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Análise da obra Utopia- Thomas Morus

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Introdução
 Utopia é um termo que se refere a qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômica verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade. Publicada em 1516, a obra “Utopia” do filósofo Thomas Morus traz o referido conceito em seu enredo ao caracterizar a chamada Ilha da Utopia, uma ilha demasiadamente organizada e com uma sociedade harmoniosa e igualitária.
Livro primeiro
 Na primeira parte da obra, Morus apresenta uma sociedade distópica caracterizada pela injustiça e pela miséria inerentes ao feudalismo. O livro primeiro é marcado pelo diálogo entre Morus e Rafael Hitlodeu, um viajante que embarcou numa das viagens de Américo Vespúcio. 
 Ao apresentar uma forte crítica ao regime burguês e ao sistema feudal, o autor expõe os problemas políticos, econômicos e sociais presentes naquela época na Inglaterra, como: o absolutismo exacerbado do rei Henrique VII, corrupção e a precariedade no âmbito industrial e agrícola do país. Somado a isso, o alto índice de pobreza também foi um fator relevante para a construção da crítica de Morus, pois ocasionou mortes provocadas pela fome e o aumento do número de indigentes e criminosos no país. 
 
Livro segundo
 Podemos considerar a segunda parte da obra como a mais importante partindo da análise fantástica construída, através dos relatos de Rafael Hitlodeu, sobre a ilha da Utopia. Em comparação com a sociedade inglesa, o autor apresentou um modelo perfeito da relação cidadão-Estado no decorrer dos 8 subtópicos presentes no livro segundo, os quais também relataram de forma detalhada os esmeros das 54 cidades que faziam parte da ilha. Conquistada pelo rei Utopos ( o qual deu o nome a ilha), a ínsula foi considerada por Hitlodeu como o lugar que possuía a sociedade mais aplicada do mundo: “ O povo utopiano é espiritual, amável, engenhoso, ama o lazer, é paciente no trabalho, quando o trabalho é necessário; sua paixão favorita é o exercício e o desenvolvimento do espírito”( p. 138). 
 Utopia era, sem dúvidas, uma sociedade mágica, visto que todos viviam em comunidade e trabalhavam em prol de um bem comum. Naquele lugar não existia desigualdade de gênero, não faziam guerra pois a abominavam, repeliam idolatrias e religião e reconheciam um Deus único e não existia corrupção. 
 Ademais, o uso do dinheiro ocorria em casos extremos, pois lá existiam hospitais e médicos gratuitos e não praticavam o consumo exagerado, fator notório nos trechos “ No trabalho, vestem de couro ou de pele; este trajo pode durar até sete anos “ (p.95) e “ Os utopianos não vêm motivos para possuir um tão grande número ; não se sentiriam por isso nem mais cômoda nem mais elegantemente vestidos “ (p.96). As relações entre os cidadãos eram totalmente recíprocas, igualdade e justiça eram asseguradas a todos e a razão era o critério para estabelecer condutas sociais e não o autoritarismo do rei ou da Igreja. Quanto ao ordenamento jurídico na ilha da Utopia, as leis seriam promulgadas com finalidade de que cada um ficasse ciente de seus direitos e deveres, evitando assim a multiplicação das mesmas em infinitas disposições normativas.
 No livro em análise, também se destaca uma crítica social em torno da abolição da propriedade privada pois afirmava-se que seria impossível manter a igualdade com ela: “Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum. Para abolir a ideia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa todos os dez anos e tiram a sorte da que lhes deve caber na partilha “ (p. 83). 
Considerações finais
 Ao final da narrativa, Morus diz que a Utopia é o verdadeiro ornamento de um Estado e que desejava ver este modelo de organização presente em nossas cidades. Ora, diria a Morus que esta vontade não pertence somente a ele. Seria um sonho viver em um mundo semelhante à ilha da Utopia, porém, seria mais magnífico se transformássemos este sonho em realidade, realidade esta sustentada pela dignidade, justiça, empatia e igualdade. 
Análise da obra “Utopia" – Thomas Morus
 Aluna: Maria Eduarda B. Martins 
 1° período “B" 
 Prof. Reynaldo Mello 
Quirinópolis
2020

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