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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf
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0 fe- rimento apresenta microorga- nismos devido a contato com terra, fezes, ou objetos conta- minados, sem que, no entan- to, haja infec<;:aoe suas con- sequencias locais ou gerais, 3. Infectadas: quando a ferida apresenta-se com fen6me- nos teciduais de necrose, se- cre<;:aopurulenta e sem ten- dencia a repara<;:ao. As feridas podem, ainda, ser consequentes a a<;:aode subs- tancias qUlmicas, radia<;:6esem geral ou de origem termica (frio ou calor). as sintomas das feridas po- dem ser caracterizados pelos se- guintes fen6menos: 1. Fen6menos primarios 10- cais: separa<;:aodos labios da fe- rida,que depende da localiza<;:ao, da extensao do comprometimen- to e das linhas de tensao da pele; hemorragia e dor. 2. Fen6menos primarios a dis- tfmcia: tromboses e impotencia funcional motora, quando estao Figura 2.4 Linfangiteap6s ferimento cutaneo. Figura 2.5 Linfangiteap6s ferimento cutaneo. comprometidas as estruturas ten- dinosas, ligamentos, nervos; arti- cula<;:6es,assim como pode ocor- rer linfangite e adenite regional. 3. Fen6menos primarios ge- rais: hipertermia, nas feridas ex- tensas infectadas; choque pela hemorragia ou absor<;:aode to- xinas nas grandes lacera<;:6ese no esfacelo. 4. Fen6menos secundarios: referem-se as fases de repara- <;:aoe cicatriza<;:ao,incluindo fa- tores locais e gerais, depresso- res da cicatriza<;:ao e estimula- dores de forma<;:aode granula- <;:6esexubera~tes. Fundamentalmente, 0 que se espera sob 0 ponto de vista me- dico veterinario, e a completa re- para<;:aodos tecidos lesados,sem que permane<;:am,se for posslvel, qualquer sequela funcional ao or- ganismo do animal e do ponto de vista estetico, Neste sentido, e para que haja uma correta inter- preta<;:aoda apresenta<;:aocllnica do ferimento, mesmo antes da in- terven<;:aodo profissional, torna- se importante 0 conhecimento dos fen6menos de regenera<;:ao e repara<;:aode les6es cutaneas. Tres sac asfases que culmi- nam com a cicatriza<;:ao: Fase 1. E caraderizada como fase de resposta vascular e inicia-se no momento do sangramento da fe- rida. Devido a a<;:aode miofibro- blastos, momento ap6s a a<;:ao traumatica, ocorre contra<;:aopre- coce do ferimento, que associa- da a vasoconstri<;:aoe deposi<;:ao local de plaquetas,possibilita a re- du<;:aodo sangramento cutaneo ate a hemostasia. Subsequente- mente, ocorre marginac;aode leu- cocitos, aumento da permeabili- dade da parede vascular e migra- c;aode elementos celulares san- gUineos para 0 coagulo de fibrina formado durante a hemorragia inicial. Esta configurac;ao carac- teriza a instalac;aoda inflamac;ao com predominancia de polimorfo- nucleares, e posteriormente de macr6fagos mononucleares ati- vados, responsaveis pela fagoci- tose de microorganismos e debri- damento do ferimento. A presen- c;ade fibroblastos na populac;ao de elementos figurados da fase 1 do processo de reparac;aotem por func;ao formar uma base que direcione os fen6menos migrat6- rios,estendendo-os por toda a su- perfrcie da ferida ate as suas margens. Fase 2. Denominada tambem de fase proliferativa, caraderiza-se por predominancia de macr6fagos, aumento progressivo de fibro- blastos e intensa rede de neovas- cularizac;aoprovenientes de bro- tos endoteliais. A presenc;ade fi- broblastos e da rede neovascu- lar nesta fase da reparac;ao,deter- mina a ferida um aspedo granu- lar, r6seo claro que sangra facil- mente ao menor trauma. Fase 3. Definida como fase de mode- lac;aoou fase fibroplastica, e ca- raderizada por intenso decresci- mo da rede neovascular, e au- mento da densidade do colage- no, determinando uma aparencia r6sea mais debil, porem com gra- nulac;aomais firme. A partir deste momento, inicia-se a epitelizac;ao proveniente de celulas basais que se multiplicam e migram sobre 0 tecido neoformado, iniciando-se pelas margens do ferimento em direc;ao ao centro. Concomitan- temente, os tecidos maturam e todos os pianos da pele sofrem retrac;ao decorrente da atuac;ao de miofibroblastos em direc;aoao centro da ferida, resultando na ci- catriz final. Em razao de fatores quimio- taticos intrrnsecos aos fen6me- nos de cicatrizac;ao, a fase pro- liferativa podera sofrer inibic;ao ou estimulac;ao exuberante. A ferida podera sofrer inibic;ao e nao epitelizar-se, ou, 0 que e muito frequente, principal men- te em feridas localizadas nos membros, ocorrer excessiva fibrinogenese, com granulac;ao exuberante ou que ultrapasse 0 nrvel das margens da ferida. Este processo pode ainda ser desencadeado pela presenc;a persistente de macr6fagos ati- vados que, continuamente esti- mulam a atividade de srntese dos fibroblastos. Outro fator considerado responsavel pela excessiva granulac;ao da ferida cutanea em equinos, desta fei- ta imediatamente antes do inr- cio da fase de remodelac;ao, saG as proteoglicanas, identificadas como substancias basicas no desencadeamento do tecido granulomatoso exuberante. A cicatrizac;aode feridas tam- bem pode sofrer interferencia de QUADRO 1. Fatores locais que interferem nos fen6menos de cicatrizayao de feridas. Cirurgias Suprimento de sangue Nas fases 1,2 e 3. Nas fases 1,2 e 3. Prolonga a fase fibrinogenica e de retra<;:aoda ferida. Interfere na retra<;:aoe retarda as fases 2 e 3. Exacerba a resposta inflamatoria e predisp6em a ferida a infec<;:6es. Prolonga as fases 2 e 3. Pode produzir redu<;:aode suprimento sangurneo, retardar todas as fases da cicatriza<;:ao. Aumenta a resposta inflamatoria e retarda todas as fases da cicatriza<;:ao. Aumenta a resposta inflamatoria e estimula a granula<;:ao exuberante. Figura 2.6 Ferida granulada em fase de epitelizayaa, tratada par segunda intenyaa. fatores locais e sistemicos, con- forme demonstrados nosOuadros 1 e 2 respectivamente. o diagn6stico da ferida e sim- ples de ser realizado devido a pr6pria soluc;ao de continuidade da pele em lesoes recentes, 0 as- pecto do tecido de granulac;ao e a contaminac;ao nos casos tar- diamente atendidos. Entretanto, e necessario que se fac;acriterio- sa avaliac;aoc1lnicapara se esti- mar 0 grau de comprometimen- to flsico das estruturas atingidas, para que 0 tratamento possa ser adequadamente instituldo. As feridas, de uma maneira geral, podem ser tratadas por pri- meira e por segunda intenc;ao. Sao tratadas por primeira in- tenc;aotodas as feridas nao infec- tadas, isto e, que nao estiveram em contato com terra, fezes, e material contaminado, ou que nao ten ham ultrapassado 6 horas QUADRO 2. Fatores sistemicos que interferem nos fen6menos de cicatrizayao de feridas. Hipovolemiase anemias, hipoxia,e traumas em geral, Citotoxico e citostatico em geral desde a sua ocorrencia. 0 trata- mento por primeira intenc;aoe fei- to atraves da sutura da pele, utili- zando fios apropriados, ap6s a anti-sepsia e anestesia da regiao atingida. Paratanto,devemos,logo ap6s o acidente, procurar proteger e manter limpa a ferida Lave-a sua- vemente com sabao de coco e soluc;ao fisiol6gica; se posslvel, enfaixe com gaze ou atadura de crepe ate 0 momento da sutura. Se houver hemorragia forte, observe a tonalidade do sangue; se for "escuro" e sinal de hemor- ragia venosa; garroteie ou com- Deprime a resposta leucocitaria e a slntese de colageno. Deprime a slntese de colageno, a resposta inflamatoria e a tensao de oxigenio. Deprime a sintese de colageno, o desenvolvimentode fibroblastos e do tecido de granula<;ao. Deprime a forma<;aode fibroblastos e a neovasculariza<;ao. Deprime a slntese de calageno, inibe a neovasculariza<;aoe 0 tecido de granula<;ao prima logo abaixo da lesao se for no membro; se 0 sangue for ver- melho claro, e a hemorragia aos jatos, e sinal de comprometimen- to arterial; garroteie ou comprima logo acima da lesao. Caso 0 gar- roteamento nao