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SISTEMA DE ENSINO LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Livro Eletrônico DIOGO SURDI Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT- MS e MPU. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br 3 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Decreto Distrital n. 37.297/2016 ..................................................................7 1. Introdução .............................................................................................8 2. A Importância da Ética para o Serviço Público ...........................................10 3. Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal ......................................................................14 3.1. Disposições Gerais .............................................................................14 3.2. Vedações e Deveres ...........................................................................17 3.3. Regime de Benefícios ..........................................................................21 3.4. Sanções Éticas ...................................................................................23 4. Das Comissões de Ética no Poder Executivo do Distrito Federal ...................24 5. Código de Conduta da Alta Administração Pública Direta e Indireta do Distrito Federal ........................................................................................34 5.1. Deveres e Vedações ...........................................................................38 5.2. Variações Patrimoniais ........................................................................41 5.3. Sanções ............................................................................................42 Questões de Concurso ...............................................................................44 Gabarito ..................................................................................................54 Gabarito Comentado .................................................................................55 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Apresentação Olá, pessoal, tudo certo? Espero que sim! Iniciamos agora a preparação para o concurso da Procuradoria Geral do Dis- trito Federal (PG-DF). Trata-se de uma excelente oportunidade de ingressar no serviço público, e, o que é melhor, com uma ótima remuneração e com diversos benefícios concedidos ao longo da carreira. No presente curso, estudaremos o Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal, fazendo uso, para isso, das disposições do De- creto Distrital nº 37.297/2016. Bem, pessoal... Um dos pilares que estará presente em todo o curso será o diálogo, possibilitando uma melhor interação entre aluno e professor e a resolução tempestiva de todas as eventuais dúvidas que surgirem. Para isso, vamos a uma breve apresentação... Meu nome é Diogo Surdi, sou formado em Administração Pública e me considero um “concurseiro de carteirinha”. Em 2014, obtive a aprovação para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. E posso dizer que a sensação de conseguir ser aprovado para um cargo como este, que é um dos mais disputados do Brasil, é incrível: envolve amigos e familiares e faz com que todo o esfor- ço tenha valido a pena! Além disso, obtive a aprovação em diversos outros cargos, dentre os quais destaco: Analista Judiciário do TRT-SC (3ª colocação); Analista Tributário da RFB; Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS e MPU. Sobre tais aprovações, gostaria apenas de mencionar, para servir de incentivo, as “adaptações” que tive que fazer em minha rotina para alcançar a aprovação: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Na época em que estudava para AFRFB, minha primeira filha tinha apenas 3 anos. Como não abria mão de vê-la, eu trabalhava no TRT-SC das 12h às 19 ho- ras, ia pra casa, ficava com minha filha e esposa e, após elas dormirem, ia para um hotel, que era localizado perto da nossa casa, para poder estudar durante toda a madrugada. Estudava das 23h às 05 da manhã, dormia das 05h às 11h e me dirigia novamente para o trabalho. E assim foi por mais de um ano, gente! Ou seja, eu me adaptei a essa rotina para poder enfrentar a banca com garra e dedicação! O que queria passar para vocês, com isso, é que absolutamente nada será alcançado sem esforço, que muitas serão as dificuldades e os obstáculos que vocês encontrarão pelo caminho... Poderá haver momentos em que vocês se questionarão se tudo o que estão passando realmente vale a pena (a privação de tempo com a família e amigos, a necessidade de poder fazer algo que gostam sem se sentir “culpado” por não estar estudando), e a resposta, meus caros, é que tudo vale MUITO a pena!!! Após a aprovação, cada um desses momentos de dificuldade será lembrado e tornará a conquista do seu objetivo muito mais gratificante. “Nunca deixem que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser al- guém...” Renato Russo Portanto, não hesitem... É no pós-edital que se faz toda a diferença! Sen- do assim, vamos todos com foco e força de vontade rumo à aprovação na PG-DF. Podem contar comigo em tudo o que for preciso para alcançarmos este objetivo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Importante! Sempre que possível, peço que vocês não se esqueçam avaliar cada uma das aulas, possibilitando assim uma maior interação entre professor e aluno. Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso. Cronograma das aulas Nosso curso será dividido em uma aula. Cobriremos o conteúdo programático do edital, divulgado recentemente pelo CESPE. Suporte Quando temos uma dúvida, é sinal de que nossa mente está procurando com- preender e assimilar a matéria. Se esta dúvida é solucionada de maneira tempestiva, você pode ter certezade que nunca mais esquecerá tal assunto e, o que é mais importante, não pensará duas vezes na hora da prova... Acertará a questão rapidamente e ganhará tempo para as demais. Assim, estarei à disposição para sanar todas as dúvidas que surgirem. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi DECRETO DISTRITAL N. 37.297/2016 Olá, tudo bem? Espero que sim! Na aula de hoje, veremos as disposições do Decreto Distrital n. 37.297/2016, norma responsável por estabelecer, dentre outros assuntos, o Código de Ética do Poder Executivo do Distrito Federal e o Código de Conduta da Alta Adminis- tração Pública Direta e Indireta. Como se trata de norma recente, praticamente não contamos com questões de concursos anteriores, motivo pelo qual utilizarei questões inéditas e questões adaptadas. Grande abraço e boa aula! Diogo O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi 1. Introdução Para acertarmos a possível questão de ética no serviço público, precisamos, inicialmente, compreender o significado da palavra ética, bem como as diferenças existentes entre ética e moral. No entanto, ainda que a banca não tenha exigido nenhum conceito mais apro- fundado sobre o tema, optei por abordar (na verdade, revisar) alguns pontos que considero importantes: juridicização e súmula antinepotismo. Constantemente, tais conceitos são utilizados como sinônimos, o que não faz nenhum sentido. A palavra ética deriva do grego ethos, que tem o mesmo sentido de “modo de ser, caráter, costume”. A palavra moral, por sua vez, deriva do grego mos, significando “comporta- mento”. Podemos conceituar ética como a disciplina filosófica que se ocupa da refle- xão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais diversas direções, dependendo da concepção de homem que se toma como ponto de partida. Da mesma forma, podemos conceituar moral como o conjunto dos costumes e ju- ízos morais de um indivíduo ou de uma sociedade que possui caráter normativo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Aprendendo na prática: como exemplo, podemos analisar a situação hipotética do apedrejamento de mulheres por um grupo de muçulmanos. Nessa situação, a ética se preocuparia em analisar o comportamento humano, que, no exemplo, seria o próprio apedrejamento, independentemente de quem o provo- cou e do local onde o mesmo foi realizado. Já a moral analisaria se o comportamento é cabível segundo as regras daquela sociedade. Nesse sentido, a virtude está inteiramente ligada ao conceito de moral, relacionada à capacidade de as pessoas fazerem o bem e utilizarem-se da moral pessoal. No exemplo do apedrejamento, percebemos que, no Brasil, não seria aceito, resul- tando, em caso de sua ocorrência, em diversas infrações. No caso do Irã, por outro lado, seria perfeitamente cabível. Conseguimos perceber, com isso, que a ética é universal, enquanto a moral é cultural. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Para não restar dúvidas, vamos sintetizar os dois conceitos: 2. A Importância da Ética para o Serviço Público Já sabemos o significado de ética. Mas qual a razão de existir, no âmbito do ser- viço público, diversos Código de Ética regulando as diversas práticas que podem ou não ser praticadas pelos agentes públicos? Em outras palavras, não bastariam as diversas leis disciplinando os deveres e proibições do servidor público? O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Para respondermos a essa pergunta, temos que saber que todos os Códigos de Ética derivam do princípio da moralidade. Essa moral administrativa (que é o nosso objeto de estudo) difere em muitos aspectos da moral comum. Enquanto a moralidade administrativa está ligada à ideia de boa ou má administração e aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está baseada unicamente na crença entre o bem e o mal. A moral administrativa é um conceito bem mais amplo que o da moral comum. Justamente por ser um conceito amplo, é que surgem as principais dúvidas per- tinentes a esse princípio: seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, haveria anulação ou revogação? Vamos lá! Já está pacificado, na doutrina, que o princípio da moralidade, ainda que dotado de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento de cada administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), é de caráter objetivo. Por ser de caráter objetivo, a sua não observância acarreta a anulação do ato administrativo, e não a simples revogação. A anulação importa controle de legalidade, enquanto a revogação adentra apenas no mérito do ato, analisando os aspectos de conveniência e oportunidade. Ato contrário ao princípio da morali- dade, portanto, é ato nulo. Outra peculiaridade do princípio em estudo é que, ao listá-lo como princípio básico da Administração Pública, o legislador constitucional optou pela não juridi- cização das regras morais da sociedade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi O que é essa não juridicização? Simples, se a ideia do poder constituinte fosse a de ter uma sociedade onde to- das as regras de comportamento fossem pautadas estritamente pelas leis, haveria a juridicização. Nessa situação, bastaria aos agentes públicos obedecerem aos diversos mandamentos estabelecidos em leis para que suas condutas fossemconsideradas morais. Em resumo, bastaria que o princípio da legalidade fosse observado! Ao incluir a moralidade como princípio básico da Administração Pública, por outro lado, o legislador constitucional quis que os agentes públicos não apenas obedecessem às estritas regras previstas em lei, mas também que suas condutas fossem pautadas em padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Aliás, fica a dica para a sua prova... Se a banca descrever uma determinada situação e pedir qual princípio que se aplica à situação narrada, certamente a res- posta será moralidade, que possui como principais características os subprincípios da probidade, decoro, boa-fé e honestidade. Caso, contudo, a banca queira exigir um assunto ligado aos dois assuntos (éti- ca e moral) que seja bastante atual, certamente exigirá o conteúdo da Súmula Vinculante n. 13. Foi em 2008 que o STF editou tal súmula, também conhecida como Súmula Antinepotismo, que assim dispõe: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afi- nidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mes- ma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi O que devemos saber sobre essa súmula? Primeiramente, claro, que seu desrespeito apresenta infração ao princípio da moralidade. Além disso, que a súmula NÃO se aplica à nomeação de agentes políticos (como, por exemplo, os secretários e Ministros), que podem ser nomeados livremente pelos Chefes do Executivo. Aprendendo na prática: se o prefeito quiser nomear, a título de exemplo, o seu irmão como secretário municipal, pode livremente o fazer, sem que isso acarrete infração à Súmula Vinculante n. 13. Para finalizar, é preciso apenas mencionar que inúmeros são os instrumentos aptos a coibir a vedação à moralidade administrativa. Dentre eles, se destaca a ação popular, que encontra respaldo na Constituição Federal (art. 5º, LVIII): Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade admi- nistrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi 3. Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal 3.1. Disposições Gerais Em seu Anexo II, o Decreto n. 37.297/2016 institui o Código de Ética do Poder Executivo do Distrito Federal. A ideia, com a elaboração de um Código, é centralizar todas as informações relacionadas com as condutas éticas (tais como os deveres, as vedações e as san- ções) em um único documento. Sendo assim, as disposições do Código de Ética em questão devem ser obri- gatoriamente observadas pelos servidores e empregados públicos civis do Poder Executivo do Distrito Federal. Deve ser destacado que, ao passo que os servidores públicos ocupam um cargo público, os empregados públicos, em sentido oposto, exercem suas atribuições em um emprego público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Vamos analisar melhor tais diferenças... Os cargos públicos podem ser conceituados como o conjunto de atribui- ções, responsabilidades, direitos e obrigações que são atribuídas aos servi- dores públicos para o desempenho das suas atividades funcionais. Dessa for- ma, quem ocupa cargo público encontra-se regido por um estatuto funcional, que é o documento legal no qual estão todos os direitos e benefícios do servidor público. Os empregos públicos são exercidos por pessoas que se sujeitam às regras da CLT, tal como ocorre com os funcionários da iniciativa privada, mas com a pe- culiaridade de estarem exercendo suas atribuições no âmbito da Adminis- tração Pública. Em outras palavras, os empregados públicos podem ser entendidos como pes- soas que trabalham nas entidades da Administração Pública indireta que possuem personalidade jurídica de direito privado. Tais entidades são as ditas empresas esta- tais, conceito que abarca as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Como essas pessoas são regidas pela CLT (que é o regime adotado pelas empre- sas privadas), podemos chamá-las de empregados. Entretanto, como essa “em- presa” é uma entidade da Administração Pública, deve ela obediência a uma série de regras previstas para o direito público, tal como a necessidade da realização de concurso público e a obrigatoriedade da prestação de contas. Logo, nada mais na- tural do que a denominação “públicos” para tais agentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi SERVIDORES PÚBLICOS EMPREGADOS PÚBLICOS Regidos por um estatuto funcional. Regidos pela CLT. Pertencem à Administração Pública. Pertencem à Administração Pública. Normas de direito público. Normas de direito privado. Garantias como a estabilidade. Direitos como o FGTS. De acordo com a norma em estudo, o Código de Ética apresenta, basicamente, três finalidades, sendo elas: • tornar claras e acessíveis as regras éticas de conduta a serem observadas e praticadas pelos servidores e empregados públicos; • garantir a necessária integridade, lisura, legitimidade e transparência à Ad- ministração Pública; • preservar a imagem e a reputação dos servidores e empregados públicos do Distrito Federal, cujas condutas estejam de acordo com as normas éticas pre- vistas no Código. Deve ser salientado que o provimento no serviço público, por parte dos servido- res ou empregados públicos, implica ciência das normas do Código de Ética, sendo vedado, em momento posterior, a alegação de desconhecimento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratoresà responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Nesse sentido, por exemplo, são as disposições dos arts. 2º a 4º do Decreto n. 37.297/2016, de seguinte redação: Art. 2º Todos os agentes da Administração Pública Distrital têm deveres éticos aos quais aderem automaticamente no momento de sua investidura. Além de obser- var os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiên- cia, cortesia, proporcionalidade, razoabilidade, probidade, segurança jurídica, supremacia do interesse público, finalidade e motivação, devem pautar-se pelos padrões da ética. Art. 3º Aos servidores e empregados públicos impõe-se atuação profissional condi- zente com o cargo e a busca permanente do interesse público e do bem comum, observando em sua função ou fora dela, a dignidade, o decoro, o zelo e os princípios morais em busca da excelência profissional, ciente de que seus atos, comportamentos e atitudes implicam diretamente na preservação da imagem da Administração Pública. Parágrafo único. A idoneidade é condição essencial para ocupação de cargo co- missionado pelos servidores ou empregados públicos do Distrito Federal. Art. 4º A observância do interesse público, especialmente no que diz respeito à prote- ção e manutenção do patrimônio público, implica o dever de abster-se o agente da prática de ato que importe em reconhecimento ilícito, gere prejuízo à Fazenda Pública, atente contra os princípios da Administração Pública ou viole direito de particular. 3.2. Vedações e Deveres Com relação às vedações, o Código de Ética determina que “é vedado ao ser- vidor ou empregado público agir com discriminação ou preconceito”. Com relação aos deveres, precisamos saber que as disposições elencadas no Código não eliminam a obrigatoriedade de os agentes observarem os deveres pre- vistos nas leis que regem a respectiva categoria funcional. Isso ocorre pelo fato do decreto criar normas materiais, também conhecidas como normas de conduta, que obrigam os administrados a seguir certos compor- tamentos no âmbito do serviço público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Da mesma forma, precisamos saber que os deveres aqui expostos não são uma lista exaustiva, mas sim normas de conduta de caráter exemplificativo, de forma que o servidor regido por tal decreto não pode alegar a falta de obrigação em manter determinado comportamento pela falta de dispositivo disciplinando tal conduta. Aprendendo na prática: não pode o servidor alegar, por exemplo, que não possui o dever de “tratar com respeito as pessoas idosas” simplesmente porque tal dever não está expressamente previsto no decreto que rege suas condutas. Nada mais lógico, afinal, seria incabível que todas as condutas e vedações do ser- vidor estivessem previstas em determinada lei ou decreto. Antes de iniciarmos o estudo de todas as hipóteses de deveres e vedações dos servidores públicos, temos apenas que mencionar que não merece prosperar a corrente doutrinária que afirma que os decretos, por serem normas infralegais, serem inconstitucionais. Para tal corrente (minoritária), uma vez que estamos em um Estado Democrá- tico de Direito, todos os comportamentos apenas poderiam ser impostos por Lei. Segundo tal doutrina, o fundamento para tal hipótese seria o próprio texto constitucional, que, em seu art. 5º, III, determina: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. No entanto, a interpretação que deve ser dada aos decretos é de que possuem caráter de juridicidade. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Segundo a juridicidade, a atuação da Administração não fica restrita à obe- diência das leis em sentido estrito, compreendendo também o “bloco de lega- lidade”, formado por diplomas que vão desde a Constituição Federal até os princípios gerais do Direito e os costumes. Assim, vamos compreender todas as disposições do Código de Ética como inte- grantes do bloco de legalidade e, por isso mesmo, pertencentes a um contexto maior que o da legalidade em sentido estrito. Sendo assim, vejamos quais são os deveres elencados pelo Código de Ética: Art. 6º É dever do servidor ou empregado público: I – agir com cordialidade, urbanidade, disponibilidade e atenção com todos os usuários do serviço público; II – desempenhar as atribuições com probidade, retidão, justiça e lealdade com vistas à plena realização do interesse público; III – exercer as atribuições com eficiência e excelência, evitando ações que atrasem a prestação do serviço público; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi IV – guardar reserva e discrição sobre fatos e informações de que tenha conhecimento em razão do exercício de suas atribuições, sem prejuízo dos deveres e responsabilida- des previstas em normas que regulam o sigilo administrativo; V – dar cumprimento às ordens superiores, ressalvadas aquelas manifestamente ilegais; VI – declarar suspeição, impedimento e eventual circunstância configuradora de conflito de interesses que implique em ofensa à legitimidade de participação em processo admi- nistrativo, procedimento e decisão monocrática ou em órgão colegiado; VII – abster-se de utilizar o cargo, função ou emprego público para obter benefícios ou vantagens indevidas para si ou para outrem; VIII – não promover manifestações de apreço ou desapreço na repartição; IX – levar ao conhecimento da autoridade competente ato ou fato de que teve conhe- cimento que possa causar prejuízo à Administração Pública ou constituir infração ou violação a qualquer disposição deste Código; X – abster-se de atuar com proselitismo político a favor ou contra partidos políticos ou candidatos através da utilização do cargo, da função ou do emprego público ou por meio da utilização de infraestrutura, bens ou recursos públicos; XI – não participar de transações ou operações financeiras utilizando informação privi- legiada da entidade a que pertence ou tenha acesso por sua condição ou exercício do cargo, função ou emprego que desempenha, nem permitir o uso impróprio da informa- ção para interesse incompatível com o interesse da Administração Pública; XII – prestar contas da gestão dos bens, direitos e serviços realizados à coletividade no exercício das atribuições; XIII – atuar com diligência, sobriedade, profissionalismo e comprometimento, no exer- cício das atribuições; XIV – apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício do cargo, da função ou do emprego público; XV – velar pela regularidade e eficáciados processos ou decisões nas quais intervenha; XVI – abster-se de praticar atos que prejudiquem as funções ou a reputação de outros servidores públicos ou cidadãos; XVII – guardar assiduidade, pontualidade, eficiência e eficácia no cumprimento das atribuições; XVIII – comunicar previamente ao superior hierárquico eventuais ausências; XIX – não se retirar da repartição pública, sem estar autorizado, qualquer documento, livro, processo ou bem pertencente ao patrimônio público; XX – não exercer atividade profissional incompatível com os termos deste Código ou associar o seu nome a empreendimento de natureza duvidosa que comprometa a ido- neidade ou a legitimidade funcional; XXI – não utilizar sua identidade funcional com abuso de poder ou desvio de finalidade com o objetivo de obter vantagem ou benefício estranho ao exercício do cargo, função ou emprego público; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi XXII – não exercer atividade privada incompatível com o exercício do cargo, função ou emprego público, observadas as restrições dispostas no art. 37, inciso XVI, da Consti- tuição da República Federativa do Brasil de 1988 e no art. 19, inciso XV, da Lei Orgânica do Distrito Federal; XXIII – utilizar os recursos públicos disponíveis com responsabilidade, economicidade e clareza; XXIV – proteger e conservar os bens do Estado, devendo utilizá-los para o desempenho das atribuições de maneira racional e eficiente; XXV – resistir a pressões de quaisquer origens que visem à obtenção de favores, be- nesses ou vantagens indevidas, bem como de adoção de conduta em violação da lei e dos preceitos éticos que orientam a atuação do servidor público, e comunicá-las a seus superiores; XXVI – assumir a responsabilidade pela execução do seu trabalho e pelos pareceres e opiniões profissionais de sua autoria, apoiando-se em documentos e evidências que permitam convicção da realidade ou da veracidade dos fatos ou das situações apresen- tadas, de modo a evitar posicionamentos meramente pessoais; XXVII – manter-se atualizado em relação à legislação, aos regulamentos e demais nor- mas relativas ao desempenho de suas atribuições; XXVIII – não fazer uso de informações privilegiadas ou recobertas de sigilo, em favor de si próprio, parentes, amigos ou quaisquer terceiros. 3.3. Regime de Benefícios O servidor ou empregado público não deve, direta ou indiretamente, solici- tar, insinuar, aceitar ou receber bens, benefícios ou quaisquer vantagens materiais ou imateriais, para si ou para outrem, em razão do exercício de suas atribui- ções, cargo, função ou emprego público. Nesse sentido, devem ser compreendidos como bens e vantagens de nature- za indevida quaisquer benefícios, viagens, hospedagens, privilégios, trans- porte ou valor, especialmente se proveniente de pessoa física ou jurídica que: • tenha atividade regulada ou fiscalizada pelo órgão ou entidade em que o ser- vidor ou empregado público desempenhe atribuições; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi • administre ou explore concessões, autorizações ou permissões concedidas por órgão ou entidade no qual o servidor ou empregado público esteja vinculado; • seja ou pretenda ser contratada por órgão ou entidade em que o servidor ou empregado desempenhe atribuições; • aguarde decisão ou ação do órgão ou entidade em que o servidor ou empre- gado público desempenhe atribuições; • tenha interesse que possa ser afetado por decisão, ação, retardamento ou omissão do órgão ou entidade em que o servidor ou empregado público de- sempenhe atribuições. Devemos memorizar, no entanto, a lista de bens e vantagens que, de acordo com a norma, não serão considerados como vantagem indevida: • as condecorações, honrarias e reconhecimentos protocolares recebidos de Go- vernos, organismos nacionais e internacionais ou entidades sem fins lucrati- vos, nas condições em que a lei e o costume oficial admitam esses benefícios; • os brindes de distribuição coletiva a título de divulgação ou patrocínio estipu- lados contratualmente por ocasião de eventos especiais ou em datas come- morativas, nos limites do contrato; • os presentes de menor valor realizados em razão de vínculo de amizade ou re- lação pessoal ou decorrentes de acontecimentos no qual seja usual efetuá-los; • ingressos para participação em atividades, shows, eventos, simpósios, con- gressos ou convenções, desde que ajustados em contrapartida de contrato administrativo ou convênio. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi O servidor ou empregado público possui a faculdade de participar em even- tos, seminários, simpósios e congressos, desde que eventual remunera- ção, vantagem ou despesa não implique em situação caracterizadora de con- flito de interesses. E o que seria o mencionado conflito de interesses? De acordo com a norma, é considerado conflito de interesse a situação gerada pelo confronto de pretensões públicas e privadas que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar o desempenho da função pública. A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de prova de lesão ao patrimônio público, do recebimento de qualquer vantagem ou ga- nho pelo servidor, empregado público ou terceiro. 3.4. Sanções Éticas Já conhecemos as disposições relacionadas com os deveres e vedações dos agentes regidos pelas disposições do Código de Ética. Qual será a sanção aplicável quando tais empregados e servidores cometem alguma infração ética? A resposta nos é dada pelo art. 12 do Código, que apresenta a seguinte redação: Art. 12. A violação aos dispositivos estabelecidos no presente Código enseja ao servidor ou empregado público infrator a aplicação de censura ética. Parágrafo único. A aplicação da censura ética não implica prejuízo das penalidades previstas no regime jurídico específico aplicável ao cargo, função ou emprego público, nem das responsabilidades penais e civis estabelecidas em lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Toda e qualquer questão de prova que afirme que as infrações éticas poderão ser sancionadas, pelas Comissões de Ética, com penalidade diversa que a de cen- sura, deverão ser consideradas erradas. Ainda que o servidor ou empregado possa ser responsabilizado com base em seu regime jurídico,a sanção pelo descumprimento das normas éticas enseja, como penalidade, a aplicação de censura. Em caso de violação ao presente Código, cada órgão ou entidade deve instaurar o procedimento para apuração de responsabilidade correspondente a cada caso. O procedimento deve ser instruído com a manifestação da respectiva assessoria jurídica e da Comissão de Ética responsável de cada órgão ou entidade. Concluído o procedimento, a penalidade de censura deverá ser aplicada pela Comissão de Ética do respectivo órgão ou entidade pública. Após a aplica- ção, as Comissões de Ética devem encaminhar relatório ao dirigente máximo do órgão ou entidade, relatando o grau de censurabilidade da conduta. 4. Das Comissões de Ética no Poder Executivo do Distrito Federal Já sabemos quais são os deveres e as vedações a que estão sujeitos os servi- dores públicos. No entanto, de nada adiantaria tais hipóteses se não houvesse um mecanismo hábil para apurar se os servidores regidos pelo Código de Ética estão ou não seguindo as regras por ele estipuladas, não é mesmo? Por isso mesmo é que o Decreto n. 37.297/2016 cria a Comissão-Geral de Ética Pública CGEP, órgão vinculado ao Governador do Distrito Federal, com o objetivo de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética de servidores e empregados públicos, em especial: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi • integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; • contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais para o exercício da gestão da ética pública; • promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e intera- ção de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública; • articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incen- tivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Distrito Federal. E como que a comissão de ética em questão será composta? A resposta nos é dada pelo art. 2º do Anexo III, que apresenta as seguintes disposições: Art. 2º A CGEP será integrada por 5 (cinco) cidadãos de reconhecida idoneidade moral, reputação ilibada e experiência na administração pública, designados pelo Governador do Distrito Federal, para mandatos de 2 (dois) anos, permitida uma recondução. § 1º A atuação no âmbito da CGEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público, devendo ser registrados nos assentamentos funcionais do integrante. § 2º O Presidente da Comissão- Geral de Ética Pública será eleito dentre seus membros e terá o voto de qualidade em caso de empate nas deliberações. § 3º Ficará suspenso da Comissão, até o trânsito em julgado, o membro que vier a ser indiciado criminalmente, responder a processo administrativo disciplinar ou transgredir a qualquer dos preceitos do Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal e do Código de Conduta da Alta Administração. A Comissão-Geral de Ética Pública contará com uma série de competências, sendo que todas elas encontram previsão nas disposições do decreto em análise. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Art. 3º À CGEP compete: I – atuar como instância consultiva do Governador do Distrito Federal e dos Secretários de Estado em matéria de ética pública; II – administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração do Distrito Federal, devendo: a) receber propostas e sugestões para o seu aprimoramento e modernização, subme- tendo-as ao Governador do Distrito Federal; b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos; c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas; III – dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética dos Servido- res e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal; IV – coordenar, avaliar e supervisionar a atuação das comissões de ética dos órgãos e entidades do Poder Executivo do Distrito Federal; V – organizar e desenvolver, em cooperação com outros órgãos/entidades, cursos, ma- nuais, cartilhas, palestras, seminários e outras ações de capacitação e disseminação do Código de Conduta da Alta Administração e do Código de Ética dos Servidores e Empre- gados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal; VI – elaborar plano de trabalho específico, envolvendo, se for o caso, outros órgãos e entidades do Distrito Federal com o objetivo de criar eficiente sistema de informação, educação, acompanhamento e avaliação de resultados da gestão ética distrital; VII – aprovar o seu regimento interno; VIII – desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade. Assim como ocorre com todas as comissões de ética, a CGEP não é um órgão decisório, mas sim uma instância consultiva. Dessa forma, as atividades da Comissão estão relacionadas com a assessoria e com a consulta referente aos as- pectos éticos. Em consonância com esse entendimento, por exemplo, é a disposição do art. 3º, § 2º (Anexo III) da norma em estudo: Art. 3º, § 2º Cumpre à CGEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que inte- gram o Poder Executivo do Distrito Federal, bem como pelos cidadãos e servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo Código de Conduta da Alta Administração do Distrito Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Não há como negar que o principal órgão ético, no âmbito do Poder Executivo do Distrito Federal, é a Comissão-Geral de Ética Pública. Esse, porém, não é o único órgão ético no âmbito do referido Poder. Em sentido oposto, a norma determina que “em todos os órgãos e entidades do Poder Executivo, deverá ser criada, por meio de Portaria do respectivo Secretário de Estado ou do dirigente máximo da entidade, uma Comissão de Ética”. Tais Comissões serão integradas por três servidores ou empregados públi- cos efetivos e respectivos suplentes. Como principal função, as Comissões são encarregadas de orientar e acon- selhar sobre a ética funcional do servidor e empregado público no trata- mento com as pessoas e com o patrimônio público estadual, competindo-lhe conhecer concretamente de atos susceptíveis de censura ética. Os membros de cada Comissão de Ética serão escolhidos entre servidores e em- pregados do seu quadro permanente que atendam aos seguintes requisitos: • sejam brasileirosde reconhecida idoneidade moral e reputação ilibada; • sejam dotados de conhecimentos de Administração Pública; • c sejam designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos de dois anos, permitida uma recondução. Assim como ocorre com a CGEP, a atuação, no âmbito da Comissão de Ética, não enseja qualquer remuneração para seus membros, sendo que os tra- balhos nela desenvolvidos serão considerados prestação de relevante serviço público, devendo ser registrados nos assentamentos funcionais do integrante. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi De igual forma, ficará suspenso da Comissão de Ética, até o trânsito em julgado, o membro que vier a ser indiciado criminalmente, responder a pro- cesso administrativo disciplinar ou transgredir a qualquer dos preceitos do Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do Distrito Federal. Cada Comissão de Ética contará com um secretário e um presidente, esco- lhidos dentre seus membros, vinculada administrativamente à autoridade máxima do órgão ou entidade. Tais autoridades, assim como a Comissão de Ética como um todo, terão, de acordo com o Decreto n. 37.297/2016, uma série de competências, sendo elas: Art. 7º Compete ao Presidente da Comissão Ética: I – convocar e presidir as reuniões; II – orientar os trabalhos da comissão, ordenar os debates, iniciar e concluir as delibe- rações; III – tomar os votos e proclamar os resultados; IV – autorizar a presença de pessoas nas reuniões que, por si ou por entidades que re- presentem, possam contribuir para os trabalhos da Comissão; V – assinar correspondência externa em nome da Comissão e solicitar as assinaturas dos demais membros quando considerar conveniente; VI – proferir voto de qualidade; VII – decidir os casos de urgência ad referendum da Comissão. Art. 8º Compete aos membros da Comissão de Ética: I – examinar as matérias que lhe forem submetidas, emitindo pareceres; II – pedir vista de matéria em deliberação na Comissão; III – solicitar informações a respeito de matérias sob exame da Comissão; e IV – representar a Comissão em atos públicos, por delegação do Presidente. Art. 9º Compete ao Secretário da Comissão de Ética: I – organizar a agenda das reuniões e assegurar o apoio logístico à Comissão; II – secretariar as reuniões da Comissão; III – proceder ao registro das reuniões e à elaboração de suas atas; IV – dar apoio à Comissão e seus integrantes para o cumprimento das atividades que lhe sejam próprias; V – instruir as matérias sujeitas a deliberações; VI – providenciar, previamente à instrução de matéria para deliberação pela Comissão, parecer sobre a legalidade de ato a ser por ela baixado; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi VII – desenvolver ou supervisionar a elaboração de estudos e pareceres com vistas a subsidiar o processo de tomada de decisão da Comissão; VIII – solicitar às autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta Administração informações e subsídios para instruir assunto sob apreciação da Comissão de Ética. Art. 15. Compete às Comissões de Ética: I – orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor no tratamento com as pessoas e com o patrimônio; II – atuar como instância consultiva de dirigentes, servidores e empregados públicos no âmbito de seu respectivo órgão ou entidade; III – convocar servidor e empregado público para prestar informações ou apresentar documentos; IV – esclarecer e julgar comportamentos eticamente duvidosos; V – aproveitar, sempre que possível, os eventos de treinamento de agentes públicos para divulgação das normas de conduta ética, por meio de explanação ou distribuição de folhetos, folders e outros instrumentos congêneres; VI – inserir, quando cabível, nos manuais e procedimentos técnicos, cartilhas e simila- res, mensagens que contemplem conduta ética apropriada, divulgando normas de con- duta dos agentes públicos e o funcionamento da Comissão; VII – elaborar plano de trabalho específico para a gestão da ética no órgão ou entidade, com o objetivo de criar meios suficientes e eficazes de informação, educação e monito- ramento relacionados às normas de conduta do servidor ou empregado público; VIII – elaborar estatísticas de processos analisados, acompanhando a evolução numéri- ca para que sirva de subsídios à elaboração de relatórios gerenciais nos quais constem dados sobre a efetividade de gestão pública; IX – aplicar o Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Exe- cutivo do Distrito Federal devendo: a) receber propostas e sugestões para o seu aprimoramento e modernização submeten- do-as à Comissão-Geral de Ética Pública para seu aperfeiçoamento; b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos; c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes; e d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e trei- namento sobre as normas de ética e disciplina; X – Comunicar à CGEP situações que possam configurar descumprimento do Código de Conduta da Alta Administração do Distrito Federal; e XI – desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade. No que se refere ao funcionamento das Comissões de Ética, é importante res- saltar que as reuniões ocorrerão sempre por iniciativa do respectivo Presidente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Como não poderia ser diferente, os trabalhos da Comissão devem ser desenvol- vidos com observância a uma série de princípios, sendo eles: • celeridade; • proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; • proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; • independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, as- sociação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da Comissão de Ética com o objetivo de apurar o cometimento de infração ética por parte de agente pú- blico, órgão ou setor específico do Poder Executivo do Distrito Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Uma vez acionada (mediantedenúncia fundamentada), ou até mesmo de ofício, a Comissão de Ética desenvolverá o processo de apuração pela prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código de Ética da seguinte forma: • A Comissão notificará o investigado para manifestar-se por escrito no prazo de cinco dias; • O investigado poderá, em sintonia com o contraditório e a ampla defe- sa, produzir prova documental e testemunhal necessárias à sua defesa; • As Comissões poderão requisitar os documentos que entenderem ne- cessários à instrução probatória, inclusive promover diligências e so- licitar parecer; • Na hipótese de serem juntados novos elementos de prova, o investigado será notificado para se manifestar no prazo de 10 dias; • Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão conclusiva e fundamentada; • Se a conclusão for pela existência de falta ética, as Comissões de Ética tomarão as seguintes providências: − encaminharão a sugestão de exoneração de cargo ou função de con- fiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem, conforme o caso; − encaminharão a situação, conforme o caso, para a Controladoria-Geral do Distrito Federal ou unidade específica do Sistema de Correição do Distrito Federal, para exame de eventuais transgressões disciplinares; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi • As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão -Geral de Ética Pública; • A conclusão da apuração não excederá 20 dias, contados da data de instau- ração do processo, admitida a sua prorrogação por igual período; • Caberá recurso ao dirigente máximo do órgão ou entidade nos julgamentos exarados pelas Comissões de Ética. O recurso deverá ser fundamentado e interposto perante a própria Comissão ou a CGEP, cabendo a estas o juízo de reconsideração da decisão em cinco dias ou, nesse prazo, encaminhá-lo, devidamente instruído, ao dirigente máximo do órgão ou entidade. Com relação ao processo de investigação pela transgressão de condutas éticas, dois importantes direitos devem ser observados: • até que o procedimento seja concluído, deverá ser mantido com a chancela de reservado, apenas podendo ser acessado pelo interessado e seu repre- sentante. Concluída a investigação e após a deliberação da Comissão do órgão ou entidade, os autos, de acordo com o princípio da publicidade, deixarão de ser reservados; • a qualquer pessoa que esteja sendo investigada no recinto das Comissões de Ética é assegurado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimento investigatório. O di- reito em tela inclui o de obter cópia dos autos e de certidão do seu teor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitos pe- nais, civis ou administrativos, encaminharão cópia dos autos às autoridades com- petentes para apuração dos fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência. Para concluir as disposições relacionadas com as Comissões de Ética, vamos conhecer algumas previsões elencadas nas “disposições finais” do Decreto n. 37.297/2016: • os trabalhos na Comissão-Geral de Ética Pública e nas Comissões de Ética são considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos seus membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão; • os órgãos e entidades da Administração Pública do Distrito Federal darão tratamento prioritário às solicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigação instaurados pela Comis- são-Geral de Ética Pública e pelas Comissões de Ética; • a infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética será apurada pela Comissão-Geral de Ética Pública; • os Presidentes das Comissões de Ética atuarão como agentes de liga- ção com a CGEP, que disporá em resolução própria sobre as atividades que deverão desenvolver para o cumprimento de suas atribuições; • caberá recurso ao Governador do Distrito Federal dos julgamentos da Comissão-Geral de Ética. 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Estão sujeitas às disposições em questão, dessa forma, as seguintes autoridades: • Secretários de Estado, Secretários de Estado Adjuntos, Secretários-Executi- vos e Subsecretários, bem como cargos de natureza equivalente; • dirigentes de órgãos especializados até o nível de CNE 02 ou equiparados; • dirigentes máximos das entidades da Administração direta e indireta do Dis- trito Federal. Observe que todos os cargos elencados possuem, em comum, o fato de desem- penharem atribuições essenciais para a coletividade como um todo. Consequente- mente, nada mais natural do que a existência de uma norma que discipline a forma como a atuação dessas autoridades deve ser realizada. Art. 2º No exercício de suas funções, as pessoas abrangidas por este Código devem pautar-se pelos padrões de ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, à mo- ralidade, à impessoalidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral. Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo são exigidos no exercício e na relação entre as atividades públicas e privada, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. De acordo com o decreto, as normas fundamentais de conduta das autorida- des da Administração Pública do Distrito Federal visam, especialmente, às seguin- tes finalidades: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 35 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi • tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades públicas, para que asociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório gover- namental; • contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos das autoridades públi- cas, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nível hierárquico superior; • preservar a imagem e a reputação do administrador público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste Código; • estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados e limitações às atividades profissionais posteriores ao exercício de cargo público; • minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever fun- cional das autoridades públicas; • criar mecanismo de consulta destinado a possibilitar o prévio e pronto escla- recimento de dúvidas quanto à conduta ética do administrador público. De todas essas finalidades, a mais importante, sem sombra de dúvidas, é a que determina o estabelecimento de regras básicas sobre os conflitos de interes- ses públicos e privados. Quais as situações que dão ensejo ao conflito em questão? De acordo com o texto em estudo, configura conflito de interesse e conduta antiética, dentre outros comportamentos: • o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha infor- mações privilegiadas em razão do cargo ou função; • custeio de despesas por particulares de forma a influenciar nas decisões ad- ministrativas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 36 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Em ambas as situações, temos que considerar que o agente público em questão, por desempenhar atividades de confiança, possui uma maior liberdade de atuação. Consequentemente, a possibilidade de ocorrência de uma situação caracterizadora de conflito de interesses é muito maior, por exemplo, do que a de um servidor ou empregado público. Vejamos outras duas importantes previsões sobre o conflito de interesses... Art. 5º No relacionamento com outros órgãos e entidades da Administração Pública do Distrito Federal, a autoridade pública deve esclarecer a existência de eventual conflito de interesses e comunicar qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva ou em órgão colegiado. Art. 6º As propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado e qualquer ne- gociação que envolva conflito de interesses devem ser imediatamente informadas pela autoridade pública distrital à Comissão-Geral de Ética Pública, indepen- dentemente da sua aceitação ou rejeição. Devemos memorizar que a obrigação de informar eventuais propostas de trabalho ou de negócio com o setor privado independe da aceitação ou rejeição da au- toridade pública. Assim sendo, basta que ocorra a proposta para que a autoridade, em sintonia com o Código, tenha o dever de informar a Comissão-Geral de Ética Pública. Outro ponto de bastante destaque refere-se à “quarentena”, ou seja, ao perí- odo no qual as autoridades regidas pelo Código se comprometem, após a exonera- ção, a não assumirem uma série de encargos ou obrigações. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi A norma estabelece o prazo de dois anos como o período que as autoridades em questão não poderão: • atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, em processo ou negócio do qual tenha par- ticipado, em razão das suas atribuições; • prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associa- ção de classe, a respeito de programas ou políticas do órgão ou entidade da Administração Pública do Distrito Federal a que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos seis meses anteriores ao término do exercício de função pública; • atuar na representação de interesses privados perante o órgão ou enti- dade da Administração de que tenha sido dirigente; • aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenham mantido relacio- namento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração; • intervir em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, em órgão ou entidade da Administração Pública do Distrito Federal com que te- nham tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses ante- riores à exoneração. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi 5.1. Deveres e Vedações Com relação aos deveres e vedações, deve ser salientado que a lista de con- dutas apresentadas é exemplificativa, não eximindo a autoridade do dever ou obrigação de observar as demais normas legais. Vejamos, a seguir, a lista de deveres e vedações impostas às autoridades da alta Administração Pública do Distrito Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Deveres Agir com lealdade e boa-fé. Ser justo e honesto no desempenho de suas funções e em suas relações com os demais agentes públicos, superiores hierárquicos e com os usuários do serviço público. Praticar a cortesia e a urbanidade nas relações públicas e respeitar a capacidade e as limitações individuais dos usuários, sem discriminação ou preconceito. Respeitar a hierarquia administrativa. Não ceder às pressões que visem a obter quaisquer favores, benesses ou vanta- gens indevidas. Reconhecer o mérito de cada servidor e propiciar igualdade de oportunidade para o desenvolvimento profissional, não admitindo atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados. Atuar com retidão e honradez, procurando satisfazer o interesse público e evitar obter proveito ou vantagem pessoal indevida para si ou para terceiro. Abster-se a autoridade pública de qualquer ato que importe em enriquecimento ilícito, gere prejuízo à Fazenda Pública, atente contra os princípios da Administra- ção Pública ou viole direito de particular. Vedações Utilizar-se de cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posições e influências, para obter favorecimento, para si ou para outrem em qualquer órgão e/ou entidade públicos. Imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe não ser ver- dade. Ser conivente com erro ou infração ao Código. Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direitopor qualquer pessoa. Faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos. Exercer atividade profissional antiética ou relacionar o seu nome a empreendi- mento que atente contra a moral pública. Utilizar bens ou recursos públicos, humanos ou materiais, para fins pessoais, par- ticulares, políticos ou partidários, nem se valer de sua função para obtenção de vantagem indevida. É permitido à autoridade pública o exercício não remunerado de encargo de man- datário, desde que não implique a prática de atos empresariais ou outros incompa- tíveis com o exercício do seu cargo ou função. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Como regra geral, a autoridade pública não poderá receber salário ou outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber trans- porte, hospedagem ou favores de particulares de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade. Em caráter de exceção, é permitida a participação em seminários, con- gressos e eventos semelhantes, desde que tornada pública eventual remune- ração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não poderá ter interesse em decisão a ser tomada pela autoridade. Com relação ao recebimento de presentes, a norma determina que é vedada à autoridade pública, como regra geral, a aceitação de presentes. Excepcionalmente, há a possibilidade de recebimento de presentes quando oriundos de autoridades estrangeiras. Ainda assim, o recebimento estará au- torizado, apenas, nos casos protocolares em que houver reciprocidade. Não se consideram presentes os brindes que: • não tenham valor comercial; • distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, pro- paganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00. 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Com relação aos agentes regidos pelo Código de Conduta da Alta Administração, além da declaração de bens, devem eles, no prazo de 10 dias (contados de sua posse), enviar, à Comissão-Geral de Ética Pública, informações sobre sua situ- ação patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse público, indicando, ainda, o modo pelo qual evitará o conflito. Ao longo do exercício das atribuições, deve a autoridade informar à Comis- são-Geral de Ética Pública, imediatamente, as alterações relevantes no pa- trimônio, especialmente quando se tratar de: • Atos de gestão patrimonial que envolvam: − transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parente na linha colateral; − aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; − outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do patrimônio; • Atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por decisão ou política governamental. 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Art. 20, § 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CGEP venha a especificar. § 2º Em caso de dúvida, a CGEP poderá solicitar informações adicionais e esclarecimen- tos sobre alterações patrimoniais a ela comunicadas pela autoridade pública ou que, por qualquer outro meio, cheguem ao seu conhecimento. § 3º A autoridade pública poderá consultar previamente a CGEP a respeito de ato espe- cífico de gestão de bens que pretenda realizar. § 4º A fim de preservar o caráter sigiloso das informações pertinentes à situação pa- trimonial da autoridade pública, as comunicações e consultas, após serem confe- ridas e respondidas, serão acondicionadas em envelope lacrado, que somente poderá ser aberto por determinação da Comissão. A autoridade pública que mantiver participação superior a 5% do capital de sociedade de economia mista, de instituição financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Público, tornará público esse fato. 5.3. Sanções Como já analisado, a sanção passível de aplicação pela não observância das normas éticas é a censura. Tal penalidade será aplicada sem prejuízo das medidas ou sanções administrativas, civis ou criminais previstas em legislação própria, con- forme previsão do art. 22. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para KATIANA RIBEIRO TELES FEKETE - 00194045307, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 43 de 75www.grancursosonline.com.br LEGISLAÇÃO Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo do Distrito Federal Prof. Diogo Surdi Art. 22. A violação das normas estipuladas neste Código acarretará, sem prejuízo das medidas ou sanções administrativas, civis ou criminais previstas em legislação própria, a aplicação pela Comissão de Ética Pública de censura ética às autoridades em exercício ou já exoneradas. § 1º A fundamentação da aplicação da censura ética constará em Relatório, assinado por todos os integrantes da Comissão-Geral de Ética, com a ciência do agente público faltoso. § 2º A Comissão de Ética Pública poderá adotar outras providências que estejam no seu âmbito de competência, além da aplicação da censura ética. Após a apuração da infração, a Comissão-Geral de Ética Pública deverá encami- nhar o relatório à autoridade competente. Recebido o relatório, a autoridade competente deve, ainda, avaliar a oportu- nidade e conveniência de eventual exoneração do cargo em comissão ou dispensa da função de confiança, conforme avaliação ao grau de censurabilida- de da conduta. 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