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Manejo alimentar de aves, suínos, equinos e peixes Prof. Erico da Silva Lima FMU Atender requerimentos por categoria Energia Proteína/Aminoácidos Minerais Vitaminas Gordura (ácidos graxos) Água AVES Proteínas/Aminoácidos: 22 aminoácidos (10 essenciais) Falta de apenas 1 = crescimento ineficiente Suprir proteína ≠ Suprir aminoácidos (balanço) AVES Água: monitorar consumo diário Indicativo de problemas (oscilação no consumo) Premix de minerais: Ingredientes utilizados em pequenas quantidades, adicionados à ração AVES Requerimentos: Fases Pré-inicial Inicial Crescimento Final/Retirada* Idade, dias 1 a 7 8 a 21 22 a 35 ou 22 a 42 35 a 42 ou 42 a 49 Proteína 21 20 18 18 EM, kcal/Kg 3.000 3.100 3.200 3.200 Cálcio 0,99 0,94 0,85 0,85 P disponível 0,47 0,44 0,42 0,42 Sódio 0,22 0,22 0,2 0,2 Lisina digestível 1,18 1,16 1,05 1,05 Met +Cis digestível 0,83 0,82 0,74 0,74 Treonina digestível 0,74 0,73 0,68 0,68 Triptofano digestível 0,19 0,19 0,18 0,18 Premix mineralico, vitamínico e aditivos* + + + * AVES Manejo Nutricional: Informações nutricionais: valor nutritivo e exigências Tabelas: � NRC (1988) � Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos e Exigências Nuticionais para Aves e Suínos (Rostagno et. al, 2005) Objetivo principal: aumento da produtividade através do melhor desempenho e utilização mais eficiente de rações de alimentos tradicionais e alternativos Manejo Nutricional: Fundamental conhecer o valor nutricional dos alimentos, especialmente quanto a composição e perfil de aminoácidos Fósforo: Terceiro nutriente mais oneroso na alimentação de suínos, atrás da energia e proteína Merece atenção e cuidados por ser uma fonte poluidora Manejo Nutricional: Fósforo: Pesquisas: focadas para determinação da digestibilidade e/ou disponibilidade do P nos diversos alimentos usados por suínos Valor Energético dos Alimentos: Estimado via ensaios de digestibilidade, em experimentos com coleta de fezes e urina após fornecimento de dietas Manejo Nutricional: Estratégias de formulação: Fornecimento de dietas com objetivo de otimizar a utilização de nutrientes, com objetivo de diminuir a excreção dos mesmos no meio ambiente Manejo Nutricional: Conceito de Proteína Ideal: Emmert & Baker (1997): balanceamento exato de aminoácidos (conceito) Lisina: aminoácido referencial Vantagem: possibilidade de se reduzir significativamente o conteúdo protéico de rações Tentativa de eliminar o excesso de N presente em rações Manejo Nutricional: Leitões: Desmame Precoce = objetivo (14 a 21 dias) Energia: componente mais caro de rações de leitões Lactose: presente na maioria das formulações de rações comerciais para leitões – efeito positivo sobre desenvolvimento e ganho de peso Manejo Nutricional: Fonte de Lactose: não mais necessária a partir de 10 a 12 kg PV Machos: 2,0 a 2,5 kg de concentrado de crescimento/cab/dia até iniciarem vida reprodutiva Após início da vida reprodutiva: 2 kg concentrado de gestação/cab/dia Leitoas: 2,5 kg concentrado de crescimento/cab/dia em duas refeições até cobertura Manejo Nutricional: Porcas: Ao iniciarem vida reprodutiva fornecer 2 kg concentrado de gestação/cab/dia Pós-parto = 3 kg concentrado de parto/cab/dia nos 3 dias Concentrado à vontade no 4º e 5º dia pós-parto Ração de lactação a partir do 6º dia Ração pré-inicial para leitões em comedouros próprios, a partir do 8° dia Manejo Nutricional: Leitões: ração inicial (a partir do 8° dia): Manejo Nutricional: Creche: Ração pré-inicial 1: do desmame aos 35 dias Ração pré-inicial 2: dos 36 aos 45 dias Ração inicial: dos 45 dias a saída da creche Crescimento/Terminação: Ração de crescimento: à vontade até os 105 dias Manejo Nutricional: Crescimento/Terminação: Ração de terminação 1: dos 105 dias aos 120 dias Ração de terminação 2: dos 120 dias ao abate Manejo Alimentar de Equinos Domesticação de equinos: 4 a 3 milênios a.C. Povos pastores nômades: norte de Cáucaso e Mar Cáspio animais de montaria e de tração 1-) Alimentação de Eqüinos Desenvolvimento e melhoramento da alimentação de eqüinos A partir do surgimento e desenvolvimento da agricultura Impossível alimentar corretamente cavalos na forma de vida nômade Exploração mais intensiva de eqüinos 1-) Alimentação de Eqüinos Aveia: se tornou o principal alimento para eqüinos na Europa Central Aveia Cevada Centeio Alimentos mais comumente utilizados Após Segunda Guerra = surgiu o conceito de: Ração Comercial Ração Peletizada Bases Anatômicas e Fisiológicas Ruminantes – basicamente se alimentam de material fibroso (habilidade em digerir fibra) Cavalo: Estômago e Duodeno – enzimas digestivas Digerem o alimento até o máximo limite possível 1-) Alimentação de Equinos Bases Anatômicas e Fisiológicas Porção não digerida: Estômago e Intestino Delgado (duodeno) Presença microorganismos:CECO (Intestino Grosso) Eqüino: Facilidade em ingerir concentrado Ex.: 10 minutos – 1 kg ração peletizada Grande concentração de microorganismos Semelhante à concentração no rúmen do ruminantes Presença também de protozoários pH tamponado: 6,5 a 7,5 Cuidados com alimentação: Alguns alimentos, se moído muito finos podem formar massas pegajosas no estômago. Ex.: Aveia Alguns cereais, se triturados e moídos são melhores aproveitados. Ex.: milho e leguminosas em geral Cavalos, naturalmente, têm o hábito de se alimentar por longos períodos em refeições regulares. Cuidados com alimentação: Devemos evitar o consumo rápido e excessivo de alimentos, principalmente alimentos ricos em fibra (volumosos) Concentrado = cólica = pode levar a morte Estômago: relativamente pequeno, possibilidade de obstrução Fornecer sempre volumoso antes que concentrado Evitar concentrado misturado à volumoso Fornecer máximo de 0,25 kg concentrado/100 kg PV/refeição para animais alimentados 10 x/dia (freqüência semelhante à pastejo) Ex.: cavalo 500 kg PV 0,25 kg ------ 100 kg PV y ------ 500 kg PV y = 0,25 x 500/100 = 1,25 kg concentrado Cavalos são animais muito sensíveis quanto à alimentação Cólicas são problemas, relativamente, comuns Processo doloroso e intenso Muitas vezes provoca morte dos animais Causado, geralmente, por alimentação inadequada Qualidade Cavalos, geralmente, refugam alimentos “estragados” Se faltar comida, pode vir a consumir alimento deteriorado Alimento deteriorado = fermentação inadequada Cólicas Características Gerais dos Peixes: Trato Digestivo: segue os padrões dos vertebrados em geral � Boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus � Adaptações do trato digestivo: refletem o hábito alimentar dos peixes � São animais pecilotérmicos Alimentação: A alimentação dos peixes, pela sua natureza complexa, é ampla e abrangente Diversidade de espécies = diversidade de hábitos alimentares Brasil: cultivo intensivo = ideal a escolha de espécies com hábito herbívoro e onívoro (proteína vegetal e animal), em função de não exigirem teores de proteína elevados e aceitarem mais facilmente alimentação artificial Alimentação: Sistemas Intensivos e Semi-Intensivos: fundamental uso da suplementação para engorda Suplementação: rações ou subprodutos agrícolas Qualidade da água em piscicultura intensiva: Pode ser comprometida pelo fornecimento de alimentos inadequados ou estratégias de alimentação inadequada Alimentação: Doenças e parasitoses: aumentam proporcionalmente com a queda da qualidade da água Alimento “barato”= redução de custos e maior lucratividade Cuidado!! = conceito equivocado Alimentos de alta qualidade = menor potencial poluente Alimentos (de um modo geral) = potencial poluente considerável Alimentação: Quanto pior for o valor nutricional do alimento e estabilidade na água, maior será o potencial poluente Ex.: Cama de Frango x Ração Peletizada Extrusada 10,6 kg cama de frango = 1 kg de peixe 1 kg de ração = 1 kg de peixeAlimentação: Expectativa de produção de Tilápia do Nilo utilizando diferentes alimentos Fonte: Cyrino, J.E.P (ESALQ-USP) (1) R$/kg: cama de frango: 0,06; ração farelada: 0,18; ração peletizada: 0,28; ração extrusada: 0,40 (2) Diferença entre matéria seca aplicada e removida no peixe (1000 kg de peixe contém 280 kg MS) (3) Considerando o alimento responsável por 70% do custo de produção (4) Preço de venda: R$2,00/kg Alimento(1) Produção (kg/ha) Alimento (kg MS/ha) kg alimento/1000 kg de peixe Carga Poluente kg MS/ha(2) R$/kg peixe(3) Receita líquida R$/ha(4) Cama de Frango 1800 17190 10610 16686 0,91 1962 Ração farelada 3400 12852 4200 11900 1,08 3128 Ração Peletizada 4600 9522 2300 8234 0,92 4968 Ração Extrusada 6800 7956 1300 6052 0,74 8568 Alimentação: Ao chegar a idade adulta, cada peixe define seu hábito alimentar Estabelecimento dos requerimentos nutricionais Ex.: Tilápia do Nilo – planctófagas (a vida toda) Dourado, Tucunaré, Traíra – predadores (comem peixes menores) Alimentação: � 60% a 80% dos custos em piscicultura (alimentação) Instalações: � Tanques � Viveiros � Gaiolas ou Tanques Rede � Raceways
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