Buscar

O Essencial de SOF's I (Módulo 1 1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 150 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 150 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 150 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O Essencial De 
SOF’s I 
2 
 
SOF’s I 
Introdução 
Organização Geral 
Apresentamos aqui, para cada módulo, de forma organizada e actualizada, a matéria 
essencial de cada uma das componentes essenciais de SOF’s, pela seguinte ordem: 
- Anatomia de Nomenclatura 
- Anatomia Clínica 
- Fisiologia 
- Bioquímica Teórica 
- Bioquímica Prática 
- Histologia Teórica 
- Histologia Prática1 
- Embriologia 
Dentro de cada um dos capítulos, apresentaremos depois da matéria uma série de 
sugestões de perguntas, para que possam testar a aprendizagem e preparar o exame. 
O suporte digital 
O esforço por nós feito de apresentar estes resumos passados a computador, prende-
se com a necessidade de permitir aos alunos de anos seguintes actualizarem a 
informação aqui disposta, e manter este texto como guia de estudo sempre 
actualizado (não esqueçam de actualizar o Índice!). Esperamos portanto que os alunos 
dos anos seguintes cumpram esse papel, completando ainda o que acharem não estar 
suficientemente completo ao longo dos capítulos. 
Avisos aos novos alunos 
Escusado será dizer que para que este texto não se torne inútil, é fundamental 
manter o secretismo à sua volta (não aconselhamos que se deixe disponível na 
CopyScan), por forma a evitar que ao cair nas mãos erradas, aconteçam certas coisas, 
tais como: não ser perguntado em exame o seu conteúdo, não serem feitas perguntas 
semelhantes às que apresentamos, ou outras coisas piores. 
Isto porque, relembramos, o objectivo aqui é a auto-aprendizagem pelos livros e 
artigos, e este tipo de auxílio ao estudo dos alunos não é bem aceite. Lembrem-se, 
tudo isto é para o bem de vós próprios, actuais alunos de SOF’s I. 
 
1 Disponível online, no blog ”Coisas de Medicina” 
3 
 
SOF’s I 
Autores/Contactos 
Este texto foi compilado pelos alunos do 1º ano do curso de Medicina do ano 
2010/2011. Em caso de dúvida quanto ao conteúdo, questões sobre como ter acesso 
ao seu suporte digital, ou algum comentário extra, falem com alguém desse ano, que 
saberá indicar-vos quem são os responsáveis pela elaboração dos resumos para que 
possam com eles contactar. 
Notas (Módulo 1.1) 
Deste módulo, tentem nos resumos desenvolver melhor a parte de Anatomia 
(Músculos da face e Ossos de costas e pelve). Para o exame, tenham muita atenção à 
Anatomia (Clínica e Nomenclatura), tenham atenção aos conceitos de 
Agonista/Antagonista na Fisiologia (tentem perceber o funcionamento das coisas!), a 
Embriologia tenham atenção às imagens. Na Bioquímica e na Histologia não descurem 
a parte prática, porque são muito importantes. Boa sorte a todos ;) 
 
4 
 
SOF’s I 
Índice 
Módulo 1.1 
Anatomia de Nomenclatura . . . . . . . 6 
 Crânio Ósseo . . . . . . . . 7 
 Músculos Cervicais . . . . . . . 18 
 Músculos do Dorso . . . . . . . 27 
Anatomia Clínica . . . . . . . . 32 
Conceitos Base . . . . . . . 33 
 Tórax . . . . . . . . . 35 
 Abdómen . . . . . . . . 38 
 Pelve e Perínio . . . . . . . 43 
 Costas . . . . . . . . . 48 
 Cabeça . . . . . . . . 55 
 Pescoço . . . . . . . . 59 
Fisiologia . . . . . . . . . 64 
 Excitabilidade eléctrica e potenciais de acção . . . 65 
Mecanismos de transmissão sináptica e junção neuromuscular . 70 
Bioquímica Teórica . . . . . . . . 79 
 Composição do Osso e da Cartilagem . . . . 80 
 Remodelação Óssea . . . . . . . 84 
 Metabolismo Fosfo-Cálcico . . . . . . 88 
 Princípios da Radiação . . . . . . 99 
Bioquímica Prática . . . . . . . . 103 
 ELISA . . . . . . . . . 104 
 IRMA . . . . . . . . . 106 
Histologia Teórica . . . . . . . . 109 
5 
 
SOF’s I 
 Tecido Epitelial . . . . . . . 110 
 Tecido Conjuntivo . . . . . . . 120 
Embriologia . . . . . . . . . 144 
6 
 
SOF’s I 
 
Anatomia de Nomenclatura 
Módulo 1.1 
7 
 
SOF’s I 
Crânio Ósseo 
 
As partes do Crânio 
Parte superior do corpo, ligada ao pescoço. É o centro de controlo e comunicação e 
consiste no cérebro e as suas camadas protectoras, as orelhas e a cara. Problemas 
nesta zona estão na base de muitas especialidades, incluindo neurologia, oftalmologia, 
psiquiatria, etc. Divide-se em: 
- Neurocrânio: Contém o cérebro e as suas camadas protectoras, as 
meninges, e é constituído por 8 ossos: 4 centrais (frontal, etmóide, 
esfenóide e occipital) e 2 pares bilaterais (temporal e parietal). A sua 
parte superior, em forma de domo, chama-se calvária e a parte inferior 
basecrânio. 
- Viscerocrânio: Composto por 15 ossos irregulares: 3 centrais e 
singulares (mandíbula, etmóide e vómer) e 6 pares bilaterais (maxila, 
corneto nasal inferior, zigomático, palatino, nasal e lacrimal), é a parte 
de crânio que forma a face. 
 
Posição anatómica 
Orientado de forma a que a margem inferior da órbita e a margem superior do meato 
acústico externo de ambos os lados estejam no mesmo plano, plano orbitomeatal. 
 
Descrição dos acidentes ósseos do crânio 
Frontal 
Parte escamosa: Constitui a maior parte do osso e dá forma à testa. (Netter pag.4) 
Glabela: Protuberância entre os arcos supraciliares. (Netter pag.6) 
Arco supraciliar: Crista aguçada de osso acima da margem orbital superior. (Moore pag.825) 
Incisura (buraco) supraorbital: Incisura na margem orbital superior, onde passam o 
nervo e vasos supra-orbitais. (Netter pag.4) 
Placa orbital: Porção horizontal do frontal que forma o tecto da órbita, muito fina. 
Suporta os lobos frontais do cérebro. (Netter pag.4) 
8 
 
SOF’s I 
 
Seio frontal: Espaço pneumatizado no interior do osso frontal. Geralmente são dois, 
que abrem na parte anterosuperior do hiato semilunar. (Netter pag.8) 
 
Crista frontal: Extensão óssea mediana do frontal. Na sua base encontra-se o buraco 
cego e no seu topo o início do sulco sagital superior (Netter pag.9) 
 
Buraco cego: Abertura na linha média, entre a crista frontal e a crista galli. Dá 
passagem a vasos durante o período fetal, é insignificante após esse período. (Netter 
pag.11) 
 
Sutura coronal: Sutura que une os bordos anteriores dos parietais à margem posterior 
do osso frontal. (Netter pag.9) 
 
 
Parietal 
Linha temporal superior: Pequena crista arqueada na face externa do parietal, acima 
da linha temporal inferior. Nela se insere o músculo temporal e a fáscia temporal. (Netter 
pag.6) 
Linha temporal inferior: Pequena crista arqueada na face externa do parietal, abaixo 
da linha temporal superior. Nela se insere o músculo temporal. (Netter pag.6) 
Buraco Parietal: Abertura pequena e inconstante perto da sutura sagital. Transmite 
veias emissárias para os seios venosos da dura mater. (Netter pag.9) 
Fossetas granulares: Pequenas depressões na face interna do parietal causadas por 
granulações aracnóideias. (Netter pag.9) 
Sutura sagital: Junção mediana entre os bordos justapostos dos parietais. (Netter pag.9) 
Bregma: Ponto de encontro das suturas sagital e coronal. No crânio fetal é ocupado 
pela fontanela anterior que ossifica cerca dos 18 meses de idade. (Netter pag.9 e 14) 
 
Occipital 
Protuberância occipital externa (ou Ínion): Protuberância na face externa da parte 
escamosa do occipital, localizada na linha média. É o local de inserção do ligamento 
nucal e do músculo trapézio. (Netter pag.8,10 / Moore pag.829) 
Parte escamosa: Porção plana e delgada do occipital. (Moore pag.829) 
9 
 
SOF’s I 
Linha nucal superior: Crista transversa que se estende lateralmente de cada lado da 
protuberância occipital externa. É o local de inserção dos músculos esplénio da cabeça 
e trapézio. (Netter pag.10) 
Crista occipital externa: Crista que descende do Ínion em direcção ao buraco magno. 
(Netter pag.10) 
Linha nucal inferior: Crista transversa abaixo da linha nucal superior. É o local de 
inserção dos músculos profundos do pescoço. (Netter pag.10) 
Buraco magno: Grande abertura do osso occipital, anterior à parte escamosa. Por ele 
passa a medula espinhosa, as meninges do cérebro e damedula, as artérias vertebrais, 
as artérias espinhosas anterior e posterior e o nervo espinhal acessório. (Netter pag.10-11) 
Tubérculo faríngeo: Pequena proeminência localizada anteriormente ao buraco 
magno. É o local de inserção do músculo constritor superior da faringe. (Netter pag.10) 
Côndilo occipital: Proeminência robusta lateral ao buraco magno. Existe um de cada 
lado. Articula com as massas laterais do atlas. (Netter pag.10) 
Canal do hipoglosso: Um de cada lado, localizado anterolateralmente ao côndilo 
occipital. Por ele passa o nervo do hipoglosso. (Netter pag.10) 
Canal condilar: Localizados posteriormente a cada côndilo occipital. Permitem a 
passagem de veias emissárias. (Netter pag.10) 
Incisura jugular: Abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal. Por ela 
passa a veia jugular interna e vários nervos cranianos. (Netter pag.10) 
Crista occipital interna: Divide a fossa occipital em fossas cerebelares. (Netter pag.11) 
Protuberância occipital interna: Junção dos seios venosos durais. (Netter pag.11) 
Sutura lambdóide: Une o bordo posterior dos ossos parietais à margem superior do 
osso occipital. 
Lambda: Ponto de união da sutura lambdóide com a sutura sagital. 
Astérion: Ponto de união das suturas lambdóide, occipitomastoideia e parieto-
mastoideia. 
 
Temporal 
Parte escamosa: Parte achatada e fina do temporal, externa e acima da orelha. (Netter 
pag.6) 
10 
 
SOF’s I 
Parte timpânica: Parte do temporal constituída pelo meato acústico externo e pelo 
anel timpânico. (Netter pag.6) 
 
Parte petrosa: Parte mais resistente do temporal, forma o pavimento da fossa média. 
(Netter pag.7-8) 
 
Meato acústico externo: Abertura na face lateral do temporal, leva à membrana 
timpânica. (Netter pag.6) 
 
Anel timpânico: Margem de osso que rodeia a zona medial do canal auditivo externo, 
onde a membrana do tímpano se insere. (Netter Pag.92) 
 
Meato acústico interno: Abertura na face interna da parte petrosa do temporal, que 
leva ao canal facial. Por ele passam os nervos facial, vestibulococlear e intermédio, 
além da artéria labiríntica. (Netter pag.8, 123) 
 
Canal do facial: Canal no interior do temporal, na parte petrosa, que liga o hiato 
petrosal maior e os meatos acústicos interno e externo e o buraco estilomastóideu. 
Conduz o nervo facial. (Netter pag.123) 
 
Tecto do tímpano: Lâmina de osso fino acima da cavidade timpânica. (Netter pag.92) 
 
Fossa jugular: Depressão na face exterior do temporal que leva à incisura jugular. (Netter 
pag.10) 
 
Canal carotídeo: Canal na região anterior petrosa do temporal, anterior à fossa 
jugular. Dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo carotideo. (Netter pag.10) 
 
Apófise estilóide: Projecção fina semelhante a uma agulha a partir da parte petrosa do 
temporal. É o local de inserção dos músculos estilohióideu, estiloglosso e 
estilofaríngeo e dos ligamentos estilomandibular e estilohióideu. (Netter pag.10) 
 
 Apófise mastóide: Localizada posteroinferiormente ao meato acústico externo. 
Contém células aéreas mastóides. Nela se insere o esternocleidomastoideu. (Netter pag.6) 
 
Chanfradura mastóideia: Depressão posterior ao estiloide para inserção do músculo 
digástrico. (Netter pag.10) 
 
 Sulco occipital: Depressão posterior à chanfradura mastóideia para a artéria occipital. 
(Netter pag.10) 
 
Fossa mandibular: Depressão localizada medialmente à apófise zigomática, onde se 
articula a apófise condilar da mandibula. (Netter pag.10) 
11 
 
SOF’s I 
 
Apófise zigomática: Proeminência óssea horizontal e lateral que articula com a apófise 
temporal do osso zigomático, formando o arco zigomático. (Netter pag.6) 
 
Buraco estilomastóideu: Abertura entre o estiloide e o mastóide, dá passagem ao 
nervo facial e à artéria estilomastoideia. (Netter pág. 10) 
 
Tubérculo Articular: Proeminência óssea localizada na apófise zigomática. Caso o 
côndilo da mandibula se desloque para uma posição anterior a este tubérculo, ocorre 
uma luxação da articulação temperomandibular.(Netter pág.6) 
 
 
Esfenóide 
 
Corpo – Parte central que contém os seios esfenóides e onde se inserem as suas 3 
apófises características (asas maiores e menores, pterigóide). (Netter pág 8,11) 
 
Asa maior do esfenóide – Lâmina larga que se estende lateralmente a partir do corpo, 
curvando lateralmente antes do arco zigomático. Forma parte da parede lateral da 
órbita. (Netter pag.6,10,11) 
 
Asa menor do esfenóide – Cilindro comprido e fino que se estende lateralmente a 
partir da apófise clinoide anterior. (Netter pag. 4,11) 
 
Apófise pterigóide: Apófise que se estende inferiormente a partir do corpo do 
esfenóide. (Netter pag.8,10) 
 
Seio esfenóide – Espaço pneumatizado no interior do corpo do esfenóide que abre 
para a fossa nasal. (Netter pag.8) 
 
Jugo esfenoidal – Porção mais anterior do corpo do esfenóide que se articula com a 
lâmina crivosa do etmóide. (Netter pag.11) 
 
Sulco quiasmático - Sulco posterior ao jugo, que acomoda o quiasma óptico. (Netter 
pag.11) 
 
Canal óptico – Canal lateral ao sulco quiasmático por onde passam o nervo óptico e a 
artéria oftálmica. (Netter pag.4,11) 
 
Tubérculo da sela – Proeminência anterior à sela turca, sendo limite anterior dessa e 
limite posterior do sulco quiasmático. (Netter pag.11) 
 
12 
 
SOF’s I 
Fossa hipofisiária – Depressão mediana no corpo do esfenóide que acomoda a 
glândula pituitária. (Netter pag.11) 
 
Sela turca -Depressão profunda na parte superior do corpo do esfenóide, composta 
pelo tubérculo da sela, fossa hipofisiária, dorso da sela e apófises clinóides posteriores. 
(Netter pag.8,11) 
 
Apófise clinóide anterior – Proeminência no limite medial da asa menor do esfenóide, 
por onde passa medialmente a artéria carótida interna. (Netter pag.11) 
 
Apófise clinóide média – Proeminência nos limites laterais do tubérculo da sela. (Netter 
pag.11-não descrito) 
 
Apófise clinóide posterior – Proeminência nos limites laterais do dorso da sela. (Netter 
pag.11) 
 
Dorso da sela - Proeminência posterior à sela turca que forma o seu limite posterior. 
(Netter pag.11) 
 
Fissura orbital superior – Fenda entre as asas maior e menor do esfenóide, dá 
passagem aos nervos oculomotor, troclear, abducente e a ramos da divisão oftálmica 
do trigémio, à veia oftálmica e a vasos linfáticos. (Netter pag. 4,11) 
 
Buraco redondo – Abertura ínferoposterior à fissura orbital superior. Abre-se para a 
fossa pterigopalatina e dá passagem à divisão maxilar do nervo trigémio. (Netter pag.10-11) 
 
Buraco oval – Abertura grande posterolateral ao buraco redondo que abre para a 
fossa infratemporal. Por ele passa a divisão mandibular do nervo trigémio. (Netter pag.10-
11) 
 
Buraco espinhoso – Abertura posterolateral ao buraco oval que também abre para a 
fossa infratemporal. Passa lá a artéria meníngea média e parte da divisão mandibular 
do trigémio. (Netter pag.10-11) 
 
Buraco Lácero – Abertura posterolateral à fossa hipofisiária que é fechada por uma 
placa cartilagénea. (Netter pag.10-11) 
 
Espinha do esfenóide – Pequena apófise posterolateral ao buraco espinhoso, onde se 
insere o ligamento esfenomandibular. (Netter pag.10-11) 
 
Sulco para o tubo faringeotimpánico – Depressão onde se insere o tubo auditivo. (Netter 
pag.10) 
 
13 
 
SOF’s I 
Lâmina pterigóide lateral – Lâmina fina que se dirige posterolateralmente a partir da 
apófise pterigóide, onde se inserem os músculos pterigóides lateral e medial. (Netter pag.8-
10) 
 
Lâmina pterigóide medial – Lâmina fina que se dirige posteriormente a partir da 
apófise pterigóide. Aí se inserem o músculo constrictor superior da faringe e a fáscia 
faringobasilar. (Netter pag.8-10) 
 
Fossa escafóide – Depressão oval no limite superior da lâmina pterigóide lateral. 
Insere-se aqui o tensor do véu do paladar. 
 
Gancho pterigoideu – Proeminência curva no limite inferior da lâmina pterigóide 
medial eactua como roldana para o tensor do véu do paladar. (Netter pag.8) 
 
Canal pterigoideu – Localiza-se inferiormente ao seio esfenoide, com abertura para os 
buracos lacero e jugular (posteriormente) e para os buracos infraorbital e palatinos 
maior e menor(anteriormente). (Netter pag.46, não descrito) 
 
 
Etmóide 
 
Lâmina crivosa – Porção horizontal de osso perfurada, de cada lado da crista galli. Os 
inúmeros pequenos buracos servem para a passagem dos nervos olfactivos. (Netter pag.8) 
 
Crista galli – Projecção de osso densa do etmóide, a partir da linha média, posterior ao 
buraco cego. É o local de inserção anterior da “foice do cérebro”. (Netter pag. 8-11) 
 
Lâmina perpendicular – Lâmina vertical na linha média, projectando-se da lâmina 
crivosa em direcção à cavidade nasal, constituindo a parte superior do septo. (Netter pag.8) 
 
Corneto nasal superior – Projecção medial do etmóide a partir da parede superolateral 
da fossa nasal, que separa o meato nasal superior (inferiormente) e o recesso 
esfenoetmoidal (superiormente). (Netter pag. 8,36) 
 
Corneto nasal médio – Projecção inferomedial do etmóide a partir da parede lateral da 
fossa nasal, separando o meato nasal superior (superiormente) e o meato nasal médio 
(inferiormente). (Nettter pag.8,36) 
 
Bolha etmoidal – Elevação arredondada na parede lateral da fossa nasal. Lateral ao 
corneto nasal médio. Inferiormente a esta encontra-se a entrada do seio maxilar. (Netter 
pag.36,37) 
 
14 
 
SOF’s I 
Hiato semilunar – Sulco lateral em forma de “banana” entre a bolha etmoidal 
(superiormente) e a apófise unciforme (inferiormente). Recebe anterosuperiormente o 
ducto frontonasal, posteroinferiormente a abertura do seio maxilar e, entre ambos, as 
aberturas das células etmoidais anteriores. (Netter pag.36,37) 
 
Apófise unciforme – Apófise inferoanterior à bolha etmoidal, superior ao corneto nasal 
superior. (Netter pag. 36,37) 
 
Buraco etmoidal anterior – Abertura na parede medial da órbita entre o frontal e o 
etmóide, para passagem dos vasos e nervos etmóidais anteriores. (Netter pag.4) 
 
Buraco etmoidal posterior – Abertura na parede medial da órbita entre o frontal e o 
etmóide. Dá passagem aos vasos e nervos etmóidais posteriores. (Netter pag.4) 
 
 
Maxila 
 
Apófise frontal – Apófise medial à órbita que se projecta para cima. Forma a parte 
anterior do canal nasolacrimal. (Netter pag.4,6) 
 
Apófise zigomática – Projecção lateral, em direcção ao zigomático, com o qual se 
articula. (Netter pag.4) 
 
Buraco infra-orbitário – Abertura inferior à órbita que dá passagem ao feixe 
vasculonervoso infra-orbitário. 
 
Fissura orbital inferior – Fenda entre as superfícies orbitais da maxila e do esfenóide. 
Dá passagem à veia oftálmica inferior. (Netter pag.4) 
 
Seio maxilar – Parte pneumatizada central do corpo da maxila, ligada ao hiato 
semilunar. (Netter pag.5) 
 
Apófise alveolar – Apófise em forma de U na qual estão inseridos os dentes. (Netter 
pag.4,6) 
 
Apófise palatina – Lâmina horizontal que forma o tecto da cavidade oral e o 
pavimento da fossa nasal. (Netter pag.8) 
 
Buraco incisivo – Abertura medial, posterior aos incisivos, conectada aos canais 
incisivos e que dá passagem aos nervos palatinos e artérias esfenopalatinas. (Netter pag.10) 
 
 
15 
 
SOF’s I 
Palatino 
 
Lâmina perpendicular – Porção vertical que constitui a parede lateral posterior da 
fossa nasal. (Netter pag.8) 
 
Incisura esfenopalatina – Abertura entre o esfenóide e o palatino que dá passagem 
ao nervo nasopalatino e vasos esfenopalatinos. (Netter pag.8) 
 
Apófise orbitária – Pequena projecção superior da lâmina perpendicular. (Netter pag.4) 
 
Lâmina horizontal – Porção horizontal que articula com a apófise palatina formando o 
tecto posterior da cavidade oral. (Netter pag.8) 
 
Apófise piramidal – Projecção posterolateral inferior do palatino onde se insere parte 
do músculo pterigoideu medial. (Netter pag.10) 
 
Buraco palatino maior – Abertura medial ao 3.º molar que dá passagem ao feixe 
vasculonervoso palatino maior. Local importante para anestesia oral. (Netter pag.10) 
 
Buraco palatino menor – Abertura posterior ao buraco palatino maior que dá 
passagem ao feixe vasculonervoso palatino menor. (Netter pag.10) 
 
 
Zigomático 
 
Apófise temporal – Projecção posterior que articula com o processo zigomático do 
temporal formando o arco zigomático. (Netter pag.6) 
 
Apófise frontal – Projecção anterosuperior que articula com o frontal e com o 
esfenóide. Forma a parede lateral da órbita, mais resistente devido a maior exposição 
a impactos. (Netter pag.4) 
Apófise maxilar – Apófise anteroinferior que articula com a apófise zigomática da 
maxila. (Netter pag.4) 
 
 
Mandíbula 
 
Corpo – Parte anterior da mandíbula. (Netter pag.17) 
 
Ramo – Parte posterior ao corpo, projectada superiormente. Local de inserção dos 
músculos pterigoideu medial e masséter. (Netter pag.17) 
16 
 
SOF’s I 
 
Protuberância mentoniana – Proeminência medial triangular na face externa da 
mandíbula. .(Netter pag.17) 
 
Espinhas mentonianas – Protuberâncias posteriores à mentoniana, na face interna da 
mandíbula, às quais se ligam os músculos genioglosso e geniohióideu. (Netter pag.17) 
 
Buraco mentoniano – Abertura inferior aos pré-molares, na face externa. Dá passagem 
ao nervo e vasos mentonianos. (Netter pag.17) 
 
Linha milohióide – Linha oblíqua na face interna que vai do 3.º molar ao canino, onde 
se insere o músculo milohióideu. A glândula submandibular localiza-se inferiormente a 
esta linha e a glândula sublingual superiormente. (Netter pag.17) 
 
Buraco da mandíbula – Abertura na superfície medial do ramo por onde passa o feixe 
vasculonervoso alveolar inferior. (Netter pag.17) 
 
Língula – Projecção medial ao buraco medial da mandíbula onde se insere a 
extremidade inferior do ligamento esferomandibular. (Netter pag.17) 
 
Apófise coronária- Projecção anterosuperior do ramo, semelhante às pontas de uma 
coroa. Lá se insere o músculo temporal. (Netter pag.17) 
 
Apófise condilar – Apófise arredondada posterosuperior do ramo que se articula com 
a fossa mandibular do temporal. Parte do músculo pterigoideu lateral insere-se na sua 
parte lateral. (Netter pag.17) 
 
 
Hióide 
 
Corpo – Porção medial que articula com os cornos maior e menor. (Netter pag.17) 
 
Corno menor – Projecção pequena que se articula com o corno maior parte da junção 
deste com o corpo. Local de inserção do estilohioideu. (Netter pag.17) 
 
Corno maior – Projecções dirigidas posteriormente a partir do corpo, onde se inserem 
os músculos constritores médio da laringe e hioglosso. (Netter pag.17) 
 
 
Nasal 
Pequeno osso que forma parte da base do nariz. (Netter pag.4) 
 
17 
 
SOF’s I 
Lacrimal 
Pequeno osso que forma parte da parede medial da órbita que forma a parte posterior 
do canal nasolacrimal. (Netter pag.4) 
 
Corneto nasal inferior 
Osso singular, inferior ao corneto nasal médio, na parede lateral da fossa nasal. (Netter 
pag.8) 
 
Vómer 
Pequeno osso posteroinferior ao etmóide, articulando-se superiormente com o 
etmóide e esfenóide e inferiormente com a maxila e o palatino. (Netter pag.8) 
 
 
Questões Sugeridas 
Que estruturas passam no Buraco Espinhoso? E nos outros buracos do crânio? 
Que espaços são definidos pelos Cornetos Nasais? O que desemboca nesses espaços? 
Qual o nome da estrutura de contacto entre os Ossos Parietais? 
Qual posição do Osso Zigomático em relação ao Osso Temporal? E à Maxila? 
O que se insere nas espinhas mentonianas? 
Onde se encontra o tubérculo faríngeo? 
 
18 
 
SOF’s I 
Músculos cervicais 
Grupo superficial 
O único músculo deste grupo é o platisma. Trata-
se de uma larga e fina lâmina muscular que 
envolve toda a superfície anterolateral do 
pescoço. Deriva do desenvolvimento do 
mesênquima do 2º arco faríngeo embrionário. O 
platisma sofre a actuaçãodos nervos faciais (XII) e 
profundamente a ele podemos encontrar quer a 
veia jugular externa, quer alguns dos nervos do 
pescoço. A sua origem encontra-se na fáscia 
muscular que envolve superiormente os músculos deltóide e grande peitoral, 
evoluindo para regiões mais superiores (supero-medialmente pela clavícula e margem 
inferior da mandíbula). Na região anterior, as fibras do platisma cruzam-se sobre o 
mento, fundindo-se com os músculos faciais. Inferiormente, as fibras do platisma 
divergem, dando espaço à laringe e à traqueia. Na região posterior deste músculo, as 
suas fibras podem seguir diferentes rumos. Umas prolongam-se, cruzando a mandíbula 
e indo-se inserir na linha oblíqua. Outras, por seu lado, poderão inserir-se na pele, ou 
até juntar-se aos músculos faciais sobre o ângulo mandibular. 
 
Grupo lateral 
Nesta região encontram-se, principalmente, dois grandes 
músculos: esternocleidomastoideu e trapézio. 
Esternocleidomastoideu (ECM) divide cada lado do pescoço 
em duas regiões: triângulo cervical anterior e lateral. O ECM 
possui duas cabeças, uma cabeça esternal (tendão redondo 
que se origina no manúbrio do esterno) e uma cabeça 
clavicular (primeiro terço medial da superfície superior da clavícula), separadas pelo 
hiato supraclavicular menor. Superiormente, ambas as cabeças unem-se enquanto 
seguem em direcção ao crânio. 
O trapézio encontra-se na região cervical posterior (região 
suboccipital é profunda à parte superior desta região). É um 
músculo de grandes dimensões, triangular e plano que cobre 
as regiões do pescoço e tórax postero-lateralmente. Para 
além de ser cervical, é também um músculo superficial do 
dorso e da cintura escapular. 
19 
 
SOF’s I 
Trapézio 
Terço medial da 
linha nucal 
superior, 
protuberância 
occipital externa, 
ligamento nucal e 
apófises 
espinhosas de C7-
T12 
Terço lateral da 
clavícula, 
acrómio e 
espinha da 
omoplata 
Nervo 
acessório 
(NC XI) e 
nervos C2 
e C3 
Elevação, retração e rotação da 
omoplata 
 
Músculos supra e infrahiodeus 
O osso hióde garante na região anterolateral inserções na sua face superior 
(suprahiodeus) ou inferior (infrahiodeus). Estes músculos movimentam e estabilizam 
os movimento do hióde e da 
faringe. 
Suprahioideus são 
responsáveis pela união do 
hióide ao crânio, este grupo é 
formado por 4 músculos 
(digástrico anterior e 
posterior, estilohiodeu, 
milohiodeu e geniohioideu). 
Todos estes músculos 
garantem uma “base” a partir 
da qual a língua irá actuar, 
intervindo em processos como 
a deglutição e a produção de 
som. 
 Inserção superior Inserção inferior Inervação Acções 
ECM 
Face lateral da 
apófise mastóide 
e metade lateral 
da linha nucal 
superior 
Cebeça 
esternal: face 
anterior do 
manúbrio do 
esterno 
Cabeça 
clavicular: face 
superior do 
terço médio da 
clavícula 
Nervo 
acessório 
(NC XI) e 
nervos C2 
e C3 
Contracção unilateral: flexão lateral do 
pescoço e rotação da cabeça para que 
a face se volte para cima em direcção 
ao lado oposto 
Contracção bilateral: extensão do 
pescoço nas articulações 
antlantoccipitais, aproximação do 
queixo do manúbrio (por flexão 
vertebral) e protrusão do queixo e da 
cabeça 
20 
 
SOF’s I 
 
 
Infrahioideus são o conjunto de 4 músculos filiformes (esternohioideu, omohiodeu, 
tireohioideu e esternotiroideu) que fixam o hióide, esterno, clavícula e omoplata e 
deprimem o hióide e a laringe durante a fonação e a deglutição. Também actuam 
como músculos suprahioideus fornecendo uma base firma para a língua. Estão 
dispostos segundo dois planos: superior (omohiodeu e esternohioideu) e inferior 
(tireohiodeu e esternotiroideu). 
 
 Origem Inserção Inervação Acção 
Digástrico 
Anterior: fossa 
digástrica da 
mandíbula 
Posterior: 
chanfradura 
mastoideia do 
temporal 
Através do 
tendão 
intermédio 
com o corpo 
e corno 
maior do 
hióde 
Anterior: ramo 
milohioideu do 
nervo alveolar 
inferior (VII) 
Depressão da mandíbula, 
elevação do hióide e 
fixação do mesmo 
durante fonação e 
deglutição 
Estilohiodeu 
Apófise estilóide 
do temporal 
Corpo do 
hióide 
Ramo cervical do 
nervo facial (VII) 
Elevação, retracção do 
hióide e alongamento do 
pavimento bucal 
Milohiodeu 
Linha 
milhohioideia da 
mandíbula 
Rafe 
milohioideia 
e corpo do 
hióide 
Ramo milhioideu 
do nervo alveolar 
infeior (V3) 
Eleva o hióide, a língua e 
o pavimento da boca na 
fonação e deglutição 
Geniohiodeu 
Espinha 
geniana/mentonia
na inferior da 
mandíbula 
Corpo do 
hióide 
Ramo do nervo do 
hipoglosso (XII) e 
ramos de C1 
Elevação anterosuperior 
do hióide; encurtamento 
do pavimento bucal e 
alargamento da faringe 
21 
 
SOF’s I 
 Origem Inserção Inervação Acção 
Esternohioideu 
Manúbrio do 
esterno e 
extremidade 
medial da 
clavícula 
Corpo do hióide 
C1-C3 por ramo 
da alça vertical 
Depressão do 
hióide após a sua 
elevação durante 
a deglutição 
Omohioideu 
Bordo superior da 
omoplata junto da 
chanfradura 
supra-escapular 
Bordo inferior do 
corpo do hióide 
Depressão, 
retracão e 
depressão do 
hióide 
Esternotiroideu 
Superfície 
posterior do 
manúbrio do 
esterno 
Linha oblíqua da 
cartilagem 
tiroideia 
C2 e C3 por ramo 
da alça vertical 
Depressão do 
hióide e da laringe 
Tireohioideu 
Linha oblíqua da 
cartilagem 
tiroideia 
Bordo inferior do 
corpo e corno 
maior do hióide 
C1 pelo nervo do 
hipoglosso (XII) 
Depressão do 
hióide e elevação 
da laringe 
 
Grupo profundo/Pré-vertebrais 
Estes músculos situam-se profundamente em relação à lâmina pré-vertebral da fáscia 
cervical. Os músculos vertebrais anteriores (músculos longos da cabeça e pescoço e 
recto anterior e lateral da cabeça) e os músculos vertebrais laterais (esplénio da 
cabeça, elevador da omoplata e escaleno- anterior, médio e posterior) formam o 
pavimento do s triângulos anterior e posterior cervicais, respectivamente. Todos estes 
músculos, em conjunto, actuam como flexores da cabeça e pescoço, com ajuda do 
ECM. 
 Origem Inserção Inervaçao Função 
Esplénio da 
cabeça 
tanto pode ser nas 
apófises espinhosas(C7-
T12) como no ligamento 
nucal (protuberância 
occipital externa) 
Supero lateral à 
apófise mastóide 
e lateralmente à 
linha nucal 
superior 
Ramos 
posteriores 
dos nervos 
cervicais 
intermédios 
Isoladamente: flexão 
lateral do pescoço e 
rotação da cabeça para 
o mesmo lado 
Em conjunto: 
estendem a cabeça e o 
pescoço 
Elevador da 
omoplata 
Parte superior profunda 
ao m. 
Esternocleidomastoideu. 
Região inferior profunda 
em relação ao m. 
Tubérculos 
posteriores das 
apófises 
transversas de C1 
a C4 
Parte superior 
do bordo 
medial da 
omoplata 
Elevação da omoplata; 
pela rotação da 
omoplata inclina a 
cavidade glenóide 
inferiormente 
22 
 
SOF’s I 
trapézio 
Escaleno 
anterior 
Tubérculos anteriores 
das apófises transversas 
de C4-C6 
Tubérculo 
escaleno da 1ª 
costela 
Ramos 
directos do 
plexo braquial 
C5-C7 
Elevação da 1ª costela 
e flexão lateral da 
cabeça 
Escaleno 
médio 
 
Tubérculos posteriores 
das apófises transversas 
de C1-C7 
Superfície 
superior da 1ª 
costela, posterior 
ao sulco da artéria 
subclávia 
Ramos 
directos do 
pelxo braquial 
e cervical C3-
C7 
Escaleno 
posterior Tubérculos posteriores 
das apófises transversas 
de C5-C7 
Bordo externo da 
2ª costela 
Ramos 
directos do 
plexo braquial 
C7-T1 (?) 
Elevação da 2ª costela 
e flexão lateral do 
pescoço 
Longo do pescoço 
Tubérculos e faces 
anteriores dos 
corpos vertebrais 
de C3-T3 
Arco anterior do 
atlas, tubérculos 
anteriores de C5-
C6 e faces 
anteriores dos 
corpos vertebrais 
de C2-C4 
ramos ventrais 
dos nervos 
espinhais de C2-
C7 
Flexão do pescoço 
com rotação 
contralateral se agir 
unilateralmente 
Longo da cabeça 
Tubérculosanteriores das 
vértebras C3-C6 
Parte basilar do 
osso occipital 
Ramos ventrais 
dos nervos 
espinhais C1-C4 
Flexão da cabeça e 
pescoço 
Recto anterior da 
cabeça 
Massa lateral 
anterior do atlas 
Base do crânio 
anterior ao 
côndilo occipital 
Recto ventral 
principal do nervo 
espinhal C1 
Flexão da cabeça 
23 
 
SOF’s I 
Recto lateral da 
cabeça 
Apófise transversa 
do atlas 
Apófise jugular 
occipital 
Ramo ventral do 
nervo espinhal C1 
Flexão da cabeça e 
inclinação lateral 
do pescoço 
 
Triângulos do pescoço 
Os principais triângulos do pescoço são 2 (anterior e posterior) que se subdividem 
noutros de menores dimensões e que neles estão contidos. 
 
Triângulo anterior apresenta 
vários limites: 
.anterior (linha média do 
pescoço) 
.posterior (parte anterior do 
ECM) 
.superior (parte inferior da 
mandíbula) 
.vértice (chanfradura jugular do 
manúbrio) 
.pavimento (faringe, laringe e glândula tireoideia) 
.tecto (tecido subcutâneo incluindo o músculo platisma) 
24 
 
SOF’s I 
Este triângulo pode-se subdividir , graças aos músculos digástrico e omohiodeu, em 
três triângulos (submandibular/digástrico, carotídeo e muscular/omotraqueal). 
Triângulo posterior apresenta vários limites: 
.anterior (parte posterior do ECM) 
.posterior (parte anterior trapézio) 
.inferior (terço médio da clavícula 
entre o trapézio e o ECM) 
.vértice (ponto onde ECM e trapézio 
se encontram na linha nucal superior) 
.pavimento (músculos profundos do 
pescoço e folheto pévertebral da 
fáscia cervical profunda) 
.tecto (folheto superficial da fáscia cervical profunda) 
Este triângulo pode-se subdividir, devido aoramo inferior do músculo omohiodeu, em 
dois triângulos (occipital e supraclavicular/subclávio). 
 
Fáscias cervicais 
A fáscia cervical possui dois folhetos (superficial e profundo) que permite que as 
estruturas nela contidas deslizem entre si sem problemas de atrito e os feixes vásculo-
nervosos estejam orientados. Criam cavidades/compartimentos que podem 
determinar o sentido com que uma infecção nesta região se difunde. 
A fáscia/aponevrose cervical superficial é uma fina camada de células subcutâneas 
entre a derme e a fáscia cervical profunda (alberga nervos subcutâneos, vasos 
linfáticos - e também nódulos - e sanguíneos, assim como tecido adiposo e o músculo 
platisma). 
A fáscia cervical profunda apresenta três lâminas (superficial, pré-traqueal e pré-
vertebral), envolvendo as artérias carótidas, veias jugulares e nervos vagos, formando 
a bainha carotídea. Pode-se dividir em: 
. fáscia superficial → possui uma região superficial e outra profunda para envolver os 
músculos ECM e trapézio (inervados pelo mesmo nervo, XI, e derivados da mesma 
lâmina embrionária). Para além disso, cobre a glândula submandibular e forma a 
cápsula fibrosa da glândula tireóide, superiormente, e, inferiormente, o triângulo 
cervical anterior, assim como os músculos infrahioideus. As suas fixações são contínuas 
25 
 
SOF’s I 
à base do crânio (superiormente) e à espinha da omoplata, acrómio e clavícula 
(inferiormente). 
A nível superior, esta lâmina superficial insere-se: 
. linha nucal superior do osso occipital 
. apófises mastóides do temporal 
. arcos zigomáticos 
. bordo inferior da mandíbula 
. osso hióide 
. apófises espinhosas das vértebras cervicais 
Inferiormente: 
. manúbrio do esterno (acima deste divide-se em dois folhetos , um para a face 
anterior e outro para a posterior do manúbrio; cria-se um espaço supraesternal/ de 
Burns que contém as cabeças esternais dos ECM’s e o arco jugular) 
. clavículas 
. acrómios e espinhas das omoplatas. 
 
.fáscia pré-traqueal/média → encontra-se na parte anterior do pescoço, estendendo-
se, inferiormente, do hióide até ao tórax, onde se funde ao pericárdio que cobre o 
coração. Possui dois folhetos: um muscular que envolve os músculos infrahioideus e 
outro visceral, que reveste a glândula tireóide, a traqueia e o esófago, sendo contínua 
postero-superiormente com a fáscia bucofaríngea. Lateralmente funde-se com a fáscia 
carotídea. Ao nével do hióide ajuda na formação a tróclea por onde passa o tendão 
intermédio do músculo digástrico. 
 
.fáscia pré vertebral → a sua lâmina forma uma bainha tubular para a coluna vertebral 
e os músculos associados a ela (pré-vertebrais, escalenos e dorsais profundos). Esta 
lâmina fixa-se, superiormente, à base do crânio e, inferiormente, funde-se com a fáscia 
endotorácica e o ligamento longitudinal anterior (em T3). Lateralmente estendem-se 
com a fáscia axilar, envolvendo todo o plexo braquial. A sua lâmina anterior apelida-se 
de fáscia alar, indo da base do crânio até C7. Pode-se dividir em: 
. fáscia carotídea → revestimento fascial tubular que se prolonga da base do crânio até 
à raiz do pescoço que se funde, anteriormente, com a fáscia superficial e, 
26 
 
SOF’s I 
posteriormente com a pré-vertebral. No seu interior contém: a artéria carótida 
comum e interna; a veia jugular interna; o nervo vago; nódulos linfáticos e outras 
estruturas nervosas. 
Esta fáscia comunica com a pré-traqueal ao nível do mediastino, local de possívei 
disseminações de infecções e de sangue extravasado. 
. fáscia bucofaríngea → parte posterior do folheto visceral da fáscia pré-traqueal, que 
cobre os músculos constritores da faringe e o bucinador, e se encontra entre a faringe 
e o esófago. 
. espaço retrofaríngeo → maior e mais importante espaço inter-aponevrónitico do 
pescoço. Espaço virtual/potencial entre a fáscia bucofaríngea (anterior) e fáscia pré-
vertebral (posterior) que se prolonga da base do crânio até à cavidade mediastínica 
posterior, estendendo-se lateralmente até à fáscia carótica. Permite a movimentação 
da faringe, traqueia, esófago e laringe em relação à coluna vertebral durante a 
deglutição. 
27 
 
SOF’s I 
Músculos do Dorso 
Músculos extrínsecos → músculos superiores e intermédios que controlam os 
movimentos respiratórios e dos membros. 
Músculos intrínsecos → actuam sobre a coluna vertebral, produzindo os seus 
movimentos e mantendo a sua postura. 
Os músculos extrínsecos superficiais (trapézio, grande dorsal, elevador da omoplata e 
rombóides) ligam os membros superiores ao tronco, controlando os seus movimentos. 
A sua inervação provém dos ramos anteriores dos nervos cervicais (por exemplo, 
trapézio → nervo craniano XI). 
 Localização Origem Inserção Acção 
Trapézio 
Músculo triangular e 
plano que cobre a face 
posterior do pescoço, 
assim como a metade 
superior do tronco 
Protuberância 
occipital externa, 
região medial da 
linha nucal 
superior, 
ligamento da 
nuca e apófises 
espinhosas 
cervicais e 
torácicas 
Região lateral da 
clavícula, acrómio 
e espinha da 
omoplata 
Elevação, rotação 
e retração da 
omoplata 
Grande 
dorsal 
Cobre a metade inferior 
do tronco 
Apófises 
espinhosas das 
vértebras 
torácicas 
inferiores, 
costelas 
inferiores, crista 
ilíaca e fáscia 
toracolombar 
Pavimento do 
sulco 
intertubercular do 
úmero 
 
Extensão, adução 
e rotação medial 
do úmero 
Elevador da 
omoplata 
Parte superior profunda 
ao m. 
Esternocleidomastoideu. 
Região inferior profunda 
em relação ao m. 
trapézio 
Tubérculos 
posteriores das 
apófises 
transversas de C1 
a C4 
Parte superior do 
bordo medial da 
omoplata 
Elevação da 
omoplata; pela 
rotação da 
omoplata inclina 
a cavidade 
glenóide 
inferiormente 
Rombóide 
menor e 
maior 
São profundos ao 
trapézio. Espécie de 
faixas que se estendem 
das vértebras até às 
omoplatas 
Maior – apófises 
espinhosas de T2 
a T5 
Menor – 
ligamento da 
Bordo medial da 
omoplata a partir 
do nível da 
espinha até ao 
ângulo inferior 
Retrai e roda a 
omoplata para 
inclinar 
inferiormente a 
cavidade 
glenóide, fixando 
28 
 
SOF’s I 
nuca e apófises 
espinhosas de C7 
a T1 
a omoplata à 
parede torácicaOs músculos extrínsecos intermediários do dorso (serreados posteriores, superior e 
inferior) são bastante mais finos. O serreado posterior superior encontra-se 
profundamente em relação aos rombóides maior e menor, e o serreado posterior 
profundamente face ao músculo grande do dorso, sendo que ambos (os serreados) são 
enervados pelos nervos intercostais. 
 
Os músculos intrínsecos do dorso são inervados pelos ramos posteriores dos nervos 
espinais, mantendo a postura e controlo sobre os movimentos da coluna vertebral. 
Estes estendem-se da pelve até ao crânio e são revestidos por fáscias com pontos de 
fixação medial (ligamento nucal, extremidades das apófises espinhosas das vértebras, 
ligamentos supra-espinhosos e crista mediana do sacro) e lateral (apófises transversas 
cervicais e lombares e ângulos das costelas), sendo apelidada de fáscia toracolombar 
nas regiões torácica e lombar. Estes músculos podem ser divididos em várias camadas: 
. superficial → músculos esplénios (da cabeça e do pescoço), situados nas faces 
posteriores e laterais do pescoço, originam-se medialmente (no plano das apófises 
espinhosas) e estendem-se súpero-lateralmente, quer para o pescoço (esplénio do 
pescoço), quer para a cabeça (esplénio da cabeça). 
 Origem Inserção Acção 
Esplénio da cabeça 
tanto pode ser nas apófises 
espinhosas como no 
ligamento nucal 
Supero lateral à apófise 
mastóide e 
lateralmente à linha 
Isoladamente: flexão 
lateral do pescoço e 
rotação da cabeça e do 
29 
 
SOF’s I 
(protuberância occipital 
externa) 
nucal superior pescoço para o mesmo 
lado 
Em conjunto: estendem 
a cabeça e o pescoço 
Esplénio do 
pescoço 
Tubérculos das apófises 
transversas de C1 a 
C3/C4 
 
. intermédia → músculos erectores da espinha de cada lado da coluna, entre as 
apófises espinhosas e os ângulos das costelas, lateralmente. Podem ser divididos em: 
. iliocostal (lateral) 
. longuíssimo (intermédio) 
. espinhoso (medial) 
Todos estes músculos possuem regiões lombares, torácicas e no pescoço. 
Erectores da 
espinha 
Origem Inserção Acção 
Iliocostal 
Tendão largo, 
inferiormente, que 
se fixa às partes 
posteriores da 
crista ilíaca, sacro, 
ligamentos 
sacroilíacos e às 
apófises espinhosas 
sacrais e lombares 
As fibras seguem superiormente 
até aos ângulos das costelas 
inferiores e apófises transversas 
cervicais 
Unilateral: flexão 
lateral da coluna 
vertebral 
Bilateral: extensão da 
coluna vertebral e 
cabeça; quando há 
flexão dorsal, estes 
músculos controlam o 
movimento por 
alongamento gradual 
das fibras 
Longuíssimo 
As fibras seguem até às costelas 
(entre os ângulos e os 
tubérculos), apófises transversas 
nas regiões torácicas e cervicais e 
apófises mastóides do osso 
temporal 
 
Espinhoso 
As fibras seguem até às apófises 
espinhosas torácicas e até ao 
crânio 
 
 
. profunda → profundamente aos músculos erectores da espinha temos um grupo 
oblíquo de músculos muito mais curtos, os transverso espinhosos (semi-espinhosos, 
multífidos e rotadores). Estes originam-se nas apófises transversas vertebrais e 
30 
 
SOF’s I 
inserem-se nas apófises espinhosas das superiores, ocupando assim os espaços entre 
as mesmas. 
O semi-espinhoso é o mais superficial, dividindo-se em três partes, segundo as suas 
inserções superiores (cabeça, pescoço e tórax). 
O multífido forma a camada média e possui feixes curtos e triangulares (é mais 
espesso na região lombar). 
Os rotadores são os mais profundos, estando mais desenvolvidos na região torácica. 
Transverso 
espinhosos 
Origem Inserção Acção 
Semi-espinhoso Apófises 
transeversas de 
C7-T12 
Apófises espinhosas das 
vértebras superiores 
Estende a cabeça e as regiões 
torácicas e cervicais da coluna 
vertebral; gira-as para lados 
opostos 
Multífidos Sacro e apófises 
espinhosas de C3-
L5 
Apófises espinhosas das 
vértebras superiores 
Estabilizam as vértebras entre 
os movimentos 
Rotadores (curto e 
longo) 
Apófises 
transversas das 
vértebras 
Apófises espinhosas da 
vértebras superior 
(rotador curto) ou duas 
vértebras acima (rotador 
longo) 
Estabilizam as vértebras, 
ajudando na extensão e 
movimentos giratórios da 
coluna vertebral 
 
Para além destes, existem mais três grupos de músculos na região profunda: 
. interespinais, localizados entre as apófises espinhosas de vértebras adjacentes, que 
ajudam na extensão e rotação da coluna vertebral; 
. intertransversários, situados entre as apófiseses transversas de vértebras 
consecutivas, ajudam na flexão lateral da coluna vertebral, mas que a estabilizam por 
acção bilateral; 
. elevadores das costelas, que partem das 
apófises transversas das vértebras e se 
inserem (infero-lateralmente) na costela, 
entre o ângulo e o tubérculo da mesma. Estes 
garantem a flexão lateral da coluna vertebral, 
bem como elevam es costelas, auxiliando na 
respiração. 
31 
 
SOF’s I 
Região suboccipital 
Área triangular inferior à região 
occipital (triângulo suboccipital) que 
inclui as faces posteriores de C1 e C2. 
Os músculos desta região são 
profundos em relação ao músculo 
trapézio e semi-espinhoso da cabeça. 
É o nervo suboccipital (ramo 
posterior de C1) que enerva os 
quatro músculos desta região: 
oblíquos superior e inferior; rectos 
posteriores maior e menor. 
 
 Origem Inserção 
Recto posterior maior da cabeça Apófise espinhosa de C2 
Parte lateral da linha nucal 
inferior 
Recto posterior menor da 
cabeça 
Tubérculo posterior do arco 
posterior de C1 
Parte medial da linha nucal 
inferior 
Oblíquo superior da cabeça Apófise transversa de C1 
Osso occipital entre as linhas 
nucais superior e inferior 
Oblíquo inferior da cabeça 
Tubérculo posterior do arco 
posterior de C1 
Apófise transversa de C1 
 
Questões Sugeridas 
Qual o músculo fundamental da rotação da cabeça? 
Qual o músculo mais superficial do pescoço? 
Quais as inserções do músculo trapézio? 
 
Por onde desenvolver 
Moore 
Netter ou Sobotta 
Gray For Students 
32 
 
SOF’s I 
 
Anatomia Clínica 
Módulo 1.1 
33 
 
SOF’s I 
As páginas indicadas a azul dizem respeito à 6ªed do Moore. 
CONCEITOS BASE 
P 23 - 25 
Traumatismos e mudanças ósseas 
Os ossos são semelhantes a todos os outros órgãos que 
podemos encontrar no nosso organismo. Também são 
vascularizados, possuem vasos linfáticos e nervos, podendo 
também sofrer lesões e danos. São estruturas dinâmicas: 
exemplo disso é o facto de atrofiarem, quando localizados em 
área paralisadas. 
Certas lesões podem levar à fractura que, para que seja 
resolvida/recuperada, necessita que as porções quebradas se 
voltem a unir (chamada redução da fractura). Para que tal ocorra os fibroblastos da 
mesma região proliferam e secretam colagénio, formando uma espécie de cintura em 
torno da região fracturada. Esta cintura calcifica, sendo posteriormente reabsorvida e 
substituída por osso. As fracturas são recuperadas mais facilmente em ossos que se 
encontram em crescimento. 
Osteoporose 
Com o envelhecimento, os componentes ósseos diminuem, 
resultando em osteoporose (redução de quantidade de osso ou atrofia 
do tecido esquelético), o que torna os ossos frágeis, pouco elásticos e 
facilmente fracturáveis. Para detectar esta patologia são utilizados os 
chamados “bone scannings”. 
Punção do esterno 
A análise da matriz óssea fornece-nos dados importantes sobre doenças 
hematológicas. Pelo facto de ser facilmente acessível, o esterno é um ponto de fácil 
recolha de medula óssea. Para tal, insere-se uma larga agulha nesta estrutura, 
atravessando o osso cortical até atingir o osso esponjoso. Assim, uma amostra de 
matriz é recolhida e analisada laboratorialmente. Esta técnica pode ser utilizada nos 
transplantes de medula, muitas vezes utilizados no tratamento da leucemia. 
Idade óssea 
O conhecimento de centros de ossificação, a taxa de crescimento ósseo e 
outros,são factores importantes tanto na prática clínica como nas ciências forenses, 
etc. As taxas de crescimento ósseo durante o desenvolvimento de um indivíduo dão-
nos a sua idade óssea, através de radiografias. Por exemplo, a idade de uma pessoa 
34 
 
SOF’s I 
pode ser determinada pela análise dos seus centros de ossificação, através da 
aparência do material calcificado e a presença ou não da cartilagem/ placa epifisária 
(se não se encontrar presente, o crescimento ósseo já terminou). A fusão das epífises 
com as diáfises ocorre mais precocemente nas raparigas. 
A idade óssea é bastante importante no que toca a determinar a altura em 
adolescentes, ou até para estabelecer a idade de um esqueleto humano. 
Efeitos da alimentação e doença no crescimento ósseo 
Algumas patologias causam a uma fusão epifisial precoce e, noutros casos, 
pode ocorrer uma fusão tardia. Sobretudo o esqueleto ósseo em crescimento está 
mais sujeito a patologias e períodos de alimentação deficiente. Durante estes períodos 
a proliferação das cartilagens metafisárias abranda, mas a degeneração das células da 
cartilagem continua, produzindo-se uma linha densa (estas linhas formam 
posteriormente osso com trabéculas, ou linhas de “crescimento bloqueado”) de 
calcificação de carácter provisório. 
Separação das epífises 
Na análise de imagens de diagnóstico, sem conhecimento, uma placa epifisária 
facilmente pode ser confundida com uma fractura. O conhecimento da idade do 
paciente e a localização das epífises elimina tais erros (nesta região, os bordos das 
epífises e diáfises são curvos). Uma lesão que cause fractura num adulto, numa criança 
poderá “descentrar”/ deslocar a epífise numa criança. 
Necrose avascular 
A falta de vascularização da epífise ou outras partes do osso resulta na morte 
do tecido ósseo (necrose avascular). Tal pode acontecer em algumas regiões ósseas 
após uma fractura. Muitas das doenças na região epifisária de crianças resultam de 
necrose avascular de origem desconhecidas. São as chamadas osteocondroses. 
Articulações dos ossos do crânio de recém-nascidos 
Os ossos da calvaria de um recém-nascido não 
se encontram em completo contacto, uns com os 
outros. Nas regiões em que não há contacto existe 
tecido fibroso apelidado de fontanela (a anterior é 
mais proeminente). As fontanelas de recém-nascidos 
são ligeiramente achatadas, permitindo a adaptação 
do crânio durante todo o parto. Uma fontanela 
saliente é sinal de uma elevada pressão intra-
craniana, podendo isto também acontecer durante o 
35 
 
SOF’s I 
choro da criança. Por seu lado, se esta se encontrar deprimida/ afundada, isto é sinal 
de desidratação. A própria pulsação da fontanela deve-se às artérias cerebrais. 
P 28 - 29 
Doença degenerativa das articulações 
Um desgaste intensivo das articulações sinoviais pode levar à sua degeneração 
(degradação degradação de cartilagens articulares e superfícies ósseas). O 
envelhecimento destas cartilagens inicia-se cedo nas extremidades dos ossos 
articulares (joelho, coluna, …). Isto leva a que as cartilagens absorvam muito menos os 
choques e lubrifiquem pouco as extremidades ósseas. Assim, a articulação torna-se 
mais vulnerável ao “atrito” entre os ossos (em algumas pessoas causa bastantes 
dores). A doença degenerativa das articulações, conhecida como osteoartrite, tem 
como sintomas o desconforto, dor, sendo comum entre pessoas mais idosas (afecta as 
regiões mais expostas ao suporte de peso do corpo). As substâncias da corrente 
sanguínea facilmente entram para a cápsula articular, podendo causar contaminação 
sanguínea (septicémia) ou uma infecção traumática, a que se segue atrite. 
Artroscopia 
A cavidade sinovial pode ser examinada, inserindo um artroscópio (pequeno 
telescópio) no seu interior. Este exame pode ser requerido para tentar encontrar 
anomalias nas cavidades articulares (um menisco fragmentado, por exemplo), 
podendo ser realizado durante intervenções cirúrgicas. Pelo facto de a abertura 
produzida na cápsula articular ser pequena, a cicatrização torna-se muito rápida, em 
comparação com a cirurgia articular tradicional. 
TÓRAX 
P 83 - 85 
Dor no peito 
A dor no peito pode surgir de inúmeras formas, mas a principal causa são as 
doenças pulmonares. Quando se avalia um paciente o principal intuito será perceber 
se a dor advém de uma dita doença mais séria, ou de um leque de doenças menos 
problemáticas. 
No caso das doenças menos problemáticas temos: 
 Fracturas de Costelas: As costelas mais prováveis de estarem fracturadas são as 
costelas médias. A 1ª costela raramente é fracturada por causa da sua posição (não 
consegue ser palpada). As fracturas advém, normalmente de impactos bruscos, e, 
apesar da zona mais frágil da costela ser logo anterior ao ângulo desta mesma, um 
choque físico pode lesionar uma costela em qualquer lugar. A parte fracturada da 
36 
 
SOF’s I 
costela pode romper órgãos internos como por exemplo os pulmões e o baço. A dor é 
constante porque as partes partidas mexem-se ao respirar, rir e espirrar. 
 Tórax Instável: Quando há múltiplas fracturas de costelas pode ocorrer a 
libertação de um pedaço da caixa torácica. Esse segmento livre move-se 
paradoxalmente (para dentro na inspiração e para fora na expiração). É uma lesão 
dolorosa e prejudica a oxigenação do sangue. Durante o tratamento une-se o pedaço 
solto ao resto da caixa por ganchos ou fios. 
Toractomia 
Criação de uma abertura 
pela parede do tórax para entrar na 
cavidade que circunda os pulmões. 
A melhor forma para entrar na 
cavidade torácica é pelas paredes 
laterais. 
Costelas “a mais” 
Cada pessoa tem 12 pares de costelas, mas por vezes pode-se formar mais um 
par ao nível das vértebras cervicais (0.5 – 2%) ou menos comummente nas lombares. 
É relevante saber se um paciente é portador de costelas supranumerárias pois pode 
confundir na identificação aquando a visualização de uma radiografia e outros 
diagnósticos. 
Função Protectora e o Envelhecimento das Cartilagens Costais 
Previnem que muitos embates fracturem o esterno ou as costelas. Nas crianças, 
a extrema elasticidade pode provocar danos internos sem o fracturar de uma costela. 
Nas pessoas mais idosas pode ocorrer calcificação tornando-as visíveis nas 
radiografias. 
Apófise Xifóide Ossificada 
Cartilagem que ossifica com a idade e que quando é notado pelas pessoas, 
estas pensam que se trata de um cancro. 
Fracturas do Esterno 
Apesar da localização do esterno, fracturas do mesmo são consideradas raras, e 
advém de choques brutos, como em acidentes de viação. O corpo do esterno fractura-
se normalmente em fracturas múltiplas (comminuted fracture). O deslocamento dos 
pedaços é ainda mais raro visto que o esterno está revestido pela fáscia profunda e 
pelos ligamentos dos músculos peitorais maiores. O sítio mais comum de fractura nas 
pessoas mais idosas é no ângulo esternal onde houve a fusão da articulação 
37 
 
SOF’s I 
manubrioesternal. O problema mais preocupante que advém destas fracturas trata-se 
do dano dos órgãos internos, como o coração e o pulmão que podem levar à morte 
(25-45%). 
Esternotomia 
Cirurgia em que o esterno é dividido a meio para se ganhar acesso à caixa 
torácica. 
Biopsia do Esterno 
Usada com o fim de se retirar medula óssea para se averiguar se há 
compatibilidade para transplantes e para detectar cancros metastisados. 
Anomalias do Esterno 
 Não junção das duas partes do esterno do feto - Fenda esternal total 
 Presença de um buraco no corpo do esterno. Não é clinicamente preocupante, 
mas pode ser interpretado como outra coisa nas radiografias. 
 Peito Escavatum e Peito Carinatum: Depressão e Protrusão do esterno, 
respectivamente. 
 Apófise Xifóide pode ser perfurada nas pessoas mais velhas e mais saliente nas 
crianças. 
Deslocações das Costelas 
Saída da cartilagem costal do esterno ou das articulações intercondrais. Pode 
causar danosinternos. 
Separação das Costelas 
Deslocação das costelas da junção costocondral (costelas e a cartilagem costal). 
Normalmente ocorre o rompimento do pericondrio e do periosteo. 
Paralisação do Diafragma 
Metade do diafragma pode estar 
paralisado e a outra metade não pois são 
enervados por diferentes nervos. É possível 
detectar a paralisação do diafragma 
radiograficamente através do movimento 
paradoxal. 
 
38 
 
SOF’s I 
P 96 - 97 
Dispneia (Dificuldade em respirar) 
Quando pessoas com dificuldades respiratórias ou insuficiência cardíaca lutam 
para respirar, usam os músculos acessórios da respiração para assistir a respiração. 
Fazem-no encostando os joelhos ao peito ou encostando o peito a uma cadeira, assim 
esses músculos podem participar na respiração. 
Bloqueio dos nervos intercostais 
A anestesia de um espaço intercostal é 
produzida injectando um agente anestésico à volta 
dos nervos intercostais, entre a linha paravertebral e 
a área da anestesia. Envolve a infiltração de um 
agente anestésico entre o nervo intercostal e o ramo 
colateral. No entanto como geralmente uma área 
particular da pele é inervada por dois nervos 
adjacentes o efeito só ocorrerá depois de dois nervos 
intercostais estiverem bloqueados. 
P 104 - 106 
Mamas acessórias (Polymastia) ou Mamilos acessórios (Polythelia) 
Podem aparecer ao longo da linha que se estende desde a axila até à virilha. 
Pode apenas aparecer um mamilo e uma aréola com ou sem tecido glandular. 
ABDÓMEN 
P 197 - 200 
Lipossucção 
Método cirúrgico de remoção de tecido subcutâneo indesejado (gordura) 
através de um sistema de tubos, inseridos subcutaneamente por pequenas incisões, 
que criam uma elevada pressão e vácuo. 
Quando fecham as incisões abdominais inferiores ao umbigo, os cirurgiões 
incluem as camadas membranosas do tecido subcutâneo na sutura, devido à sua 
resistência. Entre esta camada e a fáscia profunda que cobre o músculo recto 
abdominal e obliquo externo, encontra-se um espaço onde poderá ocorrer a 
acumulação de fluidos. Apesar de não existirem barreiras a nível superior, estes fluidos 
não se poderão difundir a nível inferior, para a perna, uma vez que a camada de 
tecido subcutâneo profundo se funde com a fáscia lata, abaixo do ligamento inguinal. 
39 
 
SOF’s I 
A fáscia endoabdominal tem especial importância em cirurgia, uma vez que 
fornece um plano que pode ser aberto, dando acesso a regiões da parte anterior da 
parede abdominal posterior (rins, vértebras lombares, …) sem entrar no peritoneu, 
que alberga as vísceras e, por isso, evitando a contaminação das mesmas. Um espaço 
anterolateral entre a fáscia transversalis e fáscia extra-peritonial é utilizado para a 
colocação de próteses na resolução de hérnias inguinais. 
Protuberância do abdómen 
Um abdómen proeminente é bastante comum em crianças devido às grandes 
quantidades de ar que os seus tractos gastrointestinais contêm, ao fígado de grandes 
dimensões, entre outros. 
Os músculos abdominais têm uma maior capacidade protectora quando estão 
bem desenvolvidos (apresentam uma forma côncava). 
A protrusão abdominal pode ter várias causas (gravidez, gordura, …), muitas 
delas devidas a pressões intra-abdominais elevadas. A eversão do umbigo pode ser um 
sinal dessas pressões, muitas vezes causadas pela acumulação de líquido seroso na 
cavidade peritoneal, ou até tumefacção. Quando os músculos da cavidade abdominal 
anterior estão subdesenvolvidos ou atrofiados, eles não fornecem resistência 
suficiente para suportarem o peso de um abdómen proeminente. Como consequência, 
a pelve desce e o sacro ascende, resultando numa lordose da região lombar. 
Hérnias abdominais 
Situam-se na parede antero-lateral do abdómen. A maioria das hérnias ocorre 
nas regiões epigástrica, umbilical e inguinal. As segundas são muito comuns em 
recém-nascidos uma vez que a parede abdominal da 
região umbilical é bastante frágil (devido ao aumento da 
pressão intra-abdominal causado pelo fecho incompleto 
da cavidade umbilical). As hérnias umbilicais adquiridas 
afectam mais as mulheres e pessoas obesas (a gordura 
extraperitoneal ou o peritoneu protrudem). Os locais 
onde as fibras aponevróticas se entrelaçam também são 
focos potenciais de herniação. 
Uma hérnia epigástrica ocorre entre a apófise 
xifóide do esterno e o umbigo. Este tipo de hérnias tendem a ocorrer em pessoas 
acima dos 40 anos, sendo associadas a casos de obesidade. O saco hernial é composto 
pelo peritoneu, sendo coberto com pele e tecido gordo. 
 
 
40 
 
SOF’s I 
Palpação da parede abdominal anterolateral 
É importante que as mãos estejam quentes porque, caso contrário, poderão 
causar contracção e produção de espasmos na parede abdominal. Um órgão inflamado 
possui uma elevada rigidez, quando palpado (os espasmos que poderão também estar 
presentes são uma forma de proteger as vísceras das pressões, quando há infecção 
abdominal). 
A palpação é efectuada com o paciente com o abdómen e pernas semi-flectidos 
para que os músculos da parede abdominal se encontrem relaxados. Para além disso, a 
colocação dos braços lateralmente, assim como a colocação de uma almofada entre os 
joelhos facilitam a examinação. 
Reflexos abdominais superficiais 
A parede abdominal é a única protecção de muitos órgãos que se encontram 
no seu interior. O reflexo abdominal superficial é sentido quando se dá uma ligeira 
pancada horizontal, da lateral para o centro, no umbigo. É sentida uma contracção dos 
músculos abdominais, o que não se verifica em pessoas obesas. 
Lesão dos nervos da parede abdominal antero-lateral 
Os nervos espinhais torácicos inferiores (T7-T12) e os nervos iliohipogástricos 
e ilioinguinais (L1) inervam separadamente os músculos abdominais. Assim, 
distribuem-se pela parede abdominal antero-lateral, correndo em direcção oblíqua, 
mas maioritariamente horizontal. São bastante susceptíveis a lesões durante 
intervenções cirúrgicas, o que pode levar a um enfraquecimento muscular (na região 
inguinal pode levar ao desenvolvimento de hérnias inguinais). 
Incisões cirúrgicas abdominais 
Os cirurgiões usam várias incisões para acederem à cavidade abdominal sendo 
que, sempre que possível, elas seguem as linhas de clivagem da pele (linhas de 
Langer). A incisão é escolhida pelo acesso que permite e pelo efeito cosmético que irá 
deixar, assim como depende do tipo de operação e da localização dos órgãos. Assim, 
antes de efectuar a incisão, o cirurgião tem em atenção a direcção das fibras 
musculares e a localização das aponevroses e nervos. 
Para evitar o seccionamento das fibras musculares, o cirurgião separa os 
músculos. Porém, o recto abdominal é uma excepção, podendo ser cortado devido ao 
facto de as suas fibras abrangerem curtos espaços tendinosos, e os seus nervos se 
localizarem nas suas extremidades, não sendo, por isso, afectados. A grande parte das 
incisões é feita na parede abdominal antero-lateral que fornece um acesso livre e mais 
fácil a múltiplas estruturas, sem danificar, por exemplo, feixes nervosos. O corte de um 
desses feixes causa a paralisia do seu respectivo músculo e o enfraquecimento da 
41 
 
SOF’s I 
parede abdominal. Devido à sobreposição de feixes nervosos, o corte de poucos 
ramos nervosos, geralmente, não é notado. 
Retrocesso do fluxo nervoso e vias colaterais das veias abdominais superficiais 
Quando o fluxo de uma das veias cavas é obstruído, 
criam-se anastomoses/ junções entre os tributários 
destas grandes veias. Por exemplo, a veia 
toracoepigástrica pode promover uma via alternativa 
a esta obstrução, permitindo o regresso do fluxo 
sanguíneo para o coração. 
P 211 - 215 
Falha na migração do testículo 
Este tipo de falhas é maioritariamente unilateral. Se um testículo não estiver 
descido estamos perante uma criptorquidia. O testículo não descido encontra-se 
geralmente no canal inguinal, o que o torna não palpável e, por isso,o risco de 
desenvolver uma neoplasia torna-se acrescido. 
Hérnia supravesical externa 
Este tipo de hérnias gera-se a partir da sua projecção para além do peritoneu, 
pela fossa supravesical, sendo a sua localização medial em relação às hérnias inguinais 
indirectas. O nervo iliohipogástrico encontra-se ameaçado na resolução destes 
problemas. 
Hérnias inguinais 
São o tipo de hérnias abdominais mais comuns, ocorrendo em ambos os sexos, 
mas de forma predominantemente no sexo masculino. Este tipo de hérnias resulta da 
protrusão do peritoneu parietal e de vísceras por uma abertura, para além da 
cavidade a que pertencem. 
Há dois tipos de hérnias inguinais: directas e indirectas. 
 Directa Indirecta 
Factores Fraqueza da parede 
anterior do abdómen no 
triângulo inguinal 
Permeabilidade do 
processo vaginal em 
pessoas jovens, 
maioritariamente homens 
Frequência Menos comum Mais comum 
42 
 
SOF’s I 
Trajecto Atravessa ou passa ao 
redor do canal inguinal 
Atravessa o canal inguinal 
dentro do processo vaginal 
Saída da cavidade 
abdominal 
Peritoneu e fáscia 
transversal 
Peritoneu do processo 
vaginal e três 
revestimentos fasciais do 
canal espermático 
Saída da parede anterior 
do abdómen 
Anel superficial, 
lateralmente ao cordão 
Anel superficial, dentro do 
cordão espermático 
 
O anel inguinal superficial é palpável na região supero-lateral ao tubérculo 
púbico, por invaginação da pele. Se este se encontrar dilatado, o examinador pode 
colocar o dedo no seu interior sem causar 
qualquer tipo de dor. Se existir uma hérnia o 
examinador sente um impulso contra o seu 
dedo, quando o paciente tosse. Isto não 
permite distinguir o tipo de hérnia. Porém, o 
anel profundo pode ser percepcionado como 
uma depressão superior ao ligamento 
inguinal. Se for detectado um impulso no 
anel superficial e uma massa no anel 
profundo, interiormente, estamos perante 
uma hérnia indirecta. As hérnias directas são detectadas pela colocação da face do 
dedo médio ou indicador sobre o triângulo inguinal. Se quando o paciente tossir for 
percepcionado um impulso forte contra o dedo, então estamos perante uma hérnia 
directa. 
Quistos e hérnias do Canal de Nuck 
As hérnias inguinais, embora menos usuais, também podem ocorrer em 
mulheres. Se o processo vaginal persistir, forma-se uma pequena bolsa peritoneal no 
canal inguinal, o Canal de Nuck, que se pode estender até ao lábio, maior. Em 
lactentes, estas reminiscências podem aumentar, formando quistos. Estes podem 
formar uma saliência na parte anterior do lábio maior, sendo possível desenvolver-se 
uma hérnia inguinal indirecta. 
43 
 
SOF’s I 
PELVE E PERÍNEO 
P 334 – 337 
Variações das pelves masculinas e femininas 
A pélvis andróide é mais comum nos homens, enquanto a ginecoide é mais 
comum nas mulheres, a platiploide é 
rara estando por vezes associada a 
raquitismo. No entanto o interesse caí 
na medicina forense em identificação 
de cadáveres, sendo a pelve um osso 
importante na distinção entre homens 
e mulheres. 
Diâmetros da pelve 
A determinação destes diâmetros numa 
grávida ganha importância para o nascimento do 
filho. Estes podem ser determinados 
manualmente ou através de radiografias. Os 
diâmetros são: 
 Conjugado Anatómico: Promontório 
sagrado à sínfise púbica no bordo 
superior 
 Conjugado obstetrício: Promontório 
sagrado à sínfise púbica no meio (11,5cm) 
 Conjugado diagonal: Promontório 
sagrado à sínfise púbica no bordo inferior 
(13cm) 
 Anteroposterior: Do cóccix à sínfise 
púbica, bordo inferior, a medida é 
variável de acordo com o estado 
hormonal da grávida. 
 Transverso: entre as tuberosidades do 
ísquio (13cm) 
 Interespinhoso: entre as espinhas do 
ísquio 
 Obliquo: da articulação sacroilíaca á 
espinha do ísquio (de importância menor) 
44 
 
SOF’s I 
A medição mais importante é a demonstrada na figura ao lado, no esquema C. Pois 
as outras variam de acordo com as hormonas libertadas na gravidez. O diâmetro 
diagonal é medido, inserindo os dois dedos na vagina e com o dedo médio palpar o 
promontório sagrado. Medir a distância e subtrair por 1,5cm. 
Fracturas pélvicas 
A compressão antero-posterior da pelve geralmente produz fracturas do ramo 
púbico. Fracturas do anel ósseo pélvico são quase sempre múltiplas fracturas ou 
fractura combinada com uma luxação. Áreas de fragilidade da bacia, onde as fracturas 
ocorrem com frequência, são os ramos do púbis, o acetábulo (ou a área 
imediatamente em torno deles), a região das articulações sacroilíacas e da asa do 
ilíaco. 
As fracturas pélvicas podem causar lesões aos tecidos moles da pelve, os vasos 
sanguíneos, nervos e órgãos. Fracturas na área de obturador-pubo são relativamente 
comuns e muitas vezes complicada por causa de sua relação com a bexiga e a uretra, 
que pode ser rompida ou rasgada. 
Queda sobre os pés ou as nádegas de uma escada alta pode conduzir a cabeça 
do fêmur através do acetábulo para dentro da cavidade pélvica, ferindo vísceras 
pélvicas, nervos e vasos. Em indivíduos com idade inferior a 17 anos de idade, o 
acetábulo podem fraturar através da cartilagem trirradiada nas suas três partes do 
desenvolvimento ou as margens ósseas do acetabulo podem ser arrancadas. 
Relaxamento dos ligamentos pélvicos e mobilidade aumentada no final da gravidez 
O aumento dos níveis de hormonas sexuais e pela presença da hormona 
“relaxin” faz com que os ligamentos pélvicos relaxem durante a segunda metade da 
gravidez, permitindo maior movimento nas articulações pélvicas. Relaxamento das 
articulações sacro-ilíacas e sínfise púbica permite um aumento de 10-15% nos 
diâmetros (principalmente transversal, incluindo a distância interespinhosa), 
facilitando a passagem do feto através do canal pélvico. O cóccix também é capaz de 
mover posteriormente. O diâmetro que permanece inalterado é o diâmetro 
obstétrico. 
Relaxamento dos ligamentos sacro-ilíacos faz com que o mecanismo de 
bloqueio da articulação sacroilíaca se torne menos eficaz, permitindo uma maior 
rotação da pelve e contribuindo para a postura lordótica ("swayback") muitas vezes 
assumido durante a gravidez com a mudança do centro de gravidade. Relaxamento 
dos ligamentos não está limitado à pelve, e a possibilidade de luxação no final da 
gravidez aumenta. 
 
45 
 
SOF’s I 
Espondilose e Espondilolisteses 
A espondilose é um defeito que permite que parte do arco vertebral se separe 
do corpo vertebral. Quando o defeito é na L5, esta pode deslizar sobre o sacro, 
diminuindo o diâmetro obstétrico podendo interferir com o nascimento da criança e 
causando dores devido à compressão de nervos espinhais. 
A espondilolistese é um deslizamento de um corpo vertebral no sentido 
anterior, posterior ou lateral em relação à vértebra de baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P 348 – 349 
Dano do Chão Pélvico 
Durante o parto o chão pélvico suporta a cabeça do feto enquanto o útero 
dilata para permitir a saída. O pubococcígeo, puborrectal e as partes mais mediais do 
elevador do ânus são os músculos que se “rompem” mais regularmente. São músculos 
importante que dão suporte à vagina, útero, recto e bexiga. As implicações do 
rompimento destes músculos podem levar à libertação de urina ao tossir e levantar 
(urinary stress incontinence) ou levar ao prolapso de um ou mais órgãos pélvicos. 
46 
 
SOF’s I 
P 414 - 417 
Rutura do períneo 
O corpo perineal é uma estrutura 
importante, especialmente nas mulheres, 
porque é o apoio final das vísceras pélvicas, 
que liga os músculos que se estendem ao 
longo da saída pélvica (pelvic outlet), como 
atravessar vigas de apoio do diafragma 
pélvico sobrejacente. Alongamento ou 
rutura dos anexos dos músculos do períneo 
do corpo perineal pode ocorrer durante o 
parto, removendo o suporte do chão pélvico. 
Como resultado, o prolapso de vísceras pélvicas, incluindo o prolapso da bexiga 
(atravésda uretra) e prolapso do útero e / ou vagina (através do orifício vaginal) 
podem ocorrer. (Ver melhor pag. 392 Moore). 
O corpo perineal também pode ser rompido por um trauma, doenças 
inflamatórias, e infecção, que pode resultar na formação de uma fístula (canal 
anormal) ligados ao vestíbulo (ver melhor pag. 396 Moore). A atenuação do corpo 
perineal, associada diástase (separação) do puborectal e partes do pubococcigeo do 
levantador do ânus, também podem resultar na formação de um cistocelo, retocelo e 
/ ou enterocelo, saliências hernianas de uma parte da bexiga, reto ou bolsa 
retovaginal, respectivamente, na parede vaginal. 
Episiotomia 
É uma incisão cirúrgica do períneo 
e da parede vaginal inferoposterior que 
pode ser feita para ampliar o orifício 
vaginal. É geralmente aceite que a 
episiotomia é indicada quando a descida 
do feto é preso ou prolongado, quando a 
instrumentação é necessária (por 
exemplo, uso de fórceps obstétrico), ou 
para acelerar o parto, quando há sinais 
de sofrimento fetal. 
O corpo perineal é a principal estrutura afectada pela incisão durante uma 
episiotomia mediana. Episiotomia médio-lateral parece resultar em uma menor 
incidência de lacerações graves e têm menor probabilidade de estar associados a 
danos ao esfíncter anal. 
47 
 
SOF’s I 
Ruptura da uretra em homens e extravasamento de urina 
Fracturas da cintura pélvica, especialmente as decorrentes da separação da 
sínfise púbica e ligamentos puboprostaticos, muitas vezes, causam uma ruptura da 
parte intermediária da uretra. A rutura desta parte da uretra leva ao extravasamento 
de urina e sangue. O líquido pode passar superiormente através do hiato urogenital e 
distribuir-se ao redor da próstata e bexiga. 
O local comum de ruptura da uretra esponjosa e extravasamento da urina é no 
bulbo do pénis. Essa lesão geralmente resulta de um golpe contundente para o 
períneo. A urina pode passar para o tecido conjuntivo frouxo no escroto, ao redor do 
pénis, e superiormente, para a camada membranosa do tecido conjuntivo 
subcutâneo da parede abdominal inferior anterior. 
 A urina não poderia passar para a coxa porque a camada membranosa da 
fáscia perineal superficial junta-se com a fáscia lata, que envolve os músculos da coxa, 
exactamente na porção distal do ligamento inguinal. 
 
Fome e Prolapso Retal 
Os corpos de gordura das fossas isquioanal estão entre as últimas reservas de 
tecido adiposo a desaparecer com a fome. Na ausência do apoio prestado pela gordura 
ischioanal, prolapso retal é relativamente comum. 
Incontinência Anorectal 
Danos no nervo pudendo podem resultar em incontinência anorectal. Estes 
danos podem resultar de um nascimento traumático. 
48 
 
SOF’s I 
COSTAS 
P 456 - 463 
Osteoporose 
Resulta da desmineralização dos ossos, consequente de uma alteração do 
balanço normal de deposição e reabsorção de cálcio. No caso da osteoporose do 
corpo vertebral esta pode ser detectada durante estudos radiográficos. A osteoporose 
afecta principalmente o pescoço do fémur, o corpo vertebral e os metacarpos. No caso 
do corpo vertebral, mais especificamente na trabécula horizontal do osso esponjoso, 
levando consequentemente à perda de suporte horizontal, num estado tardio pode 
levar a fracturas de compressão. É mais comum em mulheres após a menopausa. 
Laminectomia 
Excisão cirúrgica de uma ou mais lâminas vertebrais. 
Realizam-se para se ganhar acesso ao canal vertebral, 
expondo a medula óssea (acima de L2) e/ou para se aceder 
à raiz de um nervo espinhal. Também pode ser realizada 
para aliviar a pressão na medula espinhal exercida por um 
certo tumor ou hérnia. 
Deslocação das Vértebras Cervicais 
Com facetas articulares mais horizontais, as 
vértebras cervicais estão menos presas que as outras 
vértebras e por isso deslizam mais facilmente do que 
fracturam. Como o canal vertebral é bastante maior nestas 
vértebras pode ocorrer deslize sem danificar a medula. 
Fractura e Deslocação do Atlas 
 Forças verticais pressionam as massas 
laterais entre os côndilos occipitais e o áxis 
separa-os fracturando o arco anterior e/ou o 
posterior. Se a força for suficientemente forte 
pode também quebrar o ligamento transverso 
(apesar de ser mais provável com a ruptura do 
ligamento, nenhum destes acidentes pode lesar 
a medula). 
Fractura e Deslocação do Axis 
Uma das lesões mais comuns (40%). As fracturas ocorrem usualmente na 
ligação entre as apófises articulares superiores e inferiores (par interarticular). Uma 
49 
 
SOF’s I 
fractura nesta localização (espondilólise traumática da C2) ocorre com a 
hiperextensão da cabeça no pescoço. Estas lesões podem levar a tetraplégia ou à 
morte. Fractura do dente do áxis também é comum (40-50%) e pode resultar de um 
choque horizontal da cabeça ou de osteopenia. 
Estenose lombar da coluna vertebral 
A estenose é o estreitamento do canal vertebral, decorrente de factores congénitos ou 
adquiridos como: desgaste progressivo das estruturas da coluna, associado a pequenos 
traumas repetidos durante a vida. Levando à compressão mecânica ou vascular. Esse 
estreitamento poderá dar-se principalmente na coluna cervical e lombar. A estenose lombar 
é o estreitamento do canal vertebral na região lombar. O canal vertebral contém a medula 
espinhal desde a porção cervical até a porção lombar alta. A porção média e a inferior do canal 
lombar contém as raízes nervosas da chamada cauda equina. O canal estreito pode comprimir 
estas raízes e determinar sinais e sintomas neurológicos. A Laminectomia pode ser uma 
forma de reduzir a pressão. 
Costelas cervicais (1-2%) 
Desenvolvimento de uma ou um par de costelas na C7. Ocorre bilateralmente 
em 60% dos casos. As costelas supranumerárias criam pressão nas estruturas que 
saem da abertura torácica superior, como a artéria/veia subclavia e o plexo braquial 
(nervos) levando a uma síndrome do desfiladeiro torácico. 
Anestesia Epidural 
O hiato sagrado é revestido pelo 
ligamento sacrococcígeo. O anestésico 
tem que ser injectado na gordura do 
canal sagrado entre os dois cornos 
sacrais. 
Lesão do Cóccix 
Resultado de uma queda bruta, 
podendo causar fractura ou deslocação 
causando dor. Intervenção cirúrgica é 
necessária. 
Fusão Anormal das Vértebras (5%) 
L5 está incorporada no sacro (sacrilização de L5) ou S1 está separada do sacro e 
parcial ou completamente fundida com a vértebra L5 (lumbarização da S1). 
 
Efeito da idade nas vértebras 
50 
 
SOF’s I 
Vão ficando mais frágeis e as superfícies articulares ficam concavas e os discos IV 
convexos. Estas mudanças fazem com que apareçam osteófitos que se desenvolvem nas 
margens dos corpos vertebrais. Podem causar dor ou não. Cada vez mais é considerado 
“normal” para uma certa faixa etária, e não uma “anormalidade” anatómica. 
Anomalias nas Vértebras 
Por vezes a apófise transversa não funde e é preciso estar atento para não 
confundir com uma fractura nas radiografias. As apófises podem ficar mais ou menos 
separadas e conforme ficam mais abertas vai saindo mais conteúdo que normalmente 
ficaria aprisionado no canal vertebral. Uma anomalia congénita da coluna vertebral é 
a spina bífida occulta (24%): o arco posterior não fecha totalmente mas não sai nada, 
na superfície há mais pelo. Se saírem apenas meninges com liquido cefaloraquidiano 
(LCR) dá origem a um meningocelo (quisto), se o buraco for grande saem meninges, 
LCR e medula, originando mielomeningocelo (quisto maior). A oculta não dá 
problemas, o meningocelo dá maior susceptibilidade a infecções e o 
mielomeningocelo pode dar paralisia, perda de sensibilidade, etc. 
P 474 – 482 
O envelhecimento dos discos intervertebrais 
Com o avançar da idade, os núcleos pulposos desidratam e perdem elastina e 
proteoglicanos e ganham colagénio. Como resultado, os discos IV, tornam-se mais 
duros e resistentes à deformação. Como o núcleo desidrata a distinção entre eles 
torna

Outros materiais