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Histologia III Aula 3 – 19/02/2019 Ouvido – Órgão Vestibulococlear Ouvido: faz parte do sistema sensorial. Faz parte do sistema auditivo (percepção do som) e do sistema vestibular (relacionado com o equilíbrio do corpo). Ele é dividido em 3 porções diferentes: -Ouvido externo. -Ouvido médio. -Ouvido interno. OUVIDO EXTERNO: composto por: Pavilhão da orelha: apresenta formato irregular. É constituído por: -Placa de cartilagem elástica: que faz com que ele seja mais rígido. -Pele: camada fina. Contém folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas. Sua função está relacionada com a captação e amplificação do som. Meato acústico externo: canal que abrange o pavilhão e chega até a membrana do tímpano. É um canal que apresenta paredes rígidas compostas por cartilagem ou por ossos. -Terço externo: cartilagem elástica. -Dois terços internos: osso temporal. É revestido internamente por pele e nela encontramos pelos, glândulas sebáceas e glândulas ceruminosas (são glândulas sudoríparas modificadas que produzem o cerume). O cerume se adere aos pelos e juntamente eles apresentam uma função protetora, impedindo a entrada de partículas e até mesmo pequenos animais. Membrana do tímpano: é encontrada no final do meato acústico. Externamente ela é recoberta pela mesma pele do meato acústico e internamente, voltada para o ouvido médio ela possui um epitélio simples pavimentoso que pode chegar a cúbico baixo. No centro dessa membrana temos fibras colágenas dispostas em arranjo circular e radial. A sua função é de transmissão de ondas sonoras para os ossículos do ouvido médio. OUVIDO MÉDIO: Seus componentes estão localizados na cavidade timpânica dentro do osso temporal. Dentre esses componentes temos: tuba auditiva (de Eustáquio), ossículos auditivos (bigorna, martelo e estribo), músculos e janelas (janelas do vestíbulo/oval e da cóclea/redonda). A função geral desse ouvido é converter as ondas sonoras em vibrações mecânicas. Cavidade timpânica: separa a membrana timpânica da superfície óssea do ouvido interno. Ela é revestida por uma mucosa composta por epitélio pavimentoso simples apoiado sobre tecido conjuntivo. A tuba auditiva é a porção anterior se comunica com a faringe. Essa tuba é revestida por epitélio simples prismático ciliado. Essa tuba é importante para promover e equilibrar a pressão. Ossículos auditivos: estão na sequência: martelo (ligado a membrana), bigorna e estribo (ligado ao início do ouvido interno). Esses ossos estão interligados e entre eles aparecem articulações sinoviais móveis que permitem a movimentação. Esses ossículos conectam a membrana timpânica a janela do vestíbulo. Sua função está relacionada com a conversão das ondas sonoras em vibrações mecânicas. Músculos: estão inseridos nos ossículos. São formados por músculo estriado esquelético. Músculo tensor do tímpano: se insere no martelo. Músculo tensor do estribo (estapédio): se insere no estribo. Juntos esses músculos são responsáveis por promover o reflexo protetor ou de atenuação, pois sua contração torna rígida a cadeia de ossículos, reduzindo assim a transmissão das vibrações. Janelas: são aberturas da parede medial do ouvido médio voltadas para a região do ouvido interno que são recobertas por uma membrana conjuntivoepitelial. -Janela do vestíbulo/oval: se abre para o vestíbulo. -Janela da cóclea/redonda: se abre para a cóclea. Tem como função auxiliar na transmissão das ondas. ESTRIBO OUVIDO INTERNO: É composto por labirintos. Labirinto ósseo: apresenta 3 componentes: -Vestíbulo. -Cóclea. -Canais semicirculares. Labirinto membranáceo (regiões sensoriais): está dentro do labirinto ósseo. Ele é dividido em regiões diretamente relacionadas a audição e equilíbrio (funções do ouvido): -Labirinto vestibular: função do equilíbrio. Composto por sáculo, utrículo e ductos semicirculares. O sáculo apresenta a região sensorial mácula do sáculo. O utrículo apresenta região sensorial mácula do utrículo. Os ductos semicirculares apresentam as regiões sensoriais cristas ampulares. -Labirinto coclear: função de audição. Composto pelo ducto coclear. O ducto coclear apresenta a região sensorial órgão espiral (de Corti). Espaços cheios de líquido: O labirinto membranáceo é preenchido pela endolinfa. Esse espaço que o compõe é o espaço endolinfático. O labirinto ósseo é preenchido pela perilinfa. Esse espaço entre o labirinto ósseo e o membranáceo é o espaço perilinfático. LABIRINTO ÓSSEO: é um conjunto de cavidades e canais interconectados e formados por tecido ósseo. É separado do labirinto membranáceo pelo espaço perilinfático (perilinfa). Vestíbulo: Cavidade central de formato irregular. Parede lateral: janela do vestíbulo e janela da cóclea. Canais semicirculares: 3 canais que se estendem a partir da parede posterior do vestíbulo e a ela retornam. A extremidade expandida é a ampola. Cóclea: Estendem-se a partir da parede anterior do vestíbulo. LABIRINTO MEMBRANÁCEO: corresponde a um conjunto de sacos e ductos comunicantes formados por estruturas membranosas. É internamente preenchido por endolinfa. É revestido internamente por epitélio simples pavimentoso e externamente por tecido conjuntivo. Traves de tecido conjuntivo unem a região óssea a região membranosa. O epitélio que fica em contato com a endolinfa faz contato com o nervo vestibulococlear em alguns locais onde temos formação de um neuroepitélio que dá origem as regiões sensoriais. Labirinto vestibular: O sáculo e o utrículo estão dentro do vestíbulo. Os ductos semicirculares estão dentro dos canais semicirculares e contínuos com o utrículo. Labirinto coclear: O ducto coclear está dentro da cóclea e contínuo com o sáculo. Regiões sensoriais: são regiões especializadas que se projetam da parede do labirinto membranáceo para dentro da endolinfa. -Máculas: mácula do sáculo e mácula do utrículo. -Cristas ampulares: então presentes 1 em cada ampola dos ductos semicirculares. -Órgão espiral (de Corti): fica ao longo do ducto coclear. CÉLULAS SENSORIAIS DA REGIÃO SENSORIAL: tem como função em converter energia mecânica em energia elétrica. Células pilosas: possuem uma superfície onde encontramos um feixe piloso. Temos fileiras de estereocílios e um cinocílio (cílio único). Tipo I: Forma de cálice. Circundadas por um cálice do nervo aferente e algumas fibras eferentes. Tipo II: Cilíndricas. Terminações nervosas aferentes e eferentes na base. SÁCULO E UTRÍCULO: Epitélio espessado e diferenciado em neuroepitélio – Máculas. MACÚLAS: apresentam-se dispostas perpendicularmente uma à outra e tem a mesma estrutura. Sua função está relacionada ao equilíbrio, pois elas sentem a posição da cabeça e seu movimento linear. -Células pilosas tipo I e tipo II. -Células de sustentação. -Membrana otolítica. CRISTAS AMPULARES: regiões receptoras dos ductos. São formações alongadas do neuroepitélio. São formadas por células pilosas do tipo I e II, células de sustentação e cúpula (camada de material gelatinoso que separa as células da endolinfa). Essas cristas são regiões relacionadas ao equilíbrio e são sensíveis ao giro da cabeça. CÓCLEA: é uma espiral óssea, oca e que gira sobre si mesma em torno de um cone ósseo. Internamente ela tem uma região central chamada de modíolo, e é nele que ela se enrola. Ela possui 3 porções internamente: -Escala vestibular. -Escala média ou ducto coclear (tem endolinfa dentro dele). -Escala timpânica. Entre a escala vestibular e timpânica tem a perilinfa. O seu lado superior está voltado para a escala vestibular e é formado pela membrana vestibular. O seu lado inferior está voltado para a escala timpânica e é formado pela membrana basilar e é onde encontramos o órgão espiral. A base é formada pela estria vascular. Estria vascular: é formada por epitélio estratificado que é incomum pois possui presença de células sanguíneas entre as células epiteliais e elas produzem endolinfa. Membrana vestibular: é formada por epitélio simples pavimentoso e tecido conjuntivo. Membrana basilar: nela está presente o órgão espiral. Órgão espiral: é formado por células pilosastipo I e tipo II, células de sustentação e membrana tectória (separa as células da endolinfa) e é constituído por camada epitelial complexa presente no assoalho do ducto coclear. Tem função de receptor de som.
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