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Código de ética dos servidores públicos do DF

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SISTEMA DE ENSINO
LEGISLAÇÃO
Código de Ética dos Servidores do Poder 
Executivo do Distrito Federal
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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LEGISLAÇÃO
Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal
Prof. Diogo Surdi 
Decreto Distrital n. 37.297/2016 ..................................................................7
1. Introdução .............................................................................................8
2. A Importância da Ética para o Serviço Público ...........................................10
3. Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder 
Executivo do Distrito Federal ......................................................................14
3.1. Disposições Gerais .............................................................................14
3.2. Vedações e Deveres ...........................................................................17
3.3. Regime de Benefícios ..........................................................................21
3.4. Sanções Éticas ...................................................................................23
4. Das Comissões de Ética no Poder Executivo do Distrito Federal ...................24
5. Código de Conduta da Alta Administração Pública Direta e Indireta do 
Distrito Federal ........................................................................................34
5.1. Deveres e Vedações ...........................................................................38
5.2. Variações Patrimoniais ........................................................................41
5.3. Sanções ............................................................................................42
Questões de Concurso ...............................................................................44
Gabarito ..................................................................................................54
Gabarito Comentado .................................................................................55
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LEGISLAÇÃO
Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal
Prof. Diogo Surdi 
Apresentação
Olá, pessoal, tudo certo? Espero que sim! 
Iniciamos agora a preparação para o concurso da Procuradoria Geral do Dis-
trito Federal (PG-DF). Trata-se de uma excelente oportunidade de ingressar no 
serviço público, e, o que é melhor, com uma ótima remuneração e com diversos 
benefícios concedidos ao longo da carreira. 
No presente curso, estudaremos o Código de Ética dos Servidores do Poder 
Executivo do Distrito Federal, fazendo uso, para isso, das disposições do De-
creto Distrital nº 37.297/2016.
Bem, pessoal... Um dos pilares que estará presente em todo o curso será o 
diálogo, possibilitando uma melhor interação entre aluno e professor e a resolução 
tempestiva de todas as eventuais dúvidas que surgirem.
Para isso, vamos a uma breve apresentação...
Meu nome é Diogo Surdi, sou formado em Administração Pública e me considero 
um “concurseiro de carteirinha”. Em 2014, obtive a aprovação para o cargo de 
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. E posso dizer que a sensação de 
conseguir ser aprovado para um cargo como este, que é um dos mais disputados 
do Brasil, é incrível: envolve amigos e familiares e faz com que todo o esfor-
ço tenha valido a pena!
Além disso, obtive a aprovação em diversos outros cargos, dentre os quais 
destaco: Analista Judiciário do TRT-SC (3ª colocação); Analista Tributário da RFB; 
Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS 
e MPU.
Sobre tais aprovações, gostaria apenas de mencionar, para servir de incentivo, 
as “adaptações” que tive que fazer em minha rotina para alcançar a aprovação:
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Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal
Prof. Diogo Surdi 
Na época em que estudava para AFRFB, minha primeira filha tinha apenas 3 
anos. Como não abria mão de vê-la, eu trabalhava no TRT-SC das 12h às 19 ho-
ras, ia pra casa, ficava com minha filha e esposa e, após elas dormirem, ia para um 
hotel, que era localizado perto da nossa casa, para poder estudar durante toda a 
madrugada. Estudava das 23h às 05 da manhã, dormia das 05h às 11h e me dirigia 
novamente para o trabalho.
E assim foi por mais de um ano, gente! Ou seja, eu me adaptei a essa 
rotina para poder enfrentar a banca com garra e dedicação!
O que queria passar para vocês, com isso, é que absolutamente nada será 
alcançado sem esforço, que muitas serão as dificuldades e os obstáculos 
que vocês encontrarão pelo caminho... Poderá haver momentos em que vocês 
se questionarão se tudo o que estão passando realmente vale a pena (a privação 
de tempo com a família e amigos, a necessidade de poder fazer algo que gostam 
sem se sentir “culpado” por não estar estudando), e a resposta, meus caros, é que 
tudo vale MUITO a pena!!! 
Após a aprovação, cada um desses momentos de dificuldade será lembrado e 
tornará a conquista do seu objetivo muito mais gratificante. 
“Nunca deixem que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se 
tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser al-
guém...” Renato Russo
Portanto, não hesitem... É no pós-edital que se faz toda a diferença! Sen-
do assim, vamos todos com foco e força de vontade rumo à aprovação na PG-DF. 
Podem contar comigo em tudo o que for preciso para alcançarmos este objetivo.
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Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal
Prof. Diogo Surdi 
Importante!
Sempre que possível, peço que vocês não se esqueçam avaliar cada uma das 
aulas, possibilitando assim uma maior interação entre professor e aluno. 
Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.
Cronograma das aulas
Nosso curso será dividido em uma aula. Cobriremos o conteúdo programático 
do edital, divulgado recentemente pelo CESPE.
Suporte
Quando temos uma dúvida, é sinal de que nossa mente está procurando com-
preender e assimilar a matéria. 
Se esta dúvida é solucionada de maneira tempestiva, você pode ter certezade que nunca mais esquecerá tal assunto e, o que é mais importante, não pensará 
duas vezes na hora da prova... Acertará a questão rapidamente e ganhará tempo 
para as demais.
Assim, estarei à disposição para sanar todas as dúvidas que surgirem.
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DECRETO DISTRITAL N. 37.297/2016
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, veremos as disposições do Decreto Distrital n. 37.297/2016, 
norma responsável por estabelecer, dentre outros assuntos, o Código de Ética do 
Poder Executivo do Distrito Federal e o Código de Conduta da Alta Adminis-
tração Pública Direta e Indireta.
Como se trata de norma recente, praticamente não contamos com questões 
de concursos anteriores, motivo pelo qual utilizarei questões inéditas e questões 
adaptadas.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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1. Introdução
Para acertarmos a possível questão de ética no serviço público, precisamos, 
inicialmente, compreender o significado da palavra ética, bem como as diferenças 
existentes entre ética e moral.
No entanto, ainda que a banca não tenha exigido nenhum conceito mais apro-
fundado sobre o tema, optei por abordar (na verdade, revisar) alguns pontos que 
considero importantes: juridicização e súmula antinepotismo.
Constantemente, tais conceitos são utilizados como sinônimos, o que não faz 
nenhum sentido.
A palavra ética deriva do grego ethos, que tem o mesmo sentido de “modo de 
ser, caráter, costume”.
A palavra moral, por sua vez, deriva do grego mos, significando “comporta-
mento”.
Podemos conceituar ética como a disciplina filosófica que se ocupa da refle-
xão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. 
Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de 
homem que se toma como ponto de partida.
Da mesma forma, podemos conceituar moral como o conjunto dos costumes e ju-
ízos morais de um indivíduo ou de uma sociedade que possui caráter normativo.
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Aprendendo na prática: como exemplo, podemos analisar a situação hipotética 
do apedrejamento de mulheres por um grupo de muçulmanos.
Nessa situação, a ética se preocuparia em analisar o comportamento humano, que, 
no exemplo, seria o próprio apedrejamento, independentemente de quem o provo-
cou e do local onde o mesmo foi realizado.
Já a moral analisaria se o comportamento é cabível segundo as regras daquela 
sociedade. Nesse sentido, a virtude está inteiramente ligada ao conceito de 
moral, relacionada à capacidade de as pessoas fazerem o bem e utilizarem-se da 
moral pessoal.
No exemplo do apedrejamento, percebemos que, no Brasil, não seria aceito, resul-
tando, em caso de sua ocorrência, em diversas infrações.
No caso do Irã, por outro lado, seria perfeitamente cabível.
Conseguimos perceber, com isso, que a ética é universal, enquanto a moral 
é cultural.
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Para não restar dúvidas, vamos sintetizar os dois conceitos:
2. A Importância da Ética para o Serviço Público
Já sabemos o significado de ética. Mas qual a razão de existir, no âmbito do ser-
viço público, diversos Código de Ética regulando as diversas práticas que podem ou 
não ser praticadas pelos agentes públicos?
Em outras palavras, não bastariam as diversas leis disciplinando os deveres e 
proibições do servidor público?
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Para respondermos a essa pergunta, temos que saber que todos os Códigos de 
Ética derivam do princípio da moralidade.
Essa moral administrativa (que é o nosso objeto de estudo) difere em 
muitos aspectos da moral comum. Enquanto a moralidade administrativa está 
ligada à ideia de boa ou má administração e aos preceitos éticos da probidade, 
decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente na crença entre o bem 
e o mal.
A moral administrativa é um conceito bem mais amplo que o da moral comum.
Justamente por ser um conceito amplo, é que surgem as principais dúvidas per-
tinentes a esse princípio: seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso 
de desrespeito, haveria anulação ou revogação?
Vamos lá! Já está pacificado, na doutrina, que o princípio da moralidade, ainda 
que dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender 
do julgamento de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não 
contrário à moralidade), é de caráter objetivo.
Por ser de caráter objetivo, a sua não observância acarreta a anulação do 
ato administrativo, e não a simples revogação. A anulação importa controle de 
legalidade, enquanto a revogação adentra apenas no mérito do ato, analisando os 
aspectos de conveniência e oportunidade. Ato contrário ao princípio da morali-
dade, portanto, é ato nulo.
Outra peculiaridade do princípio em estudo é que, ao listá-lo como princípio 
básico da Administração Pública, o legislador constitucional optou pela não juridi-
cização das regras morais da sociedade.
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O que é essa não juridicização?
Simples, se a ideia do poder constituinte fosse a de ter uma sociedade onde to-
das as regras de comportamento fossem pautadas estritamente pelas leis, haveria 
a juridicização. Nessa situação, bastaria aos agentes públicos obedecerem 
aos diversos mandamentos estabelecidos em leis para que suas condutas 
fossemconsideradas morais.
Em resumo, bastaria que o princípio da legalidade fosse observado!
Ao incluir a moralidade como princípio básico da Administração Pública, por 
outro lado, o legislador constitucional quis que os agentes públicos não apenas 
obedecessem às estritas regras previstas em lei, mas também que suas condutas 
fossem pautadas em padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
Aliás, fica a dica para a sua prova... Se a banca descrever uma determinada 
situação e pedir qual princípio que se aplica à situação narrada, certamente a res-
posta será moralidade, que possui como principais características os subprincípios 
da probidade, decoro, boa-fé e honestidade.
Caso, contudo, a banca queira exigir um assunto ligado aos dois assuntos (éti-
ca e moral) que seja bastante atual, certamente exigirá o conteúdo da Súmula 
Vinculante n. 13.
Foi em 2008 que o STF editou tal súmula, também conhecida como Súmula 
Antinepotismo, que assim dispõe:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi-
nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mes-
ma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal.
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O que devemos saber sobre essa súmula?
Primeiramente, claro, que seu desrespeito apresenta infração ao princípio 
da moralidade. Além disso, que a súmula NÃO se aplica à nomeação de agentes 
políticos (como, por exemplo, os secretários e Ministros), que podem ser nomeados 
livremente pelos Chefes do Executivo.
Aprendendo na prática: se o prefeito quiser nomear, a título de exemplo, o seu 
irmão como secretário municipal, pode livremente o fazer, sem que isso acarrete 
infração à Súmula Vinculante n. 13.
Para finalizar, é preciso apenas mencionar que inúmeros são os instrumentos 
aptos a coibir a vedação à moralidade administrativa. Dentre eles, se destaca a 
ação popular, que encontra respaldo na Constituição Federal (art. 5º, LVIII):
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade admi-
nistrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
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3. Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos 
Civis do Poder Executivo do Distrito Federal
3.1. Disposições Gerais
Em seu Anexo II, o Decreto n. 37.297/2016 institui o Código de Ética do Poder 
Executivo do Distrito Federal.
A ideia, com a elaboração de um Código, é centralizar todas as informações 
relacionadas com as condutas éticas (tais como os deveres, as vedações e as san-
ções) em um único documento.
Sendo assim, as disposições do Código de Ética em questão devem ser obri-
gatoriamente observadas pelos servidores e empregados públicos civis do 
Poder Executivo do Distrito Federal.
Deve ser destacado que, ao passo que os servidores públicos ocupam um cargo 
público, os empregados públicos, em sentido oposto, exercem suas atribuições em 
um emprego público.
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Vamos analisar melhor tais diferenças...
Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribui-
ções, responsabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servi-
dores públicos para o desempenho das suas atividades funcionais. Dessa for-
ma, quem ocupa cargo público encontra-se regido por um estatuto funcional, que é 
o documento legal no qual estão todos os direitos e benefícios do servidor público.
Os empregos públicos são exercidos por pessoas que se sujeitam às regras 
da CLT, tal como ocorre com os funcionários da iniciativa privada, mas com a pe-
culiaridade de estarem exercendo suas atribuições no âmbito da Adminis-
tração Pública.
Em outras palavras, os empregados públicos podem ser entendidos como pes-
soas que trabalham nas entidades da Administração Pública indireta que possuem 
personalidade jurídica de direito privado. Tais entidades são as ditas empresas esta-
tais, conceito que abarca as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Como essas pessoas são regidas pela CLT (que é o regime adotado pelas empre-
sas privadas), podemos chamá-las de empregados. Entretanto, como essa “em-
presa” é uma entidade da Administração Pública, deve ela obediência a uma série 
de regras previstas para o direito público, tal como a necessidade da realização de 
concurso público e a obrigatoriedade da prestação de contas. Logo, nada mais na-
tural do que a denominação “públicos” para tais agentes.
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SERVIDORES PÚBLICOS EMPREGADOS PÚBLICOS
Regidos por um estatuto funcional. Regidos pela CLT.
Pertencem à Administração Pública. Pertencem à Administração Pública.
Normas de direito público. Normas de direito privado.
Garantias como a estabilidade. Direitos como o FGTS.
De acordo com a norma em estudo, o Código de Ética apresenta, basicamente, 
três finalidades, sendo elas:
•	 tornar claras e acessíveis as regras éticas de conduta a serem observadas e 
praticadas pelos servidores e empregados públicos;
•	 garantir a necessária integridade, lisura, legitimidade e transparência à Ad-
ministração Pública;
•	 preservar a imagem e a reputação dos servidores e empregados públicos do 
Distrito Federal, cujas condutas estejam de acordo com as normas éticas pre-
vistas no Código.
Deve ser salientado que o provimento no serviço público, por parte dos servido-
res ou empregados públicos, implica ciência das normas do Código de Ética, sendo 
vedado, em momento posterior, a alegação de desconhecimento.
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Nesse sentido, por exemplo, são as disposições dos arts. 2º a 4º do Decreto n. 
37.297/2016, de seguinte redação:
Art. 2º Todos os agentes da Administração Pública Distrital têm deveres éticos aos 
quais aderem automaticamente no momento de sua investidura. Além de obser-
var os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiên-
cia, cortesia, proporcionalidade, razoabilidade, probidade, segurança jurídica, 
supremacia do interesse público, finalidade e motivação, devem pautar-se pelos 
padrões da ética.
Art. 3º Aos servidores e empregados públicos impõe-se atuação profissional condi-
zente com o cargo e a busca permanente do interesse público e do bem comum, 
observando em sua função ou fora dela, a dignidade, o decoro, o zelo e os princípios 
morais em busca da excelência profissional, ciente de que seus atos, comportamentos 
e atitudes implicam diretamente na preservação da imagem da Administração Pública. 
Parágrafo único. A idoneidade é condição essencial para ocupação de cargo co-
missionado pelos servidores ou empregados públicos do Distrito Federal.
Art. 4º A observância do interesse público, especialmente no que diz respeito à prote-
ção e manutenção do patrimônio público, implica o dever de abster-se o agente 
da prática de ato que importe em reconhecimento ilícito, gere prejuízo à Fazenda 
Pública, atente contra os princípios da Administração Pública ou viole direito de particular.
3.2. Vedações e Deveres
Com relação às vedações, o Código de Ética determina que “é vedado ao ser-
vidor ou empregado público agir com discriminação ou preconceito”.
Com relação aos deveres, precisamos saber que as disposições elencadas no 
Código não eliminam a obrigatoriedade de os agentes observarem os deveres pre-
vistos nas leis que regem a respectiva categoria funcional.
Isso ocorre pelo fato do decreto criar normas materiais, também conhecidas 
como normas de conduta, que obrigam os administrados a seguir certos compor-
tamentos no âmbito do serviço público.
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Da mesma forma, precisamos saber que os deveres aqui expostos não são uma 
lista exaustiva, mas sim normas de conduta de caráter exemplificativo, de forma 
que o servidor regido por tal decreto não pode alegar a falta de obrigação em manter 
determinado comportamento pela falta de dispositivo disciplinando tal conduta.
Aprendendo na prática: não pode o servidor alegar, por exemplo, que não possui 
o dever de “tratar com respeito as pessoas idosas” simplesmente porque tal 
dever não está expressamente previsto no decreto que rege suas condutas.
Nada mais lógico, afinal, seria incabível que todas as condutas e vedações do ser-
vidor estivessem previstas em determinada lei ou decreto.
Antes de iniciarmos o estudo de todas as hipóteses de deveres e vedações 
dos servidores públicos, temos apenas que mencionar que não merece prosperar 
a corrente doutrinária que afirma que os decretos, por serem normas infralegais, 
serem inconstitucionais.
Para tal corrente (minoritária), uma vez que estamos em um Estado Democrá-
tico de Direito, todos os comportamentos apenas poderiam ser impostos por Lei.
Segundo tal doutrina, o fundamento para tal hipótese seria o próprio texto 
constitucional, que, em seu art. 5º, III, determina:
Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
No entanto, a interpretação que deve ser dada aos decretos é de que possuem 
caráter de juridicidade.
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Segundo a juridicidade, a atuação da Administração não fica restrita à obe-
diência das leis em sentido estrito, compreendendo também o “bloco de lega-
lidade”, formado por diplomas que vão desde a Constituição Federal até os 
princípios gerais do Direito e os costumes.
Assim, vamos compreender todas as disposições do Código de Ética como inte-
grantes do bloco de legalidade e, por isso mesmo, pertencentes a um contexto 
maior que o da legalidade em sentido estrito.
Sendo assim, vejamos quais são os deveres elencados pelo Código de Ética:
Art. 6º É dever do servidor ou empregado público:
I – agir com cordialidade, urbanidade, disponibilidade e atenção com todos os usuários 
do serviço público;
II – desempenhar as atribuições com probidade, retidão, justiça e lealdade com vistas 
à plena realização do interesse público;
III – exercer as atribuições com eficiência e excelência, evitando ações que atrasem a 
prestação do serviço público;
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IV – guardar reserva e discrição sobre fatos e informações de que tenha conhecimento 
em razão do exercício de suas atribuições, sem prejuízo dos deveres e responsabilida-
des previstas em normas que regulam o sigilo administrativo;
V – dar cumprimento às ordens superiores, ressalvadas aquelas manifestamente ilegais;
VI – declarar suspeição, impedimento e eventual circunstância configuradora de conflito 
de interesses que implique em ofensa à legitimidade de participação em processo admi-
nistrativo, procedimento e decisão monocrática ou em órgão colegiado;
VII – abster-se de utilizar o cargo, função ou emprego público para obter benefícios ou 
vantagens indevidas para si ou para outrem;
VIII – não promover manifestações de apreço ou desapreço na repartição;
IX – levar ao conhecimento da autoridade competente ato ou fato de que teve conhe-
cimento que possa causar prejuízo à Administração Pública ou constituir infração ou 
violação a qualquer disposição deste Código;
X – abster-se de atuar com proselitismo político a favor ou contra partidos políticos ou 
candidatos através da utilização do cargo, da função ou do emprego público ou por meio 
da utilização de infraestrutura, bens ou recursos públicos;
XI – não participar de transações ou operações financeiras utilizando informação privi-
legiada da entidade a que pertence ou tenha acesso por sua condição ou exercício do 
cargo, função ou emprego que desempenha, nem permitir o uso impróprio da informa-
ção para interesse incompatível com o interesse da Administração Pública;
XII – prestar contas da gestão dos bens, direitos e serviços realizados à coletividade no 
exercício das atribuições;
XIII – atuar com diligência, sobriedade, profissionalismo e comprometimento, no exer-
cício das atribuições;
XIV – apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício do cargo, da 
função ou do emprego público;
XV – velar pela regularidade e eficáciados processos ou decisões nas quais intervenha;
XVI – abster-se de praticar atos que prejudiquem as funções ou a reputação de outros 
servidores públicos ou cidadãos;
XVII – guardar assiduidade, pontualidade, eficiência e eficácia no cumprimento das 
atribuições;
XVIII – comunicar previamente ao superior hierárquico eventuais ausências;
XIX – não se retirar da repartição pública, sem estar autorizado, qualquer documento, 
livro, processo ou bem pertencente ao patrimônio público;
XX – não exercer atividade profissional incompatível com os termos deste Código ou 
associar o seu nome a empreendimento de natureza duvidosa que comprometa a ido-
neidade ou a legitimidade funcional;
XXI – não utilizar sua identidade funcional com abuso de poder ou desvio de finalidade 
com o objetivo de obter vantagem ou benefício estranho ao exercício do cargo, função 
ou emprego público;
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XXII – não exercer atividade privada incompatível com o exercício do cargo, função ou 
emprego público, observadas as restrições dispostas no art. 37, inciso XVI, da Consti-
tuição da República Federativa do Brasil de 1988 e no art. 19, inciso XV, da Lei Orgânica 
do Distrito Federal;
XXIII – utilizar os recursos públicos disponíveis com responsabilidade, economicidade 
e clareza;
XXIV – proteger e conservar os bens do Estado, devendo utilizá-los para o desempenho 
das atribuições de maneira racional e eficiente;
XXV – resistir a pressões de quaisquer origens que visem à obtenção de favores, be-
nesses ou vantagens indevidas, bem como de adoção de conduta em violação da lei e 
dos preceitos éticos que orientam a atuação do servidor público, e comunicá-las a seus 
superiores;
XXVI – assumir a responsabilidade pela execução do seu trabalho e pelos pareceres 
e opiniões profissionais de sua autoria, apoiando-se em documentos e evidências que 
permitam convicção da realidade ou da veracidade dos fatos ou das situações apresen-
tadas, de modo a evitar posicionamentos meramente pessoais;
XXVII – manter-se atualizado em relação à legislação, aos regulamentos e demais nor-
mas relativas ao desempenho de suas atribuições;
XXVIII – não fazer uso de informações privilegiadas ou recobertas de sigilo, em favor de 
si próprio, parentes, amigos ou quaisquer terceiros.
3.3. Regime de Benefícios
O servidor ou empregado público não deve, direta ou indiretamente, solici-
tar, insinuar, aceitar ou receber bens, benefícios ou quaisquer vantagens materiais 
ou imateriais, para si ou para outrem, em razão do exercício de suas atribui-
ções, cargo, função ou emprego público.
Nesse sentido, devem ser compreendidos como bens e vantagens de nature-
za indevida quaisquer benefícios, viagens, hospedagens, privilégios, trans-
porte ou valor, especialmente se proveniente de pessoa física ou jurídica que:
•	 tenha atividade regulada ou fiscalizada pelo órgão ou entidade em que o ser-
vidor ou empregado público desempenhe atribuições;
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•	 administre ou explore concessões, autorizações ou permissões concedidas por 
órgão ou entidade no qual o servidor ou empregado público esteja vinculado;
•	 seja ou pretenda ser contratada por órgão ou entidade em que o servidor ou 
empregado desempenhe atribuições;
•	 aguarde decisão ou ação do órgão ou entidade em que o servidor ou empre-
gado público desempenhe atribuições;
•	 tenha interesse que possa ser afetado por decisão, ação, retardamento ou 
omissão do órgão ou entidade em que o servidor ou empregado público de-
sempenhe atribuições.
Devemos memorizar, no entanto, a lista de bens e vantagens que, de acordo 
com a norma, não serão considerados como vantagem indevida:
•	 as condecorações, honrarias e reconhecimentos protocolares recebidos de Go-
vernos, organismos nacionais e internacionais ou entidades sem fins lucrati-
vos, nas condições em que a lei e o costume oficial admitam esses benefícios;
•	 os brindes de distribuição coletiva a título de divulgação ou patrocínio estipu-
lados contratualmente por ocasião de eventos especiais ou em datas come-
morativas, nos limites do contrato;
•	 os presentes de menor valor realizados em razão de vínculo de amizade ou re-
lação pessoal ou decorrentes de acontecimentos no qual seja usual efetuá-los;
•	 ingressos para participação em atividades, shows, eventos, simpósios, con-
gressos ou convenções, desde que ajustados em contrapartida de contrato 
administrativo ou convênio.
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O servidor ou empregado público possui a faculdade de participar em even-
tos, seminários, simpósios e congressos, desde que eventual remunera-
ção, vantagem ou despesa não implique em situação caracterizadora de con-
flito de interesses.
E o que seria o mencionado conflito de interesses?
De acordo com a norma, é considerado conflito de interesse a situação gerada 
pelo confronto de pretensões públicas e privadas que possa comprometer 
o interesse coletivo ou influenciar o desempenho da função pública.
A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de prova de 
lesão ao patrimônio público, do recebimento de qualquer vantagem ou ga-
nho pelo servidor, empregado público ou terceiro.
3.4. Sanções Éticas
Já conhecemos as disposições relacionadas com os deveres e vedações dos 
agentes regidos pelas disposições do Código de Ética.
Qual será a sanção aplicável quando tais empregados e servidores cometem 
alguma infração ética?
A resposta nos é dada pelo art. 12 do Código, que apresenta a seguinte redação:
Art. 12. A violação aos dispositivos estabelecidos no presente Código enseja ao servidor 
ou empregado público infrator a aplicação de censura ética.
Parágrafo único. A aplicação da censura ética não implica prejuízo das penalidades 
previstas no regime jurídico específico aplicável ao cargo, função ou emprego 
público, nem das responsabilidades penais e civis estabelecidas em lei.
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Toda e qualquer questão de prova que afirme que as infrações éticas poderão 
ser sancionadas, pelas Comissões de Ética, com penalidade diversa que a de cen-
sura, deverão ser consideradas erradas.
Ainda que o servidor ou empregado possa ser responsabilizado com base em 
seu regime jurídico,a sanção pelo descumprimento das normas éticas enseja, como 
penalidade, a aplicação de censura.
Em caso de violação ao presente Código, cada órgão ou entidade deve instaurar 
o procedimento para apuração de responsabilidade correspondente a cada caso.
O procedimento deve ser instruído com a manifestação da respectiva assessoria 
jurídica e da Comissão de Ética responsável de cada órgão ou entidade.
Concluído o procedimento, a penalidade de censura deverá ser aplicada pela 
Comissão de Ética do respectivo órgão ou entidade pública. Após a aplica-
ção, as Comissões de Ética devem encaminhar relatório ao dirigente máximo 
do órgão ou entidade, relatando o grau de censurabilidade da conduta.
4. Das Comissões de Ética no Poder Executivo do Distrito 
Federal
Já sabemos quais são os deveres e as vedações a que estão sujeitos os servi-
dores públicos. No entanto, de nada adiantaria tais hipóteses se não houvesse um 
mecanismo hábil para apurar se os servidores regidos pelo Código de Ética estão 
ou não seguindo as regras por ele estipuladas, não é mesmo?
Por isso mesmo é que o Decreto n. 37.297/2016 cria a Comissão-Geral de 
Ética Pública CGEP, órgão vinculado ao Governador do Distrito Federal, com 
o objetivo de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética de 
servidores e empregados públicos, em especial:
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•	 integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;
•	 contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e 
o acesso à informação como instrumentos fundamentais para o exercício da 
gestão da ética pública;
•	 promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e intera-
ção de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública;
•	 articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incen-
tivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do 
Distrito Federal.
E como que a comissão de ética em questão será composta?
A resposta nos é dada pelo art. 2º do Anexo III, que apresenta as seguintes 
disposições:
Art. 2º A CGEP será integrada por 5 (cinco) cidadãos de reconhecida idoneidade 
moral, reputação ilibada e experiência na administração pública, designados 
pelo Governador do Distrito Federal, para mandatos de 2 (dois) anos, permitida uma 
recondução.
§ 1º A atuação no âmbito da CGEP não enseja qualquer remuneração para seus 
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante 
serviço público, devendo ser registrados nos assentamentos funcionais do integrante.
§ 2º O Presidente da Comissão- Geral de Ética Pública será eleito dentre seus membros 
e terá o voto de qualidade em caso de empate nas deliberações.
§ 3º Ficará suspenso da Comissão, até o trânsito em julgado, o membro que vier a 
ser indiciado criminalmente, responder a processo administrativo disciplinar 
ou transgredir a qualquer dos preceitos do Código de Ética dos Servidores e 
Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal e do Código 
de Conduta da Alta Administração.
A Comissão-Geral de Ética Pública contará com uma série de competências, 
sendo que todas elas encontram previsão nas disposições do decreto em análise.
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Art. 3º À CGEP compete:
I – atuar como instância consultiva do Governador do Distrito Federal e dos Secretários 
de Estado em matéria de ética pública;
II – administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração do Distrito 
Federal, devendo:
a) receber propostas e sugestões para o seu aprimoramento e modernização, subme-
tendo-as ao Governador do Distrito Federal;
b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos 
omissos;
c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele 
previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas;
III – dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética dos Servido-
res e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal;
IV – coordenar, avaliar e supervisionar a atuação das comissões de ética dos órgãos e 
entidades do Poder Executivo do Distrito Federal;
V – organizar e desenvolver, em cooperação com outros órgãos/entidades, cursos, ma-
nuais, cartilhas, palestras, seminários e outras ações de capacitação e disseminação do 
Código de Conduta da Alta Administração e do Código de Ética dos Servidores e Empre-
gados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal;
VI – elaborar plano de trabalho específico, envolvendo, se for o caso, outros órgãos e 
entidades do Distrito Federal com o objetivo de criar eficiente sistema de informação, 
educação, acompanhamento e avaliação de resultados da gestão ética distrital;
VII – aprovar o seu regimento interno;
VIII – desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.
Assim como ocorre com todas as comissões de ética, a CGEP não é um órgão 
decisório, mas sim uma instância consultiva. Dessa forma, as atividades da 
Comissão estão relacionadas com a assessoria e com a consulta referente aos as-
pectos éticos.
Em consonância com esse entendimento, por exemplo, é a disposição do art. 
3º, § 2º (Anexo III) da norma em estudo:
Art. 3º, § 2º Cumpre à CGEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe 
forem dirigidas pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que inte-
gram o Poder Executivo do Distrito Federal, bem como pelos cidadãos e servidores que 
venham a ser indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo Código de Conduta 
da Alta Administração do Distrito Federal.
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Não há como negar que o principal órgão ético, no âmbito do Poder Executivo 
do Distrito Federal, é a Comissão-Geral de Ética Pública.
Esse, porém, não é o único órgão ético no âmbito do referido Poder. Em sentido 
oposto, a norma determina que “em todos os órgãos e entidades do Poder 
Executivo, deverá ser criada, por meio de Portaria do respectivo Secretário 
de Estado ou do dirigente máximo da entidade, uma Comissão de Ética”.
Tais Comissões serão integradas por três servidores ou empregados públi-
cos efetivos e respectivos suplentes.
Como principal função, as Comissões são encarregadas de orientar e acon-
selhar sobre a ética funcional do servidor e empregado público no trata-
mento com as pessoas e com o patrimônio público estadual, competindo-lhe 
conhecer concretamente de atos susceptíveis de censura ética.
Os membros de cada Comissão de Ética serão escolhidos entre servidores e em-
pregados do seu quadro permanente que atendam aos seguintes requisitos:
•	 sejam brasileirosde reconhecida idoneidade moral e reputação ilibada;
•	 sejam dotados de conhecimentos de Administração Pública;
•	 c sejam designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, 
para mandatos de dois anos, permitida uma recondução.
Assim como ocorre com a CGEP, a atuação, no âmbito da Comissão de Ética, 
não enseja qualquer remuneração para seus membros, sendo que os tra-
balhos nela desenvolvidos serão considerados prestação de relevante serviço 
público, devendo ser registrados nos assentamentos funcionais do integrante.
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De igual forma, ficará suspenso da Comissão de Ética, até o trânsito em 
julgado, o membro que vier a ser indiciado criminalmente, responder a pro-
cesso administrativo disciplinar ou transgredir a qualquer dos preceitos 
do Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder 
Executivo do Distrito Federal.
Cada Comissão de Ética contará com um secretário e um presidente, esco-
lhidos dentre seus membros, vinculada administrativamente à autoridade máxima 
do órgão ou entidade.
Tais autoridades, assim como a Comissão de Ética como um todo, terão, de 
acordo com o Decreto n. 37.297/2016, uma série de competências, sendo elas:
Art. 7º Compete ao Presidente da Comissão Ética:
I – convocar e presidir as reuniões;
II – orientar os trabalhos da comissão, ordenar os debates, iniciar e concluir as delibe-
rações;
III – tomar os votos e proclamar os resultados;
IV – autorizar a presença de pessoas nas reuniões que, por si ou por entidades que re-
presentem, possam contribuir para os trabalhos da Comissão;
V – assinar correspondência externa em nome da Comissão e solicitar as assinaturas 
dos demais membros quando considerar conveniente;
VI – proferir voto de qualidade;
VII – decidir os casos de urgência ad referendum da Comissão.
Art. 8º Compete aos membros da Comissão de Ética:
I – examinar as matérias que lhe forem submetidas, emitindo pareceres;
II – pedir vista de matéria em deliberação na Comissão;
III – solicitar informações a respeito de matérias sob exame da Comissão; e
IV – representar a Comissão em atos públicos, por delegação do Presidente.
Art. 9º Compete ao Secretário da Comissão de Ética:
I – organizar a agenda das reuniões e assegurar o apoio logístico à Comissão;
II – secretariar as reuniões da Comissão;
III – proceder ao registro das reuniões e à elaboração de suas atas;
IV – dar apoio à Comissão e seus integrantes para o cumprimento das atividades que 
lhe sejam próprias;
V – instruir as matérias sujeitas a deliberações;
VI – providenciar, previamente à instrução de matéria para deliberação pela Comissão, 
parecer sobre a legalidade de ato a ser por ela baixado;
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VII – desenvolver ou supervisionar a elaboração de estudos e pareceres com vistas a 
subsidiar o processo de tomada de decisão da Comissão;
VIII – solicitar às autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração 
informações e subsídios para instruir assunto sob apreciação da Comissão de Ética.
Art. 15. Compete às Comissões de Ética:
I – orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor no tratamento com as 
pessoas e com o patrimônio;
II – atuar como instância consultiva de dirigentes, servidores e empregados públicos no 
âmbito de seu respectivo órgão ou entidade;
III – convocar servidor e empregado público para prestar informações ou apresentar 
documentos;
IV – esclarecer e julgar comportamentos eticamente duvidosos;
V – aproveitar, sempre que possível, os eventos de treinamento de agentes públicos 
para divulgação das normas de conduta ética, por meio de explanação ou distribuição 
de folhetos, folders e outros instrumentos congêneres;
VI – inserir, quando cabível, nos manuais e procedimentos técnicos, cartilhas e simila-
res, mensagens que contemplem conduta ética apropriada, divulgando normas de con-
duta dos agentes públicos e o funcionamento da Comissão;
VII – elaborar plano de trabalho específico para a gestão da ética no órgão ou entidade, 
com o objetivo de criar meios suficientes e eficazes de informação, educação e monito-
ramento relacionados às normas de conduta do servidor ou empregado público;
VIII – elaborar estatísticas de processos analisados, acompanhando a evolução numéri-
ca para que sirva de subsídios à elaboração de relatórios gerenciais nos quais constem 
dados sobre a efetividade de gestão pública;
IX – aplicar o Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Exe-
cutivo do Distrito Federal devendo:
a) receber propostas e sugestões para o seu aprimoramento e modernização submeten-
do-as à Comissão-Geral de Ética Pública para seu aperfeiçoamento;
b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos 
omissos;
c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas 
pertinentes; e
d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver 
vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e trei-
namento sobre as normas de ética e disciplina;
X – Comunicar à CGEP situações que possam configurar descumprimento do Código de 
Conduta da Alta Administração do Distrito Federal; e
XI – desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.
No que se refere ao funcionamento das Comissões de Ética, é importante res-
saltar que as reuniões ocorrerão sempre por iniciativa do respectivo Presidente.
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Como não poderia ser diferente, os trabalhos da Comissão devem ser desenvol-
vidos com observância a uma série de princípios, sendo eles:
•	 celeridade;
•	 proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
•	 proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, 
se este assim o desejar;
•	 independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos.
Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, as-
sociação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da Comissão de Ética 
com o objetivo de apurar o cometimento de infração ética por parte de agente pú-
blico, órgão ou setor específico do Poder Executivo do Distrito Federal.
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Uma vez acionada (mediantedenúncia fundamentada), ou até mesmo de ofício, 
a Comissão de Ética desenvolverá o processo de apuração pela prática de ato em 
desrespeito ao preceituado no Código de Ética da seguinte forma:
•	 A Comissão notificará o investigado para manifestar-se por escrito no prazo 
de cinco dias;
•	 O investigado poderá, em sintonia com o contraditório e a ampla defe-
sa, produzir prova documental e testemunhal necessárias à sua defesa;
•	 As Comissões poderão requisitar os documentos que entenderem ne-
cessários à instrução probatória, inclusive promover diligências e so-
licitar parecer;
•	 Na hipótese de serem juntados novos elementos de prova, o investigado será 
notificado para se manifestar no prazo de 10 dias;
•	 Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão 
conclusiva e fundamentada;
•	 Se a conclusão for pela existência de falta ética, as Comissões de Ética 
tomarão as seguintes providências:
−	 encaminharão a sugestão de exoneração de cargo ou função de con-
fiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão 
de origem, conforme o caso;
−	 encaminharão a situação, conforme o caso, para a Controladoria-Geral do 
Distrito Federal ou unidade específica do Sistema de Correição do Distrito 
Federal, para exame de eventuais transgressões disciplinares;
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Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal
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•	 As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato 
submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em 
ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no sítio 
do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão -Geral de Ética Pública;
•	 A conclusão da apuração não excederá 20 dias, contados da data de instau-
ração do processo, admitida a sua prorrogação por igual período;
•	 Caberá recurso ao dirigente máximo do órgão ou entidade nos julgamentos 
exarados pelas Comissões de Ética. O recurso deverá ser fundamentado e 
interposto perante a própria Comissão ou a CGEP, cabendo a estas o juízo de 
reconsideração da decisão em cinco dias ou, nesse prazo, encaminhá-lo, 
devidamente instruído, ao dirigente máximo do órgão ou entidade.
Com relação ao processo de investigação pela transgressão de condutas éticas, 
dois importantes direitos devem ser observados:
•	 até que o procedimento seja concluído, deverá ser mantido com a chancela 
de reservado, apenas podendo ser acessado pelo interessado e seu repre-
sentante. Concluída a investigação e após a deliberação da Comissão 
do órgão ou entidade, os autos, de acordo com o princípio da publicidade, 
deixarão de ser reservados;
•	 a qualquer pessoa que esteja sendo investigada no recinto das Comissões de 
Ética é assegurado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, de 
conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos mesmo que ainda 
não tenha sido notificada da existência do procedimento investigatório. O di-
reito em tela inclui o de obter cópia dos autos e de certidão do seu teor.
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As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos pe-
nais, civis ou administrativos, encaminharão cópia dos autos às autoridades com-
petentes para apuração dos fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência.
Para concluir as disposições relacionadas com as Comissões de Ética, vamos 
conhecer algumas previsões elencadas nas “disposições finais” do Decreto n. 
37.297/2016:
•	 os trabalhos na Comissão-Geral de Ética Pública e nas Comissões de Ética 
são considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições 
próprias dos cargos dos seus membros, quando estes não atuarem com 
exclusividade na Comissão;
•	 os órgãos e entidades da Administração Pública do Distrito Federal darão 
tratamento prioritário às solicitações de documentos necessários à 
instrução dos procedimentos de investigação instaurados pela Comis-
são-Geral de Ética Pública e pelas Comissões de Ética;
•	 a infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética será 
apurada pela Comissão-Geral de Ética Pública;
•	 os Presidentes das Comissões de Ética atuarão como agentes de liga-
ção com a CGEP, que disporá em resolução própria sobre as atividades que 
deverão desenvolver para o cumprimento de suas atribuições;
•	 caberá recurso ao Governador do Distrito Federal dos julgamentos da 
Comissão-Geral de Ética.
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5. Código de Conduta da Alta Administração Pública Di-
reta e Indireta do Distrito Federal
Além de estabelecer o Código de Ética dos servidores e empregados públi-
cos do Poder Executivo do Distrito Federal, o Decreto n. 37.297/2016 institui o 
Código de Conduta da Alta Administração Pública Direta e Indireta do 
Distrito Federal.
Estão sujeitas às disposições em questão, dessa forma, as seguintes autoridades:
•	 Secretários de Estado, Secretários de Estado Adjuntos, Secretários-Executi-
vos e Subsecretários, bem como cargos de natureza equivalente;
•	 dirigentes de órgãos especializados até o nível de CNE 02 ou equiparados;
•	 dirigentes máximos das entidades da Administração direta e indireta do Dis-
trito Federal.
Observe que todos os cargos elencados possuem, em comum, o fato de desem-
penharem atribuições essenciais para a coletividade como um todo. Consequente-
mente, nada mais natural do que a existência de uma norma que discipline a forma 
como a atuação dessas autoridades deve ser realizada.
Art. 2º No exercício de suas funções, as pessoas abrangidas por este Código devem 
pautar-se pelos padrões de ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, à mo-
ralidade, à impessoalidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o 
respeito e a confiança do público em geral.
Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo são exigidos no exercício e 
na relação entre as atividades públicas e privada, de modo a prevenir eventuais conflitos 
de interesses.
De acordo com o decreto, as normas fundamentais de conduta das autorida-
des da Administração Pública do Distrito Federal visam, especialmente, às seguin-
tes finalidades:
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•	 tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades públicas, para que 
asociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório gover-
namental;
•	 contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos das autoridades públi-
cas, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nível hierárquico superior;
•	 preservar a imagem e a reputação do administrador público, cuja conduta 
esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste Código;
•	 estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados e 
limitações às atividades profissionais posteriores ao exercício de cargo público;
•	 minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever fun-
cional das autoridades públicas;
•	 criar mecanismo de consulta destinado a possibilitar o prévio e pronto escla-
recimento de dúvidas quanto à conduta ética do administrador público.
De todas essas finalidades, a mais importante, sem sombra de dúvidas, é a que 
determina o estabelecimento de regras básicas sobre os conflitos de interes-
ses públicos e privados.
Quais as situações que dão ensejo ao conflito em questão? De acordo com o 
texto em estudo, configura conflito de interesse e conduta antiética, dentre outros 
comportamentos:
•	 o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão 
ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha infor-
mações privilegiadas em razão do cargo ou função;
•	 custeio de despesas por particulares de forma a influenciar nas decisões ad-
ministrativas.
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Em ambas as situações, temos que considerar que o agente público em questão, 
por desempenhar atividades de confiança, possui uma maior liberdade de atuação. 
Consequentemente, a possibilidade de ocorrência de uma situação caracterizadora 
de conflito de interesses é muito maior, por exemplo, do que a de um servidor ou 
empregado público.
Vejamos outras duas importantes previsões sobre o conflito de interesses...
Art. 5º No relacionamento com outros órgãos e entidades da Administração Pública do 
Distrito Federal, a autoridade pública deve esclarecer a existência de eventual 
conflito de interesses e comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo 
de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado.
Art. 6º As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado e qualquer ne-
gociação que envolva conflito de interesses devem ser imediatamente informadas 
pela autoridade pública distrital à Comissão-Geral de Ética Pública, indepen-
dentemente da sua aceitação ou rejeição.
Devemos memorizar que a obrigação de informar eventuais propostas de trabalho 
ou de negócio com o setor privado independe da aceitação ou rejeição da au-
toridade pública.
Assim sendo, basta que ocorra a proposta para que a autoridade, em sintonia 
com o Código, tenha o dever de informar a Comissão-Geral de Ética Pública.
Outro ponto de bastante destaque refere-se à “quarentena”, ou seja, ao perí-
odo no qual as autoridades regidas pelo Código se comprometem, após a exonera-
ção, a não assumirem uma série de encargos ou obrigações.
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A norma estabelece o prazo de dois anos como o período que as autoridades 
em questão não poderão:
•	 atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive 
sindicato ou associação de classe, em processo ou negócio do qual tenha par-
ticipado, em razão das suas atribuições;
•	 prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associa-
ção de classe, a respeito de programas ou políticas do órgão ou entidade da 
Administração Pública do Distrito Federal a que esteve vinculado ou com que 
tenha tido relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores ao 
término do exercício de função pública;
•	 atuar na representação de interesses privados perante o órgão ou enti-
dade da Administração de que tenha sido dirigente;
•	 aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo 
profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenham mantido relacio-
namento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração;
•	 intervir em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, em 
órgão ou entidade da Administração Pública do Distrito Federal com que te-
nham tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses ante-
riores à exoneração.
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5.1. Deveres e Vedações
Com relação aos deveres e vedações, deve ser salientado que a lista de con-
dutas apresentadas é exemplificativa, não eximindo a autoridade do dever ou 
obrigação de observar as demais normas legais.
Vejamos, a seguir, a lista de deveres e vedações impostas às autoridades da alta 
Administração Pública do Distrito Federal.
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Deveres
Agir com lealdade e boa-fé.
Ser justo e honesto no desempenho de suas funções e em suas relações com os 
demais agentes públicos, superiores hierárquicos e com os usuários do serviço 
público.
Praticar a cortesia e a urbanidade nas relações públicas e respeitar a capacidade 
e as limitações individuais dos usuários, sem discriminação ou preconceito.
Respeitar a hierarquia administrativa.
Não ceder às pressões que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vanta-
gens indevidas.
Reconhecer o mérito de cada servidor e propiciar igualdade de oportunidade para 
o desenvolvimento profissional, não admitindo atitude que possa afetar a carreira 
profissional de subordinados.
Atuar com retidão e honradez, procurando satisfazer o interesse público e evitar 
obter proveito ou vantagem pessoal indevida para si ou para terceiro.
Abster-se a autoridade pública de qualquer ato que importe em enriquecimento 
ilícito, gere prejuízo à Fazenda Pública, atente contra os princípios da Administra-
ção Pública ou viole direito de particular.
Vedações
Utilizar-se de cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posições e 
influências, para obter favorecimento, para si ou para outrem em qualquer órgão 
e/ou entidade públicos.
Imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe não ser ver-
dade.
Ser conivente com erro ou infração ao Código.
Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direitopor 
qualquer pessoa.
Faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em serviços 
públicos.
Exercer atividade profissional antiética ou relacionar o seu nome a empreendi-
mento que atente contra a moral pública.
Utilizar bens ou recursos públicos, humanos ou materiais, para fins pessoais, par-
ticulares, políticos ou partidários, nem se valer de sua função para obtenção de 
vantagem indevida.
É permitido à autoridade pública o exercício não remunerado de encargo de man-
datário, desde que não implique a prática de atos empresariais ou outros incompa-
tíveis com o exercício do seu cargo ou função.
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Como regra geral, a autoridade pública não poderá receber salário ou outra 
remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber trans-
porte, hospedagem ou favores de particulares de forma a permitir situação que 
possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade.
Em caráter de exceção, é permitida a participação em seminários, con-
gressos e eventos semelhantes, desde que tornada pública eventual remune-
ração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do 
evento, o qual não poderá ter interesse em decisão a ser tomada pela autoridade.
Com relação ao recebimento de presentes, a norma determina que é vedada à 
autoridade pública, como regra geral, a aceitação de presentes.
Excepcionalmente, há a possibilidade de recebimento de presentes quando 
oriundos de autoridades estrangeiras. Ainda assim, o recebimento estará au-
torizado, apenas, nos casos protocolares em que houver reciprocidade.
Não se consideram presentes os brindes que:
•	 não tenham valor comercial;
•	 distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, pro-
paganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou 
datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00.
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5.2. Variações Patrimoniais
Ao entrar em exercício, todas as autoridades públicas devem apresentar decla-
ração de bens e valores que constituem o seu patrimônio particular.
A medida, em sintonia com o princípio da moralidade, tem como principal 
objetivo possibilitar que a Administração Pública verifique, ao longo do tempo de 
exercício, se a evolução patrimonial do agente está de acordo com os valo-
res recebidos pelo desempenho do cargo ou função pública.
Com relação aos agentes regidos pelo Código de Conduta da Alta Administração, 
além da declaração de bens, devem eles, no prazo de 10 dias (contados de sua 
posse), enviar, à Comissão-Geral de Ética Pública, informações sobre sua situ-
ação patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com 
o interesse público, indicando, ainda, o modo pelo qual evitará o conflito.
Ao longo do exercício das atribuições, deve a autoridade informar à Comis-
são-Geral de Ética Pública, imediatamente, as alterações relevantes no pa-
trimônio, especialmente quando se tratar de:
•	 Atos de gestão patrimonial que envolvam:
−	 transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parente na 
linha colateral;
−	 aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa;
−	 outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do 
patrimônio;
•	 Atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por 
decisão ou política governamental.
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É importante conhecermos as demais obrigações a serem observadas no que se 
refere à variação patrimonial das autoridades públicas.
Art. 20, § 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser 
afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade 
pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive 
investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para 
fim especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CGEP 
venha a especificar.
§ 2º Em caso de dúvida, a CGEP poderá solicitar informações adicionais e esclarecimen-
tos sobre alterações patrimoniais a ela comunicadas pela autoridade pública ou que, por 
qualquer outro meio, cheguem ao seu conhecimento.
§ 3º A autoridade pública poderá consultar previamente a CGEP a respeito de ato espe-
cífico de gestão de bens que pretenda realizar.
§ 4º A fim de preservar o caráter sigiloso das informações pertinentes à situação pa-
trimonial da autoridade pública, as comunicações e consultas, após serem confe-
ridas e respondidas, serão acondicionadas em envelope lacrado, que somente 
poderá ser aberto por determinação da Comissão.
A autoridade pública que mantiver participação superior a 5% do capital de 
sociedade de economia mista, de instituição financeira, ou de empresa que negocie 
com o Poder Público, tornará público esse fato.
5.3. Sanções
Como já analisado, a sanção passível de aplicação pela não observância das 
normas éticas é a censura. Tal penalidade será aplicada sem prejuízo das medidas 
ou sanções administrativas, civis ou criminais previstas em legislação própria, con-
forme previsão do art. 22.
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Art. 22. A violação das normas estipuladas neste Código acarretará, sem prejuízo das 
medidas ou sanções administrativas, civis ou criminais previstas em legislação 
própria, a aplicação pela Comissão de Ética Pública de censura ética às autoridades 
em exercício ou já exoneradas.
§ 1º A fundamentação da aplicação da censura ética constará em Relatório, assinado 
por todos os integrantes da Comissão-Geral de Ética, com a ciência do agente 
público faltoso.
§ 2º A Comissão de Ética Pública poderá adotar outras providências que estejam no seu 
âmbito de competência, além da aplicação da censura ética.
Após a apuração da infração, a Comissão-Geral de Ética Pública deverá encami-
nhar o relatório à autoridade competente.
Recebido o relatório, a autoridade competente deve, ainda, avaliar a oportu-
nidade e conveniência de eventual exoneração do cargo em comissão ou 
dispensa da função de confiança, conforme avaliação ao grau de censurabilida-
de da conduta.
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