos primeiros filósofos com o nome de physis. 
Entende-se então que a cosmologia era, uma explicação racional sobre a physis do universo e portanto uma física (do grego antigo: φύσις physis "natureza" é a ciência que estuda a natureza e seus fenômenos em seus aspectos mais gerais.) e o estudo da physis dedicava-se à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e as oposições entre eles.
A metafísica é filosofia primeira, porque ela estudo o ser enquanto ser. Assim, é o estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do Ser real e verdadeiro das coisas, daquilo que elas são em si mesmas, apesar, das aparências que possam ter e das mudanças que possam sofrer. A metafísica é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física", por volta do ano 50 a.C., foi consagrada por Andrônico de Rodes quando ele estava recolhendo e classificando as obras de Aristóteles que durante muitos séculos haviam ficado dispersas e perdidas. Esse organizador dos textos aristotélicos indicava um conjunto de escritos que, em sua classificação, localizavam-se após os tratados sobre a física ou sobre a natureza, pois a palavra meta quer dizer: depois de, acima de.Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão ta meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão[catalogados] após os [escritos] da física.
2)O que significam as palavras metafísica e ontologia? Quem empregou pela primeira vez?
Para entendermos o significado da palavra metafísica temos que entender que ela foi empregada pela primeira vez por volta no ano 50 a.C., por Andrônico de Rodes quando ele estava recolhendo e classificando as obras de Aristóteles que, durante muitos séculos, haviam ficado dispersas e perdidas. Com a palavra ta meta ta physika.
Ta: aqueles; meta: após, depois; ta physika: aqueles da física. Assim, a expressão
ta meta ta physika significa literalmente: aqueles [escritos] que estão
[catalogados] após os [escritos] da física. Aristóteles designou que tais escritos como: Filosofia Primeira (estudo do “ser enquanto ser”). Assim, o que Aristóteles chamou de Filosofia primeira passou a ser designado como metafísica.
Ontologia é composta por dois substantivos gregos, ta onta (os bens e as coisas realmente possuídas por alguém) e ta eonta (as coisas realmente existentes) que derivam do verbo ser (em grego einai). Sendo o particípio presente deste verbo se diz on (ente) e ontos(entes). Dessa maneira, as palavras onta e eonta (as coisas) e on (ente) levaram a um substantivo: to on (o Ser). O Ser é o que é realmente e se opõe ao que parecer ser, à aparência.
Ontologia significa: estudo ou conhecimento do Ser, dos entes ou das coisas tais com são em si mesmas, real e verdadeiramente. 
No século XVII, o filósofo alemão Jacobus Thomasius considerou essa a palavra correta para designar os estudos da metafísica ou Filosofia Primeira pois, ousia(feminino do particípio do verbo ser / einai). Em português ousia é traduzido por essência (latim essentia). Em latim o verbo ser (esse) e a palavra essentia foi usada pelos filósofos para traduzir (ousia). Então baseando-se no fato que Aristóteles afirmara que a Filosofia Primeira é o estudo ou o conhecimento da essência das coisas ou do ser real e verdadeiro das coisas, daquilo que elas são em si mesmas, apesar das aparências que possam ter e das mudanças que possam sofrer logo, faria sentido designar Filosofia Primeira com a palavra ontologia. Nesse caso metafísica passa a ser somente o lugar ocupado nas estantes pelos livros de Aristóteles. Resumindo: ontologia: diria qual o assunto da Filosofia Primeira, enquanto metafísica: seria apenas o lugar dos livros de Filosofia Primeira.
3)Por que atribuir a Parmênides de Eléia a primeira elaboração ontológica?
Parmênides veio desmitificar a cosmologia, quando afirmou que o mundo percebido por nossos sentidos (o cosmo estudado pela cosmologia) é um mundo ilusório, feito de aparências, sobre as quais formulamos nossas opiniões e foi o primeiro a se contrapor ao tal pensamento de mundo mutável pregado pela cosmologia até então e veio com uma ideia de um pensamento e de um discurso verdadeiros referidos àquilo que é realmente, ao Ser – to on, On.
O Ser é, disse Parmênides. Nesse caso eles quis dizer que o ser é sempre idêntico a si mesmo, imutável, eterno, imperecível, invisível aos nossos sentidos e visível apenas para o pensamento. E também foi o primeiro a dizer que a aparência sensível das coisas da Natureza não possui realidade, não existe real e verdadeiramente, não é.
Quando tomamos a ideia que eles se contrapôs a cosmologia, se dá ao fato de que declarou o Não-ser não é. O Ser versus Não-Ser. A Filosofia era entendida por Parmênides como Via da Verdade (que nega realidade e conhecimento) e Via da Opinião (que se ocupa com as aparências, com o Não-Ser).
A Cosmologia se dedicava à multiplicidade dos seres, à mutabilidade deles e às oposições entre eles. E totalmente em contradição a isso ele afirmou que o pensamento verdadeiro exige a identidade e a não-contradição do Ser. Considerando a mudança de uma coisa em outra contrária como o Não-Ser, e que o ser não muda porque não tem como nem o porque mudar, pois se mudasse, deixaria de ser O Ser, tornando-se o Não-ser. Com isso mostrou que o pensamento verdadeiro não admite a multiplicidade ou pluralidade de seres e que o ser é uno e único.
O pensamento dele era totalmente ao contrário do que a cosmologia entendia na época e ele afirmava ainda diferença entre pensar e perceber. Multiplicidade, mudança, nascimento e perecimento são aparências, ilusões dos sentidos. Ao ir na contramão disso e abandoná-los a Filosofia passou da cosmologia a ontologia.
4)Como Platão superou o problema deixado por Parmênides?
Ele analisou primeiramente o que pensava Parmênides e tirou as conclusões dele, dando praticidade a questão. Primeiro deu razão a Parmênides ao exigir que a Filosofia deva abandonar esse mundo sensível e ocupar-se com o mundo verdadeiro, invisível aos sentidos e visível apenas ao puro pensamento.
E analisou o que pensava Heráclito que era contrário de Parmênides e deu razão a ele quanto ao mundo material e sensível, mundos das imagens e das opiniões.
Percebeu dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível(das coisas) e o mundo inteligível (ideias ou essências verdadeiras) e ele quis unifica-los. Com intuito de provar que ambos estavam certos, Platão deu origem a teoria dos dois mundos: Mundo das idéias e Mundo dos sentidos. 
Então com isso começamos a ver Platão se distanciar do mundo de Parmênides. O Não-ser não é um puro nada. Ele é um outro ser, um falso ser, o que ele chama de pseudo-ser. Então percebemos a unificação em o Não-ser é sensível.
Distanciando-se da teoria de Parmênides só lhe restava três frases para pensar: O Ser é. O Não-Ser não é. O Ser é uno. Então vemos Patão distinguir dois sentidos para a palavra Ser: o sentido forte (O Ser é) em que significarealidade ou existência, e o sentido mais fraco(ser é verbo de ligação) em que significa um sentido predicativo. Depois afirmou que o Ser no sentido forte, existem múltiplos seres e não um só (eles até possuem os atributos de Parmênides como identidade, unidade, eternidade, imutabilidade) mas esses seres sãos ideias ou formas imateriais. Afirmou ainda que Ser no sentido mais fraco, que cada ideia é um sujeito real, que cada sujeito tem sua essência.
Dessa maneira, cada ideia é una, idêntica, eterna e imutávele ao mesmo tempo ela se difere das outras pela sua essência.
Segundo Platão as ideias são seres perfeitos e por sua perfeição tornam-se modelos inteligíveis ou paradigmas inteligíveis perfeitos que as coisas sensíveis materiais não conseguem imitar. Conforme entende-se nos diálogos de Platão, todos sabem a aparência do que se discute mas nunca a essência e por isso se enganam o tempo todo. Dando mais uma vez entender que o diálogo é o que nos faz caminhar para a verdade real.
5)Para Platão, o que são ideias? Como é possível conhecê-las?
Platão acreditava numa teoria realidade dualista: do ser humano onde há um corpo (material) e alma não material. E a realidade do mundo (mundo das ideias e mundo sensível).
Onde esse mundo sensível é material, mutável, imperfeito, imagens da realidade. Esse mundo é físico, por entende-se que ele muda a todo momento. Sendo este mundo real sabemos que ele é imperfeito. Nóis podemos imaginar de um jeito mas a realidade é bem diferente e tem seus defeitos.
O mundo não material, o das ideias (ou da alma), já é bem diferente, podemos imaginar algo bem perfeito, ele é imaterial e imutável. Na passagem de A República, do livro VII, chamada Alegoria destaca-se principalmente o fato das pessoas dentro da caverna são obrigados a acreditar numa realidade vivida por eles até aquele momento. Quando Platão fala das sombras da caverna, quer com isso simbolizar os objetos particulares que conhecemos através dos sentidos. Platão pensava isso porque, assim como as coisas que vemos no mundo são uma cópia imperfeita das ideias, as sombras são como uma cópia dos objetos que estão fora da caverna. Sombras, em certo sentido, não são reais, os objetos é que são reais. Eles não teriam como imaginar de outra forma. E que depois são mostrados a realidade verdadeira, ele poderiam continuar acreditando que o que viam dentro da caverna era muito mais verdadeiro e poderiam ter dúvidas quanto a nova realidade mostrada. São como os prisioneiros que ignoram completamente o que é a realidade e se limitam a conhecer as sombras. Eles se limitam a conhecer o que os sentidos dizem ser real, são incapazes de usar a razão para ir além disso.
Assim ele prova que se você pega um indivíduo e jogar ele numa realidade totalmente diferente para ele, não dando tempo para ele se acostumar, ainda que aquilo seja bom para ele, ele não vai entender e vai achar que dentro da caverna estava melhor. Por outro lado, alguns indivíduos querem conhecer o que é real, querem ir além das sombras que é o mundo sensível. Esses indivíduos são, tal como o prisioneiro que é libertado, capazes de contemplar a verdadeira realidade, ou seja, o mundo das ideias. Segundo Platão, essas pessoas são os filósofos, que usam a razão, a dialética para conhecer a realidade tal como ela é.
Referências Bibliográficas
Platão. A República.São Paulo, Editora Scipione, 2002.
http://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-%20Marilena%20Chaui.pdf 
Apostila do Curso de Selvino José Assmann

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