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Interpretação de Textos para Concursos

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PORTUGUÊS 
- SOLDADO PM - 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2016 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em 
qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado 
com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da 
Loja do Concurseiro. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
3 
 
PROGRAMA: 
PORTUGUÊS 
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos 
(literários e não literários). 
2. Sinônimos e antônimos. 
3. Sentido próprio e figurado das palavras. 
4. Pontuação. 
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, 
pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: 
emprego e sentido que imprimem às relações que 
estabelecem. 
6. Concordância verbal e nominal. 
7. Regência verbal e nominal. 
8. Colocação pronominal. 
 9. Crase. 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público 
a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar 
no momento de responder às questões relacionadas a 
textos. 
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA 
(capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). 
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz 
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando 
condições para a estruturação do conteúdo a ser 
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de 
CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de 
seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um significado diferente daquele inicial. 
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se 
INTERTEXTO. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de 
uma interpretação de um texto é a identificação de sua 
ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias 
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou 
explicações, que levem ao esclarecimento das questões 
apresentadas na prova. 
Nesse processo, buscam-se: 
a) a ideia principal (ou básica); 
b) as ideias secundárias; 
c) o reconhecimento de palavras ou expressões que 
possam dar validade ao entendimento das ideias 
expressas no texto. 
 
ORIENTAÇÃO: 
Com a finalidade de auxiliar o raciocínio de quem deve 
responder a questões de compreensão de textos, 
observe o seguinte: 
1) Atenha-se exclusivamente ao texto. 
2) Proceda através de eliminação de hipóteses. 
3) Compare o sentido das palavras; às vezes, uma 
palavra decide a melhor alternativa. 
4) Tente encontrar o tópico frasal, ou seja, a frase que 
melhor sintetiza o texto. 
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 
 
1. IDENTIFICAR – reconhecer os elementos 
fundamentais de uma argumentação, de um processo, 
de uma época (neste caso, procuram-se termos, como 
os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 
2. COMPARAR – descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto. 
3. COMENTAR - relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – concentrar as ideias centrais e/ou 
secundárias em um só parágrafo. 
5. PARAFRASEAR – reescrever o texto com outras 
palavras. 
LÍNGUA PORTUGUESA 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
4 
EXEMPLO 
 
 TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES 
 "O HOMEM UNIDO ” 
 A INTEGRAÇÃO DO MUNDO 
A INTEGRAÇÃO DA 
HUMANIDADE 
A UNIÃO DO HOMEM 
HOMEM + HOMEM = MUNDO 
A MACACADA SE UNIU 
(SÁTIRA) 
 
Atentem para esta distinção: 
 
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR 
SIGNIFICA 
 COMPREENDER SIGNIFICA 
- EXPLICAR, 
COMENTAR, JULGAR, 
TIRAR CONCLUSÕES, 
DEDUZIR. 
- TIPOS DE 
ENUNCIADOS 
• Através do texto, 
INFERE-SE que... 
• É possível DEDUZIR 
que... 
• O autor permite 
CONCLUIR que... 
• Qual é a INTENÇÃO 
do autor ao afirmar 
que... 
- INTELECÇÃO, 
ENTENDIMENTO, ATENÇÃO 
AO QUE REALMENTE ESTÁ 
ESCRITO. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS: 
• O texto DIZ que... 
• É SUGERIDO pelo autor 
que... 
• De acordo com o texto, é 
CORRETA ou ERRADA a 
afirmação... 
• O narrador AFIRMA... 
 
ERROS DE INTERPRETAÇÃO 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são: 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio 
do tema quer pela imaginação. 
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um 
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do 
entendimento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do 
candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, 
consequentemente, errando a questão. 
 
É preciso estar atento para a ideia principal de 
cada parágrafo, só assim se assegura um caminho que 
levará à compreensão do texto. Pode-se, 
tranquilamente, ser bem-sucedido numa interpretação 
de texto. Para isso, deve-se observar o seguinte: 
 Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto; 
 Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura, vá até o fim, 
ininterruptamente; 
 Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas 
entrelinhas; 
 Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 
 Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as 
do autor; 
 Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para 
melhor compreensão; 
 Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 
parte) do texto correspondente; 
 Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão; 
 Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de 
...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, 
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem 
nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender 
o que se perguntou e o que se pediu; 
 Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa, às vezes 
a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia 
a resposta; 
 Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva; 
 Nãose deve procurar a verdade exata dentro 
daquela resposta, mas a opção que melhor se 
enquadre no sentido do texto; 
 Procure estabelecer quais foram as opiniões 
expostas pelo autor, definindo o tema e a 
mensagem; 
 O autor defende ideias e você deve percebê-las; 
 As orações coordenadas não têm oração principal, 
apenas as ideias estão coordenadas entre si; 
 Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele 
maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou 
determinando-lhe o significado. 
A interpretação não depende de cada um, mas, sim, 
do que está escrito. "O que está escrito, escrito está." 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
5 
DICA DE INTERPRETAÇÃO: comece pelas questões mais 
curtas; diante das opções, elimine as improváveis; 
muitas vezes há alternativas tão absurdas que 
dispensam a leitura integral do texto. Às vezes, citam 
dados, informações que sequer são mencionados no 
texto. 
 
PASSOS PARA LEITURA E ENTENDIMENTO DO TEXTO 
O candidato deve fazer dois tipos de leitura: 
 
1ª leitura informativa: para buscar as palavras mais 
importantes de cada parágrafo, que constituem as 
palavras-chave do texto em torno das quais as outras se 
organizam para dar significação e produzirem sentidos. 
 
2ª leitura interpretativa: para compreender, analisar e 
sintetizar as informações do texto. 
 
A leitura interpretativa requer: 
 
* compreensão: entender a mensagem literal contida 
no texto. As questões versam sobre a postura 
ideológica do autor, a ideia central, a tese defendida. 
 
* análise: depreender do texto a informação essencial. 
Para isso é importante buscar as palavras mais 
importantes de cada parágrafo, elas constituirão as 
palavras-chave do texto. Atentar para os modos de 
articulação das ideias. 
 
* síntese: organizar as ideias principais do autor para 
chegar à expressão que constitui a tese defendida pelo 
autor durante todo o texto. 
 
Nas questões de compreensão / interpretação de texto, 
o candidato deve, além da compreensão, análise e 
síntese, destacar, em cada parágrafo, a informação 
básica, para facilitar a compreensão do texto. 
 
 
Há diferença no objetivo das questões de 
compreensão e de interpretação de textos 
 
1. Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em 
analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar 
dados do texto. 
 
2. Interpretação de Texto – consiste em saber o que se 
infere (conclui) do que está escrito. 
 
 
 
Dicas importantes para a análise de textos: 
 
1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas 
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato 
interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente 
às informações que estão relatadas. 
 
2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto 
deve ser considerado como um todo, não se atenha à 
parte dele. 
 
3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar 
entender justamente o contrário do que está escrito. 
Leia duas vezes o comando da questão, para saber 
realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas 
palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, 
é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro etc. 
 
4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, 
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
 
5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se 
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 
 
6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, 
mas sim o que ele disse; escreveu. 
 
7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que 
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes 
demonstrativos, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
6 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
A Tipologia Textual define, em linhas gerais, os 
seguintes tipos (básicos) de texto em prosa: 
1. Descritivo 
2. Narrativo 
3. Dissertativo 
 
1. Descritivo: é o texto do objeto - da impressão física, 
da imagem, da cor, do aroma, da beleza, da feiura, do 
relevo, da paisagem, da precisão quanto aos aspectos 
físicos. 
 
 Predomina o tempo pretérito imperfeito ou 
mesmo o presente ( indicativo e subjuntivo). 
 
Exemplos: os aspectos físicos e tipos humanos de uma 
favela carioca, a obra de um sociólogo que descreve o 
biótipo de um determinado povo, o texto de um “folder” 
turístico etc. 
 
 
2. Narrativo: texto utilizado para contar um caso, narrar 
fato(s), historiar acontecimentos, não importando se 
fictícios ou verídicos. 
 
 Predominam neste texto os tempos pretéritos: 
perfeito ou imperfeito. 
 A ação é um dos principais ingredientes da 
narração. 
 O tempo é outro dos ingredientes. 
 O autor, muitas vezes, utiliza personagens que 
dialogam. 
 
Exemplos: uma crônica, um caso, um conto, uma notícia 
de jornal, uma partida de futebol, um romance, uma 
parábola, uma historinha infantil etc. 
 
 
3. Dissertativo: é o texto da ideia - da opinião, do ponto 
de vista. 
 
 Privilegia o discurso indireto ( 3ª pessoa ), 
embora possa redigido na 1ª pessoa. 
 Aborda, quase sempre, um tema palpitante do 
comportamento humano: justiça social, ética 
(práticas aéticas), ecologia (crimes ambientais), 
paz (violência urbana), democracia, liberdade, 
futuro do homem ( seus medos e anseios) etc. 
 
Exemplos: um editorial de jornal, um artigo do Diogo 
Mainardi (Veja), um texto de pensamentos filosóficos 
etc. 
Há ainda outros tipos de textos: 
 
 
 Texto Injuntivo: qualquer texto que tenha a 
finalidade de instruir o leitor (interlocutor). Por 
esse motivo, sua estrutura se caracteriza por 
verbos no imperativo: ordenando ou sugerindo. 
 
a) Injuntivo-instrucional: quando a orientação não é 
coercitiva, não estabelece claramente uma ordem, mas 
uma sugestão, um conselho. Exemplos: 
a) o texto que predomina num livro de autoajuda; 
b) o manual de instruções de um eletroeletrônico; 
c) o manual de instruções ( programação ) sobre metas, 
funções etc.; 
d) uma ingênua receita de bolo escrita pela avó... 
 
 
b) Injuntivo-prescritivo: a orientação é uma imposição, 
uma ordem baseada em condições sine qua non. 
Exemplos: 
a) a receita de um médico (a um paciente) transmitida à 
enfermeira responsável; 
b) os artigos da Constituição ou do Código de Processo 
Penal; 
c) a norma culta da Língua Portuguesa; 
d) as cláusulas de um contrato; 
e) o edital de um concurso público... 
 
 
 Texto expositivo: apresenta informações sobre 
um objeto ou fato específico, sua descrição, a 
enumeração de suas características. Esse deve 
permitir que o leitor identifique, claramente, o 
tema central do texto. 
 
Um fato importante é a apresentação de bastante 
informação, caso se trate de algo novo esse se faz 
imprescindível. 
 
Quando se trata de temas polêmicos a apresentação de 
argumentos se faz necessário para que o autor informe 
aos leitores sobre as possibilidades de análise do 
assunto. 
 
O texto expositivo deve ser abrangente, deve permitir 
que seja compreendido por diferentes tipos de pessoas. 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
7 
 A fábula é uma narrativa figurada, na qual as 
personagens são geralmente animais que 
possuem características humanas. Pode ser 
escrita em prosa ou em verso e é sustentada 
sempre por uma lição de moral, constatada na 
conclusão da história. 
 
A fábula está presente em nosso meio há muito 
tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. 
Muitos provérbios populares vieram da moral contida 
nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa 
é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e 
“Um amigo na hora da necessidade é um amigo de 
verdade” em “A cigarrae as formigas”. 
 
Portanto, sempre que redigir uma fábula 
lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além 
disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata-
se de uma narrativa. 
 
Por ser exposta também oralmente, a fábula 
apresenta diversas versões de uma mesma história e, 
por este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, 
dependendo da intenção do escritor ou interlocutor. 
 
É um gênero textual muito versátil, pois permite 
diversas situações e maneiras de se explorar um 
assunto. É interessante, principalmente para as 
crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro 
de preceitos morais sem que percebam. 
 
E outra motivação que o escritor pode ter ao 
escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um 
concurso que tenha essa modalidade de escrita como 
opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar 
da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se 
sempre de escolher personagens inanimados e/ou 
animais e uma moral que norteará todo o enredo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A Crônica é uma reflexão sobre o acontecido. 
 
A crônica é um gênero que tem relação com a 
ideia de tempo e consiste no registro de fatos do 
cotidiano em linguagem literária, conotativa. 
 
A origem da palavra crônica é grega, vem de 
chronos (tempo), é por isso que uma das características 
desse tipo de texto é o caráter contemporâneo. 
 
A crônica difere da notícia, e da reportagem 
porque, embora utilizando o jornal ou a revista como 
meio de comunicação, não tem por finalidade principal 
informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. 
Desta finalidade resulta que, neste tipo de texto, 
podemos ler a visão subjetiva do cronista sobre o 
universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se 
invariavelmente na 1ª pessoa. 
 
Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao 
cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se 
move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o 
literário, entre a narração impessoal dos 
acontecimentos e a força da imaginação. Diálogo e 
monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o 
sujeito da enunciação. A subjetividade percorre todo o 
discurso. 
 
A crônica não morre depressa, como acontece 
com a notícia, mas morre, e aqui se afasta 
irremediavelmente do texto literário, embora se vista, 
por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a 
ambiguidade, a antítese, a conotação, etc. 
 
A sua estrutura assemelha-se à de um conto, 
apresentando uma introdução, um desenvolvimento e 
uma conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
8 
Discurso 
Os personagens que participam da história 
evidentemente falam. É o que se conhece como 
discurso, que pode ser: 
 
1) Direto: O narrador apresenta a fala do personagem, 
integra, palavra por palavra. Geralmente se usam dois 
pontos e travessão. 
Ex.: o funcionário disse ao patrão: 
- Espero voltar no final do expediente. 
 
Rui perguntou ao amigo: 
- Posso chegar mais tarde? 
 
2) Indireto: O narrador incorpora à sua fala a fala do 
personagem. O sentido é o mesmo do discurso direto, 
porém é utilizada uma conjunção integrante (que ou se) 
para fazer a ligação. 
Ex.: O funcionário disse ao patrão que esperava voltar 
no final do expediente. 
 Rui perguntou ao amigo se poderia chegar mais 
tarde. 
 
 
Obs.: O conhecimento desse assunto é muito 
importante para as questões que envolvem as 
paráfrases. Cuidado, pois, com o sentido. Procure ver se 
está sendo respeitada a correlação entre os tempos 
verbais e entre determinados pronomes. Abaixo, outro 
exemplo, bem elucidativo. 
Minha colega me afirmou: 
- Estarei aqui, se você precisar de mim. 
 
Minha colega me afirmou que estaria lá se eu 
precisasse dela. 
 
O sentido é, rigorosamente, o mesmo. Foi necessário 
fazer inúmeras adaptações. 
 
3) Indireto livre 
É praticamente uma fusão dos dois anteriores. 
Percebe-se a fala do personagem, porém sem os 
recursos do discurso direto (dois pontos e travessão) 
nem do discurso indireto (conjunções que ou se). 
Ex.: Ele caminhava preocupado pela avenida deserta. 
Será que vai chover, logo hoje, com todos esses 
compromissos!? 
 
 
 
 
 
 
Exemplo prático de tipos textuais (fragmentos de Cora 
Coralina): 
 
“Fui criada ( e até hoje moro ) numa casa simples, mas 
de cômodos bem amplos e confortáveis. Um jardim 
colorido e aromático. Beija-flores por aqui não faltam. 
Tenho duas filhas. Ana, uma menina alta, meio 
desengonçada, mas de um brilho especial nos olhos 
muito pretos. Virgínia, uma menina muito magra, 
gestos e rosto delicados, tem uma cabeleira tão ruiva 
que poderia ser confundida com uma dessas atrizes do 
cinema americano....” 
Texto descritivo. 
 
 
“Certo dia, minhas duas filhas e eu fomos passear pelo 
sítio. Na margem do rio havia uma pequena canoa. O 
espírito de aventura falou mais alto. Entramos na canoa 
e, no meio do leito, notamos a água infiltrando-se. 
Percebi o desespero das meninas, mas 
tive de aparentar toda a calma e...” 
Texto narrativo. 
 
 
“A vida de uma mulher não é fácil em parte alguma 
deste mundo. A sociedade machista impõe-lhe regras e 
destinos que ela jamais pode escolher. A mulher será 
sempre uma escrava totalmente submissa ao marido, às 
tradições, aos costumes e à hipocrisia chauvinista 
dos...” 
Texto dissertativo. 
 
 
“Minhas receitas preferidas. Bolo de Banana. 
Caramelize uma forma com açúcar, corte 10 bananas 
no sentido do comprimento, coloque-as na forma, bata 
4 ovos com uma xícara de leite, duas de farinha de trigo 
e uma colher de fermento. Despeje a massa na forma, 
polvilhe (a gosto) com canela e açúcar e leve ao forno 
pré-aquecido em 180ºC. Deixe...” 
Texto injuntivo (instrucional). 
 
 
“Como fazer um parto de emergência ( recado para 
minhas filhas e netas). Mantenha a calma. Prepare uma 
superfície limpa para ela se deitar. Pegue uma tesoura e 
três pedaços de linha de 25cm. Ferva tudo por 10 
minutos. Dobre um cobertor e coloque-o sobre a futura 
mamãe. Lave bem as mãos e as unhas com água e 
sabão. Quando as contrações aumentarem...” 
Texto injuntivo-prescritivo. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
9 
Paráfrase: é a reescritura de um texto sem alteração de 
sentido. Questões de interpretação com frequência se 
baseiam nessa técnica. Vários recursos podem ser 
utilizados para parafrasear um texto. 
 
1) Emprego de sinônimos 
Ex.: Embora voltasse cedo, deixava os pais 
preocupados. 
Conquanto retomasse cedo, deixava os genitores 
preocupados. 
 
2) Emprego de antônimos, com palavra negativa. 
Ex.: Ele era fraco. = Ele não era forte. 
 
3) Utilização de termos anafóricos, isto é, que 
remetem a outros já citados no texto. 
Ex.: Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi ao colégio; 
Antônio, ao cinema. 
 Paulo e Antônio já saíram. Aquele foi ao colégio; 
este, ao cinema. Aquele = Paulo este = 
Antônio 
 
4) Troca de termo verbal por nominal, e vice-versa. 
Ex.: É necessário que todos colaborem. 
 É necessária a colaboração de todos. 
 
5) Omissão de termos facilmente subentendidos. 
Ex.: Nós desejávamos uma missão 'mais delicada, mais 
importante. 
 Desejávamos missão mais delicada e importante. 
 
6) Mudança de ordem dos termos no período. 
Ex.: Lendo o jornal, cheguei à conclusão de que tudo 
aquilo seria esquecido após três ou quatro meses de 
investigação. 
 Cheguei à conclusão, lendo o jornal, de que tudo 
aquilo, após três ou quatro meses de pesquisa, seria 
esquecido. 
 
7) Mudança de voz verbal 
Ex.: A mulher plantou uma roseira em seu jardim. (voz 
ativa) 
Uma roseira foi plantada pela mulher em seu jardim. 
(voz passiva)Obs.: Se o sujeito for indeterminado (verbo na 3a 
pessoa do plural), haverá duas mudanças possíveis. 
Ex.: Plantaram uma roseira. (voz ativa) 
 Uma roseira foi plantada. (voz passiva analítica) 
 Plantou-se uma roseira. (voz passiva sintética) 
 
 
 
8) Troca de discurso 
Ex.: Pedro disse: - Cortarei a grama sozinho. (discurso 
direto) 
 Pedro disse que cortaria a grama sozinho. (discurso 
indireto) 
 
 
9) Troca de palavras por expressões perifrásticas 
(vide perífrase, no capítulo seguinte) e vice-versa 
Ex.: Castro Alves visitou Paris naquele ano. 
 O poeta dos escravos visitou a cidade luz naquele 
ano. 
 
10) Troca de locuções por palavras e vice-versa: 
Ex.: O homem da cidade não conhece a linguagem do 
céu. 
 O homem urbano não conhece a linguagem celeste. 
 
 
Vamos então fazer um exercício. Leia o trecho abaixo e 
anote a alternativa em que não ocorre uma paráfrase. 
O homem caminha pela vida muitas vezes 
desnorteado, por não reconhecer no seu íntimo a 
importância de todos os instantes, de todas as coisas, 
simples ou grandiosas. 
a) Frequentemente sem rumo, segue o homem pela 
vida, por não reconhecer no seu íntimo o valor de 
todos os instantes, de todas as coisas, sejam 
simples ou grandiosas. 
b) Não reconhecendo em seu âmago a importância de 
todos os momentos, de todas as coisas, simples ou 
grandiosas, o homem caminha pela vida muitas 
vezes desnorteado. 
c) Como não reconhece no seu íntimo o valor de todos 
os momentos, de todas as coisas, sejam elas 
simples ou não, o homem vai pela vida 
frequentemente desnorteado. 
d) O ser humano segue, com frequência, vida afora, 
sem rumo, porquanto não reconhece, em seu 
interior, a importância de todos os instantes, de 
todas as coisas, simples ou grandiosas. 
e) O homem caminha pela vida sempre desnorteado, 
por não reconhecer, em seu mundo íntimo, o valor 
de cada momento, de cada coisa, seja ela simples 
ou grandiosa. 
 
Gabarito: Alternativa e) 
O advérbio “sempre” não significa “muitas vezes”. 
 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
10 
EXERCÍCIO DE TIPOLOGIA TEXTUAL 
1. identifique o tipo de redação apresentando: 
(1) descrição 
(2) narração 
(3) dissertação 
 
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto 
de toda a nação brasileira conseguirá vencer os 
gravíssimos problemas econômicos, por todos há 
muitos conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por 
si sós, não são capazes de alterar a realidade, se as 
autoridades que elaboram não contarem com o apoio 
da opinião pública, em meio a uma comunidade de 
cidadãos conscientes. 
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe 
uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se 
um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos a 
dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta deste 
lago pairam, imponentes, árvores seculares que 
parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se 
sucedem pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, 
estende-se por todo aquele local, imprimindo à 
paisagem um clima de tranquilidade e aconchego. 
 
( ) As crianças sabiam que a presença daquele 
cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da 
mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer 
cabimento; um apartamento tão pequeno que mal 
acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda 
tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos 
esconderam o animal em um armário próximo ao 
corredor e ficaram sentados na sala à espera dos 
acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do 
trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a 
expulsá-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos. 
( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 
12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá 
avistava todos os dias a movimentação incessante dos 
transeuntes, os frequentes congestionamentos dos 
automóveis e a beleza das arrojadas construções que 
sucedem do outro lado da avenida. Estes prédios 
moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões 
antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, 
contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, 
imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem 
desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do 
progresso. 
 
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia 
que são incalculáveis os danos que o homem vem 
causando ao meio ambiente. O desmatamento de 
grandes extensões de terra, transformando-as em 
verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da 
poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies 
são apenas alguns aspectos a serem mencionados. Os 
que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar 
das futuras gerações temem que a ambição desmedida 
do homem acabe por tornar esta terra inabitável. 
 
( ) O candidato à vaga de administrador entrou 
no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia 
inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre 
se sentia assim quando estava por ser testado. O dono 
da firma sentou-se com ar de extrema seriedade e 
começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele 
interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela 
sensação desagradável dissipou-se quando ele foi 
informado de que o lugar era seu. 
 
 
Gabarito: (3), (1), (2), (1), (3), (2) 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
11 
EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Texto I 
Detector de mentira por e-mail. 
 
Cientistas norte-americanos garantem que 
criaram método para identificar uma mentira contada 
em mensagens eletrônicas (Revista Língua, nº 18, 2007 
– Texto adaptado) 
 
Cientistas da Universidade de Cornell, nos 
Estados Unidos, anunciaram no fim de fevereiro, início 
de março, ser capazes de identificar uma mentira 
contada por e-mail. Analisando cinco características de 
textos falaciosos, identificaram “pistas” que mentirosos 
deixam em textos escritos. 
Segundo os cientistas, a margem de acerto nos 
testes é de 70%. Os conhecimentos podem ser 
condensados em um programa de computador 
disponível já a partir do próximo ano. 
Textos falsos têm, por exemplo, 28% mais 
palavras que textos verdadeiros, descobriram os 
cientistas. Mas a ocorrência de frases casuais, que 
possam despertar ambigüidade, é bem menor nos 
verdadeiros que nos mentirosos. Mais detalhadas que 
as verdades, mentiras são contadas por meio daquilo 
que os pesquisadores chamam de “expressão de 
sentido”, como “sentir”, “ver”, e “tocar” – usadas para 
criar um cenário que nunca existiu. 
Mentirosos desconfortáveis com a própria 
lorota tenderiam ainda a usar palavras com sentido 
negativo, como “triste”, “estressado”, “irritado”. [...] 
O professor Jeff Hancock, coordenador do 
estudo, disse que, mais que ajudar as pessoas a 
identificar mentirinhas privadas contadas por seus 
parceiros amorosos, a pesquisa pode ter diversos usos 
públicos. 
 
01. A leitura global do texto nos permite inferir que o 
autor quer: 
A) chamar a atenção para uma descoberta 
revolucionária: a mentira por e-mail pode estar com 
os seus dias contados. 
B) mostrar que a mentira é comum nos e-mails: todos 
mentem porque não serão descobertos. 
C) enfatizar que há recursos modernos para o homem 
se esconder atrás de uma cortina, a da mentira 
eletrônica. 
D) lembrar de que a mentira faz parte da vida dos 
homens: tanto faz mentir como dizer a verdade, não 
há problemas. 
 
 
02. No texto: “Detector de mentira por e-mail” 
predominam as marcas de um texto: 
A) narrativo. C) descritivo. 
B) dissertativo. D) narrativo-argumentativo. 
 
TEXTO II 
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, 
dois anossem Senna ... Não há calendário para a 
saudade. 
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 
 
03. Segundo o texto, a saudade: 
a) aumenta a cada ano. 
b) é maior no primeiro ano. 
c) é maior na data do falecimento. 
d) é constante. 
e) incomoda muito. 
 
04. A segunda oração do texto tem um claro valor: 
a) concessivo c) causal 
b) temporal d) condicional e) proporcional 
 
05. A repetição da palavra não exprime: 
a) dúvida c) tristeza 
b) convicção d) confiança e) esperança 
 
TEXTO III 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os 
leitores. (José Sarney, na Veja) 
 
06.Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a) esportiva c) profissional 
b) intelectual d) sentimental e) religiosa 
 
07.O autor do texto sugere estar passando de: 
a) escritor a político d) senador a escritor 
b) político a jornalista e) político a escritor 
c) político a romancista 
 
08.Infere-se do texto que a atividade inicial do autor 
foi: 
a) agradável c) simples 
b) duradoura d) honesta e) coerente 
 
09.O trecho que justifica a resposta ao item anterior 
é: 
a) e agora c) passei a vida 
b) os leitores d) atrás de eleitores e) busco 
 
10.A expressão que não pode substituir o termo 
agora é: 
a) no momento c) presentemente 
b) ora d) neste instante e) recentemente 
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12 
TEXTO IV 
Os animais que eu treino não são obrigados a 
fazer o que vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
11.O sentimento que melhor define a posição do autor 
perante os animais é: 
a) fé c) solidariedade 
b) respeito d) amor e) tolerância 
 
12.O autor do texto é: 
a) um treinador atento d) um adestrador consciente 
b) um adestrador frio e) um adestrador filantropo 
c) um treinador qualificado 
 
13.Segundo o texto, os animais: 
a) são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b) fazem o que não lhes permite a natureza. 
c) não fazem o que lhes permite a natureza. 
d) não são objeto de qualquer preocupação para o 
autor. 
e) são treinados dentro de determinados limites. 
 
Texto V 
 
14. O humor provocado pela tirinha se estabelece pela 
leitura: 
(A) do primeiro quadrinho, somente. 
(B) do segundo quadrinho, somente. 
(C) do terceiro quadrinho, somente. 
(D) do primeiro e do terceiro quadrinhos. 
(E) do segundo e do terceiro quadrinhos. 
 
TEXTO VI 
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa 
vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço 
SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A 
empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de 
dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há 
dois anos disposta a brigar com a líder global, Tetrapak, 
que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. 
Os estudos para a implantação da fábrica foram 
recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, 
pela facilidade logística junto ao Mercosul. Entre os oito 
atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, 
com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 
italiana Cirio, no Brasil. 
(Denise Brito, na Exame, dez./99) 
15) Segundo o texto, a SIG Combibloc: 
a) produz menos embalagem que a Tetrapak. 
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul. 
c) possui oito clientes no Brasil. 
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil. 
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não 
esteja instalada no país. 
 
16) Segundo o texto: 
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma 
fábrica no Sul. 
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de 
atomatado. 
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2º lugar mundial na 
produção de embalagem longa vida. 
d) a Unilever é empresa chilena. 
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do 
grupo. 
 
17) Os estudos apontam para o Sul porque: 
a) o clima favorece a produção de embalagens longa 
vida. 
b) está próximo aos demais países que compõem o 
Mercosul. 
c) A Cirio já se encontra estabelecida ali. 
d) nos países do Mercosul já há clientes da Combibloc. 
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora. 
 
18) " ... que detém cerca de 80% dos negócios 
nesse mercado." Das alterações feitas nessa 
passagem do texto, a que não mantém o sentido 
original é: 
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal 
mercado. 
b) quepossui perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios 
em tais mercados. 
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios 
nesse mercado. 
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse 
mercado. 
 
19) " ... e apontam para o Sul do país ... " O trecho 
destacado só não pode ser entendido, no texto, 
como: 
a) e indicam o Sul do pai 
b) e recomendam o Sul do país 
c) e incluem o Sul do país 
d) e aconselham o Sul do país 
e) e sugerem o Sul do país 
Gabarito: 1. A, 2. A, 3. D, 4. C, 5. B, 6. C, 7. E, 8. B, 9. C, 10. E, 
11. B, 12. D, 13. E, 14. E, 15. E, 16.E, 17.B, 18.C, 19.C. 
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13 
Prova de Soldado/Fadesp 
Está chegando perto 
"Ando cansada de espreitar da janela de 
meu carro para ver se o carro vizinho me 
aponta a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando" 
Lya Luft 
 
Houve um tempo em que o sonho da maioria 
das pessoas era morar numa casa em rua calma e 
arborizada. Hoje queremos edifício em rua 
movimentada e... sorte em relação à violência, que 
chega cada dia mais perto. Na minha infância (leia-se 
década de 40), a primeira violência de que tive notícia 
foi o assassinato de um motorista de táxi. Táxi, 
chamado então, se não me engano, de carro de praça, 
era raramente usado. Os motoristas eram pois 
personagens conhecidos da gente. Aquele foi enforcado 
por bandidos, depois colocado no porta-malas do seu 
carro e levado pela cidade enquanto eles iam para a 
"zona" – lugar obscuro para uma criança de então, que 
os adultos evitavam explicar criando mais confusão –, 
bares e outros. Muitas noites insones passei, 
apavorada, no escuro, imaginando aquele defunto 
ambulante. Alguém comentou que ele tinha grandes 
olhos azuis e risada alegre. Aquele morto no seu porta-
malas povoou muitas noites insones da criança que fui, 
ele e eu de olhos arregalados no escuro. Hoje, notícias 
de violência fazem parte do cotidiano de meus netos e 
netas, por mais sossegada e protegida que seja a sua 
vida. Mesmo numa cidade não tão grande nem perigosa 
como Rio e São Paulo, jornal, noticiosos de TV e rua de 
bairro são cenário de assalto, medo e morte. E nem nos 
ocorre deixar que essas crianças façam o que seus pais 
faziam nesse mesmo bairro: andar de bicicleta na 
calçada, jogar futebol em terreno baldio, brincar na rua, 
ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao centro. 
 Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros. Temos de um lado os 
marginais, de outro os chiques: o terror cada vez mais 
perto. Onde as autoridades redescobrem seu poder e 
sua função, essas organizações começam a ser 
desmanteladas, mas é um trabalho duro e complexo. 
 Se tivesse recursos (escrever livro não dá para 
tais luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma 
das pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos. E, se tivesse filhos 
solteiros, faria o que nunca fiz quando os tinha em casa: 
só dormiria quando todos estivessem salvos debaixo do 
nosso teto. O morto no escuro do porta-malas talvez 
nem me assustasse se eu fosse criança hoje. Vivemos a 
banalização da morte absurda. Neste país a cada 
semana morrem várias dezenas de civis inocentes e 
policiais corajosos. Aquise morre mais do que na 
Guerra do Iraque, tantos jovens são assassinados que 
em breve seremos um país de velhos. 
 Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando. Cansada de não saber 
se o menino pedinte tem na mão uma navalha, se o 
carro atrás do meu não vai me fechar ali adiante, se... 
se... se... Não vivo em pânico, apesar do que escrevo 
aqui. Não sou particularmente covarde. Nem 
singularmente ousada. Sou uma mulher comum que já 
viveu bastante, viu bastante, mas nada que de longe se 
pareça com o que hoje experimentamos, nas cidades 
grandes e pequenas: a violência cada vez mais perto. 
 A bela ideia de colocar 700 cruzes na Praia de 
Copacabana simbolizando os mortos por violência no 
Rio em apenas alguns dias devia ser repetida por todo o 
país. Em praias, praças, ruas, parques. Lá estariam, 
vigilantes, as vítimas dessas mortes tão evitáveis, a nos 
alertar de que, com vontade real de acabar com essa 
guerra civil, o terror sem remédio terá remédio. 
Educação, emprego, aconselhamento familiar, controle 
muito maior das drogas, leis mais severas, polícia mais 
valorizada, autoridade firme e corajosa, determinação 
de todos e menos palavrório. 
 Ou logo nos crescerão orelhas e rabos: com 
focinho trêmulo e olhinhos assustados, seremos ratos 
apavorados disparando pelas ruas, entrando 
sorrateiramente nos edifícios e casas, espiando o 
mundo através de grades e olhos mágicos, organizando 
nossos lares como minishoppings dos quais só se sai por 
obrigação: com comida pré-pronta, diversão 
cibernética, amizades idem, e lá fora uma trágica 
paisagem de cruzes. 
http://veja.abril.com.br/280307/ponto_de_vista.shtml 
 
01. Segundo Lya Luft, a violência 
(A) faz parte da vida de todos os brasileiros, mesmo 
daqueles que levam uma vida sossegada e protegida. 
(B) pode ser mantida longe, se as pessoas puderem se 
refugiar em condomínios seguros, protegidos por 
seguranças armados. 
(C) está cada vez mais perto das cidades onde as 
autoridades redescobrem seu poder e sua função, 
combatendo as organizações criminosas. 
(D) ainda está longe das cidades menores, onde 
crianças podem andar de bicicleta na calçada, jogar 
futebol em terreno baldio, brincar na rua, ir a pé para a 
escola, pegar ônibus para ir ao centro. 
 
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14 
02. Embora declare não ser particularmente covarde, 
Lya Luft tem medo da “guerra civil” instalada no Brasil. 
Essa ideia só não aparece no enunciado 
(A) “...se tivesse filhos solteiros, faria o que nunca fiz 
quando os tinha em casa: só dormiria quando todos 
estivessem salvos debaixo do nosso teto”. 
(B) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos”. 
(C) “Educação, emprego, aconselhamento familiar, 
controle muito maior das drogas, leis mais severas, 
polícia mais valorizada, autoridade firme e corajosa, 
determinação de todos e menos palavrório”. 
(D) “Estou cansada do medo generalizado que vai 
disseminando uma generalizada tristeza. Cansada de 
espreitar da janela do meu carro para ver se do carro 
vizinho me apontam a metralhadora ou se é apenas um 
conhecido me cumprimentando”. 
 
03. Apesar da tristeza e do desânimo, a autora 
(A) acredita que a violência pode ser combatida e 
aponta soluções para isso. 
(B) propõe que casas e edifícios reforcem a segurança 
com grades e seguranças armados. 
(C) defende a ideia de que o homem, para se afastar do 
terror, precisa voltar a morar em cidades menores, de 
ruas calmas e arborizadas. 
(D) julga possível viver com mais tranquilidade, desde 
que os cidadãos organizem suas vidas para não 
precisarem sair de suas casas a não ser por obrigação. 
 
04. Na passagem “entrando sorrateiramente nos 
edifícios e casas, espiando o mundo através de grades e 
olhos mágicos, organizando nossos lares como 
minishoppings dos quais só se sai por obrigação: com 
comida pré-pronta, diversão cibernética, amizades 
idem, e lá fora uma trágica paisagem de cruzes”, a 
autora descreve um tipo de vida caracterizado, 
principalmente, pelo(a) 
(A) isolamento e pelo medo. 
(B) acomodação e pelo conforto. 
(C) conciliação e pela segregação. 
(D) sociabilidade e pela comodidade. 
 
05. Em “... autoridade firme e corajosa, determinação 
de todos e menos palavrório”, Lya Luft reconhece que 
tem havido, em relação às medidas contra a violência, 
muito(a) 
(A) oratória e muita eficiência. 
(B) prolixidade e muita ação concreta. 
(C) palavreado inútil e pouca ação efetiva. 
(D) retórica produtiva e providências esparsas. 
06. O texto de Lya Luft é uma crônica. Sobre esse 
gênero textual, só não se pode dizer que 
(A) contém ironia e humor. 
(B) é um registro de acontecimentos do cotidiano. 
(C) o autor escreve como se estivesse dialogando com o 
leitor. 
(D) o autor interpreta e analisa dados da realidade por 
meio de conceitos abstratos. 
 
07.No trecho “E, se tivesse filhos solteiros, faria o que 
nunca fiz quando os tinha em casa: só dormiria quando 
todos estivessem salvos debaixo do nosso teto”, o 
futuro do pretérito foi utilizado para indicar um(a) 
(A) fato já consumado. 
(B) ação anterior a outra já passada. 
(C) fato incerto, duvidoso ou impossível de se realizar. 
(D) ação que poderá se realizar, agora ou no futuro, 
dependendo de certa condição. 
 
08. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
é incorreto afirmar que, em 
(A) “lugar obscuro para uma criança de então”, a 
palavra “obscuro” tem três sílabas. 
(B) “com focinho trêmulo e olhinhos assustados”, há 
um dígrafo na palavra “trêmulo”. 
(C) “Aquele morto no seu porta-malas povoou muitas 
noites”, há um hiato na palavra “povoou”. 
(D) “espiando o mundo através de grades”, a palavra 
“através” é acentuada por ser oxítona terminada em 
“e”. 
 
09. No enunciado “Hoje queremos edifício em rua 
movimentada”, existe um 
(A) objeto direto. (C) agente da passiva. 
(B) objeto indireto. (D) predicativo do sujeito. 
 
10. Em “Homens bem vestidos, metralhadoras 
modernas e granadas de mão invadem condomínios 
aparentemente seguros”, o sujeito é 
(A) oculto. (C) composto. 
(B) simples. (D) indeterminado. 
 
11. Quanto à semântica das palavras, não está correto 
afirmar que 
(A) “adivinhar” é sinônimo de “espreitar” em “Cansada 
de espreitar da janela do meu carro...”. 
(B) “desocupado” conserva o mesmo sentido de 
“baldio” em “... jogar futebol em terreno baldio...”. 
(C) “ignorado” poderia substituir “obscuro” em “... para 
a ‘zona’ – lugar obscuro para uma criança de então...”. 
(D) “zelosas” tem o mesmo sentido de “vigilantes” em 
“Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
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PORTUGUÊS 
 
15 
12. Há uma palavra formada por derivação 
parassintética no enunciado 
(A) “Vivemos a banalização da morte absurda”. 
(B) “... seremos ratos apavorados disparando pelas 
ruas...”. 
(C) “Lá estariam, vigilantes, as vítimas dessas mortes tão 
evitáveis...”. 
(D) “... autoridade firme e corajosa, determinação de 
todos e menos palavrório”. 
 
13. No enunciado “enquanto eles iam para a ‘zona’ – 
lugar obscuro para uma criança de então”, a expressão 
em destaque poderia ser substituída, sem prejuízo de 
sentido, por 
(A) “em tal caso”. (C) “daquele tempo”. 
(B) “desse gênero”. (D) “nessa situação”. 
 
14. Há uma sequência predominantemente descritiva 
no seguinte fragmento de texto: 
(A) “Na minha infância(leia-se década de 40), a 
primeira violência de que tive notícia foi o assassinato 
de um motorista de táxi”. 
(B) “Não vivo em pânico, apesar do que escrevo aqui. 
Não sou particularmente covarde. Nem singularmente 
ousada. Sou uma mulher comum que já viveu bastante, 
viu bastante...”. 
(C) “Se tivesse recursos (escrever livro não dá para tais 
luxos), eu colocaria segurança na porta de cada uma das 
pessoas que amo, ainda que nenhuma delas possua 
algo que possa atrair bandidos”. 
(D) “Neste país a cada semana morrem várias dezenas 
de civis inocentes e policiais corajosos. Aqui se morre 
mais do que na Guerra do Iraque, tantos jovens são 
assassinados que em breve seremos um país de velhos”. 
 
15. Em relação ao emprego da crase, é incorreto 
afirmar que, em 
(A) “por mais sossegada e protegida que seja a sua 
vida”, não há crase por causa do pronome possessivo. 
(B) “ir a pé para a escola, pegar ônibus para ir ao 
centro”, não há crase na locução “a pé” porque “pé” é 
uma palavra masculina. 
(C) “...essas organizações começam a ser 
desmanteladas”, não há crase porque o verbo que 
segue a preposição está no infinitivo. 
(D) “edifício em rua movimentada e... sorte em relação 
à violência”, a crase assinala a fusão da preposição “a”, 
exigida por “relação”, com o artigo “a” que acompanha 
“violência”. 
 
 
Gabarito: 1. A, 2. C, 3. A, 4. A, 5. C, 6. D, 7. D, 8. B, 9. A, 
10. C, 11. C, 12. B, 13. C, 14. B, 15.a 
Prova de oficial/ Fadesp 
 
Educação e violência televisiva 
 Nos EUA, programas de TV convenientes às crianças já 
podem ser selecionados automaticamente. Na França, 
cada programa é aberto com uma tarja verde (livre), 
laranja (atenção!) ou vermelha (não recomendado). 
Embora o sistema apareça na tela em menos de cinco 
segundos, pesquisa comprovou que 80% dos 
telespectadores sabem o que significam as tarjas. No 
Brasil, apenas a TV Globo adverte, por áudio, que o 
programa é recomendável a crianças a partir de 
determinada idade. 
 Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade. Afinal, quem de nós não acreditou em Papai 
Noel ou na existência da Branca de Neve? Certas cenas 
de filmes suscitam angústia nos telespectadores 
infantis, levando-os ao estresse precoce (insônia, 
diarréia, pavor etc.). 
 A UNESCO pretende desenvolver um programa 
de educação para a imagem, a ter início com os 
desenhos animados. Fala-se, hoje, em "inteligência 
televisual" das crianças. Daí a importância de conexões 
entre escola e TV. No Brasil as crianças passam, em 
média/dia, 4 horas na escola e 4h30min diante da TV! 
 Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem. Os alunos 
gravam em vídeo os anúncios e, depois, repassam na 
classe e debatem. Esse recurso ajuda a desenvolver um 
distanciamento crítico frente à publicidade. Minha 
geração educou-se, nos anos 50 em Belo Horizonte, em 
cineclubes. Os debates que se seguiam à exibição dos 
filmes favoreciam a nossa educação artística e política. 
Porém, falar em consciência crítica nessa onda de 
globalização que assola o Planeta é quase um palavrão. 
Prejudica os interesses de quem se empenha em 
formar, não cidadãos, mas consumidores. 
 Nossa geração tinha referências altruístas: 
Jesus, Maria, São Francisco e, mais tarde, Gandhi, 
Luther King, Che Guevara etc. Éramos educados no 
idealismo, no sonho de mudar o mundo e fazer todas as 
pessoas felizes. Os paradigmas atuais são quase todos 
egocêntricos, violentos ou excessivamente erotizados: o 
exterminador do futuro, Rambo/Schwarzenegger, 
tartarugas Ninja, moças do Tchan etc. 
 A educação resulta da confluência de ações da 
família, da religião, da escola e da mídia. Seu papel é 
interiorizar valores, padrões e normas de 
comportamento, e a ótica pela qual se encara a 
realidade, a vida, a história. Ocorre que, hoje, com a 
mercantilização crescente da mídia, mais interessada 
em entretenimento que em cultura (vide os programas 
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16 
dominicais na TV, que levam ao paroxismo a 
imbecilização), o interesse em transformar as crianças 
em consumidoras precoces se sobrepõe ao empenho 
em incutir-lhes ética, amor ao próximo, cidadania e 
valores espirituais. O resultado são seres humanos 
agressivos, inseguros quanto às suas referências, 
medrosos diante do futuro e dependentes – da família, 
da droga ou de amizades que são cúmplices em veredas 
obscuras... 
 É bom relembrar o caso dos rapazes que, há 
tempos, em Brasília, acenderam a pira de nossos 
preconceitos e queimaram um índio pataxó. Vale a 
pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais 
comentarem sobre índios, mendigos, negros e 
desocupados? Acredito que o modo como a família se 
refere aos demais segmentos da sociedade influi 
decisivamente na ótica que os filhos têm de seus 
semelhantes. Se uma patroa trata sua empregada 
doméstica como se fosse uma escrava, não deveria ficar 
surpresa se sua família demonstra nojo frente a pessoas 
subalternas e tem vergonha de fazer trabalhos 
domésticos, como lavar, varrer etc. Os pais são sempre 
modelos para uma criança. 
 É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência. Porém, não descarreguemos sobre 
ela toda a culpa por nossas omissões. Uma boa 
educação familiar reduz o impacto que ela pode ter 
sobre as crianças. Pesquisa recente revela que, por ano, 
uma criança assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos 
(telejornais, filmes e desenhos). Se os pais nunca 
debatem com os filhos o conteúdo dos programas, é 
possível que eles se tornem mais vulneráveis. Contudo, 
quem reage coletivamente a programa de TV? Quem 
escreve para os patrocinadores dos programas 
antiéticos? Quem deixa de comprar os seus produtos? 
 Muitas vezes a falta de uma educação melhor 
dos mais jovens tem como causa principal a omissão 
dos adultos. Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o 
que condenamos nessa cultura hedonista e violenta. Só 
a consciência de cidadania, a defesa dos direitos 
humanos e uma efetiva participação na vida social 
podem nos salvar de um futuro menos bárbaro. 
 *Frei Betto é escritor e teólogo. 
Artigo divulgado no site Mídia da Paz 
(http://www.midiadapaz.org) e originalmente publicado 
em www.hypertexto.com.br. 
 
 
 
 
 
 
 
Com base no texto, assinale a única alternativa que 
completa corretamente as questões de 01 a 15. 
 
01. Da leitura do texto, pode-se concluir que, para Frei 
Betto, 
(A) a televisão é a única responsável pela incitação à 
violência. 
(B) cabe à família e à escola lutar contra os efeitos 
nocivos da televisão. 
(C) é absolutamente desnecessário implementar a 
censura televisiva no Brasil. 
(D) os programas televisivos estabelecem paradigmas 
confiáveis para a educação infantil. 
 
 
02. Frei Betto considera difícil desenvolver o senso 
crítico nas novas gerações, porque a 
(A) TV exibe cerca de 18 mil assassinatos por ano. 
(B) globalização impõe modelos únicos de 
comportamento e pensamento. 
(C) escola se recusa a fornecer valores altruístas, 
padrões e normas de comportamento. 
(D) mercantilização crescente da mídia deixa de lado o 
entretenimento, em favor da erotização. 
 
 
03. Frei Betto, entre outras coisas, 
(A) critica um sistema que transforma as crianças em 
consumidoras precoces. 
(B) defende a importância da televisão como 
instrumento de educação artística e política. 
(C) constata que no Brasil a maioria das crianças segue a 
contento um programa de educação para a imagem. 
(D) mostra os resultados de pesquisas que 
responsabilizam os meios de comunicação pelo alto 
índice de criminalidade. 
 
04. O que mais surpreende, quanto ao papel da 
televisão no Brasil,é o fato de 
(A) os programas dominicais levarem ao paroxismo a 
imbecilização. 
(B) as crianças passarem mais tempo diante da TV do 
que na escola. 
(C) certas cenas de filmes suscitarem angústia nos 
telespectadores infantis e adultos. 
(D) os espectadores serem advertidos quanto aos 
programas com cenas de violência e sexo. 
 
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17 
05. Releia a seguinte passagem do texto: 
“Se os pais nunca debatem com os filhos o conteúdo 
dos programas, é possível que eles se tornem mais 
vulneráveis.” 
 
O enunciado implícito que poderia dar continuidade a 
esse trecho, sem interferir na coerência do texto, é 
 
(A) à omissão dos adultos. 
(B) a telejornais, filmes e desenhos. 
(C) à efetiva participação na vida social. 
(D) aos efeitos negativos da violência televisiva. 
 
06. O único enunciado em que não há referência à 
responsabilidade dos adultos na formação das crianças 
é: 
(A) “Porém, não descarreguemos sobre ela toda a culpa 
por nossas omissões”. 
(B) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(C) “Cientistas e educadores constatam que muitas 
crianças não têm condições de diferençar a ficção da 
realidade”. 
(D) “Vale a pergunta: o que ouviam, em casa, seus pais 
comentarem sobre índios, mendigos, negros e 
desocupados?”. 
 
07. Com relação à estrutura e à organização textual, 
pode-se afirmar que, no texto “Educação e violência 
televisiva”, predomina a intenção de 
(A) informar o leitor. 
(B) defender um ponto de vista, uma opinião. 
(C) referir características de pessoas, objetos e 
situações. 
(D) relatar fatos e acontecimentos sequenciados 
cronologicamente. 
 
08. No que se refere às relações de retomada de 
sentido, não é correto afirmar que, em 
(A) “Seu papel é interiorizar valores, padrões e normas 
de comportamentos...”, o pronome “seu” retoma 
“educação”. 
(B) “... da família, da droga ou de amizades que são 
cúmplices em veredas obscuras...”, a palavra “que” 
retoma “amizades”. 
(C) “...não deveria ficar surpresa se sua família 
demonstra nojo frente a pessoas subalternas...”, o 
pronome “sua” retoma “empregada doméstica”. 
(D) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis, levando-os ao estresse 
precoce...”, o pronome “os” retoma “telespectadores 
infantis”. 
 
09. Quanto às regras de ortografia e acentuação gráfica, 
não é correto afirmar que 
(A) as palavras “suscitam” e “crianças” apresentam 
dígrafos. 
(B) há ocorrência de hiato em “confluência”, 
“conteúdo” e “reage”. 
(C) a palavra “recomendável” é acentuada porque é 
proparoxítona. 
(D) “artística”, “cúmplices” e “domésticos” são 
acentuadas em razão da mesma regra. 
 
 
10. Em relação ao uso dos sinais de pontuação, é 
correto afirmar que, em 
(A) “Fala-se, hoje, em ‘inteligência televisual’ das 
crianças”, as aspas simples indicam citação. 
(B) “levando-os ao estresse precoce (insônia, diarreia, 
pavor etc.)”, os parênteses introduzem uma explicação. 
(C) “... dependentes – da família, da droga ou de 
amizades que são cúmplices em veredas obscuras...”, o 
travessão indica mudança de interlocutor. 
(D) “Minha geração educou-se, nos anos 50 em Belo 
Horizonte, em cineclubes”, as vírgulas separam o 
aposto. 
 
 
11. Há um desvio em relação às recomendações da 
gramática normativa no enunciado 
(A) “É verdade que a TV é, hoje, uma máquina de 
incentivo à violência”. 
(B) “Há escolas brasileiras que começam a dar os 
primeiros passos na educação para a imagem”. 
(C) “Passivos, tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”. 
(D) “Pesquisa recente revela que, por ano, uma criança 
assiste, na TV, cerca de 18 mil assassinatos...”. 
 
 
12. Para o autor do texto, vivemos em uma cultura 
“hedonista”. Isso significa dizer que se trata de uma 
cultura em que as pessoas 
(A) desrespeitam a ética e os princípios morais. 
(B) empenham-se na busca da cidadania e de valores 
espirituais. 
(C) dedicam-se à busca do prazer e procuram evitar o 
sofrimento. 
(D) valorizam a consciência crítica e abominam a 
mercantilização. 
 
 
 
 
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13. Quanto às noções de sintaxe, é correto afirmar que, 
em 
(A) “Embora o sistema apareça na tela em menos de 
cinco segundos...”, o verbo “aparecer” é intransitivo. 
(B) “Certas cenas de filmes suscitam angústia nos 
telespectadores infantis...”, o verbo “suscitar” é apenas 
transitivo direto. 
(C) “... tornamo-nos cúmplices de tudo o que 
condenamos nessa cultura hedonista e violenta”, há um 
desvio de regência verbal. 
(D) “Acredito que o modo como a família se refere aos 
demais segmentos da sociedade influi decisivamente na 
ótica que os filhos têm de seus semelhantes”, há três 
orações. 
 
14. No enunciado “Embora o sistema apareça na tela 
em menos de cinco segundos, pesquisa comprovou que 
80% dos telespectadores sabem o que significam as 
tarjas”, o elemento coesivo sublinhado 
(A) introduz uma explicação. 
(B) expressa uma concessão. 
(C) assinala uma relação de adição. 
(D) estabelece uma relação de conclusão. 
 
15. No que concerne à morfologia, é correto afirmar 
que 
(A) as palavras “antiético”, “inseguro”, “preconceito” 
são formadas por derivação parassintética. 
(B) a palavra “quem”, no trecho “Quem deixa de 
comprar os seus produtos?”, é um pronome indefinido. 
(C) há uma conjunção comparativa no fragmento de 
texto “Acredito que o modo como a família se refere...”. 
(D) o verbo “descarregar”, no trecho “Porém, não 
descarreguemos sobre ela toda a culpa”, está no 
imperativo negativo. 
 
 
Gabarito: 1. B, 2.B, 3.A, 4.B, 5.D, 6.C, 7.B, 8.C, 9.C, 10.B, 
11.D, 12. C, 13. A, 14. B, 15.d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
 
Escreve-se com S 
01) as palavras derivadas de verbos terminados em -
nder e –ndir: pretender = pretensão, ascender = 
ascensão. 
 
02) as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção 
de gozo: gostosa, glamorosa, raivoso. 
 
03) as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, 
com exceção de gaze e deslize: fase, crase, tese, 
osmose. 
 
04) palavras femininas terminadas em –isa: poetisa, 
Marisa. 
 
05) As formas dos verbos pôr, querer e usar:• pus, quis, 
usei. 
 
Escreve-se com Ç ou S? 
Após ditongo, escreve-se com -ç-, quando houver som 
de /cê/, e escreve-se com -s-, quando houver som de 
/zê/. 
• eleição • traição 
 • Neusa • coisa 
 
Escreve-se com S ou Z? 
01 a) com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que 
indicarem nacionalidades, títulos ou feminino. 
• português • norueguesa 
• marquês • duquesa 
 
b) com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, 
substantivos abstratos que provêm de adjetivos. 
• embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza 
 
02) a) Escreve-se com -s- os verbos terminados em -
isar, quando a palavra primitiva já possuir o –IS + 
VOGAL-. 
• análise = analisar 
• pesquisa = pesquisar 
• paralisia = paralisar 
 
b) Escreve-se com -z- os verbos terminados em -izar, 
quando a palavra primitiva não possuir -s- nem –IS + 
VOGAL-. 
• economia = economizar • terror = aterrorizar 
• catequese = catequizar • síntese = sintetizar 
 
 
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03) a) Escreve-se com -s- os diminutivos terminados em 
-sinho e -sito, se a palavra primitiva já possuir -s- no 
final. 
• casinha 
• asinha 
• portuguesinho 
• camponesinha 
 
b) Escreve-se com -z- os diminutivos terminados em -
zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- 
no final. 
• mulherzinha 
• arvorezinha 
• alemãozinho 
• aviãozinhoVerbos terminados em UIR e OER 
Terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do 
Indicativo escritas com -i-: 
tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói 
 
exercícios 
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão grafadas corretamente. 
a) palidez - francezes - pretencioso 
b) fuzível - beleza - rigoroso 
c) holandezes - fuzarca - pesquisa 
d) quisesse - rapides - talentoso 
e) catequizar - burguês – análise 
 
2. (ES ou EZ – ESA ou EZA) 
acid___, marqu_____, arid___, campon___, cort___, 
estupid___, lucid___, mesquinh___, montanh___, 
milan___, nud___, palid___, pequen___ (pequeno), 
pequin___ (cão). 
 
3. (S ou Z) 
agili___ar, ali___ar, ameni___ar, bati___ar, canali___ar, 
carboni___ar, catali___ar, catequi___ar, capitali___ar, 
coti___ar, desli___ar, fiscali___ar, fri___ar, 
humani___ar, parali___ar. 
 
 
Gabarito 
Ortografia: 1.e, 2. acidEZ, marquÊS, aridEZ, camponÊS, 
cortÊS, estupidEZ,lucidEZ, mesquinhEZ, montanhÊS, 
milanÊS, nudEZ, palidEZ, pequenEZ(pequeno), 
pequinÊS(cão). 
3. agiliZar, aliSar, ameniZar, batiZar, canaliZar, 
carboniZar, cataliSar, catequiZar, capitaliZar, cotiZar, 
desliZar, fiscaliZar, friSar, humaniZar, paraliSar. 
 
Semântica - SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
DENOTAÇÃO: o sentido literal, real das palavras. 
 
CONOTAÇÃO: sentido figurado das palavras. 
 
Fenômenos Semânticos 
1. POLISSEMIA 
(Polys, do grego, significa “muito”) é a capacidade que 
uma palavra tem de assumir diferentes significações 
ou sentido. 
a) O sol é uma estrela de quinta grandeza. 
b) Clarissa é a estrela de sua turma. 
c) Fernanda Montenegro é uma estrela nacional. 
d) Não desanime, meu filho, confie em sua estrela. 
 
2. SINÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo 
significado. triste = melancólico. resgatar = 
recuperar 
maciço = compacto ratificar = confirmar 
 
3. ANTÔNIMOS 
São palavras que apresentam, entre si, sentidos 
contrários. 
bom x mau bem x mal condenar x absolver 
 
4. HOMÔNIMOS 
São palavras iguais na forma e diferentes na 
significação. Há três tipos de homônimos: 
 
4.1. HOMÔNIMOS HOMÓFONOS 
Têm o mesmo som e grafias diferentes. 
sessão (reunião), seção (repartição) e cessão (ato de 
ceder); 
concerto (harmonia) e conserto (remendo). 
 
4.2. HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS 
Têm a mesma grafia e sons diferentes. 
almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar); 
sede (vontade de beber) e sede (residência). 
 
4.3. HOMÔNIMOS PERFEITOS 
Têm a mesma grafia e o mesmo som. 
cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder); 
meio (numeral), meio (adjetivo) e meio (substantivo). 
 
5. PARÔNIMOS 
São palavras de significação diferente, mas de forma 
parecida. 
retificar e ratificar; 
emergir e imergir. 
 
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6. AMBIGUIDADE 
Ocorre a ambiguidade quando o leitor vacila diante de 
mais de uma possibilidade de entendimento do que foi 
expresso. 
Uma série de causas estruturais pode causar 
ambiguidade. 
 
a) Pedro e Paulo vão desquitar-se. (Mau uso da 
coordenação) 
 
b) O aluno enjoado saiu da sala. (Má colocação de 
palavra) 
 
c) João encontrou Maria e lhe disse que sua prima 
estava doente. (Mau uso de possessivos) 
 
Eis uma lista com alguns homônimos e parônimos: 
acender = atear fogo 
ascender = subir 
amoral = indiferente à moral 
imoral = contra a moral, libertino, devasso 
apreçar = marcar o preço 
apressar = acelerar 
arrear = pôr arreios 
arriar = abaixar 
bucho = estômago de ruminantes 
buxo = arbusto ornamental 
caçar = abater a caça 
cassar = anular 
cela = aposento 
sela = arreio 
censo = recenseamento 
senso = juízo 
cessão = ato de doar 
seção ou secção = corte, divisão 
sessão = reunião 
chá = bebida 
xá = título de soberano no Oriente 
chalé = casa campestre 
xale = cobertura para os ombros 
cheque = ordem de pagamento 
xeque = lance do jogo de xadrez, contratempo 
comprimento = extensão 
cumprimento = saudação 
concertar = harmonizar, combinar 
consertar = remendar, reparar 
conjetura = suposição, hipótese 
conjuntura = situação, circunstância 
coser = costurar 
cozer = cozinhar 
deferir = conceder 
diferir = adiar 
descrição = representação 
discrição = ato de ser discreto 
descriminar = inocentar 
discriminar = diferençar, distinguir 
despensa = compartimento 
dispensa = desobrigação 
despercebido = sem atenção, desatento 
desapercebido = desprevenido 
discente = relativo a alunos 
docente = relativo a professores 
emergir = vir à tona 
imergir = mergulhar 
eminente = nobre, alto, excelente 
iminente = prestes a acontecer 
esperto = ativo, inteligente, vivo 
experto = perito, entendido 
espiar = olhar sorrateiramente 
expiar = sofrer pena ou castigo 
estada = permanência de pessoa 
estadia = permanência de veículo 
flagrante = evidente 
fragrante = aromático 
fuzil = carabina 
fusível = resistência de fusibilidade calibrada 
incerto = duvidoso 
inserto = inserido, incluso 
incipiente = iniciante 
insipiente = ignorante 
indefesso = incansável 
indefeso = sem defesa 
infligir = aplicar pena ou castigo 
infringir = transgredir, violar, desrespeitar 
intemerato = puro, íntegro, incorrupto 
intimorato = destemido, valente, corajoso 
intercessão = súplica, rogo 
interse(c)ção= ponto de encontro de duas linhas 
laço = laçada 
lasso = cansado, frouxo 
ratificar = confirmar 
retificar = corrigir 
soar = produzir som 
suar = transpirar 
sortir = abastecer 
surtir = originar 
sustar = suspender 
suster = sustentar 
tacha = brocha, pequeno prego 
taxa = tributo 
tachar = censurar, notar defeito em 
taxar = estabelecer o preço 
vultoso = volumoso 
vultuoso = atacado de vultuosidade (congestão na face) 
 
 
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EXERCÍCIOS 
1. Ao seguinte trecho: “Festejar ter que pagar pedágio / 
sem ter estradas para caminhar / Comemorar ter filho e 
mulher / Sem ter pão para dar de comer / Sem poder 
ter de levantar cedo / Para o emprego que não há...”, o 
verbo ter, nas suas várias ocorrências e contextos, 
A) adquire significados diferentes. Trata-se de um caso 
de polissemia. 
B) possui o mesmo significado. Trata-se de um caso de 
homonímia. 
C) sugere significados diversos para uma mesma 
mensagem. Trata-se de um caso de ambiguidade. 
D) estabelece relação de semelhança nos seus 
significados. Trata-se de um caso de sinonímia. 
 
2. Nas seguintes passagens do texto: “... dá as pistas 
que vão envolvendo o leitor.” e “E é um conhecimento 
vão.”, os vocábulos grifados têm, rigorosamente, a 
mesma forma fônica, o que aparenta se tratar de uma 
única palavra. Mas, ao primeiro exame, pode-se 
observar que,dentro dos seus respectivos contextos, 
não têm o mesmo sentido e pertencem a classes 
gramaticais diferentes. 
É um caso de: 
(A) sinonímia. 
(B) homonímia 
(C) antonímia 
(D) polissemia 
 
3. “Vai ser uma expectativa nervosa para quem gosta de 
futebol e, habitualmente, andar de avião.” 
O sentido do verbo andar, na frase acima , depende 
do contexto , isto é , da soma da relação entre as 
palavras, formada dentro desse conjunto. Nessa 
situação, o verbo andar apresenta a propriedade 
semântica da: 
A) sinonímia. 
B) polissemia 
C) ambiguidade 
D) paronímia 
 
 
 
 
Gabarito: 1.a, 2.b, 3.b 
PALAVRAS E EXPRESSÕES CONCORRENTES E 
DUVIDOSAS 
 ONDE =com verbos que exigem preposição EM; 
 AONDE = com verbos que exigem preposição A; 
 DONDE = com verbos que exigem preposição DE. 
 
 AO ENCONTRO DE = “a favor de, no mesmo 
sentido” 
 DE ENCONTRO A = “oposição, contra, colisão” 
 
 PORQUÊS – quatro são os porquês: 
 porque: conjunção, causa ou explicação. = pois: 
 porquê: substantivo, aceita pluralização. Vem 
acompanhado de artigo, numeral, pronome. 
por que: preposição + pronome relativo; pode ser 
trocado fielmente por pelo qual (e variações): 
 por que: preposição + pronome interrogativo; 
pode-se pospor a palavra motivo, se vier no final 
por quê. 
 
 SE NÃO=conj. condicional + adv. de negação; = caso 
não: 
 SENÃO = a não ser, = do contrário,= defeito, erro. 
 
 HÁ = tempo decorrido. = (Faz ...que) 
 A = preposição, ideia de futuro, distância (daqui a) 
 
 ACERCA DE = “sobre, em referência a, em relação 
a”: 
 A CERCA DE = preposição “a” + “aproximadamente” 
 HÁ CERCA DE = existe aproximadamente ou faz 
aproximadamente (tempo decorrido). 
 
 AFIM = igual, adjetivo que indica semelhança, 
afinidade. 
 A FIM DE = para, locução prepositiva, indica 
finalidade. 
 
 EM VEZ DE = “no lugar de” (diferentes e opostos) 
 AO INVÉS DE = “ao contrário de” (oposição, 
antíteses) 
 
 
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01. Complete com as palavras indicadas nos parênteses: 
(acerca de / a cerca de / há cerca de / cerca de) 
 ___________ uma hora chegaste. 
 ___________ duas pessoas na sala 
 Falávamos ___________ política 
 ___________ duas pessoas demos os ingressos. 
 ___________ duas pessoas compareceram à 
reunião. 
 
 
(afim / a fim de ) 
 Nossas ideias são ___________ 
 Estudamos ___________ passar. 
 Estou ___________ ti. 
 
 
(ao encontro de/ de encontro a) 
 Suas ideias sempre vão ___________ minhas, por 
isso brigamos tanto. 
 Genoveva foi ___________ namorado. 
 O caminhão foi ___________ muro. 
 
 
( a princípio/ em princípio) 
 ____________, o casamento é para sempre. 
 ____________ , no casamento tudo são flores. 
 
 
(em vez de / ao invés de) 
 ____________ almoçar, jantou. 
 ____________ subir, desceu. 
 
 
(há uma hora / a uma hora) 
 ____________ saíste. 
 Daqui ____________ sairás. 
 
 
(onde/ aonde/ donde) 
 ____________está você agora? 
 ____________ você veio? 
 _____________ você vai? 
 ____________ você foi morar? 
(por que/ por quê/ porque/ porquê) 
 Não sei ____________ você não veio. 
 Esse é o caminho ____________ sempre passo. 
 Você não veio ____________ estava cansado? 
 Não conheço esse ____________. 
 Ele não veio, não sei ____________. 
 
(Se não / Senão) 
 Corra, ____________ perderá condução. 
 Você perderá a condução, ____________ correr. 
 Não fez nada ____________ dormir. 
 Seu único ____________ é o egoísmo. 
 
 
exercícios 
1. Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão grafadas corretamente. 
a) palidez - francezes - pretencioso 
b) fuzível - beleza - rigoroso 
c) holandezes - fuzarca - pesquisa 
d) quisesse - rapides - talentoso 
e) catequizar - burguês – análise 
 
2. assinale a alternativa com palavras corretamente 
escritas: 
a) Espero que vocês viajem bem; 
b) A poetiza escreveu belos versos; 
c) A lage daquela casa não é muito resistente; 
d) Não visitei minha tia que está com cachumba; 
e) O ladrão passou só três meses no xadrês. 
 
3. assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão corretamente escritas: 
a) Aonde você estava? 
b) Brigamos porque suas ideias vão ao encontro das 
minhas. 
c) Você não veio por que estava dormindo? 
d) Estudas tanto afim de ter uma vida melhor 
e) Ele me perguntou, não sei por quê, se você viria. 
 
4. assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão corretamente escritas: 
a) “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (JC) 
b) Não se sabe porque o Brasil investe pouco em 
educação. 
c) Ao invés de estudar, foi pra farra. 
d) Onde você pensa que vai? 
e) Distribuí informativos acerca de cem pessoas. 
 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
 
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5. Preencha as lacunas com há ou a e, a seguir, 
assinale a sequência obtida: 
Daqui _____ três anos atingirei a maioridade. 
De São Paulo _____ Belo Horizonte _____ uma distância 
de 600 km. 
_____ seis meses que não vejo o Juliano. 
Estou te esperando _____ horas! 
O sino soará daqui _____ cinco minutos. 
a) há – a – há –a – há – a 
b) a – a – há – há – há – a 
c) a – há – há – a – a – há 
d) a – a – há – há – a – a 
e) a – a – a – há – há – a 
 
6. Assinale o item em que a palavra destacada está 
incorretamente aplicada: 
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. 
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. 
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. 
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. 
e) A cessão de terras compete ao Estado. 
 
7. Complete as lacunas usando mal / mau / mas / 
mais: 
Pedro e João _____ entraram em casa, perceberam que 
as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula 
escolhera uma _____ momento para comunicar aos pais 
que iria viajar de férias; _____ seu irmão deixou os pais 
_____ sossegados afirmando que ela iria com as primas. 
a) mau – mal – mais – mas 
b) mal – mal – mais – mais 
c) mal – mau – mas – mais 
d) mal – mau – mas – mas 
e) mau – mau – mas – mais 
 
8. Qual é a incorreta? 
a) Quero saber o porquê desta briga. 
b) Ainda saberás porque saí do país 
c) Estudamos sem saber por quê 
d) Rápida foi a crise por que passou 
 
9. Indique a alternativa correta: 
a) O ladrão foi apanhado em flagrante. 
b) Ponto é a intercessão de duas linhas. 
c) As despesas de mudança serão vultuosas. 
d) Foi uma violenta coalizão de carros. 
e) O artigo incerto no jornal foi aplaudido. 
 
 
 
 
 
 
10. Assinale a alternativa em que a frase esteja 
gramaticalmente correta: 
a) Foi graças à interseção do Diretor que consegui 
renovar a matrícula. 
b) Entre os índios, a pior ofensa era ser tachado de 
covarde. 
c) Li, na sessão policial do matutino, que “o criminoso 
cozera o desafeto a faca”. 
d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu foi 
absorto. 
e) A falsificação de minha rúbrica não convenceu a 
ninguém. 
 
11. Assinale a frase em que há erro de grafia: 
a) Passou despercebido, para não ser um empecilho a 
mais. 
b) Mais uma vez queimou o fusível. 
c) Todos têm chegado atrasados, ultimamente. 
d) Deu apenas dez reais ao cabelereiro. 
e) É necessário descriminar melhor as despesas. 
 
12. O _________ do deputado foi _________. 
a) mandado – caçado d) mandato – caçado 
b) mandado – cassado e) mandato – cascado 
c) mandato – cassado 
 
13. Das palavras viajens – gorgeta – maisena – chícara: 
a) apenas uma está escrita corretamente; 
b) apenas duas estão escritas corretamente; 
c) três estão escritas corretamente; 
d) todas estão escritas corretamente; 
e) nenhuma está escrita corretamente. 
 
14. ______ uma semana eles ______ que nós 
deveríamos ______ nossa inscrição. 
a) acerca de, propuseram, ratificar; 
b) há cerca de, proporam, ratificar; 
c) a cerca de, proporam, ratificar; 
d) acerca de, propuseram, retificar; 
e) há cerca de, propuseram, ratificar. 
 
15. Assinale a alternativa que substitui as palavras 
abaixo: 
Passou-me sem atenção que a sua intenção era 
estabelecer uma diferença entre os ignorantes e os 
valentes. 
a) desapercebido - descriminar - incipientes - 
intemeratos. 
b) despercebido - discriminar - insipientes - intimoratos. 
c) despercebido - discriminar - insipientes - intemeratos. 
d) desapercebido - descriminar - insipientes - 
intemeratos. 
e) despercebido - discriminar - incipientes - intimoratos. 
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ - SOLDADO 
PORTUGUÊS 
- LEI 5.810/94 
 
 
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16. O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza 
da noiva. 
A palavra destacada é sinônima de: 
a) imóvel b) admirado c) firme d) sem respirar e) 
indiferente 
 
17. Indique a alternativa errada: 
a) As pessoas mal-educadas, sempre se dão mal com os 
outros. 
b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. 
c) Vivi maus momentos,

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