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UNIDADE V PROJETO DO POSTO DE TRABALHO

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Prévia do material em texto

Ergonomia e Segurança 
do Trabalho
Projeto do Posto de Trabalho
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª M.e Cristhiane Eliza dos Santos
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Rosemary Toffoli
5
•	Introdução à unidade
•	Enfoque Taylorista
•	Enfoque Ergonômico
 · Nesta unidade, “fecharemos” todos os conceitos que vimos 
anteriormente e aplicaremos a ergonomia no trabalho por 
meio do “projeto do posto de trabalho”.
Projeto do Posto de Trabalho
•	Arranjo Físico (Layout) e Estudo de Fluxos
•	Atividades para projeto de um 
Posto de Trabalho
•	Dimensionamento do Posto de Trabalho
•	Mapa de risco
O conteúdo desta unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua participação efetiva nas 
atividades.
Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no conteúdo complementar com artigos, 
vídeos e filmes.
Essa dinâmica vai colocá-lo no caminho da construção do seu próprio conhecimento. Esse 
é o único caminho no sentido de obter não somente informações “regulamentares”, mais 
obter sim, a “ampliação do tamanho do seu mundo” que é verdadeiramente emancipadora.
6
Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de vista é de grande 
valia na construção e consolidação do seu conhecimento além de ser, incondicionalmente, 
um exercício de cidadania e democracia!
Como o curso está estruturado
•	Os	assuntos	abordados	nas	unidades	estão	apresentados	de	forma	tão	objetiva	
quanto possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por elementos 
gráficos.
•	Todas	as	lições	apresentam:
•	um	texto	introdutório	dando	uma	ideia	geral	da	matéria	que	será	enfocada;
•	seções	expositivas,	dividindo	didaticamente	a	matéria	em	temas	ordenados;
•	exercícios	de	fixação	de	aprendizagem.
Como Você deve Estudar
•	Tenha	em	mente	que	vários	períodos	curtos	de	estudo	são	mais	producentes	que	um	único	período	
longo.
Reserve quatro períodos por semana para trabalhar com o curso.
Passe de 50 min há uma hora estudando de cada vez, ou se preferir, apesar da 
sugestão, estude às 4h/a em um dos dias da semana com uma pausa de 20 min 
entre cada 2h/a.
•	 Cada	 assunto	 é	 cuidadosamente	 planejado	 para	 ordenar	 as	 informações	 necessárias	 ao	
entendimento da matéria – sua capacidade de assimilar um conteúdo depende de quão bem você 
aprendeu a precedente.
•	O	domínio	do	assunto	estudado	se	dá	por	meio	do	estudo	repetido.	O	ideal	é	sentir-se	a	vontade	
a seu respeito a ponto ser possível reproduzi-lo.
•	Responda	aos	exercícios	de	recapitulação	no	final	de	cada	unidade.
Bom trabalho a todos!
 
 Atenção
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar as 
atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
7
Caros, o objetivo de termos estudado todos os outros assuntos das unidades anteriores 
é permitir com que fossemos capazes de reunir uma quantidade de informação tal que nos 
permitisse conceber o trabalho ergonomicamente, aplicando a ergonomia de concepção, 
conforme visto na Unidade I deste material, ou seja aplicando a ergonomia adequada ao 
trabalho e ao seu posto.
Assim sendo, neste momento, estamos prontos para definir o projeto completo do posto de 
trabalho com uma visão ergonômica.
Desde os primórdios, o homem precisa do “trabalho” para sobreviver. Conforme o tempo 
foi passando, o trabalho foi mudando, adaptando-se às novas condições de vida, nas mais 
diferentes épocas.
Hoje,	bem	como	sempre,	o	 ser	humano	precisa	“realizar	 trabalho”	para	 sobreviver;	 sanar	
suas necessidades básicas e ter dignidade.
Todavia, cabe ressaltar que o trabalho deve ser um meio de vida e não de morte. Não é um 
vale tudo!
O mundo moderno impõe que sejamos trabalhadores multifuncionais, para que a organização 
seja competitiva. Mas todos devemos lembrar que, por mais tecnologia que haja disponível em 
todos os sentidos, os sistemas não são NADA sem a intervenção do homem.
E, para concluir, afirmamos e defendemos que a ergonomia, além de todas as características 
que apresentamos até o momento, deve ser aplicada como vetor de eficiência para as 
organizações. Isso é responsabilidade social. Isso é responsabilidade socioambiental. É moderno, 
competitivo e humano. Humano como cada um de nós!
Bom estudo a todos!
Contextualização
8
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
1. Introdução à Unidade
Nesta unidade, abordaremos todos os detalhes necessários à definição ergonômica do 
trabalho e do posto de trabalho.
Abordaremos,	 neste	 contexto,	 a	 ergonomia	 como	 vetor	 de	 eficiência	 nas	 organizações:	
“Trabalhar direito para trabalhar melhor e não trabalhar mais...”
Assim, nesta Unidade vamos rever todos os assuntos abordados até o momento.
Para iniciarmos vamos definir o que vem a ser o “posto de trabalho”.
O posto de trabalho, seja na manufatura, seja na prestação de serviços, é o local ou ambiente 
que você fica maior parte do seu tempo acordado. Se o local de trabalho não for minimamente 
agradável, o trabalhador tende a desenvolver “males” psico-emocionais tais como depressão. 
Segundo Iida (2005), posto de trabalho é a configuração física do sistema homem x máquina x 
ambiente.É uma unidade produtiva envolvendo o homem e o equipamento que ele utiliza para 
realizar o trabalho, bem como o ambiente que o circunda.Um posto de trabalho equivaleria 
a uma célula, onde o homem é o seu núcleo. Um conjunto de células constitui o tecido e um 
órgão, análogos aos departamentos, fábricas ou escritórios.
Note que, se o posto de trabalho e o trabalho nele executado trouxerem “agressividade” ao 
trabalhador, não vai haver NADA que o motive, logo, esse trabalhador vai realizar um trabalho 
ineficiente.
As organizações são compostas por pessoas. Pode ser uma organização de tecnologia como a 
IBM ou o Google. No Google, independente do tamanho que essa organização tenha atingido, 
os donos entrevistam os “candidatos aos cargos” pessoalmente, logo após sua contratação 
porque acreditam que, mesmo sendo uma empresa que “vende tecnologia” precisa ser composta 
de pessoas talentosas, criativas, comprometidas e motivadas. A ergonomia é motivacional. As 
pessoas, para produzirem, precisam ter algum tipo de prazer com o que fazem.
Há	dois	enfoques	para	analisar	o	posto	de	trabalho:	um	taylorista	e	outro	ergonômico.	Chamo	
sua atenção para que note que, em muitas vezes, esses “enfoques” coincidem.
2. Enfoque Taylorista
Segundo Iida (2005), o enfoque taylorista é baseado na economia de movimentos onde, as 
pessoas envolvidas na definição do processo e do posto de trabalho devem desenvolver um 
método de trabalho que melhor atenda os objetivos corporativos da organização. O grupo deve 
também definir um método padrão	seguindo	as	seguintes	premissas:
•	Realizar uma descrição detalhada do método especificando os movimentos necessários e 
sequencia dos mesmos;
•	Fazer um desenho esquemático do posto de trabalho, mostrando o posicionamento das peças, 
9
ferramentas e máquinas, com as respectivas dimensões;
•	Listar as condições ambientais (iluminação, gases, poeiras) e outros fatores que podem afetar o 
desempenho.
Além de definir um método padrão, deve estabelecer um tempo padrão: é o tempo 
necessário, a um operador experiente, para executar o trabalho usando um método padrão, 
incluindo-se aí as tolerâncias de espera, (por exemplo, aguardar a máquina a completar o ciclo), 
as ineficiências do processo produtivo, e as tolerâncias para fadiga (dependem da carga de 
trabalho e das condições ambientais).
Deve ser analisado também o uso do corpo humano no posto de trabalho, o arranjo físico 
do posto de trabalho e o projeto das ferramentas, utensílios, dispositivos e equipamentos que 
devem	ser	usados	no	posto	de	trabalho	seguindo	o	roteiro:
a- Uso do corpo humano
1 - A	duas	mãos	devem	iniciare	terminar	os	movimentos	no	mesmo	instante;
2 - As	duas	mãos	devem	ficar	inativas	ao	mesmo	tempo;
3 - Os	braços	devem	mover-se	em	direções	opostas	e	simétricas;
4 - Devem	ser	usados	movimentos	manuais	mais	simples;
5 - Deve-se	usar	quantidade	de	movimento	(massa	x	velocidade)	a	favor	do	esforço	muscular;
6 - Deve-se usar movimentos suaves, curvos e retilíneos das mãos (evitar mudanças bruscas 
de	direção);
7 - Os movimentos “balísticos” ou “soltos” terminando em anteparos são mais fáceis e 
precisos	que	os	movimentos	controlados;
8 - O	trabalho	deve	seguir	uma	ordem	compatível	com	o	ritmo	suave	e	natural	do	corpo;
9 - As	necessidades	de	acompanhamento	visual	devem	ser	reduzidas;
b- Arranjo do posto de trabalho
10 - As	ferramentas	e	materiais	devem	ficar	em	local	fixo;
11 - As	ferramentas,	materiais	e	controles	devem	localizar-se	perto	dos	seus	locais	de	uso;
12 - Os materiais devem ser alimentados por gravidade até o local de uso
13 - As	peças	acabadas	devem	fluir	por	gravidade	(quando	possível);
14 - Materiais	e	ferramentas	devem	localizar-se	na	mesma	sequência	do	seu	uso;
15 - A	iluminação	deve	permitir	uma	boa	percepção	visual;
16 - A altura disposto de trabalho deve permitir o trabalho em pé, alternado com trabalho 
sentado;
17 - Cada	trabalhador	deve	dispor	de	uma	cadeira	que	possibilite	uma	boa	postura;
10
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
c- Projeto das ferramentas e do equipamento
18 - O trabalho estático das mãos deve ser substituído por dispositivos de fixação, 
gabaritos	ou	mecanismos	acionados	por	pedal;
19 - Deve-se	combinar	a	ação	duas	ou	mais	ferramentas;
20 - As	ferramentas	e	os	materiais	devem	ser	pré-posicionados;
21 - As cargas de trabalho com os dedos devem ser distribuídas de acordo com as 
capacidades	de	cada	dedo;
22 - Os controles, alavancas e volantes devem ser manipulados com alteração mínima de 
postura do corpo e com maior vantagem mecânica.
3. Enfoque Ergonômico
De acordo com Iida (2005), o enfoque ergonômico é baseado na análise biomecânica da 
postura e nas interações entre o homem, sistema e o ao ambiente.
O enfoque ergonômico tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam exigências 
biomecânicas e cognitivas, procurando colocar o trabalhador em uma boa postura de trabalho. 
Aos objetos a serem manipulados ficam dentro da área de alcance dos movimentos corporais. 
As informações colocam-se em posições que facilite a sua percepção. Em outras palavras, o 
posto de trabalho deve envolver o trabalhador como uma “vestimenta” bem adaptada, em que 
ele possa realizar o trabalho com conforto, eficiência e segurança.
No enfoque ergonômico, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são adaptados 
às características do trabalho e capacidades do trabalhador visando promover o equilíbrio 
biomecânico, reduzir as contrações estáticas da musculatura e o estresse geral, Assim, procura-se 
garantir a motivação e a segurança do trabalhador e ainda, a produtividade do sistema. Procura-
se também eliminar tarefas altamente repetitivas, principalmente aquelas de ciclo menores há 1,5 
minutos.	Segue	alguns	pontos	de	atenção	para	a	promoção	do	enfoque	ergonômico	do	trabalho:
11
Fig. 1 – Recomendações para evitar lesões no posto de trabalho. Iida (2005)
4. Arranjo Físico (Layout) e Estudo de Fluxos
Segundo Iida (2005), o projeto do posto de trabalho faz parte de um planejamento mais 
global de instalações produtivas, também chamado arranjo físico ou layout de fábricas ou 
escritórios.	Esse	planejamento	de	instalações	e	pode	ser	feito	em	três	níveis:
Nível 1 – Projeto do macro espaço: são definidas as 
dimensões de cada departamento e também das áreas 
auxiliares, como estoques e manutenção. Nesse nível fica 
definido o fluxo geral de materiais, desde a entrada de matéria 
prima até a saída de produtos acabados, passando por todas 
as etapas intermediárias de transformação dessa matéria prima 
em produto.
Nível 2 – Projeto do micro espaço: Nesse nível a atenção 
é focalizada em cada unidade produtiva, ou seja, no posto 
de trabalho. Isso inclui o trabalhador e o ambiente em que 
está inserido tais como máquinas e equipamentos e condições 
locais de temperatura e ruído.
Nível 3 – Projeto detalhado: O projeto detalhado estabelece 
as características dainterface homem-máquina-ambiente, para 
que as interações entre esses subsistemas sejam adequadas. É 
nessa fase que são projetados oi selecionados os instrumentos 
de informação e de controle apropriados à natureza e exigências 
do trabalho.
O arranjo físico (layout) é o estudo da distribuição parcial ou o posicionamento relativo dos 
diversos elementos que compõe o posto de trabalho.
12
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
A	definição	arranjo	físico	no	posto	de	trabalho	dever	seguir	alguns	critérios:
 9 Importância: Colocar o componente mais importante em posição de destaque no posto 
de trabalho.
 9 Frequência de uso: Os componentes usados com maior frequência devem ser colocados 
em posição de destaque ou de mais fácil alcance e manipulação.
 9 Agrupamento	funcional:	Agrupamento	de	elementos	de	acordo	com	a	sequência	de	uso.
 9 Sequência de uso: Quando houver ordenamento operacional ou ligações temporais 
entre os elementos, as posições relativas dos mesmos no espaço devem seguir a mesma 
sequência.
 9 Intensidade de fluxo: Os elementos, entre os quais ocorrem maior intensidade de 
fluxo, são colocados próximos entre si.
 9 Ligações preferenciais: Os elementos os quais ocorrem determinados tipos de ligações 
são colocados próximos entre si.
Fig 2 e 3 - Arranjo físico e estudo de fluxos. Iida (2005)
A contribuição ergonômica pode ocorrer nos três níveis. No nível macro incluem-se estudos 
do ambiente em geral (iluminação temperaturas e ruídos), a organização do trabalho (horários 
e turnos), trabalhos em equipe, sistemas de transporte e outros. Essa amplitude refere-se á 
macroergonomia. No nível micro, a ergonomia concentra-se essencialmente no estudo do posto 
de trabalho. Na fase se Projeto Detalhado, faz estudos dos controles e manejos, e dos dispositivos 
de informação.Para que o projeto seja ADEQUADO ao posto de trabalho, é necessário obter 
13
informações sobre a natureza da tarefa, equipamento, posturas e ambiente. É preciso que se 
faça um “levantamento de dados” relativos á natureza do trabalho do posto de trabalho. Para 
tanto,	deve-se	observar:
 9 Se	há	fadigas	físicas,	visuais	e	mentais;
 9 Se	há	dores	localizadas	em	regiões	corporais;
 9 Se	há	desconfortos	ambientais	(ruídos,	poeiras,	vibrações,	calor,	reflexos	e	sombras);
 9 Outros aspectos físicos (absenteísmos e doenças ocupacionais).
5. Atividades para Projeto de um Posto de Trabalho
1 - Faça um levantamento sobre as características da tarefa, equipamento e ambiente 
usando	técnicas	como	observações,	entrevistas,	questionários	ou	filmagens;
2 - Identifique o grupo de usuários para realizar medidas antropométricas relevantes ou 
procure	obtê-las	em	tabelas;
3 - Determine as faixas de variações das medidas antropométricas para altura dos assentos, 
superfícies	de	trabalho,	alcances	e	apoios	em	geral;
4 - Estabeleça prioridades para as operações manuais, colocando aquelas principais 
na	área	de	alcance	preferencial;
5 - Providencie espaços adequados para acomodação e movimentação dos braços, 
pernas	e	tronco;
6 - Localize	os	dispositivos	visuais	dentro	da	área	normal	de	visão;
7 - Verifique a entrada e saída de materiais e de informaçõesde/para outros postos 
de	trabalho;
8 - Elabore um desenho do posto de trabalho em escala e posicione os seus 
principais	componentes;
9 - Construa um modelo (mock-up) em tamanho natural para testes com sujeitos 
ou	use	sistemas	de	simulação	–	maquete	eletrônica;
10 - Construa um protótipo para testes em condições reais de operação ou use sistemas de 
simulação –maquete eletrônica.
5.1 Análise da tarefa
A primeira etapa da análise de um posto de trabalho é fazer uma análise detalhada da tarefa. 
Esta pode ser definida como sendo um conjunto de ações humanas que torna possível um 
sistema atingir seu objetivo. Ou, em outras palavras, é o que faz o sistema funcionar, para se 
atingir o objetivo pretendido.
A	análise	da	tarefa	realiza-se	em	três	níveis	com	seus	respectivos	subníveis:
14
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
5.2. Descrição da tarefa: condições gerais da tarefa e as condições 
em que ela é executada
*Objetivo:	para quê serve a tarefa, o que será executado ou produzido, em que quantidade em 
com que qualidades;
*Operador:	que tipo de pessoa trabalhará no posto;
*Características	técnicas:	quais serão as máquinas e materiais envolvidos;
*Aplicações:	onde será usado o posto de trabalho;
*Condições	 operacionais:	 como vai trabalhar o operador; tipo de postura, esforços físicos, 
condições desconfortáveis, riscos de acidentes, uso de EPI;
*Condições	ambientais:	como será o ambiente físico em torno do posto de trabalho (temperatura, 
ruído, vibrações, gases, unidade, ventilação, iluminação e cores no ambiente);
*Condições	 organizacionais:	 organização do trabalho e condições sociais (horários, turno, 
trabalho em grupo, chefia, alimentação, remuneração e carreira).
As informações sobre a tarefa devemreferem-se ás interações em nível sensorial do homem 
e, os controles, em nível motor ou das atividades musculares.
5.3. Descrição das Ações:
*	Informações:	considerar o canal sensorial envolvido (auditivo, visual, sinestésico – sensibilidade 
dos movimentos); tipos de características dos sinais (intensidade, forma, frequência, duração); 
tipos e características dos dispositivos de informação (luzes, som displays, visuais, mostradores 
digitais e/ou analógicos).
*	Controles:	envolve o tipo de movimento corporal exigido; membros acionados no movimento, 
alcances manuais, características dos movimentos (velocidade, força precisão, duração); tipos e 
características dos instrumentos de controle (botões, alavancas, volantes e pedais).
As ações podem ser registradas pela observação direta, por amostragem ou por filmagens. 
Ergonomicamente, é importante registrar as seguintes características de cada ação.
5.4. Revisão crítica das tarefas e ações:
*	Tarefas	 altamente	 repetitivas:	as tarefas altamente repetitivas, com clico menor do que 90 
segundos, devem ser observadas e deve-se incluir mais ações durante o ciclo de maneira que o 
tempo de ciclo aumente. Quando a revisão do tempo de ciclo não for possível deve-se intercalar 
essa atividade com outras tarefas que usem diferentes combinações de movimentos musculares.
*	Ações	estáticas:	devem ser eliminadas ou aliviadas todos os tipos de contrações estáticas da 
musculatura, como por exemplo, quando se segura uma peça com uma das mãos, enquanto a 
outra executa alguma ação ou quando se deve manter o pedal acionado durante certo tempo.
15
6. Dimensionamento do Posto de Trabalho
O dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa fundamental para o bom 
desempenho da pessoa que ocupará esse posto.
Com a crescente difusão da ergonomia no mundo e a gradativa valorização dos seus 
conhecimentos, muitas de suas recomendações transformaram-se me normas técnicas. Essas 
normas não são obrigatórias. Porém, quando seguidas, garantem certo padrão mínimo de 
qualidade e melhoram a intercambialidade de componentes e sistemas. A ISO (International 
Standard Organization) iniciou, na década de 1980, um esforço para normatizar as medidas 
antropométricas em todo o mundo. Desde então foram, foram elaboradas mais de 30 normas 
relacionadas	com	a	ergonomia,	entre	elas:
 9 ISO 6385 –	Ergonomics	principles	in	the	design	of	work	systems;
 9 ISO 9241 –	Ergonomic	requirements	for	office	work	with	visual	display	terminals;
 9 ISO 11064 – 1 – Ergonomic design of control room layout.
O posto de trabalho deve ser dimensionado de forma que a maioria dos seus usuários tenha 
uma	postura	confortável.	Para	isso,	diversos	fatores	devem	ser	considerados:
 9 Postura	adequada	do	corpo;
 9 Movimentos	corporais	necessários;
 9 Alcance	dos	movimentos;
 9 Medidas	antropométricas	dos	ocupantes	do	cargo;
 9 Necessidade	de	iluminação;
 9 Necessidade	de	ventilação;
 9 Dimensões	das	máquinas,	ferramentas,dispositivos	e	mobiliário	em	geral;
 9 Interação	com	outros	postos	de	trabalho;
 9 Altura	do	posto	de	trabalho;
 9 Alcances	normais	e	máximos	das	mãos;
 9 Espaço	para	acomodar	pernas	e	realizar	movimentos	laterais	do	corpo;
 9 Dimensionamento	das	folgas;
 9 Altura	para	visão	e	ângulo	visual	e;
 9 Interação com o ambiente externo.
16
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
Fig. 4 – Dimensões recomendadas para projeto do posto de trabalho com computador. Iida (2005).
17
6.1 Controles e manejos
Esse tópico é particularmente importante no contexto do projeto posto de trabalho porque 
define a maneira pela qual vai, ou não vai, haver a interação entre homem e máquina, ou, entre 
homem e sistemas.
Segundo Iida (2005), as máquinas são consideradas como prolongamentos do homem. 
Uma boa adaptação homem x máquina contribui para reduzir erros, fadiga e acidentes. E, 
como consequência, melhora o funcionamento bem como eficiência do sistema. No projeto 
do posto de trabalho devem ser consideradas as características humanas para transmissão dos 
movimentos, especialmente o uso das mãos. Deve ser considerado também para que haja 
“harmonia” no posto de trabalho todas as ferramentas, dispositivos e utensílios utilizados pelo 
trabalhador no posto de trabalho.
Usemos como exemplo o movimento de controle que é aquele que é executado pelo corpo 
humano a fim de transmitir algum tipo de energia à máquina. Podem ser executados através das 
mãos ou pés que vai desde o aperto de um botão até movimentos completos de perseguição. 
A partir de um controle de videogame, podem-se acionar botões, ou “joysticks” para mover o 
elemento desejado.
Fig. 5 – Tipos de controle remoto. Iida (2005)
Quando se afirma que um objeto tem “pega antropomorfa” quer se dizer que o objeto tem 
uma superfície que se adapta ao corpo humano como no caso “a” da figura 5.
7. Mapa de risco
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais 
de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de 
acarretar	prejuízos	à	saúde	dos	trabalhadores:	acidentes	e	doenças	de	trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, 
equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do 
trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de 
trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)”.
18
Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
O mapa de risco tem a finalidade de conscientização e informação dos trabalhadores através 
da fácil visualização dos riscos existentes na empresa.
Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e 
saúde no trabalho na empresa.
Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os 
trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Para	elaborar	o	mapa	de	risco	deve-se	conhecer	o	processo	de	trabalho	no	local	analisado:	os	
trabalhadores:	número,	sexo,	idade,	treinamentos	profissionais	e	de	segurança	e	saúde,	jornada;	
os	instrumentos	e	materiais	de	trabalho;	as	atividades	exercidas;	o	ambiente.
Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos 
riscos ambientais.
Identificar	as	medidas	preventivas	existentes	e	sua	eficácia.	Medidas	de	proteção	coletiva;	
medidas	de	organização	do	 trabalho;	medidas	de	proteção	 individual;medidas	de	higiene	e	
conforto:	banheiro,	lavatórios,	vestiários,	armários,	bebedouro,	refeitório,	área	de	lazer.
Identificar os indicadores de saúde como queixas mais frequentes e comuns entre os 
trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais 
diagnosticadas, causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Elaborar	o	Mapa	de	Riscos,	sobre	o	layout	da	empresa,	indicando	através	de	círculos:
 9 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.
 9 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo.
 9 	A	especificação	do	agente	(por	exemplo:	químico	-	sílica,	hexano,	ácido	clorídrico;	ou	
ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do 
círculo.
 9 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser 
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
 9 Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade, 
utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente 
ao risco.
 9 Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, 
deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso 
para os trabalhadores.
19
Fig. 6 – Tabela de classificação do risco - http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Fig. 7 – Simbologia de cores do mapa de risco. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Fig. 8 - Tabela descritiva de riscos. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
Fig. 9 – Exemplo de mapa de risco.http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Os	riscos	ambientais	no	ambiente	de	trabalho	compreendem	os	seguintes	riscos:
 9 Agentes químicos
 9 Agentes físicos
 9 Agentes biológicos
 9 Agentes ergonômicos
 9 Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho.
São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua 
natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
7.1 Riscos físicos
São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, 
que podem causar danos à saúde do trabalhador.
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Fig. 10 – Exemplos de riscos físicos. http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Fig. 11 – Exemplos de riscos físicos e sua consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_
ARQUI20081104143622.pdf
7.2 Riscos químicos
São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, 
sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos 
à saúde.
Vias	de	penetração	no	organismo:
 9 Via	respiratória:	inalação	pelas	vias	aéreas.
 9 Via	cutânea:	absorção	pela	pele.
 9 Via	digestiva:	ingestão.
Fig. 12 – Exemplos de riscos químicos http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
Fig. 13 – Exemplos de riscos químicos e sua consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_
NOME_ARQUI20081104143622.pdf
7.3 Riscos biológicos
São aqueles causados por microrganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São 
capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.
Fig. 14 – Exemplos de riscos biológicos http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Fig. 14 – Exemplos de riscos biológicos e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_
ARQUI20081104143622.pdf
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7.4 Riscos Ergonômicos
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho 
se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico.
 Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do 
plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.
Fig. 15 – Trabalhador fatigado http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
Fig. 16 – Exemplos de riscos ergonômicos e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_
ARQUI20081104143622.pdf
7.5 Riscos Mecânicos ou de Acidentes
Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente 
físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física 
do trabalhador.
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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
Fig. 17 – Exemplos de riscos mecânicos e acidentes de trabalho e suas consequências http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/
DOC_DSC_NOME_ARQUI20081104143622.pdf
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Material Complementar
Caros,
com o objetivo de consolidar as informações obtidas neste ambiente, sugiro que façam uso 
do	seguinte	material:
 
 Explore
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2009.
FALZON, PIERRE. Ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
GUERIN,	F.;	LAVILLE,	A.	Compreender o trabalho para transformá-lo. A prática da 
ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.
MORAES, A. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro, 2AB, 2012.
GOMES FILHO, J. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. 
São	Paulo:	Escrituras,	2010.
Pense
Depois de ler o material e informar-se 
sobre o assunto, vamos pôr em prática 
esses conhecimentos nas atividades!
Bom trabalho!
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Unidade: Projeto do Posto de Trabalho
Referências
Pavani, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial em saúde ocupacional. 
XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.
Iida, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo. Editora Blucher, 2005.
 
 Explore
Workshop: Ergonomia aplicada á indústria farmacêutica. São Paulo. 
Agosto de 2010.
 · www.areaseg.com/
 · www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco
 · www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm
 · www.cipa.unidavi.edu.br/
27
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel:	(55	11)	3385-3000

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